Buscar

Respeite o cabelo pixaim

Prévia do material em texto

RESPEITE O CABELO PIXAIM
O MEU CABELO MERECE RESPEITO
Em bonito bairro de uma cidade muito agitada, morava uma linda menina negra de cabelos crespos chamada Mariana.
Ela estudava em uma escola perto de sua casa. 
Mariana morava com sua grande família. Sua avó, dona Josefa, o avô Antônio, sua mãe Maria, o pai Pedro e uma irmãzinha caçula chamada Júlia. 
Na casa dela também moravam dois bichinhos de estimação, o seu gato Toli e seu lindo cachorrinho Max. Todos na família de Mariana eram negros e tinham cabelos crespos, assim como ela. Sua mãe Maria usava aparelho nos dentes. 
Um dia quando Mariana foi para a escola algo de muito ruim aconteceu. Sara foi apresentada ao preconceito. Pois, alguns dos seus colegas de sala, começaram a falar mal do seu cabelo crespo. Eles a chamavam de cabelo pixaim, e diziam que seu cabelo era duro.
Mariana ficou muito triste. E não entendia o porque desta atitude tão cruel e desrespeitosa de alguns dos seus colegas, pois na sua casa todos se respeitavam e viviam com bastante alegria e harmonia.
No meio de toda essa tristeza Mariana se divertia com os seus bichinhos de estimação. Ela foi para uma pracinha perto de sua casa com Maxi, seu lindo cachorrinho de pelos branquinhos como um tufo de algodão. Na praça Max conheceu um amiguinho chamado Bob, um cachorrinho muito engraçadinho com patas grandes e pelos negros. Eles brincaram bastante. E Mariana ficou feliz por perceber que eles respeitavam as diferenças, e pensou que na sua escola as coisas também poderiam ser assim. 
Quando Mariana estava assistindo TV em sua casa, ela percebeu que passava um comercial de alisante, que dizia:basta usar para deixar seus cabelos lisos e sem cachos. 
Mariana, achou que aquele alisante seria a solução para todos os seus problemas, e ficou ansiosa que sua mãe chegasse do trabalho, para pedir que ele lhe comprasse o alisante, para deixar os seus cabelos lisos e seus coleguinhas pararem de zombar dela. Essa atitude de Mariana deixou sua mãe, e sua família muito triste e preocupados, pois era muito importante que mariana se aceitasse do jeito que ela era.
Sua avó, Dona Josefa, era uma senhora muito sábia, contou a Mariana muitas histórias dos seus antepassados, da sofrida e cruel trajetória dos negros até chegarem no Brasil, falou sobre a importância dos negros na riqueza do nosso país, de suas lutas e movimentos ao longo de nossa história. Mariana ficou muito orgulhosa da sua cor e de sua origem.
No outro dia quando Mariana chegou na escola, começou tudo outra vez. Seus colegas zombaram do seu cabelo novamente e ela foi conversar com sua Professora Juliana. A professora, percebeu a necessidade de fazer um trabalho com todos os alunos sobre respeito as diferenças, cidadania, e igualdade racial. Junto os alunos fizeram um movimento contra o racismo dentro da comunidade escolar. 
A professora perguntou:
- Será que existe cabelo bom ou ruim?
- Seu cabelo não é ruim, ele é crespo e diferente.
Os colegas que zombaram de Mariana, ficaram com muita vergonha de suas atitudes preconceituosas e pediram desculpa para ela. E todos fizeram parte da campanha usando cartazes dentro e fora da escola. 
Mariana percebeu que era uma menina linda sem precisar mudar nada, nem os seus cabelos. Pois eram crespos e mesmo assim tinha a sua beleza. Mariana ficou tão orgulhosa de ser do jeito que é, que chegou a lançar moda na escola usando um belo laço de fita azul em seus cabelos, e todas as suas coleguinhas queriam usar também.
A professora conversou com a turma e falou que essa atitude é preconceito. Não existe cabelo bom ou ruim, em nossa escola existe pessoas com muitos tipos de cabelos e devemos respeitar todos. Vamos conversar com Sara e pedir desculpas a ela. 
Agora é hora da tarefa de casa.
Na sala de aula os estudantes conversaram sobre essa atitude errada de alguns colegas e a conversa da professora.
Mas muitas crianças resolveram dar força a Sara e acharam isso errado, isso é preconceito.
Sara recebeu apoio dos/as colegas.
Na escola os meninos disseram:
- Vamos fazer uma campanha para não chamar os cabelos das pessoas de ruim. Não existe cabelo bom ou ruim, os cabelos são diferentes.
Vamos para as salas de aula da escola fazer a campanha!
http://www.livrosdigitais.org.br/
Leia com bastante atenção e observe os pontos mais importantes dessa estória.
Observe que:
Na família de Sara, todos são negros até o gato Chico.
O gato conheceu um amiguinho com pêlos dourados, mas não tinha preconceito.
Me parece que os animais agem de maneira mais acertadas do que os serem humanos.
O sofrimento de Sara começa na escola, pois como já sabemos o preconceito na maioria das vezes começa na sala de aula.
Para combater o preconceito, é preciso adquirir conhecimento, através de campanhas, manifestações e palestras (conversas informais)
O negro não deve buscar o branqueamento, e sim assumir a sua negritude.

Continue navegando