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09 05 07 12 PODER JUDIÁRIO (CONT.)

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I. Poder Judiciário (Término): 
Na aula anterior definimos das funções do Poder Judiciário, falamos um pouco da 
aplicação das leis ao caso concreto substituindo a vontade das partes, resolvendo o conflito de 
interesses de forma definitiva por meio do instituto da Coisa julgada em razão do Princípio das 
Segurança Jurídica. 
Além desta possui outras como o controle de constitucionalidade para o controle da 
força normativa da Constituição e da ordem constitucional. 
Falamos ainda que o Poder Judiciário tratada da defesa dos direitos fundamentais e 
busca a concretização de tais direitos. 
Trata ainda do conflito entre os demais poderes (Poder Executivo e Poder Legislativo). 
Falamos ainda, sobre legislação judicial, súmula vinculante, mandado de injunção, 
ativismo judicial. 
Depois organizamos o Poder Judiciário no contexto da Constituição Federal: 
organização, composição, competências, dividimos em dois grandes grupos: justiça comum e 
justiça especial. 
Esta aula, para terminar o tópico Poder Judiciário, trataremos da Justiça do Trabalho, 
Conselho Nacional de Justiça, Auto governo dos Tribunais e do quinto constitucional. 
 
1.1. Justiça do Trabalho: 
Ela surge no Brasil em 1934, estando contida no Ministério do Trabalho. A Constituição 
de 1937 retirou a Justiça do Trabalho do patamar de órgão ligado ao Ministério do Trabalho e, 
portanto, órgão do Poder Executivo, e a colocou como órgão do Poder Judiciário. 
Com a Constituição de 1988 manteve-a como órgão do Poder Judiciário, e hoje não há 
mais dúvidas sobre o fato dela fazer parte deste Poder e não do Poder Executivo. 
Os juízes classistas desapareceram por meio da EC nº 21. 
1.1.1.Órgãos da Justiça do Trabalho: 
 
 
 INTENSIVO Ii
PODER JUDICIÁRIO
 
INTENSIVO II 
Disciplina: Direito Administrativo 
Profª. Fernanda Marinela 
Data: 05-07-2012 
 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
 tatianaconcursos@hotmail.com
Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho: 
I - o Tribunal Superior do Trabalho; 
II - os Tribunais Regionais do Trabalho; 
IV- Juízes do Trabalho. 
Como podemos ver, o TST é o órgão de cúpula da Justiça do Trabalho, que tem sede 
em Brasília e jurisdição por todo território nacional, julgando os recursos dos 25 TRT 
espalhados pelo Brasil. 
1.1.2. Composição do TST (art.11-A): 
O TST é composto de 27 juízes que são chamados de ministros. Que em sua maioria 
(21) é oriunda da magistratura trabalhista, mais especificamente dos TRT.Conforme podemos 
observar no dispositivo abaixo exposto: 
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, 
escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco 
anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta 
do Senado Federal, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade 
profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de 
efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; 
II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da 
magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. 
Quanto a este assunto vale destacar que ao mencionar que os membros são 
escolhidos dentre brasileiros, aqui está abrangendo os brasileiros natos ou naturalizados, 
diferente do disposto para ministro do STF, uma vez que este último está na linha sucessória 
presidencial. 
 A escolha feita pelo Presidente da República, neste caso, não é feita de forma livre e 
sim vinculada as categorias dispostas na Constituição. 
Os TST são compostos por 27 membros, dos quais, vinte um membros são escolhidos 
dentre membros do TST oriundos da magistratura trabalhista constantes de lista tríplice 
encaminhada ao Presidente. 
Da mesma forma, os 6 restantes (1/5 dos membros- daria aproximadamente a dízima 
periódica 5,66.., assim, redonda-se para o primeiro número superior- 6) 3 serão escolhidos 
dentre os listados pela OAB e 3 serão escolhidos dentre os listados pelo MPT em listas 
encaminhadas ao Presidente. 
Cabe ainda ressaltar, que a escolha feita pelo Presidente deve ser submetida a 
aprovação do Senado por maioria absoluta de seus membros. 
 
1.1.3. Composição do TRT: 
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete 
juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo 
 
 
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Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de 
sessenta e cinco anos, sendo: 
I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade 
profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos 
de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; 
II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e 
merecimento, alternadamente. 
§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a 
realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites 
territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e 
comunitários. 
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar 
descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o 
pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. 
Cabe destacar sobre o assunto que atualmente temos 25 TRT espalhados pelo 
território nacional e que eles foram criados com a meta de ter um em cada Estado da 
federação. Entretanto, cabe ressaltar que em São Paulo há dois TRT e que Estados como Acre 
e Amapá não sediam nenhum TRT. 
O concurso para juiz do trabalho é regional feito pelo TRT de cada Região. 
Cabe ressaltar que a promoção do advogado que adentrou pelo quinto constitucional 
no TRT não o qualifica para pleitear novamente como membro do TRT na lista tríplice de 
escolha dos membros do TST, isso porque neste caso somente entra na lista membros da 
carreira da magistratura do trabalho (quem adentrou no TRT como juiz substituto por meio de 
concurso jurídico). 
Pelo quinto constitucional no TRT adentram dois membros: um membro do MPT e um 
membro da advocacia. No entanto, os outros cinco são oriundos da carreira da magistratura e 
constantes de lista tríplice feita pelo próprio TRT. 
 
1.2. CNJ: 
Os atos do STF não estão sujeitos a apreciação do Conselho Nacional de Justiça. 
 
1.2.1.Composição (art.103-B da CF): 
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros 
com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009) 
I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 61, de 2009) 
II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal; 
III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo 
 
 
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tribunal; 
IV - um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal 
Federal; 
V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; 
VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de 
Justiça; 
VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; 
VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior 
do Trabalho; 
IX - um juiz dotrabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; 
X - um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da 
República; 
XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da 
República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição 
estadual; 
XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados 
do Brasil; 
XIII - dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um 
pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. 
Ele tem sede em Brasília, mas não tem jurisdição nacional. 
Quanto ao assunto cabe ressaltar que a natureza jurídica do órgão é de órgão 
administrativo, portanto, não exerce jurisdição (não está no art.92, §1º da CF) e nem é órgão 
de controle externo ao Poder Judiciário. 
Na época da introdução do CNJ no texto constitucional, por meio da Emenda 
Constitucional 45/2004, a Associação dos Magistrados do Brasil impetrou uma ADI alegando a 
inconstitucionalidade a criação do órgão por entendê-lo como um órgão de controle externo ao 
Poder Judiciário, ofendendo o art.2º da CF que trata da independência do Poder Judiciário e de 
sua autonomia. 
Entretanto, ela foi julgada improcedente pelo STF, o considerando constitucional por 
não considerá-lo um órgão de controle externo ao Poder Judiciário, dai não ofende a 
independência do Poder Judiciário. 
Os principais argumentos utilizados nesta decisão foram: que o CNJ não exerce 
jurisdição por ser órgão administrativo, e ainda, o fato de a composição do CNJ ser formada 
por 9 membros do Poder Judiciário, maioria dos membros (15 membros), por isso não se 
tratando de controle externo. 
Na composição do CNJ temos 15 membros, dos quais temos 9 membros do Poder 
Judiciário, 1 membro do MPU, 1 MPE, 2 advogados indicados pelo Conselho Federal da Ordem, 
1 (um) cidadão indicado pela Câmara e 1 cidadão indicado pelo Senado.E Todos tem que ser 
aprovados pelo Senado Federal por maioria de votos. 
 
 
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A importância dos dois cidadãos de notório saber jurídico e reputação ilibada, é a 
democratização da participação no CNJ, cabe ressaltar que não são representantes da Câmara 
e do Senado, mas apenas por eles indicados. 
Ressalte-se ainda, que o Ministro do STF é o Presidente do CNJ, enquanto que o 
Ministro do STJ acima mencionado será o Corregedor- Geral. 
Quanto ao assunto, o STF decidiu que o Corregedor-Geral do CNJ tem competência 
concorrente com os demais corregedores dos tribunais estaduais. 
 
1.2.3. Competência do CNJ (§4ª do art.103 da CF): 
§4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do 
Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, 
além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: 
I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da 
Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, 
ou recomendar providências; 
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, 
a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder 
Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as 
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência 
do Tribunal de Contas da União; 
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder 
Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores 
de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou 
oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, 
podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a 
disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao 
tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; 
IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração 
pública ou de abuso de autoridade; 
V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e 
membros de tribunais julgados há menos de um ano; 
VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças 
prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário; 
VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, 
sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve 
integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao 
Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa. 
§ 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de Ministro-
Corregedor e ficará excluído da distribuição de processos no Tribunal, competindo-
 
 
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lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as 
seguintes: 
I receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos 
magistrados e aos serviços judiciários; 
II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral; 
III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar 
servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios. 
 
1.3. Quinto Constitucional (art.94 da CF): 
 
O STF não tem como um dos critérios de escolha de seus membros o quinto 
constitucional, uma vez que a escolha de seus membros é livre pelo Presidente da República. 
Mais nos demais tribunais temos a adoção de tal critério de ingresso no 2º grau de 
jurisdição dos diversos ramos da Justiça. 
 
1.3.1. Objetivo: democratizar o Poder Judiciário. 
 
1.4. Auto-governo dos Tribunais (art.96 da CF): 
 
A independência do Poder Judiciário prevista no art2º da CF é minudenciada no art. 96 
da CF, que pode ser resumida nas seguintes prerrogativas: 
a) Eleger sem órgão diretivo, logo, poderá gerir seus assuntos internos sem ingerência 
externa; 
b) Organizar as suas secretarias e serviços auxiliares. 
 Outro exemplo desta garantia de auto-governo está na previsão das garantias ou 
predicativos ofertados aos magistrados, pois elas existem em razão da garantia da 
independência funcional da Magistratura, não se tratando de privilégio individual do titular do 
cargo, mas antes uma garantia da própria existência do Poder Judiciário como Poder. 
 
1.4.1. Garantias da Magistratura (art.95 da CF): 
 
a) Vitaliciedade: é a garantia alcançada pelo magistrado em primeiro grau, após 2 anos 
de efetivo serviço, contados a partir da posse. 
O magistrado que goze desta garantia só poderá perder o cargo em razão de Sentença 
Penal Condenatória com o transito em julgado. 
 
a.1.Vitaliciedade X Estabilidade: 
 
A estabilidade é adquirida após 3 anos de efetivo serviço, enquanto a vitaliciedade é 
 
 
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adquirida após 2 anos de efetivo serviço, contados da posse. 
O servidor público ou agente político que goze de estabilidade pode perder o cargo em 
razão de processo administrativo disciplinar. Por outro lado, o magistrado vitalício só pode 
perder o cargo em razão de Sentença Penal Condenatória com transito em Julgado. 
 
b. Inamovibilidade: o magistrado que goze desta garantianão poderá ser removido pelo 
Tribunal sem sua anuência, salvo se por interesse público, desde que seja a remoção aprovada 
pela maioria absoluta dos membros do Tribunal(art.93,VIII da CF). 
O servidor público ou agente político poderá ser removido ex officio, desde que haja 
oportunidade e conveniência da Administração Pública. 
 
c.Irredutibilidade de vencimentos: 
 
“Mexer na subsistência de alguém é mexer na consciência” citação do livro “O 
federalista”. 
Logo, podemos dizer que esta é a garantia da tranqüilidade dos magistrados no 
momento de decisão, como as demais é prerrogativa para o exercício do cargo. 
Essa garantia tem exceção quando a remuneração ultrapassa a de Ministro do Supremo, 
caso em que deverá se readequar o teto constitucional. 
________________________________________________________________ 
 
• Poder Executivo: 
Como foi anteriormente combinado, passaremos a analisar se os agentes políticos que 
cometem crime de responsabilidade (Lei nº 1.079⁄1950; Decreto-Lei nº 201⁄1967, podem 
concomitantemente responder por crime de improbidade administrativa (Lei nº 8.429/92). 
Entretanto, antes de respondermos a questão, faz-se necessário a análise da 
competência para julgamento dos agentes políticos por crime comum e por crime de 
responsabilidade. 
O crime comum praticado pelo Presidente da República e Vice-Presidente ele será 
julgado pelo STF (art.102,I, b) da CF), já pela prática de crime de responsabilidade por ele 
cometido é de responsabilidade do Senado Federal. 
Pela prática de crime comum praticado os governadores serão julgados pelo STJ 
(art.105,I, a) da CF),cabe ressaltar que no dispositivo que trata do tema explicita-se o 
governador e não se fala no vice-governador. O Vice-Governador pela pratica de crime comum 
não é julgado pelo STJ, dependerá da previsão da Constituição Estadual. Conforme o abaixo 
exposto: 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos 
 
 
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de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito 
Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos 
Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos 
Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que 
oficiem perante tribunais; (grifos nossos) 
Entretanto, quando o Vice-Governador substitui ou sucede o Governador, surgiu a 
dúvida se ele não se submeteria por isso ao julgamento do STJ. Depende se for sucessão (ex: 
morte, impeachment etc.) que é definitivo ele será julgado pelo STJ, se for caso de simples 
substituição (ex: no caso de viagem), que é temporário, ele não submeterá ao julgamento do 
STJ, e sim da autoridade dita como competente pela Constituição Estadual. 
Várias Constituições Estaduais determinam que, em caso de crime comum, para que o 
STJ receba a denúncia contra o governador seria necessário a autorização da Assembléia 
Legislativa do Estado. O professor entende que isso seria inconstitucional.E, quanto a isso, 
existem várias ADIN´s discutindo o tema, vide o item “2.1 Relação de ADI’ s relacionadas 
ao tema”. 
Assim, se a Constituição Estadual que isso dispõe não foi julgada inconstitucional pelo 
STF, há uma presunção de constitucionalidade de seus preceitos,assim, o STJ antes de receber 
a denúncia precisa pedir autorização aos Parlamentos Estaduais. 
O governador pode ser preso preventivamente, mas o STJ só pode receber a denúncia 
se houver autorização do Parlamento Estadual. 
Crime de responsabilidade praticado por governador, por essa prática, ele será julgado 
por um Tribunal misto, composto por 5 desembargadores, 5 Deputados Estaduais e presidido 
pelo Presidente do Tribunal do Estado (art.78, parágrafo terceiro da Lei nº 1079/1950). 
Algumas Constituições estaduais dispõe que este Tribunal misto deve ser composto 
por 7 deputados estaduais e 7 desembargadores e presidido pelo Presidente do TJE. 
Ora, quem prevalece quanto a competência para o estabelecimento de normas de 
processo e julgamento de agentes políticos por crime de responsabilidade é, conforme a 
Súmula nº 722 do STF, é o disposto na Lei 1079/50 que é lei federal, pois a competência sobre 
o estabelecimento de tais regras é de competência da União. 
Súmula nº 722 do STF: Competência Legislativa - Definição dos Crimes de 
Responsabilidade - Estabelecimento das Normas de Processo e Julgamento. São da 
competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade e o 
estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento. 
Assim, não cabe aos Estados membros regular os processos e os julgamentos de 
crime de responsabilidade do governador, sendo esta competência da União que o faz por 
meio da Lei nº 1079/1950. E se a Constituição Estadual prevê processo diverso será esta 
disposição tida como inconstitucional. 
O Chefe do Executivo municipal (prefeito) é julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado 
(art.29 da CF), não necessitando da autorização da Câmara para isso. 
 
 
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O TJE julga prefeito pela prática de crime estadual (art.29 da CF), se o crime for 
federal, a competência é do Tribunal Regional Federal, se for eleitoral será de competência do 
TER, conforme o disposto na Súmula 702 do STF. 
O prefeito pode ser preso, não necessitando da autorização da Câmara de Vereadores 
para que a denúncia seja aceita pelo Tribunal de Justiça do Estado. 
O prefeito, pela pratica de crime de responsabilidade, deve ser julgado pela Câmara 
Municipal (art.4º da Lei nº 201 de 1967). 
 Assim, os agentes políticos acima analisados, que são responsabilizados pela pratica 
de crime de responsabilidade poderão também ser submetidos as sanções por crime de 
improbidade administrativa (Lei nº 8429/92)? 
 Na época do Governo Fernando Henrique, alguns Ministros pegaram uma avião da FAB 
e foram de férias passar o final de semana em Fernando de Noronha, em decorrência disso o 
MPF ajuizou contra tais Ministros uma Ação contra improbidade administrativa (prevista na Lei 
nº 8429/92). Um ministro foi condenado por improbidade administrativa, mas ele entrou com 
recurso alegando que Ministro somente poderia se submeter a julgamento por crime de 
responsabilidade (Lei 1079/1950) e não a sanção por ato de improbidade administrativa. 
 O STF julgou a Reclamação 2138, na qual considerou que agente político que responde 
por crime de responsabilidade não pode ser submetido as sanções por improbidade 
administrativa. 
O STJ, em 13 de abril2012, pacificou o entendimento de que o Governador pode sim 
submeter-se concomitantemente as sanções por crime de responsabilidade (art.4º do Decreto 
Lei nº 201/1967) e as sanções por improbidade administrativa (Lei 8429/92). Vide material de 
apoio. 
O professor entende que a posição do STJ sobre o tema é a mais acertada, uma vez 
que nos termos do art. 37, §4º da CF, dispõe que o agente ao ser sancionado por crime de 
improbidade administrativa que tem natureza cível, não se exime de responder por outras 
formas de ação cabíveis, e sendo o crime de responsabilidade uma infração político-
administrativa, com ela não se confunde, e as instancias não podem se confundir. 
O professor também é contra o teor da Reclamação 2138 do STF por entender que 
não devemos criar obstáculosa responsabilização do agente político que comete ilícito, pois 
vivemos uma era de republicanismo, em que temos o dever cívico de sermos honestos, não se 
compatibilizando tais valores a decisão. 
_______________________________________________________________________ 
 
II. Ministério Público (art.127 da CF): 
 
O MP é uma função essencial da Justiça porque não há processo sem partes e o Poder 
Judiciário é dotado pela Inércia da Jurisdição, então, necessita de um órgão que seja 
responsável pela provocação da jurisdição. 
 
 
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2.1.1. Abordagem histórico-constitucional da natureza jurídica da instituição: 
 
Ao longo da história constitucional o Ministério Público passou por muitas mudanças 
quanto ao tratamento constitucional. 
A Constituição de 1824 não tratou desta instituição, mas o Código de Processo Penal 
do império de 1832 dispunha sobre a figura do “Promotor de Acusação”. 
A Constituição de 1891 dispunha que o Promotor-Geral da República será escolhido 
dentro dos Ministros do STF. 
A Constituição de 1934 dispunha que o MP era previsto no capítulo que tratava de 
atividade de cooperação governamental e por isso, defende-se que ele fora tratado como 
órgão vinculado ao Poder Executivo. 
A Constituição de 1937, apesar de não fazer referência direta ao MP, muitos 
doutrinadores entendem que ele permaneceu como órgão do Poder executivo. 
A Constituição de 1946 tratou o MP como órgão independente. 
A Constituição de 1967 o MP estava contido dentro do Poder Judiciário. 
A Constituição de 1969 o MP estava contido dentro do Poder Executivo. 
Tecnicamente, o Poder é uno, indivisível, que se manifesta por meio de órgão 
independente com funções específicas (divisão de funções). 
Na Venezuela temos cinco órgãos exercentes do Poder. 
Na França o Judiciário é dependente do Poder Executivo. 
Quanto a posição do MP na Constituição Federal de 1988, os doutrinadores adotaram 
as seguintes posições: 
 
1ª Posição: O MP faz parte do Poder Executivo (minoritária). 
2ª Posição: O art.2º da Constituição não fala do MP como Poder e por isso doutrinadores 
como José Afonso da Silva, entendem que ele deve se enquadrar como órgão do Poder 
Executivo. 
3ª Posição: O MP é instituição extrapoder, não é Poder, pois não contido no art.2º da CF88, 
mas é órgão exercente de Poder, uma vez que tem atribuições e garantias de Poder.É a 
posição adotada por Alexandre de Morais e em algumas decisões do STF. 
 
2.1.2. Organização do MP: 
 
O MP se estrutura em dois diferentes grupos respeitando a garantia da autonomia dos 
membros da federação. O MPU que é órgão vinculado a União e o MPE ligado aos Estados 
membros, conforme as pessoas jurídicas com capacidade política, sendo que o Município por 
não ter um Poder Judiciário próprio não tem também a respectiva representação do MP. 
 
 
 
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2.1.2.1. Composição do MPU: 
 
O MPU é formado por quatro ramos ou categorias, que são o MPF, MPT, MPM e MPDFT, 
conforme o disposto no art.128 da CF. 
 
2.1.2.2.Chefias: 
 
O MPU é chefiado pelo Procurador-Geral da República e escolhido pelo Presidente 
dentre os membros com mais de 35 anos (art.128,§1º da CF). 
Observa-se que até a Constituição de 1988 um advogado poderia ser Procurador-Geral 
da República, pois era um cargo de livre escolha do Presidente da República. Assim como, até 
1988 poderia ser afastado ad nutum pelo Presidente da República. Atualmente, somente pode 
ser afastado com a aprovação do Senado por maioria absoluta. 
 
O PGR é o Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público. 
O PGR tem mandato de 2 anos permitindo-se reconduções (quantas o Presidente 
desejar), desde que para cada uma, tenha a aprovação do Senado por maioria absoluta de 
seus membros. 
 O MPT é chefiado pelo Procurador-Geral do Trabalho. 
 O MPM é chefiado pelo Procurador-Geral Militar. 
 O MPDFT é chefiado Pelo Procurador-Geral do MPDFT. 
 O MPF não tem um Procurador-Geral próprio, pois seu Chefe é o próprio 
PGR. Assim, sendo ele chefe administrativo do MPU e MPF. 
 O Procurador Geral do Trabalho e o Procurador Geral Militar são escolhidos pelo PGR 
de uma lista tríplice de nomes encaminhados pelo MPT e MPM, para um mandado de 2 anos, 
permitida uma única recondução. 
 O Procurador Geral do MPDFT não é escolhido pelo PGR e sim pelo Presidente da 
República, para um mandato de 2 anos com uma única recondução (§3º do art.128 da CF). 
 Os Procuradores do MPF oficiam perante o juiz federal, quando promovidos a 
Procuradores Regionais da República oficiam perante o TRF.Após a promoção a Subprocurador 
Geral da República oficiará perante o STJ, e dentre os subprocuradores o presidente escolhe 
aquele que oficiará perante o STF. 
 
2.1.2.3.MPDFT diferenças com o MPE: 
 
O MPDFT está contido como um dos ramos do MPU, não possuindo um MP próprio 
como os Estados da federação, isso porque é um ente da federação híbrido com prerrogativas 
de Estados e de Municípios. 
 
 
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Outrossim, podemos dizer que ele é um ente que tem menos autonomia do que o 
Estado membro, pois não pode inclusive ser dividido em municípios, nem tendo MP próprio. 
 
2.1.2.4. Composição do MPE: 
 
O MPE é constituído por promotores de justiça que atuam perante o juiz de direito (em 
1º grau de jurisdição) e perante o Tribunal de Justiça do Estado (em 2º grau) funciona o 
Procurador Geral de Justiça. 
O chefe do MPE é o Procurador-Geral de Justiça, que não pode ser confundido com o 
Procurador-Geral do Estado que é o representante da AGU no Estado. 
O Procurador geral de Justiça é escolhido pelo Governador do Estado dentre os 
listados (lista tríplice) pelo próprio MPE. 
O mandato do PGJ é de 2 anos, permitida uma única recondução por mais 2 anos. 
O PGJ não precisa ser aprovado pelo Poder legislativo Estadual (Assembléia 
Legislativa), inclusive sendo inconstitucional a Constituição Estadual que imponha isso como 
condição de elegibilidade do PGJ. 
 
2.1.2.5. Membros do MP junto aos Tribunais de Contas: 
 
Este ministério Público está contido no MPE ou no MPU? 
O STF entende que é um MP próprio dentro dos Tribunais de Conta. Assim, dentro do 
TCU temos um próprio e dentro dos TCE cada um tem o seu.Logo, é um MP especial de contas. 
 
2.1.2.6.Funções do MP (art.127 da CF): 
 
a) Instituição permanente: conforme o princípio da permanência o MP não pode ser extinto 
por PEC, pois seria uma afronta ao texto constitucional. 
 
b) Função Essencial ao Estado: O estado Juiz necessita ser provocado pelo Princípio da 
Inércia, assim o advogado e o MP são essenciais como agentes desta provocação necessária 
para a atuação da jurisdição. 
c) Defesa da ordem jurídica: a ordem jurídica é composta de um conjunto de princípios 
aplicáveis ao estado em dado tempo, logo o MP é o responsável por defender a obediência a 
tais princípios. 
d) Defesa do Regime democrático: 
A democracia etimologicamente falando, é a dominação do povo_ o povo domina. 
O regime democrático não significa apenas a eleição, pois ela é uma conseqüência da 
democracia. 
O Regime Democrático além do exercício dos direitos políticos, a defesa da liberdade e 
 
 
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da igualdade e dignidade da pessoa humana. 
 
e) a defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis (art.127,IX da CF): 
 
Interesse está no sentido de posição jurídica necessária a satisfação de uma 
necessidade (direito). 
Os direitos sociais são em regra os contidos no art.6º da CF, ou seja, o direito a 
educação, saúde, lazer, trabalho, moradia. 
Os interesses individuais indisponíveis estão esclarecidos no rol do art.129 da CF, mas 
cabe ressaltar que não é um rol taxativo, mas meramente exemplificativo. De forma que 
outras funções que dele decorrerem tem que guardar a mesma essência, ou seja, natureza 
jurídica. 
 
2.1.2.7. Princípios Institucionais do MP (§ 5º do art.127, da CF): 
 
a) Unidade: só existe um MP. No momento em que um membro do MP fala, é a instituição 
que está se pronunciando, mas cabe ressaltar que a unidade se dá dentro da própria 
instituição e dentro de cada ramificação. 
 
b) Indivisibilidade: possibilidade de substituição de uns pelos outros. 
Assim, um Promotor oferece a denúncia, outro substitui. 
Ela se dá também dentro da unidade, o promotor de Justiça de Pernambuco não pode 
ser substituído pelo promotor do MPDFT por exemplo. 
 
c) independência funcional: é a ausência de subordinação hierárquica no exercício das 
atribuições constitucionais. 
 Garante ao cidadão que seja indicado por promotor de justiça imparcial. 
 Além dos princípios acima expostos, temos como Princípio implícito o do Promotor 
Natural, muito embora não haja unanimidade quanto a sua existência. 
 Ela é uma garantia fundamental do cidadão que só será processado por um membro do 
MP previamente constituído, inclusive decorrente do disposto no art.5º, inc. LXV da CF, 
conforme a doutrina majoritária. 
 Cabe ressaltar que a independência funcional é para o membro do MP, ou seja, trata-se 
da autonomia para o exercício do cargo, enquanto que a autonomia funcional, prevista no §2º 
do art.127 da CF é a autonomia de funcionamento da própria instituição. 
 Como vimos aos membros do MP aplicam-se as mesmas garantias dadas a magistratura, 
qual sejam, a vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de remuneração, com os 
mesmos contornos anteriormente abordados. 
Na Itália o MP é chamado de magistratura requerente e a magistratura propriamente 
 
 
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dita é chamada de magistratura judicante, logo, não havendo muitas diferenças quanto a 
importância e funções das duas instituições. 
 
 
2.1.2.8. Poder de investigação e a PEC nº 37: 
 
Ao longo da história, houve muitos debates sobre o poder de investigação do MP, pois 
há quem advogue no sentido de que somente a polícia judiciária teria esta competência de 
modo exclusivo e possibilitar ao MP esta função seria comprometer seu mister. 
O STJ e STF até o presente momento posiciona-se no sentido de autorizar o MP a 
proceder investigações como suporte necessário ao cumprimento do seu mister, qual seja a 
denúncia consubstanciada de fatos antijurídicos. 
Entretanto, cabe ressaltar que há a tramitação da PEC nº 37 na qual é proposto que a 
investigação policial seja feita com exclusividade pela polícia judiciária. 
2. Materiais Selecionados pelo Professor: 
2.1. Relação de ADI´s relacionadas ao tema: 
As ADI´s que tratam da inconstitucionalidade de normas de Constituições Estaduais 
que prevêem a necessidade de autorização prévia da Assembléia para processar o governador 
são as seguintes: 
Acre (nº 4764)- Relator Min. Celso de Mello 
Amapá m(nº 4765)- Relator Ministro Luiz Fux. 
Alagoas (nº 4766)- Relator Ministro Luiz Fux. 
Amazonas (nº 4771)- Min. Joaquim Barbosa. 
RJ (nº 4772) Relator Ministro Luiz Fux 
Goiás (nº 4773) Relator Ministro Luiz Fux 
Ceará (nº 4775) Relator Ministro Luiz Fux 
Baia (nº 4777) Relator Ministro Luiz Fux. 
Paraíba (nº 4778) Relator Ministro Rosa Weber. 
MS (nº 4781) Relator Ministro Joaquim Barbosa. 
Pará (nº 4790) Min. Ricardo Lewandowski 
Paraná (nº 4791) Relator Ministro Cezar Peluso. 
Espírito Santo (nº 4792) Relator Min. Carmen Lúcia. 
Pernambuco (nº 4793) Relator Min. Gilmar Mendes. 
Mato Grosso (nº 4797) Relator Min. Celso de Mello. 
Piauí (nº 4798) Relator Min. Celso de Mello 
RN (nº 4799) Relator Min. Joaquim Barbosa 
Rondônia (nº 4800) Relator Min. Joaquim Barbosa. 
Ressalta-se que as ADI´s nº 4771,4777, 4778, 4781, 4790, 4792, 4800 receberam 
rito abreviado do art.12 da Lei nº 9868/1999. No entanto, em nenhuma foi apreciado pedido 
 
 
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liminar. 
 
2.2. Destaque dos art. 2º a 4º do Decreto- lei nº 201/1967: 
Art. 2º O processo dos crimes definidos no artigo anterior é o comum do juízo singular, 
estabelecido pelo Código de Processo Penal, com as seguintes modificações: 
I - Antes de receber a denúncia, o Juiz ordenará a notificação do acusado para apresentar 
defesa prévia, no prazo de cinco dias. Se o acusado não for encontrado para a notificação, ser-
lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a defesa, dentro no mesmo prazo. 
II - Ao receber a denúncia, o Juiz manifestar-se-á, obrigatória e motivadamente, sobre a 
prisão preventiva do acusado, nos casos dos itens I e II do artigo anterior, e sobre o seu 
afastamento do exercício do cargo durante a instrução criminal, em todos os casos. 
III - Do despacho, concessivo ou denegatório, de prisão preventiva, ou de afastamento do 
cargo do acusado, caberá recurso, em sentido estrito, para o Tribunal competente, no prazo de 
cinco dias, em autos apartados. O recurso do despacho que decreta a prisão preventiva ou o 
afastamento do cargo terá efeito suspensivo. 
§ 1º Os órgãos federais, estaduais ou municipais, interessados na apuração da 
responsabilidade do Prefeito, podem requerer a abertura do inquérito policial ou a instauração 
da ação penal pelo Ministério Público, bem como intervir, em qualquer fase do processo, como 
assistente da acusação. 
§ 2º Se as previdências para a abertura do inquérito policial ou instauração da ação penal 
não forem atendidas pela autoridade policial ou pelo Ministério Público estadual, poderão ser 
requeridas ao Procurador-Geral da República. 
Art. 3º O Vice-Prefeito, ou quem vier a substituir o Prefeito, fica sujeito ao mesmo processo do 
substituído, ainda que tenha cessado a substituição. 
Art. 4º São infrações político-administrativas dos Prefeitos Municipais sujeitas ao 
julgamento pela Câmara dos Vereadores e sancionadas com a cassação do mandato. 
 
2.3. Destaque dos art.74 a 79 da Lei 1079/1950: 
Art. 74. Constituem crimes de responsabilidade dos governadores dos Estados ou dos seus 
Secretários, quando por eles praticados, os atos definidos como crimes nesta lei. 
DA DENÚNCIA, ACUSAÇÃO E JULGAMENTO 
 Art. 75. É permitido a todo cidadão denunciar o Governador perante a Assembléia 
Legislativa, por crime de responsabilidade. 
 Art. 76.A denúncia assinada pelo denunciante e com a firma reconhecida, deve ser 
acompanhada dos documentos que a comprovem, ou da declaração de impossibilidade de 
apresentá-los com a indicação do local em que possam ser encontrados. Nos crimes de que 
houver prova testemunhal, conterão rol das testemunhas, em número de cinco pelo menos. 
 Parágrafo único. Não será recebida a denúncia depois que o Governador, por qualquer 
motivo, houver deixado definitivamente o cargo. 
 
 
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 Art. 77. Apresentada a denúncia e julgada objeto de deliberação, se a Assembléia 
Legislativa por maioria absoluta, decretar a procedência da acusação, será o Governador 
imediatamente suspenso de suas funções. 
 Art. 78. O Governador será julgado nos crimes de responsabilidade, pela forma que 
determinar a Constituição do Estado e não poderá ser condenado senão a perda do cargo, com 
inabilitação até cinco anos para o exercício de qualquer função pública, sem prejuízo da ação 
da justiça comum. 
 par. 1º Quando o tribunal de julgamento for de jurisdição mista serão iguais, pelo 
número, os representantes dos órgãos que o integrarem, excluído o Presidente, que será o 
Presidente do Tribunal de Justiça. 
 par. 2º Em qualquer hipótese, só poderá ser decretada a condenação pelo voto de dois 
terços dos membros de que se compuser o tribunal de julgamento. 
 par. 3º Nos Estados, onde as Constituições não determinarem o processo nos 
crimes de responsabilidade dos Governadores, aplicar-se-á o disposto nesta lei, 
devendo, porém, o julgamento ser proferido por um tribunal composto de cinco 
membros do Legislativo e de cinco desembargadores sob a presidência do Presidente 
do Tribunal de Justiça local, que terá direito de voto no caso de empate. A escolha 
desse Tribunal será feita - a dos membros dos membros do legislativo, mediante 
eleição pela Assembléia; a dos desembargadores, mediante sorteio. 
 par. 4º Esses atos deverão ser executados dentro em cinco dias contados da data em que 
a Assembléia enviar ao Presidente do Tribunal de Justiça os autos do processo, depois de 
decretada a procedência da acusação. 
 Art. 79. No processo e julgamento do Governador serão subsidiários desta lei naquilo em 
que lhe forem aplicáveis, assim o regimento interno da Assembléia Legislativa e do Tribunal de 
Justiça, como o Código de Processo Penal. 
 Parágrafo único. Os Secretários de Estado, nos crimes conexos com os dos governadores, 
serão sujeitos ao mesmo processo e julgamento. 
2.4. Reclamação nº 2138 do STF: 
Processo: Rcl 2138 DF 
Relator(a): NELSON JOBIM 
 Julgamento:12/06/2007 
Órgão Julgador:Tribunal Pleno 
Publicação:DJe-070 DIVULG 17-04-2008 PUBLIC 18-04-2008 EMENT VOL-02315-01PP-00094 
Parte(s):UNIÃOADVOGADO-GERAL DA UNIÃO 
JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO DA 14ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL 
RELATOR DA AC Nº 1999.34.00.016727-9 DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO 
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 
Ementa 
RECLAMAÇÃO. USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 
 
 
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IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. CRIME DE RESPONSABILIDADE. AGENTES POLÍTICOS. 
I. PRELIMINARES. QUESTÕES DE ORDEM. I.1. Questão de ordem quanto à manutenção da 
competência da Corte que justificou, no primeiro momento do julgamento, o conhecimento da 
reclamação, diante do fato novo da cessação do exercício da função pública pelo interessado. 
Ministro de Estado que posteriormente assumiu cargo de Chefe de Missão Diplomática 
Permanente do Brasil perante a Organização das Nações Unidas. Manutenção da prerrogativa 
de foro perante o STF, conforme o art. 102, I, c, daConstituição. Questão de ordem rejeitada. 
I. 
2. Questão de ordem quanto ao sobrestamento do julgamento até que seja possível realizá-lo 
em conjunto com outros processos sobre o mesmo tema, com participação de todos os 
Ministros que integram o Tribunal, tendo em vista a possibilidade de que o pronunciamento da 
Corte não reflita o entendimento de seus atuais membros, dentre os quais quatro não têm 
direito a voto, pois seus antecessores já se pronunciaram. Julgamento que já se estende por 
cinco anos. Celeridade processual. Existência de outro processo com matéria idêntica na 
seqüência da pauta de julgamentos do dia. Inutilidade do sobrestamento. Questão de ordem 
rejeitada. II. MÉRITO. II.1.Improbidade administrativa. Crimes de responsabilidade. Os atos de 
improbidade administrativa são tipificados como crime de responsabilidade na Lei 
nº 1.079/1950, delito de caráter político-administrativo. II.2.Distinção entre os regimes de 
responsabilização político-administrativa. O sistema constitucional brasileiro distingue o regime 
de responsabilidade dos agentes políticos dos demais agentes públicos. A Constituição não 
admite a concorrência entre dois regimes de responsabilidade político-administrativa para os 
agentes políticos: o previsto no art. 37, § 4º (regulado pela Lei nº 8.429/1992) e o regime 
fixado no art. 102, I, c, (disciplinado pela Lei nº 1.079/1950). Se a competência para 
processar e julgar a ação de improbidade (CF, art. 37, § 4º) pudesse abranger também atos 
praticados pelos agentes políticos, submetidos a regime de responsabilidade especial, ter-se-ia 
uma interpretação ab-rogante do disposto no art. 102, I,c, da Constituição. II. 
3.Regime especial. Ministros de Estado. Os Ministros de Estado, por estarem regidos por 
normas especiais de responsabilidade (CF, art. 102, I, c; Lei nº 1.079/1950), não se 
submetem ao modelo de competência previsto no regime comum da Lei de Improbidade 
Administrativa (Lei nº 8.429/1992). II. 
4.Crimes de responsabilidade. Competência do Supremo Tribunal Federal. Compete 
exclusivamente ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar os delitos político-
administrativos, na hipótese do art. 102, I, c, da Constituição. Somente o STF pode processar 
e julgar Ministro de Estado no caso de crime de responsabilidade e, assim, eventualmente, 
determinar a perda do cargo ou a suspensão de direitos políticos. II. 
5.Ação de improbidade administrativa. Ministro de Estado que teve decretada a suspensão de 
seus direitos políticos pelo prazo de 8 anos e a perda da função pública por sentença do Juízo 
da 14ª Vara da Justiça Federal - Seção Judiciária do Distrito Federal. Incompetência dos juízos 
de primeira instância para processar e julgar ação civil de improbidade administrativa ajuizada 
 
 
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contra agente político que possui prerrogativa de foro perante o Supremo Tribunal Federal, por 
crime de responsabilidade, conforme o art. 102, I, c, da Constituição. III. RECLAMAÇÃO 
JULGADA PROCEDENTE. 
 
 
2.5.AREsp 113436 STJ 
Dados Gerais 
Processo: AgRg no AREsp 113436 SP 2011/0264523-5 
Relator(a): Ministro BENEDITO GONÇALVES 
Julgamento: 10/04/2012 
Órgão Julgador:T1 - PRIMEIRA TURMA 
Publicação: DJe 18/05/2012 
Ementa 
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EMRECURSO 
ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.SUBMISSÃO DOS AGENTES 
POLÍTICOS À LEI N. 8.429/1992. SÚMULA N. 83 DOSTJ. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DO 
DISPOSITIVO DE LEI TIDO POR VIOLADO.SÚMULA N. 284 DO STF. 
1. O recurso especial que se quer admitido foi interposto contra acórdão proferido pelo 
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo,que entendeu correto o recebimento da petição 
inicial de ação civil pública por ato de improbidade administrativa movida contra ex-prefeito. 
Alega-se violação da Lei n. 8.429/1992 e do Decreto-Lei n. 201/1967, por se entender que a 
lei de improbidade não pode será plicada aos agentes políticos. Suscita-se, ainda, que a 
aceitação da prova colhida em inquérito civil viola o art. 332 do CPC. 
2. A indicação do dispositivo de lei federal que se considera violado ou cuja interpretação é 
objeto de divergência entre os Tribunais pátrios é condição de admissibilidade do recurso 
especial,cuja ausência atrai a aplicaçãodo entendimento contido na Súmula n.284 do STF. 
Assim, o recurso especial não merece conhecimento quantoà alegação de violação da Lei 
n. 8.429/1992 e do Decreto-Lei n.201/1967.3. Não se verifica violação do art. 332 do Código 
de Processo Civil- CPC, em razão de a ação civil pública estar apoiada em prova colhida em 
inquérito civil, porquanto, à luz da jurisprudência pacífica do STJ, "o inquérito civil, como peça 
informativa, tem por fim embasar a propositura da ação, que independe da prévia instauração 
do procedimento administrativo. Eventual irregularidade praticada na fase pré-processual não 
é capaz de inquinar de nulidade a ação civil pública, assim como ocorre na esfera penal, se 
observadas as garantias do devido processo legal, da ampla defesa edo contraditório" (REsp 
1.119.568/PR, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, DJe 23/09/2010); e porque 
"inexiste ilegalidade na propositura da Ação de Improbidade com base nas apurações feitas em 
Inquérito Civil público, mormente quando as provas colimadas são constituídas por 
documentos emitidos pelo Poder Público e os depoimentos das testemunhas foram novamente 
colhidos na esfera judicial" (REsp 401.472/RO, Rel. Ministro Herman Benjamin,Segunda 
 
 
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Turma, DJe 27/04/2011).4. Agravo regimental não provido. 
 
Retirado: http://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/21778145/agravo-regimental-no-
agravo-em-recurso-especial-agrg-no-aresp-113436-sp-2011-0264523-5-stj 
 
2.6.Condição de agente político não livra ex-prefeito de ação de improbidade : 
 
A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça manteve entendimento, já pacificado 
no STJ, de que os agentes políticos estão submetidos à Lei de Improbidade Administrativa (Lei 
8.429/92), ao julgar o agravo regimental interposto pelo ex-prefeito Mário Bulgarelli, de 
Marília (SP). 
O Ministério Público de São Paulo propôs ação civil pública contra Bulgarelli, sob o 
argumento de que ele nomeou e manteve servidores em cargos em comissão prestando 
serviços em outros órgãos. Assim, para o MP, a conduta de Bulgarelli violou princípios 
constitucionais da administração pública – o princípio da moralidade e o da legalidade. 
O ex-prefeito sustentou, em sua defesa, a inaplicabilidade da Lei 8.429 e a 
imprestabilidade do inquérito civil, por se tratar de prova nula, e também a ilegitimidade do MP 
para a propositura da ação. Entretanto, a juíza recebeu a petição inicial e determinou o 
processamento da ação civil pública. 
 No STJ, a defesa de Bulgarelli reforça os seus argumentos no sentido da 
inaplicabilidade da Lei 8.429, por entender que a Lei de Improbidade não pode ser usada 
contra agentes políticos. 
Para o relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, a ação civil pública está baseada 
em prova colhida em inquérito civil. À luz da jurisprudência pacífica do STJ, disse o ministro, “o 
inquérito civil, como peça informativa, tem por fim embasar a propositura da ação, que 
independe da prévia instauração do procedimento administrativo. Eventual irregularidade 
praticada na fase pré-processual não é capaz de inquinar de nulidade a ação civil pública, 
assim como ocorre na esfera penal, se observadas as garantias do devido processo legal, da 
ampla defesa e do contraditório”. 
O ministro lembrou ainda posicionamento da Corte Especial do STJ, no sentido de que, 
“excetuada a hipótese de atos de improbidade praticados pelo presidente da República, cujo 
julgamento se dá em regime especial pelo Senado Federal, não há norma constitucional 
alguma que imunize os agentes políticos, sujeitos a crime de responsabilidade, de qualquer 
das sanções, por ato de improbidade, previstas no artigo 37. Seria incompatível com a 
Constituição eventual preceito normativo infraconstitucional que impusesse imunidade dessa 
natureza”. 
A decisão da Turma se deu por maioria. O ministro Napoleão Nunes Maia Filho 
divergiu do entendimento do relator. 
Site retirado: 
 
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http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto
=105354. 
 
2.7. AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 113.436 - SP (2011/0264523-5) 
RELATOR : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES 
AGRAVANTE : MÁRIO BULGARELI 
ADVOGADO : MARÇO ANTÔNIO MARTINS RAMOS 
AGRAVADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
EMENTA 
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM 
RECURSO ESPECIAL. AÇAO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. 
SUBMISSAO DOS AGENTES POLÍTICOS À LEI N. 8.429/1992. SÚMULA N. 83 DO STJ. 
AUSÊNCIA DE INDICAÇAO DO DISPOSITIVO DE LEI TIDO POR VIOLADO. 
SÚMULA N. 284 DO STF. 
1. O recurso especial que se quer admitido foi interposto contra acórdão proferido pelo 
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que entendeu correto o recebimento da petição 
inicial de ação civil pública por ato de improbidade administrativa movida contra ex-prefeito. 
Alega-se violação da Lei n.8.429/1992 e do Decreto-Lei n. 201/1967, por se entender que a lei 
de improbidade não pode ser aplicada aos agentes políticos. Suscita-se, ainda, que a aceitação 
da prova colhida em inquéritocivil viola o art. 332 do CPC. 
2. A indicação do dispositivo de lei federal que se considera violado ou cuja interpretação é 
objeto de divergência entre os Tribunais pátrios é condição de admissibilidade do recurso 
especial, cuja ausência atrai a aplicação do entendimento contido na Súmula n. 284 do STF. 
Assim, o recurso especial não merece conhecimento quanto à alegação de violação da Lei 
n. 8.429/1992 e do Decreto-Lei n. 201/1967. 
3. Não se verifica violação do art. 332 do Código de Processo Civil - CPC, em razão de a ação 
civil pública estar apoiada em prova colhida em inquérito civil, porquanto, à luz da 
jurisprudência pacífica do STJ, "o inquérito civil, como peça informativa, tem por fim embasar 
a propositura da ação, que independe da prévia instauração do procedimento administrativo. 
Eventual irregularidade praticada na fase pré-processual não é capaz de inquinar de nulidade a 
ação civil pública, assim como ocorre na esfera penal, se observadas as garantias do devido 
processo legal, da ampla defesa e do contraditório" (REsp 1.119.568/PR, Rel. Ministro Arnaldo 
Esteves Lima, Primeira Turma, DJe 23/09/2010); e porque "inexiste ilegalidade na propositura 
da Ação de Improbidade com base nas apurações feitas em Inquérito Civil público, mormente 
quando as provas colimadas são constituídas por documentos emitidos pelo Poder Público e os 
depoimentos das testemunhas foram novamente colhidos na esfera judicial" (REsp 
401.472/RO, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 27/04/2011). 
4. Agravo regimental não provido. 
ACÓRDAO 
 
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Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os 
Ministros da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça, por maioria, vencido o 
Sr. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, negar provimento ao agravo regimental, nos termos 
do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Francisco Falcão e Teori Albino 
Zavascki votaram com o Sr. Ministro Relator. 
Licenciado o Sr. Ministro Arnaldo Esteves Lima. 
Brasília (DF), 10 de abril de 2012 (Data do Julgamento) 
MINISTRO BENEDITO GONÇALVES 
Relator 
Retirado:http://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/21778145/agravo-regimental-no-
agravo-em-recurso-especial-agrg-no-aresp-113436-sp-2011-0264523-5-stj/inteiroteorMaterial elaborado por Tatiana Melo
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