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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA UEPB / CAMPUS VIII CENTRO DE CIÊNCIAS, TECNOLOGIA E SAÚDE – CCTS DISCIPLINA: MECÂNICA DOS SOLOS EXPERIMENTAL I PROFESSOR: RAIMUNDO LEIDMAR BEZERRA MARIA JULIA HOLANDA THIAGO PIRES BEZERRA TEOR DE UMIDADE ARARUNA - PB 2013 INTRODUÇÃO Os solos são constituídos de um conjunto de partículas com água (ou outros líquidos) e ar nos espaços intermediários. As partículas de maneira geral podem deslocar-se entre si. Em alguns casos podem ocorrer pequenas cimentações, mas de grau extremamente baixo, quando comparada aos cristais de rochas e de concreto. O teor umidade do solo é bastante dinâmico, e se modifica constantemente, em resposta às forças de movimento da água criadas pela percolação, evaporação, irrigação, chuva, temperatura e absorção pelas plantas. A umidade do solo(h) ou teor em água(w) é definida como o peso da água(Pa) contida em uma amostra de solo dividido pelo peso seco das partículas sólidas(Ps) do solo, sendo expressa em percentagem. A umidade do solo pode ser determinada através de 03 métodos: secagem em estufa, speedy e expedito do álcool. No método de secagem em estufa a amostra é mantida com temperatura entre 105ºC e 110ºC, por 24 horas, o que significa que ela perdeu a sua água por evaporação. O segundo método utiliza o aparelho speedy e um conjunto de ampolas com cerca de 6,5g de carbureto de cálcio. O último método para determinação da umidade é pelo emprego de álcool etílico, onde o mesmo é adicionado à amostra com a posterior queima. OBJETIVO O objetivo do ensaio é determinar a porcentagem de umidade presente em uma determinada amostra de solo pelos métodos estufa, speedy e álcool. No caso dos métodos estufa e álcool a porcentagem de umidade é determinada pela diferença de peso entre a amostra úmida e a amostra seca; e no caso do método speedy, é dada pela reação entre o carbureto de cálcio e a umidade que eleva a pressão à medida que o solo seja mais úmido. REVISÃO TEÓRICA A resistência do solo está diretamente relacionada com seu grau de compacidade quando é adensado por um determinado esforço. Para cada tipo de solo e para cada esforço de compactação existe uma determinada umidade, denominada umidade ótima de compactação, na qual ocorrem as condições em que se pode obter o melhor adensamento, ou seja, a maior massa específica seca. Nesta condição, o solo também apresenta menor porosidade, caracterizando assim um material mais durável e mais resistente mecanicamente. O teor de umidade de uma amostra de solo é a razão entre o peso da água contida em uma determinada quantidade de solo e o peso da parte sólida presente na mesma amostra, expressa em percentagem. O símbolo w é adotado internacionalmente como teor de umidade podendo ser expresso por: w (%) = ���� á�� ���� �ó�� � x 100 (Eq. 1) Podendo ser expresso também em razão de massa w (%) = � �� á�� � �� �ó�� � x 100 (Eq. 2) Existem vários métodos para determinar o teor de umidade de um solo, no entanto o que geralmente difere é o método de secagem da amostra a ser estudada. Método da estufa: Executa-se a secagem da amostra de solo colocando-a na estufa. w (%) = � �� ��� �� �� ��� � �� ��� �� �� ���������� x 100 (Eq. 4) Método do álcool: Executa-se a secagem da amostra de solo através da queima do álcool w (%) = � �� ��� �� �� ��� � �� ��� �� �� ���������� x 100 (Eq. 5) Método “speedy”: O princípio de funcionamento do método é a reação da água existente na amostra do solo com o carbureto de cálcio (����) que, colocado em excesso em uma amostra de agregado miúdo, em ambiente fechado, reage com a água existente na amostra produzindo gás acetileno. ���� + 2��� → ���� + ��(��)� (Eq. 6) Como a amostra se encontra num recipiente hermeticamente fechado, a formação de gás acetileno provocará aumento na pressão interna do recipiente. A pressão é lida em um manômetro e é diretamente proporcional ao conteúdo de água na amostra de solo. O peso da amostra a ser utilizada é estimado pela umidade que se admite a amostra possuir de acordo com a seguinte tabela: Umidade Estimada (%) Peso da amostra (g) 5 20 10 10 15 5 30 ou mais 2 Se a leitura manométrica for menor que 20 kPa (0,2 kgf/ !�), o ensaio deve ser repetido com peso de amostra imediatamente superior ao empregado, conforme tabela. Se a leitura for maior que 150 kPa (1,5 kgf/ !�), repete-se o ensaio com um peso imediatamente inferior. Entra-se na tabela de aferição própria do aparelho com a leitura manométrica e o peso da amostra utilizada no ensaio; obtém-se a percentagem de umidade em relação à amostra total úmida. METODOLOGIA Para determinar-se o teor de umidade existente em uma amostra de solo, podem-se utilizar métodos de laboratório ou de campo. No laboratório o método mais usado é o método gravimétrico (estufa). Neste método a amostra úmida é pesada e levada para secar em estufa ajustada para temperatura de 105°C a 110°C, onde permanece por um tempo mínimo de 24 horas. Após esse período de tempo é retirada da estufa e pesada imediatamente. Desta forma são conhecidos os pesos da amostra úmida e seca, que fornecem o teor de umidade da amostra, através da fórmula: " (%) = %&'( ú!*+( +� �!(',-� − %&'( '& ( +� �!(',-� %&'( '& ( +� �!(',-� × 100 Um dos métodos utilizados no campo é o teste rápido de umidade (método Speedy), que emprega um recipiente metálico onde é colocada a amostra de terra juntamente com uma ampola de vidro contendo carbureto de cálcio e duas pequenas bolas de metal. O recipiente é provido de um manômetro e é fechado hermeticamente após a adição da amostra úmida. O aparelho é agitado até que as bolas metálicas quebrem a ampola, liberando o carbureto de cálcio que ira reagir com a umidade na amostra de terra. A umidade da amostra faz com que o carbureto seja transformado em gás acetileno, que provoca um aumento da pressão interna do recipiente que é medido pelo manômetro. Quanto mais úmido estiver o solo, mais carbureto se transforma em acetileno e maior será a leitura registrada no manômetro. No método expedido do álcool, após a separação da amostra, pesa-se a cápsula, obtendo o valor da mesma, para que, logo depois, a balança seja tarada e pesa-se a massa do solo úmido. O peso da cápsula foi somado ao peso do solo úmido. Logo após é adicionado álcool ao recipiente, onde o solo úmido estava e ateia-se fogo. Repetindo o procedimento anterior três vezes. Ao final, pesa-se o solo seco juntamente com o recipiente, e a partir dai define-se o teor de umidade pela mesma equação que usada para o método estufa. MATERIAL Método da Estufa: • Estufa elétrica controlada automaticamente por termostato; • Balança analítica; • Recipientes de material resistente ao calor; • Peneira de 2,00 mm. Método do “Speedy”: • Conjunto “Speedy”; • Ampolas com cerca de 6,5 g de carbureto de cálcio. Método do Álcool: • Balança analítica; • Cápsula metálica; • Espátula de aço com lâmina flexível com ponta arredondada; • Álcool etílico; • Peneira de 2,00 mm. RESULTADOS Entendemos que a principal função dos ensaios é a retirada da umidade das porções de solo a serem estudadas. Apesar de identificamos pequenas diferenças ocorridas devido à falta de experiências dos executores, uma vez que os ensaios foram realizados com o intuito didático. Obtivemos resultados satisfatórios com baixa variabilidade entre os métodos praticados para retirada de umidade das porções de solo. VejaMétodo da Estufa w (%) = � �� ��� �� �� ��� � �� ��� �� �� ���������� x 100 = 74,48�73,27 73,27−14,15 x 100 = 2,05% Método Speedy Massa úmida = 20g Pressão = 0,4 KN/cm² W. tab = 2% Método do Álcool Antes de realizarmos esse experimento taramos a balança com a massa do recipiente, assim trabalhamos apenas com as massas do solo. Isso nos permite uma alteração na formula tradicional de realização do experimento. w (%) = � �� ��� �� �� ��� � �� ��� x 100 = �8�9:,;< 9:,;< x 100 = 1,88 % CONCLUSÃO A partir dos resultados podemos ver que, no teor de umidade os diferentes métodos de ensaio para definição de valores, resultam em valores aproximados. Sabendo das diferenças observadas em qualquer tipo de laboratório, encontramos diferenças nos resultados das amostras estudadas. Dos ensaios realizados observamos que cabe ao profissional escolher o método mais viável para analise. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS PINTO, C. S.: Curso Básico de Mecânica dos Solos. 3ª Edição, Editora Oficina de Textos, 2006. UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA. Professor Leidimar Bezerra. AULA-02- 17/05/2013 Teor de umidade métodos: estufa, álcool e speedy
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