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Epidemiologia

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ISADORA GUIRELLI; LAÍS MEDEIROS; LETÍCIA CÁSSIA; LETÍCIA COELHO; LETICIA POLETTO; NAIARA PERISSINATO; RÔMULO VILELA; VINÍCIUS NÉRIO
Trabalho Epidemiologia: Doenças Infecto-Parasitárias
ALFENAS, 2014
ISADORA GUIRELLI; LAÍS MEDEIROS; LETÍCIA CÁSSIA; LETÍCIA COELHO; LETICIA POLETTO; NAIARA PERISSINATO; RÔMULO VILELA; VINÍCIUS NÉRIO
TRABALHO DE EPIDEMIOLOGIA : DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS
Trabalho apresentado como parte dos requisitos para aprovação na disciplina de Introdução a epidemiologia do curso de Farmácia da Universidade Federal de Alfenas – MG. 
Área de concentração: Epidemiologia
Professor: Prof. Dr. Sinézio Inácio da Silva Júnior
ALFENAS, 2014
INTRODUÇÃO
O trabalho que segue trata de indicadores epidemiológicos relacionados com as doenças infecto parasitárias de modo geral. Mas também trata com atenção especial duas doenças que apresentam índices preocupantes no Brasil: a tuberculose e a AIDS. 
Abordar-se-á através dos dados que irão ser apresentados relações entre os indicadores epidemiológicos e identificar-se-á problemas sanitários, nutricionais, investimentos na área da saúde e verbas destinadas ás unidades públicas de saúde. 
Doenças Infecto Parasitárias 
Infecção é a penetração, multiplicação e / ou desenvolvimento de um agente infeccioso em determinado hospedeiro; doença infecciosa são as consequências das lesões causadas pelo agente e pela resposta do hospedeiro manifestada por sintomas e sinais e por alterações fisiológicas, bioquímicas e histopatológicas. 
Quando o agente infeccioso penetra, multiplica-se ou desenvolve-se no hospedeiro, sem causa danos nem manifestações clínicas, considera-se a infecção subclínica, não aparente ou assintomática. Outras vezes, porém, por ação mecânica, por toxinas, por reação inflamatória ou hipersensibilidade ocorre o conflito parasito-hospedeiro, com destruição tissular e manifestações clínicas e patológicas, caracterizando a doença infecciosa. 
As doenças infecciosas e parasitárias podem ser causadas pelos seguintes mecanismos: invasão e destruição dos tecidos por ação mecânica, por reação inflamatória ou por ação de substâncias líticas (lisinas); ação de toxinas específicas, elaboradas pelos germes infectantes ou parasitos, capazes de causar danos locais e / ou à distância nas células dos hospedeiros; indução de reação de hipersensibilidade com resposta imune do hospedeiro capaz de produzir lesões em suas próprias células e tecidos. 
Qualquer paciente com suspeita de uma doença infecciosa ou parasitária deve ser investigado quanto a evidências clínicas, epidemiológicas e laboratoriais. 
Os principais sintomas e sinais das doenças infecciosas e parasitárias são febre, cefaléia, cansaço, sensação de mal-estar indefinido, sonolência, corrimento nasal, lacrimejamento, dor de garganta, tosse, dor torácica e abdominal, estertores pulmonares e sopros cardíacos, dor abdominal, diarreia, náuseas e vômitos, icterícia, disúria, rash cutâneo, presença de gânglios palpáveis, hepatomegalia, esplenomegalia, rigidez de nuca, convulsões e coma. Lesões e / ou corrimentos genitais. 
Em sequência, tratar-se-á especificamente de duas enfermidades que ainda apresentam casos alarmantes no século XXI, são elas: 
Tuberculose Pulmonar 
A tuberculose pulmonar (TP) é uma infecção bacteriana contagiosa que afeta os pulmões, mas que pode se disseminar para outros órgãos. 
A tuberculose pulmonar (TB) é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. Pode-se contrair TP ao inalar gotículas de ar provenientes de uma tosse ou um espirro de uma pessoa infectada. Essa é denominada TP primária. 
A maioria das pessoas que desenvolve sintomas de uma infecção de TP foi infectada pela primeira vez no passado. No entanto, em alguns casos, a doença pode se tornar ativa dentro de semanas após a infecção primária. 
Idosos, bebês, pessoas imunodeprimidas (por exemplo, por AIDS, quimioterapia, diabetes) apresentam maior risco de contrair a TP. O risco de contrair TP aumenta se estiver em contato frequente com portadores de tuberculose, viver em condições de vida insalubres ou com aglomeração de pessoas. Já os fatores que podem aumentar a taxa de infecção de TP de uma população são aumento nas infecções por HIV e no número de desabrigados (ambiente de pobreza e má nutrição). 
Geralmente, o estágio primário da tuberculose não causa sintomas. Quando os sintomas de TP pulmonar ocorrem, eles podem incluir: 
 Tosse (algumas vezes produzindo muco) 
* Tosse com sangue 
* Sudorese excessiva, especialmente à noite 
* Fadiga 
* Febre 
* Perda de peso involuntária 
1.3- AIDS 
Aids é uma doença que ataca o sistema imunológico devido à destruição dos glóbulos brancos (linfócitos T CD4+). A Aids é considerada um dos maiores problemas da atualidade pelo seu caráter pandêmico (ataca ao mesmo tempo muitas pessoas numa mesma região) e sua gravidade.A falta desses linfócitos diminui a capacidade do organismo de se defender de doenças oportunistas, causadas por microorganismos que normalmente não são capazes de desencadear males em pessoas com sistema imune normal. 
O HIV pode ser transmitido pelo sangue, esperma e secreção vaginal, pelo leite materno, ou transfusão de sangue contaminado. O portador do HIV, mesmo sem apresentar os sintomas da Aids, pode transmitir o vírus. 
A Aids não tem cura, mas os portadores do HIV dispõem de tratamento oferecido pelo Governo. Ao procurar ajuda médica, em um dos hospitais especializados em DST/Aids, o paciente terá acesso ao tratamento anti-retroviral. Os objetivos do tratamento são prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente com Aids, pela redução da carga viral e reconstituição do sistema imunológico. O Brasil distribui 15 medicamentos anti-retrovirais na rede pública de saúde. 
OBJETIVOS
Objetivos Gerais: 
Quantificar e comparar os indicadores de saúde e torná-los públicos, visando o acesso ilimitado da população a estas informações e dados em geral.
Objetivos Específicos:
 Informar e conscientizar a população sobre as doenças Infecto-Parasitárias, focando especialmente em AIDS e Tuberculose, por meio da comparação de dados como incidência, mortalidade, vacinação e taxa de escolaridade, mostrando através de cada um quais suas influências sobre cada uma das doenças apresentadas no trabalho.
JUSTIFICATIVAS
O DATASUS disponibiliza informações que podem servir para subsidiar análises objetivas da situação sanitária, tomadas de decisão baseadas em evidências e elaboração de programas de ações de saúde.
A mensuração do estado de saúde da população é uma tradição em saúde pública. Teve seu início com o registro sistemático de dados de mortalidade e de sobrevivência (Estatísticas Vitais - Mortalidade e Nascidos Vivos). Com os avanços no controle das doenças infecciosas e parasitárias (informações Epidemiológicas e Morbidade) e com a melhor compreensão do conceito de saúde e de seus determinantes populacionais, a análise da situação sanitária passou a incorporar outras dimensões do estado de saúde.
Dados de morbidade, incapacidade, acesso a serviços, qualidade da atenção, condições de vida e fatores ambientais passaram a ser métricas utilizadas na construção de Indicadores de Saúde, que se traduzem em informação relevante para a quantificação e a avaliação das informações em saúde.
Nesta seção também são encontradas informações sobre Assistência à Saúde da população, os cadastros (Rede Assistencial) das redes hospitalares e ambulatoriais, o cadastro dos estabelecimentos de saúde, além de informações sobre recursos financeiros e informações Demográficas e Socioeconômicas.
Além disso, em Saúde Suplementar, são apresentados links para as páginas de informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS.
Focando em duas importantes doenças infecto-parasitárias, temos a AIDS e a Tuberculose.
Sobre as ações de prevenção às DST/AIDS do Programa Municipal de DST/AIDS da Secretaria Municipal da Saúde de SãoPaulo organizam-se sob a concepção da prevenção dialogada, que coloca pessoas da comunidade, ou de grupos sociais mais vulneráveis, como principais atores na execução de ações educativas. Outra forma de prevenção é durante o período de gestação, durante o pré-natal é importante que a gestante faça o teste Anti-HIV, pois ela se ela decobrir que tem o vírus terá o acompanhamento especializado, recebendo o tratamento e informações necessárias para evitar a transmissão vertical – de mãe para o bebê. 
O governo tem responsabilidade na definição e execução de estratégias de prevenção, que terá como conseqüência o surgimento de trabalhos nas diversas regiões da cidade de forma democrática, participativa e eqüitativa, uma vez que respeita também a diversidade cultural da cidade. 
Como citado no parágrafo acima, existem várias formas de as ações de prevenção dialogada, que são realizadas por meio dos projetos e programas do governo. Alguns desses programas são:
Tudo de Bom! - Parcerias de Prazer, Saúde e Direitos, trabalho desenvolvido entre e com profissionais do sexo (homens, mulheres e travestis) como agentes de prevenção. Desde 2006, as ações do antigo Projeto Forma(visando a redução de danos no uso de silicone injetável e de hormônios principalmente com travestis) foram incorporadas ao Tudo de Bom!
Cidadania Arco-Íris - Desenvolvido pela população HSH ( Homens que fazem Sexo com Homens).
PRD Sampa - Projeto de Redução de Danos da Cidade de São Paulo, voltado para a população UDI (Usuários de Drogas Injetáveis). Seus agentes Redutores de Danos/agentes de prevenção são usuários ou ex-usuários de drogas injetáveis ou ainda pessoas ligadas a usuários.
Elas por Elas - Estratégias de Prevenção às DST/AIDS entre as mulheres. Em conversas de mulher para mulher, as agentes de prevenção deste projeto fazem trabalhos de prevenção junto a outras mulheres de sua comunidade.
Plantão Jovem - Tem como eixo o protagonismo juvenil e é realizado por agentes de prevenção que desenvolvem trabalhos com a juventude das várias regiões da cidade.
Projeto Homens - Tem como objetivo a prevenção junto a população masculina heterosexual.
Transmissão Vertical - O controle da transmissão vertical (TV) do HIV e da Sífilis é uma prioridade para a Secretaria Municipal da Saúde e para a área de DST/AIDS. Apesar da eficácia do uso dos anti-retrovirais e das rotinas de diagnóstico e de assistência estabelecidas, o controle da transmissão vertical do HIV depende ainda, fundamentalmente, de um sistema de saúde eficiente.
Malhar e Viver + - Desenvolvido para os pacientes dos serviços especializados em DST/Aids, iniciaram a prática de exercícios aeróbicos – corrida, caminhada e alongamento - nos parques da cidade de São Paulo.
Projeto Xirê - Tem como objetivo estabelecer redes sociais, em âmbito local, entre os serviços da rede municipal especializada em DST/Aids da cidade de São Paulo e as lideranças comunitárias das Religiões afro-brasileiras, participa da “Prevenção da Aids na Roda dos Orixás". 
Torna-se importante saber mais sobre a AIDS porque qualquer pessoa pode contrair o HIV e aprender mas sobre a AIDS pode ajudar a entender os fatos e rejeitar os mitos sobre essa doença.
Sobre a Tuberculose, existe uma forma de tratamento preventivo que evita que um foco inativo se transforme em doença, é a quimioprofilaxia. Esse tratamento é realizado através da prescrição do medicamento isoniazida, que deve ser tomada por 6 meses, sem interrupções, para aquelas pessoas que tiveram contato com portadores de Tuberculose Pulmonar Bacilífera ou com evidência de infecção recente e com grande possibilidade de adoecer. Este tratamento é bem simples, além de ser um recurso importante principalmente para as pessoas infectadas pelo HIV ou pessoas com contato intradomiciliares menores de 15 anos. Enquanto uma pessoa sem o HIV pode permanecer a vida toda com o bacilo da tuberculose inativo, sem desenvolver a doença, um soropositivo infectado por este bacilo tem mais chance, por ano, de ter tuberculose.
Outra forma de prevenção, embora não absoluta, é feita através da vacinação BCG (Bacilo Calmette-Guérin), que é obrigatória no Brasil para todos os recém nascidos.A análise de artigos de publicações internacionais mostra que o BCG confere cerca de 50% de proteção para todas as formas de tuberculose e que a eficácia é cerca de 64% para a Meningoencefalite Tuberculosa e de, aproximadamente, 78% para a disseminada. A eficácia também varia em função de outros fatores, tais como genéticos, nível socioeconômico, nutricional, diferentes cepas de BCG 2. Em nosso país, há evidências de proteção contra a Meningite Tuberculosa em crianças que receberam a vacina BCG.
METODOLOGIA
Este projeto baseia-se basicamente em pesquisas bibliográficas realizadas a partir da observação de dados relevantes obtidos através do DATASUS sobre as doenças infecto parasitárias mais comuns no Brasil, tendo como enfoque as doenças sexualmente transmissíveis, tuberculose, dengue, leishmaniose, hepatite, entre outras. A partir deste levantamento de dados e da análise dos mesmos foi possível construir tabelas e gráficos visando estabelecer e propor possíveis correlações entre estes índices, a fim de obter uma visão geral da situação do país quanto a saúde relacionada às condições socioeconômicas de cada região. 
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Tabela 1: Números de casos de doenças infecto parasitárias no Brasil no período
	
	NÚMERO DE CASOS 
	DOENÇAS
	1990
	2012
	SARAMPO
	61.435
	2
	TÉTANO
	1.548
	312
	FEBRE AMARELA
	2
	2
	RAIVA HUMANA
	73
	7
	HEPATITE B
	706
	13.778
	HEPATITE C
	1.217
	11.448
	CÓLERA
	2.103
	1
	SÍFLIS CONGÊNITA
	-
	11.314
	MENINGITE
	-
	21.580
	LEPTOSPIROSE
	-
	3.338
	LEISHIMANIOSE VISCERAL
	1.944
	3.058
	HANSENÍASE
	28.765
	33.741
Com base na tabela 1 feita com dados do DATSUS a partir da incidência específica de cada doença transmissível conseguimos fazer a possível relação baseada na comparação entre os anos de 1990 e 2012. Observou-se que no caso do sarampo os casos diminuíram drasticamente devido a eficácia da vacina anti-sarampo que é de cerca de 97%. Entretanto no caso do aumento pode ser relacionado ao fato de a vacina ser eficaz, mas ela só é quando as 3 doses são efetuadas. Provavelmente todas as doses não foram aplicadas, talvez por falta de informação por parte do individuo por falta de atenção/ cuidado com os meios de transmição. Já a hepatite C, por ser na maioria dos casos uma doença assintomática e por não ter vacina a presença do vírus demora para ser descoberta agravando assim sua manifestação.
Tabela 2: Taxa de mortalidade específica por Aids.
	
	
	
	
	2001
	2011
	TOTAL
	10.948
	12.151
	Acre
	11
	7
	Roraima
	20
	34
	Amapá
	7
	37
	Tocantins
	20
	57
	Rondônia
	37
	69
	Sergipe
	49
	81
	Piauí
	42
	96
	Rio Grande do Norte
	46
	100
	Paraíba
	70
	117
	Distrito Federal
	102
	117
	Alagoas
	63
	121
	Mato Grosso do Sul
	108
	139
	Mato Grosso
	137
	170
	Amazonas
	95
	215
	Espírito Santo
	121
	258
	Ceará
	150
	271
	Goiás
	206
	285
	Maranhão
	149
	341
	Pernambuco
	356
	498
	Pará
	188
	507
	Santa Catarina
	469
	579
	Bahia
	371
	587
	Paraná
	470
	610
	Minas Gerais
	862
	833
	Rio Grande do Sul
	1.176
	1.386
	Rio de Janeiro
	1.652
	1.714
	São Paulo
	3.971
	2.922
Tabela 3: Ceará - Proporção de casos de aids por categoria de exposição
	Sexual
	Sanguínea
	Transmissão vertical
	Total
	94,06
	3,87
	2,07
	100
Tabela 4: Ceará - População 8 a 10 anos estudo por Nível de escolaridade segundo Região
	Faixa etária de 15 a 24 anos
	Período de 2001
	Período de 2011
	8 a 10 anos de estudo
	Erro
	8 a 10 anos de estudo
	Erro
	189.297
	 ± 15.522
	250891
	 ± 21.806
Tabela 5: São Paulo - População 8 a 10 anos estudo por Nível de escolaridade segundo Região
	Faixa etária de 15 a 24anos
	Período de 2001
	Período de 2011
	8 a 10 anos de estudo
	Erro
	8 a 10 anos de estudo
	Erro
	1.336.460
	 ± 82.608
	1098982
	 ± 93.954
Tabela 6: São Paulo - Proporção de casos de aids por categoria de exposição 
	Sexual
	Sanguínea
	Transmissão vertical
	Total
	79,47
	17,78
	2,75
	100
Com base nas tabelas 2 ,3, 4, 5 e 6, temos a análise abaixo:
 	Segundo o DATASUS, no ano de 2001 foram registradas 3.971 mortes dentre 36.969.476 habitantes no Estado de São Paulo (segundo o Censo de 2000) por AIDS. Em 10 anos a população deste estado cresceu para 41.252.160 habitantes, entretanto houveram 2.922 mortes registradas pelo DATASUS em 2011 acometidas pela mesma doença. Quase 80% dos casos de AIDS no estado ocorreram devido à exposição sexual, 18% à exposição sanguínea e 2,75% foram decorrentes da transmissão vertical, ou seja, da mãe para o feto. 
	No Estado do Ceará cerca 150 mortes foram causadas pela AIDS, em uma população de 8.185.286 habitantes segundo Censo 2000. Já em 2010 a população cearense era de 8.488.055 e o número de mortos pela mesma doença foi de 271 demonstrando um aumento esperado devido o crescimento da população. 94% dos casos registrados foram devido a exposição sexual, cerca de 3% ocorreram devido a exposição sanguínea e outros 3% devido a transmissão vertical. 
	Buscamos associar o aumento do índice de mortalidade pela doença aos níveis de escolaridade observados nos dois estados. Era esperado que no Estado de São Paulo houvesse um aumento no número de óbitos proporcional ao aumento da população, contudo observou-se um decréscimo no mesmo. Porém, o nível de escolaridade da população entre 15 e 24 anos diminuiu (essa faixa etária foi considerada devido ser mais vulnerável e suscetível à contrair a doença). Portanto o nível de escolaridade da população pode não influenciar significativamente na prevenção da doença.
	Usando como base o Estado do Ceará, a mesma associação foi realizada. Era esperado que ele obtivesse os piores resultados, devido ao fato de ser um estado da região Nordeste onde há, na maioria dos municípios, uma precariedade de recursos de saúde e outros. Associação buscou relacionar o nível de escolaridade como um dos fatores responsáveis pelo aumento dos casos ao decorrer do período. Todavia, observou-se um aumento significativo na escolaridade da população cearense o que faz com que esta relação de contração de AIDS por falta de informação não é coerente.
Tabela 7: Tuberculose
	Unidade da Federação 
	Incidência 2008
	Vacinação BCG 2008
	Óbitos 2008
	Roraima 
	127
	140,41
	3
	Amapá 
	234
	116,64
	7
	Distrito Federal 
	351
	118,76
	9
	Tocantins 
	175
	108,84
	11
	Acre 
	266
	110,29
	16
	Rondônia 
	458
	108,94
	34
	Sergipe 
	576
	109,88
	35
	Goiás 
	808
	113,93
	50
	Mato Grosso do Sul 
	878
	111,9
	59
	Santa Catarina 
	1.648
	103,7
	59
	Espírito Santo 
	1.324
	103,62
	73
	Paraíba 
	1.064
	111,91
	75
	Mato Grosso 
	1.078
	113,04
	78
	Piauí 
	913
	109,6
	84
	Alagoas 
	1.172
	109,13
	95
	Amazonas 
	2.273
	119,86
	113
	Paraná 
	2.506
	107,42
	152
	Pará 
	3.191
	115,39
	179
	Maranhão 
	2.176
	128,03
	196
	Ceará 
	3.645
	110,58
	269
	Rio Grande do Sul 
	4.610
	101,17
	290
	Minas Gerais 
	4.517
	108,73
	306
	Pernambuco 
	4.149
	119,36
	403
	Bahia 
	5.522
	108,28
	434
	Rio de Janeiro 
	11.054
	108,88
	870
	São Paulo 
	15.371
	107,71
	910
Tabela 8: Tuberculose
	Unidade da Federação 
	Incidência 2009
	Vacinação BCG 2009
	Óbitos 2009
	Roraima
	132
	96,09
	2
	Distrito Federal
	285
	110,09
	6
	Amapá
	219
	109,4
	9
	Tocantins
	205
	99,28
	14
	Acre
	320
	101,11
	16
	Rondônia
	571
	104
	20
	Sergipe
	571
	97,24
	45
	Rio Grande do Norte
	976
	106,39
	53
	Goiás
	886
	115,22
	57
	Santa Catarina
	1.628
	99,82
	65
	Mato Grosso do Sul
	902
	101,22
	67
	Espírito Santo
	1.267
	100,37
	70
	Paraíba
	1.058
	112,79
	80
	Piauí
	853
	100,23
	81
	Mato Grosso
	986
	107,95
	82
	Alagoas
	1.178
	107,33
	99
	Paraná
	2.401
	101,76
	122
	Amazonas
	2.274
	120,62
	133
	Pará
	3.587
	120,86
	180
	Rio Grande do Sul
	5.065
	97,38
	273
	Minas Gerais
	4.243
	99,15
	315
	Ceará
	3.847
	104,33
	315
	Pernambuco
	4.156
	109,36
	397
	Bahia
	5.734
	103,96
	406
	Rio de Janeiro
	11.659
	109,36
	815
	São Paulo
	15.714
	101,78
	922
	Nesta análise das tabelas 7 e 8, o grupo procurou basear-se na premissa de que se uma unidade de federação no período dos anos de 2008 e 2009 obteve um alto percentual da cobertura de vacinação de BCG para crianças na faixa etária recomendada, consequentemente essa mesma UF teria mostrado um menor número de óbitos no mesmo período, devido a eficiência da vacinação.
	Desta forma, utilizando o Estado de São Paulo como referência, a relação é possível de ser realizada. Em 2008, temos 15.371 novos casos, 107,71 percentual de crianças servidas pela vacina e 910 óbitos. Enquanto que no ano de 2009, temos 15.714, 101,78 de percentual de crianças servidas pela vacina e 922 óbitos. Portanto, é provável e compreensível a interpretação de que a cobertura de vacinação e o número de óbitos são inversamente proporcionais de um ano para o outro. 
CONCLUSÃO
	Como considerações finais pode-se afirmar que o número de doenças infecto parasitárias no Brasil é relativamente grande e estas vem recebendo uma atenção considerável por parte do governo federal. Um exemplo é o sarampo que em pouco mais de 10 anos está praticamente erradicado no país, em contra partida, em relação as doenças sexualmente transmissíveis como a hepatite e a AIDS, houve um aumento considerável no número de casos o que pode ser justificado pela popularização do álcool e das drogas principalmente entre os jovens. Conclui-se também que o nível de escolaridade da população pode não influenciar diretamente no aumento ou na diminuição no número de mortes acometidas pela Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), sendo este um resultado inesperado, uma vez que com o aumento da escolaridade e da informação sobre transmissão e prevenção da doença esperava-se a diminuição dos casos e mortes nos últimos dez anos.
	A realização deste trabalho demonstrou a importância do DATASUS com relação ao acesso à informação e disseminação das mesmas na área da saúde, informações estas que são relevantes na construção do caráter investigativo necessário para um profissional da Saúde. Além disso, conhecer as taxas de incidência e prevalência das principais doenças, suas formas de contágio e prevenção relacionados aos níveis socioeconômicos, além da abrangência dos programas de saúde contribuem para a compreensão da situação do país com relação às medidas desenvolvidas que visam melhorar as condições de vida de toda a sociedade brasileira.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
<http://www.minhavida.com.br/saude/temas/aids> acesso em : 25/01/2014
<http://www.minhavida.com.br/saude/temas/tuberculose > acesso em : 25/01/2014
<http://www.portalvital.com/saude/saude/hepatites-b-e-c-doencas-silenciosas> acesso em : 25/01/2014
<http://censo2010.ibge.gov.br/> acesso em : 25/01/2014
<http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/matriz.htm> acesso em : 25/01/2014
<http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02> acesso em : 25/01/2014

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