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ATIVIDADES AVALIATIVAS LIBRAS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS 
Kiara Letícia da Silva Monteiro
ATIVIDADES AVALIATIVAS
MACAPÁ
2015
ATIVIDADE 01:
No primeiro e segundo dia de aula, estudamos a história da educação dos surdos no mundo e no Brasil, percebemos que parte de sua história sempre dão ênfase à presença de (antigos) professores “ouvintes”, são tantos citados nos registros que se tornaram famosos, enquanto isso, os professores surdos obscureceram-se com o tempo (quase não há registros apesar de muitos deles serem existentes). Vamos resgatá-los? 
Você conhece alguns professores surdos que foram destacados na história cultural de surdos? Caso não pesquise e escolha um nome, logo após, faça uma biografia dele (pode ser filmado em Libras ou escrito em português), Façam um texto bem detalhado com suas próprias palavras.
PROFESSOR SURDO, ALUNOS OUVINTES: UMA EXPERIÊNCIA DE SUCESSO NA CIDADE DE MONTEIRO-PB. Disponível em: www.editorarealize.com.br. Acesso em 04/11/2015.
BIOGRAFIA DO PROFESSOR JOÃO BATISTA
João Batista nasceu na cidade de Itabaiana – PB em 23 de Junho de 1983. A mãe de João pegou rubéola com três meses de grávida, fator de desencadeou a surdez de seu filho.
Com o passar do tempo, exatamente aos 04 anos ingressou em uma escola, mas encontrou a “primeira” de muitas dificuldades que viriam pela frente, pois a professora não atendia às suas necessidades como surdas.
Seus pais resolveram trocá-lo de escola, dessa vez ingressou em uma especialmente para surdos, onde aconteceu o seu primeiro contato com outros surdos.
Logo se formou no curso de magistério em uma escola estadual. Muito dedicado e estudioso, em 2008, passou no vestibular Letras/LIBRAS no polo do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, turma de alunos surdos. Formou-se em 2014 no Curso de Especialização em LIBRAS.
Hoje em dia atua como professor substituto na Universidade Estadual da Paraíba e tutor virtual da Educação à Distância no curso de LETRAS na FUNAD – CAS PB.
João Batista conseguiu quebrar vários obstáculos e hoje é visto como uma história de guerreiro na cidade onde exerce sua prática pedagógica. Contudo, para ele a surdez deve ser vista como diferença e não como limitação.
ATIVIDADE 02:
Responda as questões:
Sobre o congresso de Milão, cite as consequências do mesmo que provocou na educação dos surdos, como também no surgimento de oportunidades e vitórias na vida dos surdos?
Neste congresso, foi feita uma votação proibindo oficialmente a língua dos sinais na educação de surdos. Este congresso foi organizado, patrocinado e conduzido por muitos especialistas ouvintistas, todos defensores do oralismo puro. Os únicos países contra a proibição eram os Estados Unidos e Grã- Bretanha havia professores surdos também, mas as suas “vozes” não foram ouvidas e excluídas de seus direitos de votarem. Após o congresso, a maioria dos países adotou rapidamente o método oral nas escolas para surdos, proibindo oficialmente a língua de sinais, decaiu muito o número de surdos envolvidos na educação de surdos. Em 1960, nos Estados Unidos, eram somente 12% os professores surdos como o resto do mundo. Em consequência disto, a qualidade da educação dos surdos diminuiu e as crianças surdas saíam das escolas com qualificações inferiores e habilidades sociais limitadas. Ali começou uma longa e sofrida batalha do povo surdo para defender o seu direito linguístico cultural, as associações dos surdos se uniram mais, os povos surdos que lutam para evitar a extinção das suas línguas de sinais.
Em sua opinião, o que aconteceu que movimentou a educação de surdos para um ritmo decrescente de qualidade?
Após o congresso de Milão os professores surdos perderam seus empregos e as línguas dos sinais foram forçadamente substituídas por métodos orais. Houve fracassos na educação de surdos devido à predominância do oralismo puro na forma de ouvintismo, entretanto, em últimos 20 anos começaram perceber que os povos surdos poderiam ser educados através da língua dos sinais.
Sobre a Identidade surda, relate a seu modo como e onde acontece a constituição da identidade surda?
Para Perlin (1998) a identidade é algo em questão, em construção, uma construção móvel que pode frequentemente ser transformada ou estar em movimento, e que empurra o sujeito em diferentes posições. As identidades compreendem aspectos relacionais e, ao mesmo tempo, de diferenciação; configuram-se a partir da coexistente necessidade de pertinência e autonomia.
A questão da língua de sinais, portanto, está inerentemente relacionada à cultura surda. Ou seja, ao se tratar da cultura surda como fator construtor da identidade surda, necessariamente trata-se da questão da língua de sinais-Libras. A cultura surda, por sua vez, remete à identidade do sujeito que convive, quase sempre, com as duas comunidades (surda e ouvinte).
Pesquise na internet sobre a declaração de Salamanca e destaque o que há de referência ao “surdo” nela?
1994 – Declaração de Salamanca: Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais.
A inclusão de crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais dentro do sistema regular de ensino é a questão central, sobre a qual a Declaração de Salamanca discorre.
Na introdução, a Declaração aborda os Direitos Humanos e a Declaração Mundial sobre a Educação para Todos e aponta os princípios de uma educação especial e de uma pedagogia centrada na criança. Em seguida apresenta propostas, direções e recomendações da Estrutura de Ação em Educação Especial, um novo pensar em educação especial, com orientações para ações em nível nacional e em níveis regionais e internacionais.
Pode-se dizer que o conjunto de recomendações e propostas da Declaração de Salamanca, é guiado pelos seguintes princípios:
Independente das diferenças individuais, a educação é direito de todos;
Toda criança que possui dificuldade de aprendizagem pode ser considerada com necessidades educativas especiais;
A escola deve adaptar–se às especificidades dos alunos, e não os alunos as especificidades da escola;
O ensino deve ser diversificado e realizado num espaço comum a todas as crianças.
Depois da Declaração de Salamanca, realizada no ano de 1994, os surdos conquistaram sua independência cultural. A Declaração de Salamanca destaca a importância de uma educação baseada no direito e reconhecimento da língua natural do individuo. Dá importância a língua de sinais como meio de comunicação entre os surdos, buscando, além disso, reconhecer e promover uma educação na linguagem gestual do seu país.
Depois desse respaldo na legislação, formaram-se comunidades ou associações de surdos em prol das conquistas e direitos que os mesmo possuem.
Reflita e responda: Devemos encorajar a criação de novas escolas de surdos ou fazer com que as crianças surdas sejam transferidas de escolas de surdos para escolas regulares cujos professores não conhecem Libras?
Crianças surdas que são incluídas em escolas regulares é um processo muito difícil. A maioria não consegue se adaptar e são poucos que conseguiram ter sucesso em escolas de inclusão. Então o ideal seria a criação de escolas bilíngue para surdos, embora o Ministério da Educação (MEC) recomende que todos os alunos sejam incluídos nas escolas regulares. O diferencial da escola bilíngue é o compromisso com o ensino de Libras como língua principal, seguido pela compreensão da língua portuguesa escrita.
Em sua opinião, é situação positiva que os professores desconheçam a Libras?
Não é positivo, pois se deve pensar em uma preparação para os profissionais para incluir crianças surdas no ensino fundamental, pois nesse processo, o educador irá estar diretamente interligado com esses alunos favorecendo o desenvolvimento das habilidades para a prática pedagógica, com o auxílio de um programa assistencial infantil, que atende essas crianças, que obrigatoriamente deve estar presente na escola. Quando ocorre o preconceito da sociedade quantoao deficiente auditivo, é preciso que haja educadores qualificados e ambiente adequado para o atendimento aos alunos amenizando essa problemática, dando importância à perspectiva de atender as exigências da sociedade que só alcançará seu objetivo quando todas as pessoas tiverem acesso à informação e conhecimento necessário para a formação de sua cidadania.
Você como futuro professor, quais medidas irá tomar para oferecer um ensino de qualidade e de participação dos alunos surdos?
Ensinarei a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) tanto para o aluno surdo quanto para os demais colegas de sala. Com isso, a interação entre eles será melhor. Trabalharei com livros que tenham a linguagem de sinais. Embora eu como professora possa interpretar as histórias, é melhor que o aluno tenha contato direto com o texto. Produzirei atividades e provas específicas para o aluno. Incentivarei a participação da família na aprendizagem do estudante. Caso eles não saibam a linguagem, os ajudarei a aprender também, para uma melhor comunicação.
Irei além da interpretação. Vou encontrar técnicas e maneiras de incentivar o aluno a querer estudar.
Face as evidentes frustrações de inclusão de surdos sem “Libras”, quais sugestões você adotaria no intuito de melhorar estas situações de “inclusão” de sujeitos surdos em escolas “regulares”?
A inclusão do surdo deve ser integral, acima de tudo, digna de respeito e direito a educação com qualidade atendendo aos interesses individuais e nos grupos sociais. A educação especial passa por uma transformação em termos da sua concepção e diretrizes legais. É preciso estabelecer um plano de ação político-pedagógico que envolva a inclusão das pessoas portadoras de necessidades especiais. Faz-se necessário lembrar que a Educação Especial delineia um processo de construção e compreensão de posicionamentos quanto às orientações e diretrizes atuais. Com o processo de inclusão dos portadores de necessidades educativas especiais no ensino fundamental, devemos levar em consideração que as mudanças são frequentes, principalmente quando consideramos que toda a nossa tradição histórica tem sido preconceituosa e discriminativa. Quanto a isso, os profissionais sabem que existe uma grande preocupação no rendimento escolar, por isso, o educador deve estar preparado para lidar com situações constrangedoras, pois terá contato com diferentes tipos de alunos. 
Há ainda, uma grande preocupação quanto à participação dos pais na escola, pois são poucos os que são presentes na educação escolar. Os mesmos, muitas vezes desconhecem a LIBRAS, pois utilizam gestos que são reproduzidos naturalmente. No processo de inclusão no âmbito escolar, deverá ser feito um trabalho de conscientização que é um trabalho essencial para a construção de uma sociedade justa e igualitária, na qual as diferenças sejam consideradas e respeitadas.

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