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LIBRAS

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Qual a função do intérprete educacional de LIBRAS?
	Resposta:
Seu papel em sala de aula é servir como tradutor/intérprete entre pessoas que compartilham línguas e culturas diferentes como em qualquer contexto tradutório que vivenciou ou vivenciará. Ele realiza uma atividade humana e que exige dele estratégias mentais na arte de transferir o contexto, a mensagem de um código linguístico para outro. Em sala de aula, o intérprete atua em todas as atividades pedagógicas. Sua ação tradutória, agora, se debruçara a transliteração de conteúdos disciplinas, educacionais e que requerem maior preocupação com a aprendizagem dos surdos. O intérprete de LIBRAS educacional não é um tutor, mas pode contribuir demais para uma boa relação entre surdos e ouvintes.
	A partir de 1880, qual foi o marco educacional que impactou o desenvolvimento educacionais/social dos surdos e suas consequências?
	Resposta:
O congresso de Milão, na Itália. Quando em 1880 realizou-se esse evento, os surdos sofreram fortemente, pois foram estigmatizados, inferiorizados, sua língua foi proibida, extinta, com isso comprometeu-se a questão de identidade em relação aos surdos.
	A história da Educação de surdos e a história dos surdos teve pontos cruciais?
	Resposta:
A vida dos surdos mudou muito de épocas para cá. Vide que no século XIX eram proibidos de usar a língua de sinais, quando em 1880 houve o congresso de Milão e apesar de haver de 40% a 50% de professores surdos na escola, eles não votaram e suas línguas foram extintas, fruto da perda da cidadania - sem direito a voto - e fruto da perda do direito linguístico - hegemonia ouvintista e de desvalorização de sua língua. Durante mais de 100 anos os surdos apanhavam para não sinalizar e dessa realidade é que se desenvolve a leitura labial e a oralização. Agora estão livres dessa marginalização e podem usar suas línguas de sinais, e hoje a LIBRAS ganha estatuto social e universitário.
	Como era a vida dos surdos no passado?
	Resposta:
Na Antiguidade, a deficiência era vista como incapacidade; as pessoas não podiam produzir nem eram livres para cuidar de suas vidas. Nascer surdo era considerado punição dos deuses. Eram privados de seus direitos legais e em algumas culturas eram sacrificados por serem considerados inúteis. Na Idade Média, saíram da exclusão total para o assistencialismo da Igreja Católica, mas ainda considerados inaptos para a educação e o sacerdócio. Na Idade Moderna houve a segregação em asilos e hospitais psiquiátricos, buscando a reabilitação deles. Mas surgiram também pessoas que se voltaram para a educação dos surdos, mostrando que estes poderiam aprender, apresentando alguns métodos educacionais na Europa. Assim, aos poucos, a visão de que as pessoas surdas são incapazes de aprender foi se desfazendo (MOREIRA e PALLAZO, 2017).
	O que aconteceu no famoso Congresso de Milão?
	Resposta:
No II Congresso Mundial, em Milão (1880), foram estabelecidas duas resoluções que mudariam toda a história por 100 anos: declarou-se a superioridade incontestável da fala (da língua oral) para incorporar os surdos à vida social, considerou-se que a utilização simultânea dos gestos e da oralidade é prejudicial, pois dificulta a fala, a leitura labial e a precisão das ideias. O Congresso declarou que o método oral puro era ideal para a educação dos surdos. Essas recomendações foram aceitas por vários países, como Alemanha, Itália, França, Inglaterra, Suécia e Bélgica. Somente o grupo americano, liderado por Edward Gallaudet, foi contrário à decisão. Nesse evento, dos 255 participantes, só três eram surdos (MOREIRA e PALLAZO, 2017).
	A surdez, atualmente, é compreendida como deficiência ou diferença?
	Resposta:
Como diferença de uma minoria linguística, já que constitui uma identidade em relação ao outro de uma mesma comunidade identitária.
	O que representaria princípio de alteridade no contexto aqui estudado?
	Resposta:
É a instituição da sensação de pertencimento a uma comunidade linguística cultural, através de trocas que realizam cada um dos parceiros/membros dessa mesma comunidade identitária.
	Em que ano foram sancionados a Lei e o Decreto de Libras?
	Resposta:
A Lei 10.436 foi criada em 24 de abril de 2002, enquanto o decreto de Libras 5.626 foi promulgado no dia 22 de dezembro de 2005. São dois documentos fundamentais para o avanço dos direitos das pessoas surdas e suas comunidades linguísticas.
	Por que as escolas regulares não têm professores capacitados para lecionar às pessoas com deficiência e surdas?
	Resposta:
Há muitas insuficiências e ineficiências. Podemos citar algumas: 1) a graduação de professores à nível de primeira de licenciatura está defasada e poucas universidade dão importância a uma formação para a diversidade humana. A Estácio está à frente de seu tempo, oferecendo esta disciplinas (Libras) e também outras como Educação Inclusiva; 2) também poucas ofertas e procuras de cursos de formação continuada com ênfase na educação inclusiva; 3) muitos docentes de carreira também têm resistências por diferentes aspectos; 4) faltam vontades, projetos e práticas políticas e administrativas nas escolas, advindo das secretarias de Educação.
	Como é feito a inclusão de um surdo em empresas?
	Resposta:
A inclusão dos surdos nas empresas é realizada inicialmente como cumprimento da lei de cotas, devendo ter o cuidado de observar o tipo de comunicação que o candidato usa. Se ele for usuário de LIBRAS, será necessário a presença de intérprete, se não, poderá usar a leitura labial ou a escrita. No entanto, importa destacar que sua inserção numa dada instituição não seja apenas para o cumprimento dessa legislação, mas, sim, por serem pessoas com competências e habilidades profissionais e técnicas para exercerem as funções e cargos para os quais concorrem. A porcentagem de contratação vai de 2% a 5%, dependendo do quantitativo de funcionários que a empresa tem.
	Na questão da segregação, somente os surdos ou quem apresentasse algum tipo de deficiência eram separados e deixados nas instituições ou em geral qualquer pessoa?
	Resposta:
As pessoas surdas e demais pessoas com deficiência eram abandonadas por suas famílias em Instituições e eram treinadas para se adptar da melhor forma à sociedade. Hoje avançamos, pois entendemos que as pessoas precisam ser respeitadas em sua diferença.
	Como identificar muito bem os aspectos relacionados à identidade do sujeito contemporâneo em termos de inclusão social.
	Resposta:
Sabe-se que as identidades, do ponto de vista da pós-modernidade, não são estáveis ou estanques, mas móveis e construídas, logo o homem contemporâneo é capaz de constituir-se por meio de seus grupos sociais. A identidade surda reúne as mesmas concepções e formas de estruturações subjetivas e abstratas nos sujeitos surdos e que os constituem sujeitos de uma outra identidade social. Obviamente, há determinados comportamentos individualizados, o que podemos chamar de identidade individual, mas essa está intrinsecamente implicada e imbricada à uma identidade social, à parâmetros de uma cultura e comunidade.
	A pessoa que se forma em Pedagogia já está apta para atuar em uma sala de aula, por exemplo, com alunos surdos ou deve o professor ter uma especialização, caso não existam intérpretes de LIBRAS?
	Resposta:
A pessoa com formação em Pedagogia bilíngue pode dar aula para crianças surdas, as demais pedagogias não trabalham nessa perspectiva, mas se a escola trabalhar com a inclusão, esse professor pode receber alunos surdos e precisará fazer uma formação continuada com ênfase na especialização em Educação de surdos ou o curso de LIBRAS. Lembrando que a formação não garante aptidão, daí a necessidade de estudos adicionais até que o profissional sinta-se competente para trabalhar com surdos. Relembrando que envolve aprender uma língua, a LIBRAS
	Atualmente a sociedade tem, em certo grau, mais conhecimento sobre a inclusão dos surdose de pessoas com deficiência. Quais podem ser as medidas para que a inclusão tenha mais eficácia?
	Resposta:
São várias as ações, mas podemos destacar algumas que já foram realizadas e as que podem ser feitas. A criação das leis de LIBRAS e de Acessibilidade como também a obrigatoriedade da disciplina de LIBRAS na formação de professores das Licenciaturas e na formação de Normalistas e nos curso de Pedagogia e Fonoaudiologia, a lei de cota para a inserção no mercado de trabalho. Pode-se, ainda, criar culturas inclusivas em qualquer ambiente, com a organização pensada na diversidade de todos os tipos de gente que frequentam os respectivos espaços.
	Qual a concepção de ética da diversidade?
	Resposta:
Refere-se à participação legítima de todos os tipos de gente, a equiparação de oportunidades e a uma sociedade construída COM, POR e PARA todos.
	Como desconstruir os mitos em socialmente constituídos sobre a Libras e os surdos?
	Resposta:
Por meio de ações educativas para ensinar, conscientizar as pessoas não-surdas que tais mitos são desastrosas visões sociais e as mesmas produzem impactos negativos sobre as pessoas surdas.
	Por que as pessoas ouvintes tendem a discriminar as pessoas surdas?
	Resposta:
Por causa da falta de conhecimento. De fato, as pessoas de bem e de boa vontade não discriminam ou preconceituam por má intenção, a falta de conhecimento é mesmo o fator que causa esses comportamentos linguísticos e sociais.
	O que seria igualdade na diferença?
	Resposta:
¿Valorizar a humanidade que provém de todo e qualquer indivíduo, base da ideia de direitos humanos. Mesmo em casos graves de deficiência a pessoa deve ter garantido seu direito de livre escolha e convívio social.¿ Disponível em http://www.sorri.com.br/diversidade_como_valor
	Os surdos aprendem de que forma?
	Resposta:
Sabemos que acompanhado com a surdez vem sempre um pacote gratuito de estereótipos para caracterizar o indivíduo como incapaz inclusive de aprender. Porém já foi comprovado que os surdos possuem as mesmas capacidades de aprendizagem que os ouvintes, apenas precisam ter acesso a um ambiente apropriado. O acesso a LIBRAS além do meio de comunicação estabelece uma valorização da comunidade e da identidade surda. Há a necessidade da presença de mais surdos nas universidades e em outros setores a fim de diminuir a visão do mesmo como sendo incapaz.
	De que forma podemos ensinar o surdo de forma contextualizada.
	Resposta:
Através do conhecimento do aluno surdo, o professor vai utilizar esse conhecimento para desenvolver novos raciocínios e avanços, pois o aluno chega na escola com uma bagagem, cabe ao professor saber trabalhar e dinamizar as informações
	O que é o Ouvintismo?
	Resposta:
é um conjunto de representações dos ouvintes imposto ao surdo, onde este está obrigado a enxergar o mundo pela ótica de um ser ouvinte, mesmo sendo ele uma pessoa surda (Gesser, 2009)
	O que é identidade surda?
	Resposta:
A identidade de uma pessoa é uma construção abstrata e subjetiva que depende das relações estabelecidas e do contrato social realizado na comunidade e que no sujeito surdo se constrói a partir da uma experiência visual, mediada pela comunicação simbólica na língua de sinais, seu principal meio de concretização. "A identidade não resulta de processos de aprendizagem, mas refere-se a posições que se constituem em processos de memória afetados pelo inconsciente e pela ideologia." 
	Como se constrói a identidade surda?
	Resposta:
A identidade surda se constrói dentro de uma cultura visual (Perlin, 1998). A surdez precisa ser vista como diferença e não como deficiência, através de uma visão multicultural. Surdo é aquela pessoa que, com surdez congênita ou adquirida na infância, assume uma identidade surda, num processo de endoculturação à linguagem e aos elementos culturais de uma determinada comunidade surda. Para ele, a língua de sinais é a língua primeira e natural; seu modelo social, quando criança, é o surdo adulto.
	Existe uma identidade surda?
	Resposta:
Para Perlin (2002) as identidades Surdas são complexas e diversificadas. Os surdos não representam um grupo homogêneo, por isso há diferentes identidades, dependendo da história de cada um. A identidade está em contínua mudança, sempre inacabada. A autora identificou sete tipos de identidades surdas: Identidades Surdas (Política), Identidades Surdas Híbridas, Identidades Surdas Flutuantes, Identidades Surdas Embaraçadas, Identidades Surdas de Transição, Identidades Surdas de Diáspora, Identidades Intermediárias. Sendo assim, é possível concluir que há não apenas uma identidade surda, mas várias identidades que precisam ser conhecidas e respeitadas.
	O que seria a cultura inclusiva?
	Resposta:
Cultura inclusiva é um conjunto de ações e práticas determinantes para o bem estar de todos os tipos de gente, de maneira que cada sujeito, em sua diversidade humana, sinta-se contemplado e atendido
	Segundo a LDB todas as escolas devem dispor de profissionais qualificados em Libras para atender a um publico específico. Como fica a situação das escolas que não dispõem desse atendimento específico?
	Resposta:
As escolas devem seguir as orientações do MEC e de outros documentos legais de políticas públicas de inclusão e educação. Cabe a escola ofertar segunda a demanda específica de cada aluno, também a família pode entrar entrar com ação judicial para recorrer ao direito do aluno surdo. Agora, não é a LDB que dita isso diretamente, ela reforça os direito dos surdos como alunos, mas há decretos como o de Libras, de Acessibilidade, de Inclusão que vão pontualmente focar isso,
	Qual o significado da palavra Datilologia?
	Resposta:
A datilologia é a representação da ortografia da língua portuguesa ou de alguma língua oral, é utilizada para soletrar nomes de pessoas, cidades e coisas quando não há sinais referentes a eles. Essa função é compreendida como um processo de empréstimo linguístico, introduz na língua de sinais (LIBRAS) que se fala palavras de uma outra língua (oral), como ocorre com as palavras vindas do inglês para o português, por exemplo.
	Qual a função da datilologia?
	Resposta:
A datilologia é apenas um recurso na fronteira linguística entre a LIBRAS e a Língua Portuguesa, exercendo a função de empréstimo linguístico. É usada para nomes próprios e na introdução de novas palavras que ainda não possuem equivalentes na Língua de Sinais.
	Por que é tão difícil memorizar os sinais?
	Resposta:
Quem aprende uma segunda língua comumente vai fazer uma tradução mental de como deve dizer isso ou aquilo na língua segunda que quer se expressar, passando pela comparação (quase inevitável) com sua língua primeira, sobretudo, se for um aprendiz recente da nova língua, o que gera maior grau de dificuldade
	Quais os mitos mais comuns em relação à Libras?
	Resposta:
Pantomima e gesticulação; incapaz de expressar conceitos abstratos; haveria uma única e universal língua de sinais; falha na organização gramatical; inferior às línguas orais; um sistema de comunicação superficial; a LIBRAS é uma linguagem; confundir LIBRAS com Braille.
	Como é feita a comunicação e o entendimento dos surdos de diferentes regiões do Brasil, já que há variação regional?
	Resposta:
Para os autores Vetro e Cezário (2009, p. 141): "A sociolinguística é uma área que estuda a língua em seu uso real, levando em consideração as relações entre a estrutura linguística e os aspectos sociais e culturais da produção linguística". A variação sociolinguística encontrada nas línguas de sinais se assemelha muito com aquela encontrada nas línguas orais, tais como: região, idade, sexo, classe socioeconômica, etnia. (Lucas, 2001). Outros fatores específicos da variação das línguas de sinais, tal como a linguagem utilizada em casa (sinais caseiros). Os surdos podem , como ocorre com os ouvintes, simplesmente perguntar o significadodo sinal decorrente da região. Há variação regional em LIBRAS assim como há em português e isso não nos impede de entender quem fala uma dada variante da língua portuguesa.
	Podemos escrever em LIBRAS?
	Resposta:
A LIBRAS é uma língua visual e considerada ágrafa por muito tempo. Mas há tentativas de escrita da mesma e o sistema mais aceito é o SignWriting - Escrita de Sinais. Essa escrita expressa as configurações de mãos, os movimentos, as expressões faciais e os pontos de articulação das línguas de sinais. O SignWriting pode registrar qualquer língua de sinais do mundo sem passar pela tradução da língua falada. Cada língua de sinais vai adaptá-lo à sua própria ortografia.
	Nos estudos de variabilidade linguística o que significa a variação diafásica?
	Resposta:
São as variações que se dão em função do contexto comunicativo, determinado pela relação estabelecida entre quem fala e o seu interlocutor, podendo ser formal ou informal.
	Por que a experiência visual é um assunto tão relevante na e para a comunidade surda?
	Resposta:
Porque a experiência visual na constituição da subjetividade dos sujeitos surdos são construídas por um processo de endoculturação e afirmações a um grupo cultural, imbricadas à língua de sinais, por causa de assimilação pela experiência visual de sentimentos, aceitação do modo de viver surdo, dos valores, dos costumes, das práticas sociais, da interação linguística a uma dada comunidade cultural.
	Como se relacionam e se entrelaçam os membros da comunidade surda?
	Resposta:
A comunidade surda é constituída por um grupo que compartilha um mesmo sistema normativo de valores na interpretação dos fenômenos linguísticos, bem como normas e atitudes diante do uso da linguagem (RESENDE, 2006). Os surdos membros da comunidade surda buscam desenvolver práticas educativas, sociais, linguísticas e de outros sistemas para o consumo e apropriação de produções que abarcam a estruturação de seus aspectos sociais, linguísticos, culturais, objetivando compartilhar esses referenciais para o reconhecimento deles como sujeitos identitários, para melhor apreensão dos conteúdos por seus pares discentes.
	Por que a concepção sócio antropológica nega a surdez como deficiência?
	Resposta:
Não se nega que a surdez seja uma limitação auditiva, mas nessa concepção as potencialidades dos surdos são valorizadas. O foco não está na ausência, nas limitações, mas nas possibilidades de construção, de aprendizagem por meio das experiências visuais e da língua de sinais. Há a negação da incapacidade. Os surdos, como grupo linguístico, têm os mesmos potenciais que os ouvintes, quando se tem acesso à sua língua natural. A visão focada na deficiência, concentra-se nas faltas, enquanto o olhar para a diferença reconhece as capacidades. Não se trata apenas do que os ouvintes pensam sobre os surdos, mas sobretudo, o que os surdos pensam sobre si.
	Como são feitas as poesias em LIBRAS?
	Resposta:
As poesias em LIBRAS são produtos da cultura surda, segundo as concepções de literatura surda. Com a produção das poesias nas línguas sinalizadas quebrou-se o mito de que a poesia deveria ser somente escrita ou oral. Há vários poetas surdos no mundo e, como toda poesia, há uma forma intensificada da expressividade. As poesias em LIBRAS seguem as métricas, as entonações, estrofes das poesias feitas nas línguas orais. Os poetas surdos expressam suas emoções e conhecimento de mundo através dos poemas feitos em sinais.
	Quais as histórias preferidas dos surdos?
	Resposta:
Alves e Karnopp (2003) diz que os surdos gostam de reunir-se para contar histórias. As preferidas são as histórias de vida, as piadas e as que incluem elementos da cultura surda, com personagens surdos e com tramas que envolvem as diferenças entre os surdos e os ouvintes.
	A língua de sinais pode ser considerada ou é para os surdos igual a língua portuguesa para os ouvintes?
	Resposta:
Sim. A língua de sinais é a língua materna de uma pessoa surda, pois é a primeira língua que ela aprende e de forma natural, desde que tenha um ambiente linguístico favorável. É comum que as pessoas surdas participem de associações ou grupos em que a língua de sinais esteja presente, pois assim podem encontrar outros surdos e compartilhar suas experiências. A língua é fundamental na vida do ser humano, pois possibilita a organização do pensamento, a comunicação e a aprendizagem e, para os surdos, essa língua é a de sinais.
	Podemos considerar o reconhecimento da LIBRAS como uma grande conquista da comunidade surda?
	Resposta:
Sem dúvida. O reconhecimento da LIBRAS pela Lei nº 10.436/2002, regulamentada pelo Decreto nº 5626/2005, aconteceu em resposta a reivindicações da comunidade surda brasileira, por longos anos. É um grande marco, pois com uma língua reconhecida, os surdos podem ser vistos como grupo linguístico e cultural, tirando-lhes o estigma da deficiência, com direito à acessibilidade linguística em todos os espaços. De fato, foi uma grande conquista.
	Nos estudos de variabilidade linguística o que significa a variação diastrática?
	Resposta:
São as variações ocorridas em razão da convivência entre os grupos sociais, tais como as gírias, os jargões, ou seja, uso social da língua que um dado grupo de pessoas faz da língua.

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