Buscar

Artigo - O cenário econômico e a gestão empresarial

Prévia do material em texto

1 
 
Artigo Gestão Administrativa de 
Empresas 
Assistente de Administração e Assistente de Logística 
Prof. José Carlos Panegalli, Empresário, Assessor Empresarial, 
Contador CRC 7473, Administrador CRA 571 
 
O cenário econômico e a gestão empresarial 
Aborda que as empresas não podem permitir-se ignorar os 
acontecimentos do mundo exterior. 
As empresas não podem permitir-se ignorar os acontecimentos do mundo 
exterior. 
 
A interdependência das empresas entre si e destas com o Estado e com 
a economia internacional, é patente. A sobrevivência empresarial 
depende, em grande parte, do conhecimento dos fatos atuais e da 
previsão dos acontecimentos futuros, tanto no plano nacional quanto no 
internacional. 
 
Esta é uma condição de trabalho inerente ao próprio estágio de 
desenvolvimento pelo qual está passando o Brasil. Em princípio, é uma 
fase de constantes ajustes e reajustes, pois qualquer trabalho atual 
constitui apenas um teste para o futuro, cujo alvo é a meta do 
desenvolvimento global. O cenário econômico e financeiro nacional 
repercute sempre, direta ou indiretamente, sobre as atividades da 
empresa. 
 
O administrador empresarial, para gerir bem os negócios e agir nas 
oportunidades de mercado, deve estar atendo às questões como: 
expansão econômica, efeitos da inflação, comportamento dos preços, 
renda per capita, política salarial e aumento de renda, custo de vida, 
especialização da mão-de-obra e progresso tecnológico. É fundamental 
ter também o domínio e conhecimento sobre o fluxo de recursos, tais 
como: fontes externas, empréstimos a juros, fontes internas, exportações 
e importações, balança comercial, déficits governamentais e aumentos de 
impostos, cujos fatores provocam mutações na economia. 
2 
 
Importante medir a temperatura econômica, acompanhando os principais 
índices econômicos, e para compreendermos a importância da economia 
na gestão das empresas, temos que entender o que seja: micro-economia 
- o estudo do comportamento dos mercados específicos e da alocação de 
recursos entre eles, e macroeconomia - o estudo dos eventos no âmbito 
de toda a economia, como inflação e deflação, prosperidade e recessão. 
Os aspectos macroeconômicos: 
Se a macroeconomia estuda a estrutura institucional do sistema financeiro 
e as políticas econômicas de que o governo federal dispõe para controlar 
satisfatoriamente o nível de atividade econômica dentro da Economia do 
país, temos também claro que a teoria e a política macroeconômica não 
conhecem limites geográficos, pois visam estabelecer uma estrutura 
internacional segundo a qual os recursos fluam livremente entre as 
instituições e nações, a atividade econômica seja estabilizada e o 
desemprego possa ser controlado. 
Uma vez que a empresa deve operar no âmbito macroeconômico, é 
importante que o administrador esteja ciente de sua estrutura institucional, 
estando alerta para as conseqüências de diferentes níveis de atividade 
econômica e mudanças na política econômica que afetem seu próprio 
ambiente de decisão. Sem compreender o funcionamento do amplo 
ambiente econômico, o administrador não pode esperar obter sucesso 
para a empresa. Deve perceber as conseqüências de uma política 
monetária mais restritiva sobre a capacidade da empresa obter recursos 
e gerar receitas. Precisa conhecer as várias instituições que atuam na 
economia para poder avaliar os canais potenciais de investimento e 
financiamento dos seus negócios. 
O processo de desenvolvimento econômico do país pode ser avaliado 
pelo índice agregado, ou seja, o Produto Nacional Bruto (PNB), que 
provém da produção líquida de todos os ramos de atividades do país, 
formando um valor global, que pode ser comparado com diferentes níveis 
de produção, em termos monetários, ao longo dos anos, sendo este 
indicador uma referência que permite relacionar o ramo de atividade e/ou 
o da empresa, estabelecendo-se um parâmetro quanto ao 
comportamento crescente ou decrescente, tempestivamente. 
O crescimento do PNB sintetiza a evolução da produtividade de uma 
economia, cujas flutuações, determinam o progresso obtido ou a 
3 
 
regressão sofrida pelo país, sendo tudo isso, resultante da ação empresa 
nacional. 
 
Os efeitos da inflação, por exemplo, sobre a vida empresarial, além de 
afetar, em certo grau, as relações entre empregados e empregadores é 
mais acentuado nos assuntos que envolvem: custos industriais, despesas 
com serviços e gerais, encargos financeiros, reposição de bens, 
renovação tecnológica e, planos de expansão a longo-prazo, métodos de 
gestão, reajustes salariais, etc... Estes efeitos devem ser imediatamente 
processados e compreendidos no processo decisório da empresa, 
exigindo as adequações para a sobrevivência. 
Os aspectos microeconômicos: 
A micro-economia trata da determinação de estratégias operacionais 
ótimas para empresas ou indivíduos e as suas teorias fornecem a base 
para a operação eficiente da empresa. Os conceitos envolvidos nas 
relações de oferta e demanda, as estratégias de maximização do lucro 
são extraídos da teoria microeconômica. Questões relativas à 
composição de fatores produtivos, níveis ótimos de vendas e estratégias 
de determinação de preço do produto, a mensuração de preferência 
através do conceito de utilidade, risco e determinação de valor, as razões 
para depreciar ativos e a análise marginal são todas fundamentadas por 
teorias no nível microeconômico. 
A globalização: 
A sabedoria convencional nos ensina que os países não mais dispõem do 
poder absoluto de controlar o seu próprio destino; os governos estão à 
mercê dos mercados internacionais. O comércio mundial cresceu num 
ritmo mais acelerado que a produção, e agora o capital internacional se 
movimenta a uma velocidade sem precedentes, porém, o comércio 
internacional não é a fonte dos principais problemas dos países. Efeitos 
da competição internacional, decorrentes da globalização, está muito 
ligada à produtividade das empresas, à qualidade dos produtos, aos 
custos e aos serviços agregados nessas relações comerciais 
internacionais. O superávit comercial é importante para país, mas nem 
sempre representa força, pois depende do tipo de produto que é 
exportado, se de valor agregado ou não, e da importância das 
importações para o desenvolvimento interno. 
4 
 
 
Conclusão: 
Atualizam-se os cenários econômicos nacionais e internacionais, surgem 
novas tecnologias, evoluem os sistemas de comunicação, instalam-se 
comunidades econômicas e blocos econômicos, e as empresas, dentro 
destes ambientes, ajustando-se para a sobrevivência. No Brasil, 
principalmente nesta última década, as empresas passaram por fusões, 
aquisições, incorporações, privatizações, com grande presença de capital 
estrangeiro, provocando mudanças significativas na gestão empresarial, 
forçadas pelos fatos econômicos. A globalização e a competitividade 
passaram a exigir das empresas novas posturas com relação à 
produtividade e qualidade dos seus produtos e serviços. 
É certo, hoje, os administradores brasileiros estão mais atentos às 
questões macroeconômicas e, centrados na solução dos problemas 
internos, aqueles tidos como microeconômicos, de olho no que estão 
fazendo as empresas lá fora, para que, na continuidade, o Brasil possa 
estar entre os países mais importantes da economia mundial. 
Prof. José Carlos Panegalli, Empresário, Assessor Empresarial, 
Contador CRC 7473, Administrador CRA 571

Continue navegando