Buscar

resumo arq bras e habitação

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Planilha1
	PERÍODO COLONIAL	Poder descentralizado. A conformação das cidades só obteve expressividade, efetivamente, a partir do século XVIII
	SEC XIX	Amadurecimento das cidades. Contudo, a configuração mais próxima dos dias atuais só aconteceu no século XX
	FINAL SEC XIX E INÍCIO DO XX	Modo de procução associado à exportação de recursos minerais, como a madeira, as minas. Produtos provenientes
	da agricultura como, por exemplo, o café, o açúcar e também a extração da borracha. Tudo acontecendo na região Norte.
	Enquanto colônia, o Brasil era impedido de realizar o comércio de manufatura, pois, caso se desenvolvesse economicamente,
	viria a se tornar forte o suficiente para acelerar sua independência, portanto, descontinuaria o fornecimento de matéria prima.
	1822	Independência do Brasil. A partir da independência, gradualmente, o comércio manufatureiro começou a se fortalecer, 
	principalmente com a produção de café. Iniciava-se a instalação de algumas indústrias, sendo ainda necessário importar praticamente
	tudo o que se consumia, devido ao fato de o país não ter passa dinda por um real processo de industrialização.
	1899	Fundação da The São Paulo Light and Power Company Limited. Fornecimento de energia elétrica.
	1931	Primeiro Congresso de Habitação, em São Paulo, coordenado pelo Instituto de Engenharia. Objetivo: desenvolver o baixo custo
	de edificações e expor as vantagens de uma habitação para a família e para a sociedade
	1854	Primeira ferrovia, construída no Rio de Janeiro, pelo Barão de Mauá (1831-1889). Procurou acelerar a insfraestrutura brasileira.
	1898 a 1902. Governo Campos Sales	Inaugurou o exercício da alternância dos poderes na presidência da república, a chamada "política do café com leite". Nele, os
	presidentes eram indicados pelas oligarquias rurais paulistas e mineiras, no intuto de manter um representante de São Paulo,
	revezando com um de Minas Gerais, o que manteria seus interesses econômicos e políticos.
	1902 a 1906	Prefeito Pereira Passos. Rio de Janeiro passa por intervenções higienistas e de embelezamento.
	Calcado na erradicação de doenças proliferadas por cortiços, houve demolição de edificações colonias, os tais cortiços, e a 
	expulsão dos mais pobres - maioria negros, filhos ou netos de escravos - para os morros e periferias, saindo do centro da cidade.
	Essa reforma urbana foi inspirada naquela realizada em Paris, durante a gestão do Barão de Haussmann [gestão no final do século
	XIX]. É considerada o marco inaugural da disciplina do Urbanismo na Idade Moderna.
	Em 1904 ocorreu a campanh de vacinação compulsória promovida pelo sanitarista e diretor geral de Saúde Pública, Oswaldo Cruz.
	Revolta da vacina.
	1904	Construção do primeiro edifício vertical (aprox. 22m de altura) de São Paulo, Martinico Prado (atual BM&F). Por Ramos de Azevedo
	1911	Constituída, em Londres, a City of São Paulo Improvements and freehold land company ltd, mais conhecida como Cia City. Em parceria
	com a prefeitura de São Paulo, adquiriu terrenos para construções de bairros: Jardim América (1915), Anhangabaú (1917), Butantã (1918),
	Alto da Lapa (1921), Pacaembu e Alto de Pinheiros (1925).
	1920 a 1940	Intensificam-se as ocupações de morros e encostas, pois desde a Proclamação da República (1889), o Estado era ausente na 
	produção de habitações, relegando às empresas privadas, as atividades de construção civil que, a seu modo, não tinham intenção
	em executar moradias populares. Nas primeiras décadas do século XX, a taxa de urbanização brasileira alcançou 31,24%
	Portanto, começa-se a construir as vilas operárias. Contudo, não poderiam ser implantadas em locais nobres da cidade, condicionante
	garantida por Lei e pelo Código Sanitário do Estado de São Paulo de 1894.
	1922	Edifício Martinelli: início em 1922. Inaugurado às pressas e incompleto em 1929. 105m de altura
	idealizado pelo italiano Giuseppe Martinelli e projetado pelo arquiteto húngaro Vilmos (William) Fillinger
	INTERNACIONAL	1923	Le Corbusier no livro Por uma Arquitetura (1923): planta livre, fachada livre, janelas em fita, pilotis e terraço jardim
	1928	Surge o Congresso Internacional de Arquitetura Moderna - CIAM
	1932	Exposição Internacional de Arquitetura Moderna. Museu de Arte Moderna de Nova York. Philip Johnson foi o curador.
	1933	CIAM IV: Atenas, Grécia. Publicação da Carta de Atenas e The Funcional City (A Cidade Funcional). Desenvolvidas as quatro funções
	básicas: habitar, trabalhar, recrear e circular. Outros dois documentos produziram pensamentos correlatos: Conclusões do IV
	CIRPAC sobre a Cidade Funcional, publicado em Barcelona (1933); e The Town Planning Chart, de Josep Lluís Sert, publicado em
	Cambridge (1942).
	1939-1945	Segunda GM. Cidades destruídas. Necessidade de reconstrução, praticamente a partir do zero, demanda uma nova forma de se
	construir moradias e a própria cidade.
	1950 e 1970	Consagra-se um modo específico de se produzir a cidade: o Modernismo. Construções em massa, tanto de infraestrutura, quanto
	dos grandes conjuntos habitacionais. Esse modelo foi norteado por quatro funções básicas concebidas a partir do CIAM IV
	1922	Modernismo começa a ser propagado a partir da Semana de Arte Moderna. Parcos, porém importantes, resultados na produção de
	habitação, principalmente, nas residências privadas e vilas operárias. Alguns arquitetos se destacaram nessa produção como 
	Gregori Warchavchik e Lúcio Costa, que realizaram a Vila Operária da Gamboa (1933), na cidade do Rio de Janeiro.
	A arquitetura modernista brasileira teve bastante dificuldade de ser implementada no início devido à falta de mão de obra 
	especializada. Tal fato, modificou-se com o rápido interesse, demonstrado pela elite e pelos serviços públicos, pelas formas e 
	funcionalidade das edificações.
	1924	Edifício Sampaio Moreira. Estabelece o arquético metropolitano em São Paulo, isto é, um edifício que simboliza a cidade. 50m de altura
	O Arquétipo é referente a construção de loja no térreo e escritórios nos andares superiores
	1929	Código de Obras Arthur Saboia. Verticalização legalizada. Mesmo ano de inauguração do Edifício Martinelli
	1939	Edifício Altino Arantes (Banespa). 160m de altura
	Verticalização motivada por: criar novos solos sobrepostos; adensamento populacional; valorizar áreas urbanas pelo aumento do seu
	potencial de aproveitamento. O processo de verticalização modifica o espaço urbano, redefine o valor e uso do solo e altera as 
	relações sociais entre os homens e o meio ambiente urbanizado
	1930 a 1945 - A era Vargas	Entre as décadas de 1930 e 1940, iniciam-se as implementações das indústrias no Brasil. Parte desse desenvolvimento se apoiou na
	Segunda Revolução Industrial (energia elétrica), fornecida pela Light (criada em 1899).
	Continuidade do intuito de acelerar a melhoria da infraestrutura brasileira pelas estradas de ferro. Início com o Barão de Mauá, 
	porém, somente a partir da Era Vargas (1930-1945) que isso efetivamente ocorreu, concomitantemente às melhorias das condições
	de trabalho daqueles que forneciam mão de obra para as indústrias.
	Momento de ruptura do modo de produção pela industrialização e modernização. 
	Vargas ficou conhecido pela alcunha de 'pai dos pobres'. Favoreceu tantos os interesses das elites, quanto das camadas sociais
	mais pobres, dado seu esfoço em prol do fortalecimento da indústria e em estabelecer diversos acordos e realizações trabalhistas
	para ampliar a qualidade e bem estar dos trabalhadores.
	Vargas apostou na intervenção do Estado para a questão habitacional. A partir do Estado Novo (1937-1945), a questão habitacional
	foi crucial na politica de Vargas. A política rentista, de alugueis, aos poucos, foi dando lugar à casa própria de baixo custo na
	periferia.
	Criação de políticas públicas: Consolidação da Lei Trabalhista (CLT); criação do Decreto-Lei do Inquilinato (1942); criação dos Institutos
	de Aposentadoria e Previdência (IAP's); Decreto n. 58 de regulamentação de vendas de lotes
urbanos. 
	A Lei do Inquilinato viria para reduzir os custos de moradia, mas acabou por desestimular o investimento em moradias de aluguel.
	Essa lei congelou os preços. Em 1942, com a inflação alta, o mercado imobiliário passaria a não ter mais condições de bancar as moradias
	de aluguel, fato que ocasionou uma aguda crise da moradia, pois ninguém queria mais investir em novas construções e manutenções
	de edificações para aluguel. Ou seja, a Lei do Inquilinato não funcionou, pois produziu o efeito oposto ao que se queria inicialmente.
	Décadas de 1940 e 1950	O Terceiro Mundo se torna foco para políticas de desenvolvimento, estudos sobre modernização e a construção do conceito de 
	subdesenvolvimento. Emergem a Organização das Nações Unidas - ONU e da Organização dos Estados Americanos - OEA.
	A ONU promoveu o desenvolvimento dos países pela industrialização e modernização de todos os setores. Contudo, em 1948, os países
	da América Latina e Caribe não estavam incorporados nos planos da ONU. Organizaram, portanto, a Comissão Econômica para América
	Latina e Caribe - CEPAL. Dessa forma, construíram um movimento de industrialização que, no caso do Brasil, foi efetivado na era Vargas.
	No Brasil, destaca-se a criação da Sociedade de Análises Gráficas e Mecanográficas Aplicada aos Complexos Sociais - SAGMACS (1947)
	liderada pelo francês Louis Joseph Lebret, analisou os métodos de produção, construção e financiamento, inventário e definição de
	eliminação do déficit, reabilitação de bairros insalubres, planejamento, instituições, padrões de urbanzação e zoneamento.
	"Aspectos Humanos da Favela Carioca" foi publicado pelo Estadão em 13 e 15 abril de 1960, quando o Rio de Janeiro vivia seus últimos 
	momentos como Distrito Federal, pois no dia 21 de abril de 1960, seria inaugurada a cidade de Brasília.
	Principalmente no governo de João Goulart, a reforma urbana passava a ser uma reivindicação.
	1941	Edifício Anchieta. MMM Roberto. Na esquina entre Av. Paulista, Consolação e Angélica. São Paulo.
	1941	Criação do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia - IBGE. Análise e compreensão do país e de suas necessidades.
	1943	Conjunto Residencial do Realengo, no Rio de Janeiro. Premiado pela variedade tipológica e técnica.
	1943	Conjunto Residencial da Várzea do Carmo, em São Paulo. Cunho racionalista e características importantes para integração entre
	arquitetura e urbanismo, mas qua acabou por não ser totalmente construído.
	1945	Edifício Japurá. Eduardo Kneese de Melo. Campos Elísios, São Paulo. Considerado o primeiro exemplo de aplicação do conceito de 
	Unité d'Habitation de Le Corbusier no Brasil.
	1946	Fundação da Casa Popular - FCP. Durante o governo de Eurico Gaspar Dutra (1946-1951). A Fundação é considerada o marco fundamental
	pois foi a primeira intervenção que tinha como objetivo principal concentrar a política habitacional.
	1947 a 1962	Fundação Leão XIII, sob a orientação e gestão da Igreja Católica, prestou assistência a 33 favelas no Rio de Janeiro.
	1947	A Escola Carioca buscou uma identidade nacional. Oscar Niemeyer e Affonso Reidy foram as principais figuras. Lucio Costa se sobressai
	como uma liderança intelectual do grupo. Marco inicial foi a construção: 
	1947	da sede do Ministério da Educação e Saúde Pública - MES (1947), 
	atualmente, Palácio Campanema; tal projeto foi supervisionado por Le Corbusier. Considera-se também marco da Arquitetura 
	Moderna Brasileira. O MES possui os cinco pontos da arquitetura pensada por Le Corbusier no livro Por uma Arquitetura (1923): planta
	livre, fachada livre, janelas em fita, pilotis e terraço jardim.
	É relevante demarcar o protagonismo da Escola Carioca como produtora da arquitetura moderna replicada em Brasília. 
	1951	Construção do Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes (Pedregulho), na cidade do Rio de Janeiro. Projeto de Affonso Reidy.
	1952	Construção do Edifício Gávea, ou Minhocão, no Rio de Janeiro por Reidy.
	1952	Surge o Banco Nacional de Desenvolvimento Social - BNDES, com a finalidade de financiar o desenvolvimento das cidades.
	1953	O modo de pensar o desenvolvimento das cidades em rede, para superar desigualdades, estava de acordo com o estabelecido pela
	ONU e pela Cepal. Estabelecem-se, portanto, dois órgãos de governo para nivelar o crescimento das regiões Norte e Nordeste do país
	com as demais: a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia - SPVEA em 1953 e a Superintendência do 
	Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE, em 1959
	1954	Edifício Banco do Brasil. 143m de altura
	1955	Conjunto Habitacional Cruzada de São Sebastião, coordenado pelo Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Helder Câmara.
	Escola Paulista de Arquitetura: liderado por Vilanova Artigas (1915-1985). A partir dos projetos: 
	1956	Casa Baeta
	1956	Plano de Metas de Juscelino Kubitschek, '50 anos em 5'. 
	1956	Criada Companhia Urbanizadora da Nova Capital - NOVACAP. Empresa estatal do Distrito Federal brasileiro. Objetivada a construir a nova
	capital do Brasil. Governo de JK.
	1959	Casa Mário Taques Bittencourt
	A arquitetura da Escola Paulista é marcda por uma certa introspecção e mergulho na própria obra. Uso de rampas, grandes vãoes e 
	iluminação zenital, concreto protendido.
	1959	Superintendência do Desenvolvimento do Nortdeste - SUDENE
	Década de 1960	A partir da década de 1960, intensificam-se os processos de crescimento econômico pela indústria. Concomitantemente, a verticalização
	se torna cada vez mais necessária. 
	Brasília, que foi sonhada como uma cidade igulitária, tornou-se um grande 'planeta' rodeado por 'satélites', onde mora a população
	mais pobre, suburbana e onde ocorreu um forte processo de favelização. 
	Década de 1960	No contexto ainda anterior à ditadura, emerge um grupo crítico à euforia nacional-desenvolvimentista, o chamado Grupo Arquitetura
	Nova, composto pelos paulistas Sérgio Ferro, Flávio Império e Rodrigo Lefèvre, formados pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da
	USP, tendo Vilanova Artigas como grande mentor, embora acabem discordando de vários posicionamentos seus.
	O grupo se destaca pelo seu ativismo político que - enquanto a Escola Paulista, em sua maioria,tendia a se preocupar mais com a estética 
	e a técnica dos materiais -, ateve-se às condições pelas quais os trabalhadores sobreviviam e se articulavam em seu ambiente de 
	trabalho: o canteiro de obras, o qual foi amplamente discutido por Sérgio Ferro.
	Tal posicionamento destes arquitetos somado ao do grupo Quadra (Rio de Janeiro) serviram de base para diferentes manifestações
	e posicionamentos políticos que os arquitetos, dos anos 1980, assumiram na redemocratização brasileira e o papel da assessoria técnica.
	1963	Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB, promove o "I Seminário de Habitação e Reforma Urbana", conhecido por "Quitandinha"
	Diretrizes: solucionar problemas causados pela ocupação privada irregular; planejamento e uso do solo; desapropriação de
	terrenos para fins sociais (construção de moradias e benfeitorias urbanas)
	1964 a 1986	Habitação no período BNH marca a história da habitação brasileira
	Governo de JK (1956-1960) deixou muitas dívidas devido aos fortes investimentos desenvolvimentistas. Jânio Quadros assumiu a 
	presidência em 1961, mas renunciou. Assumiu, então, seu vice, João Goulart (1961-1964). Jango propôs uma série de reformas: agrária,
	educadional, fiscal bancária e urbana em parceria com o IAB. Tinha o objetivo de melhorar a vida dos trabalhadores e acelerar a economia.
	Pela ideologia do nacionalismo, os militares assumem o poder. Consolidam a Ditadura Militar que durou entre 1964 a 1985. O 
	desenvolvimentismo continuou, porém agora, de maneira mais radical e autoritária. O AI-5 durou 10 anos e tornou a figura do presidente
	da repúbica altamente poderosa, pois se sobrepunha à própria Constituição de 1967.
	Militares investiram em grandes obras de infraestrutura: hidrelétricas de Itaipú e Tucuruí, ponte Rio-Niterói, Usinas
de Angra 1, 2 e 3, a
	Perimetral Norte e a Rodovia Transamazônica com mais de 4.200 Km.
	Contudo, não ocorreu uma universalização aos acessos dessas infraestruturas. 
	Os EUA apoiaram o golpe militar brasileiro, pois conteria o avanço do comunismo no Brasil.
	A arquitetura brasileira de vanguarda não teve espaço no militarismo, pois os arquitetos eram taxados de comunistas.
	O pós-modernismo foi muito difundido na Europa e nos EUA, mas, devido ao fechamento cultural brasileiro, houve poucos rebatimentos
	no Brasil, devido ao regime militar.
	Habitações privadas, que se destacam, passam a fazer parte de um seleto grupo; destacam-se: pela sua originalidade, pelo contexto
	no qual foi produzido, pelas relações entre os arquitetos e os clientes. Há proliferação de obras públicas de interesse social dos 
	arquitetos: Lina Bo Bardi, Paulo Mendes da Rocha, João Filgueiras Lima, etc.
	No intuito de resolver os problemas habitacionais, o regime criou o Banco Nacional de Habitação - BNH, em 1964. Contudo essa medida
	visou, principalmente, mudar o foco do desenvolvimento da indústria para a construção civil.
	A partir de 1975, o BNH criou diversos programas habitacionais. Basicamente duas vertentes foram trabalhadas: a reurbanização de 
	favelas e a construção de novas moradias; respectivamente, o Promorar (1979) e as Cohabs.
	Alguns arquitetos se destacaram na reurbanização de favelas: Carlos Nelson Ferreira dos Santos e o grupo Quadra.
	1964	Criação do Sistema Financeiro de Habitação - SFH. Objetivado a facilitar a aquisição da casa própria pela população de baixa renda.
	As fontes de recursos são a Caderneta de Poupança e o FGTS.
	Após a criação do SFH, cidades de médio e pequeno portes foram recebendo investimentos em infraestrutura como , por exemplo:
	Florianópolis, Recife, Campinas, Ribeirão Preto, ABC paulista.... Portanto, a produção de arquitetura saiu do eixo Rio-São Paulo.
	Foram construídas condições para o surgimento de novas classes médias e do crescimento das universidades.
	Pelas universidades, houve o crescimento de outros nichos urbanos que, aos poucos, foram se expandindo.
	No final da década de 1980, essas cidades já tinham espaços totalmente verticalizados
	1968 a 1973	Milagre Econômico ou Anos de Chumbo. Ocorrido quando houve melhoria da economia brasileira. Impulsionou a produção de mais
	energia e transportes para o Brasil como usinas, hidrelétricas e companhias de luz. Foi interrompido pela crise do petróleo.
	Década de 1970	A ONU lidera a mobilização dos ambientalistas e setores do governo para estabelecer novas diretrizes para o desenvolvimento; frear
	a deterioração da qualidade de vida decorrente do modelo industrial.
	1972	Declaração de Estocolmo: equilibrar o desenvolvimento econômico com a manutenção saudável do meio ambiente
	1973	Alphaville: modelo de condomínio fechado (Gated Communities) influenciado por modelos dos EUA e Europa. Atomização da cidade
	em espaços marcados pela ausência de relações sociais públicas. No Brasil, esse movimento é marcado pela violência urbana. Nítida
	segregação sociespacial do meio urbano. Esse raciocínio também criou bairros artificiais.
	Década de 1970	Crise petrolífera: Em 1960, Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait e Venezuela fundaram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo -
	OPEP. Na década de 1970, a OPEP deixa de fornecer petróleo para os EUA e para a Europa, fazendo com que os valores dos barris 
	subissem 400% em cinco meses. Isso provocou uma prolongada resseção nos EUA e na Europa, desestabilizando a economia mundial.
	Após o Milagre Econômico e crise do petróleo, a economia brasileira caiu muito, sem conseguir conter o aumento da
	desigualdade espacial nas cidades.
	Tais fatores contribuiriam, anos à frente, para a extinção do BNH e de uma política que, apesar de agir adequadamente em determinadas 
	áreas, não alcançou boa parte da população (atingiu apenas 24%), que já passava de 100 milhões de habitantes.
	A importância do BNH: compreensão da problemática habitacional brasileira; contribuiu para a implementação de políticas habitacionais;
	captação de recursos financeiros pelo Sistema Financeiro de Habitação - SFH
	1979	LEI FEDERAL 6.766/79. Plano Diretor define regras e índices para parcelamento, uso e ocupação do solo. Consolida-se na década de 2000
	com o Estatuto da Cidade (2001) e com a criação do Ministério das Cidadas no governo Lula (2003-2010)
	1980	Fundação do Partido dos Trabalhadores - PT
	1983	Fundação da Central Única dos Trabalhadores - CUT
	1985	BNH não se manteve após a Ditadura Militar (1985)
	1985-1990	José Sarney assume o governo transitório: forte recessão econômica (inflação, dívida externa deixada pelos militares, crise mundial
	do petróleo, instabilidade mundial pela queda do muro de Berlin, 1989, e dissolução do modelo soviético rumo à globalização)
	Queda do SFH: por 15 anos, o movimento de migração (do nordeste para o sudeste) foi frequente. Contudo, na década de 1980, houve
	uma mudança: período de crise (inflação alta); aumento da inadimplência; incapacidade de captação de recursos pelo FGTS
	1986	Abertura política. Consolidou-se entre o final da ditadura militar 1985 - até as 'diretas já' 1984. Foi necessária, pois o país estava afundado
	em dívidas provenientes do governo JK, alta do preço do petróleo, inflação
	1987	Movimento Nacional pela Reforma Urbana: iniciou-se no governo de João Goulart (1961-1964); IAB articula a problemática da habitação
	Diretrizes: direitos fundamentais, como habitação; limites ao direito de propriedade; uso do solo
	1987	Relatório Brundtland: definiu "Desenvolvimento Sustentável" como capaz de suprir as necessidades atuais sem comprometer as futuras
	1988	Nova Constituição
	Final da década de 1980	Auto-construções ou Mutirões: emergem cooperativas de habitação, assistências técnicas e financiamentos privados
	Surgem, nesse contexto de apropriação do modo de construção: 'Direito à Cidade' , 'Função Social da Propriedade". A ideia principal 
	é subordinar o direito privado ao social, ou seja, tem mais importância a coletividade.
	"Gestão democrática e participativa das cidades": trata-se da participação popular nas decisões governamentais
	1989	Queda do muro de Berlin. Fim do modelo soviético.
	Assume o Presidente Fernando Collor de Melo, eleito democraticamente. No Regime Militar, o governo tinha controle sobre a economia
	do país; os novos governos optaram pela abertura para o capital privado (processo neoliberal). Criou-se o Ministério da Ação Social
	década de 1990	Tecnologia encurtou as distâncias com a cominicação e alterou todos os setores da sociedade.
	Globalização: nova fase de desenvolvimento capitalista - desregulação dos mercados e da forma de trabalho; privatização das economias
	pelas trocas tecnológicas
	As construções habitacionais são feitas por empreiteiras de capital privado. Tira a responsabilidade do estado de construção.
	1992-1995	Após denúncias de corrupção, Collor renuncia. Assume seu vice Itamar Franco. Há melhora da economia. Criação do Plano Real
	1992	Brasil sediou a "Conferência sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente das Nações Unidas", conhecida também por Rio-92 ou Eco-92
	Nesse contexto: o mundo saía da Guerra Fria; Europa assinava o Tratado de Maastrich, um marco para formalização da União Europeia;
	a agenda ambiental ganhava força; Agenda 21: a ideia de que o desenvolvimento sustentável não demanda apenas a preservação dos
	recursos naturais, mas sim a composição da vida como um todo, estruturada por meio do desenvolvimento adequado da sua população
	1995-2003	Fernando Henrique Cardoso assume a presidência. Continuou as práticas neoliberalistas iniciadas por Collor; privatizou estatais;
	menor interferência do estado na economia. Pouco interesse pelas questões da habitação.
	2001	Estatudo da Cidade (2001) redefine as ZEIS e discute a função social da propriedade. Garantia do direito à cidades sustentáveis; proteção, 
	preservação e recuperação do meio
ambiente. Patrimônio cultural, hostórico, artístico, paisagístico e arqueológico
	2003-2010	Governo Lula. Criado o Ministério das Cidades: coloca em prática o Estatuto da Cidade e suas legislações municipais como, por exemplo,
	o Plano Diretor. Criação do programa habitacional "Minha Casa Minha Vida" com a descentralização da produção que fica vinculada
	à Caixa Econômica Federal.
	2003	Primeira "Conferência Nacional das Cidades": necessidade de aprovar o projeto de lei para a criação do Fundo Nacional de Habitação
	de Interesse Social.
	2005	Plano Nacional de Habitação - PLANHAB. Lei 11.124/05. Criou condições para a prática do Sistema Nacional de Habitação de Interesse
	Social. Formulou estratégias para equacionar as necessidades habitacionais do país. Estruturou recursos e eixos estratégicos.
	Consolidação do programa Minha Casa Minha Vida e do Progama de Aceleração do Crescimento - PAC
	Houve adequação do zoneamento para autorização da construção do programa MCMV em zonas ruais ou com parâmetros urbanísticos
	específicos (novas ZEIS)
	IMPLICAÇÕES DO MCMV: importante negócio imobiliário com ampliação do setor da construção; precarização dos processos de 
	urbanização; aumento da especulação imobiliária; transformações de localidades de acordo com estratégias comerciais
	O contingente que ainda mora em assentamentos precários ainda é grande. 
	2010	A partir dos anos 2010, voltou a política de erradicação de favelas: construção de nvoas vias, Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas
	em 2016.
	Mobilizações: Frente Nacional de Resistência Urbana, composta por 10 movimentos sociais, ex.: Movimento dos Trabalhadores sem 
	Teto - MTST. Defendem o ajuste fiscal do governo federal, reforma urbana, novas leis do inquilinato contra a especulação imobiliária
	2012	Após 20 anos, a Eco-92 ganhou uma edição "Rio+20". A discussão ganhou mais urgência: aumento da temperatura global; perda de 
	recursos naturais; o equilíbrio das forças globais mudou com a ascensão de países emergentes como China e Brasil; mas a crise econômica
	na Europa ofusca as preocupações com as mudanças climáticas

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais