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ARTIGO A IMPORTÂNCIA DO ENSINO À DISTÂNCIA NA FORMAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL


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1
 Graduação em Engenharia Civil, Especialização em Docência no Ensino Superior pela Faculdade 
de Educação São Luís de Jaboticabal – SP. E-mail do autor: francisco.crearj@gmail.com Orientadora: 
Prof.ª Esp. Ana Carolina Caruso Bertonha. 
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO À DISTÂNCIA NA FORMAÇÃO 
SUPERIOR NO BRASIL 
 
Francisco Viana de Mesquita Junior 1 
 
RESUMO: O tema deste artigo é “a importância do ensino à distância na formação 
superior no Brasil” buscando esclarecer sobre o uso deste tipo de ensino que vem 
trazendo contribuições para a especialização e profissionalização para muitas 
pessoas. A problemática do tema em questão: De que forma o ensino à distância 
pode contribuir para melhorar a formação profissional no Brasil? A escolha deste 
tema justifica-se pela necessidade em esclarecer que o crescimento de graduados 
no Brasil vem aumentando a cada ano que passa segundo o censo da Associação 
Brasileira de Educação a Distância – ABED. O objetivo geral deste estudo é abordar 
sobre a importância do ensino à distância na formação superior no Brasil. A 
metodologia que usada neste estudo será feita através da pesquisa bibliográfica por 
meio de revisão de literatura se fundamentando em textos, artigos de sites 
especializados, e PDFs que abordem sobre o tema em questão, e delimitando-se 
entre os anos de 2000 até 2017. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Distância; Ensino; Formação; Superior. 
 
SUMMARY: The theme of this article is "the importance of distance learning in higher 
education in Brazil" seeking to clarify the use of this type of education that has been 
contributing to the specialization and professionalization for many people. The 
problematic of the topic in question: How can distance education contribute to 
improving vocational training in Brazil? The choice of this theme is justified by the 
need to clarify that the growth of graduates in Brazil is increasing with each passing 
year according to the census of the Brazilian Association of Distance Education - 
ABED. The general objective of this study is to discuss the importance of distance 
learning in higher education in Brazil. The methodology used in this study will be 
made through bibliographic research through a literature review based on texts, 
1
 Graduação em Engenharia Civil, Especialização em Docência no Ensino Superior pela Faculdade 
de Educação São Luís de Jaboticabal – SP. E-mail do autor: francisco.crearj@gmail.com Orientadora: 
Prof.ª Esp. Ana Carolina Caruso Bertonha. 
articles from specialized sites, and PDFs that address the subject in question, and 
delimiting between the years 2000 and 2017. 
 
KEYWORDS: Distance; Teaching; Formation; Superior. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O aumento da procura por profissionais qualificados e que estejam 
atualizados de acordo com o que o mercado de trabalho vem exigindo tem feito 
diferença nessa sociedade, cada dia mais direcionada para a informação e o saber, 
provocando transformações na estrutura do trabalho e do emprego. No alcance em 
que a legislação hoje vigente reconhece a função da educação à distância e dá 
destaque especial à educação profissional, enquanto táticas de educação ao longo 
da vida, tanto como requisito para a empregabilidade como para o exercício da 
cidadania, percebe-se que a educação a distância é uma forma estratégica de 
aumentar as chances de acessibilidade à educação, mais especificamente na 
educação profissional de nível básico. A educação à distância, em todos os 
momentos de sua história, sempre esteve relacionada à profissionalização e à 
educação de jovens e adultos. A adequação que é concedida através dos 
programas de educação a distância ressalta a liberdade que é dada aos estudantes 
para escolher os locais e horários para estudos. 
O tema deste artigo é “a importância do ensino à distância na formação 
superior no Brasil” buscando esclarecer sobre o uso deste tipo de ensino que vem 
trazendo contribuições para a especialização e profissionalização para muitas 
pessoas. 
Em meados no século XIX, a primeira abordagem geral à educação a 
distância pode ser identificada em todos os lugares em que a industrialização 
modificou as condições tecnológicas, profissionais e sociais da vida. Os sistemas 
educacionais da época não estavam preparados para estas mudanças estruturais. 
Atualmente distingue-se na história da educação a distância em três períodos. No 
primeiro período, projetos singulares criaram e testaram este método e 
pavimentaram o caminho para o aprendizado on-line. O segundo período representa 
1
 Graduação em Engenharia Civil, Especialização em Docência no Ensino Superior pela Faculdade 
de Educação São Luís de Jaboticabal – SP. E-mail do autor: francisco.crearj@gmail.com Orientadora: 
Prof.ª Esp. Ana Carolina Caruso Bertonha. 
a era da educação por correspondência promovida principalmente pela iniciativa 
privada, mas mais tarde também oferecida pelo Estado, e o terceiro período é a era 
da educação/distância pela universidade aberta. Neste último período este modo 
especial de ensinar e aprender atraiu a atenção mundial e torna testemunhas de um 
avanço inesperado deste método na educação superior. 
No Brasil, usam-se frequentemente os termos "Ensino a Distância" e 
"Educação a Distância" como se fossem sinônimos, expressando um processo de 
ensino-aprendizagem. 
A relevância desse tema se refere ao fato de que a legislação hoje vigente, na 
medida em que reconhece o papel da educação à distância como estratégia de 
ampliação das oportunidades por educação ao longo da vida, torna viável o 
atendimento da atual e futura demanda por formação profissional, não apenas como 
exigência para a empregabilidade, mas para a cidadania. 
A educação a distância tornou-se uma forma necessária e em muitos círculos 
até uma forma atraente e popular de ensino e aprendizagem. De modo geral, as 
novas formas de educação aberta utilizam práticas de EAD para atender às 
diversidades de currículos e de estudantes e para responder às demandas 
nacionais, regionais e locais. Os imperativos econômicos estão presentes uma vez 
que a educação aberta constitui um segmento específico de mercado que tem 
potencialidades globais. Os interesses públicos e privados organizam-se para 
atender a estes mercados onde a educação aparece como uma nova mercadoria. O 
uso intensivo das tecnologias de informação e comunicação deverá permitir 
sustentar e monitorar estes mercados que tenderão a ultrapassar os limites 
nacionais. 
Diante dos entendimentos descritos acima se questiona: De que forma o 
ensino à distância pode contribuir para melhorar a formação profissional no Brasil? 
A escolha deste tema justifica-se pela necessidade em esclarecer que o 
crescimento de graduados no Brasil vem aumentando a cada ano que passa, 
segundo o censo da Associação Brasileira de Educação a Distância - ABED, 
referente ao ano de 2014, das 226 instituições que oferecem cursos ou disciplinas 
em EAD, 64% pertencem à rede privada, enquanto 36% são instituições públicas de 
ensino. 
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 Graduação em Engenharia Civil, Especialização em Docência no Ensino Superior pela Faculdade 
de Educação São Luís de Jaboticabal – SP. E-mail do autor: francisco.crearj@gmail.com Orientadora: 
Prof.ª Esp. Ana Carolina Caruso Bertonha. 
Apesar de 67% delas já estarem no mercado de educação presencial há mais 
de 20 anos, a oferta de cursos a distância é mais recente, com 64% atuando a 
menos de 10 anos no segmento, mas estima que em 10 anos sejam 2/3 dos cursos. 
Esse crescimento vem em virtude de vários fatores, dentre eles, o aperfeiçoamento 
da Tecnologia da Informação, as técnicas de ensino superior e a flexibilidade de 
horários para estudo e tirar dúvidas e o mais importante,a atualização dos 
conteúdos quase em tempo real, já que os alunos e os professores estarão 
conectados à internet. 
O objetivo geral deste estudo é abordar sobre a importância do ensino à 
distância na formação superior no Brasil. O ponto fundamental de educar e educar-
se a distância faz com que o Ministério da Educação, direcione informações para 
orientar alunos, professores, técnicos e gestores de instituições de ensino superior 
para usufruírem dessa modalidade de educação no desempenho de otimizar a 
qualidade em seus processos e produtos, estabelecendo padrões e exigências para 
a autorização de cursos de graduação à distância. Ainda, estabelece que para os 
cursos de nível fundamental e médio, inclusive técnico, alguns indicadores definidos 
pelos Conselhos Estaduais de Educação, órgãos responsáveis pela normatização 
de ensino, de acordo com o Decreto-lei nº 2.561 de 27 de abril de 1998. 
E os objetivos específicos são: conceituar ensino à distância; estabelecer a 
relação entre as políticas públicas educacionais brasileiras de EAD e as 
possibilidades de transformação da educação; abordar sobre a Internet e a EAD; 
esclarecer sobre a legislação educacional que permite a implantação da EAD nas 
instituições de ensino. 
A metodologia que usada neste estudo será feita através da pesquisa 
bibliográfica por meio de revisão de literatura se fundamentando em textos, artigos 
de sites especializados, e PDFs que abordem sobre o tema em questão, e 
delimitando-se entre os anos de 2000 até 2017. 
Este tema se limitará em abordar sobre a importância do ensino à distância 
na formação superior no Brasil. 
 
 
 
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 Graduação em Engenharia Civil, Especialização em Docência no Ensino Superior pela Faculdade 
de Educação São Luís de Jaboticabal – SP. E-mail do autor: francisco.crearj@gmail.com Orientadora: 
Prof.ª Esp. Ana Carolina Caruso Bertonha. 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
 
2.1 EaD: ORIGEM E CONCEITO 
 
As universidades abertas, que se criaram e expandiram a partir dos anos 70, 
vêm apresentando uma tendência a basear seus cursos em materiais impressos 
como discurso escrito, não obstante as inovações tecnológicas a disposição no 
mercado, e a utilizar meios audiovisuais de massa (rádio, televisão) ou gravados 
(cassetes de áudio ou vídeo) para distribuir materiais de apoio, complementares ao 
impresso (DILERMANDO JUNIOR et al., 2015). 
Por outro lado, pode-se observar neste período, especialmente em países 
não desenvolvidos, o surgimento de muitas experiências de EaD, baseadas 
principalmente (às vezes exclusivamente) em meios de comunicação de massa: 
sejam as muitas televisões escolares que tinham como missão universalizar o 
ensino básico, ao mesmo tempo em que melhoravam sua qualidade, sejam as 
experiências de educação popular de adultos visando a alfabetização, educação 
comunitária, para a saúde, ou formação profissional (VIANA et al., 2015). 
Ao estudar-se a história da educação à distância, percebem que houve um 
desenvolvimento desde as primeiras tentativas simulares na antiguidade até a 
difusão inesperada e surpreendente desta forma de ensino e aprendizagem por todo 
o mundo na segunda metade do século XIX. Este desenvolvimento ficou dramático 
nos últimos 25 anos com o advento das universidades abertas e está no momento 
ocorrendo com uma velocidade de tirar o fôlego com a criação das universidades 
virtuais. 
As primeiras experiências em educação a distância foram singulares e 
isoladas. No entanto, já eram de profunda importância para as pessoas implicadas, 
porque o conteúdo era a religião e a controvérsia religiosa, que eram levadas muito 
a sério naquela época (ALVES e NOVA, 2003). Isso já era claramente uma 
substituição da pregação e do ensino face a face por pregação e ensino assíncronos 
e mediados. E foi uma abordagem baseada na tecnologia, ainda que "pré-industrial" 
(ALVES e NOVA, 2003). Naquela época ninguém podia imaginar a importância 
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 Graduação em Engenharia Civil, Especialização em Docência no Ensino Superior pela Faculdade 
de Educação São Luís de Jaboticabal – SP. E-mail do autor: francisco.crearj@gmail.com Orientadora: 
Prof.ª Esp. Ana Carolina Caruso Bertonha. 
crucial que viria a ser atribuída a esta abordagem por todo o mundo no século XX e, 
é o que parece, no século XXI. 
Em meados no século XIX, a primeira abordagem geral à educação a 
distância pode ser identificada em todos os lugares em que a industrialização 
modificou as condições tecnológicas, profissionais e sociais da vida (BELLONI, 
2003). Os sistemas educacionais da época não estavam preparados para estas 
mudanças estruturais. Não conseguiram se adaptar à forte mudança de paradigma 
educacional da época. Assim, muitas das novas necessidades educacionais não 
foram sequer identificadas, quanto menos supridas (BELLONI, 2003). 
No entanto, empresários no início da revolução industrial, principalmente os 
editores, as identificaram. Decidiram que poderiam lucrar fazendo face às demandas 
educacionais das pessoas e explorando as possibilidades da produção e da 
distribuição em massa e das tecnologias dos correios e das ferrovias (SALOMON, 
2008). 
Na época, surgiram muitas escolas por correspondência na Inglaterra, na 
França e na Alemanha, assim como em outros países europeus. Muitas outras 
viriam a ser criadas mais tarde em outros continentes (SOUSA, 2007). Tornaram-se 
importantes porque ofereciam instrução àquelas pessoas que eram deixadas de lado 
pelo sistema educacional, dentre elas pessoas bem dotadas que queriam ascender 
socialmente a fim de melhorar suas condições de vida e sua qualidade de vida 
(SOUSA, 2007). Ficaram mais importantes na medida em que os trabalhadores 
eram desafiados de muitas formas por novas tarefas e novos métodos, quando o 
modo artesanal de trabalhar foi ficando cada vez mais industrializado (SOUSA, 
2007). Começaram a competição comercial, que viria a se tornar uma característica 
importante da educação superior na era digital. E quanto à teoria de educação à 
distância, desenvolveu o primeiro modelo fundamental deste campo, que conseguiu 
sobreviver ao teste da prática e do tempo (SOUSA, 2007). 
As primeiras experiências em educação à distância foram singulares e 
isoladas. No entanto, já eram de profunda importância para as pessoas implica das, 
porque o conteúdo era a religião e a controvérsia religiosa, que eram levadas muito 
a sério naquela época (SALOMON, 2008). Estou me referindo a São Paulo, que 
escreveu suas famosas epístolas a fim de ensinar às comunidades cristãs da Ásia 
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 Graduação em Engenharia Civil, Especialização em Docência no Ensino Superior pela Faculdade 
de Educação São Luís de Jaboticabal – SP. E-mail do autor: francisco.crearj@gmail.com Orientadora: 
Prof.ª Esp. Ana Carolina Caruso Bertonha. 
Menor como viver como cristãs em um ambiente desfavorável (SALOMON, 2008). 
Ele usou as tecnologias da escrita e dos meios de transporte a fim de fazer seu 
trabalho missionário sem ser forçado a viajar. Isso já era claramente uma 
substituição da pregação e do ensino face a face por pregação e ensino assíncronos 
e mediados (SALOMON, 2008). E foi uma abordagem baseada na tecnologia, ainda 
que "pré-industrial". Naquela época ninguém podia imaginar a importância crucial 
que vi ria a ser atribuída a esta abordagem por todo o mundo no século XX e, é o 
que parece, ainda mais no século XXI (SALOMON, 2008). 
Em meados no século XIX, a primeira abordagem geral à educação a 
distância pode ser identificada em todos os lugares em que a industrialização 
modificou as condições tecnológicas, profissionais e sociais da vida (SALOMON, 
2008). Os sistemas educacionais da época não estavam preparados para estas 
mudançasestruturais. Não conseguiram se adaptar à forte mudança de paradigma 
educacional da época (SALOMON, 2008). Assim, muitas das novas necessidades 
educacionais não foram sequer identificadas, quanto menos supridas. No entanto, 
empresários no início da revolução industrial, principalmente os editores, as 
identificaram (SALOMON, 2008). Decidiram que poderiam lucrar fazendo face às 
demandas educacionais das pessoas e explorando as possibilidades da produção e 
da distribuição em massa e das tecnologias dos correios e das ferrovias 
(SALOMON, 2008). 
Nos anos 1970, teve início uma nova era na educação a distância. Ela pode 
ser caracterizada pelo uso adicional de dois meios de comunicação de massa 
eletrônicos analógicos o rádio e a televisão, e mais tarde também do vídeo e das 
fitas cassetes, assim como de centros de estudo. Esta mudança pedagógica foi de 
valor inestimável (TERRA, 2009). Contribuiu tremendamente para a importância da 
educação à distância (TERRA, 2009). 
A autoaprendizagem de adultos constitui um tema relativamente novo no 
campo da educação. Embora de modos variados segundo países e regiões, as 
teorias construtivistas e interacionistas e as pedagogias ativas exerceram grande 
influência sobre as teorias e práticas pedagógicas na educação infantil. Esta 
influência, porém, é bem menos presente no ensino superior e mesmo no 
secundário, onde os modelos tradicionais e/ou behavioristas são ainda fortemente 
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 Graduação em Engenharia Civil, Especialização em Docência no Ensino Superior pela Faculdade 
de Educação São Luís de Jaboticabal – SP. E-mail do autor: francisco.crearj@gmail.com Orientadora: 
Prof.ª Esp. Ana Carolina Caruso Bertonha. 
predominantes (DILERMANDO JUNIOR et al., 2015). Isto significa que os processos 
de aprendizagem do estudante adulto são ainda pouco conhecidos e as 
metodologias de ensino praticadas nas universidades podem ser classificadas com o 
conceito de "educação bancária" de Paulo Freire em 1971 (DILERMANDO JUNIOR 
et al., 2015). 
O desenvolvimento de pesquisas sobre metodologias de ensino mais ativas 
para a educação de adultos, centradas no estudante e tendo como princípio sua 
maior autonomia, passa a ser condição sine qua non para o sucesso de qualquer 
experiência de EaD que pretenda superar os modelos instrucionais e behavioristas 
(VIANA et al., 2015). 
Um processo de ensino e aprendizagem centrado no estudante será então 
fundamental como princípio orientador de ações de EaD (DILERMANDO JUNIOR et 
al., 2015). Isto significa não apenas conhecer o melhor possível suas características 
socioculturais, seus conhecimentos e experiências, e suas demandas e 
expectativas, como integrá-las realmente na concepção de metodologias, estratégias 
e materiais de ensino, de modo a criar através deles as condições de 
autoaprendizagem (DILERMANDO JUNIOR et al., 2015). 
Isto não quer dizer que AA se opõe a EaD; ao contrário, é no campo da EaD 
que este modelo de educação, aberto e flexível, encontra terreno mais fértil para se 
desenvolver (VIANA et al., 2015). Mais precisamente pode-se dizer que os dois 
conceitos referem-se a dois aspectos diferentes do mesmo fenômeno: EaD diz 
respeito mais a uma modalidade de educação e a seus aspectos institucionais e 
operacionais, referindo-se principalmente aos sistemas "ensinantes"; enquanto AA 
relaciona-se mais com modos de acesso e com metodologias e estratégias de 
ensino e aprendizagem, ou seja, enfoca as relações entre os sistemas de ensino e 
os aprendentes (VIANA et al., 2015). 
Atualmente, ao final dos anos 90, a expressão mais largamente usada e 
recomendada pelos organismos internacionais é "aprendizagem aberta e a 
distância" (open distance /earning), adotada pela Comissão da União europeia, e 
que inclui diferentes formas e regimes de EaD (GT da Confederação das 
Conferências de Reitores da União Europeia, 1998) (DILERMANDO JUNIOR et al., 
2015). 
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de Educação São Luís de Jaboticabal – SP. E-mail do autor: francisco.crearj@gmail.com Orientadora: 
Prof.ª Esp. Ana Carolina Caruso Bertonha. 
Os conceitos rapidamente discutidos acima estão longe de esgotar a 
variedade de concepções ligadas à EaD e AAD (VIANA et al., 2015). A partir dos 
anos 90, no bojo do movimento "pós-moderno" de crítica aos modelos industrialistas, 
baseados nas teorias behavioristas de aprendizagem e nas práticas desenvolvidas 
pela tecnologia educacional, observa-se à consolidação de conceitos mais 
abrangentes e mais abertos cuja inspiração é extremamente ampla, mas nos quais 
pode-se identificar duas grandes fontes: as teorias cognitivas, especialmente o 
construtivismo, por um lado, e por outro, os "paradigmas" sociológicos e econômicos 
que se pode agrupar sob as etiquetas de pós-modernidade, globalização, pós-
fordismo (VIANA et al., 2015). 
Na primeira fonte, os especialistas buscam caminhos ou inspiração para a 
elaboração de métodos e estratégias de ensino que levem realmente em 
consideração a situação de autoaprendizagem e aprendizagem autônoma dos 
estudantes de EaD (DILERMANDO JUNIOR et al., 2015). 
Ao longo dos anos percebe-se que em grande parte da extensão territorial do 
Brasil, a educação a distância vem se desenvolvendo gradativamente, 
principalmente porque esteja vinculada a tecnologia, de acordo com o que 
estabelece o MEC, na sua Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei n. 
9394/96, nos seus artigos 52, 62, 80, 87 (DILERMANDO JUNIOR et al., 2015). A 
cada dia o mercado de trabalho tem exigido do profissional, mais capacitação, mais 
especializações em determinadas aéreas. Todavia, os cursos presenciais não tem 
conseguido fornecer uma quantidade razoável de profissionais que venham a atuar 
e suprir a demanda de falta de profissionais (DILERMANDO JUNIOR et al., 2015). 
Por isso para adequar a necessidade com as condições financeiras e a falta de um 
horário compatível com a rotina de trabalho, surgiram os cursos de graduação, e 
pós-graduação a distância na modalidade on line. (DILERMANDO JUNIOR et al., 
2015) 
 
2.2 EaD E AS INOVAÇÕES EDUCACIONAIS 
 
 
O processo de capacitação profissional nas empresas hoje já é bastante 
diferente do que costumava ser a uma década ou mais. A educação, que já vinha se 
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 Graduação em Engenharia Civil, Especialização em Docência no Ensino Superior pela Faculdade 
de Educação São Luís de Jaboticabal – SP. E-mail do autor: francisco.crearj@gmail.com Orientadora: 
Prof.ª Esp. Ana Carolina Caruso Bertonha. 
transformando graças ao potencial aberto pelas ferramentas digitais, ganha novo 
impulso com as possibilidades da Web 2.0 (TERRA, 2009). 
A primeira onda de transformações na educação, e particularmente na 
educação corporativa, deu um forte golpe na tradição da aprendizagem presencial, 
em ambiente de sala de aula, liderada por um professor detentor do conhecimento e 
seguida obedientemente pelos alunos (TERRA, 2009). As ferramentas digitais 
permitiram a aprendizagem a distância (a chamada EAD, ou Educação a Distância), 
ganhou impulso o chamado autodesenvolvimento, em que o estudante assume a 
responsabilidade por seu próprio aprendizado e disseminaram-se diversas 
modalidades do chamado e-learning ou aprendizagem eletrônica (TERRA, 2009). 
Contudo, essas ferramentas, em grande parte, continuaram se pautando por um 
modelo de educação centrado no professor e em conteúdos programáticos 
predefinidos (TERRA, 2009). 
Já com a Web 2.0, uma série de novas práticas vem dissipando as fronteiras 
entre trabalho e aprendizagem e entre os papéis do professor e do aluno. Com a 
dinâmica criada, os "alunos" participam ativamente da construção dos conteúdose 
alternam o papel de aprendizes com o de especialistas em certos contextos, 
tornando as atividades profissionais oportunidades de aprendizagem e criação de 
novos conhecimentos e vice-versa (TERRA, 2009). 
Pressionadas pela necessidade de fazer cada vez mais com menos recursos 
e de aumentar a efetividade das ações de capacitação, as organizações estão 
começando a utilizar ferramentas interativas como comunidades, blogs e vídeos, 
incorporando as inovações trazidas com a Web 2.0 no que se pode chamar de "e-
learning 2.0" (TERRA, 2009). As tecnologias desenvolvidas na Web 2.0 
potencializam a colaboração e a construção conjunta de conhecimento, gerando 
resultados mais efetivos com a educação corporativa e superando uma barreira 
inicialmente associada ao e-learning: a carência de socialização e participação 
coletiva (TERRA, 2009). 
O conhecimento científico está sendo produzido de forma rápida e 
exponencial no campo da saúde. E muitos desses conhecimentos são 
transformados em insumos, técnicas e disponibilizados aos profissionais para serem 
colocados em prática. O trabalho em saúde exige competências para a prática 
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 Graduação em Engenharia Civil, Especialização em Docência no Ensino Superior pela Faculdade 
de Educação São Luís de Jaboticabal – SP. E-mail do autor: francisco.crearj@gmail.com Orientadora: 
Prof.ª Esp. Ana Carolina Caruso Bertonha. 
profissional, colocando os profissionais em uma busca diária e permanente de 
atualização (SILVÉRIO, 2008). Na perspectiva dos profissionais, o tema educação 
aparece na literatura com três diferentes denominações: educação em serviço (ES), 
educação continuada (EC) e educação permanente em saúde (EPS). O termo 
educação em serviço foi o primeiro conceito utilizado como forma de capacitação 
dos profissionais vinculado aos serviços de saúde (OLIVEIRA et al., 2011). 
A educação continuada é o seguimento ou extensão do modelo escolar e 
acadêmico, pautada no conhecimento técnico científico com foco em cursos e 
treinamentos. Muitas pesquisas ressaltam sua importância, porém é uma educação 
fragilizada no contexto do trabalho, baseando-se principalmente na transmissão de 
conhecimentos, sem vinculação necessária com a realidade dos serviços 
(MONTANHA e PEDUZZI, 2010). Dessa forma, almejando atender a uma demanda 
de consolidação do Sistema Único de Saúde, SUS, através da transformação das 
práticas profissionais, o Ministério da Saúde (MS) preconizou, em 2004, pela 
Portaria nº 198/GM, a Política de Educação Permanente em Saúde, com a finalidade 
de transformação e qualificação das ações e serviços no setor de saúde (2007) 
(FARBIARZ e FARBIARZ, 2011). 
Devido à expansão exponencial da educação à distância na última década, o 
interesse por esta forma particular de ensino e aprendizagem aumentou de forma 
notável em muitos países (LITWIN, 1991). Nunca antes houve tanta gente pesando 
os prós e os contras desta forma de ensino e aprendizagem, nunca antes houve 
tantos experimentos tentando argumentar a favor e contra neste campo e nunca 
antes houve tantos novos defensores deste novo formato (LITWIN, 1991). 
Agora até especialistas de outras áreas que não a da educação a distância 
tradicional enxergam suas possibilidades únicas, uma tendência que pode ser 
observada mais claramente em conferências nacionais e internacionais sobre esta 
área de atividade educacional (LANDIM, 1997). E, além disso, as universidades 
tradicionais começam a experimentar a educação à distância depois de ignorar por 
muito tempo este método de ensino e aprendizagem (LANDIM, 1997). 
O motivo principal para o interesse crescente na educação a distância são, 
obviamente, os avanços inacreditáveis na telecomunicação. Sua informatização 
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de Educação São Luís de Jaboticabal – SP. E-mail do autor: francisco.crearj@gmail.com Orientadora: 
Prof.ª Esp. Ana Carolina Caruso Bertonha. 
confronta professores e escolas com promessas imprevistas, imprevisíveis e 
surpreendentes (SCREMIN, 2002). 
Especialmente para educadores à distância, quatro inovações estarrecedoras 
são importantes: aperfeiçoamento da tecnologia de computadores pessoais, 
tecnologia de multimídia, tecnologia de compactação digital de vídeo e tecnologia de 
internet (SCREMIN, 2002). Juntamente com outras tecnologias, elas possibilitam 
vantagens logísticas e pedagógicas inesperadas: a transmissão rápida de 
informações a qualquer momento e para toda parte, genuínas possibilidades para a 
aprendizagem autônoma, maior interatividade, mais orientação para os alunos, 
maior individualização, melhor qualidade dos programas e maior eficácia da 
aprendizagem (SCREMIN, 2002). 
Para Farbiarz e Farbiarz (2011): 
As novas tecnologias foram usadas consistentemente de modo integrado e 
não apenas ocasionalmente. O financiamento governamental permitiu que 
estas universidades desenvolvessem materiais didáticos de alta qualidade. 
A produção em massa de materiais impressos cuidadosamente 
desenvolvidos, pré-preparados e pré-fabricados foi suplementada pelas 
transmissões destes poderosos meios de comunicação de massas. Foram 
criadas universidades autônomas de uma única modalidade de ensino a 
distância que conferem graus. Os governos as criaram principalmente a fim 
de implementar suas políticas educacionais. Em alguns países estas 
universidades aceitavam até alunos que não estavam qualificados para 
entrar em universidades regulares. Este novo início e esta nova abordagem 
modificaram todo o cenário da educação à distância. Suas principais novas 
características foram: considerável progresso na criação e no acesso à 
educação superior para grupos maiores de adultos, experimentação 
pedagógica, a aplicação cada vez maior de tecnologias educacionais, a 
introdução e a manutenção de aprendizado aberto e permanente e o início 
da educação superior em massa (FARBIARZ e FARBIARZ, 2011, p. 90). 
 
As consequências destes avanços são inestimáveis: tornaram a educação à 
distância ainda mais relevante do que antes. Contudo, deve-se entender que a 
extensão do ensino em sala de aula por meio de vídeo conferências difere 
imensamente da educação a distância como definida e interpretada a partir dos 
critérios e padrões inerentes a esta forma particular de aprendizagem (SALOMON, 
2008). 
Numa perspectiva histórica, a educação a distância tem a sua origem e 
desenvolvimento estreitamente ligados às tecnologias de informação e comunicação 
(SALOMON, 2008). 
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 Graduação em Engenharia Civil, Especialização em Docência no Ensino Superior pela Faculdade 
de Educação São Luís de Jaboticabal – SP. E-mail do autor: francisco.crearj@gmail.com Orientadora: 
Prof.ª Esp. Ana Carolina Caruso Bertonha. 
Assim, segundo entendimento de Sandra Scremin (2002) desde o início da 
história da Educação até hoje, podem-se identificar três fases ou gerações 
fundamentais: 
“a) Geração Textual: até cerca de 1960, baseada essencialmente na 
autoaprendizagem por meio de material impresso; b) Geração Analógica: 
entre 1960 e 1980, baseada na autoaprendizagem utilizando textos 
impressos complementados por recursos tecnológicos de áudio e vídeo; c) 
Geração Digital: em curso, baseada na autoaprendizagem com suporte em 
recursos tecnológicos altamente diferenciados. Do texto impresso à 
videoconferência, com forte apoio na Internet e comunicação via satélite” 
(SCREMIN, 2002, p. 10). 
 
Os inúmeros recursos tecnológicos, hoje disponíveis, oferecem uma enorme 
diversidade de arranjos possíveis (SALOMON, 2008). No entanto, é importante 
considerar que nem sempre as tecnologias mais evoluídas são as mais indicadas, 
uma vez que muitas pessoas podem não ter acesso a elas ou ainda, nãosaber 
utilizá-las (SALOMON, 2008). É fundamental conhecer a capacidade de acesso e 
quais meios às pessoas a quem se destinam o curso possui para poder selecionar 
as tecnologias mais adequadas (SALOMON, 2008). 
Ainda, é oportuno destacar que o material escrito, seja na forma impressa ou 
nas produções mais sofisticadas que permitem sua integração em multimídia, 
continua exercendo papel de extrema importância nos programas de educação na 
modalidade à distância (TERRA, 2009). 
Pela quantidade de formatos, como por exemplo: texto, guias de estudo, 
caderno de exercícios, entre outros quer seja a única mídia utilizada ou servindo de 
apoio para trás mídias, apresenta, entre outras vantagens, a de ser familiar por ser, 
historicamente, a fonte mais legítima de conhecimento e ter baixo custo, tanto na 
produção como na distribuição a utilização do material impresso ainda possui 
limitações quanto ao seu uso (TERRA, 2009). 
Mauro Veras citado por Sandra Scremin (2002) apresentam algumas 
características recomendáveis para o material impresso a ser utilizado em cursos na 
modalidade à distância: 
a) Adequação: ao contexto sócio-institucional, ao curso, aos alunos e ao 
tempo requerido para o estudo. b) Precisão e atualidade: deve-se oferecer 
representações fiéis dos fatos, princípios, leis, procedimentos que estão 
sendo expostos. c) Integração: deve formar uma unidade com os demais 
materiais do curso. d) Abertura e flexibilidade: deve convidar à crítica, à 
reflexão, à complementação em outras fontes, deve sugerir problemas e 
questionar por meio de perguntas que levem à análise e à elaboração de 
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respostas. e) Coerência: entre os distintos elementos de ensino-
aprendizagem do texto. f) Eficácia: deve facilitar a aprendizagem por meio 
do estudo independente do aluno, esclarecendo dúvidas e propiciando a 
auto-avaliação. g) Eficiência: o investimento realizado deve ser rentável em 
tempo e dinheiro. h) Transferibilidade e aplicabilidade: deve propiciar a 
transferência positiva do que foi aprendido, bem como a utilidade e 
aplicação prática, favorecendo uma aprendizagem significativa. i) 
lnteratividade: deve manter um diálogo permanente com o aluno, que 
convide ao intercâmbio de opiniões (SCREMIN, 2002). 
 
 
Existe uma relação estrutural entre educação à distância e aprendizagem on-
line. Isso não deve ser esquecido quando entrar na era digital do ensino e da 
aprendizagem (SALOMON, 2008). Deve-se manter em mente as experiências 
adquiridas no ensino a distância nos últimos 50 anos. Isto é muito importante porque 
profissionais e teóricos da educação à distância desenvolveram um grande número 
de abordagens a fim de superar não apenas a distância geográfica como também as 
distâncias psicológicas, sociais e culturais entre os que ensinam e os que são 
ensinados (SALOMON, 2008). E isto não é tudo: existe um "legado pedagógico" de 
educação à distância que tem a ver com uma longa experiência (TERRA, 2009). 
A educação a distância tornou-se uma forma necessária e em muitos círculos 
até uma forma atraente e popular de ensino e aprendizagem. Uma das 
consequências do terceiro e até agora o mais importante período dela foi um 
aumento claro do número de pessoas que queria aprender mais sobre a nova forma 
de ensino e aprendizagem (FARBIARZ, 2011). A educação a distância tornou-se 
uma matéria, que agora era abordada pelos pesquisadores da área da educação e 
até discutida em jornais e periódicos. Mas existe também outro indicador 
impressionante deste novo interesse: o número crescente de profissionais e 
especialistas participando das conferências mundiais do International Council on 
Correspondence Education (Conselho Internacional de Educação por 
Correspondência) (FARBIARZ e FARBIARZ, 2011). 
Aplicadas à organização de sistemas de EaD, as estratégias fordistas 
sugerem a existência de um provedor altamente centralizado, operando em 
exclusivamente em EaD, de âmbito nacional, fazendo economias de escala através 
da oferta de cursos estandardizados para um mercado de massa e justificando deste 
modo um maior investimento em materiais mais caros (FARBIARZ e FARBIARZ, 
2011). 
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Nos novos tempos do capitalismo, estes diferentes paradigmas econômicos 
coexistem na sociedade, no processo de produção econômica, e seu impacto na 
educação não se caracteriza nem pela exclusividade ao contrário, concorrem com 
concepções e práticas pré-fordistas e artesanais, nem por uma evolução necessária 
e predeterminada (SALOMON, 2008). Como pode ser percebido, o campo da 
educação é extremamente complexo e altamente resistente à mudança, e esta 
confusão de orientações e paradigmas sinaliza a necessidade de definir mais 
claramente o campo da EaD e da aprendizagem aberta (AA), buscando escapar dos 
modelos economicistas (SALOMON, 2008). 
De modo geral, as novas formas de educação aberta utilizam práticas de EaD 
para atender às diversidades de currículos e de estudantes e para responder às 
demandas nacionais, regionais e locais (SALOMON, 2008). Os imperativos 
econômicos estão presentes uma vez que a educação aberta constitui um segmento 
específico de mercado que tem potencialidades globais. Os interesses públicos e 
privados organizam-se para atender a estes mercados onde a educação aparece 
como uma nova mercadoria (SALOMON, 2008). 
O uso intensivo das tecnologias de informação e comunicação deverá permitir 
sustentar e monitorar estes mercados que tenderão a ultrapassar os limites 
nacionais (TERRA, 2009). 
Além disto, em termos puramente econômicos, este modelo tenderia a 
esgotar-se em virtude de sua inadequabilidade às novas demandas surgidas com as 
transformações econômicas e tecnológicas (TERRA, 2009). 
Da mesma forma que na empresa os modelos de gestão encaminham 
mudanças nos processos de trabalho e de gestão, no campo educacional, e no da 
EaD em particular, o modelo do grande provedor especializado, produzindo ensino 
estandardizado para um mercado de massa, tenderia a transformar-se (TERRA, 
2009). 
Para Farbiarz e Farbiarz (2011): 
“Na era da informação, rótulo já consagrado para caracterizar a sociedade 
dos dias atuais no Brasil, torna-se cada vez mais evidente o aumento da 
demanda por pessoas portadoras de conhecimentos e habilidades e, ao 
mesmo tempo, constata-se que a educação tradicional é incapaz de atender 
a toda esta demanda” (FARBIARZ e FARBIARZ, 2011, p. 92). 
 
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Outro fator importante para a expansão da educação a distância é que ela 
permite a aprendizagem relacionada às experiências dos alunos, às suas vidas 
profissionais e sociais sem afastamento de seus locais de trabalho, ou seja, segundo 
a opinião de Cláudia Landim a "permanência dos alunos no seu meio cultural e 
natural, evitando êxodos que incidem negativamente no desenvolvimento regional 
(1997, p. 95)". 
A legislação hoje vigente, na medida em que reconhece o papel da educação 
à distância como estratégia de ampliação das oportunidades por educação ao longo 
da vida, torna viável o atendimento da atual e futura demandapor formação 
profissional, não apenas como exigência para a empregabilidade, mas para a 
cidadania (FARBIARZ e FARBIARZ, 2011). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A educação à distância nos anos 1970, 1980 e 1990, que ajudou as 
universidades nos países industrializados e nos países em desenvolvimento a 
canalizarem um crescente número de alunos que não completaram o segundo grau 
para a educação superior. Não apenas expandiu a capacidade das universidades, 
como também desenvolveu novas formas da combinação de trabalho e estudo, 
introduziu estudos universitários regulares na educação de adultos e inspirou e 
efetuou importantes inovações pedagógicas. 
Também se pode dizer deste tipo de ensino é que ela permite a informação 
digitalizada, atuando com as principais mudanças sociais mencionadas. Isso 
representa o maior desafio do futuro. Ela agora irá assumir a maior importância, já 
que pode contribuir substancialmente por meio de suas abordagens, técnicas, 
estratégias, avanços para o desenvolvimento da universidade do futuro. A educação 
a distância é agora muito valorizada, porque ajuda no difícil processo de romper com 
a tradição e planejar algo novo, mais relevante para a sociedade pós-industrial do 
conhecimento. 
Idealizando o futuro pode-se até imaginar que este desenvolvimento irá 
continuar e se fortalecer. Com o tempo se expandirá ainda mais e se tornará uma 
parte indispensável de toda a educação superior na maioria das universidades de 
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todo o mundo. Seu custo-benefício relativo será decisivo neste processo, 
especialmente nos países "em desenvolvimento". 
 
 
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 Graduação em Engenharia Civil, Especialização em Docência no Ensino Superior pela Faculdade 
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