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Atenção: Pirataria é crime e pode prejudicar o seu ingresso na carreira pública. 
Os direitos autorais são protegidos por lei e o infrator está sujeito as penalidades do art. 184 do Código Penal 
CONCURSO DETRAN-MA – PORTUGUÊS 
Prof. Willian Prates 
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QUESTÕES DE PORTUGUÊS 
 
 
 
 
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Atenção: Pirataria é crime e pode prejudicar o seu ingresso na carreira pública. 
Os direitos autorais são protegidos por lei e o infrator está sujeito as penalidades do art. 184 do Código Penal 
CONCURSO DETRAN-MA – PORTUGUÊS 
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QUESTÕES DE PORTUGUÊS 
1. (FCC/DPE-RS/2017) 
[Uma espécie complicada] 
 O grande biólogo norte-americano Richard Dawkins acredita sem 
qualquer hesitação na teoria de Darwin acerca da sobrevivência dos mais 
fortes e capazes e na importância da adaptação a mutações fortuitas na 
evolução das outras espécies, mas se declara contra a ideia do darwinismo 
social na evolução da sua própria espécie. Aceitar o darwinismo social seria 
aceitar posições conservadoras em matéria de política e economia, o que vai 
contra suas convicções progressistas. 
 Já os conservadores, que negam a teoria de Darwin sobre a origem e o 
desenvolvimento das espécies, pregam o darwinismo social sob vários 
nomes: liberalismo, antidirigismo, antiassistencialismo etc. A sobrevivência, 
portanto, dos mais competitivos e sortudos, como no universo neutro de 
Darwin. 
 Esquerda progressista e direita conservadora trocam incoerências. A 
direita abomina a ideia de que o homem descende de animais inferiores, 
mas não tem problema com a ideia de que ele deve seu progresso à 
ganância que tem em comum com os chimpanzés. A esquerda aceita a 
ascendência de macacos e a evolução da sua espécie, mas não quer outra 
coisa senão um planejamento inteligente, humanista, para organizar a sua 
sociedade. 
 Progressistas costumam ser a favor do direito do aborto e contra a pena 
de morte. Conservadores, que denunciam a interferência indevida do Estado 
na vida das pessoas, invocam a santidade da vida para que o Estado proíba 
o aborto, e geralmente são a favor da pena de morte, a mais radical 
interferência possível do Estado na vida de alguém. Enfim, seja como for 
que chegamos a isto, somos uma espécie complicada. 
(Adaptado de: VERISSIMO, Luis Fernando O mundo é bárbaro. Rio de 
Janeiro: Objetiva, 2008, p. 163-164) 
 
 
 
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As incoerências da esquerda progressista e da direita conservadora, de que 
trata o terceiro parágrafo, resultam do fato de que ambas as posições 
 a) convergem nas teses fundamentais, mas dão maior peso às diferenças 
ocasionais. 
 b) podem ser tendenciosamente maleáveis no estabelecimento dos valores 
que defendem. 
 c) mostram desinteresse por compromisso com qualquer valor social mais 
consequente. 
 d) divergem quanto aos métodos de atuação, mas não quanto aos ideais 
perseguidos. 
 e) relutam em fazer qualquer acordo público, mesmo quando defendem 
idêntica tese. 
2. (FCC/DPE-RS/2017) TEXTO P/QUESTÕES 2 ATÉ 4: 
Sem privacidade 
 Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares, redes sociais e 
dispositivos outros das mais variadas conexões? Os mais velhos devem se 
lembrar do tempo em que era feio “ouvir conversa alheia”. Hoje é 
impossível transitar por qualquer espaço público sem recolher informações 
pessoais de todo mundo. Viajando de ônibus, por exemplo, acompanham-se 
em conversas ao celular brigas de casal, reclamações trabalhistas, queixas 
de pais a filhos e vice-versa, declarações românticas, acordo de negócios, 
informações técnicas, transmissão de dados e um sem-número de situações 
de que se é testemunha compulsória. Em clara e alta voz, lances da vida 
alheia se expõem aos nossos ouvidos, desfazendo-se por completo a 
fronteira que outrora distinguia entre a intimidade e a mais aberta 
exposição. 
 Nas redes sociais, emoções destemperadas convivem com confissões 
perturbadoras, o humor de mau gosto disputa espaço com falácias políticas 
– tudo deixando ver que agora o sujeito só pode existir na medida em que 
proclama para o mundo inteiro seu gosto, sua opinião, seu juízo, sua reação 
 
 
 
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emotiva. É como se todos se obrigassem a deixar bem claro para o resto da 
humanidade o sentido de sua existência, seu propósito no mundo. A 
discrição, a fala contida, o recolhimento íntimo parecem fazer parte de uma 
civilização extinta, de quando fazia sentido proteger os limites da própria 
individualidade. 
 Em meio a tais processos da irrestrita divulgação da personalidade, as 
reticências, a reflexão silenciosa e o olhar contemplativo surgem como 
sintomas problemáticos de alienação. Impõe-se um tipo de coletivismo no 
qual todos se obrigam a se falar, na esperança de que sejam ouvidos por 
todos. Nesse imenso ruído social, a reclamação por privacidade é recebida 
como o mais condenável egoísmo. Pretender identificar-se como um sujeito 
singular passou a soar como uma provocação escandalosa, em tempos de 
celebração do paradigma público da informação. 
(Jeremias Tancredo Paz, inédito) 
Diante do fenômeno caracterizado no texto como irrestrita divulgação da 
personalidade, seu autor posiciona-se 
 a) com neutralidade, uma vez que se limita a descrever os novos 
procedimentos tecnológicos que viabilizaram as várias conexões sociais. 
 b) com relutância, mas não deixa de encaminhar sua adesão aos meios 
técnicos que passaram a estabelecer novos vínculos entre as pessoas. 
 c) de modo a estabelecer um vínculo entre o cuidado que havia com a 
privacidade e a forma pela qual esta inspirou o estabelecimento de 
conexões mais produtivas. 
 d) de modo a confrontar a obsessão moderna pela irrefreável 
conectividade com a privacidade que era preservada nas relações sociais do 
passado. 
 e) de modo a avaliar, com a isenção possível, as perdas e ganhos da nova 
conectividade social, comparada à inoperância dos velhos canais de 
comunicação. 
 
 
 
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3. (FCC/DPE-RS/2017) Nos três parágrafos do texto, enumeram-se 
elementos que caracterizam, exemplificam e qualificam um mesmo 
fenômeno, tal como ocorre na seguinte sequência: 
 a) privacidade / espaço público / testemunha compulsória (1° paragrafo) 
 b) variadas conexões / intimidade / aberta exposição (1 parágrafo) 
 c) emoções destemperadas / confissões perturbadoras / limites da própria 
individualidade (2° parágrafo) 
 d) recolhimento íntimo / civilização extinta / fala contida (2° parágrafo) 
 e) irrestrita divulgação da personalidade / reticências / olhar contemplativo 
(3° parágrafo) 
4. (FCC/DPE-RS/2017) Considerando-se o contexto, o autor se vale do 
segmentoa) de que se é testemunha compulsória (1° parágrafo) para mostrar a 
disponibilidade de quem se abre para as novas conexões. 
 b) Em clara e alta voz (1° parágrafo) para salientar o ostensivo 
afastamento dos limites da intimidade. 
 c) civilização extinta (2° parágrafo) para defender a convicção de que tudo 
o que é obsoleto merece morrer. 
 d) recolhimento íntimo (2° parágrafo) para criar um contraste radical entre 
esses dois termos. 
 e) imenso ruído social (3° parágrafo) para enfatizar a eficácia da 
comunicação das vozes públicas. 
5. (FCC/DPE-RS/2017) TEXTO P/QUESTÕES 5 E 6: 
A literatura é uma arte solitária. Seu labor é da mente para a página. Sua 
estranha fantasia é a de que alguém possa dar forma ao idioma para que 
outra experiência mental e individual se realize: a do leitor. Apesar de 
saraus e oficinas, a escrita raramente escapa de ser esta atividade insossa e 
desertada: sentar e escrever sozinho. E, se também são solitárias a pintura 
 
 
 
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e a escultura, ambas têm a vantagem de serem dinâmicas, físicas, 
performáticas, de um modo que as aproxima mais das artes coletivas, como 
a dança, a música, o teatro, o cinema. 
 Quando fui músico, muitas vezes reclamei dos ensaios, dos shows em 
que o som estava péssimo, de contratantes que não entregavam o que 
prometiam, mas, em especial, do trabalho que a difícil democracia de 
participar de uma banda grande demandava. Quantas viagens, quantas 
discussões, quantas concessões. E quantas alegrias, quantas vezes olhar 
para o lado e cruzar com a mirada de alguém que estava ali junto contigo, 
numa construção maior porque erguida por mais gentes. Mais artistas de 
um lado, mais espectadores de outro. 
(Adaptado de: GONZAGA, Pedro. Reclamação. Disponível em: 
http://zh.clicrbs.com.br) 
Ao traçar um paralelo entre as diferentes artes, o autor sugere que a 
literatura 
 a) exige relativamente maior isolamento. 
 b) é irracional, o que a torna inferior. 
 c) requer menos esforço intelectual. 
 d) demanda uma maior socialização. 
 e) exclui a necessidade de validação. 
6. (FCC/DPE-RS/2017) A leitura do 2° parágrafo permite concluir que o 
autor 
 a) desistiu de sua carreira musical após desentender-se com a banda. 
 b) se arrepende de ter agido de modo egoísta com seus companheiros. 
 c) demonstra ressentimento por não ter alcançado o sucesso que buscava. 
 d) sente falta de alguns aspectos de sua experiência como músico. 
 e) tinha uma timidez acentuada para se apresentar diante do público. 
 
 
 
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7. (FCC/DPE-RS/2017) TEXTO P/QUESTÕES 7 ATÉ 9: 
O gol plagiado 
“Jogador quer direito autoral sobre seus gols.” 
Esporte, 20 jan. 2000 
 
 “Prezados senhores: dirigindo-se a V.Sa., refiro-me à notícia segundo a 
qual jogadores de futebol do Reino Unido, como Michael Owen e Ryan 
Giggs, querem receber autorais pela exibição de seus gols na mídia. Não 
tenho o status desses senhores – sou apenas um brasileiro que bate a sua 
bolinha nos fins de semana – mas desejo fazer uma grave denúncia: um 
dos jogadores citados (oportunamente divulgarei o nome) simplesmente 
plagiou um gol feito por mim. 
 Provas? Basta comparar os tapes dos referidos gols. No meu caso, 
trata-se de um trabalho amador – foi feito por meu filho, de dez anos – mas 
mesmo assim é bastante nítido. Vê-se que, como eu, o referido jogador 
estava num campo de futebol. Nos dois casos, a partida estava sendo 
disputada por times de 11 jogadores cada um. Nos dois casos havia uma 
bola, havia goleiros. Nos dois casos havia um juiz. No meu caso, um juiz 
usando bermudões e chinelos – mas juiz, de qualquer maneira. 
 Isto, quanto aos aspectos gerais. Vamos agora aos detalhes. No vídeo 
do jogador inglês, mostrado no mundo inteiro, vê-se que ele pega a bola na 
grande área, domina-a, livra-se de um adversário e chuta no canto 
esquerdo, marcando, é forçoso admitir, um belo tento, um gol que faz jus 
aos direitos autorais. No meu vídeo – feito uma semana antes, é importante 
que se diga –, vê-se que eu pego a bola na grande área, que a domino, que 
livro-me de um adversário e que chuto forte no canto esquerdo, marcando 
um belo tento. 
 Conclusão: o jogador inglês me plagiou. Quero, portanto, metade do 
que ele receber a título de direitos autorais. Se não for atendido em minha 
reivindicação levarei a questão a juízo. Estou seguro de que ganharei. Além 
do vídeo, conto com uma testemunha: o meu filho. Ele viu o jogo do 
 
 
 
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começo ao fim e pode depor a meu favor. É pena não ter mais 
testemunhas, mas, infelizmente, ele foi o único espectador desse jogo. E irá 
comigo demandar justiça contra o plágio.” 
 (SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo, Global, 2013, 
p. 55) 
O jogador amador que escreve aos Prezados senhores dirige-se a eles com 
o objetivo de 
 a) demandar que sejam pagos direitos autorais referentes à divulgação 
pela mídia de um vídeo amador feito por seu filho. 
 b) informar que os ingleses Michael Owen e Ryan Giggs tiveram seus gols 
plagiados por outros jogadores. 
 c) reivindicar o pagamento de direitos autorais relativos a um gol 
supostamente plagiado por um jogador inglês. 
 d) denunciar que teve um gol plagiado por um jogador famoso e exigir que 
seja exemplarmente detido por seu delito. 
 e) defender-se da acusação de plágio que recebeu da parte de um jogador 
inglês, alegando ter feito o gol antes do inglês. 
8. (FCC/DPE-RS/2017) O caráter irônico e cômico do texto revela-se, entre 
outros aspectos, no fato de o jogador amador 
 a) insistir ter tido um de seus gols plagiado, muito embora confirme ainda 
desconhecer a identidade do jogador responsável pelo delito. 
 b) criticar a qualidade do futebol realizado no Reino Unido, sugerindo que 
os gols dos jogadores Michael Owen e Ryan Giggs não exigem esforço. 
 c) descrever o gol do jogador inglês e logo em seguida descrever seu 
próprio gol, dando a entender que não há semelhanças entre os lances. 
 d) ameaçar ir a juízo caso não seja atendido em sua reivindicação, mas 
não dispor de um registro visual do gol que alega ter sido alvo de plágio. 
 
 
 
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 e) afirmar que está seguro de sua vitória em juízo e, no entanto, 
apresentar apenas o filho de dez anos como testemunha para o evento 
relatado. 
9. (FCC/DPE-RS/2017) Uma interpretação correta a respeito do emprego da 
pontuação está em: 
 a) As vírgulas em ... vê-se queele pega a bola na grande área, domina-a, 
livra-se de um adversário e chuta no canto esquerdo... (3° parágrafo) 
separam ações ordenadas cronologicamente. 
 b) Os travessões em … trata-se de um trabalho amador – foi feito por meu 
filho, de dez anos – mas mesmo assim é bastante nítido... (2° parágrafo) 
apresentam uma síntese da informação imediatamente anterior. 
 c) Os parênteses em ... um dos jogadores citados (oportunamente 
divulgarei o nome) simplesmente plagiou um gol feito por mim. (1° 
parágrafo) intercalam um exemplo do que foi afirmado anteriormente. 
 d) Os dois-pontos em Conclusão: o jogador inglês me plagiou. (4° 
parágrafo) introduzem uma expressão que contraria o que foi afirmado 
anteriormente. 
 e) O sinal de interrogação em Provas? (2° parágrafo) sinaliza uma 
pergunta dirigida aos leitores do texto para a qual o autor não tem resposta. 
10. (FCC/DPE-RS/2017) TEXTO P/QUESTÕES 10 E 11: 
Modos de disputa 
 Dois indivíduos têm uma contenda e estão enraivecidos. Um deles diz 
ao outro, furioso: − Vou te quebrar a cara! Ao que o outro, igualmente 
indignado, responde com energia: − Pois eu vou te processar! 
 São, não há dúvida, dois modos de disputar a razão de quem viu 
ofendido um suposto direito seu. O primeiro indivíduo recua bastante na 
história e reproduz a jurisprudência das cavernas: a pancada corretiva, o 
direito da força, o recurso dos instintos primários; o segundo preferiu 
confiar numa instituição, numa instância social, na mediação das leis, na 
força do direito. O que não significa que, em outra situação, os mesmos 
 
 
 
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indivíduos não pudessem reagir de modo oposto: somos criaturas difíceis, 
sujeitas ao temperamento, ao sentimento de ocasião. 
 “Vou te processar” é o modo civilizado, que confia no equilíbrio de um 
rito jurídico, devidamente conduzido e arbitrado por profissionais do ramo: 
advogados, juízes, promotores. O processo tem sua mecânica balizada por 
prazos, recursos, ações de embargo etc. O propósito está em que, ao fim e 
ao cabo do processo, todos os componentes de uma disputa tenham sido 
devidamente apreciados e julgados, a partir do que se exare a sentença 
final. Como todo rito complexo e minucioso, pode demorar muito até o bater 
do martelo. 
 A instituição justa do processo conta com o fato de que ambas as partes 
sigam exatamente os mesmos passos garantidos pela lei. Mas não há como 
evitar certas condicionantes, que fazem diferença: a habilidade maior de um 
advogado, os recursos para custear um processo longo, a intimidação que 
pode representar o fato de uma das partes ser um litigante de grande poder 
político ou notoriedade social. As diferenças sociais e econômicas entre os 
homens podem marcar o destino de um processo. Nesse caso, voltamos um 
pouquinho no tempo e, de um modo aparentemente mais civilizado, 
reproduzimos algo parecido com o direito da força. 
(Júlio Castro de Ribeiro, inédito) 
Os dois modos de disputar a razão referidos no texto contrapõem-se quanto 
às 
 a) instituições civilizatórias a que buscam recorrer os enfurecidos 
contendores. 
 b) distintas jurisprudências que as partes vão recolher de fontes 
primitivas. 
 c) formas de mediação jurídica a que apelam os contendores. 
 d) ações escolhidas pelos contendores para o encaminhamento de suas 
convicções. 
 e) providências processuais que cada litigante entende como adequadas. 
 
 
 
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11. (FCC/DPE-RS/2017) Um dos recursos expressivos de redação 
explorados pelo autor está no emprego 
 a) do humor, ao acionar o flagrante anacronismo que se revela na 
expressão jurisprudência das cavernas. 
 b) da ironia, quando se associa a expressão vou te processar à expressão 
seguinte que é modo civilizado. 
 c) de uma contradição, quando atribui ao indivíduo indignado o desejo de 
se valer de um processo jurídico. 
 d) de reiterações de sentido, como a que se nota entre direito da força e 
força do direito. 
 e) da linguagem técnica, como em pancada corretiva e o bater do martelo. 
12. (FCC/DPE-RS/2017) TEXTO P/QUESTÕES 12 ATÉ 15: 
[O invejável tédio europeu] 
 Os filmes dos cineastas europeus Michelangelo Antonioni e Ingmar 
Bergman, que a gente via e discutia com tanta seriedade tantos anos atrás, 
também eram uma forma de escapismo. Tanto quanto o musical e a 
comédia, aquelas histórias de tédio e indagações existenciais nos distraíam 
das exigências menores do cotidiano. Fugíamos não para um mundo cor-de-
rosa, mas para outro matiz de preto, bem mais fascinante do que o das 
nossas pequenas aflições. Nenhum dos personagens do italiano Antonioni ou 
do sueco Bergman, embora enfrentassem seu vazio interior e a frieza de um 
universo indiferente, parecia ter qualquer problema com o aluguel. 
 Claro, o deserto emocional em que viviam os personagens do Antonioni, 
por exemplo, era o deserto metafórico do capitalismo, uma civilização 
arrasada por si mesma. Mas estavam todos empregados e ganhavam bem. 
E como era fotogênico o seu suplício. Com Bergman experimentamos o 
horror de existir, a terrível verdade de que somos uma espécie corrupta 
sem redenção possível e que a morte torna tudo sem sentido. Hoje 
suspeitamos de que se Bergman não vivesse na Suécia, com educação, 
saúde e bem-estar garantidos do ventre até o túmulo, ele não diria isso. É 
 
 
 
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preciso estar livre das dificuldades da vida para poder concluir, com um 
mínimo de estilo, que a vida é impossível. Tínhamos uma secreta inveja 
desses europeus tão bem-sucedidos no seu desespero. Não tínhamos a 
mesma admiração por filmes em que as pessoas se preocupavam não com a 
ausência de Deus, mas com o pagamento no fim do mês. 
 Não há equivalência possível entre morrer de tédio e morrer de fome. 
Mas às vezes eu ainda me pego sonhando em sueco com uma sociedade 
pronta, sem qualquer destes desafios tropicais, em que a gente pudesse 
finalmente ser um personagem de Bergman, enojado apenas com tudo e 
nada mais. 
(VERISSIMO, Luis Fernando. Banquete com os deuses. Rio de Janeiro: 
Objetiva, 2003, p. 85-86) 
Em síntese, o autor do texto, ao se lembrar dos filmes de clássicos cineastas 
europeus, 
 a) lamenta, sem esquecer o humor, que o cinema nacional não tenha 
alcançado o alto nível técnico das produções estrangeiras voltadas para os 
tormentos psicológicos. 
 b) reconhece nas obras de Antonioni e Bergman as qualidades de uma arte 
realista e culta, que aprofunda e analisa os detalhes da vida prática. 
 c) expõe ironicamente o abismo que existe entre as questões tratadas nos 
filmes de Bergman e Antonioni e as preocupações mais prosaicas da vida 
comum. 
 d) demonstra, com muita lucidez, que a arte europeia, ao contrário da 
nossa, preocupa-se essencialmente comos problemas socioeconômicos que 
afligem o nosso tempo. 
 e) conclui, com algum sarcasmo, que o cinema europeu é pouco relevante 
para quem queira tirar os olhos do cotidiano e explorar em abstrato as 
aflições existenciais. 
 
 
 
 
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13. (FCC/DPE-RS/2017) Estas duas expressões intensificam um mesmo fato 
ou problema referido no texto: 
 a) discutia com tanta seriedade // o musical e a comédia (1° parágrafo) 
 b) um mundo cor-de-rosa // bem mais fascinante do que o das nossas 
pequenas aflições (1° parágrafo) 
 c) vazio interior // problema com o aluguel (1° parágrafo) 
 d) deserto emocional // horror de existir (2° parágrafo) 
 e) tão bem-sucedidos no seu desespero // pagamento no fim do mês (2° 
parágrafo) 
14. (FCC/DPE-RS/2017) No segundo parágrafo do texto, o segmento 
 a) deserto emocional opõe-se ao que está figurado em deserto metafórico 
do capitalismo. 
 b) como era fotogênico o seu suplício ironiza o fato de que um martírio se 
expunha com preocupação estética. 
 c) estavam todos empregados e ganhavam bem alude, de fato, à crise 
econômica do capitalismo. 
 d) tão bem-sucedidos no seu desespero é paradoxal quando relacionado a 
ausência de Deus. 
 e) livre das dificuldades da vida expressa a superação europeia dos 
problemas filosóficos. 
15. (FCC/DPE-RS/2017) Está plenamente adequada a pontuação do 
seguinte período: 
 a) O autor do texto considera, em certo momento, que a beleza de certas 
cenas, naqueles velhos filmes clássicos, tornava fotogênica a miséria moral 
dos protagonistas. 
 b) Não é fácil, para os moradores do terceiro mundo admitir que, na velha 
Europa, com aquele alto padrão de vida, existam os que sofrem tanto, de 
vazio interior. 
 
 
 
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 c) Mais houvéssemos assistido mais teríamos gostado, daqueles velhos 
clássicos do cinema europeu, sobretudo os de Bergman e Antonioni; nossos 
prediletos. 
 d) Chega a ser provocadora, a associação que o autor estabelece, entre 
morrer de fome ou morrer de tédio, ao comparar, as razões de sofrimento 
dos europeus, às dos povos mais pobres. 
 e) A vida na Suécia, à qual não faltam bons serviços sociais, e aceitável 
distribuição de renda, teria inspirado, a cineastas como Bergman, cenas de 
quase inexplicável sofrimento. 
16. (FCC/POLITEC-AP/2017) TEXTO P/QUESTÕES 16 ATÉ 18: 
Da morte para a vida 
 Um velho professor e médico cardiologista foi abordado pelo jovem 
aluno: − Mestre, dizem as estatísticas que é altíssima a incidência de 
mortes por causas cardíacas. O professor respondeu prontamente: − E do 
que você preferiria que as pessoas morressem? Lembrava ao discípulo, com 
isso, os limites do homem e da ciência, que fazem frente às aspirações 
ideais das criaturas, ao seu anseio de imortalidade. 
 Sendo inevitável, nem por isso deixa a morte de prestar algum serviço 
aos vivos. Não, não me refiro à morte dos monstros antropomórficos que 
volta e meia põem em risco nossa humanidade; falo dos corpos que 
continuam de alguma forma vivos nos órgãos transplantados, nas aulas de 
anatomia, corpos que, investigados, ajudam a esclarecer os caminhos da 
moléstia que os vitimou. Falo dos préstimos que os homens sabem tomar 
da morte. 
 Também no plano filosófico a morte pode surgir como estímulo para 
viver melhor. É o que afirmavam os velhos pensadores estoicos, quando 
lembravam que o bem viver é também a melhor preparação possível para a 
morte. Lembrarmo-nos sempre de nossa finitude é mais do que uma lição 
de humildade: é um convite para intensificar o sentido do tempo de que 
dispomos para seguir na vida. É de Sêneca esta lição: “Vivo de modo que 
 
 
 
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cada dia seja para mim a vida toda; e não me apego a ele como se fosse o 
último, mas o contemplo como se pudesse também ser o último”. 
 (Anastácio Fontes Ribeiro, inédito) 
Entende-se que no contexto do segundo e do terceiro parágrafos devem ser 
considerados préstimos que os homens sabem tomar da morte 
 a) os justos serviços que nos presta a morte quando decide afastar do 
nosso convívio o que se figura como monstros antropomórficos. 
 b) as reais possibilidades que temos de encontrar algum alento religioso 
depois que experimentamos as perdas dos nossos entes queridos. 
 c) as oportunidades que passamos a ter de exercitar nossa humildade 
assim como as de alimentar os mais altos ideais filantrópicos. 
 d) os benefícios que podem advir de uma observação científica dos corpos 
e de uma intensificação do sentido mesmo do que seja viver. 
 e) os estímulos que nos levam à leitura dos autores clássicos, em cujos 
textos encontramos o menosprezo pela nossa condição de mortais. 
17. (FCC/POLITEC-AP/2017) De acordo com os estoicos, cuja posição diante 
da morte está resumida na citação de Sêneca, deve-se viver 
 a) de modo a desgarrar-se da ideia de morrer, para que cada dia seja 
aproveitado como se propiciasse uma abertura para a eternidade. 
 b) como se cada dia fosse uma preparação para o que haverá de melhor 
nos dias seguintes, em vez de se afligir com a possibilidade de morrer. 
 c) evitando alimentar toda e qualquer aspiração a um futuro melhor, 
assumindo-se com coragem e resignação as provações do cotidiano. 
 d) desapegando-se do sentido mesmo da vida, o que significa prepararmo-
nos para morrer com a dignidade de quem sabe ser humilde. 
 e) intensificando-se o sentido de cada dia, de modo que cada experiência 
cotidiana seja ao mesmo tempo uma totalidade e uma ultimação. 
 
 
 
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18. (FCC/POLITEC-AP/2017) Está clara e correta a redação deste livre 
comentário sobre o texto: 
 a) Tal como se propagava Sêneca em seus escritos, à humildade de viver 
devemos com que cada dia seja aproveitado como se ali sentíssemos 
ultimar a nossa vida. 
 b) Há médicos que, por deliberação ou não, acreditam que possam salvar 
a vida eternamente, esquecendo-se assim da condição de mortalidade que a 
todos nos assolam. 
 c) É próprio do homem saber retirar proveito de seus infortúnios, 
porquanto mesmo dos mortos mostra-se capaz de colher benefícios para os 
vivos. 
 d) O velho professor deu uma aula de humanidade ao jovem aluno, 
lembrando-lhe de que a morte não vê causas próprias de acordo com nosso 
ideal de longevidade. 
 e) Há pessoas que à partir da própria experiência, julgam que a morte 
possa ser sanada tal e qual a induziu o jovem aluno de medicina diante do 
velho professor. 
19. (FCC/POLITEC-AP/2017)Atenção: A questão refere-se a este fragmento 
de uma obra célebre, escrita na segunda década do século XVI. 
De um poder concedido 
 Aqueles que somente por sorte se tornam príncipes pouco trabalho têm 
para isso, é claro, mas se mantêm assim muito penosamente. Não têm 
dificuldade nenhuma em alcançar o posto, porque para aí voaram; surge, 
porém, toda sorte de dificuldades depois da chegada. (...) É o que acontece 
quando o Estado foi concedido ao príncipe ou por dinheiro ou por graça de 
quem o concede. Tais príncipes estão na dependência exclusiva da vontade 
e da boa situação de quem lhes propiciou o poder, isto é, de duas coisas 
extremamente volúveis e instáveis. 
(MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. de Lívio Xavier. São Paulo: Abril 
Editora, Os Pensadores, 1973, p. 33) 
 
 
 
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O pensador Maquiavel trata, neste fragmento, do específico poder de um 
príncipe que, 
 a) tendo chegado a esse posto por méritos pessoais, encontra sérias 
dificuldades para manter seu poder valendo-se exclusivamente desses 
méritos. 
 b) ao assumir pela graça de alguém sua posição de poder, imagina que 
deverá livrar-se com facilidade da influência de seu benfeitor. 
 c) tendo devido a um terceiro a graça que o levou a esse alto posto, passa 
a depender de quem o agraciou com o poder para de fato conseguir exercê-
lo. 
 d) sentindo-se obrigado a retribuir o favor dos poderosos, acaba por se 
esquecer dos direitos daqueles que deveria governar com lealdade. 
 e) ao pretender que seus reais méritos de governante sejam reconhecidos, 
verá que todos o acusarão de ter sido bafejado pela sorte ou pelo dinheiro. 
20. (FCC/PC-AP/2017) 
Crônicas contemporâneas 
 O gênero da crônica, entendida como um texto curto de periódico, que 
se aplica sobre um acontecimento pessoal, um fato do dia, uma lembrança, 
um lance narrativo, uma reflexão, tem movido escritores e leitores desde os 
primeiros periódicos. No pequeno espaço de uma crônica pode caber muito, 
a depender do cronista. Se ele se chamar Rubem Braga, pode caber tudo: 
esse mestre maior dotou a crônica de uma altura tal que pôde dedicar-se 
exclusivamente a ele ocupando um lugar entre os nossos maiores 
escritores, de qualquer gênero. 
 Jovens cronistas de hoje, com colunas nos grandes jornais, vêm 
demonstrando muita garra, equilibrando-se entre as miudezas quase 
inconfessáveis do cotidiano pessoal, às quais se apegam sem pudor, e a 
uma espécie de investigação crítica que pretende ver nelas algo de 
grandioso. É como se na padaria da esquina pudesse de repente 
representar-se uma cena de Hamlet ou de alguma tragédia grega; é como 
 
 
 
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se, no banheiro do apartamento, o espelhinho do armário pudesse revelar a 
imagem-síntese dos brasileiros. Talvez esteja nesse difícil equilíbrio um sinal 
dos tempos modernos, quando, como numa crônica, impõe-se combinar a 
condição mais pessoal de cada um com a responsabilidade de uma 
consciência coletivista, que a todos nos convoca. 
 (Diógenes da Cruz, inédito) 
Os jovens cronistas de hoje, referidos no segundo parágrafo. 
 a) distinguem-se dos cronistas antigos pelo fato de não considerarem os 
incidentes domésticos como assunto digno de uma crônica. 
 b) devem a Rubem Braga a orientação para se dedicarem exclusivamente 
ao gênero da crônica, uma vez que querem tratar de grandes temas 
universais. 
 c) preferem confinar na estreiteza do cotidiano seu espaço de inspiração, 
em crônicas em que exercitam uma linguagem de alto teor político. 
 d) buscam combinar seu interesse pela realidade pessoal e imediata com o 
voo mais alto de uma crônica de maior alcance crítico. 
 e) exploram a possibilidade de reduzir os temas mais grandiosos à 
dimensão risível de um cotidiano onde eles não possam ter lugar. 
21. (FCC/PC-AP/2017) 
Máquinas monstruosas 
 À medida que foram surgindo, muitas máquinas despertaram terror nos 
homens. Multiplicando a força dos órgãos humanos, elas acentuavam-lhes a 
potência, de modo que a engrenagem oculta que as fazia funcionar 
resultava lesiva para o corpo: feria-se quem descuidasse das próprias mãos. 
Mas aterrorizavam sobretudo porque atuavam como se fossem coisas vivas: 
era impossível não ver como viventes os grandes braços dos moinhos de 
vento, os dentes das rodas dos relógios, os dois olhos ardentes da 
locomotiva à noite. As máquinas pareciam, portanto, quase humanas, e é 
nesse “quase” que residia a sua monstruosidade. 
 
 
 
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(Adaptado de: ECO, Umberto (org.) História da beleza. Trad. Eliane Aguiar. 
Rio de Janeiro: Record, 2014, p. 382) 
Ao surgirem na História humana, as máquinas já chegaram a despertar 
terror nas pessoas pelo fato de 
 a) substituírem os membros humanos, demonstrando que fôramos 
despojados de partes dos nossos corpos. 
 b) funcionarem como simulacros dos órgãos humanos, aparentando ter 
vida própria e assemelhada à do nossos corpos. 
 c) ostentarem grande hostilidade ao desempenhar funções que eram 
quase incompreensíveis para a maioria das pessoas. 
 d) se tornarem monstruosas graças à eficácia e à velocidade com que 
desempenhavam as funções para as quais foram planejadas. 
 e) imprimirem aos nossos sentidos e sensações um tipo de bloqueio que 
lhes era inteiramente desconhecido até então. 
22. (FCC/PC-AP/2017) 
O lugar-comum 
 O lugar-comum, ou chavão, nos faculta falar e pensar sem esforço. 
Ninguém é levado a sério com ideias originais, que desafiam nossa 
preguiça. Ouvem-se aqui e ali frases como esta, dita ainda ontem por um 
político: 
 − Este país não fugirá de seu destino histórico! 
 O sucesso de tais tiradas é sempre infalível, embora os mais espertos 
possam desconfiar que elas não querem dizer coisa alguma. Pois nada foge 
mesmo ao seu destino histórico, seja um império que desaba ou uma barata 
esmagada. 
(Adaptado de: QUINTANA, Mário. Caderno H. Porto Alegre: Globo, 1973, p. 
52) 
No segmento 
 
 
 
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 a) Ninguém é levado a sério com ideias originais, que desafiam nossa 
preguiça, a exclusão da vírgula altera o sentido da frase. 
 b) O lugar-comum, ou chavão, nos faculta falar e pensar sem esforço, o 
elemento sublinhado tem o mesmo sentido de involuntariamente. 
 c) Ouvem-se aqui e ali frases como esta, a forma verbal é exemplo de voz 
ativa. 
 d) embora os mais espertos possam desconfiar, o elemento sublinhado 
tem o mesmo valor semântico de uma vez que. 
 e) nada fogemesmo ao seu destino histórico, a substituição de foge por se 
exclui permite manter o restante da frase tal e qual se apresenta. 
23. (FCC/TRE-PR/2017) TEXTO P/QUESTÕES 23 ATÉ 27: 
 
 
 
 
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Considerado o parágrafo 1, é correto afirmar: 
 a) nele estão delineadas as formas de governo “república” e “monarquia” 
como definidas em dicionário especializado, o que implica precisão 
terminológica e conceitual de valor generalizante e atemporal. 
 b) no período inicial é apresentada uma hipótese e, em seguida, a razão 
que a legitima − Tal distinção deve-se ao fato... −, ambas tomadas como 
fundamento da equivalência contemporânea entre república e democracia. 
 c) no período inicial, compreende-se não só que a mencionada concepção 
de “república” está condicionada a um certo contexto, mas também que o 
autor evita apresentar de modo categórico esse conceito. 
 d) a oração introduzida pela locução posto que (linha 5) exprime uma 
circunstância que existe, mas que não é suficiente para realizar a 
aproximação citada no segmento imediatamente anterior. 
 e) nele explicita-se que a separação entre teologia e política constitui a 
caução de um sistema social em que a soberania popular seja exercida, em 
eleições regulares e livres, no mínimo para postos politicamente relevantes. 
24. (FCC/TRE-PR/2017) É correto afirmar que, no parágrafo 2, 
 a) se sustenta que o caráter singular que cada uma das revoluções, a 
Americana e a Francesa, adquiriu não constituiu impedimento para que 
ambas viessem a se tornar referência de uma forma de governo distinta da 
que caracteriza a monarquia europeia. 
 b) na formulação vários movimentos democratizantes ou de libertação 
nacional, a substituição da conjunção por “como o” preserva o sentido 
original. 
 c) se desenvolve a ideia de que o emprego da palavra “república” para 
designar repulsa ao governo unipessoal e à sucessão dinástica, exclusivos 
das monarquias, teve origem nas revoluções de 1776 e 1789. 
 d) considerado o segmento a partir da emergência das duas revoluções 
republicanas modernas, em seu contexto, a substituição da palavra grifada 
por “contemporâneas” não prejudicaria o sentido original. 
 
 
 
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 e) considerado o segmento cujo núcleo invariavelmente gravitava em 
torno da necessidade de afirmar o princípio da soberania popular, em seu 
contexto, a substituição do que está em destaque por “do qual o núcleo” 
preservaria a correção original. 
25. (FCC/TRE-PR/2017) É comentário adequado sobre o que se tem no 
parágrafo 3: 
 a) O citado aspecto importante da experiência brasileira remete ao fato de 
que, já herdeiro das conquistas dos demais países da América do Sul, no 
campo político e social, o Brasil pôde restringir-se a entender a república 
como deposição do governo monárquico. 
 b) Ao citar a ação de Campos Salles, o autor reforça o entendimento de 
que o Brasil, devido a seu sabido atraso estrutural, desperdiça 
oportunidades de atingir a estabilidade e o amadurecimento políticos. 
 c) Em A própria experiência brasileira, tardia com relação à da América do 
Sul, teve nesse traço um aspecto importante, a palavra destacada constitui 
reforço da construção possessiva. 
 d) Em com relação à da América do Sul, o sinal indicativo da crase está 
empregado em conformidade com a norma-padrão da língua, mas não 
deveria ser empregado se a formulação fosse “com relação aquela da 
América do Sul”. 
 e) A transposição para a voz ativa da oração em que ocorre a voz passiva, 
em A primeira década republicana no Brasil foi marcada por forte 
instabilidade e por intensa disputa a respeito do que deveria significar um 
regime republicano, geraria a forma verbal “marcavam”. 
26. (FCC/TRE-PR/2017) Considere as afirmações abaixo. 
I. A chave conceitual que opõe “república” e “monarquia” como formas de 
governo não contempla todos os significados possíveis da ideia de república. 
II. Regimes políticos autoritários, ao autodenominarem-se “república”, 
buscam mascarar sua natureza autocrática. 
 
 
 
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III. A expressão “Periferias coloniais” designa estritamente os territórios 
americanos subordinados à hegemonia europeia − entre eles, os da América 
do Sul. 
É correto considerar como inferência permitida pelo texto o que se lê em 
 a) I, II e III. 
 b) I, apenas. 
 c) II, apenas. 
 d) I e II, apenas. 
 e) III, apenas. 
27. (FCC/TRE-PR/2017) Ainda que, ao longo do século 20 − e mesmo no 
início do 21 − , o termo “república” tenha sido utilizado na 
autodenominação de regimes políticos autoritários, de modo geral a ideia 
contemporânea de república aproxima-se da de democracia, posto que está 
associada à soberania popular, exercida por meio da participação em 
eleições regulares, livres, competitivas e extensivas a todos os postos 
politicamente relevantes. 
Afirma-se com correção sobre o que se tem acima (parágrafo 1): 
 a) Os travessões, por isolarem uma correção do que se afirmou 
anteriormente, não poderiam ser substituídos por parênteses. 
 b) O uso das aspas em “república” indica que a palavra deve ser 
considerada um neologismo, pois, a partir do século 20, passou a ser 
empregada com um específico sentido. 
 c) A circunstância manifestada por de modo geral incide diretamente sobre 
a expressão a ideia contemporânea de república. 
 d) Em a ideia contemporânea de república aproxima-se da de democracia, 
ocorre uma elipse obrigatória, pois a redundância, ao prejudicar a clareza, 
seria inaceitável. 
 
 
 
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 e) O emprego da palavra politicamente exemplifica a ocorrência de 
advérbio com valor restritivo. 
28. (FCC/TRE-PR/2017) A frase que está adequadamente redigida, 
considerada a norma-padrão da língua, é: 
 a) Ao já informado acrescento apenas, que os documentos necessários ao 
processo em andamento deve constar da relação encaminhada 
anteriormente a seu assessor. 
 b) As observações feitas pelo assistente a disposição neste setor terão de 
ser consideradas, pois devem haver disposições legais que determinaram os 
comentários. 
 c) Consta do último boletim as alterações sugeridas pelo chefe da 
expedição, determinado pela necessidade urgente de que os prazos sejam 
efetivamente cumpridos. 
 d) As fichas dos revisores foram inadvertidamente misturadas, o que 
obrigou o consultor, que só trabalha às terças-feiras, a avisá-los de que 
teriam de reorganizá-las o mais breve possível. 
 e) Ninguém sabe exatamenteporque, mas, depois de tensa discussão, 
cinco dos dez deputados reunidos não foram mesmo favorável à renovação 
dos contratos examinados, o que causou pesar aos interessados. 
29. (FCC/TRE-PR/2017) Brasileiros e latino-americanos fazemos 
constantemente a experiência do caráter postiço da vida cultural que 
levamos. Essa experiência tem sido um dado formador de nossa reflexão 
crítica desde os tempos da Independência. Ela pode ser e foi interpretada de 
muitas maneiras, o que faz supor que corresponda a um problema durável e 
de fundo. 
 O Papai Noel enfrentando a canícula em roupa de esquimó é um 
exemplo de inadequação. Da ótica de um tradicionalista, a guitarra elétrica 
no país do samba é outro. São exemplos muito diferentes, mas que 
comportam o sentimento da contradição entre a realidade nacional e o 
prestígio ideológico dos países que nos servem de modelo. 
 
 
 
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 Tem sido observado que, a cada geração, a vida intelectual no Brasil 
parece recomeçar do zero. O apetite pela produção recente dos países 
avançados muitas vezes tem como avesso o desinteresse pelo trabalho da 
geração anterior e, por conseguinte, a descontinuidade da reflexão. Nos 
vinte anos em que tenho dado aula de literatura, por exemplo, assisti ao 
trânsito da crítica por uma lista impressionante de correntes. Mas é fácil 
observar que só raramente a passagem de uma escola a outra corresponde 
ao esgotamento de um projeto; no geral, ela se deve ao prestígio americano 
ou europeu da doutrina seguinte. Conforme notava Machado de Assis em 
1879, “o influxo externo é que determina a direção do movimento”. 
 Não é preciso ser adepto da tradição para reconhecer os inconvenientes 
desta praxe, a que falta a convicção das teorias, logo trocadas. Percepções 
e teses notáveis a respeito da cultura do país são decapitadas 
periodicamente, e problemas a muito custo identificados ficam sem o 
desdobramento que lhes poderia corresponder. O que fica de nosso desfile 
de concepções e métodos é pouco, já que o ritmo da mudança não dá 
tempo à produção amadurecida. 
 O inconveniente faz parte do sentimento de inadequação que foi nosso 
ponto de partida. Nada mais razoável, portanto, para alguém consciente do 
prejuízo, que passar ao polo oposto e imaginar que baste não reproduzir a 
tendência metropolitana para alcançar uma vida intelectual mais 
substantiva. A conclusão tem apoio intuitivo forte, mas é ilusória. Não basta 
renunciar ao empréstimo para pensar e viver de modo mais autêntico. A 
ideia de cópia discutida aqui opõe o nacional ao estrangeiro e o original ao 
imitado, oposições que são irreais e não permitem ver a parte do 
estrangeiro no próprio, a parte do imitado no original e também a parte 
original no imitado. 
(Adaptado de: SCHWARZ, Roberto. Que horas são? São Paulo, Cia. Das 
Letras, 1987, p. 29-48) 
Considere: 
I. Depreende-se do texto que o pensamento crítico brasileiro é permeado 
por um sentimento de inadequação, relacionado ao cultivo, no país, de 
 
 
 
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práticas culturais consideradas inautênticas, que não refletiriam a realidade 
nacional, advindas de países estrangeiros de prestígio. 
II. A colocação irônica de Machado de Assis de que “o influxo externo é que 
determina a direção do movimento” corrobora a tese proposta pelo autor do 
texto de que uma vida intelectual brasileira mais expressiva será alcançada 
quando o país valorizar suas raízes, no plano da cultura, e deixar de imitar 
práticas culturais vindas de fora. 
III. A praxe criticada no 4° parágrafo refere-se à tendência de conciliar 
tradições culturais essencialmente brasileiras, como o samba, com 
elementos emprestados de culturas estrangeiras, como a guitarra elétrica. 
IV. Para o autor, não é pertinente opor o nacional ao estrangeiro e o original 
ao imitado, pois tais oposições impedem que se perceba, por exemplo, o 
que há de original na cópia. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 a) I e IV. 
 b) I e III. 
 c) II e IV. 
 d) I, II e IV. 
 e) II e III. 
30. (FCC/TRE-PR/2017) TEXTO P/QUESTÕES 31 E 31: 
 Muitos duvidam da existência do amor. Muitos afirmam ser ele uma 
invenção da literatura. Outros, que se trata de uma projeção neurótica 
imaginária. Uma patologia da família das manias. Há quem suspeite de que 
seja uma doença da alma. Estão errados. 
 Quem conhece o amor sabe que ele habita entre nós. E sua presença 
nos faz sentir vivos. Por isso, o ressentimento é cego ao amor. 
 A falta de amor na vida produz um certo ceticismo em relação ao 
mundo. Ou pior: o sentimento de inexistência. 
 
 
 
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 Um dos pecados maiores da inteligência é chegar à conclusão de que o 
amor é uma ficção. Muitas vezes, pessoas supostamente inteligentes 
consideram o amor algo ingênuo e pueril. 
 A desconfiança se acha a mais completa das virtudes morais ou 
cognitivas. A armadilha de quem desconfia sempre é que ele mesmo se 
sente inexistente para o mundo porque este é sempre visto com desprezo. 
 Outra suposta arma contra o amor é a hipocrisia. A hipótese de a 
hipocrisia ser a substância da moral pública parece que inviabiliza o amor 
por conta de sua cegueira para com esta hipocrisia mesma. É verdade: o 
amor não vê a hipocrisia. Søren Kierkegaard (1813-1855) diz que há um 
"abismo escancarado" entre eles. 
 O amor é concreto como o dia a dia. Engana-se quem considera o amor 
abstrato e fantasioso. Kierkegaard nos lembra que o amor só se conhece 
pelos frutos. Isso implica que não há propriamente uma percepção do amor 
que não seja prática. O gosto do amor é a confiança nas coisas que ele dá a 
quem o experimenta. 
 (Adaptado de: PONDÉ, Luiz Felipe Disponível em: www.folha.uol.com.br) 
Na opinião do autor do texto, o amor deve ser considerado como 
 a) um sentimento que, ainda que ilusório, desafia a falsidade social. 
 b) um artifício aprazível criado pela imaginação do amante. 
 c) algo comparável a um desvio doentio àquilo que é considerado normal. 
 d) algo concreto, cujos desdobramentos podem ser percebidos na 
realidade. 
 e) um estado de alheamento, relacionado à imaturidade de quem ama. 
 
 
 
 
 
 
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31. (FCC/TRE-PR/2017) A respeito da pontuação do texto, afirma-se 
corretamente: 
 a) A vírgula assinala a elipse do verbo em Outros, que se trata de uma 
projeção neurótica imaginária. (1° parágrafo) 
 b) Uma vírgula pode ser acrescentada imediatamente após “que”, semprejuízo da correção e da clareza, em Kierkegaard nos lembra que o amor 
só se conhece pelos frutos. (último parágrafo) 
 c) Em A falta de amor na vida produz um certo ceticismo em relação ao 
mundo, uma vírgula pode ser inserida imediatamente após “vida”. (3° 
parágrafo) 
 d) O sinal de dois-pontos pode ser acrescentado imediatamente após 
“porque” no segmento porque este é sempre visto com desprezo. (5° 
parágrafo) 
 e) Em Isso implica que não há propriamente uma percepção do amor que 
não seja prática, uma vírgula pode ser acrescentada imediatamente após 
“há”, sem que se faça nenhuma outra modificação na frase. (último 
parágrafo) 
32. (FCC/TRE-PR/2017) A frase escrita com correção e clareza está em: 
 a) Grande parte dos existencialistas rejeitam a ideia na qual há no ser 
humano uma alma imutável; sua essência seria forjada por meio da 
existência, sendo que, o indivíduo é que arquiteta sua própria realidade. 
 b) Conhecido por levar uma vida solitária e isolada, algumas obras do 
filósofo Kierkegaard, visto como um dos fundadores da filosofia 
existencialista, também representada por Sartre, fora escrita sob 
pseudônimos. 
 c) O filósofo Kierkegaard, geralmente visto como o precursor do 
existencialismo sustentava a ideia na qual o indivíduo é responsável por dar 
significado a vida, ainda que enfrente obstáculos como a ansiedade e o 
tédio. 
 
 
 
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 d) Alguns assinalam que a carreira filosófica de Theodor Adorno, 
considerado por muitos um dos pensadores mais complexos do século XX, 
começa com a publicação de sua tese sobre Kierkegaard. 
 e) Embora Kierkegaard, na juventude já tivesse escrito diversos artigos, 
muitos consideram sua tese universitária, em que refere-se continuamente 
à Sócrates como sua primeira obra de destaque. 
33. (FCC/FUNAPE/2017) TEXTO P/QUESTÕES 33 ATÉ 35: 
Trabalho como realização 
 Quando me perguntam por que ainda não me aposentei e eu respondo 
que é porque gosto do meu trabalho, me olham com um misto de 
incredulidade e indignação. Eu quase tenho que me desculpar pela desfeita: 
a maioria das pessoas acha que trabalho é castigo e que falar bem dele é 
pura ostentação, se não for hipocrisia. 
 Pois bem: entendo perfeitamente que muitos trabalhos possam ser 
vistos como castigo. Há incontáveis tarefas que podem ser 
desinteressantes, tediosas, cansativas, que não trazem prazer nenhum para 
a maioria das pessoas. Mas há outras nas quais nossa personalidade se 
realiza, que podem perfeitamente constituir-se como nosso meio de 
expressão, nossa identidade assumida e resolvida como vocação. Exemplo 
clássico é o de um professor que tenha grande prazer em dar aula: ele verá 
a aposentadoria não como uma bênção, mas como brusca interrupção de 
uma atividade vital. Ele vai adiar o quanto puder o “gozo”, o “desfrute” 
(enganosas palavras) de uma aposentadoria que mais lhe parece um 
castigo. 
 Fico imaginando, entre outras utopias, a de um mundo em que 
houvesse para cada um aquele trabalho que representasse também sua 
realização pessoal. Acredito mesmo que um dos índices mais seguros para 
se reconhecer a felicidade de alguém seja o prazer que a pessoa encontre 
em trabalhar. Quando o trabalho vira sinônimo de criação, e quem o faz se 
sente como um genuíno criador, temos, é forçoso admitir, uma situação de 
privilégio, em vez de se constituir uma possibilidade de realização ao 
 
 
 
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alcance de todos. 
(Felício Godói, inédito) 
A “ostentação” e a “hipocrisia” referidas no primeiro parágrafo do texto são 
atributos acusatórios que partem das pessoas que 
 a) imaginam encontrar em qualquer atividade profissional uma forma 
plena de realização da personalidade. 
 b)avaliam a felicidade alheia a partir da satisfação que o outro encontre 
em se dedicar ao seu trabalho. 
 c) desconsideram a efetiva possibilidade de que o trabalho enseje a 
alguém o prazer de uma realização vital. 
 d) preferem encobrir a insatisfação que sentem no trabalho com a máscara 
de uma falsa realização pessoal. 
 e) desprezam aquele em quem reconhecem o sacrifício assumido para que 
se possa realizar um bom trabalho. 
34. (FCC/FUNAPE/2017) Deve-se depreender da leitura do parágrafo final 
do texto que, para seu autor, 
 a) a oportunidade de exercer um trabalho criativo é desprezada por quem 
o considera um privilégio injustificável. 
 b) todo trabalho que exija um alto grau de criatividade só pode ser 
exercido por pessoas naturalmente privilegiadas. 
 c) é uma utopia imaginar que mesmo as pessoas mais vocacionadas para 
exercer um trabalho encontrem pleno prazer nele. 
 d) as pessoas deveriam acreditar que o esforço que despenderem em seu 
trabalho é a garantia de seu sucesso profissional. 
 e) deveria ser mais do que uma simples utopia um mundo onde a 
realização pelo trabalho deixasse de ser um privilégio. 
 
 
 
 
 
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35. (FCC/FUNAPE/2017) Considere as seguinte afirmações: 
I. A utilização de aspas em “gozo” e “desfrute” indica o sentido deslocado 
que as palavras podem ganhar em determinadas situações. 
II. A expressão misto de incredulidade e indignação destaca a alternativa 
entre duas possíveis reações desfavoráveis. 
III. A expressão possibilidade de realização ao alcance de todos é uma 
definição adequada do que seja um privilégio. 
Em relação ao texto, está correto o que se afirma APENAS em 
 a) I. 
 b) II. 
 c) III. 
 d) I e II. 
 e) II e III. 
36. (FCC/FUNAPE/2017) TEXTO P/QUESTÕES 36 ATÉ 37: 
Civilização e infelicidade 
 Uma fonte da infelicidade humana estaria na insuficiência das normas 
que regulam os vínculos pessoais na família, no Estado e na sociedade. Não 
queremos admitir que as instituições por nós mesmos criadas não trariam 
bem-estar e proteção para todos nós. Deparamo-nos com a afirmação 
espantosa que boa parte da nossa miséria vem do que é chamado de nossa 
civilização; seríamos bem mais felizes se a abandonássemos e 
retrocedêssemos a condições primitivas. 
 A asserção me parece espantosa porque é fato estabelecido – como 
quer que se defina o conceito de civilização – que tudo aquilo com que nos 
protegemos da ameaça das fontes do sofrer é parte da civilização. 
Descobriu-se que o homem se torna neurótico porque não pode suportar a 
medida de privação que a sociedade lhe impõe, em prol de seus ideais 
 
 
 
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culturais, e concluiu-se então que, se estas exigências fossem abolidas ou 
bem atenuadas, isto significaria um retorno a possibilidades de felicidade. 
(Adaptado de: FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. Trad. Paulo 
César de Souza. São Paulo: Penguin & Companhia das Letras, 2011, p. 30-
32) 
Nesta passagem de um de seus textos mais marcantes, Sigmund Freud 
 a) defende, com convicção, a tese de que somos infelizes por nos 
desviarmos das instituições criadas pela civilização para nos proteger. 
 b) considera a possibilidade de que, por paradoxal que seja, as instituições 
criadas no processo da civilização concorram para o sofrimento humano. 
 c) julga espantoso o fato de que muitos atribuam à força do nosso passado 
de primitivos a razão pela qual nossas instituições funcionam a contento. 
 d) admite que a razão principal das nossas neuroses está nas privações 
que persistem dos tempos primitivos, anteriores à criação das instituições. 
 e) recusa-se a aceitar a possibilidade de que os nossos ideais culturais 
possam ser atingidos enquanto dependermos das nossas instituições. 
37. (FCC/FUNAPE/2017) Deve-se depreender da leitura desse texto que, no 
contexto de sua redação, 
 a) os elementos estaria, afirmação espantosa (1° parágrafo), significaria 
(2° parágrafo) são índices da validade que Freud reconhece em teses 
alheias. 
 b) a expressão fonte da infelicidade humana (1° parágrafo) refere-se à 
expressão condições primitivas (1° parágrafo). 
 c) o mesmo tempo verbal de abandonássemos e retrocedêssemos (1° 
parágrafo) situa duas ações consecutivas efetivamente decorridas no 
passado. 
 d) a expressão A asserção me parece espantosa (2° parágrafo) refere-se 
ao fato estabelecido (2° parágrafo). 
 
 
 
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 e) o segmento como quer que se defina (2° parágrafo) está empregado 
com o sentido de não importa como se estabeleça. 
38. (FCC/FUNAPE/2017) 
Entre o público e o privado 
 “Pichou o nome da gangue em parede de igreja.” Essa frase está no 
dicionário Houaiss para exemplificar o sentido do verbo pichar: “escrever, 
rabiscar (dizeres de qualquer espécie) em muros, paredes, fachadas de 
edifícios etc.”. Mas o exemplo de aplicação do verbo não é neutro: a 
diferença entre “nome da gangue” e “parede de igreja” parece sugerir a 
violência de um ato condenável, herético, pecaminoso, aplicado sobre o 
espaço do sagrado. 
 Do ponto de vista dos pichadores, porém, sua ação é política, e 
corresponderia, ainda, a uma manifestação artística de caráter 
transgressivo. A pichação seria o direito de os anônimos marginalizados 
inscreverem sua marca pessoal no espaço público, para proclamarem sua 
existência como sujeitos. Já os adversários dos pichadores costumam ver 
nas pichações a obsessão pela sujeira atrevida, pelo prazer rudimentar de 
manchar o que é limpo. Os mais sofisticados chegam mesmo a reverter a 
justificativa dos pichadores: a pichação seria a manifestação de uma 
iniciativa privada dentro do espaço aberto ao público. 
 A discussão está lançada. Não parece que estejamos próximos de ver 
terminada essa batalha pela distribuição e reconhecimento de direitos 
conflitantes. O espaço da cidade continua, assim, um campo de disputa 
entre os que detêm o direito de propriedade e os que justificam a ação 
transgressiva como o direito a uma assinatura. 
(Teobaldo Tirreno, inédito) 
A controvérsia básica de que trata o texto está indicada no seguinte 
segmento: 
 a) o exemplo de aplicação do verbo [pichar] não é neutro. 
 
 
 
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 b) sua ação é política, e corresponderia, ainda, a uma manifestação 
artística. 
 c) um ato condenável, herético, pecaminoso, aplicado sobre o espaço do 
sagrado. 
 d) batalha pela distribuição e reconhecimento de direitos conflitantes. 
 e) a pichação seria a manifestação de uma iniciativa privada. 
39. (FCC/FUNAPE/2017) TEXTO P/QUESTÕES 39 E 40: 
Acaso e planejamento 
 “Deus não joga dados com o Universo”, disse o físico Albert Einstein, 
para nos assegurar que existe um plano por trás de, literalmente, tudo, e 
que o comportamento da matéria é lógico e previsível. A física quântica 
depois revelou que a matéria é mais maluca do que Einstein pensava e que 
o acaso rege o Universo mais do que gostaríamos de imaginar. Mas 
fiquemos com a palavra do velho. Deus não é um jogador, o Universo não 
está aí para ele jogar contra a sorte e contra Ele mesmo. 
 Já os semideuses que controlam o capital especulativo do planeta Terra 
jogam com economias inteiras e podem destruir países com um lance de 
dados, ou uma ordem dos seus computadores, em segundos. Às vezes eles 
têm uma cara e um temperamento, aparecem nos jornais e na TV, mas 
quase sempre são operadores anônimos, com um poder sobre nossas vidas 
que o Deus de Einstein morreria de inveja. 
(Adaptado de: VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de 
Janeiro: Objetiva, 2008, p. 139) 
Atente para as seguintes afirmações: 
I. Ao afirmar que “Deus não joga dados com o Universo”, Einstein referia-
se, segundo o autor do texto, à ação de eventos imprevisíveis que acabam 
determinando nosso futuro dentro do Universo. 
 
 
 
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II. A frase Mas fiquemos com a palavra do velho propõe que aceitemos 
como fato o eventual comportamento caprichoso da matéria, sujeita às 
intervenções do acaso. 
III. No segundo parágrafo do texto, afirma-se que o poder pragmático dos 
especuladores do mercado financeiro é de fazer inveja até mesmo ao Deus 
referido na famosa frase de Einstein. 
Em relação ao texto, está correto o que se afirma APENAS em 
 a) I. 
 b) II. 
 c) II e III. 
 d) I e II. 
 e) III. 
40. (FCC/FUNAPE/2017) A tese resumida na frase a matéria é mais maluca 
do que Einstein pensava tem sua sustentação na frase 
 a) existe um plano por trás de, literalmente, tudo. 
 b) o acaso rege o Universo mais do que gostaríamos de imaginar. 
 c) Deus não é um jogador. 
 d) o Universo não está aí para ele jogar contra a sorte. 
 e) controlam o capital especulativo do planeta Terra. 
41. (FCC/TRT – 24º REGIÃO/2017) TEXTO P/QUESTÕES 41 E 42: 
Houve um tempo em que eu comia um monte de coisas e não precisava 
contar nada para ninguém. Na civilização contemporânea, on-line, 
conectada o tempo todo, se não for registrado e postado, não aconteceu. 
Comeu, jantou, bebeu? Então, prove. Não está na rede? Então, não vale. 
 Não estou aqui desfiando lamúrias de dinossauro tecnológico. Pelo 
contrário: interajo com muita gente e publico ativamente fotos de minhas 
 
 
 
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fornadas. A vida, hoje, é digital. Contudo, presumo que algumas coisas não 
precisam deixar de pertencer à esfera privada. Sendo tudo tão novo nessa 
área, ainda engatinhamos a respeito de uma etiqueta que equilibre a 
convivência entre câmeras, pratos, extroversão, intimidade. 
 Em meados da década passada, quando a cozinha espanhola de 
vanguarda ainda povoava os debates e as fantasias de muitos gourmets, 
fotografar pratos envolvia um dilema: devorar ou clicar? A criação saía da 
cozinha, muitas vezes verticalizada, comumente finalizada com esferas 
delicadas, espumas fugazes... O que fazer, capturá-la em seu melhor 
instante cenográfico, considerando luzes e sombras, e comê-la depois, já 
desfigurada, derretida, escorrida? Ou prová-la imediatamente, abrindo mão 
da imagem? Nunca tive dúvidas desse tipo (o que talvez faça de mim um 
bom comensal, mas um mau divulgador). 
 Fotos e quitutes tornaram-se indissociáveis, e acho que já estamos nos 
acostumando. Mas será que precisa acontecer durante todo o repasto? Não 
dá para fazer só na chegada do prato e depois comer sossegado, à maneira 
analógica? Provavelmente não: há o tratamento da imagem, a publicação, 
os comentários, as discussões, a contabilidade das curtidas. Reconheço que, 
talvez antiquadamente, ainda sinto desconforto em ver casais e famílias à 
mesa, nos salões, cada qual com seu smartphone, sem diálogos presenciais 
ou interações reais. A pizza esfria e perde o viço; mas a foto chega tinindo 
aos amigos de rede. 
(Adaptado de: CAMARGO, Luiz Américo. Comeu e não postou? Então, não 
valeu. Disponível em: 
http://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/09/opinion/1483977251_216185.ht
ml) 
Percebe-se uma relação de causa e efeito, nessa ordem, entre as orações 
na seguinte passagem do texto: 
 a) Na civilização contemporânea, on-line, conectada o tempo todo, se não 
for registrado e postado, não aconteceu. (1º parágrafo) 
 
 
 
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 b) Sendo tudo tão novo nessa área, ainda engatinhamos a respeito de 
uma etiqueta que equilibre a convivência entre câmeras, pratos, 
extroversão, intimidade. (2º parágrafo) 
 c) Houve um tempo em que eu comia um monte de coisas e não precisava 
contar nada para ninguém. (1º parágrafo) 
 d) Reconheço que, talvez antiquadamente, ainda sinto desconforto em ver 
casais e famílias à mesa, nos salões, cada qual com seu smartphone, sem 
diálogos presenciais ou interações reais. (4º parágrafo) 
 e) Contudo, presumo que algumas coisas não precisam deixar de 
pertencer à esfera privada. (2º parágrafo) 
42. (FCC/TRT – 24º REGIÃO/2017) Está reescrito conforme a norma-padrão 
da língua e com o sentido preservado em linhas gerais o seguinte trecho do 
texto: 
 a) Contudo, presumo que... (2º parágrafo) / Porquanto, afirmo por 
conjectura que... 
 b) ... acho que já estamos nos acostumando. (4º parágrafo) / ... tenho a 
impressão que já tornamo-nos resignados. 
 c) ... não precisava contar nada para ninguém. (1º parágrafo) / ... não era 
impelido de me reportar à quem quer que fosse. 
 d) ... ainda sinto desconforto em ver... (4º parágrafo) / ... continuo a 
sentir-me incomodado ao testemunhar... 
 e) ... fotografar pratos envolvia um dilema... (3º parágrafo) / ... fotografar 
pratos abrangia-se de uma controvérsia... 
43. (FCC/TRT – 24º REGIÃO/2017) Muito antes de nos ensinarem e de 
aprendermos as regras de bom comportamento socialmente construídas e 
promovidas, e de sermos exortados a seguir certos padrões e nos abster de 
seguir outros, já estamos numa situação de escolha moral. Somos, por 
assim dizer, inevitavelmente − existencialmente −, seres morais: somos 
confrontados com o desafio do outro, o desafio da responsabilidade pelo 
outro, uma condição do ser-para. 
 
 
 
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 Afirmar que a condição humana é moral antes de significar ou poder 
significar qualquer outra coisa representa que, muito antes de alguma 
autoridade nos dizer o que é “bem” e “mal” (e por vezes o que não é uma 
coisa nem outra), deparamo-nos com a escolha entre “bem” e “mal”. E a 
enfrentamos desde o primeiro momento do encontro com o outro. Isso, por 
sua vez, significa que, quer escolhamos quer não, enfrentamos nossas 
situações como problemas morais, e nossas opções de vida como dilemas 
morais. 
 Esse fato primordial de nosso ser no mundo, em primeiro lugar, como 
uma condição de escolha moral não promete uma vida alegre e 
despreocupada. Pelo contrário, torna nossa condição bastante desagradável. 
Enfrentar a escolha entre bem e mal significa encontrar-se em situação de 
ambivalência. Esta poderia ser uma preocupação relativamente menor, 
estivesse a ambiguidade de escolha limitada à preferência direta por bem ou 
mal, cada um definido de forma clara e inequívoca; limitada em particular à 
escolha entre atuar baseado na responsabilidade pelo outro ou desistir 
dessa ação – de novo com uma ideia bastante clara do que envolve “atuar 
baseado na responsabilidade”. 
(Adaptado de: BAUMAN, Zygmunt. Vida em fragmentos: sobre a ética pós-
moderna. Trad. Alexandre Werneck. Rio de Janeiro, Zahar, 2011, p. 11-12) 
A alternativa que apresenta um comentário correto acerca da pontuação de 
um trecho do texto é: 
 a) em ... muito antes de alguma autoridade nos dizer o que é “bem” e 
“mal” (e por vezes o que não é uma coisa nem outra)... (2º parágrafo), os 
parênteses intercalam uma expressão que precisa o sentido do vocábulo 
autoridade. 
 b) em Somos [...] seres morais: somos confrontados com o desafio do 
outro, o desafio da responsabilidade pelo outro... (1º parágrafo), os dois-
pontos introduzem uma ressalva a uma afirmação de tom categórico. 
 c) em Somos, por assim dizer, inevitavelmente − existencialmente −, 
seres morais... (1º parágrafo), os travessões são usados para dar ênfase a 
uma palavra que expressa circunstância de modo. 
 
 
 
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 d) em Esse fato primordial de nosso ser no mundo, em primeiro lugar, 
como uma condição de escolha moral... (3º parágrafo), as vírgulas 
destacam uma expressão com valor temporal, imprimindo no texto um tom 
de memória. 
 e) em ... uma ideia bastante clara do que envolve “atuar baseado na 
responsabilidade”. (3º parágrafo), as aspas demarcam uma expressão 
empregada com teor irônico e que, portanto, relativiza o que foi exposto 
anteriormente. 
44. (FCC/TRT – 24º REGIÃO/2017) TEXTO P/QUESTÕES 44 ATÉ 46: 
 
É legítimo afirmar: no texto, 
 a) o argumento a favor da demonstração de que o Brasil deixará de ser 
em breve hegemonicamente católico é sustentado pelos rigorosos dados do 
recenseamento de 2000 mencionados pelo autor. 
 b) é reconhecível o ponto de vista favorável

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