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Aula 01 Arquivologia p/ Agente Administrativo PF - 2016 (com videoaulas) Professor: Felipe Petrachini 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 94 AULA 01 - Noções de arquivologia. Arquivística: princípios e conceitos. SUMÁRIO PÁGINA Sumário Bibliografia Básica ........................................................................................... 1 1. Conceitos Fundamentais de Arquivologia ................................................... 3 1.1. Princípios e Conceitos .......................................................................... 3 1.2. Documentos .......................................................................................... 4 1.2.1.Classificação de documentos de arquivo. ....................................... 6 1.2.2. Tipos de Correspondências (Espécies Documentais) .................. 15 1.3. Órgãos de Documentação .................................................................. 19 1.4. Arquivos (Conceitos Iniciais) ............................................................... 24 1.5. Princípios ............................................................................................ 24 1.6. Classificação dos arquivos .................................................................. 26 1.6.1. Estágios da Evolução ................................................................... 36 Questões Comentadas .................................................................................. 39 Questões Propostas ...................................................................................... 84 Bom meu caro, você já me conhece, e já sabe o que faremos aqui! Só me resta agradecer pela preferência e martelar você com toda a disciplina exigida pelo edital. Esta é a Aula 01, e contém aprofundamentos do que vimos na aula passada. Bibliografia Básica Não meu caro, você não precisará comprar livros para fazer esta disciplina (só faltava esta, comprar este curso para saber que livros comprar). O curso e várias questões de treino te deixarão afiado para sua prova. Entretanto, existem 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 94 ferramentas que sugiro que você utilize com o curso. Você já vai entender o que quero dizer. Veja só: http://www.arquivonacional.gov.br/Media/Dicion%20Term%20Arquiv.pdf O link acima te dá acesso ao Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística. É o seu grande livro. Ninguém lê o grande livro inteiro, mas sempre que encontrar dúvidas quanto a algum termo, dê uma consultada rápida. Muitas questões serão resolvidas com a simples consulta deste dicionário, e, à medida que você consulta, seu conhecimento sedimenta. http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/Media/publicacoes/recomendaes_p ara_a_produo.pdf Este, por outro lado, é um livro possível de ler inteiro, mas, não recomendo que o faça. Trata dos cuidados que devemos ter com a guarda de documentos. É mais um livro de consulta. Alguns tópicos são óbvios, outros causam arrepio no espírito até hoje. http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/publicacoes/resgate/recome ndacoes__resgate_acervos_completa.pdf O assunto é um tanto raro em provas, mas sempre que houver tempo, você deve se aprimorar. Este anexo da Resolução 34 do CONARQ esclarece os cuidados que devem ser tomados com acervos danificados pela água. E lembre-se: raro não quer dizer que não pode cair! :P Se algum link falhar, escreva para felipecpetrachini@gmail.com e te mando o material por email. E você professor, vai encostar-se à cadeira enquanto eu me viro para achar a resposta? Lógico que não! . Eu irei desvendar a Arquivologia com vocês, de maneia que os conceitos se tornem claros, e pareça que você já nasceu sabendo. E se mesmo os mecanismos de consulta que recomendei a vocês não funcionarem, o seu professor vai funcionar, ou morrerá tentando. 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 94 1. Conceitos Fundamentais de Arquivologia 1.1. Princípios e Conceitos Aqui começa a longa jornada de descobrimento que você, caro aluno, irá trilhar nos meandros da Arquivologia (ou pelo menos, da parte que cai em prova). Para quebrar um pouco o gelo, vamos visitar a história. 2� WHUPR� ³DUTXLYR´� QmR� WHP� XPD� RULJHP� SUHFLVD�� (QWUHWDQWR�� DTXHOD� frequentemente apontada na doutrina nos remete à antiga Grécia, com a GHQRPLQDomR�³arché´��TXH�GHQRPLQDYD�R�³palácio dos magistrados´� &RP�D�HYROXomR�GR�FRQFHLWR��FKHJDPRV�j�SDODYUD�³archeion´��TXH�GHQRPLQD� R� ³local de guarda e depósito de documentos´� �HVWH� FRQFHLWR� Mi� HVWi� PDLV� próximo de um dos atuais conceitos de arquivo usados em concursos). Outra parcela da doutrina remete-QRV� DR� WHUPR� ODWLQR� ³archivum´�� TXH� WDPEpP�LGHQWLILFD�R�³lugar de guarda de documentos e outros títulos´� Qualquer semelhança com certo capitão fictício é mera coincidência... Cuidado para não explodir o turno todo. Falaremos sobre os arquivos propriamente ditos um pouco mais à frente, devemos tratar antes do objeto de seus estudos: a arquivologia. Pois bem, saiba que não se trata de nenhum monstro dos concursos (é uma matéria bem legal e útil). É uma disciplina, no entanto, que exigirá de você cuidado e atenção, principalmente quando você for apresentado a conceitos próprios, o seu estudo não é difícil, embora bastante teórico. As primeiras noções sobre o assunto você verá já na aula de hoje. E pode acreditar: seu examinador quer saber o que é arquivologia. E sem este tópico, as demais aulas serão ininteligíveis (tanto quanto a própria palavra ininteligível). 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 94 As primeiras noções sobre o assunto você verá já na aula de hoje. E pode acreditar: seu examinador quer saber o que é arquivologia. E sem este tópico, as demais aulas serão ininteligíveis (tanto quanto a própria palavra ininteligível). A arquivologia é uma ciência. Já a arquivística é o nome que se dá ao conjunto de princípios e técnicas empregados justamente no desempenho desta ciência. No Brasil, a definição da política nacional de arquivos está a cargo do CONARQ. ³2� &RQVHOKR� 1DFLRQDO� GH� $UTXLYRV� - CONARQ é um órgão colegiado, vinculado ao Arquivo Nacional do Ministério da Justiça, que tem por finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e privados, como órgão central de um Sistema Nacional de Arquivos, bem como exercer orientação normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos dRFXPHQWRV�GH�DUTXLYR�´�···. Conhecer o significado dos termos utilizados nesta disciplina garantirá a você alguns pontos na prova. Muitas vezes, a resolução das questões se resumirá a isto. Durante as aulas estes termos serão explicados, revistos, analisados e colocados na sua cabeça com o mesmo desvelo com o qual se põe umrecém-nascido no berço. 1.2. Documentos Nós comentamos que a arquivística é um conjunto de técnicas voltadas ao atendimento dos objetivos da ciência arquivologia. Só que toda ciência tem um objeto de estudo (é da essência de todo estudo direcionar seus esforços a algum objeto ). A arquivologia volta sua atenção ao estudo dos arquivos (que você já está ansioso para saber por que demoro tanto para chegar nele). Ok, mas existe ainda uma partícula neste contexto, que merece atenção redobrada. $UTXLYRV��TXDQGR�D�SDODYUD�p�XVDGD�QR�VHQWLGR�GH� ³LQVWLWXLomR´��RSHUDP�XP� elemento básico: o Documento. Documento é todo e qualquer registro de informação, independentemente de sua forma ou suporte físico. Ou seja, um documento 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 94 pode ser uma foto, um papel, um mapa, um cartão, um filme, fitas, CDs, disquetes, enfim, tudo aquilo que sirva como registro de um fato, de um acontecimento, de um momento. Veja que, ao falarmos simplesmente documento, estamos abordando a acepção ampla da palavra, não estamos detalhando a sua forma ou o meio material em que ele é disponibilizado. Basta que haja registro de informação, qualquer que seja e pelo meio que melhor convier ao usuário, estaremos falando de documento. Logo mais a frente veremos, no entanto, como deve ser tratado um ³GRFXPHQWR�de arquivo´�� Falei que documento é um registro, se é um registro deve haver um meio físico (material) onde este registro é feito, não é mesmo? Em arquivologia este meio material onde a informação é registrada se denomina suporte. Como exemplos de suportes podemos apontar o papel; o papel fotográfico; a película fotográfica; fitas de vídeo; as mídias digitais, como um CD, um DVD, ou seja, tudo aquilo fisicamente palpável e que permite o registro de informações. Simplificando as coisas para você, caro aluno: Suporte (meio material) + Registro (ideia, informação) = Documento. E, meu caro, você pode puxar da sua cabeça as aulas de história, e ainda apontar como exemplos os papiros, pergaminhos, tábuas de argila, e até em pedra se achar melhor. Pode ser também que você se depare com o conceito de unidade de arquivamento. Vamos falar um pouquinho sobre isso. O Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística menciona duas unidades de arquivamento em toda publicação: o dossiê e o processo. Mas vamos devagar: 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 94 Unidade de arquivamento: Documento(s) tomado(s) por base, para fins de classificação, arranjo, armazenamento e notação. Uma unidade de arquivamento constitui-se de um conjunto de documentos que é tratado como uma coisa só no que se refere a sua classificação, arranjo, armazenamento e notação. Confuso? Então pense neste exemplo: você entrou com um processo na Receita Federal para obter uma restituição de Imposto de Renda de exercício passado. Apresentou alguns documentos: o seu pedido, cópia do seu CPF, comprovantes de despesas médicas e alguns comprovantes de pagamento. Veja: são todos documentos diferentes uns dos outros, mas, o que vai acontecer com eles. Simples: o servidor vai pegar todos eles, procurar uma capa de papel cartão, abrir dois buracos nas folhas, prender tudo junto e imprimir uma etiqueta com o número do processo. A partir daquele momento, os documentos não são controlados individualmente, mas todos eles serão controlados unicamente por aquele número de processo atribuído a toda unidade de arquivamento. Dito isto, aí vão as definições: Processo: Conjunto de documentos oficialmente reunidos no decurso de uma ação administrativa ou judicial, que constitui uma unidade de arquivamento. Dossiê: Conjunto de documentos relacionados entre si por assunto (ação, evento, pessoa, lugar, projeto), que constitui uma unidade de arquivamento. unidade de arquivamento. É isso! 1.2.1.Classificação de documentos de arquivo. As classificações adotadas normalmente pelo seu examinador são as seguintes. - Quanto ao gênero do documento. 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 94 - Quanto à espécie documental - Quanto à forma - Quanto ao formato - Quanto à natureza do assunto Pois bem, embora o seu primeiro impulso deva ser o de memorizar as classificações, eu acredito que você as considerará bastante intuitivas quando eu mostrar os exemplos. Olha só: A classificação quanto ao gênero procura separar os documentos do arquivo conforme a forma na qual a informação se manifesta. Haverá tantos gêneros de documentos quanto forem as formas possíveis de manifestação. Gênero Documental Definição Escritos ou textuais São documentos nos quais a informação se manifesta na forma escrita ou textual. É o tipo de documento mais comum atualmente, cujos exemplos compreendem os contratos, relatórios, certidões e o que mais você conseguir imaginar Iconográficos Esta palavra tem o mesmo radical grego da palavra "ícone" e ambos remetem à ideia de "imagem". Desta forma, estão compreendidos aqui os documentos cuja informação se manifeste através de uma imagem estática. Slides e Fotografias são excelentes exemplos. Sonoros Tranquilo , são documentos cujas informações estão armazenadas na forma de áudio. São raros os exemplos ultimamente de documentos puramente sonoros, mas pense naquelas fitas K-7 de outrora. Filmográficos Falamos de documentos na forma de "imagem em movimento", independentemente de apresentarem áudio. A filmagem é um exemplo perfeito deste tipo de documento. Digitais Gravados em meio digital, demandando, em função desta característica, equipamentos eletrônicos para sua consulta. Esta aula é um exemplo de documento digital 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 94 E desta vez, vamos também conhecer a definição dada pelo Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística: ³Reunião de espécies documentais que se assemelham por seus caracteres essenciais, particularmente o suporte e o formato, e que exigem processamento técnico específico e, por vezes, mediação técnica para acesso, como documentos audiovisuais, documentos bibliográficos, documentos cartográficos, documentos cartográficos, documentos eletrônicos, documentos HOHWU{QLFRV��GRFXPHQWRV�ILOPRJUiILFRV´� Pesadinho né? Mas não é nada que você já não saiba, só que com mais detalhes. A definição técnica vista acima dá ênfase à união dos documentos em função de suas características essenciais (caracteres essenciais), e chama a atenção a um aspecto que deixamos passar despercebido: às vezes é necessário mediação técnica para acessar a informação. Que significa isto? Significa que não é todo mundo que consegue operar uma máquina para ler um microfilme, acessarum arquivo no computador, programar um projetor, etc. Por conta disto, a definição do Dicionário ainda reforça o fato de que as vezes será necessário o auxílio de um profissional capaz de manusear as mídias e seus respectivos equipamentos. Quanto ao formato (aspecto físico do documento e maneira pela qual as informações se manifestam no documento) logo mais veremos uma definição mais precisa. Sem muito segredo. Em frente. Cartográficos Aqui é melhor começar pelo exemplo: mapas e plantas arquitetônicas são documentos cartográficos. Através do uso de escala, representam grandes áreas através de imagens reduzidas. Micrográficos Este aqui você só vai conhecer no seu novo emprego. A microfilmagem é um processo que será visto posteriormente no curso, sendo o microfilme e a microficha exemplos deste tipo. 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 94 A espécie documental é definida através do aspecto externo do documento, assumido através das informações que nele estejam contidas. Não tem nada a ver com o suporte do documento, mas com a natureza da informação que ele pretende passar. Ensinemos pelo exemplo: Quando eu contemplo uma certidão de tempo de serviço, eu sei que se trata de uma certidão e não de um contrato, pois as certidões, como todo documento, apresentam um conjunto próprio de características que as permitem distinguirem de outras espécies de documentos. A certidão normalmente atesta uma situação fática passada ou presente, ao passo que o contrato enuncia um conjunto de direitos e obrigações entre as partes que irão assiná-lo. Assim sendo, contrato é contrato e certidão é certidão. E cada qual é uma espécie documental. A partir do momento que unimos o conceito de espécie documental à natureza do assunto abordado, teremos o tipo documental. Quando uma certidão atesta não qualquer informação, mas a informação da minha contagem de tempo no serviço público que determinada repartição possui em seus assentamentos, esta classificação se torna um tipo documental . Não me fiz claro? Também pudera, é esta parte é o ápice da abstração. Veja só: 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 94 O tipo é um detalhamento da espécie, assim como a espécie é um detalhamento do gênero. Graficamente: Pois bem, e segundo o Dicionário, como fica? Espécie Documental�� ³Divisão de gênero documental que reúne tipos documentais por seu formato. São exemplos de espécies documentais ata, carta, decreto, disco, filme, folheto, folheto fotografia, fotografia memorando, ofício, planta, SODQWD�UHODWyULR�´ E já que estamos aqui, já olhemos de uma vez a definição de Tipo Documental. 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 94 Tipo Documental�� ³Divisão de espécie documental que reúne documentos por suas características comuns no que diz respeito à fórmula diplomática, natureza de conteúdo ou técnica do registro. São exemplos de tipos documentais cartas precatórias, cartas régias, cartas-patentes, decretos sem número, decretos-leis, decretos legislativos, daguerreótipos, litogravuras, serigrafias, [LORJUDYXUDV�´� É o que alguns doutrinadores chamam de "actio" e "conscriptio". Gelou né? Relaxa meu filho. "Conscriptio" é associado à espécie documental (a palavra latina, na origem, significava "composição"), enquanto a "actio" seria o propósito a ser obtido por esta espécie. Viu como seu professor procura suavizar as coisas? . Se eu só jogasse os conceitos do Dicionário, você provavelmente enlouqueceria . Novamente, o conceito do Dicionário traz embutida toda a ideia que expliquei antes. Mas, caso seu examinador vá direto ao conceito, você estará pronto do mesmo jeito . Resumindo a história: espécie + partícula ³GH´���função a ser desempenhada pelo documento = tipo documental 6LP��VLP��DWp�DJRUD�GHSHQGHPRV�EDVWDQWH�GR�FRQFHLWR�GH�³IRUPDWR´��PDV�HOH� logo mais será visto. Passando adiante. A forma do documento também é objeto de classificação. Esta classificação se atenta ao estágio de produção do documento (se completo ou ainda em fase de elaboração). Veja as classificações mais comuns: - Minuta (Rascunho) - Original 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 94 - Cópia Formato, por outro lado, é classificação atinente ao seu aspecto físico. Está bastante ligada ao suporte do documento, embora o mesmo suporte possa dar origem a diferentes formatos. Por exemplo: apesar de servirem-se do suporte ³SDSHO´��OLYURV��FDGHUQRV�H�FDUW}HV�FRQVWLWXHP�GLIHUHQWHV�IRUPDWRV�GH�GRFXPHQWRV� E para terminar, deixamos a classificação mais complicada para o fim: a classificação quanto à natureza do assunto. Em outros tempos, este tema seria tão simples quanto qualquer outro. Eu enunciaria os níveis de sigilo dos documentos e faria alguma piadinha sobre cada um, passando adiante. Entretanto, a Lei 12.527 de 2011 (mais conhecida como Lei de Acesso às Informações), alterou a disciplina dada à matéria. E, de brinde, permite que seu salário seja divulgado na internet . Bom, apesar da Lei de Acesso ter alterado tanto prazos como classificações, o correspondente Decreto 4.553 de 2002 ainda apresenta a classificação anterior. O que fazer? Jogar fora o Decreto 4553 de 2002, uma vez que ele foi revogado . Fiquem de olho no seu material para saber se ele se encontra atualizado (no caso da nossa aula, a atualização foi feita na aula extra de legislação arquivística, e só agora aqui). A primeira noção que você deve ter sobre este tema é a distinção entre documentos ostensivos e sigilosos. Os documentos ostensivos são aqueles cuja divulgação não prejudica a administração. As informações contidas nestes documentos podem ser divulgadas, exibidas e publicadas sem que isto traga qualquer embaraço ou dificuldade à entidade (no seu caso, a Administração Pública). Em contrapartida, os documentos sigilosos, em razão de sua natureza, devem ser de conhecimento restrito, demandando cuidados especiais no trato, custódia e divulgação de suas informações. 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 94 Veja a classificação atual: Nível de Sigilo Período Máximo de Manutenção do Sigilo Prorrogação do Período Tipo de Informações do Documento Exemplos Ultrassecreto 25 anos Não há previsão de prorrogação Excepcional grau de segurança. Só devem ser conhecidos por pessoas intimamente ligadas ao seu manuseio. Segredos de Estado, Planos de Guerra.Secreto 15 anos Não há previsão de prorrogação Alto grau de Segurança. Podem ser do conhecimento de pessoas autorizadas funcionalmente a tanto. Informações parciais extraídas de assuntos ultrassecretos. Operações militares, operações econômicas. Reservado 05 anos Não há previsão de prorrogação Informações capazes de comprometer planos e operações governamentais Projetos, programas governamentais e suas respectivas ordens de execução. Note que a prorrogação do prazo do sigilo da documentação já não é mais prevista e a classiILFDomR�³FRQILGHQFLDO´�IRL�VXSULPLGD��$QWHULRUPHQWH��XP�GRFXPHQWR� poderia permanecer sigiloso por até 60 anos, ao passo que, sob a égide da Lei de Acesso à Informação, este prazo pode ser de no máximo 25 anos (ao menos, é a interpretação que faz mais sentido em face do diploma legal atual). Ah sim, caso dois documentos de níveis de sigilo diferentes estiverem reunidos, o nível de sigilo do conjunto segue o do documento mais restrito. Sim, o tio disse que não havia previsão de prorrogação naquela tabela. Entretanto, existe uma disposição específica na Lei 12.527/2011, lá nas disposições finais e transitórias: Art. 35 (VETADO) § 1o É instituída a Comissão Mista de Reavaliação de Informações, que decidirá, no âmbito da administração pública 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 94 federal, sobre o tratamento e a classificação de informações sigilosas e terá competência para: [...] III - prorrogar o prazo de sigilo de informação classificada como ultrassecreta, sempre por prazo determinado, enquanto o seu acesso ou divulgação puder ocasionar ameaça externa à soberania nacional ou à integridade do território nacional ou grave risco às relações internacionais do País, observado o prazo previsto no § 1o do art. 24. § 2o O prazo referido no inciso III é limitado a uma única renovação. Observe que é uma disposição bastante específica, pois: somente a Comissão Mista de Reavaliação de Informações poderá prorrogar o prazo de sigilo. E mais, apenas nas hipóteses descritas no inciso III do artigo 35. E já que tocamos no assunto, vamos dar uma espiada no Decreto 7.724/2012 (que regulamenta a Lei 12.527/2011 no âmbito do Executivo Federal), nos artigos relacionados ao que acabamos de ver: Art. 46. A Comissão Mista de Reavaliação de Informações, instituída nos termos do § 1o do art. 35 da Lei no 12.527, de 2011, será integrada pelos titulares dos seguintes órgãos: I - Casa Civil da Presidência da República, que a presidirá; II - Ministério da Justiça; III - Ministério das Relações Exteriores; IV - Ministério da Defesa; V - Ministério da Fazenda; VI - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; VII - Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; VIII - Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; IX - Advocacia-Geral da União; e 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 94 X - Controladoria Geral da União. Parágrafo único. Cada integrante indicará suplente a ser designado por ato do Presidente da Comissão. Art. 47. Compete à Comissão Mista de Reavaliação de Informações: [...] IV - prorrogar por uma única vez, e por período determinado não superior a vinte e cinco anos, o prazo de sigilo de informação classificada no grau ultrassecreto, enquanto seu acesso ou divulgação puder ocasionar ameaça externa à soberania nacional, à integridade do território nacional ou grave risco às relações internacionais do País, limitado ao máximo de cinquenta anos o prazo total da classificação; Basicamente o mesmo texto, com o mesmo significado, só que um pouco mais detalhado (note que o inciso IV especifica o prazo pelo qual a prorrogação pode ser feita, coisa que a Lei 12.527/2011 não fazia). Aliás, é exatamente o que se deve esperar de um Decreto em relação à Lei que aquele busca regulamentar . 1.2.2. Tipos de Correspondências (Espécies Documentais) Esse assunto pode aparecer com outro nome em alguns editais: tipologia documental. Heloísa Liberalli Belloto (outra autora cujos textos são recorrentes em provas), contrapõe o estudo da tipologia documental ao da diplomática. Em linhas gerais, a diplomática se dedica a estudar a finalidade do documento em si, buscando reconhecer sua: 1 - Autenticidade relativamente à espécie, conteúdo e finalidade do documento 2 - Datação (época em que o documento foi produzido) 3 - Proveniência do documento (sua origem) 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 94 4 - Transmissão do documento (seria sua "movimentação" ao longo da história) 5 - Fixação do texto Veja que os temas com os quais a diplomática se importa não se referem ao documento em seu conjunto (no contexto do arquivo) e sim, quanto ao documento em si. Sua estrutura e sua autenticidade. Por outro lado, o estudo da tipologia documental busca entender a lógica orgânica do documento (você vai entender esta expressão ainda nesta aula, se acalme). Assim, a tipologia documental está preocupada com o cumprimento de uma função pelo documento dentro do contexto de uma instituição, ou, melhor ainda, com relação a suas atividades. E é nisto que você deve prestar atenção para sacar a aplicação prática da teoria . A tipologia arquivística busca reconhecer em cada documento: 1 - Proveniência 2 - Vinculação à competência e atividades da entidade acumuladora 3 - Associação entre a espécie documental e o tipo documental 4 - Conteúdo do documento 5 - Datação Repare que a proveniência do documento ganha destaque, bem como questionamentos a respeito de sua relação com as atividades da entidade. O próprio conteúdo do documento cai lá pra baixo quando pensamos em análise tipológica, justamente porque não é mais tão importante saber o que está escrito no documento, e sim como ele se insere no contexto da instituição. E como nem só de teoria vive o concurseiro, apresento a vocês, textualmente, as espécies documentais mais comuns que aparecem em prova. De 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 94 todas elas, preste especial atenção nos ofícios e memorandos. O manual do qual retirei as definições pode ser encontrado neste link: http://biblioteca.planejamento.gov.br/biblioteca-tematica-1/textos/redacao- oficial-e-normalizacao-tecnica-dicas/texto-31-apostila-completa-de-redacao- oficial.pdf Tem alguns tópicos interessantes para quem gosta de redação oficial (ou que precisará conhecer para quando começar a trabalhar). E tem todos os tipos imagináveis de documentos (eu só relacionarei os que são importantes para a prova, imaginando que seu examinador não vai inventar justo desta vez).E já aviso, tem mais uma penca de espécies documentais, amarradas a mais um grupo vasto de tipos, de tal forma que o que segue é só uma amostragem das espécies mais comuns. Achou outra espécie documental ou tipo documental e está com alguma dúvida: posta no fórum que eu vou correndo te ajudar. ATA: É o documento de valor jurídico, que consiste no resumo fiel dos fatos, ocorrências e decisões de sessões, reuniões ou assembleias, realizadas por comissões, conselhos, congregações, ou outras entidades semelhantes, de acordo com uma pauta, ou ordem-do-dia, previamente divulgada. É geralmente lavrada em livro próprio, autenticada, com as páginas rubricadas pela mesma autoridade que redige os termos de abertura e de encerramento. ATESTADO: Documento firmado por servidor em razão do cargo que ocupa, ou função que exerce, declarando um fato existente, do qual tem conhecimento, a favor de uma pessoa. CARTA: Forma de comunicação externa dirigida a pessoa (física ou jurídica) estranha à administração pública, utilizada para fazer solicitações, convites, externar agradecimentos, ou transmitir informações. CERTIDÃO: Declaração feita por escrito, objetivando comprovar ato ou assentamento constante de processo, livro ou documento que se encontre em repartições públicas. Podem ser de inteiro teor - transcrição integral, também 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 94 chamada traslado - ou resumidas, desde que exprimam fielmente o conteúdo do original. CIRCULAR: Comunicação oficial, interna ou externa, expedida para diversas unidades administrativas ou determinados funcionários. CONTRATO: É o acordo de vontades firmado pelas partes objetivando criar direitos e obrigações recíprocas. CORRESPONDÊNCIA INTERNA: É o instrumento de comunicação para assuntos internos, entre chefias de unidades administrativas de um mesmo órgão. É o veículo de mensagens rotineiras, objetivas e simples, que não venham a criar, alterar ou suprimir direitos e obrigações, nem tratar de assuntos de ordem pessoal. DECLARAÇÃO: Declaração é o documento de manifestação administrativa, declaratório da existência ou não de um direito ou de um fato. EDITAL: Instrumento pelo qual a Administração dá conhecimento ao público sobre: licitações, concursos públicos, atos deliberativos etc. MEMORANDO: O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna. OFÍCIO: Correspondência pela qual se mantém intercâmbio de informações a respeito de assunto técnico ou administrativo, cujo teor tenha caráter exclusivamente institucional. São objetos de ofícios as comunicações realizadas entre dirigentes de entidades públicas, podendo ser também dirigidos à entidade particular. Trata-se de comunicação eminentemente externa. PARECER: Manifestação de órgãos especializados sobre assuntos submetidos à sua consideração; indica a solução, ou razões e fundamentos necessários à decisão a ser tomada pela autoridade competente. 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 94 REQUERIMENTO: Documento pelo qual o interessado solicita ao Poder Público algo a que se julga com direito, ou para se defender de ato que o prejudique. Estes são os tipos recorrentes em prova e que pouca gente conhece o real significado (você é um desses felizardos agora). Se tiver a curiosidade de ver o link, verá que decretos, leis, instruções normativas também são documentos, mas não os coloquei aqui porque são documentos que todo cidadão conhece (ou ao menos, deveria conhecer). Lógico que se você tiver dúvidas, DEVE perguntar para seu querido professor no fórum que ele te dirá até o que raios seria uma Instrução Normativa em seus mínimos detalhes . 1.3. Órgãos de Documentação Os nossos queridos arquivos não são os únicos locais dedicados ao manuseio e guarda de documentos. Desta forma, para que separemos muito bem aquilo que é objeto de nosso estudo (os arquivos) dos demais órgãos de documentação, é essencial que definamos cada um deles. E você não terá maiores dificuldades. Cada órgão de documentação possui suas características peculiares, de maneira que dificilmente você tomará um pelo outro. Acompanhe o quadro para as noções iniciais: 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 94 O que podemos reparar do estudo do quadro acima? A primeira coisa é que estas instituições se distinguem pela característica principal de cada acervo, e o propósito dado por cada instituição ao mesmo (finalidade a que se propõem). Entretanto, também podemos chamar a atenção à maneira como os acervos são formados. Embora o nosso estudo faça referência ao arquivo, é importante também que você saiba diferenciá-lo dos outros lugares apresentados (museus, bibliotecas, centros de documentação). E adivinha meu caro: cai em prova! O CESPE (2011 Correios) já fez a seguinte afirmação�� ³$�GLVWLQomR�HQWUH� documentos de arquivo, de biblioteca ou de museu é feita conforme a origem H�R�HPSUHJR�GHVVHV�GRFXPHQWRV�´� Pois bem, vamos às definições mais específicas: Museu: Um museu é, primordialmente, uma instituição de interesse público. O seu principal propósito é colocar à disposição do público conjuntos 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 94 de peças e objetos de valor cultural. Veja que o museu não se importa nem mesmo com o fato de o objeto por ele custodiado se enquadrar na definição de documento. Um sarcófago, muito embora tenha informações grafadas no mesmo, QmR�p�³FRQVXOWDGR´�SHOR�S~EOLFR�FRP�R�SURSyVLWR�GH�REWHU�LQIRUPDo}HV�� Mas professor: eu quero ir ao museu para obter informações sobre a história das civilizações! Não estaria evidente meu propósito de obter informações? Eu digo: você está trabalhando com um conceito bastante amplo de informação. Para fins da nossa disciplina, somente chamaremos de documento arquivístico aquele que foi criado ou recebido originalmente para atendimento das finalidades da instituição. Uma informação fixada em suporte que buscava resolver determinado assunto tratado pela instituição. Já que o antigo Egito surgiu, vamos brincar com ele. O papiro (ou antes dele, os pedaços de pedra talhados) no qual o coletor de impostos controlava a arrecadação é um documento de arquivo, já que foi criado pela entidade para resolver um assunto inerente às suas funções. O sarcófago foi originalmente criado para guardar o faraó. Não havia assunto administrativo que pudesse ser resolvido através daquele objeto, ou ao menos, não há assunto administrativo que pudesse ser resolvido através das informações fixadas naquele suporte.Ninguém consultava o sarcófago lá na época, atrás de informações. É com esse enfoque que você deve distinguir os documentos do arquivo das peças de museu. Centros de Documentação: Esses daqui agrupam documentos de todos os gêneros, qualquer que seja a fonte. À primeira vista, é como se os centros de documentação nem mesmo possuíssem um propósito na acumulação. Entretanto, isto não é de todo verdade. O centro de documentação tem uma finalidade: informar. Normalmente estes centros possuem alguma especialização. 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 94 Meio vago? Pense em uma base de dados de uma instituição de ensino, onde estão dispostas todas as informações das... hum... revistas de Direito da Universidade de São Paulo... Esta base de dados somente se presta a informar as revistas que estão ali disponíveis. Biblioteca: Esse é bem mais legal (passei mais tempo que o recomendado nesses ambientes), e frequentemente cobrado em prova. Comecemos pela doutrina: ³Biblioteca é o conjunto de material, em sua maioria impresso, e não produzido pela instituição em que está inserida, de forma ordenada para estudo, pesquisa e consulta´��%HP�FRPSDFWR� A biblioteca se caracteriza pela acumulação de documentos com finalidades de estudo, pesquisa, e principalmente, consulta. Outro fator importante que distingue a biblioteca de um arquivo é que os documentos custodiados pela biblioteca não são por elas produzidos no decorrer de suas atividades administrativas, mas sim obtidos através de doação, permuta ou aquisição. E, tão importante quanto: as bibliotecas frequentemente têm mais de um exemplar de cada livro. Nós veremos mais à frente que o princípio da unicidade enxerga cada documento como único. Entretanto, bibliotecas não são arquivos e não dão a mínima pra isso. A biblioteca acumula documentos com o propósito de formar uma coleção. A palavra propósito também é importante: a acumulação de documentos na biblioteca é intencional, e desta forma, não espontânea. A biblioteca deseja educar o seu público. Arquivo: A razão de estarmos aqui hoje. Comecemos do jeito que gosto de começar: com doutrina: ³Arquivo é a acumulação ordenada de documentos, em sua maioria textuais, criados por uma instituição ou pessoa, no curso de sua atividade, e 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 94 preservados para a consecução de seus objetivos, visando à utilidade que poderão oferecer no futuro´� E aqui vai mais uma, também cobrada em prova: ³A principal finalidade dos arquivos é servir a administração, constituindo-se, com o decorrer do tempo, em base do conhecimento da história´� Esmiucemos. Arquivo: A razão de estarmos aqui hoje. Comecemos do jeito que gosto de começar: com doutrina: ³Arquivo é a acumulação ordenada de documentos, em sua maioria textuais, criados por uma instituição ou pessoa, no curso de sua atividade, e preservados para a consecução de seus objetivos, visando à utilidade que poderão oferecer no futuro´� E aqui vai mais uma, também cobrada em prova: ³A principal finalidade dos arquivos é servir a administração, constituindo-se, com o decorrer do tempo, em base do conhecimento da história´� Esmiucemos. O Arquivo tem como função a guarda e a preservação de documentos, para que as informações nele registradas também sejam preservadas e possam, primordialmente, servir adequadamente aos usuários destas informações. Além disso, os documentos e informações precisam estar organizados, para que possam ser acessados e a sua informação compreendida. A finalidade do arquivo é funcional. O arquivo acumula documentos como mera decorrência das atividades da instituição a que está ligado. É um processo natural e gradativo. 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 94 Outro ponto: os documentos que se encontram no arquivo estão unidos por sua proveniência. Ao contrário dos livros em uma biblioteca, os documentos de um arquivo são mantidos juntos para que, desta forma, reflitam o funcionamento e as atividades da instituição a que estão ligados. Os documentos do arquivo dão testemunho das atividades da instituição. Outro ponto: os documentos que se encontram no arquivo estão unidos por sua proveniência. Ao contrário dos livros em uma biblioteca, os documentos de um arquivo são mantidos juntos para que, desta forma, reflitam o funcionamento e as atividades da instituição a que estão ligados. Os documentos do arquivo dão testemunho das atividades da instituição. 1.4. Arquivos (Conceitos Iniciais) O próprio termo arquivo teve diversos significados ao longo do tempo. E para QRVVD�LQIHOLFLGDGH��DWXDOPHQWH�WDPEpP�GHVLJQD�XP�FRQMXQWR�GLIHUHQWH�GH�³FRLVDV´��$� PHVPD� SDODYUD� ³DUTXLYR´� FRPSUHHQGH� GLYHUVDV� LGHLDV�� H� WRGDV� HODV� VHUmR� YLVWDV� agora e no transcorrer das aulas. Veja os significados mais utilizados em provas: - Arquivo é o conjunto de documentos criados ou recebidos por uma instituição, no decorrer de suas atividades, preservados para garantir a consecução de seus objetivos; - Arquivo é a denominação dada ao móvel que se dedica à guarda de documentos; - Arquivo é o local físico (prédio, edifício) onde o acervo de documentos encontra-se conservado. - Arquivo é o nome dado à instituição cujo objetivo seja o de guardar e conservara os documentos. 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 94 E não para por aí meu caro colega. Existem mais dois conceitos que eu, sinceramente, recomendo que você tenha em mente quando for buscar a sua vaga: ³Arquivo é o conjunto de documentos oficialmente produzidos e recebidos por um governo, organização ou firma, no decorrer de suas atividades, arquivados e conservados por si e seus sucessores para efeitos futuros´�� Essa primeira definição é encontrada na obra de Marilena Leite Paes, doutrinadora frequentemente consultada pelas bancas. Contudo, referido conceito foi formulado pela primeira vez por Solon Buck, ex-arquivista norte-americano. Mas nem mesmo nossas queridas bancas organizadoras, do alto de suas torres de marfim, poderão negligenciar a definição legal. Aí temos a Lei 8.159 de 08 de janeiro de 1991, a qual dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados. Lá, em seu artigo 2º, temos também uma definição de arquivo: Art. 2º - Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos. O arquivo, ao contrário do futebol, não existe para atender a um clamor popular. A populaçãoem geral não se veria atormentada se o governo, de uma hora para a outra, resolvesse triturar e encaminhar para a reciclagem todos os documentos de todos os arquivos públicos do país (ambientalistas, inclusive, vibrariam com a medida). Mas quem pensa assim se esquece (ou nunca conheceu) a beleza e poesia da função dos arquivos. O arquivo serve à administração, e desta forma, mantém viva a história da instituição. O acúmulo de documentos, desde que preservada a proveniência e organicidade dos documentos, dará testemunho das atividades da instituição, pois de certo modo, espelhará a própria estrutura organizacional. 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 94 Vou dar um exemplo a vocês. Desde que entrei no serviço público, mantenho várias pastas com cópias de meus holerites, portarias de nomeação, designações para chefia e outros dados funcionais. Conforme este meu arquivo vai recebendo novos documentos, ele vai espelhando o meu histórico funcional, e de certo modo, refletindo minha vida laboral desde 2009. Quem consultar as informações da minha pasta conhecerá o Felipe enquanto profissional e tudo que ele fez e significou para as instituições públicas deste país (ok, meio metido, mas grave a ideia). Ainda é possível decompor as funções desempenhadas pelo arquivo em outras, mais específicas. - Promover a guarda de documentos que circulam na instituição, utilizando, para tal finalidade, técnicas que permitam o arquivamento ordenado e eficiente (lembra-se do IIRGD?). - Garantir a preservação dos documentos, acondicionando-os adequadamente, levando em consideração que fatores ambientais são capazes de destruir o suporte onde a informação encontra-se registrada (a gente chega lá), tais como temperatura e umidade. - Atender aos pedidos de consulta e desarquivamento de documentos pelos diversos setores da instituição, atendendo à demanda de informações. Estas funções são as mais importantes, mas desde que você pegue a ideia principal do curso (que é o que tento transmitir de maneira mais poética), você simplesmente não conseguirá errar questões de arquivologia, já que as alternativas erradas terão de se afastar dos fundamentos da disciplina 1.5. Princípios Proveniência Também denominado princípio do respeito aos fundos, este princípio tem a VHJXLQWH� SUHPLVVD�� ³2V� DUTXLYRV� originários de uma instituição ou pessoa devem manter sua individualidade, sem jamais se misturarem aos de origem GLYHUVD�´� 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 94 A definição do Dicionário de Terminologia Arquivística não se afasta muito disto: ³Princípio básico da arquivologia segundo o qual o arquivo produzido por uma entidade coletiva, pessoa ou família não deve ser misturado aos de outras entidades produtoras�´ E faz todo o sentido, como veremos abaixo. (X� VHL� TXH� ³MDPDLV´� p� XPD� SDODYUD� PHLR� IRUWH� SDUD� FRQFXUVR�� PDV� HVWH� SULQFtSLR� p� D� YLJD� PHVWUD� GD� DUTXLYtVWLFD�� HQWmR�� p� XP� GRV� SRXFRV� ³MDPDLV´� H� ³QXQFDV´�TXH�YRFr�GHYH�SRQGHUDU�DQWHV�GH�H[FOXLU�D�DOWHUQDWLYD� Lembre-se: o arquivo busca demonstrar, através do acúmulo de documentos, o modo de funcionamento da instituição. Não faz sentido, tendo este objetivo em vista, misturar documentos de vários órgãos e entidades, pois GHVFDUDFWHUL]DULD�DTXLOR�TXH�3$(6�FKDPRX�GH�³EDVH�GR�FRQKHFLPHQWR�GD�KLVWyULD´� E as bancas adoram este assunto: ESAF (ANA 2009)�� ³$� EDVH� WHyULFD� GDV� LQWHUYHQo}HV� DUTXLYtVWLFDV�� TXH� garante a constituição e a plena existência da unidade fundamental em Arquivística é o princípio da proveniência´� Já a FCC (2011 TRE- AP) DVVLP�R�GHILQLX�� ³4XDQGR�RV�DUTXLYRV�RULJLQiULRV� de uma instituição mantêm sua individualidade, não sendo misturados aos de origem diversa, diz-se que foi respeitado o prinFtSLR�GD�SURYHQLrQFLD�´� 9RFr� WDPEpP� HQFRQWUDUi� HVWH� SULQFtSLR� FRPR� ³SULQFtSLR� GR� UHVSHLWR� DRV� IXQGRV´��RX�VLPLODU�IUDQFrV� E agora, somente neste ponto, você está pronto para entender o que significa ³IXQGR�DEHUWR´�H�³IXQGR�IHFKDGR´��6y�UHOHPEUDQGR� Fundo��³&RQMXQWR�GH�GRFXPHQWRV�GH�GRFXPHQWRV�XPD�PHVPD�SURYHQLrQFLD�� 7HUPR�TXH�HTXLYDOH�D�DUTXLYR´� 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 94 A definição se um fundo é aberto ou fechado depende justamente do fato de a entidade produtora encontrar-se ou não em atividade. Veja só: Fundo Aberto: Fundo ao qual podem ser acrescentados novos documentos em função do fato de a entidade produtora continuar em atividade. Fundo Fechado: Fundo que, não recebe acréscimos de documentos, documentos em função de a entidade produtora não se encontrar mais em atividade. Repare na diferença entre eles e sua relação com o princípio da proveniência: uma entidade mantém o seu próprio arquivo. Contudo, uma vez que não se encontre mais em atividade, deixou de produzir ou receber documentos. E agora, já que não pode mais produzir ou receber documentos em função de suas atividades, e documentos de origem (proveniência) diversa não podem se misturar àquele fundo, a consequência é uma só: aquele fundo encontra-se definitivamente fechado. Lindo, não? Organicidade Está relacionado aR� WHUPR� ³RUJkQLFR´�� 7RGRV� RV� VHUHV� YLYRV� �H�� SRUWDQWR�� seres orgânicos) possuem diversos órgãos, cada qual com uma função específica, que, apenas em conjunto, cumprem sua função (no caso, manter você vivo e estudando para virar funcionário público). Conforme nosso querido, e sempre tido em maior conta, Dicionário de Terminologia Arquivística: ³5HODomR�QDWXUDO�HQWUH�GRFXPHQWRV�GH�XP�DUTXLYR�HP�GHFRUUrQFLD�GDV� DWLYLGDGHV�GD�HQWLGDGH�SURGXWRUD´� Os documentos mantêm relações entre si, como partes de um organismo. Ou, melhor ainda, os documentos são produzidos e recebidos, naturalmente, como resultado das atividades desenvolvidas em uma organização, seja ela pública ou privada. 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 94 A organicidade garante a organização dos documentos, de maneira que estes reproduzam, da maneira mais fiel possível, a própria estrutura da entidade que os produziu. Também é frequentemente associado com o princípio da proveniência, sendo enxergado como decorrência lógica deste. Trata-se de relação natural entre os documentos de um arquivo, em decorrência das atividades da entidade produtora. CESPE 2011 Correios�� ³$� RUJDQLFLGDGH� GR� DUTXLYR� VH� YHULILFD� QD� relação que os documentos mantêm entre si em decorrência das atividades do sujeito acumulador��VHMD�HOH�SHVVRD�ItVLFD�RX�MXUtGLFD�´� E aqui tinha pegadinha para quem só memoriza. Veremos mais tarde o princípio da cumulatividade. Você deve ter muito cuidado, pois as bancas podem citar algum termo próximo a um princípio (como foi o caso de acumulador nesta afirmação)sem, no entanto, estar se referindo necessariamente a ele (cumulatividade). Você precisa estar atento para o contexto da afirmação. CESPE (2011 EBC)��³2�FDUiWHU�RUJkQLFR�GRV�GRFXPHQWRV�GH�DUTXLYR�GHFRUUH� do fato de que esses documentos são produzidos e recebidos, naturalmente, como resultado das atividades desenvolvidas em uma organização, seja ela pública ou SULYDGD�´� FCC (2011 TRT-23ª)�� ³$R� GHILQLU� DUUDQMR� FRPR�R� SURFHVVR�GH� DJUXSDPHQWR� dos documentos singulares em unidades significativas e também o de agrupamento de tais unidades entre si, numa relação igualmente significativa, 6FKHOOHQEHUJ�HYRFD�R�SULQFtSLR�GD�RUJDQLFLGDGH�´� Pertinência Leva em consideração o assunto (o tema), independentemente da proveniência ou classificação original. É um princípio utilizado em determinadas classificações de um documento, quando o tema tem uma relevância. Veja o que diz o Dicionário: 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 94 "Princípio segundo o qual os documentos deveriam ser reclassificados por assunto sem ter em conta a proveniência e a classificação original. Também chamado princípio temático". Alguns pontos da doutrina veem este princípio como conflitante com o princípio da proveniência. E de fato, ele é. Como o critério de acumulação aqui é R� ³assunto´�� H� QmR� ³documentos produzidos ou recebidos pela instituição´�� dificilmente se conseguirá atentar a ambos. Alguns vão mais longe: afirmam sem medo algum que o princípio da pertinência não tem mais aplicação na Arquivística. O próprio Dicionário de Terminologia Arquivística Brasileira afirma em suas referências que tal princípio já não encontra mais uso, preservado apenas para conhecimento das gerações futuras a respeito da evolução da nossa disciplina. Eu não sou tão corajoso. A banca pode ou não compartilhar deste entendimento, então, vou nos proteger o ensinando. Entretanto, o princípio da proveniência é a viga mestra da arquivística. Tudo que existe e existirá é elaborado com esse princípio em mente. Qualquer conflito entre pertinência e proveniência, fique com este. (CESPE 2011 Correios): Quando há necessidade de se reclassificar os documentos por tema, sem se levar em consideração a sua proveniência ou a classificação original, estará sendo aplicado o princípio da pertinência. Cumulatividade Segue o pensamento do acúmulo natural dos documentos. A ideia de que o arquivo é uma formação espontânea, natural, progressiva e sedimentar. (FCC 2011) Nem poderia ser diferente: o arquivo é gerado a partir do acúmulo de documentos produzidos e recebidos por uma instituição. É através do próprio acúmulo que se obtém o arquivo. Muito importante: 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 94 Lembre-se que os documentos de arquivo não são coleções!!!! Da ordem original (ou da ordem primitiva) Está relacionado ao arranjo original dos arquivos, p�R�³SULQFtSLR�VHJXQGR�R� qual o arquivo deveria conservar o arranjo pela entidade coletiva, pessoa ou IDPtOLD�TXH�R�SURGX]LX�´�(ESAF 2010). Aliás, este princípio representa a própria garantia da organicidade dos documentos. Mantendo-se a ordem original, preservamos a intenção de que o arquivo reflita o curso das atividades da instituição a que serve. Da territorialidade Este princípio estipula que os arquivos deveriam ser conservados nos serviços de arquivo do território em que foram produzidos. Acaba por ter dois desdobramentos: Proveniência territorial: os documentos deveriam permanecer nos arquivos do território onde foram produzidos. Lembre-se proveniência nos remete a origem, quando territorial esta ligada ao local de origem, ou seja, onde foram produzidos. Pertinência territorial: os documentos deveriam ficar nos arquivos do território para o qual remete o assunto (o tema) neles tratados. Lembre-se, pertinência nos remete ao assunto, ao conteúdo do documento. Os tópicos seguintes ora são tratados como princípios, ora como meras características dos documentos, relacionadas aos princípios apresentados. Quer sejam tratados como uma coisa quer como outra é importante que você os conheça: Imparcialidade- está no fato de que eles são inerentemente verdadeiros, livres da suspeita de preconceito no que diz respeito aos interesses em nome dos quais são usados hoje. Os arquivos não têm interesses, paixões, vontades ou ambições, eles simplesmente registram. Organicidade- Os documentos refletem características da organização que o produziu. Esses documentos são produzidos e recebidos, naturalmente, 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 94 como resultado das atividades desenvolvidas em uma organização, seja ela pública ou privada. Naturalidade± Decorre da maneira como os arquivos se originam, naturalmente, em decorrência da acumulação de documentos. Autenticidade ± Os documentos são produzidos, recebidos, armazenados e conservados de acordo com procedimentos regulares que podem ser comprovados. Um documento autêntico é aquele que possui o mesmo conteúdo do documento original. Perceba que não se deve associar autenticidade à veracidade como fazemos usualmente. Um documento autêntico não garante a veracidade de um fato, apenas atesta que o conteúdo do documento está de acordo com o original. Acessibilidade- Característica que está relacionada à possibilidade de localização, recuperação, apresentação e interpretação do documento. Unicidade ± Os documentos de arquivo têm caráter único, independentemente da existência de outro documento semelhante ou tido como igual (como uma outra via). Os documentos são únicos na medida em que cada um deles sofreu um processo de produção diferente de todos os demais. Pense em um RG e sua cópia fiel. O RG em si é um documento produzido normalmente pela Secretaria de Segurança, ao passo que a cópia, com as mesmas informações, foi produzida através de um processo de fotocópia. Desta forma, cada documento do arquivo normalmente é produzido em uma única via, ou então, em número limitado de cópias. Inter-relacionamento- Decorre do caráter orgânico, ligando os documentos uns aos outros através de uma relação complementar. Quando um documento é separado de seu conjunto ele perde muito do seu significado. Eu quase fiquei sem cores agora. Estes são os princípios mais prováveis de serem cobrados em prova. Existe uma infinidade de outros princípios surgindo 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 94 enquanto a doutrina se desenvolve, mas que eu nunca vi serem cobrados (nem quando fazia provas da matéria, nem agora que pesquiso sobre o assunto). Não faz sentido reproduzi-los aqui. A você, meu bom aluno, recomendo o bom senso. Arquivologia e Arquivística, embora sejam matérias de muito conteúdo,não podem ser tratadas como matérias de pura memorização. Se uma questão de prova abordar algum princípio que não esteja aqui, antes de simplesmente cortá-lo, pense um pouco se ele faz sentido dentro do que expliquei na aula. E lógico que se só restar uma alternativa capenga, pode passar a caneta nela. 1.6. Classificação dos arquivos Um professor meu, ainda na faculdade, me disse algo importante: não existem classificações boas ou ruins, mas existem classificações úteis ou inúteis. Assim, toda classificação tem um propósito, e enquanto este propósito for alcançado, a classificação permanece útil (merecendo ser estudada). Pois bem, aqui não tem muito segredo. As classificações dos arquivos mais lembradas na doutrina (e cobradas em prova) são as seguintes: - quanto às entidades mantenedoras; - quanto aos estágios da evolução do arquivo (esta classificação é vital para a aula de gestão de documentos); - quanto à extensão de sua atuação; - quanto à natureza do documento. No que se refere às entidades mantenedoras, sugiro a memorização dos quadros abaixo, descrevendo as entidades que mais costumam ser cobradas em prova. 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 94 Fonte: PAES, Marilena Leite Naquilo que é pertinente à extensão de sua atuação, as classificações são bem intuitivas e simples: 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 94 - Arquivos Setoriais: aqueles estabelecidos junto a órgãos operacionais, servindo como arquivo corrente. Não entendeu nada? O órgão operacional dessa história é a sua repartição, que produz os documentos ou os recebe. Entretanto, ao invés de colocar os documentos produzidos em um armário para cada funcionário, pode-se resolver juntar todos eles em um... arquivo ... próximo ao setor, para que fiquem mais fáceis de serem localizados e trabalhados. - Arquivos gerais ou centrais: estes recebem documentos correntes provenientes de diversos órgãos que integram a estrutura da instituição, centralizando as atividades do arquivo corrente. Pensando na estrutura do Ministério da Fazenda: a Receita Federal do Brasil e a Procuradoria da Fazenda Nacional produzem documentos ao longo de suas atividades. Uma vez encerrada a fase administrativa, estes processos são todos, indistintamente, encaminhados à Superintendência de Administração do Ministério da Fazenda (SAMF), o qual possui, entre outras unidades, o nosso querido arquivo geral, um órgão inteiramente dedicado a receber processos e armazenar documentos. Quase terminando... No tocante à natureza dos documentos, depois de muita briga entre os integrantes da profissão, sobre o que comporia esta classificação, chegaram a um acordo sobre o assunto (como eu disse, classificações devem ser úteis, do contrário, não tem razão de existir). Especial cuidado aqui, os termos têm nomes parecidos, e a chance de o examinador tirar vantagem disso pra te passar rasteira é enorme: - Arquivo Especial: este arquivo tem sob sua guarda documentos com variados suportes (diz pro seu professor que você lembra o que significa suporte ). A forma como a informação é armazenada varia bastante. Podem ser fotografias, discos, fitas, microfilmes, disquetes... encontra-se basicamente de tudo. 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 94 Merecem tratamento especial em seu armazenamento, bem como em seu registro, controle e conservação. - Arquivo Especializado: Não tem absolutamente nada a ver com o outro arquivo (que nem vou escrever o nome para você não ficar com ele na cabeça). Chama-se de arquivo especializado aquele que possui sob sua custódia documentos oriundos de um campo específico da ciência humana. Só com exemplo mesmo: arquivos médicos, arquivos de engenharia, arquivos de direito... acredito que você tenha entendido a ideia. Mas essas foram bobinhas . A próxima é uma classificação que vai te assombrar pelo resto do curso. 1.6.1. Estágios da Evolução Esta classificação é tão importante que merece um capítulo a parte. Veja o quadro: Esta classificação doutrinária foi adotada pelo texto da Lei 8.159/1991 para os arquivos públicos: Art. 8º - Os documentos públicos são identificados como correntes, intermediários e permanentes. § 1º - Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas frequentes. 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 94 § 2º - Consideram-se documentos intermediários aqueles que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. § 3º - Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados. Na próxima aula nós veremos os aspectos relacionados à gestão documental. Por enquanto, falaremos apenas da teoria em si. Schellenberg tem um trecho bastante interessante em sua obra sobre o assunto: ³Os valores inerentes aos documentos públicos modernos são de duas categorias: valores primários, para a própria entidade onde se originam os documentos, e valores secundários, para outras entidades e utilizadores privados.´ Em outro trecho: ³Os documentos nascem do cumprimento dos objetivos para os quais um órgão foi criado: administrativos, fiscais, legais e executivos. Esses usos são, é lógico, de primeira importância. Mas os documentos oficiais são preservados em arquivos por apresentarem valores que persistirão por muito tempo ainda depois de cessado seu uso corrente e porque os seus valores serão de interesse pra outros que não os utilizadores iniciais´�·. Pois bem, quando um documento é criado, ele possui valor primário. Associe esse valor com a ideia de importância administrativa, ou valor administrativo. O documento é criado ou recebido pela instituição para que ela cumpra suas finalidades. Por outro lado, quando perder este valor, é possível (embora nem sempre ocorra, como veremos a frente) que o documento adquira valor secundário, de interesse para outros indivíduos que não o usuário inicial. O valor secundário mais lembrado em provas é o valor histórico. Embora a Constituição Imperial do Brasil não possua mais nenhum interesse administrativo (como funcionário público, eu não 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 94 respondo mais à Coroa Portuguesa já tem um tempinho...), o seu valor históricoé inquestionável, uma vez que retrata a estrutura estatal da época. Assim sendo, atente às suas definições: - Arquivos Correntes (Primeira Idade): 7DPEpP�FKDPDGRV�GH�³Arquivos de Movimento´�� Estes arquivos são constituídos de documentos frequentemente consultados pela instituição. Uma vez sendo frequentemente consultados (ou com potencial para serem consultados a qualquer momento), seus documentos devem ser armazenados próximos aos escritórios e repartições que a eles recorrem. Sua principal característica deve ser o fácil acesso. Quando você chegar à repartição, o melhor exemplo deste tipo de arquivo é o seu próprio armário de processos (você também vai sonhar com ele, acredite). Como os processos (que, por favor, em arquivologia, são os nossos documentos) são frequentemente consultados, precisam estar muito próximos da repartição. Quando você chegar à repartição, o melhor exemplo deste tipo de arquivo é o seu próprio armário de processos (você também vai sonhar com ele, acredite). Como os processos (que, por favor, em arquivologia, são os nossos documentos) são frequentemente consultados, precisam estar muito próximos da repartição. - Arquivos Intermediários (Segunda Idade): Agora, os documentos deixaram de ser frequentemente consultados, mas a instituição que os produziu ou recebeu ainda pode precisar deles. Ainda assim, como seu uso não é constante, não há necessidade de que estes arquivos estejam próximos à instituição, nem que sejam facilmente acessíveis Aliás, é bom que se diga que os documentos do arquivo intermediário nem PHVPR�ILFDUmR�DOL�SDUD�VHPSUH��R�TXH�OKHV�JDUDQWLX�D�DOFXQKD�GH�³SXUJDWyULR´�� O melhor exemplo deles também são processos. Quando eu trabalhava no TRT, os processos ainda em curso ficavam em prateleiras, bonitinhos e no lugar. Entretanto, quando eram arquivados, iam para caixas de papelão e eram empilhados em uma sala que permanecia trancada. Se eu precisasse de algum 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 94 processo dali (que apenas eram armazenados para aguardar o decurso de prazo prescricional), eu teria de procurar a caixa, e pegar o processo dali de dentro. - Arquivos Permanentes (Terceira Idade): Até agora, todos os documentos que citei possuíam algum valor administrativo (os processos que ficavam comigo estavam ali para serem trabalhados). Entretanto, veremos na próxima aula que os documentos, assim que cumprem sua finalidade, perdem este valor de natureza administrativa. Entretanto, se os documentos ainda possuírem valor histórico ou documental, serão armazenados no arquivo permanente da instituição. Cada uma destas fases corresponde a uma maneira diferente de conservar os documentos, daí a importância desta classificação. E fique tranquilo, a próxima aula conterá estes temas, com muito mais profundidade. Espero que tenha gostado dessa aula! Sugestões, dúvidas e o que quer que você ache que eu mereça saber, estou lá no fórum para isso! Até a próxima. Questões Comentadas 1. CESPE - EPF ± PF ± 2009 O documento de arquivo somente adquire sentido se relacionado ao meio que o produziu, e o seu conjunto tem de retratar a estrutura e as funções do órgão que acumulou esse documento. Comentário: Pois bem. Esta questão quer saber se você entendeu a matéria. Ela trabalha com os princípios da proveniência e da organicidade ao mesmo tempo. Lembre-se que o arquivo, através da gradual acumulação de documentos ao longo do tempo, passa a representar a estrutura de onde estes documentos provêm. Vamos rever as definições, começando pela proveniência: ³2V�DUTXLYRV�originários de uma instituição ou pessoa devem manter sua individualidade, sem jamais se misturarem aos de RULJHP�GLYHUVD�´ E agora, organicidade: 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 94 ³Relação natural entre documentos de um arquivo em decorrência das atividades da entidade produtora´� Como vimos, os documentos perdem muito de seu valor probatório quando separados, razão pela qual a necessidade mencionada pela questão de que HVWHMDP�VH�UHODFLRQDQGR�³FRP�RV�PHLRV�TXH�R�SURGX]LX´� Item Certo. 2. CESPE - PPF ± PF - 2012 A organização de documentos, atividade cada vez mais importante nas instituições, possibilita a tomada de decisão segura e o atendimento rápido das demandas dos usuários. Considerando essa informação, julgue o próximo item, referente a arquivologia. O arquivo do Departamento de Polícia Federal compõe-se de documentos colecionados referentes a assuntos de interesse dos servidores desse órgão. Comentário: Temos dois problemas nesta questão. Primeiro como dissemos DQWHULRUPHQWH�� DUTXLYLVWD� TXH� VH� SUH]D� WHP� KRUURU� DR� WHUPR� ³FROHomR´�� PDV� QmR� fosse por este detalhe, a questão peca pela generalização. Não é qualquer documento de interesse de servidor do órgão que comporá o arquivo. Imagine o extrato bancário da conta do Sr. Delegado da PF, ou do Sr. Procurador da República. São documentos de interesse dessas pessoas, servidores do órgão? Sim! Devem ser colocados junto aos processos da unidade? Certamente que não. Ademais, seria também um desrespeito ao princípio da proveniência, já que estes documentos certamente terão origem em instituições diversas. Por outro lado, a certidão de tempo de serviço do Sr. Procurador é documento de interesse do servidor, e comporá o arquivo da unidade. Mas não confunda as coisas. Item errado. 3. FCC ± TJAA -TRE SP - 2012 Original, cópia, minutD� H� UDVFXQKR� í� GLIHUHQWHV� HVWiJLRV� GH� SUHSDUDomR� H� WUDQVPLVVmR� GH� GRFXPHQWRV� í� FRUUHVSRQGHP� ao conceito de: 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para a Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini ±Aula 01 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 94 a) espécie. b) formato. c) forma. d) suporte. e) tipo. Comentário: Lembrai-vos que, quando falarmos de original, cópia e minuta, falamos de estágios da preparação de um documento, e assim, estamos falando da forma por ele assumida. Letra c) 4. ESAF - ATA MF ± MF ± 2012 Indique o que distingue o arquivo do centro de documentação, da biblioteca e do museu. a) O objetivo cultural. b) O fato de seus documentos serem produzidos em papel. c) A coleção feita por compra ou doação. d) O conjunto orgânico de documentos. e) A questão dos seus objetos serem produzidos pela natureza. Comentário: Excelente pergunta. Você deve ser capaz de diferenciar o arquivo dos três outros tipos de órgãos de documentação. Assim, o arquivo deve apresentar a característica única, não compartilhada pelos demais. Lembra-se ainda de como o arquivo é formado? Através do progressivo recebimento de documentos produzidos ela unidade, que além de tudo, estão tão ligados entre si, que acabam formando um todo orgânico. O traço peculiar do arquivo é que seus documentos, mais do que quaisquer outros dos demais centros de documentação, formam um conjunto orgânico que não deve ser separado. Falamos do princípio da organicidade de novo (e não será a última vez). Letra d) 66666236300 66666236300 - Marcelo Sampaio Arquivologia para
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