Buscar

Doenças congênitas causadas por fatores biológicos

Prévia do material em texto

Doenças congênitas causadas por fatores biológicos
Embriologia
integrantes
Fernanda Arrabal
Gabriela Hautequestt
Giulia Silvestre
Guilherme Heringer
Hiago Pinheiro
Iago Cleber Ferreira
Jailton Gomes
Jaiz Monteiro
João Vitor Jardim
Júlia Louzada
Júlia Santos
Juliana Cristina Hasegawa
Juliana da C. Sampaio Lóss
Doenças congênitas causadas por fatores biológicos
Teratologia – é o estudo do desenvolvimento anormal e das causas das mal formações congênitas.
Um TERATÓGENO é qualquer agente capaz de produzir uma anomalia congênita ou aumentar a incidência de uma anomalia na população. 
Doenças congênitas causadas por fatores biológicos
Dentro deste contexto abordaremos as anomalias congênitas causadas por fatores biológicos.
A seguir as doenças Candidíase, Vaginose bacteriana, Toxoplasmose e Sífilis.
Candidíase
Candidíase
É uma micose causada por leveduras do gênero Candida, sendo o principal agente a Candida albicans, pode ser primária ou secundária, endógena ou exógena, reconhecida como DST. As lesões podem variar de superficiais a profundas; brandas agudas ou crônicas; envolvendo diversas sítios tais como: 
Boca;
Garganta;
Língua;
Pele;
Couro cabeludo; 
Genitálias;
Dedos;
Unhas;
Órgãos internos. 
Candidíase
Assume particular importância clínica em infecções da boca e mucosa vaginal benignas, em infecções sistêmicas malignas em doentes com SIDA. 
sintomas
Intensa coceira, 
inchaço, 
vermelhidão,
 corrimento esbranquiçado na região genital e ardor.
A candidíase também pode se desenvolver em outros locais do corpo, como na boca, pele, intestinos e, os sintomas variam de acordo com a região afetada.
Diagnóstico
Na maioria das vezes as pacientes relatam as queixas e então examinamos através do Papanicolau. Mas há também a possibilidade de realizar uma cultura de secreção vaginal junto com uma pesquisa de fungos, para descobrirmos qual tipo de cândida a mulher apresenta.
Candidíase congênita
O termo candidíase congênita (CC) se refere à infecção por Candida adquirida ainda no útero, apresentando-se com sintomas nos primeiros dias de vida. A CC clássica se apresenta como infecção cutânea difusa, supostamente originada de uma corioamnionite intrauterina ascendente.
 A corioamnionite é uma infecção das membranas placentárias (âmnio e córion) e do líquido amniótico devido a uma infecção bacteriana.
Pode levar o bebê a sepse, aumento dos batimentos cardiácos, prematuridade, após 12 horas pode evoluir para candidíase sistêmica.
Prevenção e tratamento
Higienização adequada.
Uso do preservativo.
Evitar o uso de roupas justas.
Deve-se realizar regularmente um “autoexame”, observando os próprios órgãos genitais, cor, aparência, cheiro e pele. 
Tratamento: Uso de remédios antifúngicos, em comprimidos ou pomadas, dependendo do tipo de infecção por cândida.
Vaginose bacteriana
A vaginose bacteriana tende a afetar mulheres em idade fértil. Atividades como relação sexual sem proteção, ducha vaginal frequente e má higiene vaginal favorecem a infecção. É causada pela bacteria Gardnerella vaginalis. 
sintomas
Em alguns casos, não há sintomas. 
Em outros, pode haver corrimento vaginal anormal, 
coceira e odor.
Prevenção e tratamento 
Uso de preservativo.
Tratamento: Pode incluir creme, gel ou antibióticos. A recorrência em três a 12 meses é comum, exigindo tratamento adicional.
A droga mais utilizada para o tratamento durante a gravidez é o metronidazol. Pode ser utilizada no primeiro trimestre.
Complicações na gravidez
Parto prematuro.
Aborto (a partir do segundo trimestre).
Rompimento mais cedo da bolsa amniótica.
Infecção das membranas que formam a bolsa e o líquido amniótico.
Infecção e inflamação do revestimento do útero após o parto.
TOXOPLASMOSE
O QUE É ?
É uma doença infecciosa congênita ou adquirida, causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii.
70 a 100% dos adultos são considerados infectados.
No Brasil a prevalência de anticorpos IgG na população geral varia de 54% no Centro-Oeste e 75% no Norte.
transmissão
Normalmente através da ingestão de alimentos infectados com cistos do parasita.
Contato com fezes de gatos(hospedeiros definitivos).
Transfusão sanguínea, transplante de órgão ou contaminação laboratorial.
SINTOMAS
Pode variar de assintomática a sequelas graves
Em pacientes imunocompetentes é assintomática em 80% - 90% dos casos, quando sintomática apresenta quadro febril, linfoadenopatia e hepatoesplenomegalia.
Em pacientes imunodeprimidos pode ocorrer encefalite, coriorretinite, pneumonite e miocardite.
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
A toxoplasmose quando passada para o feto pode ter graves sequelas.
Relação com a idade gestacional da infecção.
 Idade gestacional Frequência de transmissão vertical.
 Idade gestacional Probabilidade de sequelas graves.
Toxoplasmose congênita
Na infecção vertical o parasita penetra através da placenta para o feto.
Risco de transmissão vertical, é praticamente restrito às infecções primárias.
A taxa de transmissão nos primeiros meses, quando infecção primária, é de 25%, 54% e 65%, respectivamente.
Apesar de assintomática durante a gravidez, quando no início da gravidez pode levar ao aborto.
 Manifestações somente após nascimento, sendo as mais comuns as retinocoroidite, alterações neurológicas e moderada perda de audição.
Em casos mais graves o RN pode apresentar hidrocefalia,diminuição do volume craniano, calcificações intracerebrais e convulsões.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Hemograma- leucocitose 
Perfil sorológico- Imunoglobulinas M,A e E aparecem primeiro.
A IgM e IgA são utilizadas para diagnóstico congênito.
O tratamento nos RN é feito por um ano após o nascimento com drogas como a pirimetamina e sulfadiazina.
Nas mães é orientado a espiramicina logo após confirmação de infecção.
A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST), causada por um agente infeccioso chamado Treponema pallidum.
Sífilis
	 A penetração no organismo humano se dá por pequenas lesões decorrentes da relação sexual.
Uma vez dentro, o treponema atinge o sistema linfático regional e vai para outras partes do corpo por disseminação hematogênica.
 A sífilis pode ser transmitida principalmente via sexual (adquirida) e verticalmente (congênita) da mãe para o feto. Há também outras transmissões atípicas, como o contato com objetos contaminados e transfusão sanguínea. 
 O contato com as lesões contagiantes é responsável por 95% dos casos
Transmissão
A sífilis não tratada é uma doença crônica que evolui por períodos sintomáticos, alternando com intervalos longos sem sintomas. A evolução da sífilis pode ser dividida em Sífilis Primária, Secundária e Terciária, Sífilis Latente e ainda, com relação ao período em que foi feito o diagnóstico, Sífilis Recente (diagnóstico é feito até um ano depois da infecção) e Sífilis Tardia (diagnóstico é feito após um ano da infecção).
Sintomas
Sífilis Primária 
É caracterizada por uma lesão específica, o cancro duro que surge no local da inoculação (95% dos casos na região genital) em média 3 semanas após a infecção.
Sífilis Secundária
Após 6 a 8 semanas de latência a doença entra novamente em atividade. Nesta fase, o acometimento estará localizado na pele e órgãos internos correspondendo à distribuição do treponema pelo corpo.
Sífilis Terciária
Caracteriza-se por lesões localizadas em pele e mucosas, sistema cardiovascular e nervoso. Geralmente as lesões terciárias formam granulomas destrutivos com ausência de treponemas.
Na sífilis congênita, a mãe infectada transmite a doença para o bebê, seja durante a gravidez, ou na hora do parto. Se a gestante é tratada adequadamente no primeiro e até no segundo trimestre, o bebê também é tratado. 
A sífilis congênita é o resultado da disseminação transmitida por vias sanguíneas (hematogênica) T. pallidum da gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada para o concepto a partir do sangue maternopara o bebê, através da placenta (transplacentária).
Sífilis congênita
Sífilis congênita
Geralmente, é mais agressiva na fase inicial da gestação, o que leva o bebe a uma maior exposição ao treponema.
Os sintomas mais característicos são alterações dos dentes incisivos, cegueira, surdez e lesões ósseas com deformação característica das tíbias (tíbias em sabre) e do dorso do nariz (nariz em sela).
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS),  a sífilis congênita leva a mais de 300 mil mortes fetais e neonatais por ano no mundo.
Há registros de morte neonatal de 40% dos conceptos infectados e aproximadamente 50% das crianças com sífilis nascem assintomáticas mais carregam a doença e isso pode acarretar futuros problemas de saúde.
Manifestações clínicas
Tratamento e Prevenção 
A sífilis é uma doença cujo tratamento e controle é imprescindível para romper-se a cadeira de transmissão do treponema. São necessárias mais políticas públicas que incentivem o uso do preservativo, o cuidado com materiais perfuro cortantes e o acompanhamento do pré-natal pra que maiores complicações sejam evitadas. 
Referencias 
EICHENFIELD, L. F.; FRIEDEN, I.; MATHES, E.; ZAEGLEIN, A.; Dermatologia Neonatal e Infantil. Editores Assoziados. 3ª Edição. 2016.
BARBEDO, L. S.; SGARBI, D. Candidíase. Instituto Biomédico. Universidade Federal Fluminense. 2010. 
Santana RM, Andrade FM, Moron AF. Infecções TORCH e gravidez. In: Prado FC, Ramos J, Ribeiro do Valle J, editores. Atualização terapêutica. 21a ed. São Paulo: Artes Médicas; 2003. p. 1111-2.
SPANHOL, Melina Rech et al. TOXOPLASMOSE NA GESTAÇÃO. Conhecimento Online, Novo Hamburgo, v. 2, sep. 2012. ISSN 2176-8501. Disponível em: <http://periodicos.feevale.br/seer/index.php/revistaconhecimentoonline/article/view/257>. Acesso em: 03 nov. 2017. doi:https://doi.org/10.25112/rco.v2i0.257. 
MARGONATO, Fabiana Burdini et al . Toxoplasmose na gestação: diagnóstico, tratamento e importância de protocolo clínico. Rev. Bras. Saude Mater. Infant.,  Recife ,  v. 7, n. 4, p. 381-386,  Dec.  2007 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292007000400005&lng=en&nrm=iso

Continue navegando