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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS CAMPUS ARAGUATINS CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA REGÊNCIA NOMINAL/CRASE ARAGUATINS-TO 2017.2/2018 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Campus Araguatins Alunos (as): Emerson, Glauber, Mateus, Renatta e Sávio. Professor: Eliézio Disciplina: Língua Portuguesa Data: 25/01/2018 Araguatins-TO Introdução Regência é a relação que se estabelece entre os verbos (Regência Verbal) ou substantivos, adjetivos e advérbio (Regência Nominal) e os termos que os complementam. Crase é a junção da preposição “a” com o artigo “a” e com alguns pronomes que se iniciam com a letra “a”. Regência Regência é o campo da língua portuguesa que estuda as relações de concordância de entre dois termos, analisando se um serve de complemento para o outro, e assim fazer o emprego correto de certos termos. Conforme a categoria gramatical da palavra regente, podemos considerar dois tipos de regência: regência nominal ou regência verbal. Iremos falar apenas da Regência Nominal. Regência Nominal É o campo gramatical que estuda a maneira de um nome (substantivo, adjetivo e advérbio) relacionar-se com seus complementos. Em geral, a relação entre o nome e o seu complemento é estabelecida por preposição. Portanto, é justamente o conhecimento da preposição o que há de mais importante na regência nominal. Acostumado a, com Alheio a, de Apto a, para Capaz de, para Contrário a Descontente com Equivalente a Fácil de Generoso com Idêntico a Indeciso em Liberal com Natural de Nocivo a Passível de Propício a Prestes a Relativo a Sito em Suspeito de Adjetivos Atentado a, contra Horror a Bacharel em Medo a, de Capacidade de, para Respeito a, com, para com, por Substantivos Advérbios Longe de Perto de Relativa a Paralelamente a Crase Conceito: é a fusão de duas vogais da mesma natureza. No português assinalamos a crase com o acento grave (`). Observe: Obedecemos ao regulamento. (a + o) Não há crase, pois o encontro ocorreu entre duas vogais diferentes. Mas: Obedecemos à norma. (a + a) Há crase, pois temos a união de duas vogais iguais (a + a = à) Regra Geral: Haverá crase sempre que: O termo antecedente exija a preposição a; O termo consequente aceite o artigo a. Ex.: “Fui à cidade”. (a + a = preposição + artigo) (substantivo feminino) “Conheço a cidade”. (verbo transitivo direto – não exige preposição) (artigo) (substantivo feminino) “Vou a Brasília”. (verbo que exige preposição a) (preposição) (palavra que não aceita artigo) Observação: Para saber se uma palavra aceita ou não o artigo, basta usar o seguinte artifício: Se pudermos empregar a combinação da antes da palavra, é sinal de que ela aceita o artigo. Se pudermos empregar apenas a preposição de, é sinal de que não aceita. Ex: Vim de Brasília (não aceita) Vim da Itália. (aceita) Vim de Roma. (não aceita) Nunca ocorre crase: 1) Antes de masculino. Ex.: Caminhava a passo lento. (preposição) 2) Antes de verbo. Ex.: Estou disposto a falar. (preposição) 3) Antes de pronomes em geral. Ex.: Eu me referi a esta menina. (preposição e pronome demonstrativo) Ex.: Eu falei a ela. (preposição e pronome pessoal) 4) Antes de pronomes de tratamento. Ex.: Dirijo-me a Vossa Senhoria. (preposição) Observações: Há três pronomes de tratamento que aceitam o artigo e, obviamente, a crase: senhora, senhorita e dona. Ex.: Dirijo-me à senhora. Haverá crase antes dos pronomes que aceitarem o artigo, tais como: mesma, própria. Ex.: Eu me referi à mesma pessoa. 5) Com as expressões formadas de palavras repetidas. Ex.: Venceu de ponta a ponta (preposição) Observação: É fácil demonstrar que entre expressões desse tipo ocorre apenas a preposição: Ex.: Caminhavam passo a passo (preposição) No caso, se ocorresse o artigo, deveria ser o artigo o e teríamos o seguinte: Ex.: Caminhavam passo ao passo – o que não ocorre. 6) Antes dos nomes de cidade. Ex.: Cheguei a Curitiba. (preposição) Observação: Se o nome da cidade vier determinado por algum adjunto adnominal, ocorrerá a crase. Ex.: Cheguei à Curitiba dos pinheirais. (adjunto adnominal) 7) Quando um a (sem o s de plural) vem antes de um nome plural. Ex.: Falei a pessoas estranhas. (preposição) Observação: Se o mesmo a vier seguido de s haverá crase. Ex.: Falei às pessoas estranhas. (a + as = preposição + artigo) Sempre ocorre crase: 1) Na indicação pontual do número de horas. Ex.: Às duas horas chegamos. (a + as) Para comprovar que, nesse caso, ocorre preposição + artigo, basta confrontar com uma expressão masculina correlata. Ex.: Ao meio-dia chegamos. (a + o) 2) Com a expressão à moda de e à maneira de. A crase ocorrerá obrigatoriamente mesmo que parte da expressão (moda de) venha implícita. Ex.: Escreve à (moda de) Alencar. 3) Nas expressões adverbiais femininas. Expressões adverbiais femininas são aquelas que se referem a verbos, exprimindo circunstâncias de tempo, de lugar, de modo... Ex.: Chegaram à noite. (expressão adverbial feminina de tempo) Ex.: Caminhava às pressas. (expressão adverbial feminina de modo) Ex.: Ando à procura de meus livros. (expressão adverbial feminina de fim) Observações: No caso das expressões adverbiais femininas, muitas vezes empregamos o acento indicatório de crase (`), sem que tenha havido a fusão de dois as. É que a tradição e o uso do idioma se impuseram de tal sorte que, ainda quando não haja razão suficiente, empregamos o acento de crase em tais ocasiões. 4) Uso facultativo da crase Antes de nomes próprios de pessoas femininos e antes de pronomes possessivos femininos, pode ou não ocorrer a crase. Ex: Falei à Maria. (preposição + artigo) Conclusão Regência é o campo gramatical que estuda as relações de concordância entre dois termos, sendo o segundo termo sempre uma preposição. Existem dois tipos de regência: a verbal e a nominal. A crase é uma fusão entre duas vogais sendo assinalada com o acento grave (`). Haverá crase sempre que: O termo antecedente exija a preposição a; O termo consequente aceite o artigo a.
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