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Teoria da Pena

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TEORIA DA PENA
Dosimetria da pena privativa de liberdade
O Brasil adotou o sistema trifásico de aferição da pena.
Consequentemente, ela deverá ser aferida em 3 fases. São elas:
a) 1ª fase (pena base)
Neste momento, o juiz deve analisar as circunstâncias judiciais (art. 59, CP).
Exemplos de circunstâncias judiciais: culpabilidade, motivos e antecedentes.
ATENÇÃO: é vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base.
Consequentemente, pode-se falar em maus antecedentes em duas hipóteses:
a) quando, ao aplicar a pena de um crime, o juiz verificar que houve cometimento de novo crime após 5 anos do cumprimento de pena por crime anterior.
b) quando, ao aplicar a pena por determinado crime, o juiz verificar que este crime foi praticado antes da sentença penal condenatória transitada em julgado por crime anterior.
Obs: portanto, só haverá reincidência se o novo crime for praticado depois do trânsito em julgado de sentença penal condenatória por crime anterior, no limite de 5 anos. 
ATENÇÃO: se a primeira condenação com trânsito em julgado for por uma contravenção penal, quando o sujeito praticar um crime, ele ainda será réu primário (ou seja, contravenção + crime não enseja reincidência).
Obs: por outro lado, contravenção + contravenção gera reincidência).
b) 2ª fase (pena provisória)
Na 2ª fase, serão consideradas circunstâncias agravantes (art. 61 e 62 do CP) e atenuantes (art. 65 e 66 do CP).
ATENÇÃO: nessa fase, a pena ainda não poderá ultrapassar o máximo ou ficar abaixo do mínimo legal.
Em relação à atenuante do menoridade relativa (menor de 21 anos), esta idade somente atenua a pena se existente na data do fato.
Porém, se houver a atenuante em relação à idade maior de 70 anos, esta idade somente atenua a pena se existente na data da sentença.
c) 3ª fase (pena definitiva)
Na 3ª fase, serão analisadas as causas de aumento e de diminuição de pena.
ATENÇÃO: nessa fase, a pena poderá ficar acima do máximo ou abaixo do mínimo legal.
Referidas causas de aumento ou de diminuição de pena podem ser encontradas na parte geral e na parte especial do Código Penal.
Exemplo: na parte geral, os institutos da tentativa e do arrependimento posterior são causas de diminuição de pena.
Exemplo2: na parte especial, o furto privilegiado (quando o réu é primário e a coisa furada é de pequeno valor) é uma causa de diminuição de pena.
Regime de cumprimento de pena (art. 33, CP)
Aos condenados primários:
- regime inicial aberto: condenação a pena de até 4 anos.
- regime inicial semiaberto: condenação a pena superior a 4 anos, até o limite de 8 anos, inclusive.
- regime inicial fechado: condenação a pena superior a 8 anos.
Aos condenados reincidentes:
- regime inicial semiaberto: condenação a pena de até 4 anos.
- regime inicial fechado: condenação a pena superior a 4 anos. 
Pena de multa
O sistema de dias-multa varia entre 10 a 360 dias de multa (de acordo com a gravidade do crime).
Cada dia-multa poderá ter valores entre 1/30 até 5 vezes o valor do salário mínimo vigente (de acordo com a situação financeira do réu).
Obs: se o valor da multa ainda restar insuficiente, de acordo com a condição econômica do réu, é possível triplicar esse valor.
Conversão (substituição) de pena privativa de liberdade em pena restritiva de direito (art. 44, CP)
Requisitos cumulativos:
a) pena concreta de até 4 anos.
Obs: em crimes culposos, sempre caberá a conversão, independentemente do quantum da pena.
b) crime sem violência ou grave ameaça à pessoa.
c) não ser reincidente em crime doloso.
ATENÇÃO: de acordo com o artigo 44, §3º, do Código Penal, o condenado reincidente em crime doloso poderá obter a conversão em pena restritiva de direitos, caso a medida seja socialmente recomendável e não se trate de reincidente específico (no mesmo crime).

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