Diverticulite causa

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO
O surgimento das doenças inflamatórias intestinais pode estar associado a vários aspectos, imunologicos, genéticos e ambientais. Entre os ambietais, está a alimentação. Dietas ricas em gorduras totais, gordura animal, açucar e carnes, podem ser fatores de risco para estas doenças. Existem muitos alimentos permitidos e restritos nas fases ativas e de remissão das doenças. A dietoterapia é de extrema importância, pois para diminuir os sintomas e curar o problema, deve-se começar pela alimentação.
A dietoterapia no caso das Doenças Inflamatórias Intestinais, as DII, tem como objetivo controlar os sintomas, induzindo à remissao da doença, prevenir e corrigir a desnutrição e deficiencia de nutrientes e reduzir sequelas em longo prazo.
(DIESTEL; SANTOS; ROMI; 2012). 
TERAPIA NUTRICIONAL - FASE ATIVA
Na fase ativa da doença, a alimentação deve auxiliar no controle da distensão, dor abdominal, diarreia e previnir ou reverter a desnutrição e a perda de peso atraves de suplementos adequados. A dieta para estes casos precisa ser hipercalórica (30 a 35 kcal/kg/dia) já que a inflamação, a febre e a diarréia podem deixar o indivíduo desnutrido. Também deve ser hiperprotéica (1,0 a 2,0 kcal/kg/dia), hipolipídica (menos de 20% da s calorias totais) e normoglicídica, porém, deve-se evitar alimentos flatulentos e carboidratos simples. Fibras insolúveis e resíduos (como a lactose) devem ser evitados. As refeições devem ser fracinadas de seis a oito refeições por dia, contendo pouco volume.
(DIESTEL; SANTOS; ROMI; 2012).
TERAPIA NUTRICIONAL – FASE DE REMISSÃO
Na fase de remissão da doença, onde ocorre uma melhora do paciente, pode-se incluir carboidratos simples como a sacarose na dieta (moderadamente) e a lactose ( de fora progressiva se houver tolerância), deve-se aumetar cautelosamente fibras totais e insolúveis, mantendo moderado o teor de gordura. As calorias devem estar adequadas ao paciente.
(DIESTEL; SANTOS; ROMI; 2012). 
GRUPOS DE ALIMENTOS
VEGETAIS: Os vegetais a serem consumidos na fase ativa da doença são mandioca, chuchu, cenoura, abóbora, batata e inhame. Todos devem estar descascados e cozidos. Evitar todos os outros vegetais nesta fase, principalmente os verdes e crus. Já na fase de remissão, pode-se consumir todos e evitar aqueles que possam causar flatulência caso ainda não seja tolerado.
LEGUMINOSAS: Na fase ativa consumir o caldo e evitar os grãos. Na fase de remissão, pode-se consumir os grãos, porém, sem usar bacon, linguiça e carnes como incremento.
FRUTAS: Na fase ativa consumir banana, maça e pêra sem casca, goiaba e pêssego sem casca e sem semente. Evitar todas as demais e inclusive as desidratadas. Na fase de remissão, pode-se consumir todas, mas moderar no consumo de açaí e côco.
CEREAIS: Na fase ativa, pode-se cnsumir os cereais brancos e refinados e evitar os integrais. Na fase de remissão pode-se consumir todos.
LEITE E DERIVADOS: Na fase ativa consumir leite de soja light, iogurt de soja light, leite sem lactose desnatado e queijos brancos e magros, tudo conforme a tolerância. Deve-se evitar leite comum integral, iogurte comum e queijos amarelos. Na fase de remissão, pode-se consumir todos os desnatados e light e evitar aqueles gordurosos e restringir lactose, caso haja intolerância ou flatulência.
GORDURAS: Na fase ativa podem ser consumidas margarinas light, creme vegetal, azeite e óleo vegetal em pouca quantidade. Preferível assar, grelhar ou cozinhar os alimentos. Evitar excessos. Na fase de remissão pode-se consumir todos com moderação e evitar excessos de gordura e fritura.
CERNES E OVOS: Fase ativa, consumir carnes magras, frango sem pele, filé de peixe, gema do ovo três vezes na semana, peru light. Evitar care gorda, linguiça defumada, vísceras, embutidos e frutos do mar. Na fase de remissão, consumir todos e evitar excesso de gordurosos.
AÇÚCAR E DOCES: Na fase ativa consumir adoçantes e gelatinas light. Evitar açucar, mel e melado. Na fase de remissão pode-se consumir todos e evitar os excessos.
TEMPEROS: Os temperos também podem ser prejudiciais no caso destas doenças. Os permitidos na fase ativa são alho, cebola, sal ervas naturais em pouca quantidade. Molho de tomate caseiro sem pele e sem semente. Os restritos são pimenta, molho pronto, tempero pronto, mostarda, catchup, shoyu. Na fase de remissão os permitidos são alho, cebola, sal e ervas naturais em maior quantidade e evitar pimenta, mostarda, catchup, shoyu e tempero pronto.
(DIESTEL; SANTOS; ROMI; 2012).
TABELA DE ALIMENTOS PERMITIDOS E NÃO PERMITIDOS
	Grupos Alimentares 
	      Fase Ativa 
	           Fase   Remissão  
	
	Permitidos
	Evitados
	Permitidos 
	Evitados  
	Vegetais 
	Chuchu, cenoura, abóbora, batatas, aipim, inhame. Todos cozidos e sem casca.
	Todos os outros, principalmente os verdes crus ou cozidos 
	Todos 
	Os que causam flatulência, se o paciente não tolerar 
	Leguminosas 
	Caldos 
	Grãos 
	Todos 
	Colocar carnes e linguiças como temperos 
	Frutas 
	Maçã, Bananaepêrasem casca, goiaba e pêssego sem casca e sem caroços 
	Todas as outras, inclusive as secas 
	Todas 
	Evitar excessos de açaí e coco 
	Cereais 
	Brancos ou refinados 
	Integrais 
	Todos 
	Nenhum, em principio 
	Leites e Derivados 
	Leites de soja light, Iogurte de soja light, Leites baixo teor de lactose e queijos brancos magros (avaliar tolerância) 
	Leite de vaca comum, integrais, iogurte comum queijos amarelos 
	Todos os desnatados oulights 
	Evitar excessos dos gordurosos. Pode-se restringir lactose se intolerância ou flatulência excessiva 
	Gorduras 
	Margarinas light, azeite e óleo vegetal em pouca quantidade – preferir assar ou cozinhas os alimentos 
	Excessos 
	Todos 
	Excessos de gorduras e frituras 
	Carnes e Ovos 
	Carnes magras, frango sem pele, peixe (filé), clara de ovo, blanquet de peru light 
	Carnes gordas,lingüiças, defumados, vísceras, embutidos, frutos do mar 
	Todos Máximo 03 gemas de ovo/semana 
	Ingerir os muito gordurosos com moderação 
	Açúcar e Doces 
	Adoçantes e gelatina diet 
	Açúcar, mel, melado 
	Todos 
	Excessos 
	Temperos 
	Alho, cebola, sal e ervas naturais em pouca quantidade, molho de tomate feito em casa (sem pele e sem semente ou polpa de tomate) 
	Pimenta, tempero prontos, mostarda,catchup,shoyu, molho de tomates prontos 
	Alho, cebola sal e ervas naturais em maior quantidade 
	Pimenta, tempero prontos, mostarda,catchup,shoyu 
	Bebidas 
	Chás de ervas, sucos das frutas permitidas, água, água de coco 
	Café e mate (cafeína estimula aperistalse), refrigerantes, sucos industrializados, suco de laranja, bebidas alcoólicas, caldo de cana 
	Todos 
	Evitar excessos de refrigerantes e bebidas alcoólicas 
(DIESTEL; SANTOS; ROMI; 2012).
 
 
CONCLUSÃO
Conclui-se que para diminuir os riscos contra certas doenças é preciso cuidar primeiramente da alimentação, no entanto, quando já se possui a doença, é fundamental o auxilio de um profissional nutricionista, pois é a dietoterapia é crucial no tratamento para o enfermo, além do tratamento, é ela quem vai manter o individuo forte o suficiente para conseguir progredir o tratamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIESTEL, C. F.; SANTOS, M. C; ROMI, M. D. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto: Tratamento Nutricional nas Doenças Inflamatórias Intestinais. UERJ, Rio de Janeiro, v. 11, n. 4, out / nov 2012. Disponível em http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=355 Acesso em: 28 de mai. 2016.