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RESUMO DIREITO CONSTITUCIONAL

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PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DA REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
- Principios politico – constitucionais: campo da política; preveem características essenciais do estado brasileiro. (art. 1 ao art. 4)
- Principios jurídico-constitucionais: referentes a ordem jurídica nacional; dispersos pelo texto constitucional. (ex: ampla defesa; contraditório)
Norma: Principios e Regras
- Principios: Mais abstratos, conflito entre princípios solucionados pelo juízo de ponderaão, harmonizando os princípios. Não se pode dizer que um principio sera superior a outro em abstrato, a analise so poderá ser feita no caso concreto – qual principio prevalece mais naquele caso
- Regra: mais concreto, cumprimento total ou descumprumento total – não tem meio termo. 
Principios Fundamentais
Art. 1 – Fundamentos da RFB
Art. 2 – Separação dos poderes
Art. 3 – Objetivos fundamentais da RFB
Art. 4 – Principios das Relações internacionais
(Tudo enquadrado nesses artigos são princípios fundamentais. Ex: soberania – fundamento da rfp – principio fundamental; sociedade justa, livre e igualitária – objetivo fundamental – principio fundamental)
Fundamentos da RFB
 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
 II - a cidadania;
 III - a dignidade da pessoa humana;
 IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
 V - o pluralismo político.
 Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
- Macete: SOCIDIVALIPLU
Soberania – caracteristca inerente ao Estado brasileiro, à Republica ( A união NÃO possui soberania, possui autonomia. Apenas representa o estado brasileiro no âmbito internacional)
- A soberania significa que o Brasil não considera nenhum poder maior que ele nem no plano interno nem no extermo. 
- Flexibilização da soberania 
Ex: 1tratados e acordos internacionais abdicando de parte de sua soberania em alguns aspectos ex: países da zona do euro abdicaram de consuzir sua politica monetária e cambial em prol do banco central que organiza isso na zona do euro. 
Ex. 2: intervenção humanitária - em razão de graves violação dos direitos humanos
Cidadania: pleno gozo dos direitos políticos; poder votar e ser votado. (diferente de nacionalidade – uma criança de 3 anos é brasileira nata mas não é cidadã, pois não pode votar e ser votada; não esta no gozo pleno de direitos políticos – cidadania é um conceito mais amplo)
Dignidade da pessoa humana – valor fonte do ordenamento jurídico; prioridade do constituinte na elaboração das normas constitucionais. Tratado primeiro no art. 5
Aplicado de forma direta pelos tribunais – STF
 - União homoafetivas – consideradas como entidades familiares
 - Pesquisa com células tronco embrionárias – pesquisa com embriões que foram descartados no procedimento de fertilização in vitro (somente alguns são implantados no útero da mãe)
 - Exame de DNA – não é possível a submissão compulsória do pai à um exame de DNA numa ação de investigação de paternidade.
 - Uso de algemas – será excepcional, somente nos casos de resistência à prisão, receio de fuga e perigo à integridade física do preso ou de terceiros 
Sumula Vinculante 11 - Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
Pluralismo politico – duas acepções
- Multipartidarismo: múltiplos partidos políticos, em consequência múltiplas ideologias
- Liberdade de expressão – não é absoluta, assim como os outros princípios fundamentais. Relativa pois não admite o discurso de ódio, a incitação ao racismo.
 (IMPORTANTE: Não há princípio fundamental absoluto, nem mesmo a dignidade da pessoa humana – que pode ser relativizado no caso concreto quando em conflito com a dignidade da pessoa humana de outra pessoa)
Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa: valorização do trabalho humano (se refere ao trabalho remunerado e não remunerado – qlqr tipo de trabalho) e privilegio ao modelo capitalista (livre-iniciativa).
Formas de Estado – repartição territorial do poder
Federação: adotada pelo Brasil. Descentralização do poder politico, com vários centros de poder – no caso dos entes federativos (união, estados, municípios e distrito federal). 
- Vinculo federativo é indissolúvel – não há direito de secessão. (ex: não é possível que um estado se torne independente do brasil)
Estado Unitário: o poder politico é territorialmente centralizado (Portugal)
Formas de governo – relação entre governantes e governados
Monarquia: inviolabilidade do governante
República: adotada pelo Brasil
- Mandato eletivo e temporário
- Responsiblização pessoal do governante
Regime Político
- Estado democrático de direito
- Democracia semidireta (representantes eleitos pelo povo direta e indiretamente – plebiscito (prévio ao ato legislativo), referendo (posterior ao ato legislativo), ação popular, orçamento participativo (elaboração do orçamento pelo cidadão)
Sistema de governo
- Presidencialimo – adotado pelo brasil
- Parlamentarismo
Princípio da separação dos poderes 
 Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário
	Poder politico é uno e indivisível. O que existe são funções diferentes de um mesmo poder. Esse poder politico terá uma função administrativa, uma função legislativa e uma função jurisdicional. 
	O sistema de separação de poderes adotados pelo brasil é flexível – cada poder exerce sua função típica mas também exerce sua função atípica
Ex: Poder legislativo – função típica de legislar. Porém ele também exerce a função adminsitfatva na realização de um concurso publico para seus servidores, quando faz um contrato. Tambem exerce função jurisdicional – julga o presidente da republica nos crimes de responsabilidade. 
Ex2: judiciário – função típica de julgar. Tambem realiza função administrativa (concurso, contratos). Também legisla – tribunais editando regimentos internos
Ex 3: Executivo – função administrativa. Função legislativa – presidente deditando medidas provisórias e leis delegadas, PODER EXECUTIVO NÃO EXERCE FUNÇÃO JURISDICIONAL (apesar de julgar processos administrativos, ele não está decidindo com definitividade, podendo aquela decisão administrativa ser levada ao judiciário. Ao julgar um processo administrativo, ele está exercendo uma função administrativa)
- Principio da indelegabilidade de atribuições: nenhum poder poderá transferir função que lhe é típica ou expressamente prevista como atípica a outro. 
- Harmonia entre os poderes – cooperação entre os poderes. 
- Independencia entre os poderes – não é absoluta, pois é limitada pelo sistema de freios e contrapesos – A CF prevê meios de um poder intervir no outro. Ex: judiciário com o controle de constitucionalidade das leis; julgamento do presidente pelo legislativo
OBS: As formas de intervenção devem estar expressas na CF. Não pode uma Constituição Estadual criar uma outra forma de intervenção, podendo essas apenas reproduzir os mecanismos da CF, com estreita similaridade (STF)
OBS2: É inconstitucional norma que subordina acordos, convênios, contratos e atos de Secretários de Estado à aprovação da Assembleia Legislativa, porque viola a separação de poderes (STF)
Objetivos Fundamentais
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
 I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
  III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
- Esse rol do art. 3 é exemplificativo, não exaustivo
- MACETE: CONGA ERRA PRO (verbos – construir, garantir, erradicar, promover)
- Normas de natureza programática – traz diretrizes para a atuação do estado. 
Princípios das relações internacionais
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
 I - independência nacional – ligada a ideia de soberania, flexibilizada (intervenção humanitária; 
 II - prevalência dos direitos humanos;
 III - autodeterminação dos povos – direito que cada povo tem de conduzir o seu próprio destino
IV - não-intervenção;
 V - igualdade entre os Estados; - igualdade de direitos que decorre da soberania
 VI - defesa da paz; - Paulo Bonavidades: direito à paz é um direito de 5ª geração. Do direito a paz decorre com o repudio ao terrorismo
 VII - solução pacífica dos conflitos; - o brasil não opta pela guerra como forma de solução de conflitos, p ex. 
 VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
 IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
 X - concessão de asilo político – proteção concedida aqueles que estão sendo perseguidos politicamente (ato discricionário do estado)
 Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
OBS: Reparar as pegadinhas em relação à américa latina (as vezes colocam américa do sul)
DIREITOS FUNDAMENTAIS
- Direitos do homem: direitos naturais; decorrem da condição de ser humano; equivalem em qualquer lugar; não estão positivados, mas são direitos que se sabem ter – jusnaturalistas
- Direitos fundamentais: direitos positivados em uma constituição, validos para um determinado momento histórico em um determinado ordenamento jurídico.
- Direitos humanos: direitos positivados no plano internacional, em tratados internacionais. 
Direitos Fundamentais x Garantias Fundamentais – os direitos fundamentais declaram direitos (ex: liberdade de locomoção), enquanto as garantias asseguram direitos (ex: habeas corpus) – as garantias também podem ser consideradas como direitos fundamentais
Gerações ou Dimensões de Direitos Fundamentais
1ª Geração: Liberdade como valor fonte – o estado deixando de interveir indevidamente na vida privada. Limitar a intervenção estatal – dever de abstenção; “liberdade negativa” (em relação ao estado); “direitos de defesa” – proteção do individuo em face do estado. São os direitos civis e políticos. Liberdade de propriedade, liberdade de expressão e etc. Direitos Individuais
2ª Geração: Igualdade como valor fonte – atuação positiva do Estado em prol dos indivíduos, ofertando bens e serviços aos indivíduos por meio de politicas publicas. “liberdade positiva”. Direitos sociais, econômicos e culturais.
OBS: o aparecimento de uma nova geração de direitos não extingue a anterior, elas se acumulam.
3ª Geração: Fraternidade como valor fonte – direitos transindividuais, não tem como titular uma pessoa individualmente considerada, mas sim a coletividade. Direitos do consumidor, direito ao desenvolvimento, direito a um meio ambiente harmônico
Os direitos de 4ª e 5ª geração não possuem consenso na doutrina
Paulo Bonavides – 4ªa geração são os direitos inerentes a sociedade aberta ao futuro, típicos da globalização economixa e politica – direito a democracia, informação e pluralismo. 5ª geração seria o direito a paz.
Norberto Bobbio – 4ª geração como direitos relacionados a manipulação genética.
Titularidade dos direitos fundamentais
- Pessoas físicas
Brasileiros
Estrangeiros [residentes (CF) ou não residentes (STF)]
- Pessoas jurídicas 
Caracteristicas dos direitos fundamentais
- Universalidade: conjunto mínimo de direitos que são conferidos a todas as pessoas. Discussão acerca do multiculturalismo, nas quais em algumas culturas não se aplicam determinados direitos. 
- Historicidade: processo histórico de afirmação dos direitos; luta por esses direitod. É o que justifica o caráter de gerações, conquistas progressivas da humanidade
- Indivisibilidade: compõem um todo único, acumulação de gerações
- Inalienaveis: intransferíveis, inegociáveis; não possuem conteúdo econômico-patrimonial. Ex: não se admitem comercio de órgãos. 
- Imprescretiveis: não se perdem com o decurso do tempo. 
- Irrenunciabilidade: o individuo não pode renunciar a um direito fundamental. Ex: a eutanásia não é admitida no Brasil. Admite-se a autolimitação voluntária. Ex: BBB – as pessoas voluntariamente limitam o seu direito de locomoção. 
- Relatividade: os direitos fundamentais não são absolutos. Ex: direito a vida – em caso de guerra declarada, é possível a pena de morte. 
- Concorrencia: o individuo pode exercer vários direitos fundamentais ao mesmo tempo.
- Efetividade: promoção da máxima concretização dos direitos fundamentais.
- Proibição de retrocesso: a proteção social não pode piorar
Dupla dimensão dos direitos fundamentais 
- Dimensão subjetiva: os direitos fundamentais são os direitos frentes ao Estado, limitando ou exigindo a sua atuação (direitos de 1ª e 2ª geração respectivamente). Proteção do direito pessoal do individuo frente ao estado. Reflexão: concretizar os direitos de 1ª geração (atuação negativa) do que os de 2ª geração (politicas publicas – verbas, vontade politica)
- Dimensão objetiva: “eficácia irradiante” – servem como um vetor de interpretação para todo o ordenamento jurídico. Devem ser levados em consideração na elaboração das normas. “Constitucionalização do direito civil”. São normas estruturantes do estado, e não apenas exigíveis do estado.
Limites aos Direitos Fundamentais
- Teoria interna ou absoluta: o processo de definição dos limites de um direito é um processo interno aquele direito – ao analisar o limite a um direito fundamental, você analisa somente aquele direito em abstrato sem considerar fatores externos. Não se admite o juízo de ponderação entre princípios
- Teoria externa ou relativa: adotada implicitamente no Brasil, admite o conflito entre direitos fundamentais, realizando a ponderação no caso concreto. Fatores externos são considerados. Teoria dos “limites dos limites” – apesar de poder sofrer limitações externas, o núcleo essencial do direito não pode ser afetado. Esse núcleo é determinado no caso concreto, ao se aplicar o princípio da proporcionalidade. 
Eficácia Vertical dos direitos fundamentais – relação particulares – estado
Eficacia Horizontal dos direitos fundamentais – relação particulares-particulares
- Aqui, discute-se sobre a eficácia direta ou indireta dos direitos fundamentais nas relações entre particulares
Indireta ou mediata – vão incidir sobre o legislador na hora de produzir a norma, devendo ou não desrespeitar os direitos fundamentais ou implementando-os, ponderando quais se aplicariam as relações privadas
Direta ou imediata – aplicação dos direitos fundamentais as relações privadas sem a necessidade de intermediação legislativa para a sua concretização. (vem sendo a mais adotada pela jurisprudência)
OBS: eficácia irradiante – influencia em todas as esferas do poder publico, executivo legislativo e judiciário. Nenhuma norma ou ato pode desrespeitar os direitos fundamentais.
Catalogo dos direitos fundamentais. (art. 5º ao art. 17)
Direitos e Garantias Individuais
Direitos Sociais
Direitos de Nacionalidade
Direitos Politicos
Direitos inerentes a Organização e Funcionamento dos Partidos Politicos. 
Aplicação dos Direitos Fundamentais
Art. 5º, § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
- Não se trata apenas de normas de eficácia plena e contida. O artigo se interpreta como um comando de otimização, diante da ideia de máxima eficácia dos direitos fundamentais. Ex: interferência do judiciário em politicas publicas visando a sua efetivação.- Aplicação é diferente de aplicabilidade. No caso do artigo, significa que os direitos fundamentais são aplicáveis ate onde possam, ate onde as instituições ofereçam condições para seu atendimento. Também significa que o Poder Judiciario, sendo invocado a proposito de uma situação concreta nelas garantida, não pode deixar de aplica-la. Obrigatoriedade de dar o comando de regulamentação.
- Mandado de injução como “garantia” da aplicação imediata – obrigando o estado a concretizar tais direitos. 
- Não se trata só dos direitos individuais, mas de todos os direitos fundamentais. 
Abertura Material dos Direitos Fundamentais
Art. 5º, § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
- Existem direitos fundamentais que não estão no texto constitucional, que decorrem dela ou de tratados. Ex: direito ao nome aparece somente no Código Civil. 
- O rol de direitos previstos na constituição é um rol exemplificativo e não exaustivo
Hierarquia dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos
 Art. 5º, § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 
- Um tratado de direitos humanos quando aprovado dentro desse rito, ele passa a compor o bloco de constitucionalidade sem compor o texto da constituição (ou seja, vão existir normas constitucionais que não estão na constituição). Ex: Covenção Internacional das Pessoas com Deficiencias.- inserido pela EC 45. 
- Os tratados de direitos humanos aprovados pelo rito ordinário terão status de “supralegal”, abaixo das normas constitucionais e acima das normas ordinárias. (STF). Ex: Convenção Americana de Direitos Humanos. 
- As normas sofrem um duplo processo de compatibilização vertical – devem ser compatíveis com a constituição e com as normas de direitos humanos. Controle de Convencionalidade (doutrina)
Teoria dos Quatro Status
- Status do individuo perante o Estado.
Passivo – individuo subordinado aos Estado, sendo detentor de deveres perante ele.
Ativo – individuo com competências para influenciar na vontade do Estado, como no exercicio do direito ao voto.
Negativo – Espaço de liberdade do individuo diante da intervenção do Estado. Atuação negativa; abstenção do estado. 
Positiva – o individuo tem o direito de exigir que o estado atue positivamente, realizando uma prestação ao seu favor.
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes
- Os estrangeiros não residentes e também são titulares dos direitos individuais, por entendimento doutrinário e jurisprudencial
- ex: podem interpor um habeas corpus, ter uma propriedade (estrangeiros em geral)
- Os direitos citados no caput resumem os direitos assegurados nos incisos do art. 5º. São direito basilares
Direito à vida
- 1ª acepção - Direito à sobreviver; a estar vivo
- 2ª acepção - Direito à existência digna – mínimo existencial; condições mínimas que o individuo deve ter para uma existência digna (obs: não são condições mínimas de sobrevivência, mas de existência digna; uma vida boa)
- O direito a vida também engloba a vida intratrauterina; sendo o aborto no Brasil considerado crime, sendo admitido em situações excepcionais, como o estupro ou risco a vida da gestante 
- Uniões homoafetivas – são entidades familiares, se baseando na existência digna, que também envolve a “busca pela felicidade” (STF)
- Feto anencéfalo – possibilidade de interrupção da gravidez de feto anencéfalo, em prol da dignidade humana da mãe (STF)
- Admissão de pesquisas com células-tronco com embriões produzidos em fertilização in vitro que não foram implantados no útero da mãe (descartados) (STF)
- O direito a vida é relativo, pois a CF admite-se a pena de morte no caso de guerra declara; p.ex: deserção em presença do inimigo – morte por fuzilamento. 
OBS: Não há nenhum direito fundamental absoluto
Direito à Igualdade
- Fala-se aqui em igualdade material – tratar o igual com igualdade e os desiguais de forma desigual na medida de sua desigualdade
- Igualdade na lei – comando destinado ao legislador, ao elaborar as leis ele deve levar em conta a igualdade material.
- Igualdade perante a lei – comando destinado aos aplicadores, aplicar a lei deve-se levar em conta a igualdade material
- Ações afirmativas: discriminações positivas, dao tratamento mais benéficos a grupos menos desfavorecidos. Ex: cotas raciais (STF), cotas sociais – elas tendem a realizar a igualdade material
- Igualdade de gênero:  I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
- Limite de idade em concurso público: admitido pelo STF, tanto em máximo (no max de X anos) ou no mínimo (mínimo de X anos). Porém essa limitação deve estar imposta pela lei, não só no edital de forma isolada. 
- Criterios distintos para a promoção de integrantes femininos e masculinos na Aeronautica; permitidos pelo STF, pois entendeu que permite o alcance a igualdade material
- Concurso de para agente de penitenciaria feminina disponível apenas para mulheres – permitido.
- “SV 37 – Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa (típica), aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia”. O aumento só pode ser feito por meio de lei.
Principio da Legalidade
 II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
- Aplicação aos particulares: podem fazer tudo o que a lei não proíba.
- Aplicação à administração pública: somente pode fazer o que a lei permite (atuação mais limitada, apesar de existir a margem de discricionariedade ao adm publico)
- Principio da legalidade – lei em sentido amplo: não so a lei formal, mas outros atos normativos do poder publico, como portaria, decretos, regulamentos e etc
- Principio da Reserva legal – engloba apenas a lei formal. Ex: se determinada matéria estiver submetida a reserva legal, so poderá existir em virtude de lei formal (os crimes so existem se tiverem previstos em lei formal, p.ex.)
- Reserva legal absoluta: a matéria deverá estar integralmente regulamentada pela lei
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica - absoluta
- Reserva legal realtiva: quando a lei fixa apenas parâmetros de atuação para determinada matéria
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. – relativa, a lei complementar vai fixar parâmetros sobre a AGU
- Reserva legal simples: quando a CF não especifica o conteúdo e a finalidade do ato; maior liberdade para o legislador infraconstitucional 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; - garante a assistência mas não diz como ela sera prestada, o que sera definido por lei
- Reserva legal qualificada: a CF já prevê o conteúdo e finalidade da lei
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; 
Vedação à Tortura
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
- vemlogo no inicio, como marco do momento histórico da CF de 88, saindo do regime militar
- Não é absoluto, mesmo não sendo admitido em guerra. Pois não há direitos fundamentais absolutos
Liberdade de expressão
 IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
- você pode manifestar o seu pensamento, mas você responde pelos abusos da liberdade de expressão, por isso é vedado ao anonimato. 
- Marcha da maconha: manifestação publica pela legalização das drogas. Seria uma forma de apologia ao crime? Não, segundo o STF, pois é compatível com a liberdade de expressão e liberdade de reunião
- Defesa do aborto também não é considerado apologia ao crime, mas liberdade de pensamento
- Discurso de ódio, incitação ao racismo: são incompatíveis com o pluralismo politico, e também com a liberdade de expressão. 
- Diploma de jornalismo: dispensa-se o diploma de jornalismo para o exercicio do jornalista; seria uma violação indireta para o exercício da liberdade de expressão (STF)
- Biografias não autorizadas: admitidas pelo STF (conflito entre direitos – privacidade x liberdade de expressão. O STF deu prevalência à liberdade de expressão). Porém, cabe indenização se o escritor causar algum dano ao biografado. 
Direito de resposta
 V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
- Derivado da vedação do anonimato, para que possa haver o direito de resposta do ofendido. 
- Se aplica a todas as ofensas, porem essa última deve existir, sendo avaliado no caso concreto(STF). 
- Ofensas inclusive que não se enquadram em um tipo penal
- A ofensa tem que ser proporcional (ex: a foto de capa de uma revista esta ofendendo determinada pessoa – a resposta deve vir na capa da revista)
- A indenização independe do direito de resposta ter sido exercido. Uma pessoa pode usufruir do direito de resposta e além disso pleitear a indenização.
- As indenizações materiais, morais e a imagem são cumulativas, ou seja, todas elas podem ser pleiteadas em conjunto.
Liberdade Religiosa
 VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
- O brasil é um estado laico, sendo livre a consciência, a crença e de culto
- Constituição de 1824 a religião oficial era a católica. Fim na constituição de 1891. 
 VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
- entidade civil de internação coletiva: presidio, por ex. 
- entidade militar de internação coletiva: academia militar 
- Quem presta assistência religiosa não é o estado, o estado apenas garante a liberdade de assistência religiosa, apenas as garante.
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
- Colaboração de interesse público é uma forma de relacionamento entre o estado e a religião. Ex: quando uma igreja oferece seu espaço para abrigo de desabrigados por enchente, a pedido do prefeito
Escusa de Consciência
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
- Dupla recusa: quando a pessoa alega não poder cumprir a obrigação a todos imposta por que a religião não permite, mas também se escusa de cumprir a prestação alternativa. Pode gerar a perda dos direitos políticos. 
- Norma de eficácia contida: pois a prestação alternativa restringe a escusa de consciência. 
Liberdade de expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
- liberdade de imprensa deve ser a mais ampla possível, porém os abusos geram a responsabilização a depender do caso concreto.
- Censura estatal ilegítima: não é admitida, inclusive a praticada por via jurisdicional (jurispr: juiz mandou tirar a matéria do ar, o stf disse que era censura estatal ilegítima a liberdade de expressão)
Direito a privacidade
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
- Titularidade: as pessoas físicas (brasileiros e estrangeiros residentes ou não) e as pessoas jurídicas (podem ser ofendidas em sua honra e sua imagem)
- Submissão compulsória ao exame de DNA: não permitido por violar a intimidade do indivíduo. Intangibilidade do corpo humano. 
- Privacidade dos agentes públicos: sujeita a uma clausula de modicidade. Mais restrita em razão dos princípios da adm publica (publicidade e transparência).
- Sigilo bancário: a sua quebra pode ser determinada pelo judiciário e pelas CPI’s federais e estaduais. CPI’s municipais NÃO podem. 
- Ministerio Publico em regra não pode quebrar sigilo bancario (no caso de uma questão genérica, esta certo – não pode), mas pode quando o sigilo for de conta de um ente público – ex: conta da Prefeitura. (STJ)
- Autoridades fiscais: LC 105/2001 – permite que as instituições financeira requisitem informações protegidas por sigilo bancário (não é quebra de sigilo, mas tranfarencia de sigilo – as informações que estavam em sigilo bancário passam a estar em sigilo fiscal)
- Tribunais de Conta não podem quebrar sigilo bancário, em geral. Há uma jurisprudência do STF que permite que o TCU requisite informações sobre operações de credito (empréstimos, p ex) que envolvam recursos públicos, em nome do princípio da transparência – não é quebra de sigilo bancário.
Direitos a inviolabilidade de domicilio
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
- Regra geral: a entrada do morador deve ter o consentimento do mesmo. 
- Exceção: Flagrante delito, desastres, prestação de socorro (a qualquer hora da noite ou do dia) e mediante ordem judicial (somente durante o dia – 6 horas da manhã ás 18 horas)
- Conceito de casa não é apenas a residência do morador, abrangendo também quartos de hotel, escritórios profissionais, barcos. Porém não engloba lugares abertos ao público, como bares e restaurantes. 
- A inviolabilidade domiciliar não podem ser um escudo para a pratica de atos ilícitos, assim como todo e qualquer direito fundamental
Caso concreto: permitido a instalação de escuta ambiental a noite em escritório de advocacia, diante de ordem judicial, pois de dia seriam impossível por possuir movimento.
- Ingresso durante o dia e permanência durante a noite: é admitido – pois somente o ingresso não é admitido.
- Crimes permanentes: a entrada em domicilio a qualquer hora, inclusive a noite, sob argumento de flagrante delito, deve ocorrer somente sob fundadas razões e não apenas sob meros indícios.
Sigilo das comunicações telefônicas
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.
- As comunicações citadas nos seus artigos podem ter seu sigilo quebrado por ordem judicial somente para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. (não pode em processo civil, p. ex).
- sigilo das correspondências x administração penitenciaria – a administração penitenciaria pode violar o sigilo das correspondências dos presos em prolda segurança pública (lei – constitucional pelo stf)
- apreensão de HD de computador em busca e apreensão de provas: é admitida, pois não há violação da comunicação de dados, há violação dos dados em si, e o que a constituição protege é comunicação de dados
- mensagens de presos em flagrante e delito: é admitida 
- quebra do sigilo telefônico: acesso aos registros telefônicos, obtidos junto da operadora – menos gravosa, podendo ser determinada pelo poder judiciário ou por CPI (estadual ou federal)
- interceptação telefônica: acesso ao conteúdo da conversa em sí. – mais gravosa, podendo somente ser determinada pelo judiciário. 
- o inciso XII trata de interceptação telefônica e não de quebra de sigilo telefônico
- crime achado: crime acidentalmente descoberto através de uma interceptação eletrônica autorizada para a investigação de outro crime. – a prova resultante é uma prova licita para ser usada para o crime achado
- interceptação eletrônica entre o acusado e o advogado: é possível, sendo uma prova lícita. (os direitos fundamentais não podem servir de escudo para a pratica de atos ilícitos, apesar de existir o sigilo do cliente e advogado)
- Prova emprestada: a prova obtida em uma interceptação eletrônica pode ser utilizada em processo administrativo
- Interceptação telefônica: quando nenhum dos interlocutores sabe que esta sendo ouvido pela policia
- Escuta telefônica: um dos interlocutores sabe que esta sendo ouvido pela policia
- Gravação telefônica: não há policia, um dos próprios interlocutores que grava a conversa.
- Gravação ambiental: gravação da conversa por um dos interlocutores da conversa (sem ser por telefone)
- Escuta ambiental: quando nenhum dos interlocutores da conversa sabem que estão sendo gravados (sem ser por telefone)
- gravação telefônica em caso de investida criminosa (cometimento de um crime): é admitida como forma de exercer sua legitima defesa 
Liberdade de profissão
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
- norma de eficácia contida: a principio qualquer pessoa pode exercer qualquer profissão, a não ser que uma lei imponha uma restrição ao exercício profissional (ex – advogado precisa de ser aprovado no exame da OAB)
- músico: não precisa ter registro profissional por não haver potencial lesivo (STF)
- exame da oab: é constitucional por ser uma atividade lesiva (STF)
- jornalista: não precisa de diploma pois seria uma ofensa indireta à liberdade de expressão.
- a lei deve ser razoável e deve haver um motivo: potencial lesivo da profissão.
 XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
- poder resguardar o sigilo da fonte é importante para que o jornalista consiga ter acesso à informação. 
- no caso de lesão, a indenização e o direito de resposta serão pleiteados perante o jornalista que reproduziu a informação.
Direito de reunião
 XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
- é condicionado:
Para fins pacíficos
Sem armas
- ex: policiais fazendo manifestação não podem estar armados
Em locais abertos ao públicos
Com prévio aviso para as autoridades competentes
- serve para a organização do transito do local no dia
- para que se possa prover a segurança dos manifestantes
- prévio aviso não significa autorização, que não é necessária
- para reserva do local para a sua manifestação
Não pode frustrar outra reunião já convocada para o mesmo local
- remédio constitucional que protege o direito de reunião: mandado de segurança (proteção de direito líquido e certo que não for amparado por habeas corpus e habeas data)
- marcha da maconha: compatível com a liberdade de expressão e com o direito de reunião. 
Liberdade de associação
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
- ex: associação que no estatuto preveja ideias nazistas – não se admite, pois seriam fins ilícitos
- ex de associação paramilitar: FARC – não admitida no brasil
 XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
- vale a mesma regra para a formação de sindicatos, independendo de autorização, somente de registro no ministério do trabalho.
- associação com finalidade ilícita: pode intervir o poder judiciário - única maneira do estado intervir no funcionamento da associação)
 XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
- Ao intervir, o estado pode dissolver a associação ou suspender as atividades. Por ser mais gravosa, para promover a dissolução compulsória é necessário uma decisão judicial transitada em julgado. Para a suspensão das atividades basta uma decisão judicial.
 XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
- Entra na associação e sai a hora que quer
- a criação de uma associação independe de personalidade jurídica pois a associação existe antes mesmo da aquisição da personalidade jurídica, basta que haja o animus daquela pessoa em se juntar permanentemente
- reunião: temporário
- associação: permanente
- as associações podem atuar em representação processual (regra geral) ou em substituição processual
- representação processual: o representante não é parte no processo. Depende de autorização expressa: 
 XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
- substituição processual: o substituto é parte no processo. Ocorre quando a impetração de mandado de segurança e de injunção coletivo. Somente as associações legalmente constituídas e em funcionamento há pelo menos um ano. Não precisa de autorização expressa. 
- os sindicatos atuam em substituição processual e portanto não precisam de autorização.
- não é possível uma autorização genérica no estatuto da associação, sendo insuficiente para permitir a representação processual (STF)
- a autorização expressa é obtida numa assembleia geral ou através de filiado por filiado.
Direito de propriedade
 XXII - é garantido o direito de propriedade;
 XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
- o direito de propriedade é norma de eficácia contida: restringido pelos incisos XXIII, XXIV e outros.
- desapropriação com base na tutela do interesse público por:
Interesse social
Necessidade pública
Utilidade pública
- a desapropriação depende de uma indenização prévia, justa e em dinheiro. Porém há casos na CF que a indenização não sera em dinheiro., como:
Desapropriação para reforma agragia – em títulos da divida agrária. Ocorre quando um imóvel rural não esta cumprindo sua função social (improdutivo, por ex). Feita pela União.
Desapropriação de imóvel urbano não utilizado, sub-utilizado, ou não edificado. – em títulos da divida publica. Tbm quando não cumpre a função social
Desapropriação confiscatória – não há indenização, espécie de penalidade. Quando ocorre cultivo ilegal de plantas psicotrópicas e no caso de exploração de trabalho escravo. (O STF não entende “muito” como desapropriação, mas como expropriação.). 
- O STF decidiu que se o proprietário puder provar que não teve culpa naquela atividade ilícita, será afastada a expropriação. Define dois tipos de culpa in elegendo (má escolha de quem tomara conta da sua propriedade) e in vigilando (falta de fiscalizaçãoda sua propriedade), devendo estar afastada as duas para que não incida a expropriação. O ônus da prova é do proprietário – preservação mínima dos direitos do proprietário.
- Responsabilidade subjetiva do proprietário, mas que se aproxima de uma resp objetiva. 
 XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
- requisição administrativa. 
- Aqui, o bem continua sendo do particular. O estado apenas USA o bem. 
- so cabe indenização é ulterior somente se houver dano a propriedade. 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
- proteção especial dada a pequena propriedade rural trabalhada pela família
Direitos Autorais
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar
- direitos autorais
- direito exclusivo durante toda a vida do autor e é transmissível aos herdeiros. 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
- direito dos autores de inventos industriais
- direito temporário.
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
 a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
 b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
Herança e Sucessão
XXX - é garantido o direito de herança;
- constitucionalizado na CF/88
 XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";
- um espanhol que morre e deixa uma casa no rio, a sucessão da casa aos filhos brasileiros sera regido pela lei brasileira se a lei espanhola não forma mais favorável (aplicação da lei mais benéfica)
Direito do Consumidor
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
- direito de terceira geração – coletivo
- eficácia limitada – viabilizada pelo Codigo do Consumidor
- Defesa do consumidor é matéria de competência concorrente: atribuída a união em questões gerais e estados e DF em questões especificas
Direito de Informação
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
- dispositivo regulamentado pela lei de acesso à informação.
- divulgação na internet da remuneração de servidores públicos: admitida em prol do princípio da transparência/publicidade. (STF)
- Remedio constitucional usado: mandado de segurança. 
OBS: o habeas data é utilizado quando negada informações relativos à PESSOA do impetrante. No caso do inc XXXIII é relativo a INTERESSES da pessoa ou da coletividade, cabendo então o mandado de segurança.
Direito de Petição
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
 a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
- imunidade tributária referente à taxas, devido a hipótese de não incidência prevista na constituição.
- titulares do direito de petição e: pessoa física (brasileiros e estrangeiros), pessoa jurídica
- o direito de petição serve para defender direitos, atuando contra a ilegalidade e abusos de poder
- Exs de direitos de petição:
Pedido para que informe a quantidade de cargos vagos no TER
Pedido do servidor ao TRF de licença. 
- não se trata somente de petições no poder judiciário. 
- o direito de petição não depende de advogado
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
- REPARAR:
Defesa de direitos: Direito de petição e direito de obtenção de certidões
Situação de interesse pessoal: SOMENTE direito de obtenção de certidões
- remédio constitucional em defesa da obtenção de certidões: mandado de segurança;
Principio da inafastabilidade da jurisdição
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
- nenhum caso poderá ser afastado da apreciação do judiciário, porque é o único poder que tem o poder de dizer o direito em caráter definitivo (potencial para fazer coisa julgada)
- sistema inglês: jurisdição una – todos os casos podem ser submetidos ao judiciário, não há necessidade de esgotamento da via administrativa. (adotado pelo brasil). 
- Hipotese de prévio esgotamento da via administrativa (antes de ir ao judiciário deve haver a negativa da adm publica): 
habeas data 
controvérsias desportivas (obs: a justiça desportiva é um órgão administrativo e não pertencente a judiciário), 
reclamação contra descumprimento de sumula vinculante pela administração publica
requerimento judicial de benefício previdenciário
- sistema francês: jurisdição contenciosa e jurisdição administrativa (existe situações que só podem ser levadas a jurisdição administrativa)
- Sumula 667 do STF: Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa.
Ex: 1% de taxa judiciário sobre o valor de 1 bilhão de uma causa judicial (10 milhões), é excessivo, pois o serviço prestado pelo judiciário não justifica esse valor todo. Por isso devem ser estipulado limites. 
-  Sumula 28 do STF: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário. 
- Duplo grau de jurisdição: direito de recorrer à uma instancia superior – direito não expresso na CF/88. Decorre da Convenção Americana de Direitos Humanos, que possui essa previsão, e a qual o Brasil é estado parte.
- Existem exceções: deputado federal e senadores – processados e julgados pelo STF, não havendo instancia superior para se recorrer
Segurança jurídica
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
- direito adquirido: já incorporado ao patrimônio do particular. Diferente de expectativa de direito.
Ex: se hoje josé já preenche todos os requisitos para se aposentar, se amanha surgir uma lei alterando esses requisitos, não se aplicara à josé. Mas se jose puder se aposentar daqui há 5 anos, e em 3 anos uma lei alterar esses requisitos, ela afetara José. A lei não altera direito adquirido, mas pode alterar a expectativa de direito. 
- Sumula 654 do STF: A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado
- regra: irretroatividade da lei
- exceção: retroatividade benigna.
Ex: União edita lei retroativa benigna aos aposentados. Mas se arrepende e leva o caso ao judiciário, alegando a irretroatividade da lei. Não sera deferido, pois ela mesma que editou a lei retroativa.
- Exceções em que se pode atingir o direito adquirido
Diante de uma nova constituição (não cabe para emenda constitucional)
Mudança da moeda
Criação ou aumento de tributos
Diante da mudança de regime estatutario
- ato jurídico perfeito: reúne todos os elementos de sua constituição exigidos pela lei
- coisa julgada: decisão judicial da qual não cabe mais recurso (somente se enfrenta a coisa julgada comação rescisória)
Principio do Juiz Natural
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
- criação de um juízo ou tribunal após os fatos para julgar tais fatos
 LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
- respeito às regras de competência – ex: STF competente para julga o presidente
Tribunal do Juri
 XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
 a) a plenitude de defesa;
 b) o sigilo das votações;
 c) a soberania dos veredictos;
 d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida – COMPETENCIA DO TRIBUNAL DO JURI
- crime de latrocínio (roubo seguido de morte) não é competência do tribunal do júri, pois é um crime contra o patrimônio. 
- Sumula 45 do STF: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual
- Se o foro por prerrogativa de função estiver previsto na CF prevalece o foro por prerrogativa de função. Se estiver prevista somente na Constituição Estadual, prevalece o Tribunal do Juri
“um deputado federal comete um crime contra a vida, sera julgado pelo STF ou pelo Tribunal do Juri?” - STF
“um deputado estadual comete um crime contra a vida, sera julgado pelo TJ ou pelo Tribunal do Juri?” – Tribunal do Juri
“um procurador de estado comete um crime contra a vida, sera julgado pelo TJ ou pelo Tribunal do Juri?” – Tribunal do Júri
Principio da legalidade em matéria penal
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
- principio da reserva legal em matéria penal: normas incriminadoras precisam ser criadas por lei formal – somente o poder legislativo federal pode criar crimes
- principio da anterioridade da lei penal: a lei que cria o crime deve ser anterior a conduta. Se amanha vem uma lei dizendo que o que você fez hoje é crime, a lei nova não vai retroagir para te prejudicar
- normas penais em branco: normas do CP que necessitam de complemento em outras normas – são compatíveis com o princípio da legalidade em matéria penal.
Irretroatividade da lei penal mais grave
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu
- regra: lei penal não retroage
- exceção: retroatividade benéfica (novatio legis in melius – nova lei para melhorar)
- abolitio criminis: quando uma lei nova e descriminaliza uma certa conduta. 
Ex: uma mulher é presa por cometer o crime de aborto. Posteriormente é criada uma lei dizendo que o aborto não e mais crime. A mulher então pode beneficiar a mulher, retroagindo a seu favor (novatio legis in melius e abolitio criminis)
Ex2: se porém tivesse sido criada uma lei que agravasse a pena para aborto, ela não retroagiria para a mulher, pois seria prejudicial (novatio legis in pejus)
Mandados de criminalização
- A CF não típica crimes, mas ela manda que certas condutas sejam criminalizadas pela lei. 
 XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
 XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
- reparar: é reclusão (mais gravosa – se inicia no regime fechado) e não detenção (se inicia no regime semiaberto ou aberto)
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;  (MACETE – 3TH NÃO TEM GRAÇA)
 XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
Inafiançável: racismo, tortura, trafico ilícito de entorpecentes, terrorismo e crimes hediondos, e ação de grupos armados
Imprescritível: racismo e ação e grupos armados
Insuscetíveis de graça e anistia: tortura, trafico ilícito de entorpecentes, terrorismo e crimes hediondos.
Principio da Intranscendencia das penas
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
- A pena é personalíssima
- A obrigação de reparar é transmissível aos sucessores, somente até o limite do patrimônio transferido pelo “de cujus”
 XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
 a) privação ou restrição da liberdade;
 b) perda de bens;
 c) multa;
 d) prestação social alternativa;
 e) suspensão ou interdição de direitos;
- rol não taxativo, meramente exemplificativo
 XLVII - não haverá penas:
 a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX (compete ao PR declarar a guerra e celebrar a paz)
 b) de caráter perpétuo; - tempo máximo de prisão admitido no brasil: 30 anos.
 c) de trabalhos forçados;
 d) de banimento; (expulsão de nacionais do território nacional)
 e) cruéis; 
Garantia dos presos
 XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
- existência de presídios femininos – uma concretização desse direito
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
- STF: possibilidade de se indenizar por algum dano sofrido no presidio. Responsabilidade do estado de cuidar da integridade física e moral do preso
 L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;
- dupla garantia: garantia para a mulher e para a criança. 
Extradição
- instituto de cooperação jurídica internacional em matéria penal
- um estado entrega a outro estado um individuo que já foi condenado ou que esteja sofrendo um processo penal. Fundamento de que cada estado tem o direito de punir os seus nacionais.
- extradição ativa: acontece quando o brasil requer a extradição (não interessa ao direito constitucional – ignorar em prova de constitucional)
- extradição passiva: quando o brasil extradita um estrangeiro.
 LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
- Brasileiro nato não pode ser extraditado. SEM EXCEÇÃO.
- so se o brasileiro perde a nacionalidade, DEIXANDO de ser brasileiro nato, e podendo ser extraditado. 
- brasileiro naturalizado pode ser extraditado: 
Em crime comum cometido antes da naturalização
Em casos de comprovado envolvimento em trafico ilícito de entorpecentes e drogas afins (aqui não interessa o momento do envolvimento, antes ou depois da naturalização)
 LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
- perseguidos políticos não são extraditados pelo Brasil, podendo ser concedido asilo político.
- refugio: não so para os que são perseguidos politicamente, mas qualquer tipo de perseguição (religiosa, p ex)
- o judiciário pode rever a decisão do executivo de conceder asilo politico e de refugio
- fundamento do pleito extradicional: tratado internacional; promessa de reciprocidade (compromisso politico).
- Fases da extradição
1ª fase – Adminsitrativa: o outro pais requer ao Brasil a extradição para o poder executivo, que pode recusar de pronto (recusa primária) ou dar seguimento ao processo. 
2ª fase – Judicial: competência do STF processar e julgar originariamente a extradição. Analise da legalidade e a procedência do pedido extradicional. Deve estar presente:
A dupla tipicidade – a conduta é crime no outro país e no brasil
Verifica o respeito aos direitos fundamentais do extraditando (qual pena sofreria o individuo, por ex a pena de morte, não sendo concedida a extradição salvo se houver a comutação da pena para prisão até30 anos.)
Verifica se o juiz natural esta sendo respeitado
- O STF pode indeferir ou autorizar a extradição
3ª fase – Politica: Cabe ao Presidente da Republica decidir em definitivo acerca da extradição, podendo decidir por não extraditar o individuo mesmo o STF tendo autorizado. – Ato de soberania estatal.
Ex: caso Cesare Battisti – STF autorizou a sua extradição e o Presidente Lula negou. 
Devido Processo Legal
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal
- âmbito formal ou processual: garantias processuais, a ex da ampla defesa e contraditório; principio do juiz natural; vedação as provas ilícitas; necessidade de motivação das decisões judiciais
- âmbito substancial ou material: princípio da proporcionalidade (paradigma ao controle de constitucionalidade das leis
Ampla defesa e Contraditório
 LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
- deve-se dar a oportunidade que todas as partes se manifestem no processo, trazendo provas e rebatendo as alegações da outra parte
- garantir o contraditório é mais do que dar voz a parte, mas considerar o que ela falar. Direito ao contraditório é de ter os seus argumentos levados em consideração
- inquérito civil ou policial: fase pré-processual e inquisitorial, onde não cabe o contraditório e a ampla defesa. São garantidos alguns direitos do investigado como o de não autoincriminar-se, direito a um advogado e etc.
- Sumula Vinculante 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
- O advogado tem direito acesso as provas já documentadas na investigação policial
- sindicância (proc administrativo): não e obrigatória a concessão de ampla defesa e do contraditório, pois ela também é uma fase pré-processual (administrativa)
- Processo Administrativo e Disciplinar (PAD): é obrigatório a garantia da ampla defesa e o contraditório. Podem ser exercidos sem um advogado. 
- SV 5: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.
Inadmissibilidade de provas ilícitas
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
- as provas ilícitas devem ser expurgadas, não devendo ser consideradas.
- teoria dos frutos da arvore envenenada: as provas decorrentes das provas ilícitas também deverão ser expurgadas do processo
- uma prova ilícita não invalida o restante do processo. 
Interceptação telefônica sem autorização judicial: prova ilícita
Interceptação telefônica ensejada apenas por denuncia anônima: prova ilícita – vedação ao anonimato. Obs: a denuncia anônima pode amparar diligencia policiais, mas sozinha ela não pode valer como prova.
Interrogatório sub-repticio: sem observância das formalidades – prova ilícita
Confissão durante prisão ilegal – prova ilícita
Gravação telefônica diante de uma investida criminosa – prova lícita (admitida)
Gravação telefônica por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro: se não houver causa legal de sigilo – prova lícita. Se houver: prova ilícita
Gravação ambiental por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro: prova lícita
Presunção de Inocência
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
- É possível as prisões cautelares (em flagrante delito, preventiva, temporária) no brasil? Sim, não violam a presunção de inocência
- STF: quando houver uma decisão em segunda instancia condenando o réu a prisão, pode já o reu ser preso, mesmo que ainda sujeito a recurso. 
Identificação criminal
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; 
- os que possuem RG não serão submetidos a identificação criminal
 LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal
Publicidade dos atos processuais
 LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
- regra: publicidade dos atos processuais
- exceção: os atos processuais poderão ser restringidos em prol da proteção da intimidade ou quando o interesse social exigir (haverá o segredo de justiça)
Garantias penais
 LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
- CP: qualquer um do povo PODE prender uma pessoa em flagrante delito, 
- a autoridade policial DEVE prender uma pessoa em flagrante delito.
- CPI pode determinar prisão em flagrante delito, não podendo outras.
- prisão militar: decretada por uma autoridade militar. 
 LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
- para o juiz verificar se a prisão não é ilegal e para ele ter o direito a assistência da familia
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
- direito ao silencio; de não auto incriminar-se
 LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
 LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
 LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
Prisão Civil por Divida
- regra geral: não há prisão civil por divida
- exceção CF: devedor voluntário de pensão alimentícia e o depositário infiel. (a CF autoriza mas quem manda prender é a lei)
- O brasil é estado parte da Convenção Americana de Direitos Humanos, que so adite a prisão civil por dívida nos casos de devedor de pensão alimentícia, e não do depositário infiel. Tendo as normas de direitos humanos status de supralegal, ela prevalece em relação a lei ordinária (que é quem manda prender), paralisando a lei.
Súmula Vinculante 25. É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito
Remedios Constitucionais
Habeas Corpus
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
- norma de eficácia contida: o brasil pode impor restrições para a entrada e a permanência no território nacional
- em tempos de guerra, as restrições a liberdade de locomoção podem ser ainda maiores
 LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
- Remedio constitucional de natureza penal – protege a liberdade de locomoção, e é nos processos penais que se pode restringir a liberdade de locomoção de uma pessoa.
- possui um procedimento especial
- Ação isenta de custa
- independe de advogado
 - não possui formalismos. (ex do preso que usou um papel higiênico e fez o seu próprio pedido de habeas corpus)
- legitimados: qualquer pessoa física ou pessoa jurídica, seja brasileiro ou estrangeiros residente e não residentes; ministerio publico, defensoria publica (legitimidade universal)
- obs: pessoa jurídica impetra habeas corpus em favor de pessoa física (a PJ não se locomove)
- o habeas corpus pode ser concedido de ofício
- habeas corpus preventivo: quando há uma ameaça a liberdade de locomoção.
- habeas corpus repressivo: quando já houve a violação a liberdade de locomoção
- pacientes (em beneficio de quem): pessoa física (não pode ser pessoa jurídica)
- legitimidade passiva (contra quem é impetrado): autoridade coatora (autoridadepublica, particular)
- exs: prisão preventiva ilegal – cabe habeas corpus repressivo
- ex2: hospital que não libera o paciente que recebeu alta por não ter pago a conta do hospital (leg passiva: particular)
- ofensa indireta: cabe habeas corpus. Ex: prova ilícita que pode levar a privação a liberdade de locomoção.
- cabe liminar em habeas corpus
- descabimento de habeas corpus: 
Decisões do STF – princípio da superioridade de grau: não há nenhuma autoridade superior ao ministro do STF para julgar um habeas corpus contra um ato dele. 
Suspensão dos direitos políticos: não há violação da liberdade de locomoção
Não cabe habeas corpus de pena em PAD: não gera prisão
Pena de multa
Quebra de sigilo bancário, fiscal ou telefônico (regra geral, salvo quando resultar em ofensa indireta a liberdade de locomoção)
Discussão do mérito de punições disciplinares militares (porém é cabível HC para discutir a legalidade dessas punições)
Exclusão de militar, perda de patente e de função publica.
Mandado de Segurança Individual
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
- de natureza residual – cabível quando não for possível HC ou HD. 
- não é gratuito
- precisa de advogado
- possui formalidades
- natureza civil
- proteção direito líquido e certo (evidente de imediato), já possui prova constituída na petição inicial, sem a necessidade de fase probatória
Súmula n.º 625/STF – “Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de segurança.”
 - exige-se então que os fatos estejam claros ali, independete de controvérsia acerca do direito pleiteado. 
- cabíveis contra atos vinculados (“ilegalidade”) e discricionários (“abuso de poder”) da administração pública;
- legitimidade ativa: pessoas físicas ou pessoas jurídicas, universalidades (massa falida, espólio), órgãos públicos, ministério público.
- prazo de 120 dias desde o conhecimento do ato para impetrar o MS (decadencial – passados os 120 dias, não se poderá mais impetrar o MS)
- possível de concessão de liminar em mandado de segurança, exceto em:
Compensação de créditos tributários
Entrega de mercadorias provenientes do exterior
- questões complexas que não podem ser decididas a título precário, por liminar
	- é possível a desistência do mandado de segurança, mesmo com decisão favorável a desistência
	- não cabe o mandado de segurança:
Contra decisão judicial e ato administrativo que caiba recurso suspensivo – não faz sentido pois o recurso que tem efeito suspensivo já vai proteger o direito liquido e certo ate o julgamento do mesmo.
Contra decisão judicial transitada em julgado – faz coisa julgada, onde só caberá a ação rescisória para o seu desafazimento
Contra lei em tese: somente se pode impetrar mandado de segurança para proteger violação de direito no caso concreto (violação de direitos pela lei em tese deve ser questionada atraves de controle de constitucionalidade). Exceto se a lei for produtora de efeito concreto. 
Contra ato de natureza jurisdicional
Mandado de Segurança Coletivo
- protege direitos coletivos e individuais homogêneos
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
partido político com representação no Congresso Nacional;
- perda de representação no curso do processo – não acarreta na perda de legitimidade, pois ela é aferida no momento em que o mandado de segurança coletivo é impetrado. 
 b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; 
- ocorre a substituição processual (o substituto é parte e o substituído não é parte, mas sofre os efeitos da sentença), e portanto não necessita de autorização
Mandado de Injunção 
 LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
- cabível contra omissões inconstitucionais
- combater a “síndrome da inefetividade das normas constitucionais”
Ex: direito de greve dos servidores publicos dependia de parâmetros traçados pela lei para a produção de seus efeitos, não podendo o direito ser inviabilizado pela inexistência dessa lei. Em sede de mandado de injunção, o STF determinou que enquanto não se edita uma lei de greve especifica para os servidores públicos, se aplicará a lei de greve dos celetistas.
Ex2: aposentadoria especial dos servidores públicos em que a CF exige lei complementar. STF em MI: se aplicara aos servidores públicos as regras do RGPS (dos celetistas) enquanto não se edita a lei.
- Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) – também cabível para a omissão constitucional, so que a analise é de lei em abstrato, enquanto o MI combate no caso concreto.
- cabimento de MI: diante de uma omissão total ou parcial, de uma norma de eficácia limitada (quando o legislativo é obrigado a legislar, natureza impositiva, ordenando ao legislador.)
- Legitimados ativos: qualquer pessoa física ou jurídica cujo exercício do direito constitucional seja impedido pela ausência de regulamentação. (se o direito for previsto na legislação infraconstitucional não cabe mandado de injunção)
- pressupostos: falta de norma regulamentadora; nexo de causalidade entre a falta da norma e a inviabilidade do exercício do direito; decurso de prazo razoável para a regulamentação 
- no polo passivo: órgão legislativo e órgão administrativo.
- mandado de injunção coletivo – Lei 13300/2016 (lei do mandado de injunção). Antes da lei já se admitia o mandado de injunção coletivo na doutrina e na jurisprudência, mas agora ele esta positivado.
- legitimados para impetrar mandado de injunção coletivo: os mesmos do mandado de segurança coletivos (Partidos políticos com representação, organização sindicial, entidade de classe e associação legalmente constituída e em funcionamento há mais de um ano) e TAMBÉM (inovação da lei 13300) a defensoria publica e o ministerio publico
- não é cabível medida liminar em mandado de injunção.
- descabimento do mandado de injunção: 
se já existe norma regulamentadora (mesmo que ela seja mal feita ou algo do tipo); 
quando falta norma regulamentadora de direito infraconstitucional; 
quando não houver obrigatoriedade de regulamentação
- efeitos da decisão do mandado de injunção
corrente concretista: o poder judiciário não se limita a declarar a mora legislativa, ele busca concretizar o direito. 
-Direta: O judiciario não fixa um prazo pro judiciário e de pronto já dizia como o direito iria se concretizar. 
-Intermediária: O judiciário fixa um prazo para o legislativo editar a lei. Não cumprido, aí sim ele dirá como o direito sera concretizado.
corrente não-concretista: o judiciário deve apenas declarar a mora sem buscar sua concretização
- corrente concretista adotada pelo STF antes da lei 13300, que adota a corrente concretista intermediária individual 
- Individual pq a regra geral é que o mandado de injunção terá efeitos apenas interpartes. No entanto, é possível que a decisão do mandado de injunção tenha efeito erga omnes.
Habeas Data
LXXII - conceder-se-á habeas data:
 a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
 b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
- ação gratuita (isenta de custa)
- precisa de advogado
- ação de natureza personalíssima – não se cabe o habeas data para a obtenção de informação de terceiros – somente informações relativas à PESSOA do impetrante. Ex: ir na receita federal e pedir as informações a respeito dos tributos que a pessoapagou no ano interior. Em recusa, cabe o habeas data (STF)
- legitimados ativos: qualquer pessoa física ou jurídica
- legitimados passivos: pessoa jurídica de direito publico ou privado quem detém o banco de dados da informação desejada. 
- requisitos para a impetração: recusa da administração publica em fornecer as informações suscitadas
Ação popular
- instrumento que viabiliza o controle popular da administração pública
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
- ação de natureza coletiva
- serve para anular um ato lesivo (ou um contrato) a determinados bens jurídicos
- atos lesivos ao patrimônio publico, a moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico-cultural.
- não é necessário um dano material efetivo. Ex: nomeação do Lula pela Dilma para ser ministro chefe da casa civil, não foi concretizado por conta de inúmeras ações populares, em ofensa à moralidade administrativa. 
- não há foro por prerrogativa de função em ação popular – proposta da primeira instancia, inclusive contra atos do presidente da republica
- legitimados ativos: APENAS cidadãos (pleno gozo dos direito políticos).
- não é cabível ação popular contra atos de conteúdo jurisdicional, somente contra atos e contratos administrativos.
- improcedência da ação popular – no caso da improcedência da ação, o autor popular fica isento de custas judiciais e ônus sucumbenciais, salvo se agido de má-fé. 
Assistencia jurídica integral e gratuita
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
- prestada pelo Estado por meio da Defensoria Pública aos hipossuficientes
Erros judiciários
 LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
- em regra, atos jurisdicionais não geram a responsabilidade do Estado
- somente nas hipóteses de erro judiciário e quando alguém fica preso além do tempo. 
- geram a responsabilidade civil objetiva do Estado, independente da intenção do agente pulico.
Gratuidades
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei
 a) o registro civil de nascimento;
a certidão de óbito;
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.
Principio da duração razoável do processo
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
- não diz que o processo tem que ser rápido, mas razoável, proporcional com o tamanho da lide envolvida no processo. 
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. (já visto)
 § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. (já visto)
 § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais (já visto)
 § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. 
- TPI julga crimes de grave violação contra os direitos humanos
- um brasileiro nato pode ser entregue ao TPI para ser julgado pelo tribunal, pois aqui nãos e fala de extradição, mas de entrega. 
Direitos sociais
- direitos de segunda geração – impõem ao estado uma atuação positiva, realizando políticas públicas em prol do povo. 
- promover a igualdade, uma justiça distributiva
- normas de ordem públicas com caráter de imperatividade; normas cogentes – obrigam o estado. Precisam ser concretizadas
- os direitos sociais surgem um contexto em que haviam uma série de reivindicações trabalhistas, para a proteção dos trabalhadores. Ex: Constituição de Weimer –
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
- moradia: inserida no rol pela EC 26/2000
- alimentação: EC 64/2010
- transporte: EC 90/2015
- podem ser criados novos direitos sociais
- obs: os direitos sociais não são consideradas clausulas pétreas pela CF, somente os direitos e garantias individuais. Mas algumas doutrinas consideram que são, a partir de uma interpretação mais ampla da CF. cespe já considerou como clausula pétrea os direitos fundamentais
- art. 6º é apenas um rol exemplificativo de direitos sociais
- José Afonso da Silva: art. 6º normas de eficácia limitada – depende de lei regulamentadora ou de politicas publicas
- concretização dos direitos sociais
Cláusula da reserva do possível: necessidade de recursos financeiros; argumento invocado pelo Estado como um obstáculo a concretização dos direitos sociais.
Mínimo existencial: obrigação de mínima garantia social por parte do estado; representa uma limitação a clausula da reserva do possível; em atenção a dignidade da pessoa humana – condições mínimas para uma existência digna.
Vedação ao retrocesso: a proteção deve melhorar com o passar do tempo, e não regredir, em atenção a um processo histórico de afirmação dos direitos sociais.
- a competência de criação de politicas publicas é do legislativo e do executivo, mas o judiciário pode intervir para a sua concretização. – judicialização das politicas públicas.
- intervenção do judiciário na implementação de politicas publicas
Obras ou reformas emergenciais em presídios: o poder judiciário poderá determinar a realização de obras emergenciais, para assegurar a dignidade dos presos, não violando o principio da separação dos poderes
Direito ao acesso a medicamentos: o judiciário pode intervir
O poder judiciário pode obrigar a administração publica a manter um estoque mínimo de medicamento.
Direitos sociais dos trabalhadores
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
Direito a segurança no emprego
 I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
- eficácia limitada: exige lei complementar que ainda não foi editada, sendo ainda aplicado o art. 10 ADCT: havendo despedida arbitraria ou sem justa causa, a indenização será de 40% dos depósitos do FGTS. 
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
- não cabe seguro desemprego no caso de desemprego voluntário
- beneficio previdenciário
 III - fundo de garantia do tempo de serviço;
- o fgts não é devido aos servidores públicos estatutários, militares
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
- o salario minimo deve ser fixada por lei, mas a atualização (reajuste periódico) do salario mínimo pode ser por decreto (proteger o trabalhador contra a inflação)
- nacionalmente unificado: não existe salários diferentes em cada região. Salario mínimo é diferente de piso salarial, que varia entre lugar e classes. 
- o salario mínimo deve atender ás necessidades vitais básicas – não aplicado na pratica
- não é possível a vinculação do salario mínimo para qualquer fim. Ex: o valor de

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