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Resumo - Direito Constitucional

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DIREITO CONSTITUCIONAL 
ESTADO DE DIREITO – Estado Regulado por Norma Jurídica. 
ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO – Estado organizado e administrado pelo POVO. 
 SEGURANÇA JURÍDICA: Segurança de que a LEI é aplicada, preservação da determinação legal.  LEGALIDADE: LEI como elemento fundamental das relações jurídicas.  CONSTITUCIONALIDADE: SOBERANIA da Constituição Federal no Ordenamento Jurídico.  SOBERANIA POPULAR: PODER DO POVO – através de seus representantes. 
 
CONSTITUIÇÕES 
 1824 – IMPERIAL – OUTORGADA  1891 – REPUBLICANA – PROMULGADA  1934 – DIREITOS SOCIAIS – PROMULGADA  1937 – ERA VARGAS – OUTORGADA  1946 – REDEMOCRATIZAÇÃO – PROMULGADA  1967 – GOLPE MILITAR – OUTORGADA (EMENDADA PELA EC 1/1969)  1988 – CIDADÃ – PROMULGADA 
ESTRUTURA DO ESTADO BRASILEIRO 
 FORMA: Federação Unitária  GOVERNO: Republicana  SISTEMA: Presidencialista  REGIME: Democrático 
UNIÃO – ESTADOS MEMBROS / DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS – ART 18. 
 UNIÃO: Constituição e Lei Complementar – CONGRESSO NACIONAL  ESTADOS- MEMBROS: Lei Complementar – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA  MUNICÍPIOS: Lei Orgânica – CÂMARA MUNICIPAL  DISTRITO FEDERAL: Lei Orgânica – CÂMARA LEGISLATIVA 
 
CONGRESSO NACIONAL 
CAMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL 
REPRESENTATIVIDADE POVO ESTADOS MEMBROS 
MEMBROS 513 81 
VOTO MAJORITARIO PROPORCIONAL 3 POR UF 
MAIORIA 
SIMPLES/RELATIVA ABSOLUTA QUALIFICADA 
Primeiro numero inteiro superior à metade dos presentes. Voto positivo do primeiro número inteiro superior à metade dos membros das Casas Legislativas. Art. 69. 
Quórum exigido para votação de determinada matéria Constitucional. 
Numero dos presentes não pode ser inferior ao 1º número inteiro superior à metade dos membros da casa – Art. 47. 
Câmara dos Deputados 513 membros Sempre previsto no texto da CF. 
513 membros 513 membros Metade + 1 
513/2 = 256,5, ou seja, 257 513/2 = 256,5, ou seja, 257 2/3 
Maioria = 129 Deputados 
257 - primeiro número inteiro superior à metade. 
3/5 
257/2 = 128,5, ou seja, 129 
 
 
PODER CONSTITUINTE 
Conceito: Manifestação soberana de suprema vontade política de um povo. Titularidade: Titular de poder constituinte é o povo que exerce por meio de seus representantes (Assembléia Nacional Constituinte) “Todo poder emana do povo, que exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição” Art. 1º, parágrafo único, CF/1988. ORIGINÁRIO: Genuíno, de 1º grau ou INAUGURAL. – Estabelece a Constituição de um novo Estado, organizando-o, criando poderes, destinado a reger os interesses de uma comunidade. Poder de constituir quando um Estado é criado ou quando uma Constituição é trocada por outra, seja essa substituição feita de forma democrática, revolucionária ou por um golpe militar. Características: Incondicionado / Inicial / Ilimitado / Autônomo. Formas de expressão: Assembleia Nacional Constituinte (convenção) / Movimento Revolucionário (outorga). Se, Histórico: Edita a primeira Constituição do Estado. Revolucionário: São posteriores ao Histórico, rompem com a ordem constitucional anterior e instauram uma nova. DERIVADO: Instituído, Constituído. Secundário ou de 2º Grau. – É o poder de MODIFICAR UMA CONSTITUIÇÃO. No Brasil, por ser rígida, é necessário um processo chamado PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL – PEC (explicação abaixo). Características: Secundário / Limitado / Condicionado / Subordinado Espécies de Poder Constituinte Derivado Poder Constituinte DERIVADO REFORMADOR: Possibilidade de alterar o texto constitucional, respeitando as regras previstas na própria Constituição. Exercido pelo Congresso Nacional. Poder Constituinte DERIVADO DECORRENTE: Possibilidade que os Estados-membros tem de se auto-organizarem por meio de suas Constituições Estaduais. Os Estados são autônomos uma vez que possuem capacidade de auto-organização, autogoverno, auto-administração e autolegislação, mas não são soberanos, pois devem observar a Constituição Federal. Poder Constituinte DERIVADO REVISOR: Poder anômalo de revisão. Estabelecida com o intuito de adequar a Constituição à realidade que a sociedade aponta como necessária. O artigo 3º da ADCT (Atos das Disposições Constitucionais Transitórias) estabeleceu que a revisão constitucional seria realizada após 5 anos, contados da promulgação da Constituição. 
***PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL – PEC*** 
Quem pode propor? – ART 60, I, II, III CF/1988 
 1/3, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou Senado Federal;  Presidente da República;  mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 
Quórum de aprovação – LIMITAÇÃO PROCEDIMENTAL / PROCESSUAL – ART 60 § 2º 
 Voto em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, sendo aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos dos membros. MAIORIA QUALIFICADA 
Não pode ser emendada – LIMITAÇÃO CIRCUNSTANCIA / TEMPORAL – ART 60 § 1º 
 Intervenção Federal  Estado de Defesa  Estado de Sítio 
Cláusulas pétreas – LIMITAÇÃO MATERIAL / CONTEÚDO – ART 60 § 4º 
 Separação dos Poderes  Voto  Forma federativa  Direitos e garantias individuais 
 
COMPETENCIA LEGISLATIVA - ARTs. 21, 22, 23 e 24 CF/1988. 
Capacidade para cada Entidade Legislativa LEGISLAR. 
 EXCLUSIVA – ART 21 – SOBERANIA – SOMENTE A UNIÃO.  PRIVATIVA – ART 22 – Primeiramente a União, depois as demais Entidades Federativas. Caso a União seja omissa sob determinado assunto, pode os Estados legislar sobre por meio de LEI COMPLEMENTAR.  COMUM – ART 23 – Competência dos MUNICÌPIOS para guarda e proteção da CF, assim como, todas as Entidades Federativas.  CONCORRENTE – ART 24 - Procedimento CONJUNTO das Entidades Federativas SUPLETIVAMENTE. 
Se há compatibilidade entre normas gerais e estaduais = mantém as normas, sem necessidade de derrogação. 
Se não há compatibilidade entre normas gerais e estaduais = derroga-se as normas estaduais e mantém as normas da união. 
 
 
PODER LEGISLATIVO 
FUNÇÃO PRÓPRIA OU TÍPICA: Elaboração das Leis e o Controle e Fiscalização das Contas Públicas. 
Representado pelo CONGRESSO NACIONAL – CAMARA DOS DEPUTADOS E SENADO FEDERAL 
CAMARA DOS DEPUTADOS 
 513 membros  Casa representativa do POVO  Cúpula “virada” para CIMA – Sustentáculo da Nação  Mínimo 8 e máximo 70 deputados por Entidade Federativa – ART 45 § 1º  Eleição por sistema proporcional – extensão territorial, número de eleitores e participação dos partidos políticos  Legislatura de 4 anos 
SENADO FEDERAL 
 81 membros  Casa representativa dos ESTADOS MEMBROS E DISTRITO FEDERAL  Cúpula “virada” para BAIXO – Proteção da Nação  3 Senadores por Entidade Federativa  Eleição por sistema majoritário (1/3 e 2/3)  Legislatura de 8 anos 
ATRIBUIÇÕES – ART 48 
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos ARTs. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado; III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas; IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento; V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União; VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas; VII - transferência temporária da sede do Governo Federal; VIII - concessão de anistia; IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal; X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b; XI - criação eextinção de Ministérios e órgãos da administração pública; XII - telecomunicações e radiodifusão; XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações; XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal; XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I. 
FUNÇÕES ATÍPICAS 
 Julgamento de crime político que resulta no Impeachment do Presidente da República, conforme determinado nos ARTs 51, I e 52, I. 
COMISSOES PARLAMENTARES 
 PERMANENTES  TEMPORÁRIAS  DE INQUÉRITO 
PERMANENTES: Constituídas no inicio de cada legislatura, vigorando por todo mandato parlamentar, sendo especificas em determinadas matérias (Direitos Humanos, Meio Ambiente, Educação, Orçamento, Saúde, Relações Internacionais, Constituição e Justiça – CCJ). Verifica a compatibilidade da matéria do Projeto de Lei com a Constituição Federal. Controle preventivo de Constitucionalidade. 
TEMPORÁRIAS: Constituídas quando fato determinado necessita de apuração. Controle político. 
INQUÉRITO: Poder de investigação própria das autoridades judiciais, isto é, levantamento de provas, quebra de sigilos e dados. Podem ser criadas em cada Casa individualmente, ou em conjunto, denominadas “mistas”. 
PERIODO LEGISLATIVO – ART 57 
02 de fevereiro até 17 de julho – RECESSO – 01 de agosto até 22 de dezembro – RECESSO 
 
 
LEI COMPLEMENTAR – LEI ORDINÁRIA – ART 61, 64 E 69 CF/88
 COMPLEMENTAR: Matérias determinadas – MAIORIA ABSOLUTA ORDINARIA: Sem indicativo específico – MAIORIA SIMPLES
NÃO há hierarquia entre ambas. 
ART 61 – INICIATIVA 
ART 64 – INICIO DO PROCEDIMENTO 
ART 65 – PROCEDIMENTO INTERNO 
ART 69 – QUORUM DE APROVAÇÃO 
Presidente da República SANCIONA OU VETA. 
SANÇÃO: 15 dias corridos do recebimento do Projeto de Lei, podendo ser tácito ou expresso.
VETO: Total ou Parcial, porém, sempre fundamentando sua decisão que incidirão em AO INTERESSE PÚBLICO. 
Se rejeitada, a matéria não poderá ser revista na mesma sessão legislativa, conforme ART 67 CF/88.
 
DECRETO LEGISLATIVO – RESOLUÇÃO – ART 59 
Competência única e de ambas as Casas Legislativas. Procedimento interno que determina epromovidas pelo Poder Executivo no exercício de sua função atípica.
DECRETO LEGISLATIVO = Chancela a existência de MEDIDA PROVISÓRIA
RESOLUÇÃO = Chancela a existência de LEI DELEGADA
 
MEDIDA PROVISÓRIA – ART 62 
Espécie Legislativa exercida pelo Poder Executivo. 
 ART 62 “caput” – requisitos necessários para elaboração: relevância e urgência. EC Nº 32 11/07/2001 – restrições e prazo necessário para conversão em lei ART 62 § 1º - restrições matérias de conteúdo, contidas nos propriedade de bens e matéria reservadas à Lei Complementar.
Conversão da Medida Provisória em Lei Ordinária Federal é reali
 
 
 
ART 61, 64 E 69 CF/88 
MAIORIA ABSOLUTA MAIORIA SIMPLES 
: 15 dias corridos do recebimento do Projeto de Lei, podendo ser tácito ou expresso. 
: Total ou Parcial, porém, sempre fundamentando sua decisão que incidirão em PRESENÇA DE INCONSTITUCIONALIDADE OU FERIM
Se rejeitada, a matéria não poderá ser revista na mesma sessão legislativa, conforme ART 67 CF/88. 
Competência única e de ambas as Casas Legislativas. Procedimento interno que determina e/ou chancela a existência de espécies legislativas promovidas pelo Poder Executivo no exercício de sua função atípica. 
MEDIDA PROVISÓRIA 
LEI DELEGADA 
requisitos necessários para elaboração: relevância e urgência. restrições e prazo necessário para conversão em lei restrições matérias de conteúdo, contidas nos incisos I, II, e III que se referem ao exercício da soberania popular, ao direito de propriedade de bens e matéria reservadas à Lei Complementar. 
Conversão da Medida Provisória em Lei Ordinária Federal é realizada através de um Decreto Legislativo. 
CF
Emenda Constitucional
Lei Complementar
Lei Ordinária
Lei Delegada
Medida Provisória
Decreto Legislativo
Resoluções
MATÉRIA ESPECÍFICA
 
PRESENÇA DE INCONSTITUCIONALIDADE OU FERIMENTO 
/ou chancela a existência de espécies legislativas 
que se referem ao exercício da soberania popular, ao direito de 
MATÉRIA ESPECÍFICA 
PODER EXECUTIVO 
CONGRESSO 
LEIS DELEGADAS – ART 68 
Espécie Legislativa exercida pelo Poder Executivo. 
Presidente da República expõe matéria ao Congresso Nacional que será objeto de Lei Delegada. 
Conversão de Lei Delegada em Lei Ordinária Federal é realizada através de uma Resolução. 
 ART 68 § 1º, I, II e III – limitações materiais e formais. Materiais no que se refere ao conteúdo previsto no ART 49 (matéria exclusiva do Congresso Nacional), ART 51 (matéria privativa da Câmara dos Deputados), ART 52 (matéria privativa do Senado Federal) e ART 69 (matéria de Lei Complementar). Já os incisos, proíbe a elaboração de Lei Delegada versando sobre matérias do Poder Judiciário, Ministério Público e direitos referentes à cidadania (soberania popular, nacionalidade, eleitorais) e também sobre matérias referentes ao dinheiro público. 
 
TRIBUNAL DE CONTAS – ART 70 
 TCU – TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO  9 MEMBROS – MINISTROS – 1/3 escolhido pelo Presidente da República – ART 73 – gozam de garantias constitucionais dos Ministros do STJ  Autônomo  Regras próprias  Autonomia financeira e administrativa  DF se reporta ao TCU  TCE – TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO  7 CONSELHEIROS – gozam de garantias dos Desembargadores dos Tribunais de Justiça  TCM – TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICIPIO  Presente somente nas grandes capitais  5 CONSELHEIROS 
Fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da Administração direta e indireta FEDERAL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PODER JUDICIÁRIO  CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE O Estado brasileiro é regido por princípios e dentre eles o Princípio da Constitucionalidade, sendo este principio a representatividade do reconhecimento da Supremacia da Constituição Federal. Trata-se, portanto, da obediência à lei maior, desta forma, é necessário que haja um Controle de Constitucionalidade afim de que tanto a Lei como o Ato Normativo, obrigatoriamente respeitam/obedeçam às normas constitucionais. A obediência à Constituição deve ser controlada afim de que não haja qualquer violação, ferimento, a essa Lei Maior, a Constituição Federal. Há vários tipos de controle:  Formal;  Material;  Total;  Parcial;  Preventivo; e  Repressivo.  Formal: O controle formal é aquele exercido de acordo com as determinações constitucionais na formação e procedimento quanto da elaboração da Lei ou Ato Normativo.  Material: Diz respeito ao conteúdo da Espécie Legislativa ou do Ato Normativo seguindo a Constituição Federal.  Total: O controle total é aquele exercido visando atingir a totalidade do Ato ou da Espécie Legislativa.  Parcial: Quando uma parte é considerada inconstitucional.  Preventivo: O controle preventivo surge no momento em que se elabora um Projeto de Lei pelo Poder Legislativo, assim como na elaboração do Ato Normativo pelo Poder Executivo. 
Controle Preventivo 
 
 Poder Legislativo Poder Executivo 
- Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) - Advocacia Geral da União (AGU) 
- Veto Presidencial - Procuradoria Geral do Estado 
 
É um controle de constitucionalidade realizado durante a elaboração de um Projeto de Lei ou também na elaboração de Ato Normativo. O Controle Preventivo na elaboração de um Projeto de Lei ocorre na Comissão de Constituição e Justiça, assim como, poderá também ocorrer no momento do veto presidencial ao Projeto de Lei. No Poder Executivo também ocorre o Controle Preventivo na elaboração do Ato Normativo, sendo este controle exercido por órgãos competentes: a Procuradoria Geral do Estado pela defesa do Estado ou pela Advocacia Geral da União na defesa da União.  Repressivo:O controle repressivo se dá quando há a publicação da lei ou do ato normativo. Controle Repressivo Concentrado Difuso STF Juízes e Tribunais Erga Omnes Inter Partes O controle repressivo que se refere ao controle exercido pelo Poder Judiciário após a publicação da Lei ou do Ato Normativo exercido no que se refere à lei em tese ou o ato normativo em tese se dá pelo Supremo Tribunal Federal, trata-se de um controle denominado Controle Repressivo Concentrado. Já o Controle Repressivo Difuso se refere à existência de uma inconstitucionalidade havida numa relação processual cujo ferimento diz respeito à parte ré. O pedido formulado pelo autor numa relação processual deverá ser contestado pelo réu, porém, existe um ferimento constitucional que atinge a este pedido formulado e que independe de contestação. Deverá, portanto, o réu em peça separada arguir a existência de uma inconstitucionalidade pois se trata de um incidente surgido nesta relação autor e réu. No controle concentrado, ao declarar a inconstitucionalidade da Lei ou do Ato Normativo pelo Supremo Tribunal Federal, os efeitos desta declaração serão vinculantes aos demais órgãos do Poder Judiciário, assim como, à toda Administração Pública (direta ou indireta), nas esferas Federal, Estadual, Municipal e Distrital. Os efeitos são “erga omnes”, ou seja, à todos. Já no controle difuso, os efeitos produzidos atingem as partes interessadas, “inter partes”. O Art. 102 § 2º da presente Constituição Federal, trata das decisões definitivas de mérito emanadas/proferidas pelo STF nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIN) e Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADECON). Essas decisões produzirão eficácia contra todos e efeitos vinculantes aos órgãos do Poder Judiciário e Administração Pública em todo território nacional. O Art. 102 § 1º trata da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) estabelecendo a competência do STF para a sua apreciação. Ainda é da competência do STF a Ação de Inconstitucionalidade por Omissão ou Ação Direta por Omissão (ADO), referida esta no Art. 103 § 2º da presente CF. 
 
 
 
 
 
PODER JUDICIARIO – ART 92 
 
STF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 11 MINISTROS  INGRESSO POR CONCURSO PUBLICO DE PROVAS E TITULOS  ESTAGIO PROBATORIO DE 2 ANOS  ACIMA DE 35 ANOS E MENOR DE 65 ANOS  NOTAVEL SABER JURIDICO E REPUTAÇÃO ILIBADA  PROIBIDO ACUMULO DE FUNÇÃO – APENAS MAGISTÉRIO PERMITIDO 
GARANTIAS – ART 95 
 VITALICIDADE  INAMOVIBILIDADE  IRREDUTIBILIDADE de subsídios e rendimentos. 
COMPETENCIA – ART 102 
 ORIGINARIA – PROCESSA E JULGA PARLAMENTARES, PRESIDENTE, VICE, MINISTROS E PROPRIOS MEMBROS  RECURSAL – MATERIA CONSTITUCIONAL 
MINISTERIO PUBLICO – ART 127 
 Defesa da sociedade;  Defesa da ordem jurídica e regime democrático;  Defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis; 
2 princípios: INDEPENDENCIA FUNCIONAL e UNIDADE E INDIVISIBILIDADE 
PROMOTORES DE JUSTIÇA – ingressam por concurso publico de provas e títulos. Após aprovação, exercem estagio probatório por 2 anos. 
1ª instância: PROMOTORES DE JUSTIÇA 
2ª instância: PROCURADORES DE JUSTIÇA 
Órgão maior: PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA 
GARANTIAS – ART 128, I, a, b e c. 
 VITALICIDADE  INAMOVIBILIDADE  IRREDUTIBILIDADE de subsídios e rendimentos. 
VEDAÇÕES – ART 128, II, a, b, c, d, e e f. 
 PROIBIDO ACUMULO DE FUNÇÃO – APENAS MAGISTÉRIO PERMITIDO 
 
AGU – ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO – ART 131 
 Instituição destinada à representar a UNIÂO judicial e extrajudicialmente nas causas indefesas desta entidade. 
PGE – PROCURADORIA GERAL DO ESTADO 
Instituição destinada à representar os Estados Membros judicial e extrajudicialmente nas causas indefesas desta entidade. 
PGM – PROCURADORIA GERAL DO MUNICIPIO (apenas nas grandes cidades) 
Instituição destinada à representar os Municípios judicial e extrajudicialmente nas causas indefesas desta entidade. 
DEFENSORIA PUBLICA 
Instituição destinada à defesa em todos os graus jurisdicionais dos direitos individuais e coletivos de forma gratuita aos necessitados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PODER EXECUTIVO – ART 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85 
Órgão de Administração Pública que tem como função típica a Organização e Administração da UNIÃO, ESTADOS MEMBROS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS. 
União: PRESIDENTE – VICE – MINISTROS 
Estados Membros – GOVERNADOR – VICE – SECRETARIOS 
Distrito Federal – GOVERNADOR DISTRITAL – VICE – SECRETÁRIOS 
Municípios – PREFEITO – VICE – SECRETARIOS 
 
PRESIDENTE DA REPÚBLICA: CHEFE DE ESTADO E CHEFE DE GOVERNO 
CHEFE DE ESTADO: representação da nação em âmbito internacional, desenvolvendo competência para elaborar tratados internacionais. 
CHEFE DE GOVERNO: exercício da soberania interna, organizando e administrando o território nacional. 
 MANDATO: 4 ANOS  ELEITO POR VOTO MAJORITÁRIO  PODE SER RE-ELEITO POR MAIS UM MANDATO 
 Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. (Redação dada ao caput pela EC 16/97) 
§ 1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado. 
§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. 
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. 
§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. 
§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil. 
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente. 
Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais. Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. 
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. 
§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição. (Redação dada ao artigo pela EC 16/97) 
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do Paíspor período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. 
 SEÇÃO II DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA – (os não sinalizados, são atribuições de CHEFE DE GOVERNO) 
 Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal; III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; 
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Nova redação dada pela EC 32/01) a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; - CHEFE DE ESTADO VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; - CHEFE DE ESTADO IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; X - decretar e executar a intervenção federal; XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; (Nova redação dada pela EC 23/99) 
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do Banco Central e outros servidores, quando determinado em lei; XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União; XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. 
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. 
 SEÇÃO III DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
 Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: I - a existência da União; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; IV - a segurança interna do País; V - a probidade na administração; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. 
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento. Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. 
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal; II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. 
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. 
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito à prisão. 
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. 
 
 
 
 
 
 
 
MEDIDAS EXCEPCIONAIS – ARTS. 34 A 36, 136 E 137 A 139 
 INTERVENÇÃO FEDERAL – ART. 34 A 36 Forma: Decreto Legislativo Abrangência: União e Estados Membros. Aprovação: Congresso Nacional ou Assembléia Legislativa (24h para aprovar ou suspender) Motivos: I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição dentro dos prazos estabelecidos em lei;  ESTADO DE DEFESA – ART. 136 Forma: Decreto Legislativo Abrangência: União Quem decreta: Presidente da República + Conselho da República e Conselho de Defesa Nacional Aprovação: Congresso Nacional (sanciona ou veta) Motivo: Preservação ou restabelecimento da ordem pública, ou a restauração da paz social ameaçada por grave instabilidade institucional ou calamidades provenientes da natureza (enchentes, terremoto, inundação, deslize de terra) Prazo: 30 dias prorrogáveis por igual período.  ESTADO DE SÍTIO – ART 137 A 139 Forma: Decreto Legislativo Abrangência: União Quem decreta: Presidente da República + Conselho da República e Conselho de Defesa Nacional Aprovação: Congresso Nacional (aprovação prévia) Motivo: ineficácia de medida tomada durante Estado de defesa; declaração de guerra ou resposta a armada estrangeira. Prazo: 30 dias prorrogáveis por igual período.

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