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Trabalho Direito a Vida

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UNIVERSIDADE PARANAENSE 
UNIPAR
Trabalho de Direito Constitucional
Tema: Direito à Vida
Acadêmicos:
Alessandro Wesley RA: 00137055
Bruna Bassi Dos Santos RA: 00133463
Caio Issa Rizk Aquatti RA: 00142068
Luciano Alves RA: 06005817
Mariana Roque Bortoli RA: 00143010
Natália Barbosa Corrêa RA: 00143144
Natália Mello RA: 00133313
Tiago Fernandes Dias Semtchuk RA: 00143829
Thainara Pereira RA: 00133965
Waldir Alessandro G. Tivirolli RA: 01009232
Sumário:
1. Historia dos direitos Fundamentais. 
2. Direito à Vida.
3. Direito à integridade física - CF, art. 5º, III; XLIX; XLVII; LXII; LXIII; LXIV; LXV.
4. Direito à integridade moral - CF, art. 5º, V; X.
5. Proibição da venda de órgãos - CF, art. 199, §4º; Lei 9434/97. 
6. Criminalização da tortura - CF, art. 5º, III; XLIX; XLIII.
7. Proibição da pena de morte - CF, art. 5º, XLVII.
8. Criminalização da Eutanásia - Código Penal, art. 121, §1º.
9. Criminalização do aborto – Código Penal, art. 124 à 128.
1. História dos direitos Fundamentais.
 Direitos Fundamentais são considerados indispensáveis à pessoa humana, necessários para assegurar a todos uma existência digna, livre e igual. A constituição brasileira de 1988 é dedicada aos direitos e garantias fundamentais. O termo “direitos fundamentais” é abrangido, as seguintes espécies: direitos individuais, coletivos, sociais, nacionais e políticos. As Constituições escritas estão vinculadas as declarações de direitos fundamentais, a própria declaração dos direitosdo homem e do cidadão, foi proclamada após a Revolução Francesa, em 1789, estabelecida que o Estado não possuísse separação de poderes e um enunciado de direitos individuais não teria uma constituição. A constituição de 1988 foi a primeira a fixar os direitos fundamentais antes da organização do próprio estado; e impôs deveres ao lado de direitos individuais e coletivos. Para alguns autores que não aceitam uma concepção jusnaturalista, de direito inerente àcondição humana, decorrente de uma ordem superior, os direitos fundamentais são produtos da evolução histórica. Surgem das contradições existentes no seio de uma determinada sociedade.
2. Direito à Vida.
 O direito à vida, previsto no art. 5°, Caput; CF abrange tanto o direito à vida, direito de não ser morto, de não ser privado da vida, ou seja, o direito de continuar vivo, como também o direito de ter uma vida digna. A Constituição Federal garante que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos seus termos.
 E alguns documentos Internacionais que se destacam são a Declaração Universal dos direitos Humanos (1948) e o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (1966); ambos dizem respeito ao direito do homem à vida.
No que diz respeito a uma vida digna, a constituição garante as necessidades vitais básicas do ser humano e proíbe um tratamento indigno, como a tortura, penas de caráter perpétuo, trabalhos forçados, cruéis etc.
2.1 Inicio e fim da proteção jurídica sobre a vida.
 Inicio da vida humana, qual a definição do começo de vida, existem vários conceitos quanto a seu inicio os que defendem que o inicio da vida começa com a fertilização, os que defendem que a vida começa com a implantação do embrião do útero, os que defendem que o inicio da vida começa com o inicio da atividade cerebral e os que defendem que o inicio da vida começa com o nascimento com vida, e a definição é de extrema importância para que se pode discutir sobre outros fatores, como o aborto as questões bioéticas e etc.
 Fim da vida, a morte do ser humano é definida à partir da parada de funcionamento do cérebro, morte cerebral, conceito esse evoluído através dos tempos para permitir a doação de órgãos. 
 O artigo 2° do Código Civil dita que a personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro (pessoa por nascer, já concebida no útero materno). Onde o nascimento com vida caracteriza-se pelo ato do nascituro respirar. Desde a concepção o nascituro tem seus direitos assegurados pelo ordenamento jurídico, com a condição que nasça com vida. Antes do nascimento o nascituro não tem personalidade jurídica, mas tem natureza humana (humanidade), razão de ser de sua proteção jurídica pelo Código Civil.  
3- Direito à integridade física.
 A integridade física ou corporal é um bem vital e um direito fundamental do individuo, todo mundo tem direito a ter sua forma física sem traumas, é inviolável o corpo humano. Exemplos de agressões físicas:
Lesão corporal é o principal comportamento humano que atinge o direito a integridade física, CP art. 129.
Homicídio tentado (aquele homicídio que falhou mas lesou a integridade física), CP art. 14, II.
Abandono de incapaz (pois o incapaz não tem como cuidar de si mesmo), CP art. 133.
Maus tratos (para crianças e idosos), CP art. 136.
Lei Maria da Penha,lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Lei da Palmada, altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, para estabelecer o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos corporais ou de tratamento cruel ou degradante.
 A integridade física ao próprio corpo, pode ser tanto vivo ou morto, 
O direito ao corpo vivo compreende tudo aquilo relacionado ao corpo humano, a escolha própria do indivíduo em relação ao seu físico, como a doação de órgãos, eutanásia, aborto.
O direito ao corpo morto é o direito da integridade física do cadáver pertencente a família diz respeito ao sepulcro, à cremação, ao culto religioso e à experiências cientificas post mortem.
 Na Constituição Federal, é regulamentado os direitos e garantias fundamentais,onde trata da integridade física do ser humano como:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
 Onde diz sobre a inviolabilidade do direito a vida, que também se refere a integridade física, pois ao agredir o corpo humano é um modo de agredir a vida.
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
 Abrange a todos a proteção física, proibindo a tortura e o tratamento desumano ou degradante, como por exemplo:
 Criança e Adolescente: ECA, arts. 17 e 18.
 Trabalhador: CLT, arts. 154 a 223.
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
 Quando uma pessoa é presa, perde o direito de ir e vir, ou seja, o da liberdade, os outros direitos devem ser mantidos como ter assistencia material, a saude, juridica, educacional, social, religiosa e ao regresso, e o mesmo tem direito ao um tratamento humano, sem sofrer violenciafisica ou moral, como esta escritotambem no CP art. 38 - O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua integridade física e moral. 
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
Em respeito ao direito a vida e tambem a integridade fisica, a lei brasileira restringe a liberdade do condenado, sem lhe retirar a vida, por ser um bem fundamental.
b) de caráter perpétuo;
A liberdade do condenado não pode ter caraterperbetuo,ou seja, eterno como escravo como diz no CP art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos.
c) de trabalhos forçados;
As penas não são cumpridas atraves de trabalhos forçados, o preso tem os direitos de ter acesso a trabalho remunerado (no mínimo ¾ do salário mínimo);Contribuir e ser protegidopela Previdência Social;Ter acesso à reserva de dinheiro resultado de seu trabalho (este dinheiro fica depositado em caderneta de poupança e é resgatado quando o preso sai da prisão); como e dito no CP art. 39 - O trabalho do preso será sempre remunerado, sendo-lhe garantidos os benefícios da Previdência Social.
d) de banimento;
Uma pessoa não pode ter como pena a retirada de maneira forçada de seu país, em virtude da prática de determinado fato no território nacional, ou seja, o banimento é a extinção da possibilidade de um cidadão conviver entre os seus e em sua terra natal.
e) cruéis;
Em respeito a dignidade da pessoa humana, é proibido a tortura, ou seja, penas marcadas pela crueldade e um sofrimento desnecessario.
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
 È garantido ao preso, efetivada a prisão, a comunicação imediata de tal a família, tendo como objetivo a convocação de um advogado ou defensor público pela mesma,e do juiz responsável, a quem caberá a analise dos fatos e a juridicidade da prisão, a violação de tal constitui abuso de autoridade e o procedimento do processo penal mesmo sem comunicação, é caso de responsabilidade administrativa ou criminal.
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
 È garantido ao preso, o Direito ao silencio, haja vista que ninguém é obrigado a fazer ou produzir prova contra si mesmo, cabe as autoridades conscientizar o réu de que o mesmo tem escolha de opinar entre ficar calado ou responder.
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
 È pleno direito tanto da defesa quanto do réu, saber o responsável pela efetivação da prisão, este inciso tem com objetivo inibir ou evitar abusos de autoridade.
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
 A prisão é encaminhada ao juiz , para a analise de sua legalidade, ou seja, se ela é legal, ou contraria as normas punitivas vigorantes no ordenamento jurídico, pode sua ilegalidade advir tanto do ponto de vista processual quanto material, é também ilegal a prisão que excede o prazo legalmente estipulado, é também de importante consideração o fato de que os fundamentos da prisão devem ser concretos, e em hipótese alguma abstratos (por clamor público) ou genéricos, sob pena de ilegalidade.
4. Integridade moral
 Cabe também considerar que a vida humana não se limita a um conjunto de elementos materiais. Ela também tem valores imateriais e morais. A Carta de 1988 destacou o valor e a proteção da moral individual, assegurando indenização em caso de dano moral (Art. 5º, incisos V e X). A moral individual sintetiza a honra da pessoa, o bom nome, a boa fama e a reputação A honra constitui-se do somatório das qualidades que individualizam o cidadão, gerando seu respeito pela sociedade, o bom nome e a identidade pessoal que o diferencia no meio social. E o cidadão tem o direito de resguardar sua honra pessoal, essencial ao bom convívio dentro da sociedade. Diante disso, tudo aquilo que depõe contra a pessoa, mas que faz parte de sua privacidade, não deve ser revelado, pois a pessoa tem o direito de preservar a própria dignidade. A dimensão moral é uma dimensão estrutural para uma vida digna. Por isso, o respeito à integridade moral assume também o caráter de direito fundamental.
5. Proibição da venda de órgãos 
 O presente trabalho tem por objetivo fazer uma breve explanação sobre as condições e os requisitos para a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplantes, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, nos termos da Lei nº 9.434/1997 e, da Lei nº 10205/2001, que dispõe sobre a estocagem, distribuição e aplicação do sangue, seus componentes e derivados, e na execução adequada dessas atividades, editadas em obediência ao teor do parágrafo 4º, do artigo 199 da Constituição Federal.
 Posteriormente, a Lei nº 9.434/1997 foi parcialmente modificada, alterando os artigos 2º, parágrafo único, 4º; 8º, 9º, 10º, com a edição da Lei n º 10.211/2001; o artigo 9º pela Lei 11.633/2007 e, artigo 13 pela Lei nº 11.521/2007, esta em especial editada com a finalidade de “permitir a retirada pelo Sistema Único de Saúde de órgãos e tecidos de doadores que se encontrem em instituições hospitalares não autorizadas a realizar transplantes”. 	
5.1. ANÁLISE DA LEI Nº. 9.434/1997.
 Inicialmente vale consignar que a legislação brasileira (Lei nº 9.434/1997) que dispõe sobre a “a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento”,tem como princípio fundamental a gratuidade de tecidos, órgãos e partes do corpo humano, em vida ou post mortem, para fins de transplante e tratamento.
 Para a realização de qualquer transplante ou enxertos de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano, o procedimento deverá ser realizado por estabelecimento de saúde, público ou privado (art. 2º), e por equipes médicas-cirúrgicas, previamente autorizados pelo órgão de gestão nacional do Sistema Único de Saúde, ensejando tanto em vida como após morte, alguns critérios para a sua utilização.
 Em se tratando post mortem (art. 3º), a retirada deve ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, cuja ocorrência precisará ser atestada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina, desde que haja autorização documentada por cônjuge ou parente, firmada por duas testemunhas presentes à verificação da morte (art. 4º), vedando de forma expressa, a remoção post mortemde tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoas não identificadas (art. 6º). 
 Quanto ao transplante em vida, é possível a sua ocorrência por pessoas capaz, desde que seja de forma gratuita, tanto de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo e, para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou parentes consanguíneos até o quarto grau, ou em qualquer outra pessoa, nessa última hipótese, mediante autorização judicial, salvo quando se tratar de medula óssea (art. 9º), garantindo, quando se tratar da doação voluntária de sangue do cordão umbilical e placentário acesso a qualquer informação (art. 9º-A).
 Tal previsão, entre outras, tem como ressalva, a possibilidade de doação em relação a órgãos duplos, partes de órgãos, tecidos ou partes do corpo, desde que a retirada não comprometa a vida do doador ou comprometa suas aptidões vitais e saúde mental ou não cause mutilação e deformação e, corresponda a uma necessidade terapêutica comprovadamente indispensável à pessoa receptora (art. 10º).
 Os órgãos a serem doados em vida podem ser o rim, uma parte do fígado, pâncreas, e pulmão, ou do tecido como a medula óssea. Já após a morte, é possível a doação das córneas; coração; pulmão; rins; fígado; pâncreas; ossos; medula óssea; pele; e valvas cardíacas.
 Em se tratando de pessoa juridicamente incapaz, após morte (art. 5º) quanto em vida (art. 10º, § 1º), o procedimento deverá ser antecedido de autorização dos pais do responsável legal.
 Por fim, vale assinalar, que é obrigatório, “para todos os estabelecimentos de saúde notificar, às centrais de notificação, captação e distribuição de órgãos da unidade federada onde ocorrer, o diagnóstico de morte encefálica feito em pacientes por eles atendidos” (art. 13º).
5.2. DAS SANÇÕES PENAIS 
A utilização inadequada da remoção de tecidos, órgão e partes do corpo, caracteriza crime, cuja definição está prevista no artigo 14 da Lei nº 9.434/1997, prevê:
“Art. 14. Remover tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoa ou cadáver, em desacordo com as disposições desta Lei:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, de 100 a 360 dias-multa.
§ 1.ºSe o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa ou por outro motivo torpe:
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa, de 100 a 150 dias-multa.
§ 2.º Se o crime é praticado em pessoa viva, e resulta para o ofendido:
I - incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de três a dez anos, e multa, de 100 a 200 dias-multa
§ 3.º Se o crime é praticado em pessoa viva e resulta para o ofendido:
I - Incapacidade para o trabalho;
II - Enfermidade incurável ;
III - perda ou inutilização de membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos, e multa, de 150 a 300 dias-multa.
§ 4.º Se o crime é praticado em pessoa viva e resulta morte:
Pena - reclusão, de oito a vinte anos, e multa de 200 a 360 dias-multa.”
Em se tratando de compra de tecidos ou órgãos, a sanção penal está prevista no artigo 15, Sendo que o Parágrafo único traz a figura equiparada de quem promove, intermedeia, facilita ou aufere qualquer vantagem com a transação.
“Art. 15. Comprar ou vender tecidos, órgãos ou partes do corpo humano:
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa, de 200 a 360 dias-multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem promove, intermedeia, facilita ou aufere qualquer vantagem com a transação.”
Aqui, impede registrar que o crime resta caracterizado também ao médico que realiza o transplante comercializado pelas partes, auferindo vantagem econômica na transação comercial. Caso contrário, se apenas tem conhecimento que a obtenção do órgão ou tecido ocorreu em desacordo com as disposições da Lei 9.434, responderá pelo crime do art. 14 (remoção) ou pelo art. 16 (realização do transplante), que dispõe:
“Art. 16. Realizar transplante ou enxerto utilizando tecidos, órgãos ou partes do corpo humano de que se tem ciência terem sido obtidos em desacordo com os dispositivos desta Lei:
Pena - reclusão, de um a seis anos, e multa, de 150 a 300 dias-multa.”
O artigo 17 tipifica a conduta de recolher, transportar, guardar ou distribuir partes do corpo humano que tem ciência, ter sido obtido em desacordo com as disposições legais, impondo pena de reclusão, de 06 (seis) meses a 02 (dois) anos, e multa.
E, o artigo 18 pune, em suma, a conduta de realizar transplante sem consentimento expresso do receptor, cominando pena de detenção, de 06 (seis) meses a 02 (dois) anos.
Já a conduta tipificada no art. 19 – que nas legislações anteriores era punida de acordo com o art. 311 do Código Penal – pune a não observância do disposto no art. 8º da Lei de Transplante, que é deixar de recompor cadáver, devolvendo-lhe aspecto condigno, para sepultamento ou deixar de entregar ou retardar sua entrega aos familiares ou interessados.
Por fim, o art. 20 tipifica a conduta de publicar anúncio ou apelo público em desacordo com o disposto no art. 11 desta mesma lei, cominando pena de multa.
5.3. DAS SANÇÕES PENAIS ADMINISTRATIVAS
As sanções administrativas, no caso dos crimes previstos nos artigos 14, 15, 16 e 17, o estabelecimento de saúde e os respectivos profissionais envolvidos, poderão ser desautorizadas temporária ou permanentemente pelas autoridades competentes, com a possibilidade de aplicação de multa, em sendo reincidência, poderá ter suas atividades suspensas temporária ou definitivamente, culminando ainda, na proibição de firmar contratos ou convênios com entidades públicas, ou se beneficiar de créditos oriundos de instituições governamentais ou daquelas em que o Estado é acionista, pelo prazo de cinco anos (art. 21, § 1º, § 2º).
Igualmente as instituições estarão sujeitas a multa (art. 22), quando não mantiverem em arquivo relatórios dos transplantes realizados e, o envio dos aludidos documentos aos órgãos de gestão estadual do Sistema único de Saúde, conforme preconiza os §§ 1º e 2º, do artigo 3º, da supracitada lei.
5.4 EXPOSIÇÃO
 O que efetivamente denota-se ao analisar alguns comentários a presente legislação (Lei nº 9.434/1997) regulamentadora da disposição gratuita de órgãos e partes do corpo humano, em vida ou em morte, é que, além de ter conferido garantias e prerrogativas aos doadores e aos receptores, acabou por até mesmo minorar o tráfico de órgãos.
 Por outro lado, um dos dilemas contraídos pelo Governo Federal foi à imposição inicial a todo brasileiro maior de 21 anos a doar órgãos e tecidos, a menos que tivesse registrado na Carteira de Identidade ou na Carteira Nacional de Habilitação a expressão do desejo contrário, ou seja, de não doador.
 Tal ordem gerou inúmeras incertezas na população, quanto ao destino dos órgãos e ao conceito de morte encefálica, ensejando uma elevação significativa de pessoas que registraram em seus documentos ser não doador de órgão e tecidos, o que ensejoua edição daMedida Provisória nº1718/98, acrescendo ao artigo 4º da Lei 9.434/97 um novo parágrafo, estabelecendo que na ausência de manifestação de vontade da pessoa, o pai, a mãe, o filho ou o cônjuge poderia manifestar-se contrariamente à doação.
 Mais tarde, editou-se a Lei nº 10.211/2001, estabelecendo que as manifestações de vontade relativas à doação de órgãos, constantes na Carteira de Identidade Civil e da Carteira Nacional de Habilitação não teriam validade a partir de dezembro de 2000.
 Não obstante a iniciativa do Governo com campanhas de esclarecimento à sociedade, ser doador ou não de órgão(s) depende dos valores morais, culturais, econômicos, afetivos e éticos de cada indivíduo, além do amplo conhecimento do assunto para o exercício pleno da autonomia. 
 Há que se destacar a importância do papel do Estado na criação das leis, sua aplicabilidade e divulgação. Favorecer o consentimento voluntário para a doação de órgãos é a única forma de garantir uma decisão mais justa e participativa, alicerçada na educação, respeito ao livre arbítrio, a solidariedade, o amor, a ética e, na moral.
 Se tirarmos do homem esse direito de optar pelo que deseja, consequentemente tiraríamos a sua dignidade humana, pois não teriam sequer o direito dos seus próprios corpos, visto que seriam usurpados pelo Estado.
6. Criminalização da Tortura
 Torturar é causar um sofrimento intenso a outra pessoa, seja esse sofrimento físico ou mental, com o proposito de obter informação ou uma confissão. A tortura e cometida mediante atos físicos ou psicológicos, coercitivos e extremamente cruéis, degradantes e desumanos.
 A tortura é proibida em nossa constituição, em seu art. 5º, III e é um crime inafiançável Art. 5º, XLIII. A tortura deve ser combatida por que ninguém tem poder sobre a vida ou a morte, sobre o sofrimento ou a felicidade dos outros. Toda pessoa e todo ser humano tem direito a vida e a dignidade.
 Na época da ditadura ouve grande repercussão a respeito da tortura. Apenas em 1997 entrou em vigor a Lei. 9455/97 que definiu os crimes de tortura. Antes dessa lei era costumeiro ocorrer crimes de tortura em locais policiais e prisionais. Mas essa lei ainda esta longe de ser o ideal. 
 A proibição da tortura, é um direito fundamental outorgado a todos os humanos. O ser humano não pode ser torturado absolutamente em nenhuma hipótese.
7-Proibição da Pena de Morte
 Direito a vida, pode ser entendido sob dois aspectos, o direito de não ser morto e o direito de ter uma vida digna. Logo, o artigo 5°, XLVII, da CF, trás os tipos de penas, aos quais ninguém deve ser submetido. São proibidas, as penas, de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX, de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento ou cruéis. No caso da proibição da pena de morte, tratasse de um direito adquirido, por tanto, não podemos voltar a trás, por dois motivos, isso feriria a clausula pétrea do artigo 60, § 4°,IV, CF que trata dos direitos e garantias individuais, e o principio da proibição do retrocesso, que proíbe a perda de um direito, de uma garantia. Ou seja,mesmo que fosse instituída uma nova Constituição, a pena de morte não poderia ser incluída como sanção. 
 Talvez essa seja a mais desumana das penas, pois viola o maior bem da humanidade, que é a vida, é inconstitucional, gera tensões e medo na população, e é irreversível. Mesmo assim, alguns Estados ainda a utilizam como sanção, e justificam isso, dizendo que assim diminuem a criminalidade. Contudo, nos Estados Unidos, por exemplo, pesquisas mostram que é um gasto muito alto e que não trás modificações positivas na criminalidade, entre outros países que tem um alto grau de criminalidade. 
8-Criminalização da Eutanásia
 O Direito a vida que é uma das garantias fundamentais que a Constituição Federal Brasileira dispõe em seu artigo 5º,é um bem indisponível e inviolável, sendo então vedado ao ser humano, o direito de dispor da própria vida, uma vez que se tem a proteção do estado desde a concepção até a morte. 
 Assim, a eutanásia enquadrada como homicídio simples,e é punida pelo código Penal em seu art. 121, §1º., sendo que desta forma defende-se também o cumprimento do exposto no artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil no que tange a inviolabilidade do direito à “vida”, não entendendo a “liberdade” que o segue, como uma liberdade de escolha a eximir tal tutela principal.
 Maria Helena Diniz por exemplo, ensina que a insuportabilidade do sofrimento e a inutilidade do tratamento não podem justificar a prática da eutanásia, pois o primeiro argumento é prognóstico, podendo ser falível ou podendo surgir um novo método de cura. Ademais, a medicina tem avançado rapidamente e cada vez mais dispõe de meios para vencer o sofrimento. O segundo argumento é rebatido por aqueles que são contra a eutanásia por 
considerarem o conceito de inutilidade do tratamento ambíguo.
 O paciente não tem o direito de matar-se ou de requerer que terceiro o faça, pois a vida é um direito amplamente protegido em nosso ordenamento jurídico, não tendo o homem, segundo Maria Helena Diniz , direito de consentir em sua morte. Bem como não se pode negar ao enfermo o tratamento necessário, ainda que não seja inteiramente eficaz, nem deixar de tratar pacientes em estado comatoso ou vegetativo se houver possibilidade, ainda que mínima, de cura.
 Há porém, quem defenda a possibilidade de se admitir a prática da eutanásia em caso de paciente em estado irreversível e/ou terminal, a seu pedido ou, na impossibilidade de fazê-lo, de seus familiares, tendo em vista a intensa dor e sofrimento que está suportando, bem como a inutilidade de tratamento. Nesse sentido tem-se o novo Código de Ética Médica que evoluiu no sentido de reforçar a autonomia dos pacientes, os quais passam a decidir sobre o seu futuro, contudo eles devem ter esclarecido detalhadamente todos os riscos e as opções de tratamento para a sua doença.
9-Criminalização do aborto
 Outro item relacionado ao direito a vida é um dos temas mais polêmicos nas sociedades contemporâneas, o aborto.  O motivo pelo qual esse tema é tão controverso é que ao mesmo tempo em que ele envolve a vida – ou a formação de uma – de um ser, envolve a liberdade e a autonomia de outro – a mulher, no caso. 
 O direito à vida, como direito fundamental, é garantido a todo ser humano, desde a concepção até a morte, portanto, assegurado também ao nascituro (tanto que o próprio Código Civil, em seus artigos 2º e 4º, garante seus direitos desde a concepção).
 O aborto é tipificado como crime pelo Código Penal, tendo em vista o direito à vida uterina, ou seja, o direito à vida se estende ao feto, que já possui vida. No entanto há exceções, em que a interrupção da vida pode ser justificada:
 No primeiro caso, o aborto necessário, caracteriza caso de estado de necessidade, não sendo necessário que o perigo seja atual, bastando à certeza de que o desenvolvimento da gravidez poderá provocar a morte da gestante ( artigo 128, I do Código Penal ). No segundo caso, a gravidez é resultado de estupro. A mulher não deve ficar obrigada a cuidar de um filho resultante de coito violento, não desejado ( artigo 128, II do Código Penal ). O aborto, fora esses casos, está sujeito a pena de detenção ou reclusão ( artigos 124 à 127 do Código Penal ).
Portanto,a vida, independentemente do seu tempo e condição, deve ser protegida, porém devemos levar em consideração também a vida da gestante, o sofrimento e o risco que ela corre ao nascimento desse feto.
FONTES: 
Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais - Rodrigo Cesar Rebello Pinho
Direito constitucional Esquematizado, LENZA, Pedro. 18° ed. Saraiva, 2014.
http://jus.com.br/artigos/6462/inicio-da-vida-humana-e-da-personalidade-juridica.
Direitos da Personalidade - Direito à Integridade Física - Daniel Becman, Lucas Bensiman e João Gabriel Magno
Direitos da personalidade no âmbito jurídico brasileiro: Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes, Centro De Ciências Sociais Aplicadas – CCSA, Curso: Direito, Professora: Janice Cláudia, Acadêmicos: Camila Veloso Barbosa Araújo, Camylla Gitã Sampaio, Jefferson Rosa, Lorena Lopes Freire Mendes e Pedro Henrique Feliciano
Constituição federal
Estatudo da Crianca e do Adolescente
Codigo Penal
Consolidação das Leis do Trabalho
Centro de Referência em Direitos Humanos do Distrito Federal: Miguel Alves Pinto – Direito dos Apenados http://www.uniaoplanetaria.org.br/direitoshumanos/seus-direitos/direitos-dos-apenados/
http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/presos/parte1.htm
http://tudodireito.wordpress.com/2010/05/12/artigo-5%C2%BA-da-cf88-incisos-lxii-a-lxvii/
Goldin JR. Consentimento presumido para doação de órgãos: A situação brasileira atual. Disponível em: http://www.bioetica.ufrgs.br /trancpre.htm
LEI Nº 9.434, DE FEVEREIRO DE 1997;
FALEIROS, Eliana. Aspectos penais da lei de transplantes de órgãos, 2005;
GÓES, WiniciusPereira.Transplante e comercialização de órgãos: Limites à disponibilidade do corpo humano.
http://www.jusbrasil.com.br/opicos/359964/transplante-de-orgaos
SIENA, David Pimentel Barbosa de; 
VALVERDE, Thiago Pellegrini. Tortura: bases dogmáticas, excludentes de ilicitude e de culpabilidade.
Jus Navigandi, Teresina, ano 16, n. 3070, 27 nov. 2011. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/20466>. Acesso em: 22 abr. 2014.

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