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ESTABELECIMENTO COMERCIAL

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ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
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CONCEITO E NATUREZA DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
O que se entende por estabelecimento empresarial?
É o complexo de bens reunidos pelo empresário para poder desenvolver sua atividade econômica.
E o que são bens?...
Corpóreos
mercadorias
instalações
equipamentos
utensílios
veículos
prédio
etc.
Incorpóreos
marcas
patentes
direitos
ponto comercial
etc.
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O que vem a ser AVIAMENTO?
É o valor acrescido ao agregamento dos bens de uma organização destinada às atividades econômicas de uma empresa.
Por isso tem uma tutela jurídica específica: interditos possessórios (responsabilização civil e penal por danos materiais).
1. Na desapropriação do imóvel do estabelecimento empresarial a indenização deve incluir o aviamento.
2. Na sucessão por morte ou na separação do empresário.
3. O direito industrial: proteção de marcas e patentes.
EXEMPLOS:
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ALIENAÇÃO DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
Pode-se vender um estabelecimento comercial?
SIM. Desde que se atenda algumas exigências legais:
1. Contrato de compra e venda deve ser escrito.
2. Deve ser arquivado na Junta Comercial.
3. Aguardar a anuência dos credores (expressa ou tácita: 30 dias), desde que os bens restados em seu patrimônio não sejam suficientes para a solvência do passivo.
Código Civil
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.
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Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.
OBS: Não observado esse aspecto legal o empresário poderá ter sua falência decretada e, se vier a falir, a alienação será considerada ineficaz
Lei nº 11.101/2005
Art. 94. Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:
III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial:
c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo;
Art. 129. São ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante conhecimento do estado de crise econômico-financeira do devedor, seja ou não intenção deste fraudar credores:
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VI – a venda ou transferência de estabelecimento feita sem o consentimento expresso ou o pagamento de todos os credores, a esse tempo existentes, não tendo restado ao devedor bens suficientes para solver o seu passivo, salvo se, no prazo de 30 (trinta) dias, não houver oposição dos credores, após serem devidamente notificados, judicialmente ou pelo oficial do registro de títulos e documentos;
OBS:
1. O passivo regularmente escriturado do alienante – em dissonância com os princípios de que se valeu o legislador para criar a obrigação da anuência dos credores para eficácia do ato – transfere-se ao adquirente do estabelecimento empresarial. Continua o alienante responsável por esse passivo, durante certo prazo (1 ano, contado da publicação do contrato de alienação, para as obrigações vencidas antes do negócio; e contado da data de vencimento, para as demais). Na hipótese de transferência do estabelecimento, portanto, o adquirente será sucessor do alienante, podendo os credores deste demandar aquele para cobrança de seus créditos.
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2. Podem as partes do contrato de alienação de estabelecimento estipular que o alienante ressarcirá o adquirente, por uma ou mais obrigações, principalmente as que se encontram sub judice. Entre eles, prevalecerá, ainda que numa etapa regressiva, exatamente o que contrataram. A cláusula de não transferência de passivo, por certo, não libera o adquirente, que poderá ser demandado pelo credor, cabendo-lhe, então, o direito de regresso contra o alienante. O credor do alienante somente perde o direito de cobrar o crédito do adquirente do estabelecimento se expressamente renunciou ao direito quando anuiu com o contrato.
O empregado do alienante está protegido legalmente?
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO
Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
SIM
(CLT)
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E TAMBÉM O FISCO!
(CREDOR TRIBUTÁRIO)
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar à exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6 (seis) meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
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OBS: O adquirente não responde pelas obrigações do alienante se comprou o estabelecimento empresarial em leilão judicial.
Lei nº 11.101/2005
Art. 60. Se o plano de recuperação judicial aprovado envolver alienação judicial de filiais ou de unidades produtivas isoladas do devedor, o juiz ordenará a sua realização, observado o disposto no art. 142 desta Lei.
Parágrafo único. O objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do alienante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, observado o disposto no § 1º do art. 141 desta Lei.
Art. 142. O juiz, ouvido o administrador judicial e atendendo à orientação do Comitê, se houver, ordenará que se proceda a alienação do ativo em uma das modalidades:
I – leilão, por lances orais;
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PROTEÇÃO AO PONTO
(locação empresarial)
Espécies de locações previstas na legislação brasileira:
1. RESIDENCIAL
2. NÃO-RESIDENCIAL
OBS: a) Na primeira não será possível, em regra, explorar qualquer atividade econômica no imóvel.
	b) Na segunda o locatário tem que ser empresário.
Lei nº 8.245/91
Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente: 
II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; 
III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos. 
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OBS. Os direitos do locador quando da não renovação:
	(Art. 72)
	II – insuficiência de propósito;
	III – proposta melhor de terceiro;
	(Art. 52)
	I – reforma substancial do prédio locado;
	II – uso próprio.
SHOPPING CENTER
ATIIVIDADE CENTRALIZADA DESENVOLVIDA PARA A OFERTA DE
SERVIÇOS
Banco
Correio
Cinema
Lazer
Alimentação
& COMÉRCIO
Papelaria
Farmácia
Moda
Utilidades domésticas
Material de construção
Etc.
Etc.
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OBS. Um empreendedor de shopping center, por sua vez, organiza o tenant mix, isto é, fica atento às evoluções do mercado consumidor, à ascensão ou decadência das marcas, às novidades tecnológicas e de marketing, bem como ao potencial econômico de cada negociante instalado no seu complexo.
OBRIGAÇÕES DO LACATÁRIO DE UM SHOPPING CENTER:
● prestação res sperata (pela vantagem de ter-se uma clientela própria).
● o empresário deve estar filiado à associação dos lojistas – suporte das despesas de propaganda.
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PROTEÇÃO AO TÍTULO DO ESTABELECIMENTO
PROTEÇÃO JURÍDICA
SOCIEDADE EMPRESÁRIA: Comércio e 	Indústria Antonio Silva & Cia Ltda.
PRODUTO (MARCA): Alvorada.
TÍTULO (DENOMINAÇÃO): Loja da Esquina.
Lei nº 9.279/96
Art. 195. Comete crime de
concorrência desleal quem:: 
V – usa indevidamente, nome comercial, título do estabelecimento ou insígnia alheios ou vende, expõe ou oferece à venda ou tem em estoque produto com essas referências; 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
Art. 209. Fica ressalvado ao prejudicado o direito de haver perdas e danos em ressarcimento de prejuízos causados por atos de violação de direitos de propriedade industrial e atos de concorrência desleal não previstos nesta Lei, tendentes a prejudicar a reputação ou os negócios alheios, a criar confusão entre estabelecimentos comerciais, industriais ou prestadores de serviços, ou entre os produtos e serviços postos no comércio. 
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