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Anatomia do Abdome Consideração Inicial A parede abdominal, embora contínua é subdividida em Parede Anterior direita e esquerda e Parede Posterior. É musculoaponeurótica, exceto posteriormente que inclui a região lombar da coluna vertebral. Os tecidos da Parede Anterolateral formam o canal inguinal que conecta a cavidade abdominal ao escroto no homem ou aos lábios maiores nas mulheres. Canal Inguinal: canal anatômico que permite a passagem de intestino quando há a ocorrência de hérnia inguinal. O perigo se dá com uma torção do intestino. A separação do abdome e tórax é realizada pelo Músculo Diafragma. Entre o Abdome e Pelve não há separação, sendo que as costelas protegem algumas partes abdominais. Limites e Conteúdo Localização: O abdome é a parte do tronco situada entre o tórax, acima, e a pelve verdadeira abaixo. Limitação da Parede Abdominal Superior: Diafragma (abertura inferior do tórax – bordas das últimas costelas e face inferior das cúpulas do diafragma). Inferior: Lateralmente, o Ligamento Inguinal e mais medialmente, o estreito superior da pelve como a Crista Ilíaca e a Sínfise Púbica. Na verdade, entre o abdome e a pelve, morfologicamente não há separação. Anterior: Parede Abdominal Anterior Lateral: Parede Abdominal Anterolateral. Posterior: Parede Abdominal Posterior. Limitação da Cavidade Abdominal Superior: Face Inferior do Diafragma (6ª costela) Inferior: Abertura Superior da pelve (pelve falsa) – Algumas vísceras descem para a pelve, que tem como limite o músculo chamado de diafragma pélvico. Quadrantes da Cavidade Abdominal Semiologicamente: dividido em quatro, esses planos imaginários se cruzam no umbigo. Temos então, determinados quadrantes Superiores Direito, Inferior Direito, Superior Esquerdo e Inferior Esquerdo. Quadrante Superior Direito Fígado: Lobo direito Vesícula Biliar Duodeno: partes 1-3 Pâncreas: cabeça Glândula Suprarrenal direita Rim Direito Flexura Cólica Direita (Hepática) Colo Ascendente: parte superior Colo Transverso: Metade direita Quadrante Superior Esquerdo Fígado: Lobo esquerdo Baço Estomago Jejuno e Ílio proximal Pâncreas: corpo e cauda Glândula Suprarrenal esquerda Rim Esquerdo Flexura Cólica Esquerda (Esplênica) Colo Descendente: parte superior Colo Transverso Metade Esquerda Quadrante Inferior Direito Ceco Apêndice Vermiforme Ílio (Maior parte) Colo Ascendente (parte inferior) Ovário Direito Tuba Uterina Direita Ureter Direito Funículo Espermático Direito Útero Bexiga Urinária (caso esteja muito cheia) Quadrante Inferior Esquerdo Colo Sigmoide Colo Descendente: parte inferior Ovário Esquerdo Tuba Uterina Esquerda Ureter Esquerdo Funículo Espermático Esquerdo Útero Bexiga Urinária (se muito cheia) Plano Sagital (Mediano): Divide em Esquerdo e Direito Os dois planos verticais passam pelo ponto médio entre a sínfise púbica e a espinha ilíaca anterossuperior. Estes planos são também chamados de hemiclaviculares ou mamários. Plano Transverso (Transumbilical): Divide em Superior e Inferior Transverso Superior (Subcostal): Liga os pontos mais baixos das duas margens costais. Este plano está ao nível da borda inferior da décima costela. Transverso Superior (Transpilórico): Está situada a meia distância entre a incisura jugular do esterno e a sínfise púbica. Ou então cinco dedos abaixo do processo xifoide. Este plano está no mesmo nível de uma linha horizontal que passa pelo epicôndilo medial do úmero. Obs.: Importante no Exame Físico – pede para inspirar profundamente e tentamos palpar o polo do rim Direito, nunca palparemos o Esquerdo, pois é muito alto. Transverso Inferior (Interespinal): Ele liga as duas espinhas ilíacas anterossuperiores. Também são usados como planos horizontais inferiores. Transverso Inferior (Transtubercular): Entre os tubérculos das cristas ilíacas. Transverso Inferior (Supracristal ou Bicrista): Entre os pontos mais altos das cristas ilíacas. Em seu conteúdo apresenta a bifurcação da aorta em vasos ilíacos. Obs: Em um exame físico se palpar acima desse plano pode haver um aneurisma dessa aorta. Além disso, tem importância na punção lombar em sua parte posterior. Cirurgicamente: Divide em nove Essa divisão é feita por dois Planos Transversais (Plano Subcostal 10ª cartilagem costal e Plano intertubercular (Tubérculo Ilíaco). Verticalmente tem-se a divisão por 2 linhas medioclaviculares. Superior (Epigástrio): Hipocôndrio Direito, Região Epigástrica, Hipocôndrio Esquerdo. Médio (Mesogástrio): Flanco Direito, Região Umbilical, Flanco Esquerdo. Inferior: Hipogástrio: Fossa Ilíaca Direita, Região Hipogástrica, Fossa Ilíaca Esquerda. Hipocôndrio Direito Fígado Vesícula Biliar Rim Direito Glândula Suprarrenal Direita Flexura Direita do Colo Epigástrico Fígado Estomago Colo Transverso Pâncreas Duodeno Aorta Hipocôndrio Esquerdo Fígado Estomago Rim Esquerdo Glândula Suprarrenal Flexura esquerda do Colo Baço Cauda do Pâncreas Flanco Direito Fígado Colo Ascendente Rim Direito Intestino Delgado Umbilical Estomago Duodeno Colo Transverso Intestino Delgado Aorta Flanco Esquerdo Colo Descendente Rim Esquerdo Intestino Delgado Inguinal Direita Ceco Apêndice Vermiforme Hipogástrio Intestino Delgado Colo Sigmoide Bexiga (cheia) Inguinal Esquerda Colo Sigmoide Parede Abdominal Parede Abdominal Ântero-Lateral Introdução Esta parede é formada por três pares de músculos planos e longos (Oblíquo Externo, Oblíquo Interno e Transverso do Abdome), por um par de músculos em forma de fita (Reto do Abdome) e superficialmente pele e tecido celular subcutâneo. Ela apresenta várias funções importantes às quais serão relatadas mais adiante, além de várias linhas, ligamentos, Trígonos, a bainha do músculo reto, o canal inguinal e várias artérias, veias e nervos. As fibras em diferentes posições proporcionam maior sustentação da parede anterolateral. Estratigraficamente Pele Tela Subcutânea (Fáscia Superficial) Músculo Oblíquo Externo do Abdome (Fáscia Intermédia de Revestimento) Músculo Obliquo Interno do Abdome (Fáscia Profunda de Revestimento) Músculo Transverso do Abdome Fáscia Transversal (Endoabdominal) Fáscia Extraperitonial (Conjuntivo e Adiposo) Peritônio Parietal Tecido Celular Subcutâneo (Fáscia Superficial) Superior do Abdome: Consiste de uma única lâmina, contendo uma quantidade variável de gordura. Inferior do Abdome: Localiza-se abaixo do umbigo é mais espesso e está dividido em uma camada superficial e uma camada profunda. A Camada Superficial (Fáscia de Camper- Panículo Adiposo) é gordurosa e areolar e contínua com a tela subcutânea da coxa. A Camada Profunda (Fáscia de Scarpa- Estrato Membranáceo) é colágena e membranosa. Fixa-se na fáscia lata 1,5 cm abaixo e paralelamente ao ligamento inguinal. Prolonga-se para o dorso do pênis como Ligamento fundiforme. Vasos: Entre essas fáscias, correm vários pequenos vasos, como as artérias epigástricas superficiais, circunflexa superficial do ílio e pudendas externas, além das veias que acompanham estas artérias, além disso, aí se situam vasos linfáticos e alguns nervos superficiais. Observação: Tanto a Fáscia de Camper quanto a Scarpa são fáscias superficiais, no abdome não existe fáscia profunda, pois não teríamos condições de alimentação, porque é de contenção. Nesse caso é o Epimísio parte superficial da musculatura. Fáscia Profunda (Epimísio): Lâmina Forte, muito delgada sobre os músculos superficiais e que não pode ser facilmente separada deles. Fáscia dos músculos oblíquos externos. Não existe outra fáscia profunda, pois serve apenas para contenção. Desse modo, o ser humano acumula gordura nessa região. Origina o ligamento Suspensor do pênis. Bainha do Músculo Reto Abdominal: entre a linha medioclavicular e linha mediana, as aponeuroses formam uma bainha tendínea, aponeurótica e resistente, que envolve o Músculo Reto Abdominale o Músculo Piramidal. Formação: Lâmina Anterior da Bainha do Músculo Reto do Abdome + Lâmina Posterior da bainha do Músculo Reto do Abdome. Essas lâminas são formadas por fáscias. Superior à Cicatriz Umbilical Lâmina Anterior da Bainha do Músculo Reto Abdominal = Aponeurose do Músculo Obliquo Externo + Lâmina Anterior da aponeurose do músculo obliquo interno. Lâmina Posterior da Bainha do Músculo Reto Abdominal = é formada pela Lâmina Posterior da Aponeurose do Músculo Oblíquo Interno + Aponeurose do Músculo Transverso. Inferior à Cicatriz Umbilical Lâmina Anterior da Bainha do Músculo Reto Abdominal: Aponeurose do Músculo Obliquo Interno + Aponeurose do Músculo Obliquo Externo + Aponeurose do Músculo Obliquo Transverso. Lamina Posterior da Bainha do m. reto do abdominal é formada apenas pela fáscia transversal Músculos: formam uma sustentação forte e expansível para a parede abdominal. Sustentam e protegem as vísceras abdominais contra lesões. Comprimem o conteúdo abdominal para manter ou aumentar a pressão intra-abdominal, faz oposição ao M. Diafragma, pois se aumentam as pressões intra-abdominais, auxiliam na expulsão de ar. Oblíquo Externo Característica: É o maior e mais superficial dos três músculos. O sentido de suas fibras é inferomedial (mão no bolso). A aponeurose termina na linha Alba. Inferiormente se dobra para formar o ligamento inguinal. A Fáscia espermática externa é derivada dele e nele situa-se o ânulo inguinal superficial. Origem: Nas superfícies externas das sete ou oito últimas costelas. Inserção: No lábio externo da crista ilíaca, na linha Alba e no púbis. Inervação: Nervos Toracoabdominais e Subcostal. Ação: quando os dois oblíquos externos agem juntos, ajudam a flexionar o tronco; o oblíquo externo de um lado, agindo em conjunto com o oblíquo interno do lado oposto, auxilia na rotação do tronco para o lado oposto. Quando o oblíquo externo age com o oblíquo interno do mesmo lado, há flexão do tronco para o lado homônimo. Os oblíquos e o transverso, atuando juntos bilateralmente, funcionam como uma cinta muscular que exerce pressão sobre o conteúdo abdominal. Oblíquo Interno Característica: situa-se profundamente ao oblíquo externo, sendo mais delgado e menos volumoso que este. O sentido de suas fibras é supero medial, sendo as mais superiores praticamente perpendiculares às do oblíquo externo “Mão da bunda”. As suas fibras mais inferiores são quase paralelas às do oblíquo externo e dão origem ao músculo cremáster que se continua no cordão espermático. Origem: Fáscia Toracolombar, 2/3 lateral do ligamento inguinal e linha intermédia da crista ilíaca. Inserção: Bordas Inferiores das 3 ultimas costelas, linha alba e pube. Inervação: 2 ou 3 últimos nervos Toracoabdominais e N. subcostal. Ação: Suas ações já foram citadas. Transverso do Abdome Característica: É o músculo mais profundo da parede abdominal Ântero-Lateral. O sentido de suas fibras é quase horizontal. Suas fibras mais inferiores são quase paralelas às do oblíquo externo. A sua superfície interna está revestida por uma membrana fibrosa espessa e forte chamada de fáscia transversal, que se estende à parede posterior e à face inferior do diafragma. Origem: Fáscia Toracolombar, fáscia ilíaca, lábio interno da crista ilíaca e na superfície interna das seis cartilagens costais mais inferiores. Inserção: Linha Alba e Pube. Inervação: Nervos Toracoabdominais e N. Subcostal. Ação: Aumenta a pressão intra-abdominal. Piramidal Característica: Está situado entre o músculo reto e parte mais inferior da camada anterior de sua bainha. Pode estar ausente. Origem: Corpo da Pube Inserção: Linha Alba Inervação: N. Subcostal Ação: Mantém a linha Alba tracionada. Reto do Abdome Característica: É um músculo longo, fino, envolvido por uma estrutura especial chamada de bainha do músculo reto. Apresenta três ou quatro intersecções tendíneas, as quais interrompem a continuidade das fibras musculares, e dão um aspecto fasciculado ao músculo. Estas intersecções aumentam a aderência do músculo à parede anterior de sua bainha. Observação: Sua borda lateral coincide com a linha semilunar ou de Spiegel. Origem: Crista e sínfise púbica Inserção: Região anterior do processo xifoide e da quinta, sexta e sétima cartilagens costais. Inervação: Nervos Toracoabdominais e N. Subcostal. Ação: Flexão do tronco contra resistência (os oblíquos ajudam neste movimento); na posição supina eleva o tórax; contrai-se ao fim da inspiração, limitando-a. Linhas e Trígonos Linha Alba É uma rafe formada pela união das camadas anterior e posterior da bainha de um lado com as do lado oposto, medialmente. Estende-se do processo xifoide à sínfise púbica. Também é chamada de linha branca mediana. O entrelaçamento das aponeuroses do lado direito e esquerdo formam uma rafe mediana, que se estende do processo xifoide até a sínfise púbica. O entrelaçamento das aponeuroses não se dá apenas do lado direito e esquerdo, mas também entre as camadas superficial e intermediária, entre a camada intermediária e profunda. É tendínea e segue verticalmente por toda a extensão da parede anterior do abdome e separa o Músculo Reto do Abdome em direito e esquerdo. Inserção: Suas fibras superficiais estão inseridas na sínfise púbica e as fibras profundas formam uma lamina irregular que está inserida atrás do Músculo Reto do Abdome até a superfície da crista púbica a cada lado. Linha Semilunar ou Spiegel É a linha de fusão das aponeuroses dos músculos oblíquo interno e transverso junto à borda lateral do músculo reto. Linha Arqueada / Semicircular ou Arcada de Douglas. Indica o nível a partir do qual todas as aponeuroses de inserção dos músculos da bainha passam à frente do M. Reto. Existe apenas na lâmina posterior da bainha. Demarca ausência de aponeurose dos músculos laterais e presença de fáscia transversal. Marca a transição entre a parede posterior aponeurótica na bainha e a fáscia transversal que reveste o restante do Músculo Reto do Abdome. Trígono lombar ou Trígono de Petit. Observação: É um local de potencial aparecimento de hérnias chamadas lombares. Situado mais posteriormente, tem como limites: Inferior: Crista Ilíaca Anterior: Borda Posterior do Músculo Oblíquo Externo Posterior: Borda Lateral do Músculo Latíssimo do Dorso Assoalho: Músculo Oblíquo Interno. Trígono inguinal ou Trígono de Hesselbach Apresenta os seguintes limites: Inferior: Ligamentos Pectíneo e Lacunar (Ligamento Inguinal) Medial: Borda Lateral do Músculo Reto Lateral: Vasos Epigástricos Inferiores. Canal Inguinal Conceito: Hiato natural dos tecidos da parede anterior e inferior do abdome. É formado a partir de várias camadas da parede abdominal a região inguinal. Seu tamanho e formato variam com a idade. Trata-se de um túnel obliquo com cerca de 2-4 cm de comprimento, com aberturas ou anéis inguinais superior e profundo. Anéis/Ânulos: o anel superficial, ele é constituído por dois pilares, o lateral e o medial. Já o anel inguinal profundo é interno e estão localizados lateralmente em relação aos vasos epigástricos inferiores. Limites do Canal Parede Anterior: Formada pela aponeurose do oblíquo externo, sendo que lateralmente é reforçada pela aponeurose do oblíquo interno. Parede Posterior: Formada pela fáscia transversal, sendo que na porção medial é reforçada por fibras do oblíquo interno e do transverso do abdome, que se fundem, formando um tendão comum, a foice inguinal. Assoalho: Os ligamentos Inguinal e Lacunar Teto: Fibras musculares arqueadas do M. Oblíquo Interno, e às vezes do M. Transverso. Canal Inguinal Masculino Conceito: Contém no homem o funículo ou cordão espermático. Embriologia: No homem, esse canal dá passagem na fase intrauterina aos testículos, que descem do abdome em direção à bolsa escrotal. A medida que os testículos vão atravessando a parede abdominal, a cada barreira muscular que encontram recebem uma nova camada de revestimento Fascial.Fáscia espermática interna, derivada da fáscia transversal. Fáscia cremastérica e M. Cremáster, derivados do M. Oblíquo Interno. Fáscia Espermática Externa: derivada do M. Oblíquo Externo. Conteúdo do funículo espermático: Nervo Ilioinguinal: que se situa entre as fáscias espermática externa e cremastérica. Dão ramos escrotais anteriores. Artéria Cremastérica: Situada na intimidade do músculo cremáster. É ramo da artéria epigástrica inferior. Plexo Venoso Posterior: Que faz parte do plexo pampiniforme e sobe mais posteriormente no funículo, indo desemboca na veia epigástrica inferior. Ramo genital do N. Genitofemoral: inerva o M. Cremáster e dá ramos escrotais anteriores. Ducto deferente: canal fibromuscular, iniciado na cauda do epidídimo e que tem como função transportar os espermatozoides até a uretra prostática, local de onde serão lançados para o exterior. Artéria Deferencial: que nutre o ducto e costuma ser ramo da porção permeável da artéria umbilical. Veias Deferenciais: que fazem parte do plexo pampiniforme, constituindo o chamado grupo média de veias do testículo. Desembocam em veias no interior da pelve. Artéria Testicular: Ramo Gonadal da aorta e irriga o testículo. Observação: Há uma tripla anastomose entre as artérias cremastérica, testicular e Deferencial. Plexo Pampiniforme: É formado pelos plexos venosos anterior, posterior e Deferencial. Estas veias anatomizam-se livremente e constituem-se no maior conteúdo do funículo espermático. Ligamento Peritônio-Vaginal ou Ligamento de Cloquet: é um remanescente do antigo conduto peritônio-vaginal. Antes do nascimento, este conduto deverá estar fechado, com exceção da sua porção mais inferior que formará a túnica vaginal do testículo. No adulto, o conduto se torna uma estrutura fibrosa, situada centralmente no funículo. Músculo Cremáster Características: é formado por fascículos musculares frouxamente unidos. Na mulher está ausente, ou só se apresenta como resquícios de tecido conjuntivo. Origem: das fibras caudais do músculo oblíquo interno. Inserção: acompanha o funículo espermático até o testículo Inervação: ramo genital do nervo Genitofemoral Ação: elevação do testículo e do epidídimo para uma posição mais alta dentro da bolsa escrotal aproxima-os do corpo, estimulado pelo frio. Canal Inguinal Feminino É mais estreito que o canal masculino Conteúdo que passa no Canal Ligamento Redondo do Útero: é um cordão fibromuscular liso e estreito que vai da borda lateral do útero à tela subcutânea dos lábios maiores da vulva. Tem função de manter o útero em posição antevertida. Nervo Ilioinguinal Artéria Cremastérica: que é de menor calibre que a masculina. Veias Cremastéricas Ligamento Peritônio-Vaginal: que quando permeável é denominado na mulher, Canal de Nuck. Ramo Genital do N. Genitofemoral Linfonodo e Gordura Hérnia Inguinais Conceito: é uma protrusão de qualquer estrutura anatômica através de um orifício. As hérnias mais frequentes ocorrem na parede abdominal. Aumentos da pressão intra-abdominal tendem a forçar uma víscera (gordura ou omento) a atravessar qualquer ponto fraco que exista na parede abdominal, produzindo assim uma hérnia. Hérnia do Ventre: Umbilical, mediana e lateral – resulta geralmente do fechamento incompleto da parede abdominal ou defeitos na linha Alba. Hérnia Inguinais: Protrusão geralmente de uma alça intestinal ou omento maior. Obs: As hérnias inguinais são as hérnias mais comuns, sendo de maior frequência em homens. Hérnia Inguinal Indireta Nesta, a penetração da estrutura se dá pelo ânulo inguinal profundo, lateralmente à artéria epigástrica inferior. Ocorre principalmente devido à persistência do conduto peritônio-vaginal. A estrutura herniada está revestida pelas mesmas camadas do funículo espermático. É mais comum sendo de maior frequência (75%) em homens, em jovens e no lado direito. Também denominada de hérnia inguinal oblíqua. Hérnia Inguinal Direta Neste tipo de hérnia, a penetração da estrutura se dá através da parede posterior do canal e medialmente à artéria epigástrica inferior. É chamada de direta por penetrar diretamente a parede. Ocorre principalmente devido uma fraqueza constitucional desta parede. A estrutura herniada está revestida apenas pelo peritônio. Face Interna da Parede Ântero-Lateral Apresenta cinco pregas peritoneais umbilicais que seguem em direção ao umbigo. 1 Prega Umbilical Mediana: estende-se do ápice da bexiga até o umbigo, cobrindo o ligamento umbilical mediano (remanescente do úraco). 2 Pregas Umbilicais Medias: Laterais à prega umbilical mediana, cobrem os ligamentos umbilicais mediais formados pelas artérias umbilicais obliteradas. 2 Pregas Umbilicais Laterais: mais laterais, recobrem os vasos epigástricos inferiores. Estas pregas, quando seccionadas, sangram. As depressões laterais das pregas umbilicais são fossas peritoneais e cada uma é um local possível de hérnias. Fossa Supra vesical: entre as pregas umbilicais mediana e mediais, são formadas pela reflexão do peritônio da parede anterior sobre a bexiga. Fossa Inguinais Mediais: ocorrem entre as pregas umbilicais medial e laterais formam os Trígonos inguinais (Hesselbach), local das hérnias inguinais diretas (que são pouco comum). Fossa Inguinais Laterais: Laterais às pregas umbilicais laterais, essa região contém os anéis inguinais profundos, onde ocorrem as hérnias inguinais indiretas. Parede Abdominal Posterior É a parte mais posterior do abdome. O Seu limite com a parede abdominal Ântero-Lateral é dado pela borda lateral do músculo quadrado lombar. Além dos músculos Iliopsoas e quadrado lombar é formado por 5 vértebras lombares. Músculos Iliopsoas Característica: Apresenta duas porções, uma medial o psoas maior e outra lateral o músculo ilíaco. Origem: Ilíaco (Fossa Ilíaca do osso do quadril) e Psoas Maior (Discos Intervertebrais e margens adjacentes das vértebras lombares) Inserção: Trocânter menor do fêmur. Inervação: Ilíaco (Nervo Femoral) e Psoas Maior (Ramos do plexo lombar) Ação: É o principal flexor da coxa, flexiona o tronco na posição supina. Quadrado Lombar Característica: É um músculo quadrilátero, situado lateralmente ao M. Psoas Maior. Sua parte mais medial situa-se posteriormente ao psoas. Origem: Porção mais posterior do lábio interno da crista ilíaca. Inserção: Nos processos transversos das vértebras lombares e na última costela. Inervação: Nervo Subcostal e Ramos do Plexo Lombar. Ação: Fixa a última costela, agindo talvez, como músculo inspiratório, pois facilita a ação do diafragma. Flexiona o tronco lateralmente. Vasos da Parede Abdominal Drenagem Linfática Vasos Linfáticos Superficiais Vasos Linfáticos Profundos Linfonodos Axilares Linfonodos Ilíacos Externos Linfonodos Paraesternais Linfonodos Ilíacos Comuns Linfonodos Inguinais Superficiais Linfonodos Aórticos e Cavais. Drenagem Venosa Veias Profundas Veias Superficiais (Tela Subcutânea) Veia Musculofrênicas – Hipocôndrios Veias Epigástrica Superficial (V. Femoral). Veias Epigástricas Superiores- Epigástrico e Umbilical Veias Circunflexa Superficial Ílio (V. Femoral). Veia Intercostal Posterior (11°) e Veia Subcostal – Lateral Veias Paraumbilicais (V. Porta do Fígado). Veia Epigástrica Inferior – Epigástrico e Umbilical Veia Toracoepigátrica (V. Axilar). Veia Circunflexa Profunda do Ílio – Inguinal Irrigação Arterial Artérias Superficiais Artérias Profundas A. Epigástrica Superficial – Hipogástrico e Umbilical. A. Musculofrênicas- Hipocôndrios A. Circunflexa Superficial do ílio- Inguinal. Ramos Intercostais anteriores A. Epigástrica Superior – Epigástrico e Umbilical. A. Intercostal Posterior (11 °) e A. Subcostal – Laterais. A. Epigástrica Inferior – Hipogástrio e Umbilical. A. Circunflexa Profunda do Ílio – Inguinal. Inervação Nervos Local de Inervação NervoToracoabdominal: Nervo Intercostais de VII a XI. Correm entre o músculo transverso e oblíquo interno do abdome, e alcançam o músculo reto do abdome. Nervo Subcostal Inerva músculo piramidal. Nervo Íleo Hipogástrico Inerva pele da região lateral da nadega e fornece ramos que recorre entre o músculo oblíquo externo e interno para inervar a pele da região púbica Nervo Íleo Inguinal Decorre atrás do quadrado lombar, acompanha o funículo espermático atrás do canal inguinal. Acadêmica: Letícia Fernanda Farias Porto Curso: Medicina Período: 2 °
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