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Estudo dos Solos - lista de exercícios

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LISTA DE EXERCÍCIOS DE SOLOS – RESPOSTAS 
1. Quais as etapas e elementos relacionados ao processo de produção dos espaços 
arquitetônicos/urbanos e como os solos e rochas se relacionam a estes? 
Para a produção dos espaços é necessário a utilização das Técnicas Construtivas, que são a integração entre 
materiais, técnicas e processos que definem os ofícios aplicados a produção dos espaços, quer sejam estes 
arquitetônicos e urbanos. As etapas relacionadas ao processo de produção do espaço são: Diagnóstico do 
meio físico – avaliar por meio presencial ou por recursos tecnológicos se o solo é ideal para a construção ou 
possui empecilhos que possa acarretar futuras patologias. Sendo através deste possível especificar o tipo de 
fundação específica para cada caso. Elementos de fundação/assentamento – as rochas podem ser utilizadas 
para a realização de fundações. Todavia, essas fundações devem ser feitas no horizonte C do solo, para melhor 
fixação. Elementos estruturais - os elementos estruturais (lajes, vigas, pilares e fundações), compõe a estrutura 
da edificação, que podem ser produzidos a partir de maciços rochosos e britagem. Os elementos divisórios e 
de vedação - a placa da rocha aplicada como divisória (ardósia, granito) ou o solo fino empregado na 
fabricação de tijolos cerâmicos. Elementos de cobertura - utilização do solo fino para fabricação de telhas 
cerâmicas, telhado verde que conta com o uso das britas no sistema de drenagem e telhas de ardósia; 
Elementos de circulação, que podem ser estradas e ruas, feitas com rochas brutas ou britadas e solos, como 
estradas sem pavimentação, assentadas e/ou compensadas, Elementos de aperfeiçoamento: conforto, 
proteção e conservação, como a argila usada em técnica de construção em terra crua para o conforto térmico 
em ambientes de alta temperatura, utilização de rochas para acabamento (ex. rodapé, bancadas). 
Os solos e as rochas se relacionam nesse contexto de acordo com sua conformação e especificidade. O solo se 
configura como um importante recurso natural, tendo uma notável importância para a construção, já que é 
necessário avaliar sua resistência e drenabilidade, pensada mais no contexto urbano, para a construção, além 
do tipo de solo e qual edificação será construída nele. Já as rochas que podem ser sedimentares, metamórficas 
e magmáticas que de acordo com sua conformação, podem ser utilizadas como ornamentação, acabamento e 
até mesmo estrutura em si na obra, entres outros. Ademais é necessário pensar no tipo de rocha e solo que se 
encontra no arranjo topográfico e que tenha capacidade de suportar tal construção. 
 
2. O que são os solos? Quais os tipos de solo naturais e como suas características se 
relacionam a produção do espaço arquitetônico/urbano? Cite exemplos de aplicação destes 
como material de construção. 
O solo é a camada superficial da crosta terrestre, um material poroso, que contém grãos/partículas sólidas, 
líquido (água) e gás (ar). A definição do tipo de solo permite estimar parâmetros e serve como guia caso a 
importância do problema demande investigação mais aprofundada. Permite prever o comportamento de 
maneira geral e não pontual. 
Os solos naturais são o resultado do intemperismo físico e/ou químico e de acordo com a sua granulação 
podemos defini-los em granulares que são o pedregulho, areia e os finos, que são o silte e argila. 
No contexto da arquitetura e do urbanismo, o solo pode influenciar diretamente na conformação topográfica, 
já que um solo saturado pode causar danos e rupturas no terreno. Pode ser usado também para fins 
econômicos e construtivos, como suporte de infra- estrutura (vias de comunicação, edifícios); fonte de 
matérias-prima (cascalho, areia, argilas, minerais, tufa). 
Para falar sobre o uso do solo na construção civil é necessário diferenciar que com certa frequência é 
chamado, em arquitetura, terra crua daquilo que é denominado terra cozida (terracota). Em ambos os casos, 
estamos falando em elementos construtivos cujo material básico é o solo, só que quando falamos em terra 
crua estamos nos referindo a elementos construtivos elaborados com solo não submetido a processo de 
transformação pelo fogo. Assim sendo, construções ditas em terra crua são aquelas em que o solo é utilizado 
de maneira que adquira consistência sem que haja a queima. 
Se o material fosse queimado, teríamos a terra cozida ou terracota (material cerâmico), o que requer como 
matéria-prima uma argila arenosa rica em componentes sílico-aluminosos, que serão transformados com a 
queima. Neste texto, entretanto, vamos nos deter apenas no que diz respeito a construções feitas usando solo 
não submetido a processo de queima. 
O solo natural pode ser utilizado na fabricação de telhas, de tijolos e, no caso da areia e argila, 
respectivamente, como agregado e aglomerantes em argamassas. 
 
 
3. O que são solos artificiais? Cite algumas origens e aplicações. 
Possuem algum tipo de mistura de solos naturais e/ou passam por britagem, dessa forma são os que não são 
resultados de intemperismo físico ou químico e sim produzidos conforme a necessidade do homem. 
 
4. O que são rochas, como elas se formam e como são utilizadas na arquitetura e relevantes 
ao urbanismo? 
Rochas são agregados naturais formados por um ou mais minerais e/ou restos orgânicos, que compõe a 
crosta terrestre. Dependendo do tipo de rocha, ela possui uma formação diferente. 
As rochas terrestres não constituem massas estáticas. Elas fazem parte de um planeta cheio de dinâmica 
(variações de temperatura e pressão, abalos sísmicos e movimentos tectônicos). Da mesma forma, as 
atividades de intemperismo causam constantes alterações sobre as rochas. 
As rochas ígneas superficiais da Terra (A) sofrem constante intemperismo, e lentamente reduzem-se em 
fragmentos (B), incluindo tanto os detritos sólidos da rocha original como os novos minerais formados durante 
o intemperismo. Os agentes de transporte redistribuem o material fragmentado sobre a superfície, 
depositando-o como sedimentos, que se transformam em rochas sedimentares (C). Estas, por aumento de 
pressão e temperatura geram as rochas metamórficas (D). Aumentando a pressão e a temperatura até 
determinado ponto, ocorrerá fusão parcial e novamente a 
possibilidade de formação de uma nova rocha ígnea (E), dando-
se início a um novo ciclo. 
As rochas podem ser: 
Rochas Magmáticas: são provenientes diretamente do magma, 
podem se formar de duas formas: (A) a grandes profundidades 
sob elevadas pressões e temperaturas. Nestas, os minerais são 
relativamente grandes, pois tiveram mais tempo para 
formarem-se e são chamadas rochas plutônicas e/ou intrusivas; 
e (B) as de superfície, formadas a grandes temperaturas, mas 
sob baixa pressão. Seus minerais apresentam tamanho reduzido 
pelo resfriamento rápido e são denominadas rochas vulcânicas 
e/ou extrusivas. 
Rochas Sedimentares: são formadas pela desagregação de 
outras rochas, estes sedimentos sofrem compactação e 
cimentação, transformando-se, assim, em rocha novamente. 
Rochas Metamórficas: originam-se pela transformação de 
outras rochas (vulcânicas, plutônicas ou sedimentares) sob variadas condições de temperatura, de pressão e de 
fluidos (água). 
Na arquitetura e no urbanismo, as rochas podem ser usadas como revestimento, ornamentação. Entretanto, 
devem ser observadas para uma correta especificação, uso e conservação adequada das rochas no âmbito da 
construção civil. 
Rochas Ornamentais são rochas que possuem determinadas propriedades para serem utilizadas como material 
para revestimento em diversas aplicações: pisos, paredes, bancadas, pias, balcões, mesas, etc. 
Os principais tipos de rochas utilizados como ornamentais são mármores (rochasmetamórficas) e granitos 
(rocha plutônica), quartzitos, ardósias (rochas metamórficas de origem sedimentar), basaltos (rocha vulcânica) 
e conglomerados (rochas sedimentares) e pedras naturais (geralmente utilizadas em placas e ou lajotas não 
polidas, como: ardósias, arenitos, calcários, gnaisses milonitizados e quartzitos foliados e utilizados in natura). 
 
Na arquitetura além da utilização como rochas ornamentais, elas também podem ser usadas como materiais 
de construção e revestimento. No urbanismo as rochas estão mais ligadas ao desenho da cidade, as paisagens 
e suas implantações. Também é válido ressaltar que os projetistas urbanos devem levar em consideração a 
qualidade do maciço rochoso e quais são os cuidados que devem ser tomados ao especificar uma ocupação. 
 
5. Cite exemplos de aplicação e alguns critérios de seleção de solos finos e solos granulares. 
Exemplos de solos são: finos e granulares. A aplicação de solos finos na construção civil se dá por meio de 
terra de cobertura, terra de enchimento, terra cortada, taipa de pilão, piso em terra batida, terra empilhada, 
adobe, pau-a-pique, argamassas e rebocos de terra e tintas de terra. Essas técnicas são vernaculares e são 
divididas em construções com terra, de terra e em terra. O uso desses materiais não implica o uso da queima e 
por isso tem um menor impacto ambiental. Os solos granulares são aqueles que são compostos de pedra, 
pedregulhos, cascalhos, e areias, ou seja, grãos grandes e grossos. Os usos na construção são variados, como a 
brita na fabricação de concreto, em sistemas de drenagem, lastro ferroviário, base e sub-base de vias, paver, 
muros de contenção, confecção de asfalto, terraplenagem e paisagismo. Já a areia é mais usada em rebocos e 
chapiscos, e as escolhas tem a ver com a granulação do solo e seu comportamento. 
Partículas são argila e silte. Grãos são areias e pedras 
 
 
6. Como a revolução tecnológica teve efeito sobre a aplicação de rochas na construção civil, 
como material de construção, revestimento ou ornamento? 
No final do século XIX e início do século XX , o surgimento das construções metálicas e o progresso da 
tecnologia do concreto restringiram sua utilização devido ao seu alto custo em relação aos outros materiais. 
Porém, tempos depois, seu uso foi retomado, proporcionando uma nova concepção estética, de qualidade 
mais duradoura e elevando o status da construção. 
Os avanços tecnológicos também permitiram a aplicação e disseminação de inúmeras rochas anteriormente 
não comercializadas, enquanto os novos usos propiciaram alternativas estéticas e funcionais muito 
interessantes e viáveis na construção civil. 
Nesse contexto passou a ser possível extrair, cortar, beneficiar e tratar novas rochas e assim os seus usos e 
aplicações tiveram significativo aumento. Bancadas, pisos e fachadas ganharam rochas mais preparadas para 
receber os usos do dia a dia. Além disso rochas que antes não eram extraídas passaram a ser com o uso da 
tecnologia. 
 
7. Como os limites de consistência podem ser aplicados por um arquiteto responsável por 
uma obra de restauro que faz uso de solos finos em seus elementos de fechamento e 
vedação? 
Com os limites de consistência é possível entender quando o material apresenta estado líquido ou sólido. No 
caso de obras de restauro, tem-se como exemplo a argila muito usada em tijolos de adobe, por isso, o 
arquiteto responsável precisa aplicar os índices dos limites de consistência, pois nesse caso, que é um material 
plástico, tem que apresentar, propriedades sólidas e que atendam as demandas do fechamento e vedação. 
(Analisar índice de atividade da argila) Quando a argila seca, ela contrai. Quando ela molha, ela expande. Por 
isso, tem que se atentar ao modo que ela é aplicada em uma construção, sendo que ultimamente, ela não é 
recomendava como aglomerante. 
 
8. É adequado fazer a utilização de rochas como elementos de cobertura? Quais características devem 
ser observadas e como estas interferem sobre a qualidade final da edificação. 
Sim. Deve-se observar a qualidade da rocha e a conformação geológica dela para a região climática 
empregada, já que isso varia muito conforme o local que está inserida. Elas podem se expandir ou contrair e 
dependendo do modo como foi empregada, pode acarretar em patologias na construção. 
Exemplo é a ardósia, que é rocha de granulação extremamente fina e possuem uma propriedade notável, 
conhecida como clivagem ardosiana, que lhes permite o desdobramento em lâminas delgadas e largas. A cor 
das ardósias vai, comumente, de cinza a preta, mas pode ser verde, amarela, castanha e vermelha. Resultam, 
usualmente, do metamorfismo regional dinamotermal de folhelhos (os folhelhos sofrem pressão muito grande 
e aumento da temperatura com pressões dirigidas). A clivagem ardosiana característica pode ser, ou não, 
paralela aos planos de estratificação dos folhelhos originais. Os principais minerais são o quartzo, clorita e 
sericita, mas devido à granulação muito fina, não são visíveis a olho nu. As ardósias vermelhas são ricas em 
hematita. Devido à boa divisibilidade apresentada por estas rochas, de modo a formar grandes placas, são 
usadas para lousas ou para telhados. Ela é bem empregada em telhados em certas regiões do hemisfério 
norte. Mas se for empregada no Brasil, com um fator climático totalmente diferente, já pode acarretar danos. 
 
9. Cite alguns índices físicos dos solos e como estes podem ser utilizados como elementos de 
seleção de jazidas. 
Alguns índices físicos do solos são: teor de umidade, grau de saturação, porosidade, índices vazios, 
compacidade relativa e peso específico. O estudo preliminar desses índices permite pronta avaliação de sua 
aplicabilidade e finalidade proposta. Tem como objetivo avaliação preliminar da qualidade dos solos e 
hierarquização dos solos segundo as propriedades para determinada finalidade e antecipa o comportamento 
dos mesmos diante de diversas condicionantes. Tendo isso em vista ao criar cortes e aterros é necessário 
avaliar segundo os índices físicos qual é o melhor solo para cada movimentação de terra, por exemplo, um 
solo pode ser ideal para aterro de um terreno, mas pode estar muito úmido e por isso essa terra teria que ser 
descartada. 
 
10. Quais as características dos grãos de areias e das partículas de argilas e como estas 
características interferem em seu comportamento? 
Os grãos de areia formam uma estrutura não coesiva. Já as argilas pela geometria de suas partículas formam 
uma estrutura coesiva. 
Os grãos de areia podem ser arredondados ou angulares. Os angulares tem maior embricamento e por isso 
são mais utilizados para produzir concreto, por exemplo porque elas aumentam o atrito das partículas e 
diminuem os contatos com intempéries e assim a resistência de mantem. 
As partículas de argila tem geometria laminar e por isso o atrito é maior e as estruturas tornam-se mais 
coesivas. Isso, por exemplo, reflete no comportamento impermeável da argila. 
 
11. Quais os tipos e como o intemperismo origina os solos? 
Intemperismo é o conjunto de transformações de origem física (desagregação) ou química (decomposição). Os 
fatores que controlam a ação do intemperismo são o clima, como por exemplo, a variação sazonal da chuva e 
da temperatura, a topografia, como o relevo, este último influindo no regime de infiltração e drenagem das 
águas, o tipo de rocha e a vegetação. Os produtos do intemperismo, rocha alterada e solo, estão sujeitos aos 
processos de erosão, transporte e sedimentação. As áreas mais altas, que passaram por soerguimento, sofrem 
ação do intemperismo, onde partículas (sedimentos) produzidas pelo desgaste das rochas são transportadas 
para as áreas mais baixas. Assimas partículas formadas na área-fonte (onde os sedimentos se formaram) são 
removidas e acomodadas em outra região mais baixa (deposição). Esse processo é chamado de erosão, 
quando as partículas são afastadas do seu local de origem. Os agentes de transporte (água, ar, gelo) irão 
mover essas partículas para uma região de acúmulo de sedimentos, em que na medida em que novos 
sedimentos acumulem, as mais antigas começam a ser soterrada. 
Os dois tipos de intemperismo juntos resultam em alteração de massas e resultam em blocos ou solos. 
 
 
 
12. Por que as areias utilizadas como agregados de construção precisam ser peneiradas e 
lavadas? Como as diferentes granulometrias da areia se associam aos usos? E por que areia 
de praia é descartada como material de construção? 
Precisam ser peneiradas para que as frações mais grossas (cascalho, pelotas, concreções) e eventuais sujeiras 
(matéria orgânica, folhas, troncos) e por uma simples lavagem para retirada de argila. A areia fina é de grãos 
compreendidos entre 0,06 mm e 0,2 mm. É apropriada para rebocos em geral, utilizada na fabricação de 
concretos, misturada nas argamassas de bases e para compor as areias grossas ou médias. A areia grossa é 
entre 0,2 mm e 0,6mm. Muito utilizadas para áreas de lazer (praias artificiais, campos de futebol e vôlei de 
praia), sistemas de drenagem, base e sub-base de vias. A areia grossa é entre 0,6 mm e 2,0 mm. É ideal para a 
mistura massa do cimento e é usada para fazer concreto em geral e com areia média pode ser usada em 
chapisco para paredes externas. O principal problema da areia de praia é a presença de sais e CaCO3. Estes 
sais podem aumentar o risco de corrosão da ferrugem dentro do concreto, alterando durabilidade, elasticidade 
e o tempo de pega e endurecimento. 
 
13. Para que serve o ensaio de granulometria dos solos? Dê exemplos de aplicação. 
O ensaio de granulometria é utilizado para determinar a distribuição granulométrica do solo, ou seja, a 
porcentagem em peso que cada faixa especificada de tamanho de grãos, representa na massa seca total 
utilizada para o ensaio. Assim é possível saber qual solo usar para cada situação, pois com o ensaio é possível 
saber qual é a classificação do solo (pedregulho, areia, silte ou argila) e como ele se comporta. Os ensaios são 
feitos da seguinte forma: peneiramento para solos granulares e sedimentação para solos finos. 
 
14. Discorra sobre o solo laterítico e como ele pode ser utilizado em projetos arquitetônicos? 
Solos lateríticos são solos intemperizados que são encontrados principalmente nas regiões tropicais do 
mundo. Os minerais encontrados nesses solos são muitas vezes umedecidos, e ricos em óxidos de alumínio 
e de ferro. Devido ao óxido de ferro o solo é geralmente vermelho. Esse tipo de solo tem origem na lixiviação 
das rochas e é rico em óxidos de alumínio e de ferro. Geralmente tem estrutura porosa e pode atingir grandes 
espessuras. É um solo mais fino e de fácil de compactação. O solo laterítico tem algumas aplicações, como 
por exemplo em muros de canga, pavimentações (pela boa compactação), tijolos de adobe e tijolos 
recortados. 
 
15. Classifique o solo abaixo segundo seus limites de consistência. 
 
Limites de consistência = Argila 
LL= 28,35 
LP= 21,85 
IP= LL - LP 
IP= 28,35 - 21,85 
IP= 6,5 
 
 
Puxando na Tabela o Limite de Liquidez (LL) e o Índice de Plasticidade (IP) tem-se que o solo em questão pode 
ser caracterizado como ML - Siltes orgânicos e argilas siltosas de baixa plasticidade. Para determinar qual é 
o solo exatamente, dentre esses que se enquadram em ML, é necessário um ensaio de caracterização do solo. 
16. Quais as principais características das rochas que condicionam seu afloramento no contexto urbano? 
É preciso se considerar características das rochas como resistência, porosidade, permeabilidade, estrutura e 
possíveis fraturas. No contexto urbano é preciso avaliar tais características pois dependendo de como a rocha 
está, o local se torna uma área de risco. Assim, é possível avaliar se o local deve ou não ser ocupado, e se 
apresenta algum perigo de romper ou deslizar. 
17. Quais as características dos solos que condicionam sua adequabilidade no contexto arquitetônico e 
urbano: 
a) Argilosos. 
São conhecidos pela grande impermeabilidade, ruas, cores vivas e pelos grãos microscópicos. A argila é usada 
há milhares de anos, como argamassa de revestimento e na preparação de tijolos. Esse solo não é bom para 
construção de estradas, uma vez que em época de chuvas ela se torna barrenta e na seca fica muito duro. 
b) Siltosos. 
Possui propriedades semelhantes ao solo argiloso, porém não é tão eficiente, pois possui plasticidade quando 
molhado. Esse tipo de terreno não possui estabilidade prolongada quando ocorre cortes, podendo assim, 
ocorrer erosão e desagregação natural. Para estradas não é muito bom, pois na chuva forma barro e na seca 
forma poeira. 
c) Arenosos. 
Os solos arenosos possuem a areia como material predominante. Pode ter grãos finos, médios e grossos e 
todos são vistos a olho nú. Esse solo é extremamente permeável, dificultando as construções desse meio, já 
que depois de molhado ele poderá sofrer recalque. Esse tipo de solo é ótimo para as construções de estradas, 
uma vez que não atola em época de chuva e não formam poeira na seca. 
d) Pedregulhosos. 
Os pedregulhos, por terem maior granulometria são usados como brita na fabricação de concretos, lajes 
estruturas de ferragem, drenagem e é usado também no paisagismo. 
 
18. O que é para que serve uma classificação pedológica? Qual horizonte de solo precisa ser 
removido para construção e qual horizonte é geralmente mais adequado ao assentamento 
de fundações rasas? 
O ponto de partida para uma análise pedológica é o estudo e o exame do perfil do solo em seu meio natural. 
Através de aberturas de trincheiras, deve-se descrever completamente o solo, levando em consideração 
características como transição, profundidade e espessura dos horizontes e camadas, cor, textura, raízes e 
classes de reação do solo. Após coleta de diversas amostras, os solos são elencados em vários níveis 
categóricos de acordo com suas características. O propósito da pedologia é dar suporte a áreas da ciência 
como agronomia, geografia, geologia, ciências ambientais. O horizonte que precisa ser removido é o O, 
horizonte orgânico de solos minerais, pois matéria orgânica decompõe e assim, causa deformação. Já o 
horizonte mais adequado para assentamento de fundações é o C, horizonte de solo residual, material 
inconsolidado de rocha alterada presumivelmente semelhante ao que deu origem ao solo. 
19. Como a classificação genética denomina os tipos de solos e quais características podem ser 
atribuídas a estes? Qual a relevância para o contexto arquitetônico e urbano? 
A classificação genética denomina os tipos de solo como superficial ou orgânico, alterado ou residual e 
transportado. Os solos orgânicos são aqueles cuja formação ocorre pela impregnação de matéria orgânica em 
sedimentos preexistentes ou pela transformação carbonífera de materiais. 
Os solos residuais são provenientes do processo de intemperismo e possuem granulometria crescente. Eles 
podem ser formados a partir de todo tipo de rocha e sua composição mineralógica e sua cor dependem da 
rocha original que lhe deu origem.Os solos transportados são aqueles levados de um lugar para o outro por 
meio de agentes transportadores. Tais agentes podem ser: a gravidade (solo coluvionar), a água (solo 
aluvionar), o vento (eólico), o homem e o gelo (drifts). O solo aluvionar é aquele formado pelo depósito de 
materiais sólidos que são transportados e arrastados pelas águas, geralmente são solos mais granulares. Eles 
podem serfluviais, lacustres, deltaicos ou formados por enxurradas. O solo coluvionar é aquele cujo transporte 
se deve exclusivamente à ação da gravidade, que pode gerar uma mistura de solos de diferentes características 
visto que diferentes solos podem ser carregados para o mesmo lugar. 
A relevância para o contexto arquitetônico e urbano é que a partir da classificação genética pode se antecipar 
o comportamento dos solos diante das condicionantes do campo e principalmente pode se obter a avaliação 
preliminar da qualidade dos solos no que diz respeito a ao processo de transporte, acumulação e deposição 
de seus materiais formadores. 
 
20. Como a graduação dos solos interfere em suas condições de resistência e permeabilidade? 
Qual a relevância para o contexto arquitetônico e urbano? 
Os solos são divididos em bem graduados, graduação uniforme e graduação aberta. Solos bem graduados 
apresentam uma distribuição proporcional do tamanho das partículas.. Assim, quando submetidos a 
compactação os grãos menores preenchem os vazios formados pelos grãos maiores e portanto podem atingir 
massas específicas muito altas e consequentemente elevadas resistências e baixa permeabilidade. Contudo, 
vale salientar que no processo de compactação é adicionado água, logo chega um momento que o solo 
adquire a quantidade “ideal de água” e se a adição de água não cessar ele irá se saturar, o que gera maior 
permeabilidade no mesmo e a resistência do conjunto começa a diminuir, o que pode ser observado no 
gráfico abaixo. São bastante utilizados para construção de aterros devido as suas características. 
 
 
O solo de graduação uniforme quando submetidos a compactação apresentam alguns vazios devido a 
uniformidade dos grãos e isso faz com que esses solos sejam mais permeáveis e adquiram valores de 
resistência menor se comparados aos solos bem 
graduados ou de graduação aberta. São bastante 
utilizados como agregados na construção civil, em obras 
que necessitem de solo com graduação específica 
(Britas, areias, BGS graduada) e em sistemas de 
drenagem. A graduação aberta é mais parecida com a 
bem graduada, pois esse solo compactado vai 
apresentar menos vazios também. Ou seja, é um solo 
menos permeável e mais resistente. No contexto 
arquitetônico e urbano fica claro que se o terreno tiver 
solo de graduação aberta ou for bem graduado, de 
maneira geral, é melhor para construção, pois é um solo 
que quando submetido a correta compactação adquire 
maior resistência e menor permeabilidade. 
 
21. Quais solos podem ser expansivos? E como as características dos solos expansivos interferem sobre 
elementos arquitetônicos e urbanos? 
Solos expansivos são solos coesivos que aumentam de volume quando umedecidos e se contraem quando 
ressecam. Isso é acentuado em solos com alto índice de atividade (Solos ativos). Solos que podem ser 
expansivos são: Solos não saturados, solos com presença de argilo-minerais expansivos e solos derivados 
de rochas ígneas (basaltos, diabásios e gabros) e rochas sedimentares (folhelhos e calcários). Na arquitetura, 
a utilização de solos argilosos implica a possibilidade de contração e expansão do material, o que pode vir a 
gerar algumas patologias como trincas, que além de causar um incômodo visual uma vez que atrapalham na 
estética do conjunto pode, em casos extremos, fragilizar a estrutura da edificação. Já no urbanismo, é preciso 
avaliar em que solo se pretende construir, pois solos expansivos causam deformação também na estrutura. 
22. Quais as características de permeabilidade dos solos e como estas interferem nas condições de 
aplicação e adequação de usos destes materiais em projetos arquitetônicos? 
Solos arenosos são mais permeáveis e solos argilosos são menos permeáveis por conta da geometria de seus 
grãos e partículas. Os grãos de areia arredondados ou angulares formam uma estrutura não coesiva, e por isso 
a permeabilidade destes solos é bem grande. Já a argila com suas partículas laminares formam estruturas 
coesivas que não deixam a água passar, ou seja, são impermeáveis. Tendo isso em vista, as areias por terem 
essas características de permeabilidade são mais usadas como agregado na fabricação de concretos, rebocos, 
chapiscos e sistemas de drenagem por exemplo. Já a argila por ser pouco permeável pode ser usada na 
fabricação de elementos de vedação por exemplo. 
23. O déficit e o excesso de água alteram o comportamento dos solos. Qual destes cenários é mais 
crítico para o assento urbano ou arquitetônico e por quê? 
O excesso de água é mais prejudicial para o solo, pois se tem excesso de água o solo está saturado. Não se 
pode construir em um solo saturado, pois se o solo for muito fino a água sairá muito lentamente e, enquanto 
isso, a velocidade da construção pode não acompanhar e ser mais rápida que a saída de água, o que 
futuramente pode ocasionar recalques na construção. Além disso, quanto maior o grau de saturação maior o 
peso que o solo tem de suportar, o que pode gerar uma sobrecarga no terreno e também ocasionar futuras 
patologias ao conjunto. 
 
(Assim sendo, pode-se comparar o solo a uma esponja, quando o solo está saturado e for comprimido com o 
peso da construção, ele irá se deformar e pode deformar a edificação.) 
 
24. Cite ensaios de campo que podem ser realizados para caracterização de perfis de solo e quais 
informações podem ser obtidas a partir destes? 
Alguns ensaios de campo que podem ser realizados para caracterização de perfis de solo são SPT e CPT. O 
objetivo do ensaio SPT é investigar o subsolo, determinar indiretamente a capacidade de suporte dos solos, 
conhecer a resposta do solo à aplicação de carga em diversas profundidades bem como averiguar a presença 
e a profundidade do lençol freático no terreno. O teste consiste em cravar um amostrador no solo por meio do 
impacto de um martelo de ferro, sendo que índice SPT é o número total de golpes que será dado para 
penetrar o amostrador nos 30cm finais. A cada metro avançado são recolhidas amostras do solo, que 
complementarão a análise podendo-se a partir delas, definir sua composição. Já o CPT é um método de ensaio 
in situ e consiste na utilização de um equipamento hidráulico para empurrar uma ponta do cone 
instrumentado para dentro do solo por meio de várias hastes. Ele mede continuamente a resistência necessária 
para penetrar no solo a uma velocidade constante de 2cm/s. A força total que atua sobre o cone é chamada 
de resistência de cone e verifica a qualidade do solo. Este ensaio é utilizado para determinar e delinear a 
litologia do solo. As informações coletadas por meio do ensaio são utilizadas para calcular parâmetros como 
coeficiente de adensamento, capacidade de rolamento e comportamento do assentamento de uma fundação. 
Esse conjunto detalhado de cálculos nos oferece um relatório completo com as recomendações certas para 
garantir a adequação de seus projetos de fundação. 
 
 
 
 
25. O que são depósitos inconsolidados? Como identificar a presença destes? E quais características 
interferem ao contexto arquitetônico ou urbano? 
Depósitos inconsolidados são aterros feitos de maneira superficial no solo de forma que as camadas não se 
conectam entre si, também é chamado de aterro fofo (bota fora) que é lançado em uma área com ou sem 
vegetação (quando tem vegetação é pior ainda pois matéria orgânica se decompõe com o tempo e pode 
gerar recalques nas edificações e/ou erosões). Podemos identificar a presença deles por meio de sua 
geometria irregular, pois não é possível saber de onde veio esse solo, uma vez que a terra não foi retirada de 
jazidas e selecionada de forma adequada - pode ser que tenha areia, pedregulho, silte e argila misturados. 
Além disso é possível verificar se houveabatimento do terreno e processos erosivos, o que podem indicar um 
provável depósito inconsolidado. Na arquitetura e no urbanismo, é possível identificar essas interferências por 
meio de patologias na construção - como de fissura nas casas - e deslizamentos que podem ser agravados 
caso esse aterro seja lançado em um local com vegetação, uma vez que pode ocasionar processos erosivos por 
ausência de proteção superficial. 
 
26. Quais cuidados devem ser tomados para elaboração de projetos de novos assentamentos urbanos 
no que tange a avaliação do terreno? 
Dentre os principais cuidados que devem ser tomados, a prospecção e a sondagem devem ser realizadas 
primeiramente com o intuito de analisar e investigar o solo. Além disso, deve-se analisar o entorno e entender 
as características do solo no qual será realizada a construção. Por exemplo, construir no pé de uma encosta ou 
embaixo de um talude rochoso fraturado não é adequado pois gera riscos de perda patrimonial e física. 
 
27. Quais os principais problemas relativos aos assentamentos urbanos informais em áreas de risco? 
Deslizamento de encostas, por exemplo. Os assentamentos informais acarretam a consequente falta de 
segurança, vulnerabilidade e baixa qualidade de vida de seus ocupantes. Resultam não somente do padrão 
excludente dos processos de desenvolvimento, planejamento e gestão das áreas urbanas, mas também da 
natureza da ordem jurídica em vigor. 
 
28. Como a norma de estabilidade de encostas pondera o nível de segurança desejado para 
assentamentos urbanos? O que são solos colapsíveis, quais suas características, qual sua relevância em 
áreas urbanas e quais tratamentos podem ser feitos caso sejam identificados em projeto? 
A norma de estabilidade (NBR 11682) pondera o nível de segurança desejado para os assentamentos urbanos 
por meio de estudos relacionados à estabilidade de encostas e às minorações dos efeitos de sua instabilidade 
em áreas específicas, pré-definidas, objetivando definir as intervenções a serem realizadas, a elaboração de 
projetos, a execução de obras ou serviços de implantação, o acompanhamento dos mesmos e a manutenção 
de tais obras ou serviços. Além disso, tendo em vista que a área de estudo pode ser influenciada por fatores 
externos e mais abrangentes, devem ser consideradas e analisadas também tais condicionantes, antes do 
estudo específico para o local. 
Solos colapsíveis são aqueles que sofrem uma perda rápida de volume. Possuem uma estrutura muito porosa, 
índice de vazios elevado, baixo teor de umidade natural, baixo grau de saturação natural, baixa resistência a 
penetração e granulometria aberta. A utilização desse tipo de solo pode trazer consequências para áreas 
urbanas como recalques bruscos, trincas, fissuras e danos estruturais. Caso sejam identificados em projeto, 
existem alguns tratamentos que podem ser realizados como: mapeamento de sua ocorrência, controle da 
elevação do lençol freático (drenos), injeções de polímeros e argila, reforço com geosintético e a execução de 
fundações profundas. 
 
29. A sensibilidade das argilas pode ser um parâmetro para mapeamento de áreas de risco? Por 
quê? 
Sim, porque sé é uma área com presença de argilas sensíveis (quando o meio que essa argila está inserida 
sofre mudança de condições, seja aumento de ou redução de carga, ela tende a variar seu comportamento e 
ter redução de resistência) ela é propensa ao risco. 
 
 
 
30. Quais os principais métodos de investigação dos solos e como se aplicam ao contexto arquitetônico 
e urbano? Cite alguns. 
Os métodos de investigação são classificados em diretos e indiretos. Os métodos diretos são: poços e 
trincheiras, furos de sondagem e ensaios in situ. Eles tem por objetivo identificar as camadas de solo/rocha em 
termos de profundidade e constituição, obter amostras deformadas e indeformadas de solo e de rocha, 
identificar o nível freático ou corpos hídricos - que são camadas permeáveis por onde a água tem preferência 
para passar - determinar propriedades hidráulicas e mecânicas dos solos e rochas por meio de ensaios de 
permeabilidade, avaliar potenciais de risco geológico, geotécnico e hidrológico e identificar recursos minerais. 
O métodos indiretos são: o sensoriamento remoto e a geofísica. Eles tem por objetivo realizar análises 
temporais (transformações da paisagem), estudar bacias hidrográficas e índices meteorológicos, analisar a 
vegetação por meio de monitoramento de florestas e biomas, realizar um estudo geológico, oceanográfico, de 
ambientes costeiros e monitorar desastres. 
 
31. Para que servem amostras deformadas e indeformadas dos solos? 
A amostra deformada de solo é aquela retirada com a destruição ou modificação visível de suas características 
in situ, também chamada de amostra amolgada quando ocorre a fragmentação do material amostrado. O solo 
retirado pode ser utilizado na identificação táctil-visual; na preparação dos corpos de provas para ensaios de 
permeabilidade, compressibilidade e resistência ao cisalhamento; no ensaio de compactação e nos ensaios de 
classificação (Granulometria, Limites de consistência e Massa específica dos sólidos). O volume da amostra 
coletada deve ser suficiente para ser considerado representativo do local onde foi amostrado, e deve possuir 
material suficiente para execução das análises necessárias e replicatas se necessário. As amostras Indeformadas 
são aquelas extraídas com o mínimo de perturbação possível, de modo a preservar suas estruturas e condições 
de umidade, compacidade e consistência naturais. Essas amostras utilizam-se para, entre outros fins, verificar 
em laboratório a densidade (peso unitário) e a resistência do solo indeformado. O número de amostras 
indeformadas, bem como as profundidades de coleta, deverão ser determinadas pela equipe técnica que 
acompanha a obra. 
 
32. Classifique os solos segundo suas curvas granulométricas abaixo, quanto a sua textura e 
uniformidade de acordo com a escala da ABNT e descreva algumas aplicações possíveis 
para os materiais classificados. 
 
Resposta da profª. Erika 
[Avalie o material mais representativo para designar o uso. Não adianta pegar um pedregulho com argila 
por exemplo para aplicar em uma parede de adobe, concorda? 
Lembre-se que o peneiramento e a lavagem podem ser utilizados para limpar impurezas quando 
necessário, desde que estas impurezas não sejam a maior parte do material, Neste caso, se o material de 
interesse for a menor parte em uma avaliação a área de empréstimo seria descartada porque o trabalho 
para selecionar o material (tratar, peneirar, lavar, etc) não compensa. Mas em proporções úteis, por 
exemplo, uma areia suja pode ser lavada para tirar finos, um pedregulho também. 
Em quais obras utilizamos mistura de argila e areia? Em uma das aulas apresentei uma tabela de traços 
recomendados. A proporção está adequada? Precisa aumentar areia, aumentar argila, para corrigir o 
traço? Isso são hipóteses a serem levantadas em resposta a questão. O silte pode estar presente desde que 
a porcentagem não comprometa a qualidade. Nesses casos, testes de aplicação ou ensaios 
complementares podem ser executados para avaliação.] 
 
 
 
Argila= 63% ; Silte (80 - 63)= 17% e Areia (100 - 80)= 20% 
Argila Areno Siltosa 
No caso deste solo, como a maior porcentagem é de argila é possível que seja feita a separação da areia 
através do peneiramento ou lavagem, e sejam feitos testes de aplicação ou ensaios complementares de 
avaliação para garantir que a porcentagem de silte, nesse caso 17%, não comprometeria as características e/ou 
a qualidade do sistema. Assim há possibilidade dele ser aplicado para os mesmos fins que uma argila mais 
“pura” teria. Contudo, nem sempre é viávelesta separação e análise pois o custo pode se elevar, e caso esta 
seja uma jazida de material ela poderia ser descartada se houvesse a necessidade de garantir as características 
de permeabilidade e resistência da argila. Sendo constatado que a porcentagem de silte não comprometeria o 
uso, e haja viabilidade de tratar o solo (lavar, peneirar, etc) é possível fazer a aplicação deste na fabricação de 
peças cerâmicas em geral, tinta de terra, na construção de casas com técnicas vernaculares como o adobe, 
pau-a-pique, e também na confecção de argamassas de terra. 
 
Argila= 28% ; Silte (46 - 28)= 18% e Areia (100 - 46)= 54% 
Areia Argilo Siltosa 
No caso deste solo, a maior porcentagem é de areia e é possível que seja feita a separação da argila e silte 
através do peneiramento e lavagem, além disso deve-se realizar testes de aplicação ou ensaios 
complementares de avaliação para garantir que a porcentagem de silte, nesse caso 18%, não comprometeria 
as características e/ou a qualidade do sistema. Contudo, nem sempre é viável esta separação e análise, pois 
o custo pode se elevar, e caso esta seja uma jazida de material ela poderia ser descartada se houvesse a 
necessidade de características especificas deste solo. Sendo constatado que a porcentagem de silte não 
comprometeria o uso, e haja viabilidade de tratar o solo (lavar, peneirar, etc) é possível fazer a aplicação 
deste na composição de sistemas de drenagem, agregados para concreto, base e sub-base de vias e 
argamassas aéreas. 
 
 
Argila= 17% ; Silte (23 - 17)= 6% ; Areia (31 - 23)= 8% e Pedregulho (100 - 31)= 69% 
Pedregulho Argilo Siltoso com Areia 
Este solo possui uma porcentagem muito grande de pedregulho, o que quando limpo (lavado e peneirado) 
pode significar que ele possa ter os mesmos usos dos solos pedregulhosos, como na confecção de sistemas 
de drenagem, base e sub-base de vias, contenções, paisagismos, entre outros. A argila compõem a segunda 
maior parcela deste solo, e no caso de se utilizar este solo sem a limpeza, ele pode ser empregado para 
pavimentação de vias, por exemplo, que é um emprego que não necessita que este não tenha finos em sua 
composição. 
33.Avalie o boletim SPT abaixo e discorra sobre os materiais encontrados, distribuição de camadas e 
nível freático. 
É possível verificar que o solo em questão é composto por camadas intercaladas de argila e areia, além de 
contar com um nível freático situado há -8m e -22,3m. De maneira geral, essas camadas de argila e areia 
quando adensadas, em um caso de saturação, podem gerar deformações o que é agravado pela presença do 
nível freático. Contudo, no caso analisado a argila situada logo abaixo do primeiro lençol freático (de cima para 
baixo) é dura e possui alta resistência, o que foi verificado através do ensaio SPT, então, nesse caso, a 
construção neste terreno é viabilizada. Mas vale ressaltar que o nível freático é um potencial de risco e deve 
ser estudado, pois há casos que este deve ser rebaixado para viabilizar o empreendimento. 
 
 
34.Como é feita a compactação dos solos e como se dá seu controle em campo? Estabeleça parâmetros 
de controle para a curva abaixo. 
 
Parâmetros de controle para a curva acima: 
Wot = 9,1% ; W aceitável varia de ± 2%, logo W pode estar entre 7,1% e 11,1% 
GC=(γd/γdmáx) x 100 ; 95=(γd/2,05) x 100 ; logo γd pode ser no mínimo 1,9475 g/cm3 
A compactação de solos consiste no procedimento de melhorar as propriedades do solo através da redução 
dos seus vazios pela aplicação de pressão, impacto ou vibração, através de processos manuais ou 
mecânicos. Geralmente, um solo quando é transportado e aterrado está num estado relativamente fofo e 
heterogêneo e, portanto, pouco resistente e muito deformável. Os procedimentos de compactação visam 
aumentar o contato entre os grãos; reduzir o volume de vazios; aumentar a resistência; gerar um material 
mais homogêneo; reduzir a permeabilidade e a compressibilidade. 
Assim, para executar a compactação no campo deve-se seguir as seguintes etapas: Escolha da área de 
empréstimo, sendo necessário considerar o critério técnico-econômico, distância de transporte, 
características geotécnicas e relação da umidade natural com a umidade de compactação; Transporte e 
espalhamento do solo, onde a relação entre a espessura da camada solta e da camada final deve ser 
observada; Acerto da umidade, devendo colocar o solo na umidade especificada por processos de irrigação 
ou secagem e proceder a melhor homogeneização possível; Compactação, sendo necessário utilizar os 
equipamentos especificados de acordo com o tipo de solo e controlar o número de passadas necessário para 
atingir a energia de compactação desejada; Controle da umidade e o peso específico aparente seco no 
campo. 
O controle de compactação no campo se baseia na verificação do teor de umidade e do peso específico 
aparente seco. Na obra, é fixada uma faixa de variação da umidade permitida em torno da ótima (geralmente, 
wot ± 2%). Para determinar a umidade no campo pode-se utilizar três métodos: coleta de amostras 
hermeticamente fechadas e determinação da umidade em laboratório; método da frigideira; Speedy. O peso 
específico aparente seco de campo pode ser determinado através do ensaio de frasco de areia (NBR 7185). 
Com este dado é possível determinar o Grau de Compactação (GC) que para ser considerado aceitável deve 
variar entre 95% e 100%. 
 
onde: γd = peso específico aparente seco máximo de campo (kN/m3); γdmáx = peso específico aparente seco máximo 
determinado em laboratório (kN/m3). 
A compactação dos solos é geralmente representada em um gráfico da variação do peso específico aparente 
seco (γd) versus o teor de umidade (w) correspondente durante o processo de compactação. 
 
 
No ponto de inflexão da curva determinamos o teor de umidade ótimo (W ot) que representa que se um solo 
compactado com a energia do ensaio, nesse teor de umidade ele apresentará o peso específico aparente 
seco máximo. O ramo ascendente da curva de compactação (ramo seco), a água lubrifica as partículas e 
facilita o arranjo destas, ocorrendo, por esta razão, o acréscimo da massa específica aparente seca. Já no 
ramo descendente (ramo úmido), a água amortiza a compactação e a amostra passa a ter mais água que 
sólidos, levando a um decréscimo da massa específica aparente seca. 
 
35.Relacione compactação e permeabilidade dos solos na construção de aterros. 
Quanto mais se compacta um solo, menos permeável ele fica. Quando chega a um ponto de compactação 
máxima, ele coincide com o mínimo da permeabilidade. Neste ponto ele possui a quantidade de água ideal e 
a partir daí, se a compactação e adição de água persistir ele irá saturar, e em um solo saturado a 
permeabilidade aumenta e consequentemente diminui a resistência. No caso de um aterro, tem-se que o grau 
de compactação a ser atingido em campo é de, no mínimo, 95%, conforme as especificações elaboradas 
para a obra e a umidade pode ter uma variação de ±2%. Então, ao se compactar um aterro a variação de 
umidade é um importante parâmetro a ser analisado, visto que passando do ponto de umidade ótima a 
resistência irá diminuir o que pode gerar riscos ao projeto. 
 
36.Que tipos de sondagem são recomendadas para perfis que apresentam solo em superfície e rocha em 
profundidade? Quais características são obtidas destas investigações? 
A sondagem recomendada, é a mista (SPT + Sondagem Rotativa). O objetivo do ensaio SPT é investigar o 
subsolo, determinar indiretamente a capacidade de suporte dos solos, conhecer a resposta do solo à aplicação 
de carga em diversas profundidades bem como averiguar a presença e a profundidade do lençol freático no 
terreno. O teste consiste em cravar um amostrador no solo por meio do impacto de um martelo de ferro, 
sendo que índice SPT é o número total de golpes queserá dado para penetrar o amostrador nos 30cm finais. 
A cada metro avançado são recolhidas amostras do solo, que complementarão a análise podendo-se a partir 
delas, definir sua composição. A sondagem rotativa é um método de investigação em que se usa um conjunto 
moto-mecanizado para realizar a perfuração de rochas por meio de movimentos perfurantes que, unidos, têm 
a ação cortante. As amostras rochosas retiradas nesse método de sondagem são contínuas e possuem o 
formato cilíndrico. Esse tipo de sondagem é realizado para identificar o comportamento dos maciços rochosos 
existentes em determinado local, ou quando o solo se torna impenetrável à percussão (SPT). Dessa forma, 
ela é bastante eficiente quando executada em conjunto com o ensaio SPT, tornando-se uma sondagem 
mista, que é, nesse caso, a sondagem recomendada. 
 
37.Cite algumas soluções para o tratamento de aterros sobre solo mole. 
Algumas soluções para o tratamento de aterros sobre o solo mole é a drenagem vertical, a diminuição da 
carga aplicada sobre ele e uso de berma de equilíbrio. A drenagem vertical é um sistema de caixas de 
contenção de água, com drenos verticais e horizontais, para ser utilizado em locais urbanos com deficiência 
na drenagem de águas residuais, como ruas, calçadas, praças públicas, praças, prédios e condomínios. Ela 
contribui para a redução de prejuízos sociais, econômicos e ambientais causados pelas enchentes, para a 
melhoria da qualidade de vida das comunidades afetadas por enchentes, contribui para a sustentabilidade da 
água no sistema hidrológico e reduz o impacto das enxurradas no meio ambiente. Já a berma de equilíbrio é 
utilizada para a proteção de taludes. 
 
 
38.Quais as formas de construção de aterro e qual a forma mais encontrada em assentamentos urbanos 
informais? Qual o perigo desta solução? 
O termo aterro utilizado no segmento de terraplenagem refere-se ao local onde são depositadas porções de 
terra ou entulho com objetivos diversos, sendo o mais comum, tornar plano um terreno originalmente em 
declive (queda ou caída) ou com depressão (buraco, valeta, rebaixo, etc). Também existem aterros 
específicos que servem como destinação final de materiais sem proveito ou possibilidade de reciclagem ou 
reutilização provenientes de residências e indústrias, porém, estes aterros não estão relacionados à 
terraplenagem. 
Existem inúmeros tipos de aterros, dentre eles podemos citar alguns: 
Aterro para construção: Aterros para construção de edifícios (casas, prédios ou galpões) ou rodovias, onde 
geralmente apenas é despejada terra limpa e de tipos específicos visando a melhor compactação e 
conseqüente estabilidade do solo; 
Aterro de Inertes: Aterro que aceita materiais “limpos”, geralmente terra e entulho limpo (apenas resto de 
paredes, sem lixo, gesso, madeira e vegetação em geral); 
Aterro Sanitário: Aterros sanitários são locais, geralmente públicos mas que podem ser gerenciados pela 
iniciativa privada, onde cobra-se geralmente por tonelada para aceitar o descarte de materiais de qualquer 
natureza como lixo, vegetação, etc. 
 
As construções de aterros devem levar os seguintes critérios: 
1. Estudos geológicos e geotécnicos, prospecção – solos presentes e suas características, localização do 
nível freático, condições locais, recolha de amostras para ensaios de caracterização no laboratório. 
2. Conhecimento dos solos – ensaios in situ e ensaios em laboratório (limites, granulometria, classificação, 
compactação, CBR, eventualmente ensaios edométricos e triaxiais). 
3. Avaliação tecnico económica das condições de exploração – vantagens e inconvenientes de usar todos 
os tipos de solos presentes, definição da sequência de trabalhos de escavação e de compactação. 
4. Estudos de estabilidade – uso de conceitos de mecânica dos solos para verificar se um dado material pode 
ser usado para fundação, talude, aterro e ainda a segurança durante a escavação. A geometria da estrutura 
geotécnica é importante. 
5. Meteorologia e presença de água – a chuva e a temperatura são importantes durante o processo 
construtivo e podem obrigar à correcção do teor em água do solo. Em alguns casos também pode ser 
importantes durante a exploração e influenciar o projecto 
6. Preparação dos terrenos – decapagem das camadas superiores tanto no local de fundação como na 
superfície das manchas de empréstimo. 
7. Execução – métodos de escavação, transporte e colocação, equipamento a usar, sequência de operações 
e medidas a tomar para controlo da água no solo. 
8. Controle da execução – métodos de controlo prévio, durante e após a execução, escolha das propriedades 
a medir, ensaios in situ (essencialmente para determinação do teor em água e do peso volúmico seco) e 
apreciação dos resultados. 
9. Necessidade de tratamento – caso os solos disponíveis não sejam adequados e seja mais económico o 
seu tratamento do que recorrer a solos de outros locais. Tratamentos com adição de outro material 
(granulométrico), de um composto químico ou de um aglomerante hidráulico (cal ou cimento) ou betuminoso. 
10. Trabalhos especiais – tratamento de fundações (lodos ou solos pouco resistentes), zonas de 
características peculiares (encontros de pontes, zonas dos sistemas drenagem, contactos entre filtros), 
colocação de telas, acabamento de superfícies e revestimento de taludes. 
É usual que o responsável pela terraplenagem, pautado pela produtividade, execute simultaneamente 
movimentos de terra em toda a área do empreendimento, com cortes e aterros para construção do sistema 
viário e quadras. Essa prática deixa os terrenos sem proteção superficial até o início efetivo das obras, o que 
usualmente acarreta intenso e extenso processo erosivo. Tal prática precisa ser modificada, pois seus 
resultados são ambientalmente bastante impactantes, inclusive elevando o custo do empreendimento para o 
usuário, para o próprio empreendedor e para o Poder Público. A franca exposição de solos é provavelmente 
um dos mais abrangentes causadores de danos ambientais no período de obras. Seus efeitos transcendem a 
área da construção do empreendimento, atingindo o entorno e contribuindo, não raro, para problemas gerais 
que se verificam na cidade como um todo. Solos expostos durante chuvas são transportados, assoreando 
drenagens naturais ou construídas, favorecendo-se a ocorrência de inundações. 
Cabe alertar que os sistemas de drenagem executados tendem a receber solo particulado em quantidades 
expressivas, tendo em vista a permanência de áreas com solo. É necessário assegurar que, ao término das 
obras, proceda-se uma cuidadosa inspeção do sistema, recuperando eventuais trechos assoreados ou 
obstruídos, pois somente assim ele funcionará, evitando alagamentos e inundações. A mesma recomendação 
se estende à fase de ocupação do empreendimento. 
 
O aterro informal pode ser construído pelo método descendente, bota fora, onde todo solo escavado no corte 
que não foi aproveitado nas partes de aterro do terreno é descartado apenas jogando sobre a região onde se 
pretende construir o aterro. Com isso, tem-se um solo que não foi compactado corretamente, o que pode 
gerar danos futuros a edificação e entorno. Outro forma de construção de aterros informais é pelo método 
ascendente, onde se insere a terra no local e o trator passa-se uma vez sobre ela, sem que haja uma 
averiguação e um controle dessa compactação. 
 
Já os aterros formais, tem-se várias etapas e processos a serem seguidos e há um controle de compactação 
no campo, sendo verificado o teor de umidade e do peso específico aparente seco para garantir que o aterro 
está sendo executado de acordo com as especificações de projeto. 
 
 
Os assentamentos informais acarretam a consequente falta de segurança da posse, vulnerabilidade política e 
baixa qualidade de vida dos seus ocupantes que lhes são características, resultam não somente do padrãoexcludente dos processos de desenvolvimento, planejamento e gestão das áreas urbanas, mas também da 
natureza da ordem jurídica em vigor. 
Tratamos como assentamentos precários aqui aqueles mais vulneráveis às enchentes, aos deslizamentos, às 
enxurradas, às erosões do que o resto da cidade. Quase sempre estão ocupando os locais mais sujeitos à 
ação destrutiva destes fenômenos (vazios urbanos em encostas, grotas ou margens de córregos, ou áreas de 
menor valor imobiliário situadas próximas a aterros sanitários, depósitos de lixo e outros materiais 
contaminantes ou em áreas degradadas por mineração ou movimentação de terra). Suas edificações são 
mais frágeis e muitas vezes implantadas de maneira técnico-construtiva inadequada (em função do menor 
acesso a tecnologias construtivas, do grau de organização social da comunidade, das condições de emprego 
e renda, da velocidade de implantação, da relação do assentamento com a cidade formal, da acessibilidade e 
capacidade de transporte dos materiais de construção, etc.) e a infra-estrutura urbana e de serviços públicos 
(como calçamento de acessos, drenagens, coleta de águas servidas, esgotos e coleta de lixo) geralmente é 
ausente ou insuficiente. 
 
39.Quais as recomendações para execução de um aterro sobre terreno inclinado? 
Aterrar o terreno é o processo de depósito de material geralmente de terra ou cascalho em um terreno, com o 
objetivo de aumentar o material da base para atingir determinado nível. O depósito deve ser feito em um 
terreno com muro de arrimo, este garantirá que o material seja compactado, dando ao solo a compactação 
necessária para a base de sua casa. 
Alguns cuidados: 
· Compactar o terreno com o próprio trator NÃO é o método adequado; 
· Utilizar a máquina rolo pé-de-carneiro. Passar 8 vezes em cima da mesma parte. 
· Se este rolo chegar muito perto do muro, ou edificações ele pode danificar o mesmo. 
· Onde o rolo não puder chegar deve ser compactado com sapinho. 
· Compacte em duas etapas. Metade do material + Compactação + Outra metade + Outra 
Compactação. 
· Algumas prefeituras doam aterro gratuitamente. Verifique na sua cidade. 
É necessário fazer uma análise sobre as águas do terreno, para que o aterro não prejudique o fluxo de água 
presente no subosolo. Além disso é necessário ter uma boa estabilidade dos taludes e fazer uma alteração 
adequada no terreno em que a “terra nova” que for sobreposta a “terra velha” não seja feita em camadas tão 
específicas, mas sim que haja uma transição homogênea entre elas. 
Para a execução de um aterro em terreno inclinado é recomendado que se faça um escalonamento do solo, 
para que assim os riscos de deslizamento de terra sejam menores, já que com o solo escalonado a superfície 
se apoia melhor ao terreno natural. Além disso, pode se implantar logo acima do escalonamento um solo 
arenoso, para servir como dreno e impedir nessa área de transição entre o terreno natural e o aterro se crie 
uma zona crítica onde a água flua com maiores velocidades, o que colocaria em risco a estabilidade do 
aterro. 
 
 
40.Em quais condições ocorre o fluxo de águas no terreno e quais intervenções arquitetônicas e urbanas 
interferem sobre estas águas? 
Quando a água é lançada no terreno, ela tem 2 caminhos a seguir: Uma parte entra no terreno e a outra corre 
pela superfície. A parte que entra no terreno chamamos de infiltração e a quantidade vai depender a 
porosidade do terreno. 
1 - A parte de infiltra vai formar o Lençol Freático que, em muitos casos pode ser prejudicial às casas. 
2 - A parte que corre pela superfície vai formar a enxurrada que pode arrastar crianças e pessoas idosas. 
3 - Se a água que percola pelo solo pode 
se infiltrar pela parede da garagem que 
fica no subsolo. 
4 - Ao fazer uma escavação para 
construção de um subsolo, surge água. 
5 - O solo era seco antes da construção 
mas ficou muito úmido depois da 
construção 
 
 
 
O Rebaixamento do Lençol Freático é 
uma técnica muito empregada na 
construção de prédios com subsolos. 
Todo terreno possui um lençol de água no seu sub-solo e essa água atrapalha a escavação do terreno pois 
causa a formação de lama o que dificulta a concretagem das fundações do prédio que será construído. 
Para ficar livre da água, instala-se bombas muito potentes que, funcionando 24 horas por dia, retiram a água 
do sub-solo, deixando o terreno "quase seco" facilitando, assim, o trabalho de escavação e concretagem. 
No local da obra, o problema fica resolvido, mas na vizinhança pode ocorrer problemas. Depois de alguns dias, 
o nível d'água fica mais baixo em toda aquela região. Dependendo da porosidade do terreno, o rebaixamento 
pode atingir áreas bem distantes do local das obras afetando casas e prédios relativamente distantes. Já 
vistoriei casos de rebaixamento cujos efeitos danosos surgiram a mais de 300 metros do local do 
rebaixamento. 
 
Efeitos do Rebaixamento do Lençol Freático: Abaixa a umidade média dos terrenos em volta. Jardins perdem a 
sua exuberância pela queda do teor de umidade do solo. As flores secam e morrem. 
Afeta a vitalidade da vegetação de grande porte que se servem da água do lençol. Muitas árvores secam e 
morrem. 
Adensamento do terreno pela diminuição da pressão neutra do sub-solo. Mais popularmente conhecida como 
AFUNDAMENTO, o terreno cede. Jardins podem afundar. Tanques de peixes e espelhos d'água podem rachar. 
O pavimento da rua pode ceder, abrindo crateras. Veículos podem cair dentro da cratera. 
O fluxo das águas no terreno, tanto em superfície 
com em profundidade, pode ocorrer pelo equilíbrio 
hidrostático ou escoar pela diferença de potencial. 
No caso das águas em superfície, a infraestrutura 
(bocas de lobo, o sistema de escoamento e 
drenagem das águas) pode influenciar diretamente 
nesse fluxo. Já em profundidade, qualquer 
modificação no terreno que faça com que as águas 
saiam do equilíbrio ou fluxo até então estabelecido, 
pode gerar algum problema posterior ou a 
necessidade do solo novamente se estabilizar, seja tanto naturalmente ou com a ajuda de intervenções 
humanas. 
 
 
 
41.Cite os principais instrumentos para o monitoramento freático e como eles funcionam? 
O monitoramento do nível da água é de grande importância em vista do esgotamento dos recursos hídricos 
em escala mundial. O EWRL-101 sistema automático de medição de nível d’água Encardio-rite modelo EWLR é 
amplamente utilizado para o monitoramento do nível de rios, lagos ou perfurações. São várias soluções 
possíveis, desde monitoramento sem manutenção de um único furo para uso industrial até monitoramento de 
grandes proporções geográficas, dimensões estaduais com centenas de pontos controlados de um local 
central. 
Indicador de Nível Dágua Sonoro 
Usado para medir a profundidade da água subterrânea em poços, buracos e furos. A unidade é leve, operada a 
bateria e fornece leituras precisas e rápidas com sinal sonoro. A fita usada é plana, de alta tensão e não se 
deforma. 
O Piezômetro de Casagrande tem a função de fornecer a carga de pressão no ponto em que foi instalado. 
Conhecida a carga de pressão, calcula-se a carga total naquele ponto, que é a cota de instalação mais a coluna 
de água sobre o mesmo. O valor de leitura fornecido é a cota piezométrica, que é a soma da carga de elevação 
mais a carga de pressão no ponto de instalação. Ou seja, é fornecida a carga total no ponto de instalação, em 
relação ao nível do mar. Já o Medidor de Nível de Água tem a função de indicar a cota da superfície freática no 
ponto onde o medidor está instalado. A leitura é feita com um pio elétrico. Mede-se a distância entre a boca 
do tubo e o nível de água. Calcula-se, por subtração, a altura de colunade água dentro do tubo. Como a cota 
de instalação do bulbo é conhecida, somando-se a altura de coluna de água à cota do bulbo obtém-se a cota 
da superfície freática naquele ponto. 
 
 
 
42.Como os empuxos de terra atuam sobre as estruturas de contenção e qual a relevância do empuxo 
de água? Como impedir que estes ocorram? 
A determinação do valor do empuxo de terra, que deve ser entendido como a ação produzida pelo maciço 
terroso sobre as obras com ele em contato, é fundamental na análise e projeto de obras como muros de 
arrimo, cortinas em estacas pranchas, cortinas atirrantadas, escorramentos de escavações em geral, 
construções em subsolos, encontros de pontes, entre outras situações semelhantes a estas. 
Para a determinação das pressões de empuxo de terra (pressões horizontais) pode se utilizar os conceitos da 
teoria de elasticidade que relaciona o comportamento das tensões e deformações em diferentes direções nos 
materiais. 
Esse valor é fundamental para a análise e o projeto de obras como muros de arrimo, cortinas de estacas-
prancha, construção de subsolos, encontro de pontes, etc. O valor do empuxo de terra, assim como a 
distribuição de tensões ao longo do elemento de contenção, depende da interação solo-elemento estrutural 
durante todas as fases da obra. O empuxo atuando sobre o elemento estrutural provoca deslocamentos 
horizontais que, por sua vez, alteram o valor e a distribuição do empuxo, ao longo das fases construtivas da 
obra. 
Nos problemas de fundações, a interação das estruturas com o solo implica a transmissão de forças 
predominantemente verticais. Contudo, são também inúmeros os casos em que as estruturas interagem com o 
solo através de forças horizontais, denominadas empuxo de terra. Neste último caso, as interações dividem-se 
em duas categorias. A primeira categoria verifica-se quando determinada estrutura é construída para suportar 
um maciço de solo. Neste caso, as forças que o solo exerce sobre as estruturas são de natureza ativa. O solo 
“empurra’ a estrutura, que reage, tendendo a afastar-se do maciço. 
Na segunda categoria, ao contrário, é a estrutura que é empurrada contra o solo. A força exercida pela 
estrutura sobre o solo é de natureza passiva. Um caso típico deste tipo de interação solo-estrutura é o de 
fundações que transmitem ao maciço forças de elevada componente horizontal, como é o caso de pontes em 
arco. 
Em determinadas obras, a interação solo-estrutura pode englobar simultaneamente as duas categorias 
referidas. As pressões do solo suportado imediatamente atrás da cortina são equilibradas pela força Ft de um 
tirante de aço amarrado em um ponto perto do topo da cortina e pelas pressões do solo em frente à cortina. 
O esforço de tração no tirante tende a deslocar a placa para a esquerda, isto é, empurra a placa contra o solo, 
mobilizando pressões de natureza passiva de um lado e pressões de natureza ativa no lado oposto. O 
cômputo da resultante e da distribuição das pressões, quer as de natureza ativa, quer as de natureza passiva, 
que o solo exerce sobre a estrutura, assim como do estado de deformação associado, é quase sempre muito 
difícil. Contudo, a avaliação do valor mínimo (caso ativo) ou máximo (caso passivo) é um problema que é 
usualmente ser resolvido por das teorias de estado limite. 
 
O que é empuxo da água? 
Quando você anda da parte rasa para a parte funda de uma piscina, o seu pêso parece diminuir e os seus pés 
exercem uma fôrça cada vez menor sôbre o fundo da piscina. Quando você entra num bote que flutua, o seu 
pêso faz com que êle entre mais na água. O fundo do bote estando a maior profundidade, onde a pressão da 
água é maior, recebe agora uma fôrça maior da água de baixo para cima, o que suporta o pêso adicional. Essa 
fôrça é o empuxo da água. Chamamos empuxo a fôrça exercida, de baixo para cima, por um líquido sôbre 
todo corpo que flutua no líquido ou que nêle está submerso. 
 
O empuxo de terra acontece quando as estruturas interagem com o solo através de forças horizontais. Em uma 
estrutura construída para conter um maciço de solo (que é o caso das estruturas de contenção), o solo 
empurra a estrutura que reage tentando afastar o maciço do solo. Já o empuxo de água sobre as estruturas de 
contenção ocorre quando a água toma seu caminho preferencial e não há nenhum tipo de local adequado 
para a saída da mesma, com isso o seu fluxo fica mais turbulento e acaba por levar parte da terra em casos de 
taludes, e no caso dos muros de arrimo ela serve como carga adicional (não prevista) que pode fazer com que 
a contenção desmorone. Para impedir que essas situações ocorram o que se deve fazer é dimensionar 
corretamente o sistema de drenagem (caso não tenha, implementar) para que a água não fique livre no solo e 
interfira nas estruturas de contenção de terra. 
 
43.Como a sobrecarga de edificações condiciona a profundidade de interferência do projeto e 
consequentemente as investigações necessárias? 
De acordo com o tipo de solo e o tipo de fundação escolhida para a obra, visto que a permeabilidade dos 
solos e consequentemente a água neste influencia diretamente na estabilidade dos arranjos topográficos, 
como também na deformações e recalques e se não feita de maneira adequada podem influenciar no 
acúmulo de patologias nas construções. 
Os materiais tem um período de utilidade, assim, se deixar-se de fazer a correta manutenção e utilização dos 
mesmos, e ainda não se utilizar as corretas cargas dimensionadas na estrutura os erros de utilização e 
manutenção, podem sobrecarregar as estruturas, diminuir a sua resistência. Lembrando que a previsão de 
sobrecargas já é prevista no projeto. 
Quando vamos calcular a capacidade de Carga de um solo, devemos levar em consideração as camadas do 
solo. Normalmente o solo não é formado apenas por um tipo ou camada de solo, podendo possuir diversas e 
para tanto isso deve ser considerado no cálculo. 
Entretanto, levaremos em conta apenas as duas camadas abaixo da sapata para verificar se ela está ou não 
assentada em um solo mais resistente. Para verificar essa possibilidade devemos introduzir o conceito de 
bulbo de tensões. 
Bulbo de pressão vai interferir na quantidade e necessidade de ensaios nas camadas abaixo dele. E só será 
necessário a continuação dos ensaios se o solo que o bulbo estiver não for adequado para a fundação. Por 
exemplo em: 
Solos arenosos: 
● Peso específico diminui quando se satura uma areia seca; 
 ● Capacidade carga aumenta diretamente com o peso específico; 
● N.A. entre o limite inferior do bulbo e a base da sapata → peso específico reduzido e ângulo de atrito quase 
não se altera. Sapata apoiada em areia saturada a capacidade é reduzida quando comparada com uma areia 
em condição não saturada. 
 
A atuação excessiva de sobrecargas pode produzir a fissuração de componentes estruturais, tais como pilares, 
vigas e paredes. A sobrecarga pode se originar na má utilização do edifício, ou por erros no cálculo estrutural 
ou execução da peça, como por exemplo fazer a fundação com uma profundidade inferior na qual seria 
necessário, vide exemplo nos edifícios de Santos/SP , que nas décadas de 50, 60 e 70 quase todos os prédios 
da orla marítima da cidade foram construídos sobre fundações diretas apoiadas na camada de areia superficial, 
embora se soubesse que os edifícios sofrem recalques significativos, essencialmente devido à compressão da 
camada de argila mole subjacente, a técnica então disponível não oferecia alternativa econômica para as 
fundações. Como era previsível que o adensamento da camada de argila se estendesse por décadas, a 
população aprendeu a conviver com grandes recalques e até com o visível desaprumo dos edifícios. Isso foi 
causadodevido às sobrecargas existentes em um solo não apropriado para tal. . .São diversos os tipos de 
patologias que podem ocasionar em razão da sobrecarga, mas as que estão atreladas devido à problemas no 
solo pode ser por falta de homogeneidade do solo; Consolidação distinta do aterro; Fundação entre corte e 
aterro. Nisso, a aplicação de cargas concentradas nas alvenarias, sem o emprego de dispositivos adequados 
para redistribuição de tensões, pode gerar o aparecimento de trincas inclinadas à partir do ponto de aplicação 
da carga (caso de tesouras ou vigas apoiadas diretamente sobre as alvenarias). 
A utilização da estrutura estará naturalmente sujeita ao “desgaste”, devido à ação de cargas e sobrecargas, 
estáticas, dinâmicas, vibrações, impactos, assim como a recalques diferenciados em pontos da fundação com o 
decorrer dos anos e erosão e cavitação por ação de agentes sólidos e líquidos em reservatórios, canais, 
tanques. Com isso, é necessário para um projeto que tenha a estimativa da vazão de percolação; avaliação das 
forças de percolação; previsão de obras de drenagem, rebaixamento do nível d’água; estimativa de recalques 
por adensamento; previsão de obras de contenção; análise de percolação de contaminantes, dentre outras. 
 
44.Quais fatores condicionam a ocorrência de patologias nas rochas aplicadas em projetos 
arquitetônicos? Apresente alguns exemplos. 
Em geral, as patologias estão associadas a diversos fatores como a especificação de materiais incompatíveis 
com as condições de utilização, por desconhecimento das características e propriedades das pedras; emprego 
de técnicas de execução não adequadas; ausência de um projeto construtivo; falta de controle de qualidade 
das etapas de produção e a falta de manutenção, sendo comum elas acontecerem também devido a 
associação de dois ou mais destes fatores. 
Imaginemos que o arquiteto necessita especificar uma rocha para revestimento de piso em um centro 
comercial, onde o fluxo de pessoas é maior, e visando apenas questões estéticas o mesmo especifica um 
mármore, a probabilidade deste material riscar é muito grande. Pois as rochas macias, como os mármores, 
devem ser evitadas em locais de grande circulação, onde impurezas podem prender-se nos sapatos e riscar a 
superfície. Com isso, nesses locais seria mais adequado o uso de granitos e pedras ricas em quartzo e 
feldspato, que possuem maior resistência a abrasão (O mármore, pedra-sabão, dioritos, sienitos e outras 
rochas pobres em quartzo tem pequena resistência ao desgaste. Já granitos, muito ricos em quartzo, resistem 
muito bem a longas e intensas abrasões). Assim como o risco, a perda de brilho é uma patologia que está 
intimamente ligada a resistência a abrasão das rochas, uma vez que, ambientes com elevada solicitação 
exigem rochas de resistência elevada. O desgaste abrasivo é resultado tanto das características da rocha 
quanto do tráfego de pessoas. Além disso, as placas pétreas podem se alterar devido às agressões do clima, 
ação de poluentes atmosféricos, quando usadas em fachadas por exemplo, e adoção de procedimentos 
construtivos e manutenção inadequados. Para prevenir essas patologia, tanto o risco como a perda de brilho, é 
necessário se atentar a escolha do tipo correto de rocha para cada ambiente, frisando principalmente sua 
resistência abrasiva. Além de observar os produtos usados na manutenção das mesmas. Para um local que a 
rocha ficará exposta ao tempo, é necessário observar seu índice de absorção d’água, visto que uma patologia 
muito recorrente em revestimentos pétreos são as manchas causadas pela umidade. Essas manchas são 
normalmente associadas com sua absorção aparente de água e acarretam a mudança de cor da rocha natural. 
Temos também o trincamento e Fraturamento, esse tipo de patologia é associada a fase do Projeto Preliminar, 
na qual, são escolhidos os tipos de materiais a serem utilizados. Levando em consideração a qualidade e suas 
características e de que forma irão interferir no resultado final. As principais causas para o aparecimento são o 
transporte inadequado; o assentamento incorreto e o dimensionamento inadequado das juntas de dilatação. 
 
 
45. Quais fatores externos e intrínsecos condicionam a ocorrência de patologias em elementos 
construtivos compostos por solos finos ou grossos? Apresente alguns exemplos. 
Os fatores externos que condicionam a ocorrência de patologias são as intempéries, tendo como destaque 
principal a água. Já os intrínsecos tem ligação com o material mal selecionado para construção, como por 
exemplo o uso de areias de praia que causam muitos problemas se usada na fabricação do concreto, por 
exemplo. 
Isso está intimamente ligado com os elementos construtivos obtidos através dos solo finos ou grossos. 
Todos os materiais empregados nas construções estão sujeitos à dilatações com o aumento de temperatura e 
à contrações com sua diminuição. Para uma dada variação de temperatura, a intensidade da variação 
dimensional é diferente para os diversos materiais de construção. 
Nenhuma estrutura, seja de que material for constituída, não é eterna, pois se deteriora com o passar do 
tempo e não alcança sua vida útil se não for bem projetada, executada com esmero, utilizada com critério e 
submetida a uma periódica manutenção preventiva. Patologias são todas as manifestações, que ao longo da 
vida útil de determinado edifício, prejudicam o seu desempenho. 
No caso da argila, que é um solo fino que é um material que pode ser utilizado na construção civil está ligada 
na patologia que pode ser o fato dela absorver água facilmente, ou seja, dependendo da obra onde for 
empregada como aglomerante, pode não ser ideal. A mesma patologia pode ocorrer em argamassas - obtida 
através de aglomerantes mais a areia (solo arenoso) - , já que a qualidade do concreto está diretamente 
relacionada com o fator Água/Cimento, em que o excesso de água aumenta a retração do concreto depois de 
seco o que causará fissuras e quanto mais água é empregado menor vai ser a resistência do concreto. 
Lembrando que a areia está nessa composição como também às vezes a argila.

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