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Disciplina: Instalações Hidro-Sanitárias – Prof. Ricardo Stahlschmidt Pinto Silva Cap3 – Instalações Prediais – Instalações de Esgoto 73 CAP 3 - INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO 1) CONSIDERAÇÕES GERAIS: Às instalações prediais de esgoto destinam-se a coletar, conduzir, afastar da edificação todos os despejos provenientes do uso adequado dos aparelhos sanitários, dando-lhes um rumo apropriado, normalmente indicado para a rede pública. A condução do esgoto será feita, sempre que possível, por gravidade. Norma pertinente: NBR 8160/1999 da ABNT A instalação predial de esgoto deverá ser executada atendendo o seguinte: Permitir o rápido escoamento do esgoto; Permitir desobstruções expeditas; Impedir a passagem de gases e de animais para o interior dos edifícios; Não permitir vazamento de esgoto, escape de gases e acúmulo de sedimento nas tubulações; Garantir de modo absoluto a qualidade de água de abastecimento da edificação; Permitir fácil acesso para inspeção e manutenção, quer das tubulações internas, quer dos coletores prediais externos. Disciplina: Instalações Hidro-Sanitárias – Prof. Ricardo Stahlschmidt Pinto Silva Cap3 – Instalações Prediais – Instalações de Esgoto 74 2) PARTES CONSTITUINTES DO SISTEMAS: Figura 3.1 – Partes constituintes de uma instalação predial de esgoto Fonte: Carvalho Júnior, 2014 Figura 3.2 – Partes constituintes de uma instalação de esgoto em corte esquemático Fonte: Carvalho Júnior, 2014 Disciplina: Instalações Hidro-Sanitárias – Prof. Ricardo Stahlschmidt Pinto Silva Cap3 – Instalações Prediais – Instalações de Esgoto 75 a) Ramal de descaga: Tubulação que recebe diretamente os efluentes de aparelhos sanitários ( lavatório, bacia sanitária, etc); O ramal da bacia sanitária deve ser ligado diretamente ao tubo de queda; Os ramais do lavatório, da banheira, do ralo e do tanque devem ser ligados à caixa sifonada; Os ramais com efluentes de gordura (pias de cozinha) devem ser ligados a caixa de gordura; b) Sifão: Dispositivo dotado de fecho hídrico que tem como função evitar que os gases escoem em sentido contrário ao do esgoto, evitando o mau cheiro Atende somente um aparelho (ex.: pias) Figura 3.3 – Detalhe do sifão de uma pia Fonte: Carvalho Júnior, 2014 Disciplina: Instalações Hidro-Sanitárias – Prof. Ricardo Stahlschmidt Pinto Silva Cap3 – Instalações Prediais – Instalações de Esgoto 76 c) Caixa sifonada: Destinada a receber efluentes de um conjunto de aparelhos Vedação hídrica evita que odores e insetos provenientes dos ramais de esgoto penetrem pelas aberturas dos ralos; Possui até sete entradas de esgoto com apenas uma saída; Não funciona como ralo. A água dos chuveiros e pisos deve ser coletada por ralos que serão ligados a caixa sifonada. Figura 3.4 – Detalhe de caixa sifonada Fonte: Carvalho Júnior, 2014 d) Ralos Utiliozados para receber águas provenientes de chuveiro, pisos, áreas externas; Não deve receber efluentes de ramais de descarga. Disciplina: Instalações Hidro-Sanitárias – Prof. Ricardo Stahlschmidt Pinto Silva Cap3 – Instalações Prediais – Instalações de Esgoto 77 e) Ramais de esgoto: Os ramais de esgoto revebem os ramais de descarga e direcionam o efliuente coletado para os tubos de queda (ou caixas de ionspeção no caso de residências) Os ramis de esgoto devem ser ligados a coluan de ventilação apra destino dos gases. Figura 3.5 – Ligação de ramal de esgoto Fonte: Carvalho Júnior, 2014 f) Tubo de queda: Recebe o efluente dos ramais de esgoto e ramais de descarga; Seu diâmetro deve ser igual ou superior ao do maior diâmetro que recebe. Normalmente 100 mm. Disciplina: Instalações Hidro-Sanitárias – Prof. Ricardo Stahlschmidt Pinto Silva Cap3 – Instalações Prediais – Instalações de Esgoto 78 Figura 3.6 – Tubo de queda e coluna de ventilação Fonte: Carvalho Júnior, 2014 g) Tubo ventilador e coluna de ventilação Destinado a possibilitar o escoamento dos gases para a atmosfera. Seu lançamento na atmosfera deve ser superior ao telhado da edificação. Para evitar o entupimento por folhas existem dispositivos próprios. Cuidados na instalação do ramal de ventilação: A ligação do ramal de ventilação deve ser feita de modo a impedir o acesso de esgoto sanitário ao seu interior. Deste modo: A tubulações do ramal de ventilação deve ser instalada com aclive mínimo de 1%, de modo que qualquer líquido que porventura ingresse, retorne; O ramal deve ser ligado a coluna de ventilação 15 cm ou mais acima do nível de transbordamento de água mais alto dos aparelhos sanitários. Disciplina: Instalações Hidro-Sanitárias – Prof. Ricardo Stahlschmidt Pinto Silva Cap3 – Instalações Prediais – Instalações de Esgoto 79 Figura 3.7 – Ventilação do ramal de esgoto Fonte: Carvalho Júnior, 2014 Figura 3.8 – Detalhe de ligação do ramal de ventilação Fonte: Carvalho Júnior, 2014 Disciplina: Instalações Hidro-Sanitárias – Prof. Ricardo Stahlschmidt Pinto Silva Cap3 – Instalações Prediais – Instalações de Esgoto 80 Figura 3.9 – Detalhe da ventilação Fonte: Carvalho Júnior, 2014 h) Subcoletor: Recebe os efluentes dos tubos de queda para lançamento nas caixas de inspeção. Disciplina: Instalações Hidro-Sanitárias – Prof. Ricardo Stahlschmidt Pinto Silva Cap3 – Instalações Prediais – Instalações de Esgoto 81 Figura 3.10 – Rede coletora no subsolo de um prédio Fonte: Carvalho Júnior, 2014 i) Caixas de inspeção: Destinada a permitir a inspeção, limpeza e desobstrução das tubulações de esgoto Instalada nas mudanças de direção e de declividade ou quando o comprimento da tubulação de esgoto for maior que 12 m Figura 3.11 – Caixa de inspeção Fonte: Carvalho Júnior, 2014 Disciplina: Instalações Hidro-Sanitárias – Prof. Ricardo Stahlschmidt Pinto Silva Cap3 – Instalações Prediais – Instalações de Esgoto 82 j) Caixa de gordura: Destinada a reter, em sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos contidos no esgoto de modo a evitar a obstrução das redes de esgoto, interna e externa a edificação. Figura 3.12 – Caixa de gordura Fonte: Carvalho Júnior, 2014 k) Coletor predial: Faz a ligação da última caixa de inspeção ao coletor público Figura 3.13 – Coletor predial Fonte: Carvalho Júnior, 2014 Disciplina: Instalações Hidro-Sanitárias – Prof. Ricardo Stahlschmidt Pinto Silva Cap3 – Instalações Prediais – Instalações de Esgoto 83 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. AZEVEDO NETTO, J.M. Manual de Hidráulica. 9 ed. São Paulo: Blucher. 2015 2. CARVALHO JÚNIOR. R. Instalações Hidráulico Sanitárias: Princípios Básicos para Elaboração de Projetos. São Paulo: Blucher, 2014. 3. VIANNA, M.R. Instalações Hidráulicas Prediais. 4 ed. Nova Lima: Imprimatur Artes Ltda, 2013. 4. CREDER, H. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. 6 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015.
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