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DIREITO CIVIL 
PROFESSOR GIOVANNI COMODARO 
 
SUPEREDITAL ESQUEMATIZADO 
 
 Elaborado pelos professores, o superedital esquematizado desvenda os pontos de 
cada uma das disciplinas cobradas nos concursos para analista e técnico de Tribunais e MPU. 
 Em cada item de cada matéria, você encontrará comentários dos professores 
relativos a: 
 I. Nível de incidência; 
II. Predileção das bancas; 
III. Texto normativo; 
IV. Como normalmente é cobrado (se texto normativo e/ou doutrina e/ou 
jurisprudência) 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 
PONTOS DE DIREITO CIVIL 
 
1. Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei nº 4.657/1942). 1.1. Lei. 
1.1.1. Vigência no tempo e no espaço. 1.1.2. Interpretação e integração. 2. Código Civil (Lei nº 
10.406/2002). 2.1. Personalidade e capacidade jurídica. 2.2. Direitos da personalidade. 2.3. 
Ausência. 2.4. Nome. Estado. Domicílio. 3. Pessoas jurídicas. 3.1. Conceito. Elementos. 3.2. 
Constituição. Domicílio. 3.3. Sociedades de fato. Grupos despersonalizados. 3.4. Associações. 
Sociedades. Fundações. 3.5. Responsabilidade. 3.6. Desconsideração da personalidade jurídica. 
Extinção. 4. Bens. 4.1. Coisa e bem. 4.2. Classificação. 4.3. Coisas fora do comércio. 5. Fatos 
Jurídicos. 5.1. Negócios jurídicos. 5.1.1. Requisitos de validade. 5.1.2. Representação. 
Interpretação. 5.1.3. Modalidades. Forma. 5.1.4. Defeitos. Simulação. 5.1.5. Invalidade. 5.2. 
Atos jurídicos lícitos. 5.3. Atos ilícitos. Abuso de direito. 6. Prescrição e decadência. 7. Prova. 8. 
Obrigações. 8.1. Princípios. Boa-fé. 8.2. Modalidades: 8.2.1 Obrigações puras e simples, 
condicionais e modais. Líquidas e ilíquidas. De dar, fazer e não-fazer. 8.2.2. Alternativas e 
facultativas. Divisíveis e indivisíveis. Solidárias. Civis e naturais. Principais e acessórias. 8.2.3. 
De meio, de resultado e de garantia. De execução instantânea, diferida e continuada. 8.3. 
Transmissão. 8.4. Adimplemento. Extinção. 8.5. Inadimplemento. 9. Contratos. 9.1. Princípios. 
Classificação. 9.2. Formação. Evicção. 9.3. Vícios redibitórios. Extinção. 10. Contratos em 
espécie. 10.1. Compra e venda. Doação. 10.2. Mandato. Transação. Fiança. 10.3. Locação de 
coisas. Depósito. 10.4. Empréstimo. Mútuo. Comodato. 10.5. Prestação de serviço. 
Empreitada. 10.6. Seguro. Seguro de dano. 11. Atos unilaterais. 12. Responsabilidade civil. 
12.1. Indenização. Caso fortuito e força maior. 12.2.. Responsabilidade civil por danos 
causados ao ambiente, ao consumidor e a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico 
e paisagístico. 13. Direito de empresa. 13.1. Empresário. 13.2. Estabelecimento. 14. Títulos de 
crédito. 14.1 Títulos ao portador, à ordem e nominativos. 14.2. Preferências e privilégios 
creditórios. 15. Direitos reais. 15.1. Posse e propriedade. 15.2. Aquisição e perda da 
propriedade imóvel. 15.3. Superfície. Servidões. Usufruto. 15.4. Uso. Habitação. Direito do 
promitente comprador. 15.5. Direitos reais de garantia. Penhor. Hipoteca. Anticrese. 16. 
Direito de família. 16.1. Relações de parentesco. 16.2. Casamento. Regime de bens. 16.3. 
Usufruto e administração dos bens de filhos menores. 16.4. Bem de família. 16.5. União 
estável. Concubinato. 16.6. Tutela. Curatela. 17. Direito das sucessões. 17.1. Sucessão em 
geral. 17.2. Sucessão legítima. 17.3. Sucessão testamentária. 17.4. Inventário e partilha. 18. 
Código de Proteção e Defesa do Consumidor (Lei no 8.078/1990). 18.1. Consumidor. 
Fornecedor. Produto e serviço. 18.2. Direitos básicos do consumidor. Qualidade de produtos e 
serviços. 18.3. Prevenção e reparação dos danos. Práticas comerciais. Proteção contratual. 19. 
Guarda compartilhada de filhos (Leis no 11.698/2008 e 13.058/2014). 20. Registros Públicos. 
21. Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003). 22. Locação de imóveis urbanos (Lei nº 
8.245/1991). 22.1. Locação em geral. Aluguel. Deveres do locador e do locatário. 22.2. 
Sublocações. Direito de preferência. Benfeitorias. 22.3. Garantias locatícias. Penalidades civis. 
Nulidades. 22.4. Locação residencial. Locação para temporada. Locação não residencial. 23. 
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990). 23.1. Direitos fundamentais. 
Prevenção. Medidas de proteção. 23.2. Perda e suspensão do poder familiar. 23.3. Colocação 
em família substituta. Destituição da tutela. 
 
1. Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei nº 4.657/1942). 1.1. Lei. 
1.1.1. Vigência no tempo e no espaço. 1.1.2. Interpretação e integração 
 
I. Nível de incidência: 
 Alto. 
 
II. Predileção das bancas: 
 Cespe, FCC e Consulplan. 
 
III. Texto normativo: 
 Artigos 1º a 19 da LINDB. 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo e doutrina. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 Vacatio legis, retroatividade legal e regras de incidência da lei brasileira ou estrangeira 
são os tópicos mais cobrados. Atenção especial para o artigo 1º e seus parágrafos, cuja 
regulação é avaliada com frequência. Também o tema da revogação (expressa ou tácita/total 
ou parcial), bem como o da repristinação, tratados no artigo 2º e seus parágrafos, têm 
incidência significativa. 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 As bancas têm a prática de afirmar a impossibilidade de alteração do período de 45 
dias para a vacatio legis em território nacional, quando a lei expressamente admite ressalvas a 
esse prazo. Também costumam elaborar alternativas associando as hipóteses de 
irretroatividade legal (direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada) a conceitos 
errados, “trocando-os” entre as referidas hipóteses. 
 
2. 2. Código Civil (Lei nº 10.406/2002). 2.1. Personalidade e capacidade jurídica. 2.2. Direitos 
da personalidade. 2.3. Ausência. 2.4. Nome. Estado. Domicílio. 
 
I. Nível de incidência: 
 Alto. 
 
II. Predileção das bancas: 
 Cespe, FCC e Consulplan. 
III. Texto normativo: 
 Artigos 1º a 39 e 70 a 78 do CC; Lei nº 6.015/73 (Lei dos Registros Públicos); Lei nº 
13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência). 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo e doutrina. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 As alterações trazidas à teoria das incapacidades jurídicas pelo Estatuto da Pessoa com 
Deficiência têm grande chance de serem cobradas. O novo estatuto reduziu os absolutamente 
incapazes, p. ex., à categoria dos menores impúberes (idade inferior a 16 anos), eliminando 
dessa qualificação os que apresentam insanidade mental permanente e duradoura e o que não 
possam manifestar seu consentimento por causa transitória. 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 As “pegadinhas” mais encontradas nessas temáticas referem-se à morte presumida 
com e sem a decretação prévia de ausência. As questões costumam definir prazos que não se 
aplicam às hipóteses de indícios veementes de morte real (desaparecimento em circunstância 
de risco de morte e envolvimento em campanha militar), por serem extraídos das regras 
relativas à ausência. Atenção também aos direitos da personalidade, sempre presentes com 
ao menos uma pergunta. 
 
3. Pessoas jurídicas. 3.1. Conceito. Elementos. 3.2. Constituição. Domicílio. 3.3. Sociedades 
de fato. Grupos despersonalizados. 3.4. Associações. Sociedades. Fundações. 3.5. 
Responsabilidade. 3.6. Desconsideração da personalidade jurídica. Extinção. 
 
I. Nível de incidência: 
 Médio. 
 
II. Predileção das bancas: 
 FCC e Consulplan. 
 
III. Texto normativo: 
 Artigos 40 a 69 do CC. 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina
e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo, doutrina e jurisprudência. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 A classificação das pessoas jurídicas quanto ao regime jurídico (direito público e direito 
privado) é o assunto mais questionado, particularmente nas provas da FCC. O grau de 
detalhamento das questões exige memorização das espécies elencadas nos artigos 41 (pessoas 
jurídicas de direito público interno) e 44 (pessoas jurídicas de direito privado). Atenção 
também à desconsideração da personalidade jurídica (art. 50), por ser instituto jurídico 
inexistente no Código Civil anterior e que frequentemente desperta o interesse das bancas por 
sua relevância na preservação das entidades. 
 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 
 Costuma-se apresentar uma relação de pessoas jurídicas de certa natureza com 
espécies de outra – p. ex., um conjunto de entidades de direito público contemplando uma 
modalidade de direito privado, ou vice-versa. Daí o cuidado de se ter o registro preciso de 
todas as espécies e suas respectivas categorias. Deve-se recordar sempre que o mecanismo da 
desconsideração da pessoa jurídica não acarreta a dissolução da entidade (ou a 
despersonalização), como algumas provas trouxeram mais de uma vez. 
 
4. 4. Bens. 4.1. Coisa e bem. 4.2. Classificação. 4.3. Coisas fora do comércio 
 
I. Nível de incidência: 
 Baixo. 
 
II. Predileção das bancas: 
 FCC, Cespe e Consulplan. 
 
III. Texto normativo: 
 Artigos 79 a 103 do CC. 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 Dedique mais tempo aos bens públicos e sua classificação (uso comum, uso especial e 
dominicais). Atenção para as três características que os singularizam: inalienabilidade, 
impenhorabilidade e imprescritibilidade. Em virtude de sua incidência prática, a classificação 
dos bens em móveis e imóveis também é questionada com relativa frequência, principalmente 
no que se refere às categorias de imóveis (natureza, acessão física artificial, acessão intelectual 
e determinação legal). Raramente se avaliam as coisas fora do comércio, que são reportadas 
ao se tratar dos direitos da personalidade e sua ausência de valor econômico. 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 Dois pontos reclamam certo cuidado: a possibilidade de uso remunerado dos bens 
públicos de uso comum (haja vista a cobrança de pedágio em estradas públicas) e qualificação 
do direito à sucessão aberta como bem imóvel ainda que a herança reúna apenas bens móveis. 
Bom lembrar que os bens singulares não perdem sua individualidade ao se agregarem para a 
formação do bem coletivo, embora assertivas de provas, mais de uma vez, tenham declarado o 
contrário. 
 
5. 5. Fatos Jurídicos. 5.1. Negócios jurídicos. 5.1.1. Requisitos de validade. 5.1.2. 
Representação. Interpretação. 5.1.3. Modalidades. Forma. 5.1.4. Defeitos. Simulação. 5.1.5. 
Invalidade. 5.2. Atos jurídicos lícitos. 5.3. Atos ilícitos. Abuso de direito. 
 
I. Nível de incidência: 
 Alto. 
 
 
II. Predileção das bancas: 
 FCC, Cespe e Consulplan. 
 
III. Texto normativo: 
 Artigos 104 a 188 do CC. 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo, doutrina e jurisprudência. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 Trata-se de um dos conteúdos mais avaliados no âmbito da Parte Geral do Código Civil. 
As questões mais incidentes versam desde os requisitos de validade do negócio jurídico até os 
seus defeitos, passando pelos elementos acidentais que pode apresentar (condição, termo e 
encargo ou modo). Mas o assunto de destaque são os defeitos do negócio jurídico, exigindo do 
candidato domínio do exato conceito de cada figura (erro, dolo, coação, estado de perigo, 
lesão e fraude contra credores). Cuidado com a fácil confusão sobre os efeitos do erro 
acidental e do dolo acidental, pois só este último, entre os dois, possibilita pernas e danos. 
Atenção para a jurisprudência referente ao estado de perigo, que, a despeito do que prevê o 
Código Civil, sustenta que o ato não deve ser anulado, mas ajustado ao interesse dos 
envolvidos e à solução adequada. 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 Atenção para as exigências de validade do negócio jurídico, que abrangem três 
requisitos expressamente citados em lei (agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou 
determinável e forma prescrita ou não defesa em lei) e um identificado pela doutrina 
(consentimento válido), a partir de análise sistemática do Código Civil. No tema da condição, 
cuidado para as “pegadinhas” envolvendo as modalidades suspensiva e resolutiva, quase 
sempre apresentadas com os conceitos invertidos. Tal inversão também aparece bastante na 
definição dos defeitos do negócio jurídico. Lembrar que somente a coação relativa (de ordem 
moral ou psicológica) é causa de anulação do negócio, enquanto a coação absoluta (de ordem 
física) torna-o inexistente – houve questão ignorando essa distinção. Por fim, a simulação não 
é defeito do negócio jurídico, mas causa de sua nulidade – mantendo-se o negócio 
dissimulado, se for válido na sua forma e substância. 
 
6. Prescrição e decadência. 
 
I. Nível de incidência: 
 Alto. 
 
II. Predileção das bancas: 
 Cespe, FCC e Consulplan. 
 
III. Texto normativo: 
 Artigos 189 a 211 do CC. 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo, doutrina e jurisprudência. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 Recomenda-se a máxima dedicação aos temas. E um esforço para a retenção do texto 
legal puro, pois assim a prescrição e a decadência são quase sempre avaliadas. As causas de 
suspensão e interrupção parecem ser obrigatórias nesses concursos; portanto, é essencial a 
memorização das suas hipóteses. Também é fundamental registrar os prazos prescricionais, 
que se encontram todos nos artigos 205 (regra geral) e 206 do Código Civil; os demais prazos 
citados ao longo do Código serão decadenciais – ou seja, a princípio, não se interrompem, nem 
se suspendem. 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 As bancas examinadoras primam pelo detalhamento das questões sobre prescrição e 
decadência. É muito comum haver longas assertivas trazendo como único erro o prazo 
indicado. Também se notam ressalvas mais frequentes – como as que dispõem sobre a não 
fluência do prazo prescricional durante a sociedade conjugal e o prosseguimento da prescrição 
em desfavor do sucessor daquele contra quem se iniciou. Mas o cuidado maior fica por conta 
das causas de suspensão e interrupção e sua incorreta associação às hipóteses normalmente 
selecionadas. 
 
7. Prova. 
 
I. Nível de incidência: 
 Baixo. 
 
II. Predileção das bancas: 
 FCC e Consulplan. 
 
III. Texto normativo: 
 Artigos 212 a 232 do CC. 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 É um dos pontos menos cobrados em todo o conteúdo de Direito Civil, talvez por ter o 
seu estudo tratado também no âmbito do Direito Processual. Merecem mais atenção o rol das 
modalidades previstas em lei (art. 212, I a V, CC) e a regra do artigo 232 (“A recusa à perícia 
médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame”), esta 
última cobrada mais de uma vez. Cuidado também com a importante alteração do artigo 228 
do CC, que passou a admitir como testemunhas
as pessoas que apresentem deficiência, por 
força da Lei nº 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência). 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 A prova do negócio jurídico a que se impõe forma especial se faz pela apresentação 
desse modo obrigatório pelo qual ele foi realizado (art. 212, caput, CC). Os concursos podem 
sugerir que também para esse caso seria necessário recorrer aos meios de prova elencados no 
mesmo dispositivo, quando a forma adequadamente respeitada já cumpre esse papel. 
 
 
8. Obrigações. 8.1. Princípios. Boa-fé. 8.2. Modalidades: 8.2.1 Obrigações puras e simples, 
condicionais e modais. Líquidas e ilíquidas. De dar, fazer e não-fazer. 8.2.2. Alternativas e 
facultativas. Divisíveis e indivisíveis. Solidárias. Civis e naturais. Principais e acessórias. 8.2.3. 
De meio, de resultado e de garantia. De execução instantânea, diferida e continuada. 8.3. 
Transmissão. 8.4. Adimplemento. Extinção. 8.5. Inadimplemento. 
 
I. Nível de incidência: 
 Alto. 
 
II. Predileção das bancas: 
 FCC, Cespe e Consulplan. 
 
III. Texto normativo: 
 Artigos 233 a 420 do CC. 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo, doutrina e jurisprudência. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 As obrigações de dar, fazer e não-fazer estão presentes em grande parte das provas, 
com destaque para as obrigações de dar e sua classificação (obrigação de dar coisa certa e 
incerta, obrigação de entregar e de restituir). Mais de uma vez indagou-se sobre a regra de que 
o acessório segue o principal aplicada à obrigação de dar coisa certa, de modo que pertencem 
ao devedor, até a tradição, os melhoramentos do bem negociado, permitindo-se a extinção do 
vínculo obrigacional se o credor não concordar em pagar pelo acréscimo (art. 237, caput, CC). 
As obrigações solidárias, por sua vez, são ainda mais cobradas, sendo prudente um estudo 
cuidadoso (de memorização mesmo) das normas que regem a solidariedade passiva (arts. 275 
a 285, CC). No âmbito da transmissão das obrigações, ressalte-se a importância dada à cessão 
de crédito, particularmente à abrangência da responsabilidade do cedente (arts. 295 a 297, 
CC). No que pertine ao pagamento e extinção das obrigações, exige-se dedicação 
especialíssima aos meios indiretos de pagamento (arts. 334 a 388, CC)! São muito explorados 
os mecanismos do pagamento em consignação, pagamento por sub-rogação, imputação do 
pagamento etc. O pagamento direto (arts. 305 a 333, CC) tem a sua importância, mas em 
menor grau. Entre os institutos relacionados ao inadimplemento das obrigações (arts. 389 a 
420, CC), atenção para os institutos da mora, cláusula penal e arras. 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 Atente-se para questões de responsabilidade civil na hipótese de perecimento do bem 
objeto de obrigação de restituir. Inexistindo a culpa do devedor e pela regra segundo a qual 
res perit domino (a coisa perece para o seu dono), a perda total do bem antes de sua 
devolução acarreta prejuízo ao credor, na qualidade de proprietário, não ao devedor, por ser 
simples possuidor (art. 238, CC). Importa frisar que a renúncia à solidariedade passiva não 
implica renúncia à dívida, somente a liberação do devedor contemplado de responder pela 
totalidade da obrigação, ficando agora vinculado exclusivamente pela sua parte (art. 282, CC). 
Houve questão informando sobre variados meios indiretos de pagamento, mas atribuindo 
conceitos “trocados” a cada um deles (quando se define, p. ex., o pagamento por consignação 
pelo conceito da imputação do pagamento). Requer cuidado a grande proximidade conceitual 
entre a dação em pagamento (arts. 356 a 359, CC) e a novação objetiva (art. 360, I, CC), pois 
em ambos os institutos ocorre a substituição da prestação original, porém com satisfação 
imediata do crédito apenas na dação. Falando em novação, vale a pena registrar a regra do 
artigo 367 do CC, objeto de mais de uma questão: “salvo as obrigações simplesmente 
anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas.” Inspira atenção a 
diferença entre mora e inadimplemento absoluto, sendo que, neste último caso, a prestação 
tornou-se inútil ao credor, que então pode enjeitá-la e pleitear perdas e danos (art. 395, 
parágrafo único, CC). 
 
9. Contratos. 9.1. Princípios. Classificação. 9.2. Formação. Evicção. 9.3. Vícios redibitórios. 
Extinção. 
 
I. Nível de incidência: 
 Médio. 
 
II. Predileção das bancas: 
 Cespe e FCC. 
 
III. Texto normativo: 
 Artigos 421 a 480 do CC. 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo e doutrina. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 Reflexo do exercício da autonomia privada da vontade, o contrato atípico costuma ser 
cobrado, com a observação de somente ter validade se respeitar a ordem pública (art. 425, 
CC). Atenção para as hipóteses que excepcionam o pacta sunt servanda (princípio da 
obrigatoriedade contratual): caso fortuito, força maior e onerosidade excessiva. A respeito 
desta, lembrar que a revisão contratual, ao contrário do que se dá nas duas primeiras 
hipóteses, não acarreta necessariamente a extinção do acordo, mas também sua adequação à 
nova realidade material das partes, desencadeada pelo fato extraordinário e imprevisível (arts. 
478 e 479, CC). Demanda-se a máxima dedicação ao estudo da proposta, elemento de 
formação contratual, bem como dos casos em que deixa de obrigar, sendo o contrato 
celebrado entre presentes ou entre ausentes (arts. 427 e 428, CC). Encontrou-se mais de uma 
questão acerca da evicção e das cláusulas que possibilitam reforçar, diminuir ou excluir a 
responsabilidade do alienante (art. 448, CC). É sempre prudente recordar as diferenças 
conceituais entre resolução, resilição e rescisão, hipóteses de extinção dos contratos. 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 As “pegadinhas” mais encontradas nessas temáticas envolvem a exoneração do 
proponente quando o contrato é celebrado entre presentes ou entre ausentes. As questões 
misturam essas hipóteses e não raramente associam uma regra ao contexto de aplicação de 
outra. Cuidado também com a possibilidade de se responsabilizar o alienante pelo prejuízo da 
evicção quando o bem foi transferido em doação onerosa – a tendência do candidato é aceitar 
essa responsabilidade apenas para o caso de bem vendido, quando na referida doação o 
beneficiário pode assumir despesas por conta do cumprimento do encargo, sendo merecedor 
de indenização ou se ver evicto (art. 447, CC). 
 
10. Contratos em espécie. 10.1. Compra e venda. Doação. 10.2. Mandato. Transação. Fiança. 
10.3. Locação de coisas. Depósito. 10.4. Empréstimo. Mútuo. Comodato. 10.5. Prestação de 
serviço. Empreitada. 10.6. Seguro. Seguro de dano. 11. Atos unilaterais. 
 
I. Nível de incidência: 
 Médio. 
 
II. Predileção das bancas: 
 Cespe, FCC, Consulplan e IESES. 
 
III. Texto normativo: 
 Artigos 481 a 853 do CC. 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo e doutrina. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 Os campeões de incidência são os contratos de compra e venda (arts. 481 e s., CC) e 
mandato (arts. 653 e s., CC). Na compra e venda, sempre se vê assertiva cuidando do preço e 
suas regras – com destaque para a nulidade do contrato cujo preço deve ser fixado por 
somente uma das partes (art. 489, CC). Também é grande a presença das cláusulas especiais 
ou pactos adjetos à compra e venda (arts. 505 e s., CC) e a natureza da condição,
suspensiva 
ou resolutiva, imposta por elas ao contrato. Requer dedicação o estudo das modalidades 
especiais de venda – por amostra, ad mensuram e ad corpus. No âmbito do mandato, fixar as 
regras sobre a capacidade jurídica de mandante e mandatário e as obrigações que lhes cabem. 
A fiança (arts. 818 e s., CC), embora em menor medida, é tipo contratual igualmente 
encontrado nos concursos considerados, assim como o comodato (arts. 579 e s., CC). 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 Atenção para as regras de fixação do preço no contrato de compra e venda. É ele que 
confere onerosidade ao acordo, sem o qual se configura a doação (arts. 538, CC) – também 
caracterizada quando o preço é irrisório ou simbólico, hipóteses em que se afirmará ainda a 
simulação relativa. Da mesma forma, a entrega ao vendedor de outro bem, e não de dinheiro, 
define o contrato de permuta (art. 533, CC). Recordar que o prazo para o exercício da 
retrovenda (três anos) tem natureza decadencial, assim como todo prazo não arrolado nos 
artigos 205 e 206 do CC. Na venda por amostra (art. 484, CC), o protótipo não é o objeto 
contratado, mas o parâmetro a partir do qual o comprador poderá exigir exemplar idêntico, 
sob pena de resolução contratual. Por causa de sua natureza acessória, a fiança normalmente 
é indagada junto ao contrato de locação de coisas (arts. 565 e s., CC, e Lei nº 8245/91) ou da 
própria compra e venda. Na esfera do comodato, já se afirmou que basta ao 
comodante a qualidade de administrador do bem infungível – como se prevê para a 
locação de imóvel urbano - quando a lei exige para ele a condição de proprietário; 
tanto que o simples administrador só pode oferecer o bem em comodato mediante 
autorização especial (art. 580, CC). 
 
12. Responsabilidade civil. 12.1. Indenização. Caso fortuito e força maior. 12.2.. 
Responsabilidade civil por danos causados ao ambiente, ao consumidor e a bens e direitos 
de valor artístico, estético, histórico e paisagístico. 
 
I. Nível de incidência: 
 Alto. 
 
II. Predileção das bancas: 
 Cespe, FCC, Consulplan e IESES. 
 
III. Texto normativo: 
 Artigos 927 a 954 do CC. 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo, doutrina e jurisprudência. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 Cobram-se muito as regras gerais da responsabilidade civil (arts. 927 a 943, CC), com 
destaque para as hipóteses de responsabilidade objetiva do artigo 932, CC. Particularmente, a 
responsabilidade por danos provocados por animais e objetos (arts. 936 a 938, CC) têm 
incidência expressiva. Mas nada se compara à predileção das bancas pela regra do artigo 935, 
segundo a qual “a responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo 
questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas 
questões se acharem decididas no juízo criminal.” Sugere-se a memorização desse dispositivo. 
No que pertine à indenização, atenção para o artigo 944, caput, e seu parágrafo único, do CC, 
que definem a extensão do dano como critério fundamental para se fixar o quantum 
indenizatório e a gravidade da culpa, desproporcional ao prejuízo, para se ajustá-lo a um 
montante adequado. 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 De um modo geral, as questões mais capciosas tendem a manipular as 
responsabilidades subjetiva e objetiva a partir de casos bem específicos, fazendo a inversão do 
tratamento legal. Embora a regra ainda seja a subjetiva, quando se exige a demonstração de 
culpa para se impor a indenização, as bancas costumam focar suas questões nas ocorrências 
de responsabilidade objetiva. Também é sensato recordar sempre da responsabilidade 
subsidiária do incapaz (art. 928, caput e parágrafo único, CC), inovação do estatuto civil 
vigente que possibilita à vítima voltar-se contra o próprio autor do dano, ainda que incapaz, 
para obter ressarcimento, quando os responsáveis não puderem fazê-lo e desde que o 
procedimento não reduza o incapaz à miséria. 
 
13. Direito de empresa. 13.1. Empresário. 13.2. Estabelecimento. 14. Títulos de crédito. 14.1 
Títulos ao portador, à ordem e nominativos. 14.2. Preferências e privilégios creditórios. 
 
I. Nível de incidência: 
 Baixo. 
 
II. Predileção das bancas: 
 Cespe e FCC. 
III. Texto normativo: 
 Artigos 966 a 1195 do CC. 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo e doutrina. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 Avalia-se com mais frequência os temas da empresa e do empresário (arts. 966 a 980, 
CC), com ênfase na capacidade empresarial, e os diversos tipos societários (arts. 981 a 1141, 
CC). A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI (art. 980-A) também desperta 
a atenção dos examinadores, por suas peculiaridades e atualidade. 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 As “pegadinhas” comuns ficam por conta das regras de funcionamento e 
responsabilidade das espécies de sociedade previstas em lei. Atente-se para a disciplina do 
artigo 988 do Código Civil e sua exceção, em se tratando de sociedade simples de advogados. 
Manda o Código que a sociedade simples (ou civil) seja registrada no Cartório do Registro Civil 
das Pessoas Jurídicas de sua sede; entretanto, a sociedade de advogados só poderá ser 
registrada junto ao Conselho Seccional da OAB do território em que se instalará (art. 15, § 1º, 
Lei nº 8906/94, Estatuto da Advocacia). 
 
15. Direitos reais. 15.1. Posse e propriedade. 15.2. Aquisição e perda da propriedade imóvel. 
15.3. Superfície. Servidões. Usufruto. 15.4. Uso. Habitação. Direito do promitente 
comprador. 15.5. Direitos reais de garantia. Penhor. Hipoteca. Anticrese. 
 
I. Nível de incidência: 
 Médio. 
 
II. Predileção das bancas: 
 Cespe, FCC e Consulplan. 
 
III. Texto normativo: 
 Artigos 1196 a 1510 do CC. 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo e doutrina. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 Os temas mais explorados são os seguintes: posse e sua classificação (direta e indireta, 
justa e injusta etc.), qualificação do possuidor (art. 1196, CC), modalidades de ofensa à posse 
(ameaça de agressão iminente, turbação e esbulho) e respectivas ações judiciais (interdito 
proibitório, manutenção de posse e reintegração de posse); propriedade e poderes inerentes 
(uso, gozo, disposição e reivindicação), usucapião (requisitos gerais e modalidades); direitos 
reais sobre coisa alheia, notadamente usufruto, servidão, penhor, hipoteca e anticrese. 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 A respeito da posse, atentar para a equivalência jurídica entre as posses direta e 
indireta – que conferem a seus titulares a mesma capacidade de defesa do bem. No âmbito da 
propriedade, destaque para a usucapião de bem imóvel (arts. 1238 a 1244, CC) e suas 
espécies, priorizando-se o registro da usucapião familiar (art. 1240-A) – que exige o abandono 
do lar por mais de dois anos (quando a regra prevê o tempo mínimo de cinco anos para as 
espécies em geral). Lembrar que o usufruto, mesmo sendo o direito real sobre coisa alheia 
mais comprometedor da propriedade, não atribui ao titular o poder de disposição do bem – 
como indicaram certas questões de prova. Exploram-se também as semelhanças e diferenças 
entre os direitos de penhor, hipoteca e anticrese. 
 
16. Direito de família. 16.1. Relações de parentesco. 16.2. Casamento. Regime de bens. 16.3. 
Usufruto e administração dos bens de filhos menores. 16.4.
Bem de família. 16.5. União 
estável. Concubinato. 16.6. Tutela. Curatela. 
 
I. Nível de incidência: 
 Alto. 
 
II. Predileção das bancas: 
 Cespe, FCC e Consulplan. 
 
III. Texto normativo: 
 Artigos 1511 a 1783-A do CC. 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo, doutrina e jurisprudência. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 Os temas mais cobrados são relações de parentesco (arts. 1591 a 1595, CC), 
casamento (arts. 1511 a 1590, CC) e regime de bens (arts. 1639 a 1688, CC). Com menos 
destaque, já se avaliou sobre a adoção (arts. 1618 e 1619, CC; arts. 39 a 52-D, ECA; Lei nº 
12010/2009). Nas relações de parentesco, enfatiza-se o parentesco por afinidade e a regra da 
sua permanência na linha reta com a dissolução do casamento ou união estável que lhe deu 
origem (art. 1595, § 2º, CC). No que se refere ao casamento, cumpre ressaltar que se proíbe o 
casamento entre tios e sobrinhos (art. 1521, IV, CC), a menos que se apresente laudo médico 
atestando que a pretendida união não representará ameaça à saúde da eventual prole 
(Decreto-lei nº 3200/41, art. 2º, caput e parágrafos). O tema do regime de bens é 
abordado com foco na regra geral (comunhão parcial) e nos bens alcançados e nos 
excluídos por ela (arts. 1658 e s., CC). 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 Embora a ordem de vocação hereditária alcance os colaterais de 4º grau (primos, 
sobrinhos-netos e tios-avós – art. 1839, CC), os impedimentos matrimoniais limitam-se ao 3º 
grau (sobrinhos e tios – art. 1521, IV, CC) e, mesmo assim, poderão ser afastados nesta última 
hipótese, se os noivos apresentarem laudo médico favorável à união, como já referenciado. 
Cuidado para não confundir os dois tratamentos! Bom destacar que as obrigações derivadas 
de ato ilícito não comprometem o patrimônio comum do casal, salvo se reverterem em 
proveito do casal (art. 1659, IV, CC). O regime da separação total de bens é um gênero, do qual 
se depreendem duas modalidades: a separação legal (art. 1641, CC) e a separação 
convencional (art. 1687, CC). Elas apresentam entre si as seguintes diferenças essenciais: a 
separação legal é obrigatória (imposta por lei), enquanto a separação convencional é 
facultativa (escolhida pelos noivos, mediante pacto antenupcial); a separação legal exige a 
outorga conjugal para a alienação dos imóveis e sua sujeição a ônus real, sendo a separação 
convencional o único regime que dispensa esse consentimento (arts. 1647, I, e 1687, CC). 
 
17. Direito das sucessões. 17.1. Sucessão em geral. 17.2. Sucessão legítima. 17.3. Sucessão 
testamentária. 17.4. Inventário e partilha. 
 
I. Nível de incidência: 
 Baixo. 
 
II. Predileção das bancas: 
 Cespe e Consulplan. 
 
III. Texto normativo: 
 Artigos 1784 a 2027 do CC. 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo e doutrina. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 A ordem de vocação hereditária (art. 1829, CC) deve ser memorizada, lembrando que 
os colaterais nela citados são contemplados até o quarto grau (art. 1839, CC). Geralmente as 
provas trazem problemas práticos, exigindo do candidato a associação de duas ou mais regras 
sucessórias. Quase sempre o problema envolve a sucessão em graus diferentes (por cabeça e 
por estirpe), quando se aplica o direito de representação (art. 1851, CC), pelo qual “a lei chama 
certos parentes do falecido a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivo 
fosse.” 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
As questões mais capciosas podem versar sobre os direitos do cônjuge e do convivente 
(integrante da união estável), uma vez que alguns lecionam que houve equiparação entre as 
duas condições jurídicas – o que não se confirma pela literalidade da lei civil! Atenção para os 
seguintes pontos: o cônjuge é expressamente considerado herdeiro necessário (art. 1845, CC), 
mas o convivente da união estável, não; ao cônjuge que seja ascendente dos herdeiros do de 
cujus reserva-se a quarta parte da herança, direito não atribuído ao convivente (art. 1832, CC); 
enquanto o cônjuge é classe sucessória privilegiada, excluindo totalmente da herança os 
colaterais (arts. 1829, III, e 1839, CC), o convivente só recebe a integralidade do espólio depois 
de todos os outros sucessores (art. 1790, IV, CC) e, mesmo assim, participando apenas dos 
bens adquiridos onerosamente ao longo da união estável (art. 1790, caput, CC). 
 
18. Código de Proteção e Defesa do Consumidor (Lei no 8.078/1990). 18.1. Consumidor. 
Fornecedor. Produto e serviço. 18.2. Direitos básicos do consumidor. Qualidade de produtos 
e serviços. 18.3. Prevenção e reparação dos danos. Práticas comerciais. Proteção contratual. 
 
I. Nível de incidência: 
 Baixo 
 
 
II. Predileção das bancas: 
 Cespe 
 
III. Texto normativo: 
 Lei nº 8078/90 (Código de Proteção e Defesa do Consumidor - CDC) 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo e doutrina. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 Merecem atenção as qualificações de consumidor e fornecedor (arts. 2º e 3º, CDC), 
ressalvando-se que nossa legislação consagra a teoria maximalista e assim emprega o conceito 
de consumidor com amplo alcance – o que abrange também os profissionais que adquirem 
produtos ou serviços para o desempenho de suas atividades, não propriamente para si. O 
tema da responsabilidade civil costuma ser cobrado com frequência nessa disciplina (arts. 12 a 
25, CDC), com atenção para a modalidade objetiva (arts. 12 e 14, CDC), que dispensa a 
comprovação de culpa e representa importante avanço da legislação brasileira na proteção de 
categorias vulneráveis. 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 Cuidado para não confundir as regras da responsabilidade pelo fato do produto e do 
serviço (arts. 12 a 17), aplicadas quando a imperfeição ameaça a própria segurança do 
consumidor (art. 12, § 1º, CDC), com as normas da responsabilidade pelo vício do produto e do 
serviço (arts. 18 a 25, CDC), presentes quando a imperfeição compromete o funcionamento 
adequado do objeto negocial, mas não oferecem risco ao consumidor. Atenção: o artigo 14, 
caput, do CDC dispõe que “o fornecedor de serviços responde, independentemente da 
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos 
relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas 
sobre sua fruição e riscos”, contemplando assim a responsabilidade objetiva, mas essa regra 
não se aplica aos profissionais liberais, cuja responsabilidade será apurada mediante 
verificação de culpa (art. 14, § 4º, CDC) – sendo, portanto, de natureza subjetiva. 
 
19. Guarda compartilhada de filhos (Leis no 11.698/2008 e 13.058/2014) 
 
I. Nível de incidência: 
 Baixo. 
 
II. Predileção das bancas: 
 Cespe. 
 
III. Texto normativo: 
 Leis nº 11.698/2008 (Lei da Guarda Compartilhada) e 13.058/2014 (tornou regra a 
guarda compartilhada) 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo e doutrina. 
 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 Convém registrar as diferenças conceituais entre a guarda unilateral e a 
compartilhada, nos termos do artigo 1583, § 1º, do Código Civil, conforme redação da Lei nº 
11.698/2008: “compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a 
alguém que o substitua (art. 1.584, § 5º) e por guarda compartilhada a responsabilização
conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, 
concernentes ao poder familiar dos filhos comuns.” Editada a lei nº 13.058/2014, a guarda 
compartilhada tornou-se regra no direito civil brasileiro (art. 1584, § 2º, CC). 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 A guarda compartilhada não se confunde com a guarda alternada. Ela se 
destina a possibilitar a divisão de responsabilidades, incumbências e prerrogativas 
entre os genitores relativas ao bem-estar e ao desenvolvimento do filho menor, mas 
este tem residência regular e estável; já na guarda alternada, a convivência com os 
genitores é feita com residências diferentes, passando o filho a apresentar “duas 
casas”, o que, segundo analistas, compromete a definição da sua identidade pessoal. 
 
20. Registros Públicos. 
 
I. Nível de incidência: 
 Baixo. 
 
II. Predileção das bancas: 
 Cespe. 
 
III. Texto normativo: 
 Lei nº 6015/73 (Lei de Registros Públicos – LRP) 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo e doutrina. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 Os concursos em geral dão importância aos serviços concernentes aos registros 
públicos, ou seja, aos atos e documentos que serão submetidos a registro no âmbito da Lei nº 
6015/73. Encontram-se nessa competência os registros das pessoas naturais, das pessoas 
jurídicas, de títulos e documentos e de imóveis (art. 1º, § 1º, LRP), sendo regidos por leis 
próprias os demais registros (art. 1º, § 2º, LRP). 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 Atente-se para importante alteração no registro do apelido público notório ou 
prenome de uso, designação pela qual o indivíduo torna-se socialmente conhecido, 
mais até que pelo prenome de nascimento (como Pelé, Xuxa etc.), conforme o artigo 
58, caput, da LRP. Com a redação definida pela Lei nº 9708/98, o prenome torna-se 
definitivo, mas pode ser substituído por apelido público notório. Antes dessa 
alteração, tal apelido só poderia ser “acrescido” ao prenome de nascimento. 
 
 
21. Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003) 
 
I. Nível de incidência: 
 Baixo. 
 
II. Predileção das bancas: 
 Cespe. 
 
III. Texto normativo: 
 Lei nº 10.741/2003 (Estatuto do Idoso) 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 Merece atenção a regra do artigo 3º, parágrafo único, do referido Estatuto, que 
assinala a efetivação dos direitos do idoso em grau de absoluta prioridade. Conforme o 
dispositivo, “a garantia de prioridade compreende: I – atendimento preferencial imediato e 
individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população; II – 
preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas; III – 
destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso; 
IV – viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as 
demais gerações; V – priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em 
detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de 
manutenção da própria sobrevivência; VI – capacitação e reciclagem dos recursos humanos 
nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços aos idosos; VII – 
estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter 
educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento; VIII – garantia de acesso à 
rede de serviços de saúde e de assistência social locais; IX – prioridade no recebimento da 
restituição do Imposto de Renda. “ 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 Embora o artigo 1698 do CC determine que, “sendo várias as pessoas obrigadas 
a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, 
intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide”, o 
artigo 12 do Estatuto do Idoso, em atenção à categoria por ele protegida, proclama 
que “a obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores.” 
Logo, nessa hipótese o necessitado por exigir a totalidade da pensão alimentícia de 
apenas um dos devedores solidários. 
 
22. Locação de imóveis urbanos (Lei nº 8.245/1991). 22.1. Locação em geral. Aluguel. 
Deveres do locador e do locatário. 22.2. Sublocações. Direito de preferência. Benfeitorias. 
22.3. Garantias locatícias. Penalidades civis. Nulidades. 22.4. Locação residencial. Locação 
para temporada. Locação não residencial. 
 
I. Nível de incidência: 
 Alto. 
 
II. Predileção das bancas: 
 FCC, Consulplan e Cespe. 
 
III. Texto normativo: 
 Lei nº 8.245/91 (Lei do Inquilinato – LI) 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo e doutrina. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 Reflexo do dirigismo contratual, que leva o Estado a intervir nos acordos, por meio de 
normas de ordem pública, para socorrer a parte mais frágil, a Lei do Inquilinato prevê as 
seguintes normas essenciais – e de maior incidência nos concursos: a) solidariedade entre os 
locadores e/ou locatários, se o contrário não foi estipulado (art. 2º); b) outorga conjugal para 
contrato com prazo igual ou superior a dez anos (art. 3º), sem a qual o cônjuge não estará 
obrigado a observar o prazo excedente (art. 3º, parágrafo único); c) a possibilidade de extinção 
do acordo em caso de alienação do imóvel, salvo se ele apresentar prazo determinado, estiver 
averbado junto à matrícula do imóvel e contiver cláusula de vigência em caso de alienação 
(art. 8º); d) a denúncia “vazia”, cabível para contratos celebrados por escrito com prazo igual 
ou superior a trinta meses, dispensando o locador de apontar algum fundamento para solicitar 
a desocupação do imóvel ao final do contrato, que se considera automaticamente extinto (art. 
46), e a denúncia “cheia”, para contratos celebrados verbalmente ou por escrito com prazo 
inferior a trinta meses, exigindo-se uma causa legalmente prevista para se requerer a 
desocupação do imóvel (art. 47); e) a proibição de se estipular mais de uma garantia locatícia 
no mesmo contrato, sob pena de nulidade (art. 37, parágrafo único); f) responsabilidade do 
fiador pela garantia do acordo durante os 120 dias que se seguirem à notificação ao locador de 
sua exoneração, tendo o contrato sido prorrogado por prazo indeterminado (art. 40, X, LI). 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 As “pegadinhas” mais frequentes referem-se ao tema das garantias locatícias, 
cuja estipulação limita-se a uma modalidade por contrato (art. 37, parágrafo único, LI). 
Atenção à regra do artigo 43, II, LI: configura contravenção penal “exigir, por motivo de 
locação ou sublocação, mais de uma modalidade de garantia num mesmo contrato de 
locação”, prática que é “punível com prisão simples de cinco dias a seis meses ou 
multa de três a doze meses do valor do último aluguel atualizado, revertida em favor 
do locatário” (art. 43, caput, LI). Havendo pluralidade de partes (locadores e/ou 
locatários), a lei declara a solidariedade entre eles (art. 2º, LI) – portanto, aqui a 
solidariedade não decorrerá do próprio acordo, como é mais comum, mas diretamente 
da lei. Por fim, ressalte-se que a competência da Lei do Inquilinato para a locação de 
imóveis urbanos é residual em face do Código Civil, embora muito mais importante na 
prática, em termos quantitativos: ao Código Civil atribuem-se as locações
previstas no 
artigo 1º, parágrafo único, da Lei do Inquilinato (imóveis de propriedade da União, 
Estados, Municípios, autarquias e fundações públicas; vagas autônomas de garagem e 
espaços para estacionamento de veículos; espaços destinados à publicidade; hotéis, 
apart-hotéis e equiparados; e o arrendamento mercantil), sendo todas as demais 
regidas pela Lei do Inquilinato. 
 
23. Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990). 23.1. Direitos fundamentais. 
Prevenção. Medidas de proteção. 23.2. Perda e suspensão do poder familiar. 23.3. Colocação 
em família substituta. Destituição da tutela. 
 
I. Nível de incidência: 
 Baixo. 
 
II. Predileção das bancas: 
 Cespe. 
 
III. Texto normativo: 
 Lei nº 8.069/90 (ECA) 
 
IV. Como normalmente é cobrado (texto normativo e/ou doutrina e/ou jurisprudência): 
 Texto normativo e doutrina. 
 
V. Tópicos que merecem atenção especial 
 Atente-se para os temas do poder familiar (arts. 21 a 24, ECA) e da adoção (arts. 39 a 
52-D, ECA). O poder familiar ou autoridade parental - foi abolida a expressão “pátrio poder” 
pela Lei nº 12.010/2009 – é exercido por ambos os genitores em igualdade de condições, 
podendo qualquer deles recorrer ao Poder Judiciário para solucionar eventual divergência (art. 
21, ECA). As hipóteses de suspensão e perda desse poder estão contempladas nos artigos 1635 
a 1638 do Código Civil. Importante destacar que a falta de recursos financeiros não constitui, 
por si só, causa de perda ou suspensão da autoridade parental (art. 23, caput, ECA), devendo-
se inscrever a família carente em programas oficiais de auxílio (art. 23, § 1º, ECA). 
Quando o assunto é adoção, recordar os requisitos da idade mínima de 18 anos para o 
adotante e da diferença mínima de 16 anos entre adotante e adotado (art. 41, caput e § 3º, 
ECA), bem como do impedimento da adoção por ascendentes e irmãos (art. 42, § 1º, ECA). 
Atenção para a figura da família extensa ou ampliada, pela qual se busca esgotar todas as 
possibilidades de adoção por parentes próximos do adotando para depois concedê-la a outros 
interessados (art. 25, parágrafo único, ECA). O estágio de convivência entre adotante e 
adotando, pelo tempo que o juiz entender adequado, também é requisito essencial (art. 46, 
caput, ECA), embora possa ser afastado quando já houve tutela ou guarda por período que 
indique a conveniência da adoção (art. 46, § 1º, ECA). Ressalve-se que “a simples guarda de 
fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de convivência.” (art. 46, § 2º, 
ECA). 
 
VI. Tópicos em que as bancas costumam fazer “pegadinhas” 
 A partir de uma leitura sistemática do ECA, pode-se estabelecer o seguinte 
comparativo entre a perda e a suspensão do poder familiar: a perda é obrigatória (devendo ser 
aplicada pelo juiz), permanente (de caráter duradouro, embora não seja definitiva) e alcança 
todos os filhos do genitor condenado, ao passo que a suspensão é facultativa (fica a critério do 
juiz aplicá-la ou não), temporária (geralmente vale até que o genitor corrija sua conduta) e 
alcança apenas o filho que foi vítima do genitor. 
Em virtude do seu caráter personalíssimo, a adoção não pode ser feita por procuração 
(art. 39, § 2º, ECA) – embora o casamento, também ato jurídico essencialmente pessoal, 
admita sua realização por mandato (art. 1542, CC), devendo a respectiva procuração conter 
poderes especiais. Atenção, portanto, para essa diferença de tratamento para atos jurídicos de 
mesma natureza! Admite-se a adoção póstuma (post mortem), desde que o adotante que veio 
a falecer tenha manifestado de forma inequívoca o desejo de adotar (art. 42, § 6º, ECA).

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