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Gabarito Exercício de Economia Política I

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
DISCIPLINA: ECONOMIA POLÍTICA
PROFA. CLEIDIANNE NOVAIS SOUSA
GABARITO EXERCÍCIO I
Resposta: Primeiro, deve-se ter em mente que todo pensamento teórico construído por Marx e Engels foi erguido sobre três pilares: a concepção materialista da história, a teoria do valor trabalho e o método diáletico. E é no materialismo histórico que estes dois autores vão estabelecer a relação existente entre os fenômenos econômicos e os elementos institucionais e ideológicos não somente da sociedade burguesa, como também das sociedades que antecedem a história moderna. Portanto, ao analisarem as relações de produção que se desenrolam nos modos de produção, os teóricos do marxismo clássico percebem a relação de dominância que se estabelece entre a estrutura econômica e as estruturas jurídica, política e ideológica das sociedades. De forma mais específica, o que Marx e Engels percebem é que a sociedade se expressa sob a determinação de seu sistema econômico. Logo, o conjunto de valores, tradições, a religião, o sistema político, jurídico, a atuação do Estado, a linguagem, as artes, etc., tudo isso vai ser moldado pelas leis econômicas e pelas relações de produção que fundamentam a economia de uma sociedade.
Resposta: O método da economia política ou, em outras palavras, o método dialético foi empregado por Marx na investigação do modo de produção capitalista. A escolha da dialética como o caminho para se chegar ao conhecimento da realidade capitalista representa a influência do pensamento hegeliano na construção teórica de Marx. Embora Hegel não tenha empregado a dialética como um método de análise, mas sim como uma concepção do real, pois entendia que a contradição constitui a essência das coisas, para Marx a natureza contraditória da realidade social torna imprescindível a aplicação de um processo racional que lhe seja correspondente, que dê conta de capturar o fundamento do processo de produção capitalista a partir da relação entre a totalidade e a determinação recíproca de suas partes. Cabe observar que Marx não recuperou a dialética hegeliana na íntegra, uma vez que abandonou o idealismo hegeliano. Segundo esta perspectiva, a consciência, a ideia do homem é o fundamento das transformações do mundo real, do progresso histórico, assim sendo, o mundo real e o pensamento constituem uma unidade indissolúvel. Para Marx, esta lógica passa a ser invertida, pois ele entende que são as condições materiais, o desenvolvimento das forças produtivas que impulsiona a transformação da consciência do homem. Isso significa que, por mais que os indivíduos façam a sua própria história, eles são estimulados pelo desenvolvimento da vida material.
Resposta: Mesmo que O Capital se constitua numa crítica à Economia Política, Marx recorre à teoria do valor trabalho dos economistas clássicos, pois reconhece nesta teoria a genialidade de se enxergar a criação de valor pelo trabalho e a geração de excedente que dele deriva. A teoria econômica marxista tem na teoria do valor trabalho um de seus alicerces. Mas, enquanto para a Economia Clássica o progresso econômico das nações culminaria no bem-estar de toda a sociedade, Marx traz um novo olhar sobre esta questão, revelando que é a partir da exploração do trabalho, ou seja, da apropriação por parte dos capitalistas do valor excedente, da mais-valia criado pelo trabalho no processo de produção das mercadorias que se realização a valorização do capital. E, como a história mostrou, a acumulação de capital é impensável sem a submissão real do trabalho ao capital, sem a venda da força de trabalho pela menor remuneração possível.
Resposta: Ao perceber que a compreensão do capitalismo passa pelo problema das relações entre o abstrato e o concreto, a indução e a dedução, o lógico e o histórico, o indivíduo e a sociedade e, sobretudo da relação entre as leis gerais abstratas do capital e o comportamento dos capitais concretos, e ao adotar o materialismo histórico como concepção da realidade a ser estudada, Marx tem clareza de que o método dialético é o verdadeiro caminho para superar a aparência dos fenômenos e se alcançar a essência por trás da dinâmica capitalista. É por esta razão que Marx enxerga a dialética como a forma mais adequada de se alcançar a compreensão da sociedade moderna e de sua lei econômica.
Resposta: Ao resgatar a crítica formulada por Feuerbach ao sistema filosófico hegeliano, Marx perfilha da ideia de que o homem se aliena a partir do momento em que reconhece qualidades e poderes que lhe são próprios em divindades criadas à sua imagem e semelhança. Assim, Marx adota uma concepção materialista ao entender que as ideias se formam em decorrência da interação do homem com a natureza, pois a relação homem-natureza implica em que o homem transforma a si próprio ao mesmo tempo em que humaniza a natureza. Contudo, anos mais tarde Marx supera Feuerbach. Primeiro, porque Marx compreende que os homens se diferenciam dos animais a partir do momento em que ele passa a produzir não apenas para atender a suas necessidades imediatas, mas também livre de suas necessidades físicas. Segundo, porque para ele o trabalho, enquanto atividade prática e consciente, permite ao homem produzir, diretamente, seus meios de vida e, indiretamente, sua própria vida material. Portanto, ao falar da produção da vida pelo homem, Marx se refere não somente a uma atividade produtiva concreta, a uma atividade produtora de meios materiais, mas, sobretudo, a uma atividade que produz a maneira de viver do homem. Isso significa que, apesar de Feuerbach entender o homem como um ser genérico tal como Marx, na perspectiva marxista o homem é um ser social, pois só toma consciência de si e de suas potencialidades quando se relaciona com outros homens, e é um ser histórico, pois suas necessidades se alteram, se transformam e se substituem no processo histórico, isto é, não são universais.
Resposta: Simplesmente porque é absurdo imaginar que o homem teria saído do seu estágio mais primitivo até seu desenvolvimento mais complexo, como podemos observar hoje, independente das relações sociais. E é o trabalho que se encontra na base de todas as relações humanas. Portanto, ao interagir com a natureza não apenas para atender a suas necessidades físicas, como também transformar suas condições materiais, o seu ser social transforma, altera sua consciência.
Resposta: Enquanto as relações técnicas de produção se constituem nas formas de domínio que os agentes da produção exercem sobre os meios de trabalho e o processo de trabalho, as relações sociais de produção correspondem às relações que se estabelecem entre os proprietários dos meios de produção e os produtores diretos em um processo de produção determinado.
a) Resposta: As forças produtivas resultam da combinação dos elementos que são essenciais ao processo de trabalho – os meios de produção (máquinas, ferramentas, matéria-prima, etc.) e a força de trabalho – sob relações de produção determinadas, implicando numa determinada produtividade de trabalho.
b) Resposta: A socialização das forças produtivas diz respeito tanto à socialização cada vez maior do processo de trabalho, em um determinado processo de produção, como à interdependência cada vez maior dos ramos de produção econômica enquanto contrapartida da maior divisão do trabalho e da especialização crescente das atividades econômicas. 
Resposta: As relações de produção da vida material só se transformam quando as condições materiais de existência destas relações tenham se formado. Durante a fase de decadência do Feudalismo, o desenvolvimento da classe dos comerciantes, do mercado e das relações monetárias só foi possível, pois as forças produtivas sociais já haviam sido transformadas a ponto de permite a transição do modo de produção feudal – voltado para a subsistência – para o modo de produção capitalista, cuja finalidade se expressa na produção para a troca, permitindo, assim, a valorizaçãodo capital.
a) Resposta: Na concepção marxista, a totalidade social, a estrutura da sociedade é constituída por uma infraestrutura e uma superestrutura. A infraestrutura corresponde à base econômica, ao conjunto das relações de produção que constituem a base real, as condições materiais da sociedade. A superestrutura, por sua vez, refere-se à estrutura jurídico-política e à estrutura ideológica da sociedade, isto é às relações jurídicas, às instituições políticas, à forma de Estado, à consciência ideológica (expressão artística, religiosa, valores morais, etc.) que caracterizam a sociedade.
b) Resposta: Para Marx, a totalidade social (modo de produção) é sempre determinada por sua estrutura econômica, assim, a base material da sociedade reproduz suas condições de existência superestruturais. Contudo, isso não significa dizer que a infraestrutura econômica da sociedade seja a determinante em todos os modos de produção que existiram ao longo da História. Por exemplo, durante o modo de produção feudal, a estrutura ideológica era a dominante, pois as formas religiosas, que se expressavam sob o catolicismo, assumiam o papel principal na sociedade feudal. Já no modo de produção escravista, a estrutura jurídico-política é que desempenhava papel fundamental nas sociedades grega e romana.

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