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Fwd Física Moderna (estrutura da matéria)


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NOTAS DE AULAS DE 
ESTRUTURA DA MATÉRIA 
 
 
Prof. Carlos R. A. Lima 
 
 
CAPÍTULO 13 
 
 
SÓLIDOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeira Edição – junho de 2005 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 13 – SÓLIDOS 
 
ÍNDICE 
 
13-1- Estrutura dos Sólidos 
13.2- Sólidos Amorfos e Vidros 
13.3- Espalhamento de Bragg e Zonas de Brillouin 
13.4- Modos Vibracionais de uma Rede Cristalina - Facultativo 
13.5- Gás de Elétrons Livres em Metais 
13.6- Modelo de Banda de Energia em Sólidos 
 13.6.1- Origem das Bandas de Energia 
 13.6.2- Massa Efetiva do Elétron no Cristal 
 13.6.3- Funções de Bloch e Modelo de Kronig – Penney 
 13.6.4- Funções de Onda de um Elétron num Potencial Periódico 
Geral – Facultativo 
 13.6.5- Solução da Equação de Onda nas Fronteiras das Zonas de 
Brillouin - Facultativo 
13.7- Metais, Isolantes e Semicondutores 
13.8- Teoria de Semicondutores 
13.9- Dispositivos Semicondutores 
 13.9.1- Introdução 
 13.9.2- Junção p-n 
 13.9.3- Diodos 
 13.9.4- Transistores 
 
Nessa apostila aparecem seções, sub-seções e exemplos resolvidos intitulados como 
facultativos. Os assuntos que se referem esses casos, podem ser dispensados pelo professor 
durante a exposição de aula sem prejuízo da continuidade do curso de Estrutura da Matéria. 
Entretanto, é desejável que os alunos leiam tais assuntos e discutam dúvidas com o professor 
fora do horário de aula. Fica a cargo do professor a cobrança ou não dos tópicos facultativos. 
 
Excluindo os tópicos facultativos, esse capítulo deve ser abordado no máximo em 6 aulas de 
quatro créditos. 
 
 
 
 
 
 
 
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Lista de Exercícios 
 
1- Explique a afirmação segundo a qual o principio Pauli impede que os sólidos possam 
colapsar atingindo um volume nulo. 
 
2- Justifique a afirmativa de que um sólido é uma molécula gigante. Pode-se considerar uma 
molécula diatômica como um pequeno sólido? Justifique. 
 
3- Encontre a densidade numérica superficial N
A
σ = de partículas em termos da distância 
entre vizinhos próximos para as redes bidimensionais mostrada na Figura abaixo: (a) 
Triangular, ou Hexagonal , (b) Quadrada e, (c) Com uma forma de colméia de abelhas . 
a
 
 
a 
aa 
 
 
 
 
 
 
Resp.: (a) 2
2 1
3 a
 , (b) 2
1
a
 , (c) 2
4 1
3 3 a
 
 
4- Assumindo somente interações de energia ε− entre vizinhos próximos, encontre a energia 
por partícula das três redes da questão (3). 
 
Resp.: (a) 3ε− , (b) 2ε− , (c) 3
2
ε− 3 
1 
2 
5 - Na rede hexagonal da Figura ao lado, partículas 1 e 2 são 
vizinhas próximos, e as partículas 1 e 3 são vizinhas em segunda 
aproximação. Cada partícula tem 6 vizinhos próximos. Quantos 
vizinhos de segunda aproximação têm cada partícula? Quantos 
vizinhos de terceira aproximação têm cada partícula? 
 
 
6- Encontre a densidade numérica volumétrica ρ de partículas em termos da distância entre 
vizinhos próximos para uma rede tridimensional: (a) SC , (b) FCC e, (c) BCC. 
a
 
Resp.: (a) 3
1
a
 , (b) 3
4
a
 , (c) 3
2
a
 
 
7- Esferas rígidas são empilhadas de modo a formar estruturas SC, FCC e BCC, como 
mostrado na Figura abaixo. A primeira Figura mostra, numa das faces, quatro das oito esferas 
da estrutura SC, a segunda mostra, numa das faces, cinco das quatorze esferas da estrutura 
FCC e a terceira mostra, na diagonal, três das nove esferas da estrutura BCC. Em todas as 
Figuras, as esferas preenchem o máximo de volume no interior do cubo de lado . Mostre que 
as frações do volume ocupado pelas esferas são respectivamente 52 , 74% e . 
(Sugestão: Usando como base as Figuras ao lado encontre o raio 
a
f , 4% 68%
R de cada esfera e calcule o 
 123
volume de todas as esfera para cada uma das estruturas. Em seguida, divida o resultado 
pelo volume do cubo). 
esfV
3a
 
R
a
R 
aa 
R
SC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 BCC FCC
 
8- Mostre que o conjunto de vetores ( )1 2 3ˆ ˆ ˆR a n x n y n z= + +G , onde , , são inteiros 
arbitrários e , , 
1n 2n 3n
xˆ yˆ zˆ
são vetores unitários cartesianos, dá as posições das partículas em uma rede cúbica simples 
(SC). 
 
9- Mostre que os vetores ( 1 2ˆ ˆ)R a n u n v= +G , onde , são inteiros arbitrários e e são 
vetores unitários dados por 
1n 2n uˆ vˆ
ˆ ˆu x= , ( )1ˆ ˆ 32 yˆ= +v x 
 
dão as localizações dos sítios em uma rede hexagonal bidimensional. 
 
10- Os vetores de uma rede recíproca para uma rede hexagonal são dados por 
( *1 22 ˆ ˆG m u ma )*vπ= +
G
 onde e, são inteiros arbitrários e u e v são vetores definidos de tal 
forma que 
1m 2m
*ˆ *ˆ
* *ˆ ˆ ˆ ˆ 0u v v u= =i i , u u* *ˆ ˆ ˆ ˆ 1v v= =i i 
 
Encontre e v em termos dos vetores unitários e y usando os vetores unitários
e 
definidos na questão 8. Mostre ainda que e
*uˆ *ˆ xˆ ˆ uˆ vˆ
1iG R =G Gi . 
 
11- Se um feixe de raios X, de comprimento de onda 0, 2nmλ = , incide sobre uma rede 
cristalina e observa-se um raio espalhado num angulo na primeira ordem de difração 
( ), encontre: (a) a separação entre os planos cristalinos da rede e, (b) a energia do fóton 
de raios X. 
42oθ =
1n = a
 
Resp.: (a) , (b) 0,15a n= m 6, 2E keV= 
 
12- Se a experiência descrita na questão 10 fosse realizada com nêutrons de mesmo 
comprimento de onda , 0,2h nm
p
λ = = , qual seria a energia do nêutron sabendo-se que sua 
massa é 271,7 10M kg−= × . 
 
Resp.: 0,02E eV= 
 124
13- Sabe-se que a esfera de Fermi evolui com uma velocidade ( ) ( ) (0 0F Fv m k= G )G = , onde ( )0FkG 
é o raio da esfera no espaço dos momentos em 0T = . Tal esfera é formada por orbitais 
( )2x xk L nπ= , ( )2y yk Lπ= n , ( )2z zk L nπ= , onde L é o tamanho dos lados de uma caixa 
cúbica correspondentes as dimensões da amostra metálica e , , são números inteiros. 
Cada orbital tem um elemento de volume 
xn yn zn
( 33 2xV k Lδ π= = )
z
 representado por um pequeno cubo 
de lados para . Mostre que a energia do nível de Fermi é x yk k k= = 1x y zn n n= = =
2 32 3
2F
N
m V
πε ⎛ ⎞= ⎜ ⎟⎝ ⎠
= calculando o número total de elétron no interior da esfera de Fermi. 
(Sugestão: Faça o calculo de dividindo o volume 
N
N ( )34 03 Fkπ pelo volume Vδ de um orbital 
levando em conta o fato que cada orbital pode ocupar até dois elétrons). 
 
 
14- Experimentalmente, encontra-se que a resistividade do cobre a temperatura ambiente é 
81 1,7 10 .
E
r κ
−= = × Ωm m. A separação média de átomos de cobre é da ordem de e cada 
átomo contribui na condução de elétrons, resultando numa densidade 
0.2a n=
3
1
a
ρ ≈ . (a) Encontre o 
tempo de relaxação τ no metal, o livre caminho médio l de um elétron de condução e 
compare-o com a distância interatômica a . (b) Sabendo-se que a energia de Fermi do cobre é 
7,0F eVε = , encontre a velocidade de Fermi de um elétron nesse metal. Fv
 
Resp.: (a) , , (b) 142,0 10 sτ −= × 31l n= m s61,6 10 /Fv m= ×
 
15- O modelo de bandas de energia em um cristal pode ser descrito também por um método 
teórico denominado de Método da Ligação Compacta que é análogo ao que se fez com a 
molécula de 2H
+ no capítulo 11. Nesse método a função de onda do elétron ( )xψ é dada por 
uma superposição de orbitais iônicos N ( )n xφ que compõem o cristal, isto é 
 ( ) ( )
1
N
n n
n
x C xψ φ
=
= ∑ (15.1) 
onde, para um caso particular de um elétron num caroço iônico de sódio centrado em 3s
nx R= , 
 ( ) ( )3n s nx x Rφ φ= − (15.2) 
 
e, são constantes a serem determinadas. Para o problema em questão, a equação de 
Schrödinger independente do tempo, é: 
nC
 
 (15.3) ( ) ( )
1
N
N
n
K V x E xψ ψ
=
⎡ ⎤+ =⎢ ⎥⎣ ⎦∑
onde o operador energia cinética é 
2 2
22
dK
m dx
⎛ ⎞= −⎜ ⎟⎝ ⎠
= . Do fato que cada ( )n xφ é uma função 3 
correspondente a uma energia potencial localizada em 
s
nV nR , então 
 125
 
 [ ] ( ) ( )N n nK V x E xφ φ+ = (15.4) 
 
onde é a energia do estado . Substitua a eq. (15.1) na eq. (15.2) e mostre que 0E 3s
 
 
( ) ( )
( ) (
1 0 2 1 2 1 0 3 2
1 1 0 1 1 2 2
..... ..... ......
..... ......
N
N N N N N
C E V V C V E V V
C V V E E C C C
φ φ
φ φ φ φ−
+ + + + + + + + + +
+ + + = + + + )
N (15.5) 
 
16- No exercício anterior, as constantes que a parecem na eq. (15.5), podem ser 
determinadas multiplicando-se essa equação por 
nC
nφ e então integrando-se sobre todos os 
valores de . Procedendo-se os cálculos, é possível executar um determinado número de 
simplificações e aproximações na equação resultante. Por exemplo, como é grande somente 
nas vizinhanças do sítio 1, nas vizinhanças do sítio 2, e assim por diante, espera-se que 
qualquer integral envolvendo sítios afastados seja relativamente pequena. Essas integrais são 
análogas as integrais de sobreposição obtidas na maioria das ligações moleculares. Dentre 
essas integrais pode-se destacar: 
x
1V
2V
 
 1 1 3 0V dxφ φ ≈∫ ou 1 2 3 0V dxφ φ ≈∫ (16.1) 
 
Por outro lado, integrais envolvendo sítios que são vizinhos adjacentes, tais como: 
 
 12 1 1 2J V dxφ φ= ∫ (16.2) 
 
não podem ser desprezadas e, é uma medida da probabilidade de um elétron tunelar de um 
sítio para o seu vizinho. Para esses vizinhos adjacentes, tais probabilidades são sempre iguais, 
isto é: 
 12 21 1nnJ J J − J= = = (16.3) 
 
Existem ainda duas outras integrais de sobreposição de vizinhos próximos, do tipo: 
 
 e ( )2 1 3 2Q V Vφ φ= +∫ dx 2 1 1 2I dx dxφ φ φ φ= =∫ ∫ (16.4) 
 
que devem ser considerados nos cálculos, onde é um potencial médio de interação de um 
elétron no sítio 2 com os caroços iônicos vizinhos 1 e 3, e 
Q
I é um termo de interferência 
quântica que ocorre na integral de normalização da autofunção ( )xψ . Enquanto Q e I são 
correções que devem ser incluídas nos cálculos rigorosos da energia eletrônica, elas não 
contribuem para o valor total da energia uma vez que simplesmente deslocam sua referência 
como um todo. A partir dessas discussões e da condição de normalização 2 1n dxφ =∫ , mostre 
que a eq. (15.5) do exercício anterior se reduz, a: 
 
 ( ) ( )0 1 1 0n n nC E E C C J− +− + + = (16.5) 
 
 126
 127
Npara . Note que, se 1,2,3,.....,n = 0J = , a solução para a energia é exatamente a energia 
atômica localizada . Entretanto, para 0E 0J ≠ , cada é acoplado aos seus sítios vizinhos nC 1nC − 
e , por esse pequeno termo de tunelamento quântico. 1nC +
 
17- No exercício anterior, a eq. (16.5) compõe um sistema de equações homogêneas e 
incógnitas , que pode ser difícil de ser manuseada. Um procedimento de solução mais 
simples baseia-se na suposição de que o tunelamento do elétron sobre um anel com sítios 
resulta numa solução de uma onda progressiva dada, por 
N N
nC
N
 (17.1) nikRnC Ce=
 
onde é o número de onda associado ao movimento eletrônico, e é uma constante de 
normalização. As posições 
k C
nR dos iôns podem ser tomadas como , ou N ( )0, ,2 ,......, 1a a N a−
 , ( )1nR n= − a N1,2,......,n = (17.2) 
 
(a) Substituindo-se a eq. (17.1) na eq. (16.5), mostre que: 
 
 0 2 coskE E E J ka≡ = + (17.3)
Essa equação revela que os níveis de energia dos elétrons são ainda , entretanto, agora 
com uma correção de tunelamento que depende de . Essa correção é responsável pelas 
bandas de energia no cristal como no gráfico abaixo, que mostra o comportamento de em 
função de , para a primeira zona de Brillouin 
kE 0E
J
kE
k [ ],a aπ π− + , de acordo com a eq. (17.3). 
 
 
 
aπ− aπ+ k
kE
0 2E J+
0 2E J−
0E
0
 
 
 
 
 
Outras bandas de energia correspondentes a outros orbitais atômicos podem também ser 
obtido. Estados de energias mais baixos, tais como 1 , e para o exemplo do sódio, são 
tão compactos que raramente permitem tunelamento eletrônico ( ). Por outro lado, 
estados mais elevados, tais como e assim por diante, raramente confinam elétrons. As 
regiões entre as bandas de energias permitidas para cada estado definem os “gaps” de 
energias proibidas. 
2 ,s s 2 p
0J =
3 ,3 ,p d
 
(b) De acordo com a condição de contorno periódica, quando o elétron alcança o sítio 1N + , 
assume-se que ele retorna ao sítio 1. Use esta condição na eq. (17.1), tal que 1NC + 1C= , para 
mostrar que, , ou seja, que os valores permitidos de na banda de 
energia, são 
cos 1kNa isenkNa+ = k
 2k n
L
π= com, 0, 1, 2,......n = ± ± (17.4) 
onde L Na= é o comprimento do cristal. 
 
18- A largura da banda proibida que separa a banda de valência da banda de condução do 
silício é 1, à temperatura ambiente. Qual é o comprimento de onda de um fóton capaz de 
excitar um elétron do topo da banda de valência para a base da banda de condução? 
14eV
 
Resp.: 1,09 mλ µ= 
 
19- Um fóton com um comprimento de onda de 3,35 mµ tem exatamente a energia suficiente 
para excitar um elétron da banda de valência para a banda de condução de um cristal de 
sulfeto de chumbo. (a) Determine a largura da banda proibida do sulfeto de chumbo. (b) 
Determine a temperatura T para a qual é igual à largura da banda proibida. kT
 
20- Considere um pequeno cristal cúbico de silício com 100 de aresta. (a) Sabendo-se que 
para o silício a massa atômica 
nm
28M g= e densidade , calcule o número total 
de átomos de silício no cristal. Use o número de Avogadro . (b) 
Sabendo-se que a banda de condução do silício tem uma largura de 13 e que existem 4 
estados nesta banda, onde o número 4 se refere a quatro funções de onda espacialmente anti-
simétricas ( uma para o orbital e 3 para o orbital 3 ) , estime o valor da distância entre 
estados adjacentes na banda de condução. 
32,33 /g cmρ = N
236,06 10 /AN partículas mol= ×
eV N
3s p
 
Resp.: (a) , (b) 75,01 10× 86,5 10 eV−×
 
21- Sabendo-se as configurações eletrônicas dos seguintes elementos: Silício (Si): , 
Alumínio (Al): , Fósforo (P): , que tipo de semicondutor é obtido quando o 
silício é dopado (a) com alumínio, (b) com fósforo? Justifique. 
2 2.....3 3s p
2.....3 3s p 2.....3 3s p3
K
 
Resp.: (a) tipo p , (b) tipo n 
 
22- Utilizando-se a equação da corrente elétrica total do lado n para o lado p numa junção p-n 
polarizada diretamente, determine a tensão de polarização para a qual o termo exponencial 
(a) é igual a 10 , (b) é igual a , quando a temperatura é 
bV
0,1 300T = . (c) Calcule a variação 
percentual da corrente elétrica total do lado n para o lado p numa junção p-n polarizada 
diretamente quando a tensão de polarização aumenta de 0, para 0, . bV 1V 2V
 
Resp.: (a) , (b) 59,6mV 59,6mV−
 
23- Sabe-se que a curva característica corrente – tensão de um diodo ideal de silício é 
. Supondo-se que ( /0 1b BeV k Ti i e= )− 0,025Bk T eV= (temperatura ambiente) e , (a) mostre 
que a resistência do diodo é para pequenas tensões inversas. ( Sugestão: Faça uma 
expansão em série de Taylor da função exponencial ou use uma calculadora e escolha um 
valor pequeno e negativo para ). 
0 1i n= A
Ω25R M=
bV
 128
		Notas de Aulas de
		Estrutura da Matéria
		Prof. Carlos R. A. Lima
		Capítulo 13
		Sólidos
		Primeira Edição – junho de 2005
		Capítulo 13 – Sólidos
		Índice
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NOTAS DE AULAS DE 
ESTRUTURA DA MATÉRIA 
 
 
Prof. Carlos R. A. Lima 
 
 
CAPÍTULO 14 
 
 
SUPERFLUIDEZ E SUPERCONDUTIVIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Edição de Janeiro de 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
 
CAPÍTULO 14 - SUPERFLUIDEZ E SUPERCONDUTIVIDADE 
 
ÍNDICE 
 
14.1- Introdução 
14.2- Aspectos Experimentais de superfluidos 
14.3- Condensação de Bose-Einstein 
14.4- Formação de Condesados de Bose-Einstein por 
 Resfriamento de Átomos a Laser 
14.5- Aspectos Experimentais de Supercondutores 
14.6- Equação de London 
14.7- A Teoria BCS da Supercondutividade 
14.8- Efeito Josephson e Teoria de Ginzburg-Landau 
14.9- Quantização do Fluxo Magnético 
 
 
Nessa apostila aparecem seções, sub-seções e exemplos resolvidos intitulados como 
facultativos. Os assuntos que se referem esses casos, podem ser dispensados pelo professor 
durante a exposição de aula sem prejuízo da continuidade do curso de Estrutura da Matéria. 
Entretanto, é desejável que os alunos leiam tais assuntos e discutam dúvidas com o professor 
fora do horário de aula. Fica a cargo do professor a cobrança ou não dos tópicos facultativos. 
 
Excluindo os tópicos facultativos, esse capítulo deve ser abordado no máximo em 4 aulas de 
quatro créditos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 56 
 
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Lista de Exercícios 
 
1- Pode-se identificar que um material está no estado de superfluidez por meio de três efeitos 
característicos: efeito do filme migrante, efeito termomecânico e efeito fonte. Em poucas palavras, 
explique cada um desses efeitos. 
 
2- O que é a condensação de Bose-Einstein? Por que átomos de 3 He podem formar condensados de 
Bose-Einstein, apesar de terem spins semi – inteiros? 
 
3- Calcule a fração de átomos que se condensam no estado fundamental superfluido 
( )3 20 1 cN N T T= − para, (a) 3 4cT T= , (b) 2cT T= , (c) 4cT T= , e (d) 8cT T= 
 
4- Em que temperatura as quantidades de hélio superfluido e hélio normal são iguais? Justifique. 
Resp.: 1,37 K 
 
5- O hidrogênio spin polarizado tem sido condensado a uma densidade
de 24 35 10 atomos / mρ = × . 
Calcule a temperatura crítica cT para essa densidade assumindo-se que esse sistema comporta-se 
como um gás ideal. 
Resp.: 47mK 
 
6- Pode-se identificar que um material está no estado supercondutor por meio de dois efeitos 
característicos: efeito Meissner e efeito isótopo. Em poucas palavras, explique cada um desses efeitos. 
 
7- Sabendo-se que a temperatura crítica do mercúrio é 4,2cT K= calcule, (a) a energia de “gap” gε a 
0T = , (b) o comprimento de onda λ do fóton cuja energia é apenas suficiente para desfazer pares de 
Cooper no mercúrio à 0T = . Em que região do espectro eletromagnético se encontra tais fótons? (c) O 
metal se comporta como um supercondutor quando exposto a uma radiação eletromagnética de 
comprimento de onda menor do que o determinado no item (b)? Justifique. 
 
8- A função de onda de um par de Cooper é a soma de ondas que descrevem os dois elétrons que 
compõem o par, em que os números de onda k

 de cada elétron, diferem de um valor k∆

, centrado em 
Fk

, correspondente a um intervalo de energia gε ε∆  , centrado em Fε . Para um dos elétrons, de 
massa efetiva m∗ , 
2 2 2
2 2
p k
m m
ε ∗ ∗= =

 e, 
2 2
2
k k
m
ε ∗
∆
∆ =

, ou 
2
2 2
2 2k k m k k
m k k k
ε
ε
∗
∗
∆ ∆ ∆ ∆
= =



, ou 
ainda, para Fε ε= , Fk k= e Fε ε∆ = , , 
g
F F
k
k
ε
ε
∆
 . Tipicamente, 410g Fε ε
−
 e portanto, 4~ 10 Fk k
−∆ . 
No topo da banda de energia, na primeira zona de Brillouin, k aπ= , isto é, nas regiões intermediárias 
1k a , onde a é a separação interatômica cujo valor é da ordem de ~ 1 oa A . (a) Sabendo-se que, do 
princípio da incerteza, ~ 1x k∆ ∆ , faça uma estimativa do tamanho de um par de Cooper de energia de 
ligação gε . (b) Sabendo-se que a densidade de elétrons livres num metal é 
22 3~ 10 / cmρ , e que a 
fração desses elétrons, que formará pares de Cooper num estado supercondutor, é da ordem de Fk k∆ , 
determine a densidade sρ de pares de Cooper num supercondutor. (c) Calcule o volume de um par de 
Cooper e mostre que, nesse volume, deve conter uma quantidade da ordem de 6~ 10 pares de Cooper 
que superpõem. 
 
 59 
9- Para o estado supercondutor do tungstênio a temperatura crítica é 12cT mK= e o campo magnético 
crítico é 410cB T
−= . Para o tungstênio a densidade de massa é 319,3 /g cm e a temperatura de Debye é 
310D KΘ = . 
(a) Calcule a energia do “gap” 2gε = ∆ . (b) Calcule a densidade numérica de partículas 
N
V
ρ = e a 
densidade de partículas por unidade de energia 0
3
2 F
R ρ
ε
= . (c) Calcule a densidade de energia do 
estado supercondutor usando a equação 
2
0
02
cBW
µ
= − . (d) Calcule a densidade de energia do estado 
supercondutor usando a equação 
2
0
0 2
RW ∆= − e compare o resultado com o obtido no item (c). (e) 
Calcule a profundidade de penetração λ do campo magnético no tungstênio. 
 
10- Para o alumínio a temperatura de transição supercondutora é 1,2cT K= , a temperatura de Debye é 
420D KΘ = , a densidade numérica de átomos é 
28 36 10 /atomos mρ = × e 51,4 10F
B
K
k
ε
= × . (a) Calcule 
a constante de interação adimensional 0R F de um par de Cooper nesse material. (b) Calcule a razão 
2g
B Bk k
ε ∆
= para o alumínio. (c) Das relações da densidade de energia do estado supercondutor 
2 2
0
0
02 2
cB RW
µ
∆
= − = − , e da densidade de partículas por unidade de energia 0
3
2 F
R ρ
ε
= , encontra-se o 
seguinte valor teórico para o campo magnético crítico 0
3
2c F
B µ ρ
ε
= ∆ . Usando essa equação, calcule o 
campo magnético crítico no alumínio. Sabendo-se que o valor experimental é 310 10cB T
−= × , o que se 
pode dizer sobre o modelo teórico. (d) Calcule a profundidade de penetração λ do campo magnético no 
alumínio. 
Resp.: (a) 0,17 , (b) 4,2K , (c) 37 10 T−× (d) 11nm 
 
 
11- O que é uma junção Josephson? Explique como essas junções podem ser utilizadas para construir 
um Dispositivo Supercondutor de Interferência Quântica (SQUID). Para que servem esses 
dispositivos? Cite um exemplo de sua utilidade. 
12- O fluxo magnético através de um anel supercondutor é quantizado de valores 0 e
π
Φ =

. A que valor 
de campo magnético médio B esse fluxo magnético corresponde, se o anel tem um diâmetro de 2mm ? 
Resp.: 92 6 10, T−× 
 
		Notas de Aulas de
		Estrutura da Matéria
		Prof. Carlos R. A. Lima
		Capítulo 14
		Superfluidez e Supercondutividade
		Edição de Janeiro de 2013
		Capítulo 14 - Superfluidez e Supercondutividade
		Índice
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NOTAS DE AULAS DE 
ESTRUTURA DA MATÉRIA 
 
 
Prof. Carlos R. A. Lima 
 
 
CAPÍTULO 15 
 
 
MODELOS NUCLEARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeira Edição – junho de 2005 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2
 
CAPÍTULO 15 – MODELOS NUCLEARES 
 
ÍNDICE 
 
15.1- Introdução 
15.2- Composição dos Núcleos 
15.3- Estabilidade dos Núcleos e Modelo do Gás de Fermi 
15.4- Espalhamento de Elétrons e Raio Nuclear 
15.5- Massa Nuclear e Energia de Ligação 
15.6- Modelo Nuclear da Gota Líquida e Equação de Weizsäcker – 
 Facultativo 
15.7- Interação entre Nucleons 
15.8- Modelo de Camadas e Números Mágicos 
15.9- Isospin 
 
 
Nessa apostila aparecem seções, sub-seções e exemplos resolvidos intitulados como 
facultativos. Os assuntos que se referem esses casos, podem ser dispensados pelo professor 
durante a exposição de aula sem prejuízo da continuidade do curso de Estrutura da Matéria. 
Entretanto, é desejável que os alunos leiam tais assuntos e discutam dúvidas com o professor 
fora do horário de aula. Fica a cargo do professor a cobrança ou não dos tópicos facultativos. 
 
Excluindo os tópicos facultativos, esse capítulo deve ser abordado no máximo em 4 aulas de 
quatro créditos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3
 
 4
 5
 
 6
 
 7
 
 
 
 
 8
 
 9
 10
 
 
 11
 
 12
 
 13
 
 14
 15
 
 
 16
 17
 
 
 18
 
 19
 
 20
 
 21
 
 22
 23
 
 24
 
 
 25
 
 26
 27
 
 28
 
 29
 
 
 30
 
 31
 
 32
 33
 
 
 34
 
 35
 
 
 
 
 36
 
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 38
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 40
 
 41
 
 42
 43
 
 
 44
 
 45
 
 46
 
 47
 
 48
 
 49
 
 50
 51
 
 
 
 
 
 
 52
 53
 
 
 54
 55
 
 
 56
 
 57
 
 
 58
 
 59
 
 60
 
 61
 62
 
 
 63
 
 64
 65
 66
 
 67
 
 
 68
 
 69
 
 70
 
 71
 
 72
 
 73
 
 74
75
 76
 
 
 77
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 78
Lista de Exercícios 
 
1- Calcule o comprimento de onda de de Broglie para um elétron com energia cinética de 
183MeV . Qual a energia de um feixe eletrônico corresponde a 1 de comprimento de onda de 
de Broglie? 
fm
 
Resp.: , 12406,76 fm MeV . 
 
2- Sabe-se que, para um modelo nuclear esférico, a análise de espalhamentos de elétrons por 
núcleos mostra que a densidade de carga nuclear pode ser descrita por uma distribuição de 
Fermi: 
 ( ) 1rρ ρ( ) ( ) 111 r R zr e
ρρ −= + 
 79
 
onde, os parâmetros R e controlam a 
dependência com a distância radial . A 
Figura ao lado mostra a curva 
característica desta função.]Mostre que a 
espessura da superfície nuclear t satisfaz a 
relação: 
1z
r
r
1,0
0,9
 
1
4 ln 3t
z
= 
 
 
3- O nuclídeo espelho e 15 tem massas atômicas 15 e 15 , 
respectivamente. (a) Sabendo-se que 
15
7 8N 8 7O ,000109 ,003065 . .u m a( )1 1,007825 . .M H u m a= 1,008665 . .n e M u m a= , calcule a 
diferença de energia de ligação ( ) ( )15 15b bE N E O∆ = − obtida da equação 
, em unidades de ( ) ( ) ( )1 2A Ab nE X ZM H NM M X c⎡ ⎤= + −⎣ ⎦ MeV . 
(b) A diferença de energia de ligação ( ) ( )15 15b bE N E O∆ = − é identificada com a diferença de 
energia Coulombiana ( )
2
0
3
5 4
Ze
V
Rπε= , tal que, tomando-se 7Z = e 8Z = , tem-se 
( ) 28 7
0
3 64 49 9
5 4
e cV V
R R
α
πε∆ = − = − =
= 
uma expressão alternativa para a quantidade ∆ em função de uma quantidade R que é da 
ordem do raio nuclear. A partir dessa equação calcule o valor de R e o valor previsto do 
parâmetro radial 0R presente na equação 
1 3
0R R A= . 
 
Resp.: (b) 3,666R fm= e 0 1,487R fm= . 
 
4- A figura abaixo mostra três distribuições elementares de cargas identificadas como 
configurações monopolo, dipolo e quadrupolo elétricos. 
 
 
0,1
0,5
Espessura 
da Superfíciet
R 
 
 
+ e 
+ e 
 z
- 2e
+
+
__
 z
+ e
- e_
+
 z 
+ e + 
 
 
 
 
 
 
 
 Monopolo Dipolo Quadrupolo 
 
 
Para o monopolo elétrico, o potencial eletrostático a uma distância , é r ( )
04
mon
er
r
φ πε= . 
(a) Para o dipolo elétrico consistindo de uma carga e+ em ( )0,0, 2d e uma carga e− em 
(0,0, 2d− ) , o potencial eletrostático, é 
( ) ( ) ( )2 22 2 2 20
1 1
4 2 2
dip
er
x y z d x y z d
φ πε
⎡ ⎤⎢ ⎥= −⎢ ⎥+ + − + + +⎣ ⎦
 
ou, 
( ) ( ) ( )1 2 1 22 2 2 20
1 1
4 4 4
dip
er
r zd d r zd d
φ πε
⎡ ⎤⎢ ⎥= −⎢ ⎥− + + +⎣ ⎦
 
 
1 2 1 22 2
2 2 2 2
0
1 1
4 4 4
e zd d zd d
r r r r rπε
− −⎡ ⎤⎛ ⎞ ⎛= − + − + +⎢ ⎥⎜ ⎟ ⎜⎢ ⎥⎝ ⎠ ⎝⎣ ⎦
⎞⎟⎠
2
 
pois, 2 2 2x y z r+ + = e ( )2 22z d z zd d± = ± + 2 4
r
. Use expansões do tipo ( ) e 
o fato que , para mostra que 
1 1 ......n nξ ξ± = ± +
d <<
( ) 3 3
0 04 4
dip
ed z p zr
r r
φ πε πε≈ = 
onde a quantidade denota o momento de dipolo elétrico. p ed=
(b) Para dois de tais dipolos com sinais opostos com p+ localizado em ( ) e 0,0, 2d p− 
localizado em (0,0, 2d− ) formando um quadrupolo elétrico, o potencial eletrostático numa 
posição , será r
 
( ) ( ) ( )3 2 3 22 22 2 2 20
2 2
4 2 2
qua
p z d z dr
x y z d x y z d
φ πε
⎡ ⎤− +⎢ ⎥= −⎢ ⎥⎡ ⎤ ⎡+ + − + + +⎢ ⎥⎣ ⎦ ⎣⎣ ⎦⎤⎦
 
ou, como no caso anterior 
 
( )
3 2 3 22 2
3 2 2 2
0
1 1
4 2 4 2 4qua
p d zd d d zd dr z z
r r r r r
φ πε
− −⎡ ⎤⎛ ⎞ ⎛⎛ ⎞ ⎛ ⎞= − − + − + + +⎢ ⎥⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎢ ⎥⎝ ⎠ ⎝⎣ ⎦2
⎞⎟⎠
 
 80
 81
r
 
Use novamente as expansões do caso anterior e o fato que d << , para mostra que 
 
( ) 2 23 2 5
0 0
33 1
4 4qua
2pd z pd z rr
r r r
φ πε πε
⎛ ⎞ −≈ − ≈⎜ ⎟⎝ ⎠
 
 
Esse resultado contém a característica polinomial de quadrupolos ( )2 23z r− , como usado na eq. 
(15.44) das notas de aula. 
 
 
5- No modelo do potencial quadrado para a energia de ligação do dêuteron, a função radial 
satisfaz a equação diferencial radial similar aquela adotada para átomos monoeletrônicos: ( )rR r
 
( ) ( ) ( )22 2 0bd MrR V r E rRdr − + =⎡ ⎤⎣ ⎦= 
 
onde M é a massa comum do próton e nêutron e é a energia de ligação do sistema de 
partícula em qualquer estado ligante. Se a altura do poço de potencial é e a largura 
é , tal equação torna-se 
bE
( ) 0V r V= −
0r r=
 
( ) [ ]( )2 02 2 0bd MrR V E rRdr + −= = para 0r r< 
e 
 
( ) ( )22 2 0bd MrR E rRdr − == para 0r r>
 
ou, 
( ) ( )2 0rR K rR′′ + = para 0r r< 
e 
(01) 
( ) ( )2 0rR k rR′′ − = para 0r r>
onde 
 b
ME
k = = e 
( )0 bM V EK −= = (02) 
 
As soluções das eqs. (01), são 
 
 ( ) 0
0
 
 kr
asenKr r r
rR r
be r r−
<⎧ ⎫= ⎨ ⎬>⎩ ⎭
 (03) 
 
 
(a) Mostre que a condição de continuidade da função ( )rR r e de sua derivada no ponto 0r r= , 
resulta na condição: 
 
( )0Kctg Kr k= − 
 
(b) Da equação obtida no item (a), verifica-se que: 
 
2
2
0 2 2
0
1
1
Ksen Kr
ctg Kr K k
= = 2+ + 
ou 
0 2 2
KsenKr
K k
= + 
A partir dessa equação e da condição de continuidade da função , mostre que as 
constantes a e b , presentes nas soluções (03), relacionam-se por: 
( )rR r
 
0
2 2
krKb a e
K k
= + 
 
 
6- O modelo do potencial quadrado para o dêuteron produz uma autofunção da forma 
 
 
( ) ( )0
0
02 2
 
 4
k r r
senKr r r
ar K e rr
K k
rψ π − −
<⎧ ⎫⎪ ⎪= ⎨ ⎬>⎪ ⎪+⎩ ⎭
 
 
 
onde, os parâmetros , k e 0r K são identificados no exercício anterior. Use a condição de 
normalização, ( ) ( )2 2 2
0
4r d r r drψ τ π ψ
+∞ +∞
−∞
=∫ ∫G 1= , da função de onda ( )rψ para obter a 
constante 
0
2
1
ka
kr
= + . 
 
(a) Mostre que o valor esperado de do dêuteron no modelo do potencial quadrado, discutido 
no exercício anterior, é 
r
( )01
2
kr
r
k
+= . (b) Sabendo-se que ( )2 12, 225 3,56 10b 3E H MeV −= = × J e 
271,673 10pM M
−= = × kg , calcule o valor de r para 0 1,6r fm= . 
 
Sugestão para item (a): No cálculo de r : 
 
( )0 0
0
2 2
2* * 2 3 2 3
2 2 2 2
0
1 14
4
r
k r r
r
a Kr r dv r r d r sen Krdr r e d
r K k r
ψ ψ ψ ψ ππ
∞
− − r
⎡ ⎤= = Ω = +⎢ ⎥+⎢ ⎥⎣ ⎦∫ ∫ ∫ ∫ 
 82
ou 
 
 
 
( )0 0
0
2
22 2
2 2
0
r
k r r
r
Kr a rsen Krdr re dr
K k
∞
− −⎡ ⎤= +⎢ ⎥+⎢ ⎥⎣ ⎦∫ ∫ 
 
usando as integrais consultadas em tabelas: 
 
 
( )2 21 2 2 2 cos 2
8
xsen x x xsen x xα = − −∫ , ( )2 1xx exe dx xαα αα= −∫ 
 
a condição de continuidade das funções de onda ( )rψ em 0r r= : 
0 2 2
0 04 4
a asenKr
r r K kπ π= +
K ou 0 2 2
KsenKr
K k
= + 
e a condição de continuidade da derivada das funções de onda d
dr
ψ em : 0r r=
 
 
0
2
cos
4 r r
a K Kr senKr
r rπ =
⎛ ⎞−⎜ ⎟⎝ ⎠ ou 0 2 2cos
kKr
K k
= − + 
mostre primeiramente que: 
 
( )
0 2 2 2 2
2 0 0 0
2 2
0
2
4
r r K r k krrsen Krdr
K k
1+ + += +∫
e ( )0
0
2 0
2
1 2
4
k r r
r
krre dr
k
∞
− − +=∫ 
No final dos cálculos não se esqueça de adotar 
0
2
1
ka
kr
= + . 
Resp.: (b) 2,96r f= m . 
 
 
7- Deduza as previsões do modelo de camadas para os spins nucleares e paridades dos 
nuclídeos de números de massa A ímpares 15 , , N 23Na 27 Al e 95Mo . 
 
Resp.: 1
2
−
 , 5
2
+
 , 5
2
+
 , 5
2
+
. 
 
 83
		Notas de Aulas de
		Estrutura da Matéria
		Prof. Carlos R. A. Lima
		Capítulo 15
		Modelos Nucleares
		Primeira Edição – junho de 2005
		Capítulo 15 – Modelos Nucleares
		Índice
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NOTAS DE AULAS DE 
FÍSICA MODERNA 
 
 
Prof. Carlos R. A. Lima 
 
 
CAPÍTULO 16 
 
 
PROCESSOS E REAÇÕES NUCLEARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Edição – Agosto de 2007 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2
 
 
CAPÍTULO 08 – PROCESSOS E REAÇÕES NUCLEARES 
 
ÍNDICE 
 
16.1- Introdução 
16.2- Radioatividade 
16.3- Lei do Decaimento Exponencial 
16.4- Decaimento Alfa 
16.5- Decaimento Beta 
16.6- Decaimento Gama 
16.7- Radiação Gama Ressonante e Efeito Mössbauer - FACULTATIVO 
16.8- Reações Nucleares 
16.9- Seção de Choque de Reação Nuclear - FACULTATIVO 
16.10- Fissão Nuclear 
16.11- Reatores de Fissão Nuclear 
16.12- Fusão e Energia Termonuclear 
16.13- Reatores de Fusão Nuclear 
16.14- Outras Aplicações da Física Nuclear 
 16.14.1- Introdução 
 16.14.2- Análise por Ativação de Nêutrons 
 16.14.3- Ressonância Magnética Nuclear 
 16.14.4- Tomografia Computadorizada 
 16.14.5- Datação por Núcleos Radioativos 
 16.14.6- Efeitos Biológicos da Radioatividade 
 
Nessa apostila aparecem seções, sub-seções e exemplos resolvidos intitulados como 
facultativos. Os assuntos que se referem esses casos, podem ser dispensados pelo professor 
durante a exposição de aula sem prejuízo da continuidade do curso de Estrutura da Matéria. 
Entretanto, é desejável que os alunos leiam tais assuntos e discutam dúvidas com o professor 
fora do horário de aula. Fica a cargo do professor a cobrança ou não dos tópicos facultativos. 
 
Excluindo os tópicos facultativos, esse capítulo deve ser abordado no máximo em 5 aulas de 
quatro créditos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3
 
 4
 
 5
 
 6
 
 7
 
 8
 
 9
 
 10
 
 11
 
 12
 
 13
 
 14
 
 15
 
 16
 
 17
 
 18
 
 19
 
 20
 
 21
 
 22
 
 23
 
 24
 
 25
 
 26
 
 27
 
 28
 
 29
 
 30
 
 31
 
 32
 
 33
 
 34
 
 35
 
 36
 
 37
 
 38
 
 39
 
 40
 
 41
 
 42
 
 43
 
 44
 
 45
 
 46
 
 47
 
 48
 
 49
 
 50
 
 51
 
 52
 
 53
 
 54
 
 55
 
 56
 
 57
 
 58
 
 59
 
 60
 
 61
 
 62
 
 63
 
 64
 
 65
 
 66
 
 67
 
 68
 
 69
 
 70
 
 71
 
 72
 
 73
 
 74
 
 75
 
 76
 
 77
 
 78
 
 79
 
 80
 
 81
 
 82
 
 83
 
 84
 
 85
 
 86
 
 87
 
 88
 
 89
 
 90
 
 91
 
 92
 
 93
 
 94
 
 95
 
 96
 
 97
 
 98
 
 99
 
 100
 
 101
 
 102
 
 103
 
 104
 
 105
 
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Lista de Exercícios 
 
1- Sabendo-se que a meia – vida do Sr90 é anos1 / 2 29τ = , calcule a massa m necessária para que esse 
elemento radioativo tenha uma taxa de decaimento de dN Cidt 100− = . 
 
2- A taxa de decaimento de uma fonte radioativa é cps4000 (contagens por segundo) no instante t 0= . Depois 
de s10 , a taxa de decaimento diminui para cps1000 . (a) Qual é a meia – vida 1 / 2τ da fonte? (b) Qual é a taxa 
de decaimento depois de s20 . Resp.: (a) s5,0 , (b) cps200 . 
 
3- A taxa de decaimento de uma fonte radioativa é medida a cada minuto. A tabela abaixo mostra o resultado em 
cps (contagens por segundo). 
 
Taxa de decaimento ( cps ) 1010 825 670 550 450 370 300 245 
T(min) 0 1 2 3 4 5 6 7 
 
Fazer um gráfico da taxa de decaimento em função do tempo e desse gráfico estimar a meia – vida 1 / 2τ da fonte. 
 
4- A meia – vida do Th227 é dias18,72 . Este nuclídeo decai por emissão α para Ra223 , um emissor α com 
uma meia – vida de dias11,43 . Uma certa amostra contém 610 átomos de Th227 e não contém Ra223 no 
instante t 0= . (a) Quantos átomos de cada tipo haverá na amostra em t dias15= ? (b) Qual o tempo 
necessário ( contado a partir de t 0= ) para que os números de átomos dos dois tipos sejam iguais? Resp.: (a) 
52,68 10× , (b) dias43,0 . 
 
5- Os elétrons emitidos nos decaimentos β têm energias da ordem de MeV1 , ou menores. Usar este fato e o 
princípio da incerteza para mostrar que não podem existir elétrons no interior do núcleo. 
 
6- Um feixe de partículas α incide sobre um alvo de Be9 , e uma ressonância é observada para uma energia do 
feixe de MeV1,732 . (a) Calcule a energia EΔ de excitação do estado correspondente do núcleo composto. O 
mesmo estado de ressonância ocorre na colisão de nêutrons com alvo de C12 . (b) Calcule a energia do feixe de 
nêutrons nessa condição de ressonância. Resp.: (a) MeV11,85 , (b) MeV7,48 . 
 
7- Sabendo-se que as massas atômicas dos elementos C12 , N15 , O16 , O17 , He4 , H1 e H2 são 
12,000000 , 15,000108 , 15,994915 , 16,999132 , 4,002603 , 1,007825 e 2,014102 
respectivamente, determine o valor Q para as seguintes reações nucleares: (a) ( )C p N12 15,α , (b) 
( )O d p O16 17, . Resp. (a) MeV4,03− , (b) MeV1,92− . 
 
8- Sabe-se que a energia gerada na fissão de um único núcleo de U235 é MeV200 . Calcule a energia gerada 
com
g1 dessa amostra ( em unidade de megawatt-horas ). Resp.: MW h22,8 × . Essa energia é consumida por 
uma residência típica durante 15 meses. 
 
9- Supondo uma energia média de MeV200 por fissão, calcular o número de fissões por segundo necessário 
para que um reator gere uma potência de MW500 . 
 
10- Certo reator nuclear gera uma potência MW1000 de eletricidade com uma eficiência global de conversão de 
energia de fissão em energia elétrica de 30% . (a) Que massa de núcleos de U235 deve ser fissionada para que 
o reator funcione durante um ano? (b) Se a mesma energia fosse produzida pela queima de carvão, qual seria a 
resposta à pergunta? 
 
 144
11- Se o tempo médio para que um nêutron emitido em uma fissão provoque uma nova fissão é ms1 e o fator de 
reprodução do reator é k 1,001= , quanto tempo é necessário para que a velocidade de reação dobre de valor? 
(Sugestão: Note que, como a velocidade da reação é multiplicada por k a cada nova fissão, a velocidade após 
N novas fissões é dada, por ( ) ( ) NR N R k0= . Calcule o valor de N a partir desta equação e encontre o 
tempo correspondente). 
 
12- Supondo uma energia média de MeV17,6 por fusão, calcule a velocidade com a qual os núcleos de 
H2 devem ser fornecidos a um reator de fusão de MW500 . 
 
13- Um pedaço de osso encontrado em um sítio arqueológico contém g150 de carbono. Sabendo-se que a taxa 
de decaimento do C14 é Bq8,1 , qual é a idade do osso? 
 
14- A razão Rb
Sr
87
87 para certa rocha é 36,5 . Qual é a idade da rocha? Resp.: anos91,90 10× . 
 
15- O C14 presente em uma lança de madeira encontrada nas montanhas do sudeste da Espanha tem uma 
atividade de 2,05 desintegrações por minuto e por grama. Sabendo-se que a atividade do C14 na madeira viva é 
15,6 desintegrações por minuto e por grama, qual é a idade da lança? Resp.: anos16800 . 
 
16- Em 1989, dois cientistas anunciaram que haviam observado a fusão nuclear em uma célula eletroquímica à 
temperatura ambiente. A fusão de núcleos de dêuterons H2 , também conhecidos como deutério, no eletrodo de 
paládio do aparelho supostamente gerou uma potência de W4 . (a) Se as duas reações mais prováveis, são 
 
H H He n MeV2 2 3 3,27+ → + + 
H H He H MeV2 2 3 1 4,03+ → + + 
E se ambas ocorrem com a mesma freqüência, quanto nêutrons por segundo são emitidos para gerar W4 de 
potência? (b) Se 10% destes nêutrons são absorvidos pelo corpo de um técnico de Kg80 que trabalha nas 
proximidades do aparelho, e se cada nêutron absorvido possui uma energia média de MeV0,5 com um RBE de 
4 , a que dose de radiação, em rems por hora, corresponde esta exposição? (c) Quanto tempo o técnico levaria 
para receber uma dose total de rems500 ? Esta é a dose letal para 50% das vítimas de radiação nuclear. 
Resp.: (a) nêutrons123,42 10× , (b) rem h493 / , (c) h1,02 . 
 
 
 
 
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NOTAS DE AULAS DE 
FÍSICA MODERNA 
 
 
Prof. Carlos R. A. Lima 
 
 
CAPÍTULO 2 
 
 
PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA 
RADIAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Edição de junho de 2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2 – PROPRIEDADES CORPUSCULARES DA 
RADIAÇÃO 
 
ÍNDICE 
 
2.1- Radiação Térmica 
2.2- Radiação de Cavidade e o Corpo Negro 
2.3- Teoria Clássica de Rayleigh - Jeans para a Radiação de Corpo 
Negro 
2.4- Teoria Quântica de Planck para a Radiação de Corpo Negro 
2.5- Efeito Fotoelétrico 
2.6- Efeito Compton 
2.7- Natureza Dual da Radiação 
2.8- Produção de Raios X 
2.9- Produção e Aniquilação de Pares 
 
 
Nessa apostila aparecem seções, sub-seções e exemplos resolvidos intitulados como 
facultativos. Os assuntos que se referem esses casos podem ser dispensados pelo professor 
durante a exposição de aula sem prejuízo da continuidade do curso de Física Moderna. 
Entretanto, é desejável que os alunos leiam tais assuntos e discutam dúvidas com o professor 
fora do horário de aula. Fica a cargo do professor a cobrança ou não dos tópicos facultativos. 
 
Excluindo os tópicos facultativos, esse capítulo deve ser abordado no máximo em 5 aulas de 
quatro créditos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Lista de Exercícios 
 
 
Questões conceituais 
 
1- Um corpo negro tem que ser necessariamente negro? Explique o termo corpo negro. 
 
2- Um pedaço de metal brilha com uma cor avermelhada a K1100 . Entretanto, nessa mesma temperatura, um 
pedaço de quartzo não brilha. Explique este fato sabendo-se que, ao contrário do metal, o quartzo é transparente à 
luz visível. 
 
3- Uma das primeiras tentativas de se explicar a distribuição espectral de um corpo negro foi feita por Rayleigh – 
Jeans, a partir de conceitos clássicos da termodinâmica. Em que região do espectro eletromagnético a lei de 
Rayleigh – Jeans não se verifica e que fato ficou conhecido como catástrofe do ultravioleta? 
 
4- Na tentativa de explicar os resultados experimentais observados no espectro de um corpo negro, Planck 
concluiu que o problema estava principalmente num conceito clássico da termodinâmica. Qual seria esse conceito, 
e que alteração foi sugerida por Planck? Essa alteração invalida conceitos clássicos da termodinâmica, ou redefine 
esses conceitos de modo a incluir os casos clássicos como particulares? Explique. 
 
5- Em muitos sistemas clássicos as freqüências possíveis são quantizadas, tal como, por exemplo, a propagação 
de ondas sonoras num tubo ressonante. Nestes casos, a energia também é quantizada? Explique. 
 
6- Nas experiências do efeito fotoelétrico, a fotocorrente é proporcional à intensidade da luz. Esse resultado isolado 
pode ser usado para distinguir as teorias quântica e clássica? Explique. 
 
7- Por que mesmo para radiações incidentes monocromáticas os fotoelétrons são emitidos com diferentes 
velocidades? 
 
8- O limiar fotoelétrico é considerado como sendo a objeção mais evidente da teoria ondulatória. Explique essa 
afirmativa. 
 
 
Problemas 
 
 
1- Faça uma estimativa para encontrar o comprimento de onda em que corpo humano emite sua radiação térmica 
máxima? 
 
2- Em uma explosão termonuclear, a temperatura no centro da explosão é momentaneamente 107 K . Ache o 
comprimento de onda para o qual a radiação emitida é máxima. 
 
3- A uma dada temperatura, nmmax 650λ = para uma cavidade de corpo negro. Qual será λmax se a taxa de 
emissão de radiação espectral for duplicada? 
 
4- O máximo da distribuição espectral da
potência irradiada por certa cavidade ocorre para um comprimento de 
onda de m27,0µ (na região do infravermelho). A temperatura da cavidade é aumentada ata que a potência total 
irradiada se torne três vezes maior. (a) Determine a nova temperatura da cavidade. (b) Determine a nova posição 
do máximo da distribuição espectral. 
 
5- A energia solar que atinge a parte superior da atmosfera da terra é W m3 21,36 10 /× , a chamada constante 
solar. (a) Supondo que a terra se comporte como um corpo negro de temperatura uniforme use a equação de 
Stefan - Boltzmann para estimar a temperatura de equilíbrio da terra. (b) Se o diâmetro do sol é da ordem de 
m91,6 10× e a distância da terra ao sol é de aproximadamente m111,3 10× e supondo que o sol irradie como 
um corpo negro use a equação de Stefan - Boltzmann para estimar a temperatura na sua superfície. 
 
 63 
 
6- Mostrar que a eq. (2.12) é solução da eq. (2.11). 
 
7- Um radiador de cavidade a K6000 tem um orifício de mm0,10 de diâmetro feito em sua parede. Ache a 
potência irradiada através do orifício no intervalo de comprimentos de onda entre nm550 a nm551 . Resp.: 
W7,53 . (Sugestão: Use o fato que ( )T TR R d
551
550
λ λ= ∫ é, aproximadamente, a área de um retângulo estreito no 
gráfico ( )TR λ λ× , de largura nm551 550 1λ∆ = − = . Encontre a altura do retângulo ( )TR λ , com 
( ) nm550 551 / 2 550,5λ = + = , usando a fórmula de Planck) 
 
8- Utilizando a relação ( )
ε
ε
−
=
Bk T
B
eP
k T
 mostre que ( )
0
ε ε ε ε
∞
= =∫ BP d k T . Mostre também que o ponto de 
máximo da função ( )Pε ε ocorre para Bk Tε = . 
 
9- Na determinação clássica da energia média total de cada modo da radiação no interior de uma cavidade 
ressonante, adotou-se a lei da eqüipartição da energia. De acordo com essa lei, moléculas de um gás que se 
movem em equilíbrio térmico a uma temperatura T , a energia cinética média por grau de liberdade da molécula é 
1
2 B
k T . Essa lei poderia ser aplicada ao problema do corpo negro desde que se adotasse um modelo mecânico de 
oscilador harmônico para as partículas que compõe as paredes da cavidade, como se fossem pequenos sistemas 
massa – molas, de modo que a energia potencial também deveria se incluída na determinação da energia total. A 
vibração dessas partículas, por conseqüência da temperatura, daria origem as vibrações dos campos elétricos 
associados às ondas eletromagnéticas transversais. Baseado nesse modelo mecânico, conclui-se que a energia 
média total por grau de liberdade deveria ser Bk T , isto é, o dobro da energia cinética média que se esperaria para 
cada partícula oscilante. Considerando-se que a energia total de um oscilador harmônico simples é 
mv kx2 21 1
2 2
+ , onde k é a constante elástica da mola, m é a massa da partícula, v sua velocidade e 
x x t= 0 cosω sua posição em cada instante de tempo, mostre que essa energia total é o dobro da energia cinética 
média. 
 
10- Obtenha a lei do deslocamento de Wien, máxT K m
32,898 10λ −= × × , a partir da função distribuição 
espectral de um corpo negro obtida por Planck ( ) 5
8 1
1λ
πρ λ
λ
=
−BT hc k T
hc
e
. (Sugestão: faça a substituição de 
variável 
λ
=
B
hcx
k T
, e reescreva a função distribuição na forma ( ) ( ) ( )
5
4 3
2π
ρ λ = BT
k T
g x
h c
, onde ( ) x
xg x
e
5
1
=
−
 
descreve a forma universal do espectro de um corpo negro para qualquer temperatura. Encontre o valor máxx para 
o qual a função g xb g é máxima, derivando-a em relação à x e igualando a zero. Use esse valor na equação 
λ
=máx
máx B
hcx
k T
 e obtenha o resultado procurado). 
 
 
11- Suponha que a radiação de uma cavidade de corpo negro a K5000 está sendo examinada através de um 
filtro passa banda de nm2λ∆ = centrado no comprimento de onda máxλ , do pico do espectro. Se o orifício da 
cavidade é um círculo de raio r cm1= , encontre a potência P transmitida pelo filtro. (Sugestão: Usualmente, a 
potência irradiada seria calculada por ( )
nm
T T
nm
R R d
581
579
λ λ= ∫ multiplicada pela área do orifício. Entretanto, λ∆ é 
 64 
pequeno o suficiente para permitir uma aproximação do tipo ( )T T máxR área abaixo da curva R λ λ= ≈ ∆ , em 
que máxλ pode ser calculado utilizando-se a lei do deslocamento de Wien). Resp.: P W25,3≈ . 
 
12- (a) A energia necessária para que um elétron seja removido do sódio é eV2,3 . Pode-se observar o efeito 
fotoelétrico no sódio utilizando-se radiação de comprimento de onda oA5890λ = ? (b) Qual é o comprimento de 
onda limiar para a emissão fotoelétrica do sódio? Resp.: (b) oA5400 . 
 
13- Radiação de comprimento de onda oA2000 incide sobre uma superfície de alumínio. Para o alumínio, são 
necessários eV4,2 para remover um elétron. Qual é a energia cinética do fotoelétron emitido (a) mais rápido e 
(b) mais lento? (c) Qual é o potencial frenador? (d) Qual o comprimento de onda limiar para o alumínio? (e) Se a 
intensidade da luz incidente é W m22,0 / , qual é o número médio de fótons por unidade de tempo e por unidade 
de área que atinge a superfície? 
 
14- A função trabalho para uma superfície de Lítio é eV2,3 . Faça um esboço do gráfico do potencial frenador V0 
em função da freqüência da luz incidente para uma tal superfície, indicando suas características importantes. 
 
15- O potencial frenador para fotoelétrons emitidos por uma superfície atingida por luz de comprimento de onda 
oA4910λ = é V0,71 . Quando se muda o comprimento de onda da radiação incidente, encontra-se para este 
potencial um valor de V1,43 . Qual é o novo comprimento de onda? 
 
16- Numa experiência fotoelétrica na qual se usa luz monocromática e um fotocatodo de sódio, encontra-se um 
potencial frenador de V1,85 para oA3000λ = , e de V0,82 para oA4000λ = . Destes dados, determine (a) o 
valor da constante de Planck, (b) a função trabalho do sódio, e (c) o comprimento de onda limiar para o sódio? 
Resp.: (a) J s346,6 10−× × , (b) eV2,3 , (c) oA5400 . 
 
17- Considere uma incidência de luz sobre uma placa fotográfica. A luz será “gravada” se houver uma dissociação 
de moléculas de AgBr da placa. A energia mínima necessária para dissociar essas moléculas é da ordem de 
J1910− . Calcule o comprimento de onda limiar, acima do qual a luz não vai sensibilizar a placa fotográfica. 
 
18- (a) É mais fácil observar o efeito Compton com alvos compostos de átomos com número atômico alto ou 
baixo? Explique. (b) O efeito Compton pode ser observado com luz visível? Explique. (c) Discuta o espalhamento 
Thomson, comparando-o com o espalhamento Compton. 
 
19- A temperatura do filamento de uma lâmpada incandescente de W40 é K3300 . (a) Supondo que o 
filamento se comporte como um corpo negro, determine o comprimento de onda máxλ no ponto de máximo da 
distribuição espectral. (b) Supondo que máxλ seja uma boa aproximação para o valor médio do comprimento de 
onda dos fótons emitidos pela lâmpada, determine o número de fótons produzidos por segundo pela lâmpada. (c) 
Se um observador está olhando para a lâmpada a m5 de distância, quantos fótons penetram por segundo nos 
olhos do observador, sabendo-se que o diâmetro da pupila humana é, aproximadamente, mm5 . 
 
20- Fótons de comprimento de onda oA0,024λ = incidem sobre elétrons livres. (a) Ache o comprimento de 
onda de um fóton espalhado de um ângulo de 30o em relação à direção de incidência e a energia cinética 
transmitida ao elétron. Resp.: (a) oA0,027 , MeV0,057 , (b) oA0,060 , MeV0,31 . 
 
21- Um fóton de energia inicial eV51,0 10× que se move no sentido positivo do eixo x, incide sobre um elétron 
livre em repouso. O fóton é espalhado de um ângulo de o90 , dirigindo-se no sentido positivo do eixo y. Ache as 
componentes
do momento do elétron. 
 
22- Qual é a energia cinética máxima possível de um elétron envolvido no processo Compton em termos da 
energia do fóton incidente hν e da energia de repouso do elétron om c
2 ? 
 65 
 
23- Determine a variação máxima do comprimento de onda no espalhamento Compton de fótons por prótons. 
Resp.: oA52,64 10−× . 
 
24- Pensando nas energias dos elétrons num tubo de televisão, você esperaria que esse eletrodoméstico poderia 
emitir raios X? Explique. 
 
25- Quais efeitos que se tem sobre o espectro resultante quando se diminui a voltagem num tubo de raios X? 
 
26- Discuta o processo de bremsstrahlung como sendo o inverso do efeito Compton e do efeito fotoelétrico. 
 
27- (a) Mostre que o comprimento de onda mínimo no espectro contínuo de raios X é dado por 
oA Vmin 12,4λ = , onde V é a voltagem aplicada em quilovolts. (b) Se a voltagem aplicada a um tubo de raios X 
é kV186 , qual deve ser o valor de minλ ? 
 
28- (a) Qual a voltagem mínima que deve ser aplicada a um tubo de raios X para que seja produzidos raios X com 
o comprimento de onda Compton do elétron? E com o comprimento de onda de 1Ao ? (b) Qual é a voltagem 
mínima necessária para que a radiação de bremsstrahlung resultante seja capaz de produzir um par? 
 
29- Um raio γ de comprimento de onda nm0.005 incide sobre um elétron inicialmente em repouso e é retro 
espalhado. Calcule o comprimento de onda do raio γ espalhado e a energia cinética, em keV , do elétron 
recuado. 
 
30- Um raio γ de comprimento de onda nm0,0062 incide sobre um elétron inicialmente em repouso. O elétron 
é recuado com energia cinética de keV60 . Calcule a energia do raio γ espalhado, em keV , e determine a 
direção de espalhamento. Resp.: keV140 , 095 . 
 
31- Um raio γ cria um par elétron – pósitron como mostra a 
Figura ao lado. Mostre diretamente que, sem a presença de um 
terceiro corpo (o núcleo), para absorver uma parte do momento, 
a energia e o momento não podem conservar simultaneamente. 
(Sugestão: Iguale as energias e mostre que isto implica em 
momentos diferentes antes e depois da interação). 
 
32- Um fóton de raio γ pode produzir um par elétron - pósitron na vizinhança de um elétron em repouso, da 
mesma maneira que na vizinhança de um núcleo, como representado abaixo: 
γ + → + +− − − +e e e e 
Mostre que, para isso ocorrer é necessário que a energia do fóton de raio γ seja pelo menos m c204ε = . 
(Sugestão: Suponha que as três partículas se afastam juntas com mesma velocidade relativística v e determine a 
energia do fóton ε para que o processo possa ocorrer. Use as leis da conservação do momento linear e da 
energia, para mostrar que 
cv
m c20
ε
ε
=
+
 ou 
( )
m c m cv
c m c
2 2 42
0 0
22 2
0
21 ε
ε
+
− =
+
 . Substitua esses resultados na equação 
resultante da conservação do momento e mostre que 
m c m c m c
2 2
20 0
0
9 4
2
ε −= = ). 
 
fót fótE p c= e+ e− 
Antes Depois 
 66 
		Notas de Aulas de
		Física Moderna
		Prof. Carlos R. A. Lima
		Capítulo 2
		Propriedades Corpusculares da Radiação
		Edição de junho de 2014
		Capítulo 2 – Propriedades Corpusculares da Radiação
		Índice
capitulo3.pdf
 
 
 
NOTAS DE AULAS DE 
FÍSICA MODERNA 
 
 
Prof. Carlos R. A. Lima 
 
 
CAPÍTULO 3 
 
 
MODELOS ATÔMICOS E A 
VELHA TEORIA QUÂNTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Edição de junho de 2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 3 – MODELOS ATÔMICOS E A VELHA TEORIA 
QUÂNTICA 
 
ÍNDICE 
 
3.1- Primórdios da Teoria Atômica 
3.2- Modelo Atômico de Dalton 
3.3- Modelo Atômico de Thomson 
3.4- Modelo Atômico de Rutherford 
 3.4.1- Trajetória da Partícula α Espalhada 
 3.4.2- Cálculo Estatístico do Espalhamento de Partículas α 
 3.4.3- Cálculo da Seção de Choque de Espalhamento - FACULTATIVO 
3.5- Espectro Atômico 
3.6- Modelo Atômico de Bohr 
3.7- Experimento de Franck e Hertz 
3.8- Integral de Ação e Regras da Quantização 
3.9- Modelo Atômico de Sommerfeld 
 
 
Nessa apostila aparecem seções, sub-seções e exemplos resolvidos intitulados como 
facultativos. Os assuntos que se referem esses casos, podem ser dispensados pelo professor 
durante a exposição de aula sem prejuízo da continuidade do curso de Física Moderna. 
Entretanto, é desejável que os alunos leiam tais assuntos e discutam dúvidas com o professor 
fora do horário de aula. Fica a cargo do professor a cobrança ou não dos tópicos facultativos. 
 
Excluindo os tópicos facultativos, esse capítulo deve ser abordado no máximo em 4 aulas de 
quatro créditos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Lista de Exercícios 
 
 
Questões conceituais 
 
1- Por que é necessário considerar uma folha fina em experiências que visam verificar a fórmula do 
espalhamento de Rutherford? 
 
2- Compare a atração gravitacional entre um elétron e um próton no estado fundamental de um átomo de 
hidrogênio com a atração coulombiana entre eles. É razoável ignorar a atração gravitacional nesses casos? 
Resp.: F Fgrav elet ≈
−10 40 . 
 
3- A fórmula do espalhamento de Rutherford não está de acordo para ângulos de espalhamento muito 
pequenos. Explique o motivo disso. 
4- Em que a relação ( )Dsen
r b b2
1 1 cos 1
2
ϕ ϕ= + − , que dá a trajetória de uma partícula que se move sob 
ação de uma força coulombiana repulsiva proporcional ao inverso do quadrado da distância, difere da 
dedução da trajetória de um planeta que se move sob influência do campo gravitacional do sol? 
 
5- Mostre que a constante de Planck tem unidades de momento angular. 
 
6- Para as órbitas do átomo de hidrogênio de Bohr, a energia potencial é negativa e maior em módulo do que 
a energia cinética. Qual a implicação disso? 
 
7- Um átomo de hidrogênio pode absorver um fóton cuja energia exceda sua energia de ligação eV13,6 ? 
 
8- A energia de ionização do deutério é diferente da do hidrogênio? Explique. 
 
 
Problemas 
 
1- O modelo de Thomson para o átomo de hidrogênio prevê uma freqüência única de oscilação para o 
elétron. Considerando o raio do átomo de hidrogênio como sendo r nm0,05= , calcule o comprimento de 
onda da radiação emitida por esse átomo. (Sugestão: Lembre-se que a relação entre o raio r e o período
T , 
é v r T2π= ). 
 
2- Qual deve ser o raio de um átomo de um elétron, no modelo de Thomson, para que ele irradie uma linha 
espectral de comprimento de onda nm600λ = ? 
 
3- Um feixe de partículas α de energia 3MeV bombardeia uma lâmina de alumínio. Determine a distância 
D de maior aproximação ao núcleo do átomo de alumínio associada a uma colisão frontal e o número de 
núcleos por unidade de volume na lâmina, sabendo-se que o número atômico do alumínio é 13, o número de 
massa é 27 e a densidade é g cm32,70ρ = . 
 
4- Qual a distância de maior aproximação de uma partícula α com MeV5,30 a um núcleo de cobre em 
uma colisão frontal? Resp.: m1515,8 10−× . 
 
5- De acordo com a mecânica clássica, um elétron deve sempre se mover em um átomo com qualquer 
momento angular. Entretanto, de acordo a teoria de Bohr para o átomo de hidrogênio, o momento angular é 
quantizado na forma L nh 2π= . O princípio da correspondência pode reconciliar essas duas afirmações? 
Explique. 
 
 68 
6- Mostre que a freqüência de revolução de um elétron no modelo atômico de Bohr para o átomo de 
hidrogênio é dada por E hn2 /ν = , onde E é a energia total do elétron. (Sugestão: Use as equações 
E mv pv21 2 2= = , v r T2π= válidas para átomos monoeletrônicos e o fato que L n=  ). 
 
7- (a) Mostre que no estado fundamental do átomo de hidrogênio a velocidade do elétron pode ser escrita 
como v cα= , onde α é a constante de estrutura fina. (b) A partir do valor de α , o que se pode concluir a 
respeito do fato de se desprezar os efeitos relativísticos nos cálculos de Bohr? (Sugestão: Use a equação 
E mv20 1 2= válida para a energia do estado fundamental do átomo de hidrogênio). 
 
8- (a) Calcule os três maiores comprimentos de onda da série de Balmer a partir da fórmula de Bohr. (b) A 
série de Balmer está entre que limites de comprimento de onda? 
 
9- Calcule o menor comprimento de onda da série de Lyman, da série de Paschen e da série de Pfund para o 
átomo de hidrogênio. Em qual região do espectro eletromagnético está cada uma? 
 
10- Quanta energia é necessária para remover um elétron de um átomo de hidrogênio em um estado com 
n = 8? 
 
11- Um átomo de hidrogênio é excitado de um estado com n = 1 até n = 4 . (a) Calcule a energia que deve 
ser absorvida pelo átomo. (b) Calcule e trace sobre um diagrama de níveis de energia as energias dos 
diferentes fótons que serão emitidos se o átomo voltar a seu estado n = 1. (c) Calcule a velocidade de recuo 
do átomo de hidrogênio, ao fazer uma transição de n = 4 a n = 1 em um único salto quântico, supondo que 
ele está inicialmente em repouso. 
 
12- Um átomo de hidrogênio com energia de ligação ( energia necessária para remover um elétron) de 
0 85, eV sofre uma transição para um estado com energia de excitação (diferença de energia entre este 
estado e o fundamental) de 10 2, eV . (a) Calcule a energia do fóton emitido. (b) Mostre essa transição em um 
diagrama de níveis de energia para o hidrogênio, designando os números quânticos apropriados. 
 
13- Calcule a energia necessária para remover um elétron de um átomo de hélio ionizado utilizando o modelo 
atômico de Bohr. Resp.: 54 4, eV . 
 
14- Em uma experiência do tipo Franck e Hertz, bombardeiam-se átomo de hidrogênio com elétrons, e 
obtém-se os potenciais de excitação em 10 21, V e 12 10, V . (a) Trace um diagrama de níveis de energia para 
as três possíveis transições observadas. (b) Supondo que as diferenças de energia podem ser expressas 
como ∆E h= ν , obtenha os três possíveis valores de ν e dos respectivos comprimentos de onda λ . 
 
15- Suponha que, na experiência de Franck e Hertz, a energia eletromagnética emitida por um átomo de Hg, 
devido à absorção de energia de elétrons com 4 9, eV seja expressa por E hν∆ = , onde ν é a freqüência 
correspondente à linha de ressonância nm253,6λ = do mercúrio. Calcule o valor de h de acordo com essa 
experiência e compare com o valor obtido por Planck. 
 
16- Nas estrelas observa-se a série de Pickering no espectro do íon de hélio He+ . Ela é emitida quando o 
elétron no He+ salta para o nível n = 4 a partir de níveis de mais altas energias. (a) Obtenha a fórmula dos 
comprimentos de onda das linhas que pertencem a essa série. (b) Encontre o comprimento de onda limite 
dessa série. (c) Essa série pertence a qual região do espectro eletromagnético? (d) Calcule o potencial de 
ionização em elétrons-volt, se o He+ estiver no estado fundamental. 
 
17- Se o momento angular da terra de massa M kg= ×6 0 1024, , devido ao seu movimento em torno do sol 
numa órbita de raio R m= ×15 1011, , fosse quantizado segundo a relação de Bohr L n=  , qual seria o valor 
do número quântico n ? Poderíamos detectar tal quantização? 
 69 
		Notas de Aulas de
		Física Moderna
		Prof. Carlos R. A. Lima
		Capítulo 3
		Modelos Atômicos e a
		Velha Teoria Quântica
		Edição de junho de 2014
		Capítulo 3 – Modelos Atômicos e a Velha Teoria Quântica
		Índice
capitulo4.pdf
 
 
 
NOTAS DE AULAS DE 
FÍSICA MODERNA 
 
 
Prof. Carlos R. A. Lima 
 
 
CAPÍTULO 4 
 
 
PROPRIEDADES ONDULATÓRIAS 
DA MATÉRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Edição de junho de 2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 4 – PROPRIEDADES ONDULATÓRIAS DA MATÉRIA 
 
ÍNDICE 
 
4.1- Postulados de de Broglie 
4.2- Interpretação Probabilística da Dualidade Onda - Partícula 
4.3- Propriedades das Ondas de Matéria 
4.4- Princípio da Incerteza 
 
 
 
 
 
Nessa apostila aparecem seções, sub-seções e exemplos resolvidos intitulados como 
facultativos. Os assuntos que se referem esses casos, podem ser dispensados pelo professor 
durante a exposição de aula sem prejuízo da continuidade do curso de Física Moderna. 
Entretanto, é desejável que os alunos leiam tais assuntos e discutam dúvidas com o professor 
fora do horário de aula. Fica a cargo do professor a cobrança ou não dos tópicos facultativos. 
 
Excluindo os tópicos facultativos, esse capítulo deve ser abordado no máximo em 3 aulas de 
quatro créditos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
 
 3 
 
 4 
 
 5 
 
 6 
 
 7 
 
 8 
 
 9 
 
 10 
 
 
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 40 
 
Lista de Exercícios 
 
Questões conceituais 
 
1- Por que a natureza ondulatória da matéria não é evidente em nossas observações diárias? O comportamento 
ondulatório de uma partícula clássica pode ser obtido assumindo-se m →∞ na fórmula de de Broglie? Explique. 
 
2- O comprimento de onda de de Broglie pode ser menor que a dimensão da partícula? Pode ser maior? É 
necessário que haja alguma relação entre essas grandezas? 
 
3- A difração de elétrons pode ser utilizada para se estudar a estrutura de sólidos cristalinos? Explique. 
 
4- Discuta a analogia: A óptica ondulatória é para a óptica geométrica assim como a mecânica quântica é para a 
mecânica clássica. 
 
5- Afinal de conta o que é um elétron, uma partícula ou uma onda? Explique. 
 
6- Discuta semelhanças e diferenças entre uma onda de

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