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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO 
ANTÔNIO VIEIRA BARRETO
RESENHA CRÍTICA: A antropologia Urbana e os Desafios da Metrópole.
SÃO GONÇALO
2017
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO 
ANTÔNIO VIEIRA BARRETO
RESENHA CRÍTICA: A Antropologia Urbana e os Desafios da Metrópole 
Resenha crítica apresentada para a disciplina Estudos Antropológicos, do curso de Licenciatura em Turismo, na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Fundação CECIERJ. 
 
Coordenador: Prof. Javier Alejandro Lifschitz
Tutor Presencial: Prof.a Carla Marques
Tutor à Distância: Prof.a Elisa Gomes
SÃO GONÇALO
2017
REFERÊNCIA:
MAGNANI, José Guilherme Cantor. A antropologia urbana e os desafios da metrópole. In: Tempo Social- Revista de Sociologia da USP, v.15, n.1, out. São Paulo,2003.
CREDENCIAIS DO AUTOR: 
Jose Guilherme Cantor Magnani, Professor Titular do Departamento de Antropologia da FFLCH da USP, Pesquisador nível 1-B (CNPQ). É mestre em Sociologia pela Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO/CHILE), concluiu o doutorado em Ciências Humanas (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo em 1982, defendeu tese de Livre-Docência em 2010 e de Titular em 2012 nessa Universidade. Publicou 46 artigos em periódicos especializados e 25 trabalhos em anais de eventos. Tem 5 livros publicados, 2 organizados, 38 capítulos de livros. Possui 1 software e outros 48 itens de produção técnica e participou de 202 eventos. Orientou 32 dissertações de mestrado e 12 teses de doutorado, além de ter orientado 66 trabalhos de iniciação científica na área de Antropologia. Recebeu o prêmio ERICO VANUCCI MENDES CNPQ - SBPC 1989 Atua na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Urbana. Em suas atividades profissionais interagiu com 33 colaboradores em coautorias de trabalhos científicos. Em seu currículo Lattes os termos mais frequentes na contextualização da produção são: antropologia urbana, etnografia, cidade, sociabilidade, lazer, religiosidade. É coordenador do Laboratório do Núcleo de Antropologia Urbana da USP (Lab/NAU/USP - http://www.nau.fflch.usp.br), de sua revista eletrônica PONTO.URBE (http://www.pontourbe.revues.org) e da coleção "Antropologia Hoje" Nau/Editora Terceiro Nome.
SINTESE DA OBRA:
Neste artigo, o autor procura quebrar o paradigma, de que a antropologia possui como ciência social, uma abrangência limitada, destacando a possibilidade de uma exploração bem mais ampla... Ele enfatiza o uso da etnografia para o estudo da antropologia nas metrópoles urbanas, dada a pluralidade cultural nos espaços urbanos. Tomando devido cuidado para não se ater em especificações de grupos, e não no todo. Cita algumas experiencias que o levaram a perceber, a diversificação do espaço no contexto cultural dos grandes centros urbanos contemporâneos.
 DESENVOLVIMENTO:
Segundo o autor, a antropologia pode perfeitamente ser aplicada como ciência social para o estudo dentro das metrópoles urbanas. Ele analisa a situação da disciplina antropologia urbana no campo das ciências sociais e sua contribuição para o estudo e a compreensão do fenômeno urbano, principalmente no caso das grandes metrópoles contemporâneas. O suporte da argumentação, é que, para realizar essa tarefa, a antropologia urbana tem à sua disposição o método etnográfico, porém o desafio é aplicar essa abordagem sem cair na "tentação da aldeia", isto é, a de buscar na heterogênea realidade das grandes cidades as condições da aldeia - pequenos grupos, contextos limitados - supostamente identificadas com o enfoque etnográfico. 
 Magnani considera que há nas atividades de um antropólogo, voltado para as questões urbanas, um certo preconceito por parte da própria antropologia. E o ponto de partida dessa visão é que a antropologia, em sua forma clássica, praticada no contexto das sociedades não ocidentais, desenvolveu uma reflexão própria a respeito de temas específicos como parentesco, mitologia, xamanismo, rituais que conformam um campo de reflexão reconhecido e legítimo no interior das ciências sociais. O autor questiona onde a antropologia urbana pode entrar no cenário geral da antropologia, questionando também, se o estudo das sociedades e da cultura ocidental não caberia a outros ramos das ciências sociais. O autor, José Magnani, coloca que a antropologia urbana, apesar de muitas vezes ser vista como um desenvolvimento tardio da antropologia, apresenta alguns antecedentes que foram bem contemporâneos, embora voltados para a antropologia clássica.
Magnani coloca a hipótese da antropologia, tem uma contribuição especifica para entendermos o fenômeno urbano. Ele relata que especificamente a pesquisa da dinâmica cultural e das formas de sociabilidade nas grandes cidades contemporâneas, possui um legado teórico mercadológico amplo, com inúmeros instrumentos para este estudo e que o método etnográfico faz parte desse legado. E que o desafio maior, é não deixar que este método etnográfico, caia no que chama de “tentação da aldeia”, que é deixar os estudos se concentrarem, em grupos menores, deixando de observar “o todo”.
Magana conta um pouco sobre suas pesquisas, como a que serviu como base para seu doutorado, onde planejou uma coisa, e os próprios pesquisados sugeriram algo melhor, mais surpreendente... Foi quando ele descobriu a pluralidade e a diversidade, do conceito de “espaço urbano”.
Suas experiencias como a com o grupo de surdos, e a de outros colegas na observação de determinados grupos que resistem em meio ao passar dos tempos, como índios pankararus, moradores da favela Real Parque, no bairro do Morumbi em Pernambuco, abriram um leque de visão sobre a antropologia nos tempos contemporâneos, que aguçaram seu olhar sobre as metrópoles urbanas contemporâneas.
REFLEXÃO CRÍTICA: 
Creio que o autor José Magnani, conseguiu contextualizar de forma bem exemplificada, sua proposta de colocar como hipótese, ter a antropologia como contribuidora para o entendimento do fenômeno urbano. Destacando o a etnografia como um instrumento valioso a ser usado com cuidado para tal estudo. No relato de suas experiencias, fica nítido que há material valioso a ser coletado para posterior estudo.
Com meu olhar como um simples discente, achei as colocações do artigo bem esplanadas dentro do contexto proposto.

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