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Legislação MEI RJ

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Secretaria de Estado de Fazenda 
Estado do Rio de Janeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manual 
Versão 3.1 
MEI 
Questões aplicáveis ao microempreendedor 
estabelecido no Estado do Rio de Janeiro 
 
 
 
 Manual MEI 
 2 
CONTROLE DE VERSÕES 
 
 
VERSÃO DATA ALTERAÇÕES 
1.0 13/08/2012 Publicação inicial 
2.0 18/03/2015 Suprimido o antigo item 4.12 e alterados os itens 3.4, 4.1, 4.2, 4.3, 4.4, 4.6, 
4.8, 5.1, 5.3, 5.4, 5.5 e 6.1 
3.0 28/04/2016 Inserido os itens 5.6, 6.2 e 7 e alterados os itens 3.1, 3.4, 4.1, 4.2, 4.3, 4.4, 
4.5, 4.6, 4.7, 4.8, 4.9, 5.1, 5.2, 5.3, 5.4, 5.5 e 6.1 
3.1 08/08/2016 Alterado o item 4.2 
 
 
 
 
 
 
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1. ÍNDICE 
 
 
2. APRESENTAÇÃO 04 
 
3. INFORMAÇÕES GERAIS 05 
3.1 O que é microempreendedor individual (MEI)? 05 
3.2 Como faço para me cadastrar como microempreendedor individual (MEI)? 05 
3.3 O que é SIMEI? 05 
3.4 Qual é a legislação aplicável ao MEI no Estado do Rio de Janeiro? 05 
 
4. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS 06 
4.1 O microempreendedor individual (MEI) deve ter inscrição estadual? 06 
4.2 Quais documentos fiscais o MEI pode emitir e como emiti-los? 06 
4.3 
O MEI está obrigado à emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), Nota Fiscal de 
Consumidor Eletrônica (NFC-e) ou Cupom Fiscal? 
06 
4.4 Como o MEI pode adquirir os documentos fiscais? 06 
4.5 
Como emitir a Nota Fiscal Avulsa Eletrônica pela página da Secretaria de Estado de 
Fazenda na Internet? 
07 
4.6 
O MEI deve emitir documentos fiscais quando vende ou presta serviços a consumidor 
final? 
07 
4.7 
O MEI deve emitir documentos fiscais quando vende mercadorias para pessoa jurídica, 
ou seja, inscrita no CNPJ? 
07 
4.8 
Qual documento fiscal o MEI deve utilizar nas operações interestaduais? 
07 
4.9 
Como deve ser escriturado pelo adquirente, contribuinte do imposto, o documento fiscal 
emitido pelo MEI? 
07 
4.10 O MEI deve escriturar algum livro fiscal? 08 
4.11 O MEI deve guardar os documentos fiscais emitidos e recebidos? 08 
 
5. OUTRAS QUESTÕES 09 
5.1 O MEI pode ser substituto tributário? 09 
5.2 O MEI deve pagar diferencial de alíquota? 09 
5.3 
O MEI pode transferir crédito de ICMS na venda de mercadorias para contribuinte do 
ICMS? 
10 
5.4 O adquirente tem direito a crédito de ICMS? 10 
5.5 
Qual procedimento deve ser adotado no caso de perda da condição de enquadrado no 
SIMEI? 
10 
5.6 
O MEI que vende produtos em feiras, exposições ou eventos semelhantes, ou nas 
modalidades “porta a porta” ou “venda ambulante” deve emitir documento fiscal e pagar 
ICMS? 
10 
 
6. LEGISLAÇÃO 12 
6.1 Resolução SEFAZ nº 720/14 (Parte III – arts. 32 a 39) 12 
6.2 Legislação na Internet 13 
 
7. FALE CONOSCO 14 
 
 
 
 
 
 
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2. APRESENTAÇÃO 
 
 
Microempreendedor Individual, 
 
Bem-vindo à Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro. 
Neste pequeno manual, no qual foi adotado o sistema de perguntas e respostas, você encontrará as 
informações necessárias para desempenhar regularmente sua atividade no Rio de Janeiro. 
Esperamos que ele possa ajudá-lo a sanar as suas dúvidas, fornecendo o conhecimento necessário 
para que você exerça sua atividade com segurança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. INFORMAÇÕES GERAIS 
 
3.1 O que é microempreendedor individual (MEI)? 
 
Segundo o § 1º do art. 18-A da Lei Complementar nº 123/06, considera-se MEI o empresário individual a 
que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406/02 (Código Civil), que tenha auferido receita bruta, no ano-
calendário anterior, de até R$ 60.000,00, optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar 
pela sistemática de recolhimento de impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nac ional em valores 
fixos mensais. 
No caso de início de atividades, o limite de receita será de R$ 5.000,00 multiplicados pelo número de meses 
compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de 
meses como um mês inteiro. 
 
3.2 Como faço para me cadastrar como microempreendedor individual (MEI)? 
 
A formalização é feita de forma gratuita pelo Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br). 
Nesse site, o MEI pode se informar sobre a legislação, os benefícios, além de obter ajuda e ainda acessar 
as perguntas frequentes sobre o assunto. 
 
3.3 O que é SIMEI? 
 
SIMEI significa Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples 
Nacional, devidos pelo MEI. É por meio desse sistema que o MEI recolhe um valor fixo mensal 
correspondente à Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na qualidade de 
contribuinte individual, ICMS e ISS. 
 
3.4 Qual é a legislação aplicável ao MEI no Estado do Rio de Janeiro? 
 
No Estado do Rio de Janeiro, os procedimentos atinentes ao MEI estão disciplinados nos artigos 32 a 39 da 
Parte III da Resolução SEFAZ nº 720/14. Conheça a legislação no item 6.1 (veja também o item 6.2). 
Convém destacar que a referida Resolução, bem como este Manual, dizem respeito apenas ao MEI optante 
pelo SIMEI que exerce atividades sujeitas ao ICMS, ou seja, que esteja cadastrado no CNPJ com código de 
atividade CNAE, principal ou secundária, relacionado no Anexo XIII da Resolução CGSN nº 94/11, com a 
indicação “S” na coluna “ICMS” (atividades comerciais, industriais ou de prestação de serviços de transporte 
interestadual ou intermunicipal). 
Atividades que envolvem a prestação de outros tipos de serviços são, em princípio, sujeitas ao ISS e, dessa 
forma, para dirimir dúvidas relativas ao cumprimento de suas obrigações tributárias, inclusive emissão de 
documentos fiscais, o MEI que as exerce deve procurar atendimento na prefeitura de seu domicílio. 
 
 
 
 
 
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4. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS 
 
4.1 O microempreendedor individual (MEI) deve ter inscrição estadual? 
 
No Estado do Rio de Janeiro, conforme o art. 33 da Parte III da Resolução SEFAZ nº 720/14, o MEI não 
possui inscrição no CAD-ICMS, devendo manter em seu estabelecimento ou local onde exerça suas 
atividades, para comprovação de sua condição e pronta exibição à fiscalização do ICMS, cópia do 
Certificado da Condição de Microempreendedor Individual - CCMEI, de que trata o art. 23 da Resolução 
CGSIM nº 16/09, gerado pela internet no Portal do Empreendedor. Em substituição ao CCMEI, poderá 
apresentar consulta emitida pelo Portal do Simples Nacional, em que conste a informação de "Optante pelo 
SIMEI" e a respectiva data de início dessa opção. 
O contribuinte que tenha inscrição estadual e opte pela sistemática aplicada ao MEI deve requerer baixa de 
sua inscrição estadual no prazo de 60 dias da data de seu enquadramento no SIMEI. Caso não requerida 
nesse prazo, a Superintendência de Cadastro e Informações Fiscais (SUCIEF) processará a baixa de ofício 
 
4.2 Quais documentos fiscais o MEI pode emitir e como emiti -los? 
 
Nas operações com bens e mercadorias , o MEI pode emitir: 
- Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e), emitida pela página da Secretaria de Estado de Fazenda na 
Internet (veja a pergunta 4.5), observado o disposto no Anexo VI da Parte II da Resolução SEFAZ nº 720/14 
e no Capítulo II do Anexo I do Livro VI do RICMS/00, Decreto nº 27.427/00. 
Na prestação de serviço de transporte intermunicipal ou interestadual de cargas, aquaviário ou rodoviário, o 
MEI pode emitir: 
- Conhecimento Avulso de Transporte Aquaviário e Rodoviário de Cargas, observado o disposto no 
Anexo VI da Parte II da Resolução nº 720/14 e no art. 74-A do Livro IX do RICMS/00, Decreto nº 27.427/00.Esse documento não é emitido eletronicamente. Ele deve ser adquirido em papelarias. 
 
Além das demais normas pertinentes à emissão dos documentos fiscais previstas nos dispositivos acima 
citados, o MEI deve observar o disposto no art. 57 da Resolução CGSN nº 94/11. 
A Nota Fiscal Avulsa Eletrônica e o Conhecimento Avulso de Transporte Aquaviário e Rodoviário de Cargas 
podem ser emitidos tanto nas operações realizadas com contribuinte do ICMS como nas realizadas com 
consumidor final, pessoa física ou jurídica não contribuinte do imposto. 
 
4.3 O MEI está obrigado à emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), Nota Fiscal de Consumidor 
Eletrônica (NFC-e) ou Cupom Fiscal? 
 
Não, o MEI não está obrigado nem pode emitir qualquer desses documentos fiscais. 
Conforme dispõe o art. 35 da Parte III da Resolução SEFAZ nº 720/14, nas hipóteses de emissão 
obrigatória de documento fiscal relativo à venda de bens e mercadorias, ou quando, mesmo desobrigado, 
queira emiti-lo, o MEI deverá emitir apenas NFA-e (Veja as perguntas 4.2 e 4.5). 
 
4.4 Como o MEI pode adquirir os documentos fiscais? 
 
O Conhecimento Avulso de Transporte Aquaviário e Rodoviário de Cargas pode ser adquirido em 
papelarias especializadas em produtos contábeis e fiscais. 
A NFA-e somente pode ser emitida pela página da SEFAZ/RJ (Veja as perguntas 4.2 e 4.5). 
 
 
 
 
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4.5 Como emitir a Nota Fiscal Avulsa Eletrônica pela página da Secretaria de Estado de Fazenda na 
Internet? 
 
Para emitir a NFA-e, acesse www.fazenda.rj.gov.br/nfae. A partir daí, informe os dados necessários até 
concluir a emissão do documento. Não é necessário nenhum tipo de cadastro na SEFAZ/RJ para emitir o 
documento. 
 
4.6 O MEI deve emitir documentos fiscais quando vende ou presta serviços a consumidor final? 
 
O MEI está dispensado da emissão de documentos fiscais nas operações com venda de mercadorias ou 
prestações de serviços para consumidor final pessoa física (art. 97, II, “a”, 1, da Resolução CGSN nº 94/11). 
Mas, a seu critério, o MEI poderá emitir NFA-e nas operações com bens e mercadorias, ou Conhecimento 
Avulso de Transporte Aquaviário e Rodoviário de Cargas, no caso de prestação de serviço de transporte 
intermunicipal ou interestadual de cargas, aquaviário ou rodoviário. 
 
4.7 O MEI deve emitir documentos fiscais quando vende mercadorias para pessoa jurídica, ou seja, 
inscrita no CNPJ? 
 
Nas operações realizadas com pessoas jurídicas, o MEI deve observar o seguinte procedimento: 
1. O MEI está dispensado da emissão da NFA-e: 
- nas operações de venda de mercadorias para contribuinte inscrito no Cadastro de Contribuintes (CAD-
ICMS), ou seja, que tenha inscrição estadual, desde que o destinatário emita “Nota Fiscal de entrada” para 
acobertar o transporte. 
2. O MEI está obrigado à emissão da NFA-e: 
- nas operações com mercadorias para destinatário inscrito no CNPJ, quando o destinatário não emitir nota 
fiscal de entrada. 
 
4.8 Qual documento fiscal o MEI deve utilizar nas operações interestaduais? 
 
Nas operações interestaduais, destinadas a pessoas físicas ou jurídicas, contribuintes ou não do imposto, o 
MEI deve emitir NFA-e. No caso de MEI transportador, para a prestação de serviço de transporte 
intermunicipal ou interestadual de cargas, aquaviário ou rodoviário, o documento a se utilizado é o 
Conhecimento Avulso de Transporte Aquaviário e Rodoviário de Cargas. 
 
4.9 Como deve ser escriturado pelo adquirente, contribuinte do imposto, o documento fiscal 
emitido pelo MEI? 
 
Relativamente à escrituração, o estabelecimento contribuinte do ICMS que adquire mercadoria do MEI deve 
observar o seguinte procedimento: 
1. Caso o contribuinte adquirente tenha emitido “NF-e de entrada”, que serviu para acobertar o 
transporte da mercadoria (hipótese em que o MEI está dispensado de emitir documento fiscal), deverá 
escriturará sua “NF-e de entrada”, observando os procedimentos normais de escrituração. 
2. Caso o MEI tenha emitido NFA-e (ou seja, o adquirente contribuinte do ICMS não emitiu “Nota Fiscal de 
entrada” para acompanhar o transporte), ainda assim o adquirente contribuinte deve emitir “NF-e de 
entrada”, referenciando a NFA-e recebida (campo específico da NF-e). Na escrituração, também deve haver 
referência à NFA-e. Se obrigado à EFD, o registro da NFA-e deve ser feito no campo próprio destinado a 
documentos referenciados; caso não, no campo “Observações” da linha em que foi escriturada a NF -e de 
entrada (art. 35 do Anexo I do Livro VI do RICMS/00, Decreto nº 27.427/00). 
 
 
 
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4.10 O MEI deve escriturar algum livro fiscal? 
 
Não. Nos termos do § 1º do art. 97 da Resolução CGSN nº 94/11, o MEI está dispensado da escrituração 
dos livros fiscais e contábeis. 
A contabilidade do MEI é feita por meio do preenchimento mensal do Relatório de Receitas Brutas, 
conforme disposto no inciso I do art. 97 da Resolução CGSN nº 94/11. 
 
4.11 O MEI deve guardar os documentos fiscais emitidos e recebidos? 
 
Sim. De acordo com o inciso I do § 6º do art. 26 da LC nº 123/06, o MEI deve anexar ao Relatório de 
Receitas Brutas mensal os documentos fiscais emitidos (suas saídas de mercadorias e prestações de 
serviços, porventura acobertadas por documento fiscal) e os recebidos (suas compras). 
O MEI deve manter em boa ordem e guardar os documentos que fundamentaram a apuração dos impostos 
e contribuições devidos e o cumprimento das obrigações acessórias enquanto não decorrido o prazo 
decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes. 
 
 
 
 
 
 
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5. OUTRAS QUESTÕES 
 
5.1 O MEI pode ser substituto tributário? 
 
Conforme dispõe o art. 94, V, da Resolução CGSN nº 94/11, não pode ser atribuída ao MEI a qualidade de 
substituto tributário. 
Entretanto, isso não impede que o MEI seja responsável solidário pelo recolhimento do imposto devido por 
substituição tributária. Deste modo, caso receba mercadoria sujeita à substituição tributária sem a devida 
retenção, o MEI deverá recolher o imposto relativo à substituição tributária. 
Ex.: Peças, partes e acessórios para veículos automotores estão sujeitas à substituição tributária nas 
operações internas e interestaduais, envolvendo os Estados signatários dos Protocolos ICMS 41/08 e 97/10 
(item 7 do Anexo I do Livro II do RICMS/00 - Decreto nº 27.427/00). 
Caso o MEI adquira essas mercadorias de algum contribuinte (ex. contribuinte localizado no RJ ou em SP – 
estado signatário do referido protocolo) sem a devida retenção do imposto devido por substituição tributária, 
ele deverá fazer a retenção do imposto, na forma prevista na Resolução SEFAZ nº 537/12. 
A base de cálculo do imposto devido por substituição tributária está prevista no artigo 5º do Livro II do 
RICMS/00 - Decreto nº 27.427/00. 
As mercadorias sujeitas à substituição tributária e suas respectivas MVAs (Margens de Valores 
Adicionados) estão listadas no Anexo I do Livro II do RICMS/00 - Decreto nº 27.427/00. 
O recolhimento deve ser efetuado no “Portal de Pagamentos”, na página SEFAZ/RJ, utilizando o CNPJ do 
MEI. O campo “inscrição estadual” deve permanecer em branco. 
 
5.2 O MEI deve pagar diferencial de alíquota? 
 
Sim. O fato de o MEI que exerce atividades sujeitas ao ICMS não possuir inscrição estadual no Estado do 
Rio de Janeiro não o desqualifica como contribuinte do imposto para todos os efeitos legais (art. 33, § 1º, da 
Parte III da Resolução SEFAZ nº 720/14). Assim, caso adquira de outro Estado mercadoria destinada a seu 
uso e consumo ou a integrar seu ativo fixo, deve efetuar o pagamento do diferencial de alíquota do ICMS - 
valor relativo à diferença entre a alíquota interna e interestadual,geralmente 7% (19% - 12%), que é devido 
pelo MEI na qualidade de destinatário de tais mercadorias (art. 155, § 2º, VII e VIII "a", da Constituição 
Federal). 
O recolhimento deve ser efetuado no “Portal de Pagamentos”, na página SEFAZ/RJ, utilizando o CNPJ do 
MEI. O campo “inscrição estadual” deve permanecer em branco. 
 
- Emenda Constitucional nº 87/15 (diferencial de alíquota devido a outros estados) 
Existe ainda a hipótese de pagamento de diferencial de alíquota de ICMS devido a outro estado, prevista na 
Emenda Constitucional nº 87/15, na qualidade de remetente em operações interestaduais destinadas a 
consumidor final não contribuinte do ICMS (art. 155, § 2º, VII e VIII "b", da Constituição Federal). Contudo, 
esse diferencial de alíquota (ou seja, como remetente para outro estado) não é devido pelas empresas 
optantes pelo Simples Nacional, incluído o MEI, em face da Medida Cautelar na Ação Direta de 
Inconstitucionalidade 5.464 MC/DF, que suspendeu a eficácia da cláusula nona do Convênio ICMS 93/15 
editado pelo CONFAZ. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5.3 O MEI pode transferir crédito de ICMS na venda de mercadorias para contribuinte do ICMS? 
 
Não. Conforme o art. 59, I, da Resolução CGSN nº 94/11, o contribuinte optante pelo Simples Nacional 
sujeito à tributação do ICMS por valores fixos mensais (como é o caso do MEI, sujeito ao valor fixo de R$ 
1,00 de ICMS pelo SIMEI), não pode consignar em seus documentos fiscais valor para aproveitamento de 
crédito de ICMS pelo adquirente. 
 
5.4 O adquirente tem direito a crédito de ICMS? 
 
Não. Conforme o art. 60, III, da Resolução CGSN nº 94/11, o adquirente de mercadoria não pode se creditar 
de ICMS quando o remetente estiver na situação prevista no art. 58, I, da mesma Resolução, isto é, quando 
o remetente é contribuinte optante pelo Simples Nacional sujeito à tributação do ICMS por valores fi xos 
mensais (como é o caso do MEI, sujeito ao valor fixo de R$ 1,00 de ICMS pelo SIMEI). 
 
(Veja a pergunta 5.3) 
 
5.5 Qual procedimento deve ser adotado no caso de perda da condição de enquadrado no SIMEI? 
 
O empresário individual que perder a condição de enquadrado no SIMEI deverá se inscrever no CAD-ICMS, 
caso continue exercendo atividades sujeitas à inscrição obrigatória, conforme previsto no Anexo I da Parte 
II da Resolução SEFAZ nº 720/14, devendo ser observado, quanto ao desenquadramento, o disposto no art. 
105 da Resolução CGSN nº 94/11. 
 
5.6 O MEI que vende produtos em feiras, exposições ou eventos semelhantes, ou nas modalidades 
“porta a porta” ou “venda ambulante” deve emitir documento fiscal e pagar ICMS? 
 
Primeiramente, é importante ressaltar que, nos termos do art. 33, §§ 2º e 3º, do Anexo III da Parte III da 
Resolução SEFAZ nº 720/14, o MEI deve sempre manter em seu estabelecimento ou local onde exerça 
suas atividades cópia do Certificado da Condição de Microempreendedor Individual - CCMEI, emitido pelo 
Portal do Empreendedor, ou cópia de consulta atualizada emitida pelo Portal do Simples Nacional em que 
conste a informação de "Optante pelo SIMEI" e a respectiva data de início dessa opção. 
No tocante ao pagamento de ICMS e à emissão de documento fiscal, é necessário identificar o caso em que 
o MEI está enquadrado, conforme abaixo: 
 
a) no caso de MEI estabelecido no Estado do Rio de Janeiro (ou seja, com endereço no CNPJ 
localizado dentro do RJ) e o local da venda ser também neste Estado: 
a.1) em relação ao pagamento do ICMS, esse imposto está incluído no valor fixo mensal devido no seu 
regime de tributação (SIMEI) e nada mais de ICMS deve ser pago; 
a.2) em relação à emissão de documento fiscal, nas vendas para pessoa jurídica, quando ela não emitir 
nota fiscal de entrada, é obrigatório que o MEI emita a NFA-e (veja as perguntas 4.5 e 4.7). Já nas vendas 
para pessoa física, o MEI é dispensado de emitir a NFA-e, mas, a seu critério, poderá emiti-la (veja as 
perguntas 4.5 e 4.6); 
Obs.: é recomendável que, quando do transporte dos produtos para o local da venda, e também 
quando do transporte dos produtos que não foram vendidos em retorno para seu domicílio, o MEI 
emita NFA-e de simples remessa, em seu próprio nome, para acobertar a circulação das 
mercadorias com o Documento Auxiliar da NFA-e (DANFAE), conforme art. 36 do Anexo I do Livro 
VI do RICMS/00, Decreto nº 27.427/00. 
 
 
 
 
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b) no caso de MEI estabelecido no Estado do Rio de Janeiro (ou seja, com endereço no CNPJ 
localizado dentro do RJ) e o local da venda ser em outro Estado: 
Neste caso, o MEI deverá consultar a legislação tributária do Estado onde os produtos serão vendidos para 
verificar as normas relativas à necessidade de pagamento antecipado do imposto devida àquela Unidade da 
Federação, bem como quanto à emissão de documentos fiscais em relação às operações a serem 
praticadas em seu território. 
 
c) no caso de MEI estabelecido em outro Estado (ou seja, com endereço no CNPJ localizado fora do 
RJ) que trouxer mercadorias para venda no Estado do Rio de Janeiro: 
Neste caso, o MEI deverá pagar antecipadamente o ICMS devido pelas operações a serem praticadas no 
Estado do Rio de Janeiro e observar as demais disposições previstas no art. 26 do Anexo XIII da Parte II da 
Resolução SEFAZ nº 720/14 (que se aplicam às ME/EPP optantes pelo Simples Nacional, ou seja, inclusive 
ao MEI, conforme art. 27 do referido Anexo); 
 
 
 
 
 
 
 
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6. LEGISLAÇÃO 
 
6.1 Resolução SEFAZ nº 720/14 (Parte III – arts. 32 a 39) 
 
RESOLUÇÃO SEFAZ Nº 720/14 – PARTE III 
CAPÍTULO X 
DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) 
Seção I 
Do Enquadramento como MEI 
Art. 32. Considera-se MEI o empresário individual que atenda às condições expressas no art. 91 da 
Resolução CGSN n.º 94/11. 
Parágrafo único. Sem prejuízo das normas gerais constantes das legislações editadas pelo CGSN e pelo 
CGSIM, aplicam-se ao MEI enquadrado no SIMEI e localizado no Estado do Rio de Janeiro as disposições 
específicas previstas neste Capítulo. 
Art. 33. Não será concedida inscrição estadual ao MEI enquadrado no SIMEI. 
§ 1.º Considera-se contribuinte do ICMS, para todos os efeitos legais, o MEI optante pelo SIMEI, desde que 
cadastrado no CNPJ com código de atividade CNAE, principal ou secundária, relacionado no Anexo XIII da 
Resolução CGSN n.º 94/11, com a indicação “S” na coluna “ICMS”. 
§ 2.º Enquanto não implementado e atualizado o cadastro específico de que trata o art. 39 desta Parte, para 
comprovação de sua condição, o MEI deve manter em seu estabelecimento ou local onde exerça suas 
atividades cópia do Certificado da Condição de Microempreendedor Individual - CCMEI, de que trata o art. 
23 da Resolução CGSIM n.º 16/2009. 
§ 3.º Em substituição ao CCMEI, a comprovação de que trata o § 2.º deste artigo poderá ser feita, ainda, 
pela apresentação de consulta emitida pelo Portal do Simples Nacional, em que conste a informação de 
"Optante pelo SIMEI" e a respectiva data de início dessa opção. 
Art. 34. O empresário individual que esteja inscrito no CAD-ICMS e que se enquadrar no SIMEI deverá 
requerer baixa de sua inscrição estadual. 
Parágrafo único. Não sendo requerida a baixa no prazo de 60 (sessenta) dias da data de seu 
enquadramento no SIMEI, a SUACIEF processará a baixa de ofício. 
 
Seção II 
Da Emissão de Documentos Fiscais por MEI 
 Art. 35. A emissão de documento fiscal pelo MEI é: 
I - dispensada: 
a) nas operações com venda de mercadorias ou prestações de serviços para consumidor final pessoa 
física: 
b) nas operações com mercadorias para destinatário inscrito no CNPJ, quando o destinatário emitir nota 
fiscal de entrada; 
II - obrigatória: 
a) nas prestaçõesde serviços para tomador inscrito no CNPJ; 
b) nas operações com mercadorias para destinatário inscrito no CNPJ, quando o destinatário não emitir 
nota fiscal de entrada. 
§ 1.º O MEI somente poderá emitir: 
I - NFA-e, devendo ser observado o disposto no Anexo VI da Parte II desta Resolução e o Capítulo II do 
Anexo I do Livro VI do RICMS/00; 
II - Conhecimento Avulso de Transporte Aquaviário ou Rodoviário de Cargas, observado o disposto no 
Anexo VI da Parte II desta Resolução e o art. 74-A do Livro IX do RICMS/00. 
 
 
 
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§ 2.º A emissão dos documentos fiscais de que trata este artigo deve observar, além das demais normas 
pertinentes, o disposto no art. 57 da Resolução CGSN n.º 94/11 (art. 35 com redação dada pela Resolução 
SEFAZ n.º 980/2016). 
Seção III 
Do Desenquadramento 
Art. 36. O empresário individual que perder a condição de enquadrado no SIMEI deverá se inscrever no 
CAD-ICMS, caso continue exercendo atividades sujeitas à inscrição obrigatória, conforme previsto no Anexo 
I da Parte II desta Resolução, devendo ser observado, quanto ao desenquadramento, o disposto no art. 105 
da Resolução CGSN n.º 94/11. 
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se independentemente de a perda da condição decorrer de 
desenquadramento por comunicação do contribuinte ou de desenquadramento de ofício promovido pela 
SEFAZ, pela RFB, por outro Estado, pelo Distrito Federal ou por qualquer Município. 
Art. 37. No desenquadramento de ofício do SIMEI promovido pela SEFAZ aplicar-se-ão, no que couber, as 
normas, competências e demais procedimentos estabelecidos nesta Parte para a exclusão de ofício do 
Simples Nacional. 
Parágrafo único. Caso a irregularidade que dê ensejo ao desenquadramento de ofício do SIMEI configure, 
também, motivo de exclusão de ofício do Simples Nacional, deverá ser promovido, exclusivamente, o 
procedimento relativo à exclusão de ofício, vez que esta se sobrepõe àquela, consoante previsto no inciso I 
do § 4.º-A do art. 105 da Resolução CGSN n.º 94/11. 
 
Seção IV 
Das disposições Gera is 
Art. 38. O disposto neste Capítulo não exime o MEI do cumprimento de outras obrigações tributárias 
porventura exigidas na legislação do Simples Nacional. 
Art. 39. A SUACIEF implementará sistema corporativo destinado à manutenção de um cadastro específico 
para controle e gerenciamento dos MEI. 
Parágrafo único. O cadastro específico do MEI será implementado a partir dos dados obtidos pela SEFAZ 
no sistema do Simples Nacional, conforme previsto nos artigos 12 e 28 da Resolução CGSIM nº 16/09, e 
atualizado com as eventuais alterações dos dados cadastrados. 
 
6.2 Legislação na Internet 
Para conhecer a legislação citada, acesse: 
Estadual: 
- RICMS/00 (Regulamento do ICMS - Decreto nº 27.427/00): www.fazenda.rj.gov.br > Legislação > Estadual 
- Resolução SEFAZ nº 980/16: www.fazenda.rj.gov.br > Legislação > Estadual > 2016 
- Resolução SEFAZ nº 720/14: www.fazenda.rj.gov.br > Legislação > Estadual > 2014 
- Resolução SEFAZ nº 537/12: www.fazenda.rj.gov.br > Legislação > Estadual > 2012 
 
Federal: 
- Constituição Federal: www.planalto.gov.br/legislacao > Constituição 
- EC nº 87/15: www.planalto.gov.br/legislacao > Constituição > Emendas Constitucionais 
- Lei Complementar nº 123/06: www.planalto.gov.br/legislacao > Leis Complementares > 2006 
- Lei nº 10.406/02 (Código Civil): www.planalto.gov.br/legislacao > Códigos 
- Resolução CGSN nº 94/11: www.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional > Legislação > Resoluções 
CGSN 
- Convênio ICMS nº 93/15: www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao > Convênios ICMS 
Visite também: 
Portal do MEI na SEFAZ/RJ: www.fazenda.rj.gov.br/mei 
Portal Nacional do MEI (Portal do Empreendedor): www.portaldoempreendedor.gov.br. 
 
 
 
 Manual MEI 
 14 
7. FALE CONOSCO 
 
Para outras dúvidas, acesse, no Portal da SEFAZ, “Fale Conosco” e selecione a opção: 
 Legislação Tributária: em caso de dúvidas relacionadas com a legislação; 
 NFA-e: em caso de dúvidas operacionais sobre o sistema NFA-e; 
 Portal de Pagamentos: em caso de dúvidas relacionadas com a utilização do Portal e emissão do 
DARJ. 
 
 
 
Secretaria de Estado de Fazenda 
Estado do Rio de Janeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEFAZ/RJ 
 www.fazenda.rj.gov.br/mei

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