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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO 
ANTÔNIO VIEIRA BARRETO
RESENHA CRÍTICA: Turismo e Etnicidade.
SÃO GONÇALO
2017
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO 
ANTÔNIO VIEIRA BARRETO
RESENHA CRÍTICA: Turismo e Etnicidade. 
Resenha crítica apresentada para a disciplina Estudos Antropológicos, do curso de Licenciatura em Turismo, na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Fundação CECIERJ. 
 
Coordenador: Prof. Javier Alejandro Lifschitz
Tutor Presencial: Prof.a Carla Marques
Tutor à Distância: Prof.a Elisa Gomes
SÃO GONÇALO
2017
REFERÊNCIA:
Grünewald, R. d. (13 de Outubro de 2017). Turismo e Etnicidade. Fonte: Horizontes Antropologicos: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010471832003000200008
CREDENCIAIS DO AUTOR: 
Rodrigo de Azeredo Grunewald é professor titular de antropologia da universidade federal de campina grande. Concluiu o doutorado em antropologia social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2000. Através de programa de pós-doutorado, atuou como visiting scholar no departamento de antropologia da Universidade da Califórnia em Berkeley entre 2005 e 2006. Além da publicação de livros e artigos, Rodrigo tem atuado em trabalhos junto a sociedades indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais, tanto ligados à educação indígena quanto ao de reconhecimento étnico e territorial de quilombos e ainda em questão de conflito socioambiental envolvendo uma comunidade ribeirinha. Foi editor do periódico científico Cadernos do Leme (laboratório de estudos em movimentos étnicos por ele fundado e onde também criou e coordenou um cineclube). Atualmente é coordenador do laboratório de estudos sobre tradições (LETRA/UFCG), membro do núcleo cultura turismo e sociedade (CULTUS/UFCG), do laboratório de pesquisas em etnicidade, cultura e desenvolvimento (LACED/MN/UFRJ) e do laboratório e grupo de pesquisa em relações Inter étnicas (LAGERI/UNB). (O Escavador, 2017)
SINTESE DA OBRA:
Neste artigo, o autor aborta antropologia do turismo étnico. Aquele turismo que vai em busca de culturas diferentes. Do impacto deste tipo de turismo, sobre a cultura receptora local, ocasionado pelos contingentes de pessoas portadoras de outros padrões culturais, as mudanças nas relações da população tradicional, a partir do contato com turistas, as mudanças de hábitos por aculturação e como pode ser visto como cultura encenada, como tradição inventada, porém, acaba penetrando no tecido social e se transforma em um novo movimento étnico cultural.
 DESENVOLVIMENTO:
Segundo o autor, foi na década de 60 que os trabalhos sobre turismo se iniciam na antropologia, ganhando força e sistematicidade na década seguinte e principalmente com foco sobre pequenas comunidades e as interações sociais entre turistas e hospedeiros. Dentro de uma enorme complexidade, do fenômeno, ele salienta quanto à busca do objeto turístico pelos turistas, que busca por sociedades em recônditos da terra, uma busca pelo “exótico”. A busca turística pelo exotismo ou simplesmente por outras culturas, é denominado “Turismo Étnico”. Uma das primeiras preocupações dos antropólogos com relação ao turismo foi porque tal atividade penetrava nas sociedades estudadas por eles e promovia mudanças. Então, essa presença começou cada vez mais a ser notada em relação às manifestações das identidades étnicas dessas populações, que começam a passar por transformações. O autor cita a colocação, sobre exotismo buscado pelos crescentes grupos de turistas, inerente à fronteira étnica que separa o turista do nativo. Turismo necessariamente envolve contato com nativos através de uma barreira cultural. Isso, mesmo em situações onde o turista não busca ativamente exotismo étnico, e está primariamente interessado em paisagens, monumentos. Isso é um fato.
O turista quer ver o nativo ao natural, mas sua própria presença muda os nativos ao torná-los menos exóticos. Eles se modificam, e acabam por se parecer com o próprio turista. Com este “incentivo”, os nativos transformam-se em atores, no intuito de preservarem seu “negocio”. O que cria a ilusão de autenticidade. Assim, a procura turística por autenticidade estaria condenada pela própria presença dos turistas e, para o turista étnico, o turismo destrói a própria coisa que ele procura ver: o nativo intacto.
Segundo MacCannell, que sustenta que turismo étnico segue "caminhos estruturais existentes” e nem sempre vantajosos para os nativos, pois na maioria das vezes a estrutura do turismo étnico acaba por favorecer o gasto de dinheiro, com os chamados supérfluos, como câmeras, filmes, etc. e isso mesmo se a atração étnica é o motivo único de uma viagem. Ele alega que isso desenvolve mudanças na comunidade receptora, e que o para turismo étnico raramente melhora as vidas de seus membros, como algumas vezes ocorrem o desenvolvimento para outras formas de turismo. Uma instituição dominante na regulação de etnicidades, é o Estado. E, é importante que o Estado, não perca de vista a construção política da etnicidade através principalmente dos caminhos das designações étnicas oficiais, através da distribuição de recursos a através de regras e estruturas de acesso político.
Todo este novo movimento turístico, na busca pela cultura exótica, auxilia em transformações de comunidades. Comunidades turísticas, podem se sobrepor às comunidades étnicas num mesmo espaço social e territorial. O autor acredita que membros da comunidade étnica envolvidos nesse processo e mais todos aqueles de fora da comunidade, mas que também estão envolvidos nessa promoção do turismo étnico, formam todos a comunidade “etnoturística”. Alega ainda, que todas essas esferas são autênticas e legítimas em suas especificidades, e que chamar de falso, ilusório, inautêntico, etc. é inadequado.
REFLEXÃO CRÍTICA: 
As colocações sobre essas incursões, impactos causados pelo turismo, alterações na cultura, resgate, representação, encenação, valorização e outras formas de concepção do turismo, o autor do artigo que sua pesquisa ultrapassa o âmbito dos meros efeitos do turismo, aponta para uma compreensão mais ampla dessa atividade, seja como processo, fenômeno social capaz de gerar relações especificas que trazem consequências. Ele propõe ultrapassar a análise dos efeitos da atividade turística como fenômeno social, para a compreensão do lugar, o papel dessa atividade no contexto das relações sociais e culturais numa sociedade que é marcada pela globalização, deslocamento e interação cultural entre povos distintos, e toda mudança gerada por estas transformações.

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