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Aula 02 Noções de Direito Administrativo p/ INSS - Técnico do Seguro Social - Com videoaulas - 2016 Professor: Daniel Mesquita Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 1. INTRODUÇÃO À AULA 02 2 2. PODERES ADMINISTRATIVOS. 2 2.1. USO E ABUSO DE PODER 5 3. PODER HIERÁRQUICO 9 4. PODER DISCIPLINAR 16 5. PODER REGULAMENTAR 22 6. PODER DE POLÍCIA 34 6.1. CONCEITO 34 6.2. ATRIBUTOS 35 6.3. INDELEGABILIDADE 39 6.4. POLÍCIA ADMINISTRATIVA X POLÍCIA JUDICIÁRIA 40 7. PODER VINCULADO 56 8. PODER DISCRICIONÁRIO 57 9. RESUMO DA AULA 65 10. QUESTÕES COMENTADAS 70 11. REFERÊNCIAS 93 AULA 02: Poderes administrativos SUMÁRIO Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 1. Introdução à Aula 02 Nessa aula 02 do curso de Direito Administrativo, preparatório para o concurso do INSS- Técnico de Seguro Social, falaremos dos seguintes assuntos: ³5 Poderes administrativos: poder hierárquico; poder disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder.´� Seguiremos com a análise de diversas questões que já caíram em concursos anteriores, especialmente do CESPE. Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as questões tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na véspera da prova! Num concurso como este, a matéria é muito extensa. Não há como você ler a matéria hoje e apreender tudo até no dia da prova. Por isso, programe-se para ler os resumos na semana que antecede a prova. Lembre-se: o planejamento é fundamental. Chega de papo, vamos à luta! 2. Poderes administrativos. Certamente, você já ouviu falar que na Administração Pública vige o princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado, ou seja, os atos estatais se impõem perante os particulares, pois o Estado age visando o interesse público. Entretanto, como é que esse princípio se materializa? Como é que, na prática, a Administração se sobrepõe ao particular? Isso ocorre por meio dos poderes administrativos. O ordenamento jurídico coloca esses poderes a disposição do Estado para que ele tenha meios de impor a sua a supremacia. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Os agentes públicos, por gozarem desses poderes (= prerrogativas), encontram-se numa posição superior ao cidadão comum. Assim, o Estado consegue dirimir os conflitos da sociedade. Esse poder não é uma faculdade da Administração. A professora Di 3LHWUR�DVVLP�GL]�³(PERUD�R�YRFiEXOR�poder dê a impressão de que se trata de faculdade da Administração, na realidade trata-se de poder- dever, já que reconhecido ao poder público para que o exerça em EHQHItFLR�GD�FROHWLYLGDGH��RV�SRGHUHV�VmR�SRLV�LUUHQXQFLiYHLV´��� São poderes da Administração: 1.Poder hierárquico; 2.Poder disciplinar; 3.Poder regulamentar; 4. Poder de polícia. Alguns autores colocam a discricionariedade e a vinculação como poderes da $GPLQLVWUDomR�� SRU� LVVR�� HVVHV� ³SRGHUHV´� WDPEpP� VHUmR� WUDWDGRV� DR� longo desta aula. Os poderes, contudo, não são uma arma brutal que provoca um ataque sem defesa contra os administrados, eles são limitados pelos direitos individuais previstos na Constituição, como o direito a ampla defesa e o contraditório, por exemplo, pela lei, pelos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade e por diversos outros postulados, como o do controle dos atos administrativos. Agindo o administrador fora dos objetivos legais ele comete abuso de poder, e se ao contrário não exerce os poderes a ele conferidos comete abuso de poder por omissão. Ótimo professor! Quanto ao poder-dever, entendi a noção geral de poder, mas há um contrapeso em relação a esses poderes? Não incide aqui no direito administrativo a máxima de que grandes poderes geram grandes responsabilidades? Há sim um contrapeso, meus caros e este contrapeso são os deveres (= restrições ou sujeições) dos administradores públicos. O administrador não pode se abster de praticar os atos de sua competência legal, uma vez que ele deve obediência ao princípio da legalidade. Dessa forma, quando a Administração tem o dever de agir, Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita mas assim não faz, o agente que for omisso será responsabilizado, possibilitando que cidadão acione as vias judiciais para a obtenção do ato que a autoridade ou a Administração tinha o dever de fazê-lo, e não o fez. Tendo em vista que a Administração deve obedecer à lei, inclusive nas atividades discricionárias, surgem os deveres do Administrador Público. De forma geral, a Administração deve agir com eficiência (= boa administração), proporcionalidade, lealdade, obediência (o servidor deve obedecer e executar às ordens legais de seus superiores), devendo ainda prestar contas de seus atos e agir de forma correta, ética, com probidade. Hely Lopes traz os três principais deveres do Administrador Público: 1. DEVER DE EFICIÊNCIA: Espera-se que o Administrador Público tenha bons resultados, atuando com o melhor desempenho possível em suas atribuições. Esse dever se impõe a todo agente público, visando resultados positivos e satisfatórios para a atividade pública com a sociedade. Não basta agir com rapidez, o rendimento é essencial! Além de abranger os aspectos quantitativos e qualitativos do serviço. 2. DEVER DE PROBIDADE: Este dever está enraizado na conduta do Administrador, do mais simples ao mais complexo ato praticado pelo Administrador, afinal, para que o Administrador aja com na forma da lei, a probidade é indispensável. O dever de probidade é tão importante que foi tratado pela Constituição Federal. Veja só: Art. 37 § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao Erário, na forma e gradação prevista em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 3. DEVER DE PRESTAR CONTAS: Já que Administração ³DGPLQLVWUD´�RV�EHQV�H�WDPEpP�JHUH�RV�LQWHUHVVHV�GD�SRSXODomR�FRPR� um todo, existe um cuidado a ser feito com a gerência do que é do SRYR�� 1DV� SDODYUDV� GH� +HO\� /RSHV�� ³6H� R� DGPLQLVWUDU� FRUUHVSRQGH� DR� desempenho de um mandato de zelo e conservação de bens e interesses de outrem, manifesto é que quem o exerce deverá contas ao proprietário.´ O dever de prestar contas é da Administração para com a sociedade, devendo a gestão administrativa ser clara, não só quanto ao uso de dinheiro, mas a toda atividade realizada pela Administração. Este dever também foi tratado na nossa Constituição Federal: E o dever de lealdade, professor, o que esse dever significa? Significa que o administrador deve ser leal às instituições públicas. Assim como ele é fiel a sua esposa, ele deve ser fiel ao interesse público, devendo se dedicar ao serviço e respeitar as leis e as instituições estatais, nunca atuando contra os objetivos da Administração. 2.1. Uso e Abuso de poder Uso e abuso de poder é o gênero que abrange duas espécies: desvio de poder e excesso de poder. Art. 70 § único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Bandeira de Mello (2010, p. 407) observa que o desvio de poder pode se manifestar de duas formas: (a) o agente busca finalidade alheia ao interesse público; (b) o agente busca uma finalidade de interesse público, mas alheia à prevista para o ato que utilizou. Como se vê: sempre, no desvio de poder, o que está envolvido é a finalidade do ato, ou fora do interesse público ou fora da finalidade prevista na lei para aquele ato específico. Excesso de poder, por sua vez, é vício na competência. Quando o agente atua transbordando de sua competência, ou seja, vai além de sua competência definida em lei ou na Constituição, há o excesso de poder. Assim, temos o importante quadro, com fundamento na doutrina de Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino ± SINAL DE ALERTA: 1. (CESPE ± 2015 - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Julgue o item que se segue, referentes aos poderes da administração pública. O excesso de poder, espécie de abuso de poder, ocorre quando o agente público ultrapassa os limites impostos a suas atribuições. O abuso de poder é divido em duas vertentes. A primeira o Excesso de Poder, que ocorre quando o agente excede os limites da sua competência. Logo viola não só o princípio da Supremacia do Interesse Público mas também a sua competência. Desvio de poder ± vício na finalidade Abuso de poder Excesso de poder ± vício na competência Questões de concurso Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita A segunda é o Desvio de Poder ou de finalidade, que ocorre quando o agente possui a competência, mas não responde a determinada finalidade disposta na lei. Logo viola não só os princípios da Impessoalidade e da Moralidade, como também a sua finalidade. Gabarito ± Certo. 2. (CESPE -2015- MPU- Técnico do MPU - Segurança Institucional e Transporte) O servidor responsável pela segurança da portaria de um órgão público desentendeu-se com a autoridade superior desse órgão. Para se vingar do servidor, a autoridade determinou que, a partir daquele dia, ele anotasse os dados completos de todas as pessoas que entrassem e saíssem do imóvel. Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue. O ato da autoridade superior foi praticado no exercício de seu poder disciplinar. Resposta: Dentre as formas do desvio de poder está a atuação do agente buscando finalidade alheia ao interesse público. Dessa forma, o ato não foi praticado no uso do poder disciplinar, mas houve o desvio de poder. Gabarito: Errado. 3. (2014/CESPE/ SUFRAMA/Agente Administrativo) A legislação concede à administração poderes extraordinários, necessários para que o Estado alcance os seus fins. Em relação aos poderes da administração pública, julgue os itens seguintes. A remoção de ofício de um servidor, como forma de puni-lo por faltas funcionais, configura abuso de poder. RESPOSTA: Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita A remoção de ofício de um servidor configura abuso de poder na categoria desvio de finalidade, nesse caso o agente atua dentro de sua competência, porém busca finalidade diversa daquela prevista em lei. Cuidado! O examinador tentou confundir você: Abuso de poder é gênero do qual decorrem as espécies: desvio de finalidade (ou desvio de poder) e excesso de poder. Gabarito: Certo. 4. (2014/ CESPE/ MDIC/Analista Técnico - Administrativo) O exercício dos poderes administrativos não é uma faculdade do agente público, mas uma obrigação de atuar; por isso, a omissão no exercício desses poderes poderá ensejar a responsabilização do agente público nas esferas cível, penal e administrativa RESPOSTA: De acordo com Hely Lopes Meirelles: "(...) se no Direito Privado o poder de agir é uma faculdade, no Direito Público, o poder de agir é uma imposição, é um dever para o agente que o detém. É um poder-dever." Além disso, temos o artigo 121 da Lei 8112/90 que diz: "O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições." Gabarito: Certo 5. (CESPE - 2013 - TJ-DF - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Considere que determinado agente público detentor de competência para aplicar a penalidade de suspensão resolva impor, sem Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita ter atribuição para tanto, a penalidade de demissão, por entender que o fato praticado se encaixaria em uma das hipóteses de demissão. Nesse caso, a conduta do agente caracterizará abuso de poder, na modalidade denominada excesso de poder. Com o que vimos você já acertaria, mas observe como o CESPE copiou o exemplo dado por Di Pietro: ³6eria o excesso de poder, que ocorre quando a autoridade vai além daquilo que ela teria competência para praticar. Por exemplo, ela só pode aplicar a pena até de suspensão, mas aplica a pena de demissão. Outro exemplo é o do policial que se excede no uso da força. Ele tem competência paraatuar, mas se excede no uso dos meios que a lei lhe dá para atingir os fins de interesse público.´ Item correto! 6. (CESPE ± 2013 ± CNJ ± Técnico Judiciário ± Área Administrativa) Considere que determinado servidor público, dentro de suas atribuições, tenha se afastado do interesse público e atuado abusivamente. Nessa situação hipotética, esta conduta estará sujeita à revisão judicial ou administrativa, podendo, inclusive, o servidor responder por ilícito penal. Pessoal, aqui o caso é clássico de abuso de poder. Nessas situações, a conduta do servidor público está sujeita ao controle judicial ou administrativo, podendo responder por ilícito na esfera criminal. Logo, está CORRETA. 3. Poder Hierárquico Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Segundo Leandro Zannoni, ³R� SRGHU� KLHUiUTXLFR� GHFRUUH� GD� hierarquia, que é o vinculo de subordinação e coordenação entre órgãos H� DJHQWHV� VXSHULRUHV� H� LQIHULRUHV´�� 2X� VHMD�� WDQWR� RV� yUJmRV� FRPR� RV� agentes públicos estão organizados de forma hierárquica e dessa relação de superioridade surgem poderes, o chamado poder hierárquico. O poder hierárquico garante que o princípio da eficiência seja cumprido na administração pública, através do poder de coordenação e subordinação dentro da mesma pessoa jurídica. Aqueles que são subordinados estão mais próximos da execução dos atos. Os superiores controlam e fiscalizam a atuação dos inferiores. Nos Poderes Legislativo e Judiciário a relação é diferente, pois os seus membros (juízes e parlamentares) gozam de independência funcional no exercício de suas funções típicas. No Poder Judiciário, por exemplo, existe uma distribuição de competência entre as instâncias, essas instâncias funcionam com independência umas das outras, e prevalece o princípio da livre convicção do juiz, em que não há subordinação jurídica aos tribunais superiores. Zannoni ainda leciona que da hierarquia decorrem os seguintes poderes: i) De editar atos normativos (como decretos, resoluções, portarias e instruções) com o intuito de ordenar genericamente os subordinados; ii) De comandar os subordinados por meio de ordens específicas, os quais devem obedecer, salvo se a ordem for manifestamente ilegal; iii) De fiscalizar a atividade inferior; iv) De anular os atos inferiores ilegais; v) De revogar os atos inferiores inoportunos ou inconvenientes; Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita vi) De aplicar sanções aos infratores; vii) De solucionar conflitos de atribuição (positivos ou negativos); viii) Delegar atribuições ix) Avocar atribuições. MUITO CUIDADO: O poder hierárquico não chega ao ponto de excluir ou retirar a competência do subordinado. Isso porque, a competência decorre de lei e não da vontade do administrador. Assim sendo, quando há a delegação - ³transferência de atribuições de um órgão a outro no aparelho administrativo´- CRETELLA JR., deverá ser temporária e certa, tendo em vista que a lei prevê como regra o exercício da função pelo órgão ou agente originário. Obviamente que havendo uma delegação ilegal o agente delegante não será obrigado a cumpri-la. A avocação de atribuições, por sua vez, ocorre quando a autoridade hierarquicamente superior chama para si, as atribuições do seu subordinado, sendo esse exercício temporário e discricionário. 7. (CESPE ± 2015 - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Julgue o item que se segue, referentes aos poderes da administração pública. O poder hierárquico é aquele que confere à administração pública a capacidade de aplicar penalidades. A questão não trata do poder hierárquico e sim do poder de disciplinar, que concede à administração pública o poder de pugnar as infrações seus servidores e infrações administrativas cometidas por particulares que estejam vinculados por algum motivo jurídico. Questões de concurso Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Gabarito ± Errado. 8. (2014/CESPE/TJ-SE/Técnico Judiciário - Área Judiciária) No tocante aos atos e aos poderes administrativos, julgue os próximos itens. O Poder Judiciário só tem competência para revogar os atos administrativos por ele mesmo produzidos. RESPOSTA: O Poder Judiciário, na sua função atípica de administração, expede atos administrativos, podendo nesse caso revogar, por conveniência e oportunidade, ou anular, quando eivados de vícios. Veja o que a súmula 473 diz: Súmula 473 STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Gabarito: C 9. (2014/CESPE/SUFRAMA/ Agente Administrativo) O poder hierárquico confere aos agentes superiores o poder para avocar e delegar competências RESPOSTA: Consequências da hierarquia: x ³'DU�RUGHQV´ x Controlar/fiscalizar as ordens x Rever os atos praticados pelos subordinados Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita x Pode delegar ou avocar competência. Delegação significa o chefe transferindo a competência para o seu subordinado. Avocação é puxar para seu núcleo de responsabilidade a competência. Gabarito: C 10. (2014/CESPE/ SUFRAMA/ A legislação concede à administração poderes extraordinários, necessários para que o Estado alcance os seus fins. Em relação aos poderes da administração pública, julgue os itens seguintes. Em decorrência do poder de polícia, a administração pode condicionar ou restringir os direitos de terceiros, em prol do interesse da coletividade. RESPOSTA: O poder de polícia é a faculdade da Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em beneficio da coletividade ou do próprio Estado. Gabarito: C 11. (2014/ CESPE/TJ-DF/ Titular de Serviços de Notas e de Registros) Com relação aos poderes administrativos, assinale a opção correta. a) A polícia administrativa realiza atividades fiscalizatórias e repressivas e suas ações incidem sobre bens, serviços e pessoas. b) Ao buscar uma finalidade, ainda que de interesse público, alheia à categoria do ato queutilizou, o agente público competente incorre em excesso de poder. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita c) Os atos administrativos praticados no exercício do poder de polícia não são suscetíveis de controle judicial, uma vez que se caracterizam por coercibilidade e autoexecutoriedade. d) A atividade da administração pública que, mediante atos normativos ou concretos, limita ou condiciona a liberdade e a propriedade dos indivíduos, de acordo com o interesse coletivo, refere- se ao exercício do poder regulamentar. e) A avocação e a delegação de competência são atos administrativos praticados no exercício do poder hierárquico da administração pública. RESPOSTA: a) ERRADO. Poder de polícia não atua sobre pessoas, apenas sobre propriedade e liberdade. b) ERRADO. O excesso de poder ocorre quando o administrador é competente para realizar o ato, mas ao fazê-lo extrapola seu limite. No caso, ocorreu desvio de finalidade. c) ERRADO. Todo ato administrativo é suscetível de controle judicial na forma do art. 5o, XXXV, CF. O Poder Judiciário não pode adentrar na discricionariedade do administrador. d) ERRADO. O item se refere ao poder de polícia. e) CORRETO. A avocação e a delegação de competência são, de fato, atos administrativos praticados no exercício do poder hierárquico da administração pública. Gabarito: E 12. (CESPE - 2013 - Telebrás - Técnico em Gestão de Telecomunicações ± Assistente Administrativo) No exercício do poder hierárquico, a delegação pode ocorrer de modo vertical ou horizontal, enquanto a avocação se dá exclusivamente no sentido vertical. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Tudo certo, pessoal! Avocação e delegação nascem do poder hierárquico. A avocação ocorre sempre entre um superior e um subordinado, sendo que o primeiro chama a si a competência para a execução de determinado ato. Já a delegação ocorre tanto em níveis diferentes de hierarquia quanto em níveis iguais. Resposta: Certo. 13. (CESPE/2010/ANEEL/Técnico Administrativo) Como decorrência da relação hierárquica presente no âmbito da administração pública, um órgão de hierarquia superior pode avocar atribuições de um órgão subordinado, desde que estas não sejam de competência exclusiva. Ressaltamos, agora, os seguintes dispositivos da Lei nº 9.784/99 para resolvermos a questão: A questão está correta, pois a avocação decorre da hierarquia. Além disso, se a lei veda a delegação de matérias de competência exclusiva do órgão (art. 13), via reflexa, veda também a avocação dessa competência. 14. (CESPE/2010/DPE-BA) Em decorrência do poder hierárquico, é permitida a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior, devendo-se, entretanto, Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos. (...) Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita adotar essa prática em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados. Essa questão é importante, pois destaca uma característica essencial da delegação e da avocação: a limitação temporal e a excepcionalidade, pois a competência foi conferida por lei, não podendo o agente alterá-la de modo perpétuo. O item, portanto, está correto. 15. (CESPE/2010/MPU) O ordenamento jurídico pode determinar que a competência de certo órgão ou de agente inferior na escala hierárquica seja exclusiva e, portanto, não possa ser avocada. Pelas mesmas esse item também está correto, pois diz que a competência exclusiva não pode ser avocada. 4. Poder disciplinar O poder disciplinar é um poder-dever que cabe à Administração de examinar infrações cometidas por servidores públicos e demais pessoas com vínculo jurídico específico, sujeitas à disciplina administrativa. Podendo ainda aplicar penalidades se necessário após a devida averiguação dos fatos. Esse poder disciplinar está intimamente ligado ao poder hierárquico. No momento em que à administração exerce o controle interno das pessoas a ela vinculadas, exerce o poder disciplinar em uma relação decorrente do poder hierárquico. Nos contratos administrativos regidos pela Lei nº 8.666/93 não há hierarquia. Apesar das cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos, a Administração e o particular contratado não se situam em uma relação de subordinação. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Contudo, as bancas vêm adotando cegamente o posicionamento doutrinário de Vicente de Paulo e Marcelo Alexandrino de que as sanções administrativas a que se sujeitam os contratados decorrem do SRGHU� GLVFLSOLQDU�� XPD� YH]� TXH� HVWH� VHULD� ³XP� YtQFXOR� MXUtGLFR� HVSHFtILFR´�� Por isso, fique atento: para concurso, o poder disciplinar fundamenta as sanções aplicadas nos contratos administrativos. CUIDADO: Quando o assunto é a aplicação de pena para crimes e contravenções próprias do Código Penal pelo Poder Judiciário, não há manifestação do poder disciplinar. Nesse caso, o poder público está exercendo poder punitivo do Estado e não o poder disciplinar. Você verá que quando a lei confere alguma margem de liberdade ao administrador para decidir sobre qual medida será adotada na situação que se apresenta, o ato a ser praticado será discricionário. Agora, uma pergunta: o poder disciplinar é discricionário? Em regra não. Normalmente, a lei, de forma expressa, estabelece qual é a sanção ideal a ser aplicada no caso concreto. Se ocorreu o fato X, a lei diz que o superior deve aplicar a sanção Y. Nesse caso, ocorrido o fato X, não há pra onde correr. A sanção Y deve ser aplicada, não há discricionariedade. Pode-se chegar a essa conclusão observando o posicionamento do 67-�� ³6.1. A infração do art. 117, XI, da Lei 8.112/90 ± µatuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro¶ ±, impõe a aplicação da penade demissão, nos termos do art. 132, XIII, desse mesmo estatuto. 6.2. Portanto, nesse caso, o administrador não tem qualquer margem de discricionariedade na aplicação da pena, tratando-se de ato plenamente vinculado. Configurada a infração do art. 117, XI, da Lei 8.112/90, deverá ser aplicada a pena de demissão, nos termos do art. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 132, XIII, da Lei 8.112/90, sob pena de responsabilização criminal e administrativa do superior hierárquico desidioso´� (MS 15.437/DF, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 27/10/2010, DJe 26/11/2010) Há casos, porém, em que a discricionariedade existe. Isso porque, algumas vezes a própria lei concede à autoridade competente a prerrogativa de decidir o alcance da sanção. Se, por exemplo, a lei prevê que para o fato A aplica-se a pena de suspensão por até 90 dias, ocorrido o fato A, o superior hierárquico tem a liberdade de escolher por quanto tempo suspende o seu subalterno: por 10, 20, 50 ou 90 dias, por exemplo. Por fim, IMPORTANTE ter em mente que, conforme determina o artigo 5º�� /9�� GD� &)�� ³aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;´� Assim, para que a Administração utilize de seu poder disciplinar, ela deve promover o contraditório e a ampla defesa do acusado, em processo administrativo regularmente instaurado, antes de dar a punição. Para corroborar esse entendimento, destacamos também o § 1º do art. 41 da Constituição Federal: NÃO CAIA NESSA PEGADINHA: § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Juiz não é demitido com processo administrativo. Ele tem a garantia da ³vitaliciedade´. O que é isso professor? Isso quer dizer que ele só pode ser demitido por decisão judicial transitada em julgado! Isso mesmo: só um juiz ou um tribunal (composto de juízes) pode demitir um colega! Veja o art. 95, I, da Constituição: Como se vê, a vitaliciedade é adquirida com 2 anos. Após a aquisição da vitaliciedade, a demissão só ocorre com sentença judicial transitada em julgado. Vejam que esse assunto cai em prova! Vamos às questões!!! ATENÇÃO! NÃO CONFUNDAM PODER HIERÁRQUICO COM PODER DISCIPLINAR!!! 16. (2014/CESPE/Polícia Federal/Agente Administrativo). O poder para a instauração de processo administrativo disciplinar e aplicação da respectiva penalidade decorre do poder de polícia da administração. RESPOSTA: Poder disciplinar é o poder que a administração tem de apurar e punir o servidor público e aquele que tem uma subordinação/vínculo com a administração. Questões de concurso Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Poder de polícia é o poder que a administração, a partir da lei, utiliza para impor condicionamentos e restrições ao gozo de bens e exercícios de direitos e atividades individuais em prol do interesse público. Gabarito: Errado 17. (CESPE/2010/INSS/Engenheiro Civil) O poder disciplinar é exercido pela administração pública para apurar infrações e aplicar penalidades não somente aos servidores públicos, mas também às demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa. Como vimos acima, o poder disciplinar cabe não só para examinar infrações cometidas por servidores públicos como também as demais pessoas com vínculo jurídico específico com a Administração Pública. Correto. 18. (CESPE/2011/TJ-ES/Analista Judiciário) O poder disciplinar consiste em distribuir e escalonar as funções, ordenar e rever as atuações e estabelecer as relações de subordinação entre os órgãos públicos, inclusive seus agentes. Essa é a definição do Poder Hierárquico. Portanto, item errado. 19. (CESPE/2010/TRT-21ªReg/Técnico Judiciário) A avocação deriva do poder disciplinar e é utilizada de forma excepcional quando o servidor público subalterno comete uma falta funcional e é punido com a perda temporária da função, desde que devidamente justificado pelo chefe do setor. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Errado. Mais uma vez o examinador tentou confundir Poder Hierárquico com Poder Disciplinar. Mas já sabemos que a avocação decorre do poder hierárquico e não do poder disciplinar, é importante lembrar que a avocação não é um tipo de punição, mas trata-se da ação de chamar para si uma competência do subordinado, desde que não seja competência exclusiva. 20. (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) A atribuição conferida a autoridades administrativas com o objetivo de apurar e punir faltas funcionais, ou seja, condutas contrárias à realização normal das atividades do órgão e irregularidades de diversos tipos traduz-se, especificamente, no chamado poder hierárquico. Mais uma vez a banca fazendo a relação entre poder hierárquico e disciplinar! Item errado. Estamos diante do conceito de poder disciplinar e não hierárquico! 21. (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Auditoria Governamental) O poder disciplinar da administração pública confunde-se com o poder punitivo do Estado. A partir de hoje vocês não podem mais confundir! O poder punitivo está intimamente ao Direito Penal e à proteção de bens jurídicos considerados da mais alta importância, como a vida e a integridade física. O poder de polícia está ligado a aspectos administrativos da vida do Estado e dos administrados e a limitação de alguns direitos, ao poder de sancionar os servidores e alguns particulares em situação excepcionais. Resposta: errado. Concurseiros Unidos Maior RATEIOda Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 22. ( 2014/CESPE/CADE/Nível Médio) No que se refere aos agentes públicos, aos poderes administrativos e ao controle da administração pública, julgue o item subsecutivo. A função fiscalizatória exercida pelos tribunais de contas dos estados inclui-se entre as hipóteses de controle do Poder Legislativo sobre os atos da administração pública. RESPOSTA: O artigo 70 da Constituição Federal estabelece que o controle externo da Administração direta e indireta cabe ao Legislativo, competindo realizar fiscalização contábil, financeira, orçamentária, patrimonial e operacional, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncias de receitas, para o quê contará com o auxílio do Tribunal de Contas da União. Sendo assim, existe uma função fiscalizatória exercida pelos tribunais de contas dos estados, e configura controle do Poder Legislativo sobre os atos da administração pública. Gabarito: C 5. Poder regulamentar Tudo bem até aqui? Qualquer dúvida você pode me mandar um e-mail. Vamos em frente! A corrente majoritária dos doutrinadores aponta o poder regulamentar como sendo a competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo para editar atos administrativos normativos, complementares à lei para a sua fiel execução. 1DV�SDODYUDV�GH�0DUFHOR�$OH[DQGULQR�³2V�DWRV�DGPLQLVWUDWLYRV�QmR� têm destinatários determinados; incidem sobre todos os fatos ou situações que se enquadrem nas hipóteses que abstratamente Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita preveem. Os atos administrativos normativos editados pelo Chefe do Poder Executivo assumem a forma de decreto�´� Veja o que a Constituição Federal diz a respeito: Mas se só o Chefe do Poder Executivo tem o poder regulamentar, HP�TXH�³SRGHU´�VH�HQTXDGUDULDP�DV�UHVROXo}HV��LQVWUXo}HV�QRUPDWLYDV�� regimentos expedidos por outras autoridades administrativas? Nesse caso, fala-se em ³SRGHU� QRUPDWLYR´, que é o poder da Administração de editar atos gerais (o ato não é dirigido a um sujeito específico, mas a uma generalidade) e abstratos (o ato não foi editado para incidir sobre um único fato, mas para ser aplicado todas as vezes que ocorrer determinada situação descrita na norma). E qual seria a diferença fundamental entre lei e regulamento, professor? Leandro Zannoni dá uma resposta precisa a essa pergunta: ³D�lei e o regulamento não se confundem, pois aquela poderá inovar na ordem jurídica, criando direitos e obrigações para as partes, já que a lei é ato normativo primário, fundado na Constituição. Já o regulamento, não obstante ser geral e abstrato, não pode inovar a ordem jurídica, pois sua função é de apenas detalhar o significado da lei: é ato normativo secundário.´� Essa distinção entre poder regulamentar e poder normativo é consagrada, principalmente, por Di Pietro. Carvalho Filho e Bandeira de Mello não adotam essa divisão. Assim, é bom que você saiba que parte da doutrina (= Di Pietro) considera que poder normativo é gênero e poder regulamentar (ato só do Chefe do Executivo) é espécie desse gênero. ³$UW������&RPSHWH�SULYDWLYDPHQWe ao Presidente da República: (...) IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como H[SHGLU�GHFUHWRV�H�UHJXODPHQWRV�SDUD�VXD�ILHO�H[HFXomR�´ Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita MUITO CUIDADO, MEUS CAROS, ESSE É O PONTO FULCRAL DE NOSSA AULA!!! Existe no nosso ordenamento exceção a essa regra? Ou melhor, existe regulamento autônomo no Brasil? Há sim uma exceção, meus caros. A prevista no art. 84, VI, da Constituição. Vejamos: Como se vê, pode o Presidente (e os demais chefes do Poder Executivo: Governadores e Prefeitos) editar decreto autônomo, primário, para a: x ³RUJDQL]DomR´ e x ³IXQFLRQDPHQWR´ da administração federal DESDE QUE esse decreto não implique em: x ³DXPHQWR�GH�GHVSHVD´ ou x ³FULDomR�RX�H[WLQomR�GH�yUJmRV�S~EOLFRV´� Além disso, ele pode editar um decreto autônomo para extinguir funções ou cargos públicos quando vagos. Lembre-se desse ponto da aula: (a) não há decreto autônomo, em regra; (b) há decreto autônomo para a organização e funcionamento da Administração; (c) esse decreto não pode aumentar despesa nem criar ou extinguir órgãos públicos; (d) há decreto autônomo para extinguir funções ou cargos quando vagos. (VVH� ³GHFUHWR� DXW{QRPR´� �FRPR� p� FRQKHFLGR� R� GHFUHWR� FRP� fundamento no art. 84, VI, da Constituição) pode ser delegado aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado- ³$UW������&RPSHWH�SULYDWLYDPHQWH�DR�3UHVLGHQWH�GD�5HS~EOLFD�� (...) VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;´ Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. Nesse sentido, o parágrafo único do art. 84 da Constituição: MUITO CUIDADO NESSE PONTO! A autorização para o Presidente delegar essa atribuição não significa que os atos normativos possam ser delegados. Como vimos acima, há previsão legal expressa no sentido de se vedar a delegação de atos normativos (art. 13, I, da Lei nº 9.784/99). Assim, a previsão constitucional do art. 84, parágrafo único, é uma exceção e deve ser interpretada restritivamente, para se alcançar apenas as hipóteses elencadas na CF. Por fim, não podemos fechar esse tópico sem a menção à forma de controle que a Constituição traz para retirar do ordenamento jurídico um decreto que exorbite do poder regulamentar. Ou seja: se o Presidente editar um decreto dizendo o que só a lei pode dizer, o que ocorre? Nesse caso, o Congresso Nacional pode sustar o ato normativo. Confira a redação do art. 49, V, da Constituição: Vamos ver como esse tópico cai em concurso? Vamos lá! Questões de concurso ³$UW�� ���� 3DUiJUDIR�~QLFR��2�3UHVLGHQWH�GD�5HS~blica poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado- Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações´. ³Art.49. É da competênciaexclusiva do Congresso Nacional: (...) V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;´ Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 23. (CESPE ± 2015 - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) Relativamente ao poder regulamentar, à regulação e ao poder de polícia administrativa, assinale a opção correta. a) O regulamento autônomo diferencia-se do regulamento de execução porque, enquanto este é editado com fundamento na lei, aquele possui fundamento direto na Constituição, sendo possível, portanto, que inove na ordem jurídica. b) Nem todos os atos de polícia são autoexecutórios, mas todos possuem o atributo da coercibilidade na medida em que impõem restrições ou condições que devem ser obrigatoriamente cumpridas pelos particulares. c) No âmbito federal, adota-se o limite temporal de três anos para o exercício de ação punitiva pela administração pública no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor. d) No exercício do poder regulamentar, compete ao presidente da República sancionar, promulgar e fazer publicar as leis e as propostas de emenda à Constituição, bem como expedir decretos e regulamentos que disciplinem sua execução. e) O poder regulamentar exercido pelo chefe do Poder Executivo não se confunde com o poder regulatório atribuído a certas entidades administrativas. Ambos possuem, porém, conteúdo eminentemente técnico e englobam o exercício de atividades normativas, executivas e judicantes. Para respondermos essa questão, devemos nos voltar ao art. 84 inc. VI alíneas a e b da Constituição Federal que dispõe: ³$UW������&RPSHWH�SULYDWLYDPHQWH�DR�3UHVLGHQWH�GD�5epública: (...) VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;´ Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita É este artigo que dispõe sobre o regulamento autônomo no Brasil, com essa única exceção. É o chefe do Poder Executivo (Presidente) e os demais chefes do Poder Executivo: Governadores e Prefeitos) que editam esse decreto autônomo, primário, para a: x ³RUJDQL]DomR´ e x ³IXQFLRQDPHQWR´ da administração federal DESDE QUE esse decreto não implique em: x ³DXPHQWR�GH�GHVSHVD´�RX� x ³FULDomR�RX�H[WLQomR�GH�yUJmRV�S~EOLFRV´� Além disso, ele pode editar um decreto autônomo para extinguir funções ou cargos públicos quando vagos. Lembre-se desse ponto da aula: (a) não há decreto autônomo, em regra; (b) há decreto autônomo para a organização e funcionamento da Administração; (c) esse decreto não pode aumentar despesa nem criar ou extinguir órgãos públicos; (d) há decreto autônomo para extinguir funções ou cargos quando vagos. (VVH� ³GHFUHWR� DXW{QRPR´� �FRPR� p� FRQKHFLGR� R� GHFUHWR� FRP� fundamento no art. 84, VI, da Constituição) pode ser delegado aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado- Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. Gabarito ± Letra A. 24. (2014/CESPE/TJ-DF/Titular de Serviços de Notas e de Registros) A respeito dos poderes administrativos, assinale a opção correta. a) Desde que haja previsão legal, é possível o exercício do poder de polícia, em especial a realização de atos coercitivos, por pessoa Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita jurídica da iniciativa privada não integrante da administração pública. b) O poder disciplinar e o hierárquico fundamentam a aplicação de sanção administrativa a particular que, contratado pela administração, descumpra obrigações contratuais. c) Insere-se no âmbito do poder regulamentar a competência privativa, não passível de delegação, do presidente da República para expedir decretos para a fiel execução das leis. d) A interdição de estabelecimentos comerciais, a apreensão de mercadorias e a detenção de pessoas são exemplos de atos praticados pela administração pública no âmbito do poder de polícia. e) Dada a relação de hierarquia existente entre a União e autarquia federal, é possível a delegação a esta de parte da competência daquela, quando conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. RESPOSTA: a) ERRADA. O exercício do Poder de Polícia não pode ser delegado a entidades privadas, conforme entendimento do STF na ADI 1.717/DF Rel. Min. Sydnei Sanches. b) ERRADA. O item estaria correto se escrito assim: O poder disciplinar fundamenta a aplicação de sanção administrativa a particular que, contratado pela administração, descumpra obrigações contratuais. c) CORRETA. Existe uma diferença entre decreto regulamentar (que não pode ser delegado) com decreto autônomo (que pode ser delegado). Decreto Regulamentar (expedido apenas para dar fiel execução às leis) não pode ser delegado. Já decreto autônomo, aqueles elencados no art. 84, V e VI da CF podem ser delegados. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita d) ERRADA. A detenção de pessoas não incide na esfera das infrações administrativas. Cabe à polícia judiciária a detenção de pessoas. e) ERRADA. Não existe hierarquia entre a União e uma autarquia federal. Há apenas um vínculo. Porém, é possível que a União delegue determinadas competências para uma autarquia, conforme o art. 12 da Lei federal 9.784. Gabarito ± letra C. 25. (2014/ CESPE/CADE/ Nível Médio) Existem casos em que mesmo existindo lei específica sobre determinada matéria, cumpre à administração criar mecanismos para aplicá-la. Nessas hipóteses, surge o poder regulamentar, que confere à administração a prerrogativa de editar atos gerais para alterar e complementar as leis. RESPOSTA: Poder regulamentar é a prerrogativa conferida à Administração Pública de editar atos gerais para complementar as leis e possibilitar sua efetiva aplicação. Seu alcance é apenas de norma complementar à lei. Sendo assim, Administração não pode alterá-la, e caso o faça, estará cometendo abuso de poder. Gabarito: E 26. (2014/CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário - Execução de Mandados) Em relação aos poderes administrativos, assinale a opção correta. ConcurseirosUnidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita a) As prerrogativas do Poder Legislativo incluem a sustação dos atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar. b) O poder discricionário não é passível de controle pelo Poder Judiciário. c) O desvio de poder configura-se quando o agente atua fora dos limites de sua competência administrativa. d) Nenhum ato inerente ao poder de polícia pode ser delegado, dado ser expressão do poder de império do Estado. e) O poder hierárquico restringe-se ao Poder Executivo, uma vez que não há hierarquia nas funções desempenhadas no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário RESPOSTA: a) CORRETO. Segundo a Constituição Federal: "Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;" b) ERRADO. O poder discricionário, em determinadas circunstâncias, pode ser controlado pelo poder judiciário. c) ERRADO. A afirmativa trata de excesso de poder e não desvio de poder. d) ERRADO. Alguns Doutrinadores admitem a delegação da polícia administrativa em circunstâncias excepcionais. e) ERRADO. Existe poder hierárquico nos três poderes da república e no ministério público. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 27. (CESPE - 2014 - SUFRAMA - Agente Administrativo) Poder regulamentar é o poder que a administração possui de editar leis, medidas provisórias, decretos e demais atos normativos para disciplinar a atividade dos particulares. Poder conferido com exclusividade aos chefes do poder executivo para editar atos normativos. O agente público não tem o poder de editar (alterar ou revogar) a lei nem medida provisória como diz a questão, essa função é típica do legislativo. Além disso, o poder regulamentar não pode existir sem lei e, além disso, ato normativo não pode contrariar/revogar a lei que autorizou o ato. Gabarito: Errado. 28. (CESPE/2010/DETRAN-ES) No exercício do poder regulamentar, o presidente da República pode dispor, mediante decreto, sobre a extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. Essa redação corresponde ao art. 84, VI, b, da Constituição, por isso o item está correto. 29. (CESPE /2011/TRE-ES /Técnico Judiciário) Caso se determine, por meio de lei, a certa autoridade a competência para editar atos normativos secundários, essa competência pode ser objeto de delegação. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Os atos normativos secundários, que são os decretos de execução ou regulamentares, são indelegáveis, conforme previsão legal do art. 13, I, da Lei nº 9.784/99. Por isso, o item está errado. 30. (CESPE - 2013 - TCE-RO - Agente Administrativo) Quando a administração expede normas de caráter geral e impessoal, ela está desempenhando o poder regulamentar e a função normativa simultaneamente. Tudo certo, pessoal. Como falamos, Poder Regulamentar está intimamente ligado às competências do chefe do Executivo e, nesse caso se consubstanciam principalmente por meio de decretos. O poder regulamentar é uma categoria dentro do poder normativo, que é mais amplo e é consubstanciado em regimentos, instruções, deliberações, resoluções e portarias. Resposta: correto. 31. (2014/ CESPE/ TJ-CE/Analista Judiciário - Área Administrativa) No tocante aos poderes da administração pública, assinale a opção correta. a) O poder disciplinar é aquele exercido pela administração pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e aos empregados terceirizados que lhe sejam subordinados. b) O poder de polícia, em sentido amplo, estende-se à atividade do Estado de condicionar a liberdade e a propriedade, ajustando-as aos interesses coletivos, o que abrange os atos do Judiciário, do Legislativo e do Executivo. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita c) Na hipótese de o presidente da República editar decreto que exorbite do poder regulamentar, é possível a sustação do referido ato normativo do Poder Executivo pelo Congresso Nacional. d) Caso um agente público atue fora dos limites de sua competência, ficarão caracterizados tanto o excesso quanto o desvio de poder. e) Decorre do poder hierárquico a possibilidade de delegação da edição de atos de caráter normativo, devendo o ato de delegação ser publicado em meio oficial RESPOSTA: O artigo 49, inciso V, da Constituição Federal estabelece que é da competência exclusiva do Congresso Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; Sendo assim, temos o item C como correto. Veja os outros itens: a) ERRADA. Empregados terceirizados não se encontram submetidos à disciplina administrativa. b) ERRADA. Em sentido amplo, o poder de polícia, corresponde à atividade estatal de condicionar a liberdade e a propriedade ajustando-as aos interesses coletivos e envolve os atos do Legislativo e do Executivo d) ERRADA. No caso de excesso de poder, o agente público ultrapassa os limites da competência legal outorgada. Já no desvio de poder, o agente público exerce a competência nos estritos limites legais, mas atinge finalidade diversa daquela prevista na lei. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita e) ERRADA. Segundo a Lei 9784/99, em seu artigo. 13, inciso I: Não podem ser objeto de delegação: a edição de atos de caráter normativo. Gabarito: C 6. Poder de polícia 6.1. Conceito Vamos ao poder de polícia! O poder de polícia decorre da prerrogativa que o Estado tem de restringir o exercício dos direitos individuais em prol do interesse coletivo. Nesse sentido, o conceito de poder de polícia não pode ser dado sem mencionar a ideia de restrição de atos individuais em prol da coletividade. Celso Antônio Bandeira de Mello (2010, p. 822-823) apresenta o conceito de poder de policia sob dois enfoques: sentido amploe sentido estrito. O primeiro englobaria todas as atividades do Estado limitadoras do exercício da liberdade e da propriedade, inclusive as editadas pelo Poder Legislativo sob a forma de lei geral e abstrata. O segundo seria relacionado às restrições realizadas pelo Poder Executivo (sejam elas gerais e abstratas ou concretas) com o propósito de coibir atos individuais contrários aos interesses sociais. Para que fique claro na sua cabeça, citamos alguns exemplos de poder de polícia: concessão de alvará de construção pelo Município, aplicação de multa por construção irregular, por excesso de velocidade, por infração ambiental, etc., demolição de casa construída em obra pública, concessão de licença de instalação etc. ATENÇÃO: O poder de polícia se preordena a impor obrigações de não fazer, ou seja, a Administração se vale do poder de polícia para Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita evitar a ocorrência de danos, seja aplicando multa para quem viola a legislação seja condicionando a execução de atividades a determinadas regras. Assim, diz-se que esse poder é um poder negativo. 6.2. Atributos Um tema IMPORTANTÍSSIMO para a sua prova quanto ao poder de polícia são os seus atributos. São características ou atributos específicos ± mas não exclusivos ± do poder de polícia: discricionariedade, autoexecutoriedade, coercibilidade e indelegabilidade. No que concerne ao atributo da discricionariedade, como vimos acima, é margem de liberdade que a lei confere ao agente público na prática de determinado ato. Ele poderá escolher se vai aplicar o ato desse ou daquele modo. A discricionariedade será avaliada no caso concreto, observando se há essa margem de liberdade na lei. Mas, via de regra, o ato proferido no uso do poder de polícia é discricionário, pois, na maioria das vezes, a lei dá ampla margem ao agente (p. ex.: ocorrido um dano ambiental, a lei prevê que o administrador deve aplicar multa, mas esta pode variar entre R$ 100,00 e R$ 20.000,00, é o agente quem vai decidir o valor) Como vimos acima, se a lei der certa margem de liberdade ao agente, deixando de prever todas as hipóteses possíveis de aplicação da restrição ou qual a sanção que se deve impor, o ato decorrente do poder de polícia será discricionário. Por outro lado, se a lei não deixar margem ao agente, o ato será vinculado. CUIDADO: A doutrina tradicional informa que a discricionariedade é um atributo do poder de polícia. Contudo, há casos em que a lei não Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita confere ao agente público qualquer margem para avaliar se aplicará um ato de polícia ou como aplicará. Por exemplo: se João construiu sua casa em área pública, não há outra saída, o agente público deve determinar que João deixe o local e promova a demolição da casa. Se João não sair no prazo, o agente deverá demolir a construção. Nessa situação, o agente não tem pra onde correr, o ato é vinculado. A autoexecutoriedade, por sua vez, é o poder que a Administração tem de modificar imediatamente a ordem jurídica valendo-se de seus próprios atos ou instrumentos, sem precisar buscar as medidas executórias do Poder Judiciário. Esse atributo, contudo, não pode ser aplicado irrestritamente pela Administração. Bandeira de Mello (2010, p. 842) informa que o atributo da autoexecutoriedade pode ser colocado em prática nas seguintes hipóteses: a) quando a lei expressamente autorizar; b) quando a adoção da medida for urgente para a defesa do interesse público e não comportar as delongas naturais do pronunciamento judicial sem sacrifício ou risco para a coletividade; c) quando inexistir outra via de direito capaz de assegurar a defender em cumprimento à medida de polícia. Por fim, como último atributo do poder de polícia, tem-se a coercibilidade. Esse atributo representa a imposição dos atos do Estado sobre os indivíduos. Como bem destaca Carvalho Filho (2005, p. 67), esses atos decorrem do ius imperii estatal. Assim, no uso do poder de polícia, a Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Administração pode usar a força necessária para impor a vontade geral sobre o particular. Esse atributo coloca em destaque o princípio da proporcionalidade. No uso dos meios coativos, a Administração deve agir com os instrumentos estritamente necessários para fazer impor a sua vontade, ou seja, o meio escolhido deve ser adequado para atingir o objetivo e, ao mesmo tempo, deve ser o menos gravoso possível para se obter o resultado esperado. Caso essa relação entre meios e fins não seja observada, o agente incorrerá em abuso de poder. 32. (CESPE ± 2015 ± DPU - Defensor Público Federal de Segunda Categoria) A multa, como sanção resultante do exercício do poder de polícia administrativa, não possui a característica da auto executoriedade. Essa é muito fácil pessoal. Vejam que o poder de polícia possui alguns atributos. São eles: Discricionariedade, autoexecutoriedade e a Coercibilidade. São esses elementos que permitem que a Administração demande cumprimento de uma decisão sobre pena de sanção, sendo assim, não possui a característica de autoexecutoriedade. Resposta ± Certo. 33. (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Auditoria Governamental) Com relação aos poderes administrativos, julgue o item subsequente. É obrigatória a obtenção prévia de autorização judicial para a demolição de edificação irregular. Questões de concurso Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Essa questão está cobrando de vocês, meus caros, o atributo da autoexecutoriedade. Lembrem-se que, em determinados casos, o poder de polícia confere à Administração Pública a capacidade de executar suas determinações sem necessidade de aguardar pronunciamento judicial. Resposta: errado. 34. (CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia - Específicos) Todas as medidas de polícia administrativa são auto executórias, o que permite à administração pública promover, por si mesma, as suas decisões, sem necessidade de recorrer previamente ao Poder Judiciário. Complementando o comentário anterior, veja que a auto executoriedade não é atributo de TODOS os atos. O único atributo extensível a todos os atos é a presunção de legitimidade. Resposta: errado. 35.(CESPE - 2010 - AGU - Procurador) Atos administrativos decorrentes do poder de polícia gozam, em regra, do atributo da autoexecutoriedade, haja vista a administração não depender da intervenção do Poder Judiciário para torná-los efetivos. Entretanto, alguns desses atos importam exceção à regra, como, por exemplo, no caso de se impor ao administrado que este construa uma calçada. A exceção ocorre porque tal atributo se desdobra em dois, exigibilidade e executoriedade, e, nesse caso, falta a executoriedade. Questão na mesma linha das anteriores. Nesse exemplo, o atributo da autoexecutoriedade não está presente nesse ato de polícia, tão somente a exigibilidade. Isso significa que a Administração Pública pode exigir, mas não pode executar o particular caso ele não cumpra seu dever. Nesse caso, vai precisar da ação do Judiciário para que o particular seja compelido a construir a calçada. Atenção, porque, de forma Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita genérica, o atributo em questão está incluso nos atos de polícia, mas a questão fez uma nítida ressalva ao dividir a autoexecutoriedade e exigibilidade, o que você deve perceber ao julgar o item. Resposta: Certo. 6.3. Indelegabilidade Alguns doutrinadores colocam a indelegabilidade com um atributo do poder de polícia. De qualquer forma, é bom que ele venha em tópico separado de nossa aula PARA VOCÊ NÃO SE ESQUECER NUNCA que o poder de polícia não pode ser delegado! Na lição de Marcelo Alexandrino (2010, p. 243-244), o poder de polícia não pode ser delegado para pessoas da iniciativa privada. Não seria possível sequer a delegação do poder de polícia às empresas concessionárias de serviço público ou às empresas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista). Assim, o poder público não pode delegar à empresa que administra determinada rodovia privatizada a atribuição de aplicar multa aos motoristas que viajam em excesso de velocidade. As multas devem ser aplicadas pelo DETRAN do respectivo Estado. ,VVR� TXHU� GL]HU� TXH� DWp� RV� ³SDUGDLV´� RX� RV� UDGDUHV� HOHWU{QLFRV� devem ser instalados e administrados pelo Estado, professor? Não, meus caros, essa é mais uma valiosa lição que você deve levar para a sua prova: o Estado pode contratar particulares e delegar a eles a atribuição de executar atos materiais relacionados às atividades tipicamente de polícia, ou seja, ele pode contratar uma empresa para, simplesmente, tirar as fotos dos carros que passam em alta velocidade. Quem vai aplicar a multa e cobrá-la é o DETRAN e não a empresa. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Assim, falou em atributos do poder de polícia, lembre-se das iniciais: 6.4. Polícia administrativa x Polícia judiciária Estamos estudando o poder de polícia no âmbito do direito administrativo, exercido pela Administração Pública. Essa polícia, sob um enfoque tradicional, se contrapõe à polícia judiciária, que é aquela exercida, normalmente, pela Polícia Militar e pela Polícia Civil. Segundo os ensinamentos de Gasparini (2008, p. 131-132), apresentamos o seguinte quadro que diferencia a polícia administrativa da polícia judiciária: Polícia administrativa Polícia judiciária atuação essencialmente preventiva atuação repressiva exercida por vários órgãos da Administração Pública exercida pelos órgãos responsáveis pela segurança pública (PM e polícia civil); incide sobre a propriedade, a liberdade e as atividades dos indivíduos Incide sobre a própria pessoa visa coibir a desordem social busca a responsabilização penal sujeita às normas administrativas sujeita, essencialmente, às normas processuais penais caráter investigativo Questões de concurso D A C I Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 36. (CESPE ± 2015 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) Assinale a opção correta com relação ao poder regulamentar e ao poder de polícia administrativa. a) O poder de polícia administrativa tem como uma de suas características a autoexecutoriedade, entendida como sendo a prerrogativa de que dispõe a administração para praticar atos e colocá- los em imediata execução sem depender de autorização judicial. b) O exercício do poder de polícia administrativa é sempre discricionário, caracterizando-se por conferir ao administrador liberdade para escolher o melhor momento de sua atuação ou a sanção mais adequada no caso concreto, por exemplo, quando houver previsão legal de duas ou mais sanções para determinada infração c) No exercício da atividade de polícia, a administração atua por meio de atos concretos e impositivos que geram deveres e obrigações aos indivíduos, não sendo possível considerar que a edição de atos normativos caracterize atuação de polícia administrativa. d) O poder regulamentar é prerrogativa concedida textualmente pela CF ao chefe do Poder Executivo federal que não se estende aos governadores e aos prefeitos. e) No exercício do poder regulamentar, o presidente da República pode dispor, mediante decreto, sobre a organização e o funcionamento da administração federal, quando tal ato administrativo não implicar aumento de despesa; sobre a criação e extinção de órgãos públicos; sobre a extinção de funções ou cargos públicos, quando estes estiverem vagos. Letra (A) Correta, uma vez que a autoexecutoriedade, é sim uma prerrogativa para a administração praticar atos e colocá-los em imediata execução independente de autorização judicial. Letra (B) O poder de polícia administrativa não é somente discricionário, uma vez que também pode ser vinculado. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Direito Administrativo p/ INSS ʹ Técnico de Seguro Social. Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 02 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 93 Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Letra (C) É POSSÍVEL que a edição de atos normativos que figurem como poder de policia. Sendo assim a alternativa esta errada. Letra (D) O poder regulamentar se amplia ao chefe do executivo federal, estadual e municipal. Letra (E) Não é permitido que o DR ± Decreto Regulamentar estipule sobre extinção ou criação órgãos. É o que dispõe o art.84, VI, a, da Constituição Federal. Gabarito ± A. 37. (CESPE-MPU - 2015-Analista do MPU) O poder de polícia administrativa, que incide sobre as atividades, os bens e os próprios indivíduos, tem caráter eminentemente repressivo. Pessoal, a atuação da polícia adminsitrativa é essencialmente preventiva.
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