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Juliana Cristina Ribeiro OS DESAFIOS QUE A SOCIEDADE ENFRENTA PELA AUSÊNCIA DE ÉTICA. Pré-projeto de pesquisa apresentado à disciplina de Metodologia de Estudo e de Pesquisa em Administração como requisito para a obtenção de nota na atividade avaliativa 4. Volta Redonda, RJ 2017 Título: Os desafios que a sociedade enfrenta pela ausência de ética. 1. INTRODUÇÃO A história da política brasileira tem sido marcada por inúmeros escândalos. É notória a insatisfação da sociedade perante a crise nacional envolvendo grandes empresas e seus executivos, e políticos diversos e suas bandeiras partidárias. No meio à corrupção que devasta os cofres públicos em benéfico dos “espertos” e em detrimentos a “ingênua” população, as vítimas desse arrombo nunca antes noticiados pelas mídias brasileiras estão desacreditadas da figura humana e a mercê de políticos corruptíveis pela falta de ética e compromisso com o próximo. Não é de hoje que o homem deixa-se influenciar pela falsa imagem de “bom moço” que as maçantes propagandas eleitorais nos apresentam como sendo “o grande milagre à salvação” seja de uma Cidade, Estado ou da União. A crença de que o político seja capaz de solucionar todas as necessidades da sociedade não pode ser apenas um mito utópico. Ao eleger um individuo para representar a maioria através da democracia, espera-se que ele faça jus ao seu cargo e encontre de forma satisfatória meios de resolver as lacunas deixadas pelos seus antecessores e crie novas possibilidades de crescimento à sociedade. Para Platão, os governantes deveriam ser primeiramente filósofos, pois sendo conhecedores do saber, sempre estariam em busca de novos conhecimentos, e ao buscar a sabedoria sempre estariam no caminho da justiça e em prol de todos, senão simplesmente viveriam sem a ética e em busca apenas de seus próprios interesses. A palavra ética é de origem grega derivada de ethos, que diz respeito ao costume, aos hábitos dos homens, e teria sido traduzida em latim por mos ou mores (no plural), sendo essa a origem da palavra moral. Uma das possíveis definições de ética seria a de que é uma parte da filosofia e também pertinente às ciências sociais, que lida com a compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases da moralidade social e da vida individual. Em outras palavras, trata-se de uma reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual. Sendo a ética uma ação humana caracterizada pelos valores e princípios ligados ao bem comum, para se ter ética e pô-la em prática, faz-se necessário que o indivíduo tenha a habilidade de discernir suas escolhas, sempre compreendendo que as finalidades influenciam a si mesmo e ao coletivo. No serviço público, as tais ações desprezíveis, sejam elas de corrupção ativa ou passiva, não menos lastimável que os atuais escândalos, estão deixando a desejar. Em um sentido amplo, corrupção pode ser definida como o ato ou efeito de se corromper, oferecer algo para obter vantagem em negociata onde se favorece uma pessoa e se prejudica outra. Já a corrupção política, em particular, é definida por Calil Simão como o uso do poder público para proveito, promoção ou prestígio particular, em benefício de um grupo ou classe, de forma que constitua violação da lei ou de padrões de elevada conduta moral. Em síntese, o artigo 37 da Constituição Federal define os princípios norteadores da Administração Pública: Enpera-se por princípio geral, que toda a administração pública tenha características de correção moral mais intensas do que aquelas que se exigem de um empregado de instituição privada. Antes de mais nada, que os interesses públicos tenham sempre a supremacia sobre os interesses privados; que todos os atos de um administrador público cumpram as leis (legalidade); que todo administrador público aja por critérios objetivos e não pessoais (impessoalidade); que todo ato de um administrador trate todos como iguais perante a lei, sem discriminação por amizade ou parentesco, e sem qualquer discriminação de gênero, de religião, de raça; que todo ato relativo à administração pública e realizado pelo administrador público possa ser conhecido pelo público, e caso não puder ser feito isso, que seja considerado imoral (publicidade, transparência); e que todas as tarefas sejam tecnicamente bem feitas (incluindo-se pontualidade, regularidade, segurança), usando-se racionalmente os meios melhores para se alcançarem os resultados desejados. (ASSMANN, 2009, p. 143-144). Pois bem, em tempos nos quais a política foi transformada em simples meio para o bom funcionamento da economia, e os interesses individuais se sobrepõem de forma evidente a todo e qualquer interesse coletivo, também a administração pública tem enormes dificuldades para manter os interesses públicos acima dos interesses privados como sendo os mais importantes à sociedade. A partir desse contexto, questionam-se quais são as medidas que deverão ser tomadas pelos cidadãos democráticos, conscientes de seus direitos, deveres e obrigações; e pelo poder público para a extinção da corrupção ativa e passiva na sociedade? Quais são os desafios enfrentados pela Administração Pública ao sofrer a corrupção? Quais são as consequências desses atos corruptíveis para sociedade? Quais medidas podem ser usadas para conscientização dos servidores públicos? Quais projetos podem ser implementados na educação da sociedade corrompida para que se tenha êxito na disseminação da ética. 2. DELIMITAÇÃO A pesquisa abrangerá os valores éticos e morais dos cidadãos e dos servidores perante a sociedade e a administração pública, enfatizando seus direitos, deveres e obrigações. Fará a diferenciação dos tipos de corrupção, sendo elas ativa ou passiva, e suas correlações entre o público e o privado. Os efeitos da corrupção na administração pública e na sociedade a curto e longo prazo. Além da necessidade da implantação de políticas de conscientização sobre o exercer da ética no privado e no público. 3. OBJETIVOS 3.1. OBJETIVO GERAL Analisar os efeitos da corrupção na sociedade brasileira, juntamente com a inclusão de politicas de conscientização sobre ética na administração pública visando o bem estar da sociedade. 3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS · Informar sobre o exercer da ética e da moral na sociedade; · Mapear a origem da corrupção brasileira; · Avaliar a influência positiva e negativa da corrupção para sociedade; · Identificar as diferentes formas de corrupção na administração pública; · Esclarecer as dificuldades do setor público em extinguir a corrupção, e principalmente sobre a falta duma política mais rígida de punições; · Diagnosticar o ponto de partida para uma sociedade e um servidor conscientes; · Caracterizar a importância do treinamento do servidor público para o desenvolvimento da ética, · Levar a sociedade esclarecimento e conscientização sobre ética. 4. REFERÊNCIAS ASSMANN, Selvino J. Filosofia e ética. 1v. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2009. GOMES, Nanci Fonseca Ética na administração pública: desafios e possibilidades. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 48, n. 4, jul./ago. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-76122014000400011&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 02 abr. 2017. RIBEIRO, Paulo Silvino. "O que é ética?"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-que-etica.htm>. Acesso em: 21 abr. 2017. SIMÃO, Calil ImprobidadeAdministrativa: Teoria e Prática. 3. ed. rev. e atual. São Paulo: JH Mizuno, 2017.
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