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atopia em cães

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ATOPIA OU DERMATITE ATOPICA
Característica Os antígenos estão em suspensão no ar e entram em contato com o organismo do animal pela pele, por absorção percutânea.
Principais Antígenos:
Ácaros Dermatophagoides sp – acaro da poeira domestica. Principal antígeno.
Fungos ambientais – Aspergillus, Cladosporium, Alternaria e Penicillium – presentes em ambientes úmidos.
Pólen, gramínea
Animal entra em contato com essas substancias desde o inicio de sua vida, traz na genética uma predisposição para produzir uma quantidade maior de anticorpos contra essas substancias do que os outros indivíduos da mesma espécie que ele, e dai começam a desenvolver essa hipersensibilidade.
ODORES FORTES
Produtos de limpeza, ou odores fortes não são substancias antigênicas porque não desenvolvem formação de anticorpos, mas favorecem a irritação. São classificados como irritantes. 
Animal com dermatite atópica ele tem uma rinite alérgica, e tem uma mucosa mais irritada. Quando entra em contato com substancia irritante (odores fortes, produtos de limpeza, fumaça de cigarro e incenso) desencadeia os sinais. Por isso tem que tirar essas substâncias do ambiente. Não vai resolver o problema do animal, mas se deixar no ambiente vai piorar.
O animal que desenvolve mais a crise é aquele que vive mais indoor do que em quintal. Pois é dentro de casa que ele se expõe mais aos antígenos.
PRINCIPAL AGENTE ETIOLÓGICO
O acaro é o principal vilão. Vive em local de repouso de mamíferos (colchão, travesseiro, cama do animal, tapete em que animal dorme) porque ele se alimenta de queratina. Ele gosta de ambiente com umidade alta e temperatura amena.
APRESENTAÇÃO 
Dermatite Atópica (DA) dermatite pruriginosa recidivante que acomete animais adultos jovens, sensíveis a CORTICOIDE, localizada primariamente na face, extremidades dos membros e grandes dobras cutâneas.
Proprietário chega ao consultório se queixando que o animal não para de se coçar. Que ele se coça desde um ano de idade e que quando dá corticoide ele melhora. Quando para volta tudo. No exame físico se observa que as lesões são principalmente na face, axila e virilha. São lesões que podem ser pioderma externa, dermatite seborreica complicada com Malassezia ou infecção bacteriana. Localizada primariamente na face, extremidade dos membros e em pregas cutâneas. O proprietário diz que não para de lamber a pata, de coçar o rosto e está sempre vermelho embaixo do pescoço e axilas.
Com essas informações do proprietário e os dados do exame físico, já se pode suspeitar de doença alérgica, Dermatite Atopica.
Existe uma predisposição racial e envolvimento familiar. Perguntar na anamnese se algum parente do animal vive se coçando.
Raças Predisponentes: Boxer, Buldogue, Dálmata, Golden Retriver, Labrador, Lhasa Apso, Setter Irlandes, Shih Tzu, West.
Além da alteração genética imunológica existe um defeito genético que tb esta presente no cão atopico que é tão importante quanto a alteração imunológica: alteração na barreira cutânea. Os cães atopicos tem defeito na barreira cutânea. Os queratinocitos não tem a coesão que os outros indivíduos da espécie tem. Os queratinócitos não tem o filme protetor constituído por ácidos graxos, colesterol e ceramidas. Forma o cimento intercelular. No atopico essa substancia é deficiente. Uma das funções é reter agua.
Com isso a pele é mais seca e favorece a penetração de antígenos e de microorganismos. 
Se o cão já tem facilidade de fazer pioderma, o cão atopico tem muito mais.
No cão atopico a principal complicação é a foliculite ou Malasseziose.
SINAIS CLINICOS
Os sinais clínicos da atopia são os mesmos da hipersensibilidade alimentar e por isso que clinicamente elas são indistinguíveis.
Idade – entre 1 a 3 anos
Prurido primário – sensível a corticoterapia – quando faz corticoide animal fica ótimo
Eritema, pápulas, (lesões primarias) – todas as outras lesões – alopecia, escamação, esfoliação e infecção bacteriana vêm em consequência da automutilação.
Pelos avermelhados (por excesso de lambedura), escoriação, alopecia, hiperqueratose e hiperpigmentação. Comum ver nas patinhas e ao redor da boca (perilabial).
Lesões iniciais nas patas (podais) e perilabial animal começa a esfregar face no chão para se coçar, depois vai para pavilhão auricular, axila, virilha e abdômen. As podais nem sempre são vistas como prurido, porque são por lambedura
Pioderma Superficial
Malasseziose mais frequentes nas raças (Buldogue, Shi Tzu, Bassthound, Sharpei, WHWT) com a Malassezia prurido e pioderma pioram.
Otite bilateral eritematosa 
Bronquite crônica subclinica
Uma parcela de atopicos apresenta problema dermatológico e outra parte tem problema respiratório.
Mesmo que o animal seja diagnosticado com Atopia, toda vez que ele tiver infestação de pulgas os sinais clínicos da atopia vão agravar porque ele já tem um sistema imunológico hiper-reativo. A picada de inseto agrava a sintomatologia.
É importante na terapêutica controlar a infestação por ectoparasita.
DIAGNOSTICO+ parou de coçar
- não parou de coçar
Primeiro descarta as causas não alérgicas de prurido (sarnas, infecções bacterianas ou fungicas).
Após descartar as causas não alérgicas e animal continua coçando, então se tem um animal alérgico.
Primeiro passo descartamos a DAPE por controle efetivo de ectoparasita. Fez o controle e 45 dias depois o proprietário voltou dizendo que o paciente não melhorou.
Segundo passo alergia alimentar descartar por dieta hipoalergênica. Fez 8 semanas de dieta hipoalergenica e animal volta se coçando ainda.
Terceiro passo se comeu exclusivamente a dieta e continua se coçando, então o animal tem Atopia.
Só tem esta forma de diagnosticar atopia. Não existe nenhum outro exame complementar que vai dizer que o animal é atopico. Atopia se conclui por exclusão de outros diagnósticos.
Depois que sabe que o animal é atopico, então é que se pensa em teste alérgico.
Teste alérgico só se faz em paciente atópico, e vai submeter ele a imunoterapia.
TESTES ALERGICOS
O teste alérgico não é para diagnosticar atopia. Só se faz em pacientes que são diagnosticados com atopia.
O objetivo do teste é identificar o antígeno e submeter o paciente a imunoterapia (vacinas).
Não adianta fazer o teste alérgico se não vai fazer a imunoterapia. Isso tem que ser avisado ao proprietário.
INTRADERMICO X SOROLÓGICO
INTRADÉRMICO injeta substancias antigênicas na pele (intradérmico) e se lê o halo que teve resposta inflamatória ao redor do inoculado. Tem que ser feito por alguém que saiba fazer isso. 
SOROLÓGICO coleta o sangue do animal e vai buscar no sangue as imunoglobulinas. É teste sorológico imuno-enzimatico, onde se vê o que o animal é sensível. Exame sorológico é feito no soro do sangue.
TRATAMENTO
Realizar o controle, pois atopia não tem cura. Manter o prurido na menor intensidade possível e as crises com maior intervalo possível.
Não existe um único remédio que mantenha o animal sem se coçar, o que se tem é uma associação de terapêutica que são empregadas para conseguir controlar melhor o prurido do paciente.
A primeira parte é o controle das infecções secundárias.
Piodermite
Malasseziose
Os animais atopicos são animais que fazem com maior frequência infecção bacteriana e por Malassezia. Quanto melhor controlar isso, reduz as crises e as intensidades das crises.
Tratar com antibiótico e depois uso xampu antimicrobiano(Clorexidine 2% e depois a 0,5%) com banhos semanais para reduzir a população bacteriana da pele desse paciente..
Junto com isso administrar hidratantes, emolientes, e umectantes para reduzir o ressecamento da pele e tentar melhorar a barreira de proteção. (propilenoglicol, ureia, óleos – ver aula 1)
Hoje se tem ampolas constituídas de acido graxo, ceramidas e colesterol, são de aplicação tópica e aplica semanalmente, para controlar melhor esse ressecamento.
Terapia anti-inflamatória e antialérgica
Corticoterapia – em crisemuito severa, mas tentar retirar o mais rápido possível. No máximo em 15 dias e depois vem a fase de desmame.
AGE
Anti-histaminicos
Ciclosporina
Se consegue controlar a infecção bacteriana, manter a pele hidratada, além de melhorar o ambiente que ele vive, deixando ele ficar mais tempo fora de casa que dentro de casa , se consegue melhorar as crises.
Quando começa a reduzir o corticoide, ele já se coça menos.
Quando está reduzindo o corticoide, se associa o anti-histaminico, pois ele funciona muito melhor para controle do que para retirar da crise. Pode associar suplementação oral de ômega 6 e ômega 3(AGE) que vai agir para melhorar o filme protetor. Age a longo prazo. 60 dias para começar a ver o efeito.
Protocolo básico de manutenção do atopico anti-histaminico, acido graxo, produto hidratante e se for o caso manter com xampu antimicrobiano. Esse protocolo é só depois que controlou toda a crise.
Se já melhorou o ambiente, e quando reduz o corticoide ele volta a se coçar muito. Tem que usar outras substancias que melhoram o prurido. 
Num segundo momento entra com a Ciclosporina, é um imunomodulador – reduz a produção de anticorpos nos linfócitos T e B. reduz a produção de imunoglobulina E.
O paciente atopico controlado é aquele que se consegue fazer no máximo três ciclos de corticoides ao ano. Mas aquele que tem que fazer corticoide quase todo mês então vai ter que procurar outra opção terapêutica: Ciclosporina, imunoterapia. Mas só funciona em 70% dos casos.
Controle Ambiental
Não deixar dormir em tapete
Deixar mais tempo em quintal
Forrar a caminha com material que se usa para forrar travesseiro de alérgico
Quanto mais humanizado é o paciente atopico, mais chances de crise ele vai ter.
Conclusão de Doença Alérgica
Descartar primeiramente causas não alérgicas de prurido não parou de coçar Controlar pulga e carrapato não parou de coçar Dieta hipoalergenica por 8 semanas não parou de coçar então animal tem atopia.
Somente dessa forma se diagnostica atopia. Isso vai levar uns 3 meses. Avisar ao proprietário.
- O prurido não está relacionado somente à doença alérgica
- Controle das causas secundarias do prurido (Piodermite e Malasseziose) já melhora 50% 
- Diagnostico de doenças alérgicas é baseada em resenha + anamnese + exame físico
- Doença alérgica NÃO tem cura controle alergeno
- CORTICOTERAPIA - último recurso para manutenção de doença alérgica.
6		23/09/15

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