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Dermatofitoses Zoonose – contato direto Fatores predisponentes – Externos ou do animal Fungo presente no ambiente Animais assintomáticos (gatos) – transmitem Imunidade humoral pouco efetiva, não impede de acontecer naturalmente Imunidade celular: vacinas! Normal em animais com neoplasias, estresse excessivo, uso de corticoides, pré disposição racial – favorecem a disposição ou volta das dermatofitoses. · Dermatófitos – características gerais · Grupo de fungos patogênicos capazes de utilizar a queratina como nutriente, possuem queratinases · São encontrados parasitando tecidos queratinizados do homem e animais – Estrato córneo, pele e unhas, se limitam em tecidos superficiais, é raro invadir, acontece em animais com receptivos de dermatatofitoses. · Espécies saprófitas no solo que se nutrem da queratina ali existente · Queratina: escleroproteína altamente polimerizada - Constituição: cadeias de polipeptídeos unidos por ligações S-S - Alta resistência a maioria dos microrganismos · Dermatófitos possuem sistema enzimático capaz de quebrar as ligações S-S - Queratinases - Só infectam tecidos superficiais ricos em queratina - Não possuem poder invasor · Contato com a pele - Penetração no estrato córneo - Desenvolvimento do fungo de maneira centrífuga - A partir do ponto de infecção inicial, o fungo cresce com todos os sentidos - Crescimento permanece limitado às áreas queratinizadas - Reações inflamatórias: produção de metabólitos tóxicas pelo fungo Irritação na pele Resposta defensiva do organismo animal Fungo se afasta da área inflamada Alguns dermatófitos suprimiram a capacidade de produzir subs para determinados hospedeiros: Microsporum canis e Trichophyton verrucosum Lesão redonda, começa no centro e quando acaba a queratina vai migrando, quando for fazer coleta tem que ser das laterais. Coalecer – lesões pequenas que se encontram, parece que é uma grande. O crescimento é somente onde tem queratina, não invade. O animal tem mto prurido. · Dermatofitose em cães e gatos · Etiologia em cães - Microsporum canis: principalmente, parece uma traça, macropasmídio - M. gypsuem - Trichophyton mentagrophytes: tem micro e macroponídios, cara de cacho de uva · Etiologia em gatos - M. canis · T. rubrum eventualmente · Infecção - Contato entre animais - Objetos - Solo contaminado (M. gypseum) - Ratos (T. mentagrophytes) - Ectoparasitos: contribuem para a difusão da infecção pelo corpo e disseminação do fungo, grande infestação no ambiente · Sintomas - Período de incubação (P.I): 7 a 28 dias - Evolução do processo infeccioso é variável · Felinos: extremidades e cabeça - Inaparente, sem reação inflamatória (mantenedores do fungo) - Suave descamação com áreas depiladas - Pelos que se despredem com facilidade - Quando há ligeira resposta inflamatória, há desenvolvimento de crostas · Caninos: lesões mais marcantes - Variam de acordo com o estado imunológico do animal ou grau de patogenicidade da cepa - Lesões discretas: queda de pelo e descamação - Resposta inflamatória mais intensa: Bordas ligeiramente elevadas e hiperemiadas - Animais imunossuprimidos tem reação inflamatória grave e pode ter infecção bacteriana secundária · Dermatofitose em bovinos · Etiologia - Trichophyton verrucosum (98 a 100% dos casos), parecem cordões, pelo baixo parece que dá uma levantada e depois vem a alopecia - T. mentagrophytes: solo, roedores e cama de palha - T. quinckeanum - T. rubrum - T. megnini - M. canis: contato com cão, gato ou homem · Epidemiologia - Todas as raças de bovinos são susceptíveis - Atinge especialmente os jovens - Caráter endêmico frequente - Animais infectados contaminam o ambiente com o fungo: pelos e crostas · Infecção - Contato direto entre infectados e sadios (jovens principalmente): mantidos juntos em ambientes fechados - Contato com solos - Pisos - Arames - Mourões de cercas - Materiais utilizados no manejo - Ectoparasitos: disseminadores do fungo entre os animais · Sintomas - PI de 2 a 3 semanas - Lesões circulares e descamáveis são PATAGNOMÔNICAS (característico dessa doença) - Pequenos nódulos sob pelos eriçados - Áreas de alopecia circulares com revestimento crostoso ou descamativo e tecido inflamado hiperemiado - Bovinos jovens: evolui para autocura, se o animal for imunocompetente - Em bovinos adultos, pode ocorrer por imunodeficiência · Profilaxia e controle - Isolar e tratar os animais doentes - Limpar e desinfetar os alojamentos com formalina 5-10% - Desinfetar todos os utensílios contaminados com formalina ou hipoclorito · Dermatofitose em suínos · Etiologia - M. nanum - T. mentagrophytes · Clínica: animais de qualquer idade - Quadro clínico uniforme independente do agente envolvido - Lesões circulares com bordas hiperemiadas e mais elevados que o centro - Discreto prurido e pouca alopecia - Revestimento escamoso - Na área hiperemiada podem ter pequenas vesículas - Autolimitada após 4 a 8 semanas ocorre autocura · Dermatofitose em equinos · Etiologia - Trichophyton equinum - T. mentagrophytes - M. canis - M. gypseum · Fatores predisponentes - Fadiga, desnutrição, pressão da sela, retenção de suor sob a sela e fricção com objetos · Infecção - Contato direto - Utensílios de higiene: rasqueadeiras e tesouras - Arreios - Coberturas - Contato com fungo no solo: postes, paredes, cercas, etc. · Levanta uma crosta dura, embaixo tudo avermelhado e inflamado · Diagnóstico · Exame clínico – Lesão circular com alopecia - Bordas elevadas e inflamadas - Região central com descamação ou crostas - Hiperqueratose e formação de pústulas · Exame clínico - Lâmpada de Wood (luz UV de comprimento de onda longo – 365 nm): Não é fidedigna, só auxiliar, passa em cima do animal e fica florescente, mas shampoo e outras coisas podem causar reação e brilhar. - M. canis (80%) - Metaboliza o triptofano dos pelos - Formação de compostos que emitem fluorescência verde-amarela - Exame auxiiar - Sem valor diagnóstico devido a falsos positivos e negativos. · Coleta de material - Sucesso do diagnóstico depende da qualidade do material coletado e da forma como é acondicionado e enviado - Limpeza prévia com gaze embebido em álcool 70% - Material obtido das bordas da lesão - Com pinça, arrancar os pelos fluorescentes à luz de Wood, ou que forem quebradiços, defeituosos, ou se encontrarem junto a processos inflamatórios e se desfaz deles - Recolher material descamativo ou crostas - Embrulhar em papel limpo - Limpeza unidirecional 1x, vira o outro lado e passa 1x · Microscopia direta - Crostas trituradas em gral estéril - 1 gora de solução clarificante (NaOH a 10%) em uma lâmina - Adicionar um pouco do raspado contendo pelos sobre a solução - Cobrir com lamínula - Visualizar a 10x e 40x Artroconídios ao redor do pelo ou no seu interior Hifas entre as células de descamação, mas sem muito significado de diagnóstico - Lesão ectotrix ou endotrix: o ideal é ver uma dessas lesões, não adianta ver hifa sem lesão. · Isolamento - Obrigatoriamente, fazer o cultivo do material do raspado em meio seletivo - Actidione ágar (cicloeximidade e cloranfenicol) - Mycobiotic ár, ágar Sabourad Dextrose - Tubo de ensaio inclinado - Espalhar o triturado de crosta do gral ou os pelos com a descamação na superfície do meio de cultura seletivo - Temperatura ambiente (crescimento começa em até 7 dias) - Leitura diária até completar 30 dias (espécies de crescimento lento) · Tratamento · Vacinas inativadas de M. canis · Imunocan - É uma vacina importada - Não tem adjuvantes dimuindo a reação local, reações anafiláticas, não induz a formação de fibrossarcoma pós vacinal. - Diminui a ocorrência de pseudomicetoma dermatofítico · Biocan M - Vacina importante - Possui adjuvantes: hidróxido de alumínio
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