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DA NACIONALIDADE ESPÉCIES DE NACIONALIDADE • Nacionalidade primária (ou originária) – é a aquisição involuntária de nacionalidade, decorrente do simples nascimento ligado a um critério estabelecido pelo Estado. • Nacionalidade secundária (ou adquirida) – é a aquisição voluntária de nacionalidade, resultante da manifestação de um ato de vontade. CRITÉRIOS DE ATRIBUIÇÃO DE NACIONALIDADE BRASILEIROS NATOS CF, art. 12, I, a Critério Jus soli CF, art. 12, I, b Critério Jus sanguinis + “a serviço do Brasil CF, art. 12, I, c Critério Jus sanguinis + registro em repartição diplomática Critério jus sanguinis + “opção confirmativa BRASILEIROS NATOS São brasileiros natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; Naturalização NATURALIZAÇÃO TÁCITA (Const. 1891) EXPRESSA Ordinária Extraordinária BRASILEIROS NATURALIZADOS • NATURALIZAÇÃO ORDINÁRIA: os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral: Para os estrangeiros ORIGINÁRIOS de países de língua portuguesa a CF prevê APENAS dois requisitos: solicitação e residência mínima de 01 ano ininterrupto + idoneidade moral (não pode ter condenação no Brasil nem no país de origem). • NATURALIZAÇÃO EXTRAORDINÁRIA: os estrangeiros, de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira; CARGOS PRIVATIVOS DE BRASILEIROS NATOS • Presidente e Vice-Presidente da República; • Presidente da Câmara dos Deputados; • Presidente do Senado Federal; • Ministro do STF; • Membro da carreira diplomática; • Oficial das forças armadas; • Ministro de Estado da Defesa. PERDA DA NACIONALIDADE Embora o brasileiro nato nunca possa ser extraditado, ele pode perder a nacionalidade (deixar de ser brasileiro nato). HIPÓTESES DE PERDA DA NACIONALIDADE NATURALIZADO Quem teve a naturalização cancelada, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional. Obs: Nesse caso, só poderia ser readquirida a nacionalidade por meio da ação rescisória. NATO Quem era brasileiro nato e voluntariamente opta por outra nacionalidade. DOS DIREITOS POLÍTICOS Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante I – plebiscito II – referendo III - iniciativa popular. § 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. § 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. DOS DIREITOS POLÍTICOS ü Em regra, VOTO e ALISTAMENTO são OBRIGATÓRIOS. Serão facultativos (tanto voto quanto alistamento) para: ü analfabeto; ü maiores de (70) setenta anos; ü maiores de 16 e menores de 18 anos. ü São inalistáveis (mesmo se estiver na idade certa não pode se alistar, muito menos votar): ü estrangeiros; ü conscritos (durante o serviço militar obrigatório). IDADE MÍNIMA PARA CONCORRER AOS CARGOS POLÍTICOS ü Trinta e cinco anos – Presidente e Vice-Presidente da República e Senador (costuma cair em prova a questão do Senador...). ü Trinta anos – Governador e Vice-Governador dos Estados e do Distrito Federal; ü Vinte e um anos – todos os deputados (federal, distrital e estadual), Prefeitos, Vice-Prefeitos e juiz de paz. ü Dezoito anos – somente Vereador. § 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. § 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. § 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. § 9º - Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. DIFERENÇA DE TRATAMENTO ENTRE CHEFES DO EXECUTIVO E PARLAMENTARES CHEFES DO EXECUTIVO (Presidente, Governadores, Prefeitos, além dos vices) PARLAMENTARES (Vereadores, deputados e Senadores) Pode ser reeleito somente uma vez Podem ser reeleitos quantas vezes quiser. Se quiser concorrer a outro cargo, tem de renunciar ao mandato até 6 meses antes do pleito. Ex: Roriz. É a chamada desincompatibilização Não precisa se afastar do cargo para concorrer nas próximas eleições ao mesmo cargo. Se quiser concorrer ao mesmo cargo, não precisa renunciar. Ex: Lula. Não precisa se afastar do cargo para concorrer nas próximas eleições ao mesmo cargo. Cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive por adoção, são inelegíveis, salvo se já titulares de mandato eletivo e candidato à reeleição. É a chamada inelegibilidade reflexa. Não há proibição de parentes concorrerem. HIPÓTESES DE PERDA/SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS ü É proibida a cassação de direitos políticos. Pode haver a perda ou suspensão dos direitos políticos nas seguintes hipóteses: ü Cancelamento de naturalização (sentença transitada em julgado); ü Incapacidade civil absoluta (art. 3º, CC); ü Condenação criminal, transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; ü Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa (ex: não prestar serviço militar obrigatório nem qualquer outra em substituição); ü Cometer crime de improbidade administrativa. VAMOS TREINAR 1. (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário – Arquivologia) A capacidade eleitoral passiva consistente na possibilidade de o cidadão pleitear determinados mandatos políticos, mediante eleição popular, desde que preenchidos certos requisitos, conceitua-se em a) alistamento eleitoral. b) direito de voto. c) direito de sufrágio. d) elegibilidade. e) dever sociopolítico. 2. (EJEF - 2007 - TJ-MG – Juiz) A perda dos direitos políticos se dará no seguinte caso: a) improbidade administrativa. b) cancelamento da naturalização, por sentença transitada em julgado. c) condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos. d) incapacidade civil absoluta. 3. (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivãode Polícia Civil) Lucas Silva é comprovadamente analfabeto e Pierre Laurent é francês, residente no Brasil, não naturalizado brasileiro. Acerca dessas situações hipotéticas, assinale a opção correta à luz da CF. a) Lucas não pode alistar-se como eleitor. b) Lucas é inelegível. c) Para Pierre, o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios. d) Pierre equipara-se aos maiores de setenta anos para fins de alistamento eleitoral e voto. e) Pierre é elegível. m 4. (FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário - Área Administrativa) Pedro, governador em exercício do Estado X, pretende concorrer ao cargo de Presidente da República. Neste caso, Pedro a) deverá renunciar ao respectivo mandato até três meses antes do pleito. b) deverá renunciar ao respectivo mandato até seis meses antes do pleito. c) deverá renunciar ao respectivo mandato até dois meses antes do pleito. d) deverá aguardar o final de seu mandato, sendo vedada a renúncia com este objetivo. e) poderá renunciar ao mandato a qualquer tempo, não havendo limite constitucional pré-estabelecido.
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