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CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) s Investidura – O Presidente da República escolhe e indica o nome para compor o STF, devendo ser aprovado pelo Senado Federal, pela maioria absoluta (sabatina no Senado Federal). Aprovado, passa-se à nomeação, momento em que o Ministro é vitaliciado. s Requisitos para ocupar o cargo de Ministro do STF – a) ser brasileiro nato (art. 12, §3°, IV); b) ter mais de 35 anos e menos de 65 anos de idade (art. 101); c) ser cidadão (art. 101, estando no pleno gozo dos direitos políticos); d) ter notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 101). s Competência do STF – a) originária (CF, art. 102, I); b) recursal ordinária (CF, art. 102, II) e c) recursal extraordinário (CF, art. 102, III). O STF reconheceu o princípio da reserva constitucional de competências originarias e, assim, toda atribuição do STF está explicitada, taxativamente, no art. 102, I da CF/88. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) s Investidura – Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. s Requisitos para o cargo – a) ser brasileiro nato ou naturalizado; b) ter mais de 35 anos e menos de 65 anos de idade; c) ter notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 104). s Composição dos Ministros – 1/3 de juízes dos Tribunais Regionais Federais; 1/3 de desembargadores dos Tribunais de Justiça; 1/6 de advogados e 1/6 de membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e territórios, alternadamente. DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS Art. 106. São órgãos da Justiça Federal: I - os Tribunais Regionais Federais; II - os Juízes Federais. Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira; II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por antigüidade e merecimento, alternadamente. § 1º A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais e determinará sua jurisdição e sede. Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: I - processar e julgar, originariamente: a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região; c) os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal; d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for juiz federal;e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal; II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA s A reforma do judiciário (EC, n° 45/2004), instituiu o Conselho Nacional de Justiça de quinze membros com mandato de dois anos admitida uma recondução. s O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, que votará em caso de empate, ficando excluído da distribuição de processos naquele tribunal. s Nas sua ausência ou impedimento, pelo Vise-Presidente do STF. s Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA NOÇÕES INTRODUTÓRIAS • Com o objetivo de dinamizar a atividade jurisdicional, o Poder originário institucionalizou atividades profissionais (públicas e privadas), atribuindo o status de funções essenciais à Justiça, tendo estabelecido suas regras nos arts. 127 a 135 da CF/88: • O Ministérios Público – Arts. 127 a 130 • A Advocacia Pública – Arts. 131 a 132 • A Advocacia – Art. 133 • A Defensoria Pública – Art. 134 MINISTÉRIO PÚBLICO • Ao conceituar o Ministério Público, o artigo 127 diz que ele “é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”. • MP da União e MP dos Estados • “Fiscal da Lei” • Ingresso por concurso público de provas ... • Atribuições no Art. 129, CF/88 PRINCÍPIOS • Unidade: o Ministério Público deve ser visto como uma instituição única, sendo a divisão existente meramente funcional. Há um só chefe (no âmbito do MPU é o PGR; no âmbito dos MPE’s, é o PGJ). • Indivisibilidade: princípio que decorre do anterior. Por meio dele, é possível que um membro do MP substitua outro, dentro da mesma função, pois quem exerce os atos não é a pessoa do Promotor, e sim, a instituição Ministério Público; • Independência funcional: os membros do MP não se submetem a qualquer poder hierárquico no exercício de suas funções, podendo agir, da maneira que entender ser a melhor. Vale lembrar que a hierarquia existente diz respeito somente a questões administrativas. O Ministério Público é composto pelo MPU (Ministério Público da União) e o MPE (Ministério Público dos Estados). Garantias constitucionais As garantias e vedações do Ministério Público seguem as mesmas regras já estudadas em relação ao Poder Judiciário. Apenas a título de recordação, são garantias dos membros do MP: • vitaliciedade; • inamovibilidade; e • irredutibilidade de subsídios. Vedações constitucionais ADVOCACIA PÚBLICA • Nos artigos 131 e 132, a CF trata sobre a advocacia pública. Diz-se que a Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. • Chefia da AGU: é exercia pelo Advogado Geral da União – AGU, de livre nomeação pelo PR dentre cidadãos maiores de 35 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Os membros da advocacia pública serão remunerados por subsídio e adquirem estabilidade após 3 anos de efetivo exercício (não são vitalícios). ADVOCACIA PRIVADA • No artigo 133, a CF diz que o advogado “é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão”. • Inviolabilidade não é absoluta. Advogado responde por excessos cometidos no exercício de suas funções. • Segundo a jurisprudência do STF, a inviolabilidade do advogado abrange os atos que caracterizariam os crimes de injúria e difamação. Ficam de fora da inviolabilidade as condutas tipificadas como calúnia e desacato. DEFENSORIA PÚBLICA (Art. 134 e 135) • É instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados (lembrar que o art. 5º, inciso LXXIV diz que o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que necessitarem). • No âmbito municipal, não há DP, MP ou PJ. • A Defensoria Pública é regida pela Lei Orgânica da Defensoria Pública. • O ingresso na carreira dar-se-á mediante aprovação em concurso público de provas + títulos. A remuneração é feita por meio de subsídios, na forma do art. 39, § 4º, da CF. Questão sobre o tema!!1. (CESPE - 2009 - PC-RN )Com relação às funções essenciais à justiça, assinale a opção correta à luz da CF. a) Uma das garantias do MP é a vitaliciedade, após três anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado. b) É vedada à Advocacia-Geral da União atividade de consultoria jurídica do Poder Executivo. c) São princípios institucionais do MP a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. d) Cabe à Advocacia-Geral da União a defesa do regime democrático. e) É assegurado aos integrantes da Defensoria Pública da União a garantia da inamovibilidade e o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. PROF.CRISTIANO LOPES ü prof.cristianolopes@gmail.com ü facebook.com/professorcristianolopes
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