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Administração de Recursos Materiais para MPU

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Aula 04
Administração de Recursos Materiais p/ MPU (Técnico - Especialidade Administração)
Professores: Aline Ribeiro., Ronaldo Fonseca
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 Administração de Recursos Materiais p/ MPU 
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AULA 04 ± ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS P/ 
MPU ± TÉCNICO ± ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO 
 SUMÁRIO 
1.Revisão ............................................................................................... 2 
2.Panorama da Aula ................................................................................ 2 
3. Distribuição de Materiais ...................................................................... 3 
3.1 Natureza do Produto a Transportar ...................................................... 4 
4. Características das Modalidades de Transportes ...................................... 5 
4.1 Escolha das Modalidades de Transporte ................................................ 9 
5. Estrutura para a Distribuição ............................................................... 18 
5.1 Supply Chain Management (SCM) ....................................................... 21 
6. Gestão Patrimonial ............................................................................. 23 
6.1 Patrimônio Mobiliário ......................................................................... 28 
6.2 Patrimônio Imobiliário ....................................................................... 30 
7. O Controle dos Materiais e do Patrimônio .............................................. 32 
7.1 Tombamento de Bens ....................................................................... 32 
7.2 Inventário........................................................................................ 34 
7.3 Depreciação, Amortização e Exaustão ................................................. 38 
8. A Movimentação do Patrimônio ............................................................ 40 
9. Lista Completa de Questões ................................................................. 53 
10. Gabarito .......................................................................................... 60 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.Revisão 
 
Bom, antes de mais nada, preciso lembrá-los de que é hora de fazer a revisão 
da aula 02 (se você já a estudou há mais de 3 semanas). É o momento de rever 
as questões que selecionou previamente, medir seu índice de acertos (que pode 
até ter diminuído) e reler os trechos marcados na teoria. Se não fizer isso agora, 
seu conhecimento irá se perder e de pouco adiantará avançar no conteúdo. 
Portanto, feche esse PDF e siga na revisão da aula 02 ;). Garanto que será o 
melhor para sua preparação. 
 
2.Panorama da Aula 
 
Na aula de hoje conversaremos sobre: 
 
x Distribuição de materiais; 
x Características das modalidades de transporte; 
x Estrutura para distribuição. 
x Gestão patrimonial. 
x Tombamento de bens. 
x Controle de bens. 
x Inventário. 
x Alienação de bens. 
x Alteração e baixa de bens. 
 
 
 
 
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3. Distribuição de Materiais 
 
Vamos falar um pouco sobre logística e distribuição de materiais. 
Veremos os tipos de cargas, o transporte mais adequado para o tipo de carga e 
o local para onde a carga será transportada. Falaremos também das principais 
características dos modais de transportes existentes. 
Comprar bem, procurando os melhores preços e prazos de pagamento para os 
materiais e produtos, estocar de maneira a evitar perdas e com o mínimo custo 
já não são somente os maiores fatores de lucratividade da Logística. Nos últimos 
anos, a Distribuição tornou-se uma questão importante e, muitas empresas não 
hesitam em afirmar que são os seus custos que muitas vezes participam e 
determinam a sua rentabilidade. 
A entrega do produto ao cliente final, seja ele o consumidor, o varejista ou 
atacadista, necessita de uma atenção bem especial. A distribuição era 
considerada uma fonte que gerava custos e engolia os lucros. Porém, quando o 
objetivo é minimizar os custos totais da empresa e ao mesmo tempo maximizar 
sua renda, a abordagem deverá ser feita de tal maneira que um aumento de 
custo em determinado setor seja no mínimo equivalente à redução de custo em 
outro. 
Dentro do contexto empresarial, um dos conceitos aplicados à distribuição é 
colocar o produto certo, em lugar certo, na quantidade correta, no tempo certo 
e ao menor custo. 
Para que essa definição seja realidade, é necessário um planejamento da 
distribuição, que se refira a uma projeção para o futuro da atividade da empresa. 
É necessário para conseguir quantificar a extensão da demanda dos produtos 
dentro de um período futuro e após isso desenvolver um sistema que satisfaça 
de maneira adequada às demandas previstas. Quanto maior for o período de 
planejamento entre a decisão e a implantação, mais importante se torna o 
planejamento da distribuição. 
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O sistema de controle não deve de maneira alguma ser ignorado ou mal aplicado. 
Um exame periódico e/ou contínuo, tendo um feedback que indiquem 
claramente o quanto o sistema de distribuição está atendendo aos objetivos 
finais, é fundamental. Desse modo, o controle deverá fixar os critérios e a criação 
de modelos de determinação do custo e os objetivos da distribuição. 
 
3.1 Natureza do Produto a Transportar 
 
Os produtos da empresa, para efeito de transporte, podem ser assim 
classificados: 
a) Carga geral: a carga geral deve ser consolidada para materiais com peso 
individual de até 4 t. 
b) Carga a granel, líquida e sólida. 
c) Carga semi-especial: trata-se de materiais com dimensões e peso que 
exigem licença especial, porém no gabarito que permite tráfego em 
qualquer estrada. 
d) Carga especial: trata-se de uma variável da definição anterior, com a 
ressalva de que seu tráfego exige estudo de rota, para avaliar a largura 
das obras de arte e a capacidade das pontes e viadutos. 
e) Carga perigosa: os produtos classificados como perigosos englobam 
mais de 3.000 itens, estando codificados em nove classes, de acordo com 
norma internacional. 
Dependendo da situação, a distribuição pode ser classificada da seguinte forma: 
x Distribuição interna: trata-se da distribuição de matérias-primas, 
componentes ou sobressalentes para manutenção, do almoxarifado ao 
requisitante, para continuidade das atividades da empresa. 
x Distribuição externa: trata-se da entrega dos produtos da empresa a seus 
clientes, tarefa que envolve o fluxo dos produtos/serviçospara o 
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consumidor final, motivo pelo qual adota-se a denominação de distribuição 
física. 
4. Características das Modalidades de Transportes 
 
A atividade de transporte tem várias maneiras de ser executada. A forma de 
executar e movimentar cargas entre dois pontos é o multimodalismo, ou seja, é 
o modal, modo de transportar as mercadorias entre esses pontos. 
Podemos classificar de forma bem abrangente o modal de transportes entre três 
grandes grupos: 
x Transporte aquaviário. 
x Transporte terrestre. 
x Transporte aéreo. 
 
¾ Transporte aquaviário 
O aquaviário é denominado para toda e qualquer movimentação de cargas que 
utilize meios aquáticos. É também subdividido em: marítimo; fluvial e lacustre. 
Como o próprio nome define claramente, são transportes que utilizam mares, 
rios e lagos. 
O marítimo se subdivide também em dois segmentos: 
x Longo curso 
x Cabotagem 
O transporte marítimo de longo curso faz a movimentação internacional de 
importação e exportação entre pontos de vários países. 
O transporte marítimo de cabotagem movimenta as cargas entre os pontos da 
costa do mesmo país. 
Existe uma grande diversidade de navios para o transporte das mais variadas 
cargas. A característica desses navios e suas especificações são sempre em 
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função do tipo de carga a ser transportada e principalmente também dos portos 
onde o navio vai atracar e ser atendido. O transporte marítimo no Brasil é 
coordenado pela Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antac). 
O transporte hidroviário e marítimo são destinados a cargas de grandes 
volumes, de baixíssimo custo unitário, cujo tempo de entrega não seja fator 
preponderante no encarecimento do produto. É um dos mais baratos meios de 
transporte, mas depende do custo e dos serviços prestados nos portos, cais e 
abordagens. 
 
¾ Transporte Terrestre 
O transporte terrestre também tem suas divisões, que são o rodoviário e o 
ferroviário. 
O transporte rodoviário é o mais flexível deles com maiores facilidades de 
movimentação, pois o caminhão ou a carreta pode entrar ou sair do depósito da 
empresa e chegar até o cliente diretamente. É o que se costuma chamar de 
³WUDQVSRUWH�SRUWD�D�SRUWD´��e�DSOLFDGR�GHQWUR�GR�PHVPR�SDtV�RX�Wambém entre 
outros países. Tanto o rodoviário quanto o marítimo podem movimentar 
qualquer produto, desde que seja escolhido o equipamento adequado. Mais 
adequado a cargas que exigem prazos relativamente rápidos de entrega. 
Contudo, seus custos operacionais são elevados, pois cada caminhão ou carreta 
leva uma quantidade limitada de carga, requer um motorista e, muitas vezes, 
um ajudante. Além disso, dependem de estradas razoáveis, congestionamentos, 
pagamentos de pedágios, combustível, e correm riscos de assaltos ou roubos. 
O transporte rodoviário deve ser destinado a volumes menores, distâncias 
menores ou cargas com prazos de entrega relativamente curtos. 
O transporte ferroviário utiliza a malha ferroviária no País. A tração pode ser 
elétrica, a diesel ou a vapor. Os vagões podem ter várias estruturas ou 
conformações, para abrigar diferentes tipos de cargas sólidas, a granel ou 
líquidas. O comboio pode transportar vários vagões, reduzindo o custo do 
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transporte e tornando o frete mais barato. A velocidade do trem é relativamente 
homogênea, pois não há, em percurso, cruzamentos, semáforos, 
congestionamentos, etc. Contudo, o seu traçado é prefixado e limitado, não 
permitindo a flexibilidade das rodovias. Há que se entregar a carga e retirá-la 
no terminal ferroviário, o que gera algumas dificuldades. 
O transporte ferroviário deve ser destinado às cargas de maior volume e grande 
peso, mas cujo prazo de entrega não seja um fator preponderante. É o caso das 
siderúrgicas, das indústrias petroquímicas e das de cimento, que requerem 
terminais ferroviários em seus próprios pátios para a expedição dos seus 
produtos. 
O transporte rodoviário e ferroviário no Brasil são coordenados pela Agência 
Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). 
 
¾ Transporte Aéreo 
O transporte aéreo dentro dos principais conceitos do modal é o que utiliza 
aeronaves tanto de cargas, como de passageiros e/ou mistas. Existe toda uma 
legislação e controle muito específica que é diferente entre outros modais. 
O transporte aéreo deve ser destinado a pequenos volumes, de baixo peso, para 
os quais o fator tempo seja imperioso. É o meio de transporte mais caro e mais 
rápido, indicado para cargas nobres ou cidades longínquas. No Brasil é 
coordenado pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) com o apoio da 
Infraero. 
Todo tipo de carga pode ser transportado por este modal, porém não devem 
oferecer risco à aeronave, aos passageiros, aos operadores, a quaisquer outros 
envolvidos e às outras cargas transportadas. Assim, podem-se transportar 
animais vivos, cargas comuns secas, cargas congeladas, armamentos, enfim, 
qualquer carga, porém as restrições a cargas perigosas são muito intensas, 
sendo suas embalagens e condições de transporte devidamente regulamentada 
pela IATA (Associação de Tráfego Aéreo Internacional). 
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As mercadorias perigosas deverão ser autorizadas pela própria empresa aérea 
e terão de ser identificadas perfeitamente, de modo que a pessoa, ao manipulá-
las, possa ter o devido cuidado. 
As mercadorias perigosas são classificadas pela ONU nas seguintes classes de 
risco: 
x Classe 1 ± explosivos; 
x Classe 2 ± gases; 
x Classe 3 ± líquidos inflamáveis; 
x Classe 4 ± sólidos inflamáveis; 
x Classe 5 ± substâncias combustíveis e materiais oxidantes; 
x Classe 6 ± substâncias tóxicas (venenosas) e infecciosas; 
x Classe 7 ± materiais radioativos; 
x Classe 8 ± corrosivos; 
x Classe 9 ± mercadorias perigosas diversas. 
Algumas vantagens do transporte aéreo: 
x Os aeroportos, normalmente, estão localizados mais próximos dos centros 
de produção, industrial ou agrícola, pois encontram-se em grande número 
e espelhados praticamente por todas as cidades importantes do planeta 
ou por seus arredores; 
x Os fretes internos, para colocação das mercadorias nos aeroportos, são 
menores, e o tempo mais curto em face da localização dos mesmos; 
x Racionalização das compras pelos importadores, aplicando uma política de 
just in time, já que eles não terão a necessidade de manter estoques; 
x Maior competitividade do exportador, visto que a entregarápida pode ser 
um bom argumento de venda; 
x Segurança no transporte de pequenos volumes; 
x Apresentação de frete inferior ao transporte marítimo, dependendo da 
mercadoria, quantidade e local de origem, etc. 
 
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¾ Transporte Intermodal 
O transporte intermodal requer tráfego misto, envolvendo várias modalidades, 
com parte do percurso podendo ser feita mediante um método e parte mediante 
outro, motivo pelo qual o intermodal constitui a solução ideal para atingir locais 
de difícil acesso ou de extrema distância. As empresas siderúrgicas utilizam o 
transporte ferroviário para levar seus produtos até os portos e, a seguir, o 
transporte marítimo para levá-los até outros países. 
 
4.1 Escolha das Modalidades de Transporte 
 
O sistema de transportes e distribuição de produtos de uma empresa sempre foi 
importante e complexo. O transporte é um considerável elemento de custo em 
toda a atividade industrial e comercial. Num país onde quase 60% das 
mercadorias são transportadas via rodoviária, a racionalização desta operação 
passou a ser vital para a estrutura econômico-financeira das empresas. 
A decisão entre a frota própria ou transportadora de terceiros é bem mais 
complexa do que parece. Cada situação tem características específicas e não 
existem regras gerais que garantam o acerto da escolha. O que para 
determinada empresa é altamente rentável pode ser um fator de aumento de 
custos para outra. Em função disso, o responsável pelo transporte e distribuição 
de produtos precisa ser um especialista, muito bem entrosado e conhecedor das 
demais áreas da empresa. 
Ao utilizar o sistema de transporte rodoviário, é necessário examinar algumas 
particularidades do material a ser transportado e sempre que possível adequá-
lo com os equipamentos normalmente usados pelas empresas que operam o 
sistema. Tal precaução é indispensável para atingir-se o aproveitamento ótimo 
dos veículos em sua capacidade (peso ou metro cúbico) e, consequentemente 
reduzir o custo operacional e o custo do frete. 
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É indispensável que a embalagem seja igualmente adequada ao transporte, que 
possa resistir aos embates do carregamento, viagem e descarga e possa sofrer 
as tensões normais de sua acomodação no caminhão transportador. 
A escolha de cada modalidade de transporte depende de dois fatores principais: 
1) A diferença entre o preço de venda do produto no centro de produção e o 
preço de venda no local de consumo. Trata-se de um fator conhecido. 
2) O custo do transporte entre o centro de produção e o local de consumo. 
Trata-se de um fator que precisa ser calculado e que depende de dois 
aspectos: 
 
x Características da carga a ser transportada: como tamanho, 
peso, valor unitário, tipo de manuseio, condições de segurança, tipo 
de embalagem, distância a ser percorrida, prazo de entrega, etc. 
 
x Características das modalidades de transportes: condições da 
infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos, 
etc.), condições de operação, tempo de viagem, custo e frete, mão 
de obra envolvida, etc. 
 
Na escolha da modalidade de transportes, temos que considerar os quatros 
fatores listados abaixo: 
1) Fator tempo: cada modalidade de transporte apresenta uma velocidade 
comercial diferente, em função de suas próprias características, 
envolvendo muitas vezes esperas em interconexões, transbordos em 
terminais, congestionamentos, condições climáticas desfavoráveis, etc. 
 
2) Fator financeiro: cada modalidade tem o seu frete, os custos de 
manuseio e perdas do material. O fator financeiro varia conforme o valor 
monetário da mercadoria. 
 
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3) Fator manuseio: cada modalidade exige determinadas operações de 
carga e descarga nos pontos de expedição, transbordo e recepção. A 
embalagem da mercadoria deve proteger o produto, facilitar o manuseio, 
reduzir perdas e baratear os custos. 
 
4) Fator rotas de viagens: cada modalidade exige maior ou menor número 
de viagens para transportar uma mesma mercadoria. A empresa pode 
adotar o transporte intermodal sempre que os custos da transporte 
possam ser racionalizados. O transporte intermodal quase sempre envolve 
paradas, transbordos, manuseio, custos, etc. 
 
 
1. (CESPE ± 2015 ± MPOG ± ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO) 
A respeito de distribuição de materiais, julgue o item seguinte. 
A utilização de um veículo para distribuição de materiais em uma via lacustre e 
outro em uma via fluvial caracteriza a adoção de dois modais. 
Comentários: 
Primeiro pessoal, não se deixe enganar: o transporte lacustre é uma modalidade 
de transporte aquático ou hidroviário, realizado em lagos e lagunas. É realizado 
SHOR�WUDQVSRUWH�GHQRPLQDGR�GH�³&DERWDJHP´��RX�VHMD��QmR�DSUHVHQWD�XP�FXUVR�
longo. 
Gabarito: Errada 
 
2. (CESPE ± 2014 ± ANATEL ± TÉCNICO ADMINISTRATIVO) 
A utilização do modal marítimo para o transporte de produtos líquidos é proibida 
devido ao risco de contaminação das águas por possíveis vazamentos. 
Comentários: 
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Pessoal, o transporte marítimo é todo e qualquer tipo de transporte e 
movimentação realizado em vias aquáticas. Não há nenhuma restrição em 
relação à carga, desde que devidamente embaladas e que sigam as normas 
legais para essa modalidade de transporte. 
Gabarito: Errada 
 
3. (CESPE ± 2014 ± ICMBIO ± ANALISTA ADMINISTRATIVO) 
Considerando que a distribuição de materiais está ligada à movimentação e ao 
transporte de cargas, julgue os itens a seguir 
A diferença entre o preço do produto na origem e no local de consumo é fator 
que deve ser considerado na escolha da modalidade de transporte. 
Comentários: 
A escolha de cada modalidade de transporte depende de dois fatores principais: 
1) A diferença entre o preço de venda do produto no centro de produção e o 
preço de venda no local de consumo. 
2) O custo do transporte entre o centro de produção e o local de consumo. 
 
Gabarito: Certa 
 
4. (CESPE ± 2014 ± ICMBIO ± ANALISTA ADMINISTRATIVO) 
Considerando que a distribuição de materiais está ligada à movimentação e ao 
transporte de cargas, julgue os itens a seguir. 
Para efeito de transporte, os produtos são classificados como carga geral, a 
granel, líquida ou sólida, semiespecial, especial e perigosa. 
Comentários: 
Vamos relembrar a natureza dos produtos a serem transportados? 
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Os produtos da empresa, para efeito de transporte, podem ser assim 
classificados: 
a) Carga geral: a carga geral deve ser consolidada para materiais com peso 
individual de até 4 t. 
b) Carga a granel, líquida e sólida. 
c) Carga semi-especial: trata-se de materiais com dimensões e peso que 
exigem licença especial, porém no gabarito que permite tráfego em 
qualquer estrada. 
d) Carga especial: trata-se de uma variável da definição anterior, com a 
ressalva de que seu tráfego exige estudo de rota, para avaliar a largura 
das obras de arte e a capacidade das pontes e viadutos. 
e) Carga perigosa: os produtos classificados como perigosos englobam mais 
de 3.000 itens, estando codificados em nove classes, de acordo com 
norma internacional. 
Gabarito: Certa 
 
5. (CESPE ± 2014 ± POLÍCIA FEDERAL ± ADMINISTRADOR) 
O modal ferroviário, por contar com linhas pré-definidas e poucas interrupções 
no caminho, é o principal meio destinado ao transporte de grandes cargas em 
territórios extensos em que o fator tempo é preponderante. 
Comentários: 
A questão estaria correta se não fosse a afirmação sobre o fator tempo. 
O transporte ferroviário utiliza a malha ferroviária no País. A tração pode ser 
elétrica, a diesel ou a vapor. A velocidade do trem é relativamente homogênea, 
pois não há, em percurso, cruzamentos, semáforos, congestionamentos, etc. 
Contudo, o seu traçado é prefixado e limitado, não permitindo a flexibilidade das 
rodovias. O transporte ferroviário deve ser destinado às cargas de maior volume 
e grande peso, mas cujo prazo de entrega não seja um fator preponderante. 
Gabarito: Errada 
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6. (CESPE ± 2013 ± FUB ± ADMINISTRADOR) 
Enquanto o transporte de cabotagem é feito entre os portos nacionais, o 
transporte internacional destina-se a importação e exportação de mercadorias. 
Comentários: 
Perfeita a assertiva da banca. 
É exatamente isso. O transporte de cabotagem é feito entre os portos nacionais, 
enquanto o transporte internacional serve para importação e exportação. 
Gabarito: Certa 
 
7. (CESPE ± 2013 ± IBAMA ± ANALISTA ADMINISTRATIVO) 
Com relação à administração de recursos materiais, julgue os itens subsecutivos 
É vedado o transporte de cargas perigosas, como explosivos e substâncias 
infecciosas, no modal aéreo. 
Comentários: 
Todo tipo de carga pode ser transportado por este modal, porém não devem 
oferecer risco à aeronave, aos passageiros, aos operadores, a quaisquer outros 
envolvidos e às outras cargas transportadas. Assim, podem-se transportar 
animais vivos, cargas comuns secas, cargas congeladas, armamentos, enfim, 
qualquer carga, porém as restrições a cargas perigosas são muito intensas, 
sendo suas embalagens e condições de transporte devidamente regulamentada 
pela IATA (Associação de Tráfego Aéreo Internacional). 
Gabarito: Errada 
 
8. (CESPE ± 2013 ± MI ± ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) 
A respeito de transporte e distribuição de materiais, julgue os seguintes itens. 
 
Quando comparado aos demais modais, o modal aéreo de transporte, embora 
mais ágil, apresenta menor segurança no transporte de pequenos volumes. 
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Comentários: 
Claro que não. É o contrário! Uma das vantagens do transporte aéreo é 
justamente a segurança no transporte de pequenos volumes. 
Vamos relembrar.... 
³O transporte aéreo deve ser destinado a pequenos volumes, de baixo peso, 
para os quais o fator tempo seja imperioso. É o meio de transporte mais caro e 
mais rápido, indicado para cargas nobres ou cidades longínquas´. 
Gabarito: Errada 
 
9. (CESPE ± 2013 ± MI ± ASSITENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) 
A respeito de transporte e distribuição de materiais, julgue os seguintes itens. 
O transporte aquaviário inclui o marítimo, o fluvial e o lacustre 
 
Comentários: 
Exatamente isso. 
O transporte aquaviário é denominado para toda e qualquer movimentação de 
cargas que utilize meios aquáticos. É também subdividido em: marítimo; fluvial 
e lacustre. 
Gabarito: Certa 
 
10. (CESPE ± 2013 ± SERPRO ± TÉCNICO ± SUPORTE 
ADMINISTRATIVO) 
O transporte aeroviário é o mais adequado para o transporte de suprimento de 
material nobre, de alta sofisticação, que venha de uma cidade longínqua e em 
pequenos volumes. 
Comentários: 
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Mais uma assertiva perfeita da banca. 
³O transporte aéreo deve ser destinado a pequenos volumes, de baixo peso, 
para os quais o fator tempo seja imperioso. É o meio de transporte mais caro e 
mais rápido, indicado para cargas nobres ou cidades longínquas´. 
Gabarito: Certa 
 
11. (CESPE ± 2012 ± TJ ± AL ± ANALISTA JUDICIÁRIO ± ÁREA 
ADMINISTRATIVA) 
Um administrador de materiais deseja transportar grande quantidade de 
material para um lugar distante. Para isso, precisa cruzar várias regiões do país. 
O administrador dispõe de pouco recurso financeiro para esta atividade e, por 
isso, o meio de transporte escolhido deverá ter baixo custo de seguro e de frete 
e sem taxa de manuseio. Há urgência na transferência do material e não podem 
ocorrer atrasos na entrega. 
Nessa situação hipotética, o meio de transporte mais indicado é o 
a) rodoviário. 
b) aéreo. 
c) ferroviário. 
d) hidroviário. 
e) marítimo. 
Comentários: 
Vamos responder a essa questão analisando cada informação apresentada pela 
banca e identificar as características mais importantes de cada modal. 
Grande quantidade de materiais 
Transporte rodoviário 
Transporte ferroviário 
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 Transporte aéreo 
Transporte marítimo 
Diante dessa informação já conseguimos reduzir as opções a 2 tipos de 
transportes: ferroviário e marítimo 
Lugar distante 
Transporte ferroviário 
Transporte marítimo 
Continuamos com as 2 opções, não é mesmo? 
Transporte de baixo custo de seguro e de frete 
Tanto o transporte ferroviário quanto o transporte marítimo apresentam baixo 
custo de seguro e de frete. Continuamos com as duas opções. 
Não podem ocorrer atrasos na entrega 
Esse será o ponto determinante que definirá a nossa escolha. Então vamos 
analisá-lo com calma, já que até o momentoestamos com um empate técnico. 
Você se lembra que na escolha da modalidade de transportes, temos que 
considerar alguns fatores e um deles é o fator tempo? 
Fator tempo: cada modalidade de transporte apresenta uma velocidade 
comercial diferente, em função de suas próprias características, envolvendo 
muitas vezes esperas em interconexões, transbordos em terminais, 
congestionamentos, condições climáticas desfavoráveis, etc. 
Nesse aspecto, o transporte ferroviário além de ser mais ágil que o marítimo 
está menos suscetível a condições climáticas, que podem atrasar a entrega. 
Além disso, no transporte marítimo o fator tempo é secundário. 
Gabarito: C 
 
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5. Estrutura para a Distribuição 
 
Conforme a natureza do negócio, das características do produto e do mercado, 
a organização da distribuição toma forma diferente. Ela deve ser estabelecida 
com o objetivo de obter uma correta distribuição dos produtos acabados, dentro 
do menor custo operacional possível, com ou sem a presença de intermediários. 
Nesse sentido, a distribuição pode ser feita por venda direta ou indireta. 
¾ Venda direta: é a distribuição que não utiliza nenhum intermediário. A 
própria empresa efetua a venda diretamente ao consumidor final por meio 
de seus órgãos, como departamentos, filiais, agências, sucursais, 
representantes próprios, etc. 
 
¾ Venda indireta: é a distribuição na qual o produto ou serviço passa por 
vários intermediários até chegar ao consumidor final. Os intermediários 
formam os canais de distribuição. 
Toda distribuição envolve um sistema complexo de atividades, isto é, um 
conjunto ou uma combinação de atividades, formas de venda, intermediários e 
meios de entrega que constituem um todo integrado e necessário para fazer 
com que o produto ou serviço da empresa chegue até o consumidor final ou 
consumidor industrial. 
¾ Consumidor final: é aquele que compra ou utiliza os produtos ou serviços 
para satisfazer desejos pessoais ou necessidades domésticas, e não para 
revenda ou utilização em estabelecimentos industriais ou comerciais. 
 
¾ Consumidor industrial: uma empresa que compra e utiliza produtos ou 
serviços para produzir outros bens ou serviços; ou um consumidor 
comercial, uma empresa que compra e vende produtos ou serviços, como 
intermediária de negócios. 
Em muitos casos, o sistema de distribuição requer a presença de canais de 
distribuição. Canal de distribuição é a empresa ou o intermediário que adquire a 
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propriedade dos produtos ou serviços com a finalidade de revendê-los ao 
consumidor final ou a outro comerciante intermediário, assumindo o risco da 
compra e da venda. Daí a diferença entre sistema de distribuição ± como é 
organizada a distribuição até o consumidor final ± e canal de distribuição ± o 
intermediário que conduz o produto ou serviço até o consumidor final. 
Os canais de distribuição fazem com que os produtos ou serviços escoem do 
produtor até chegar às mãos do cliente ou do consumidor final. Principalmente 
nas empresas que cobrem extensa área territorial, os canais de distribuição são 
importantes artérias que levam os produtos ou serviços a diferentes e 
longínquos lugares, no tempo e na quantidade exigidos, para que fiquem à 
disposição do consumidor final. 
Os sistemas de distribuição podem, portanto, ser constituídos de órgãos da 
própria empresa ou por intermediários. 
1) Intermediário: é um tipo de negociante que se especializa em comprar 
e vender produtos ou serviços. Existem dois tipos de intermediários: 
 
¾ Intermediário agente: é aquele que negocia compras e/ou 
vendas de mercadorias, mas sem adquirir a propriedade 
delas. Sua remuneração é feita por comissões ou por taxas 
preestabelecidas com o produtor. Quase sempre, é um agente 
terceirizado, como o corretor de imóveis e de seguros, o 
agente de fabricante ou o agente vendedor ou representante, 
que é remunerado pelo produtor, etc. 
 
¾ Intermediário comerciante: é aquele que adquire a 
propriedade das mercadorias, as armazena e vende. Compra 
e adquire a propriedade dos produtos com quem negocia e 
assume todos os riscos dos negócios. É o caso dos atacadistas 
e varejistas, que são os principais intermediários 
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comerciantes. Podem ser empresas coligadas ou não ao 
produtor. 
2) Varejista: é o intermediário comerciante ou estabelecimento comercial 
que vende principalmente para o consumidor final. Sua venda típica é 
efetuada ao consumidor final. É o caso dos supermercados, das agências 
de automóveis, das lojas e do comércio, em geral. 
 
3) Atacadista: é o intermediário comerciante que vende para varejistas e 
outros comerciantes, consumidores industriais e comerciais. O atacadista 
é conhecido também pelo nome de distribuidor ou fornecedor, quando 
negocia com o MP, materiais semiacabados, componentes, ferramentas e 
maquinaria, em geral. 
 
Existem três alternativas básicas de canais de distribuição: 
¾ Distribuição direta do produtor ao consumidor 
Ocorre quando o produtor vende e entrega diretamente as mercadorias ao 
consumidor final. As vendas podem ser feitas por mala direta, por televendas, 
pela internet, por vendedores domiciliares ou por lojas próprias. 
Para vender diretamente ao mercado de consumidores finais, a empresa precisa 
fazer grandes investimentos em equipes de vendas, em escritórios e filiais de 
vendas, em lojas próprias, em malas diretas, em televendas, em sites na 
internet, além de arcar como os estoques necessários para a comercialização. 
 
¾ Distribuição por meio de varejistas 
É a alternativa escolhida por empresas que não pretendem fazer grandes 
investimentos em órgãos próprios de vendas para contato direto com os 
consumidores finais, principalmente quando o número destes é muito grande e 
sua abrangência territorial enorme. Entre a empresa e os consumidores finais, 
existem varejistas. Esta é opção da grande maioria de fabricantes de 
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eletrodomésticos, de produtos eletrônicos, de vestuário e moda, de produtos 
alimentícios, etc. Os investimentos em estoques e os esquemas de 
comercialização passam a ser da alçada dos varejistas. 
 
¾ Distribuição por meio de atacadistas 
É a alternativa escolhida por empresas que procuram se concentrar na produção, 
deixando a comercialização por conta dos intermediários atacadistas. Estes 
distribuem a centenas de varejistas, osquais, por sua vez, comercializam as 
mercadorias junto aos consumidores finais. O grosso do estoque fica nas mãos 
de atacadistas, que o pulverizam junto aos varejistas. 
A distribuição física deve levar em consideração a alternativa escolhida pela 
empresa para distribuir seus produtos no mercado, e servir como elemento 
facilitador desse fluxo. 
5.1 Supply Chain Management (SCM) 
 
Também conhecida como Cadeia de Suprimentos, mas é muito comum 
vermos o termo em inglês. 
Como sistemas abertos, as empresas estão cada vez mais trazendo para junto 
de si os seus fornecedores (do lado das entradas do sistema) e os seus clientes 
(do lado da saída do sistema). Em outras palavras, as fronteiras do sistema 
empresarial estão se desvanecendo, no sentido de eliminar limites ou barreiras 
ao ambiente externo. Fornecedores e clientes estão sendo envolvidos no 
processo de fornecimento, enquanto a empresa se torna o núcleo básico dessa 
nova abordagem, em uma cadeia capaz de agregar valor a todos os envolvidos. 
A supply chain management (SCM), ou gestão de cadeia de suprimentos, 
envolve fornecedores, produtor, distribuidores e clientes em um processo 
integrado, no qual compartilham informações e planos para tornar o canal mais 
eficiente e competitivo. 
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A diferença entre a nova e a velha abordagem é que, no passado, cada parte 
apenas focava exclusivamente o seu cliente direto e imediato: 
1. O fornecedor só focava a fábrica que iria utilizar sua matéria-prima. 
2. A fábrica produzia o produto acabado somente focando sua expedição 
ou o distribuidor de seus produtos. 
3. O distribuidor, ou atacadista, só focava o varejista para quem vendia 
os seus estoques. 
4. O varejista só focava o cliente que comprava seu produto. 
Cada parte somente focava aquela que se seguia imediatamente no processo. A 
sequência era apenas linear. As relações entre os atores eram binárias, ou seja, 
entre duas empresas. Nada mais do que isso. Ninguém se preocupava, ao longo 
do processo, em como sua atuação iria impactar as outras partes e, 
consequentemente, o cliente final. A SCM permite visualizar todo o processo de 
geração continuada de valor, desde a chegada da matéria-prima até a entrega 
do produto acabado ao cliente final, de maneira integrada e sistêmica. Este é o 
ciclo integral que vai da matéria-prima entregue pelo fornecedor até a chegada 
do produto acabado ao consumidor final. 
 
 
12. (CESPE ± 2013 ± SERPRO ± TÉCNICO SUPORTE ADMINISTRATIVO) 
Uma empresa que atua como intermediário comerciante, vendendo suprimentos 
ao consumidor final é caracterizada como atacadista. 
Comentários: 
Vamos relembrar os conceitos? 
1) Varejista: é o intermediário comerciante ou estabelecimento comercial 
que vende principalmente para o consumidor final. Sua venda típica é 
efetuada ao consumidor final. É o caso dos supermercados, das agências 
de automóveis, das lojas e do comércio, em geral. 
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2) Atacadista: é o intermediário comerciante que vende para varejistas e 
outros comerciantes, consumidores industriais e comerciais. O atacadista 
é conhecido também pelo nome de distribuidor ou fornecedor, quando 
negocia com o matéria-prima, materiais semiacabados, componentes, 
ferramentas e maquinaria, em geral. 
Agora ficou fácil, não é mesmo? O enunciado em questão trata do varejista e 
não do atacadista. 
Gabarito: Errada 
 
13. (CESPE ± 2008 ± HEMOBRÁS ± TÉCNICO EM ALMOXARIFE) 
Um importante conceito em gestão de materiais diz respeito à cadeia de 
suprimento, que consiste no conjunto de atividades que têm início na aquisição 
da matéria-prima e terminam com a produção e o armazenamento do bem a ser 
comercializado. 
 
Comentários: 
O ciclo integral da cadeia de suprimentos vai da matéria-prima entregue pelo 
fornecedor até a chegada do produto acabado ao consumidor final. 
Gabarito: Errada 
 
6. Gestão Patrimonial 
 
Antes de iniciarmos esse tema vamos relembrar alguns conceitos que irão ajudá-
lo a entender melhor as explicações. 
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 Figura 1. Adaptado de Petrônio Garcia Martins (2009) 
 
Conforme a figura acima, as empresas têm a sua disposição cinco tipos de 
recursos: Materiais, Patrimoniais, Capital, Humanos, Tecnológicos. 
9DPRV�UHOHPEUDU�R�FRQFHLWR�GH�µ5HFXUVR´� 
³ É tudo aquilo que gera ou que é capaz de gerar riqueza, no sentido 
econômico do termo. Dessa forma, os clássicos fatores de produção 
(capital, terra e trabalho) são recursos, da mesma forma que um 
prédio ocupado por uma empresa também é um recurso (patrimonial), 
pois é essencial para que exerça sua atividade empresarial. 
 
Vamos separar (apenas para fins didáticos) as definições de recurso material da 
de recurso patrimonial. 
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¾ Recurso material: refere-se aos elementos físicos empregados por uma 
organização e que concorrem para a constituição de seu produto final, o 
qual pode ser um material processado ou um serviço. A natureza do 
recurso material não é permanente. Além disso, geralmente é possível 
armazená-lo em estoques (mercadorias, matérias-primas, etc). 
 
¾ Recurso patrimonial: refere-se aos elementos físicos empregados por 
uma organização e que são destinados à manutenção de suas atividades. 
A natureza do recurso patrimonial é permanente. Além disso, nem sempre 
é possível armazená-lo em estoques (imóveis, terrenos, móveis e 
utensílios, veículos, máquinas, etc). 
 
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma instituição que 
podem ser avaliados monetariamente. Tudo que a empresa possui que possa 
ser avaliado em dinheiro é patrimônio, inclusive suas dívidas (obrigações). 
E já que tais bens não serão alienados tão cedo pela entidade, existe um 
raciocínio diferente ao estudá-los. A máquina que coloca as tiras nos chinelos 
serve para que a empresa continue a produzir chinelos. Sem ela, a empresa não 
produz. Se não produz, não vende. Por essa razão, a empresa não venderá essa 
máquina tão cedo, a não ser que seja para comprar outra máquina que coloque 
as tiras mais rápido. 
Mais acima vimos a definição de Recursos Patrimoniais. Agora veremos a 
definição de Bens Patrimoniais. 
 
¾ Bens Patrimoniais: são os ativos permanentes móveis e imóveis e 
inclui os ativos tangíveis e os intangíveis. 
Um bem imóvel seria aquele que, naturalmente, não podemos movimentar sem 
que ele perca suas característicasde operação. Já uma definição de bem móvel 
seria a seguinte: é o objeto ou material que se pode transportar de um lugar 
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para o outro e que, para efeito de controle, pode ser classificado como material 
permanente ou de consumo e no elemento de despesa previsto na legislação em 
vigor (IFAM 2012). 
A administração patrimonial deve controlar tanto os bens móveis como os bens 
imóveis da instituição. Entretanto, a preocupação é distinta em relação a esses 
bens e o controle é um pouco diferente. 
Primeiramente, é essencial dizermos que o conceito de patrimônio tem 
significados distintos para a Contabilidade e para a Administração de Recursos 
Materiais e Patrimoniais. 
Para a Contabilidade, o patrimônio de uma determinada pessoa física ou jurídica 
é composto pelo conjunto de bens, direitos e obrigações que estão sob sua 
propriedade e que podem ser avaliados monetariamente. 
A representação do patrimônio de uma empresa, para a Contabilidade, é o que 
chamamos de balanço patrimonial. Para fins de elaboração do balanço 
patrimonial, há duas subdivisões possíveis do ativo, constantes da Lei nº 
6.404/76 e modificadas recentemente pela Lei nº 11.941/2009: 
x Ativo Circulante 
x Ativo não Circulante 
O ativo circulante é relativo a bens e direitos realizáveis em um período futuro 
de curto prazo, e não são de interesse de nossa disciplina. 
O ativo não circulante, por sua vez, é ainda subdividido em mais quatro grupos: 
x Ativo realizável a longo prazo 
x Investimentos 
x Ativo Imobilizado 
x Ativo Intangível 
Dessa maneira, voltando à Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais, 
apresentamos a seguinte definição: 
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x Ativo Imobilizado: são os bens de natureza permanente destinados à 
manutenção das atividades da organização, ou seja, bens permanentes 
que a organização necessita para poder operar. 
 
x Ativo Intangível: são os bens não materiais (abstratos ou incorpóreos) 
destinados à manutenção das atividades da organização. 
Trazendo esses conceitos para o âmbito da Administração de Recursos Materiais 
e Patrimoniais, podemos dizer que o ativo imobilizado e o intangível são 
agrupados sob um único conceito: o de bem patrimonial. 
Os bens que compõem o patrimônio da instituição ali estão para que esta possa 
atingir os seus objetivos. Eles asseguram a continuidade das atividades da 
instituição. 
De modo geral, o foco dos certames recai sobre os materiais permanentes, haja 
vista sua maior dinamicidade em organizações (capacidade de movimentação, 
compras e desfazimentos mais recorrentes), o que torna mais complexo o seu 
controle. 
Nesse momento inicial, é pertinente o estudo de algumas definições: 
¾ Material de Consumo: é aquele que, em razão de seu uso corrente, 
perde normalmente sua identidade física e/ou tem a sua utilização limitada 
a dois anos. 
 
¾ Material permanente: de duração superior a dois anos, levando-se em 
consideração os aspectos de durabilidade, fragilidade, perecibilidade, 
incrporabilidade e transformabilidade. O material permanente terá a 
seguinte classificação: 
 
a) Novo: bem comprado e que se encontra com menos de um 
ano de uso. 
 
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b) Bom: bem que estiver em perfeitas condições e em uso 
normal. 
 
c) Ocioso: quando, embora em perfeitas condições de uso, não 
estiver sendo aproveitado. 
d) Recuperável: bem que pode ser recuperado, com custo de 
reparo menor do que cinquenta por cento de seu valor de 
mercado. 
 
e) Antieconômico: bem com manutenção onerosa, ou com seu 
rendimento precário, em virtude de uso prolongado, desgaste 
prematuro ou obsoletismo. 
 
f) Irrecuperável: quando não mais puder ser utilizado para o 
fim a que se destina devido à perda de suas características ou 
em razão da inviabilidade econômica de sua recuperação. 
 
6.1 Patrimônio Mobiliário 
 
Bens móveis são os bens que que podem ser removidos de sua posição 
sem que sua substância seja destruída. Ou, de maneira bem mais simples, todo 
bem que possa ser movimentado sem ser destruído. 
 
Esta definição tem origem no Código Civil, nos seguintes dispositivos: 
 
LIVRO II 
DOS BENS 
 
TÍTULO ÚNICO 
Das Diferentes Classes de Bens 
 
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CAPÍTULO I 
Dos Bens Considerados em Si Mesmos 
 
Seção II 
Dos Bens Móveis 
 
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de 
remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação 
econômico-social. 
 
No que diz respeito aos bens móveis, as atividades de controle patrimonial 
podem ser concatenadas em um processo: 
 
 
As atividades acima correspondem medidas administrativas específicas a serem 
tomadas pela administração. Didaticamente podemos relacionar as atividades e 
medidas administrativas inerentes ao controle patrimonial de bens móveis a três 
³PRPHQWRV�FURQROyJLFRV´��D�entrada na organização, as alocações internas e a 
saída final do bem. 
A entrada de um bem patrimonial móvel (ou material permanente), após sua 
aquisição, dá-se através dos almoxarifados. Neste instante, várias são as tarefas 
que devem ser executadas. As principais são: 
x Verificação se o material entregue corresponde à descrição da nota 
fiscal; 
x Verificação se o material entregue corresponde à nota de empenho 
(no caso de órgãos públicos); 
Recepção
Registro ou 
Incorporação
Guarda Conservação Desfazimento
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x No caso de as verificações dos itens anteriores ocorrerem sem 
maiores problemas, atesta-se a nota fiscal (dá-VH�XP�³2.´�HP�VHX�
verso, afirmando que o material foi recebido); 
x Incorporação do material permanente ao patrimônio da 
organização. 
À esta incorporação damos o nome de tombamento. 
Após o registro de um material permanente em um almoxarifado, efetua-se o 
registro de suas informações físicas e contábeis, para fins de controle. No 
entanto, como qualquer outra atividade da organização, o controle dos bens 
patrimoniais está sujeito a uma auditoria, com o objetivo único de garantir a 
confiabilidade das informações prestadas pelossistemas de controle 
material/patrimonial. Erros humanos, perdas e roubos são as causas principais 
das discrepâncias entre os registros e o que efetivamente consta de estoques 
ou de cargas patrimoniais sob a responsabilidade de servidores. Estamos nos 
referindo aos inventários. 
 
6.2 Patrimônio Imobiliário 
 
Os bens que compõem o patrimônio imobiliário, por definição, não podem ser 
removidos de sua posição original sem que com isto sua substância seja 
destruída ou sua finalidade desvirtuada. 
Vamos ver como essa definição aparece no Código Civil? 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural 
ou artificialmente. 
 
Os bens imobiliários estatais, independentemente de sua titularidade (federal, 
estadual, distrital ou municipal), podem ser classificados em e categorias, de 
acordo com a sua destinação. São elas: 
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¾ Bens de uso comum do povo: podem ser utilizados por todos os 
indivíduos. Em igualdade de condições, sem necessidade de 
consentimento individualizado por parte do Poder Público. Ex.: 
praças, ruas, praias (há a possibilidade de exigência de 
contraprestação do particular para usufruto desses bens, como é o 
caso do pagamento de pedágios em estradas). 
 
¾ Bens de uso especiais: empregados na execução dos serviços 
públicos em geral. Ex.: edifícios onde são situadas as repartições 
públicas, aeroportos, hospitais públicos, escolas públicas, etc. 
Também são chamados de patrimônio indisponível. 
 
¾ Bens dominiais: constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de 
direito público, como objeto de direito pessoal ou real de cada uma 
dessas entidades. São bens que não possuem destinação pública 
definida, mas que podem ser utilizados pelo Estado para gerar 
UHQGD�� (VWmR� QR� ³OLPER´�� QmR� VmR� GHVWLQDGRV� DR� SRYR�� QHP� VmR�
empregados no serviço público, apenas permanecem à disposição 
da Administração ± são também chamados de patrimônio 
disponível. Ex.: terrenos da marinha, prédios públicos desativados, 
etc. 
A administração patrimonial no setor público está mais focada nos bens de uso 
especial, pois estes são ocupados pelas entidades e repartições públicas e devem 
ser cuidadas e mantidas por essas organizações. 
Conforme artigo 102 do Código Civil, os bens públicos não estão sujeitos a 
usucapião. 
 
 
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7. O Controle dos Materiais e do Patrimônio 
 
A partir da Constituição Federal de 1988, houve uma crescente demanda da 
Administração Pública em prover leis e normas mais rígidas de controle 
financeiro, orçamentário, contábil e patrimonial. 
O controle patrimonial abrange tanto os bens patrimoniais móveis quanto os 
bens imóveis. 
Na maioria das empresas a gestão do ativo imobilizado é feita por uma unidade 
organizacional que recebe geralmente o nome de controle do ativo fixo ou 
imobilizado. Sua função é registrar, controlar e codificar os bens considerados 
imobilizados e, portanto, passíveis de depreciação. O controle é feito por meio 
de uma ficha individual, que pode ser um arquivo do sistema computadorizado 
onde se registram, entre outras coisas, a data de aquisição do bem, o código 
(colocando-se chapas em bens móveis), o valor inicial, critério e prazo para 
depreciação, depreciação do período e acumulada, centro de custo em que o 
bem encontra-se alocado, e espaço para registro de melhorias no bem, desde 
que altere o seu valor contábil. 
 
7.1 Tombamento de Bens 
 
Assim que a instituição adquire um bem permanente, ele deve passar por um 
procedimento de registro (incorporação) no sistema de controle patrimonial. 
Essa atividade é chamada de tombamento. Presta atenção nesse conceito, pois 
ele costuma ser muito cobrado nas provas de Administração de Recursos 
Materiais. 
A atividade de tombamento deve ser executada no momento em que o bem 
permanente dá a entrada física na organização, e engloba desde o lançamento 
dos bens no Sistema Patrimonial até a assinatura e arquivamento dos Termos 
de Responsabilidade. 
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No tombamento, identificaremos o bem permanente no sistema (inserindo suas 
características, preço, de aquisição, etc) e daremos um código ou número 
patrimonial. Sempre que for possível, esse número será fixado no bem por 
meio de uma plaqueta de identificação como esta: 
 
Entretanto, alguns bens patrimoniais não podem receber uma plaqueta. Esses 
bens, cujas características físicas e a sua própria natureza impossibilitem a 
aplicação de plaqueta, também terão número de tombamento, marcados 
em separado. 
Em caso de perda, descolagem ou deterioração desta plaqueta, o setor onde o 
bem está localizado deverá comunicar impreterivelmente o fato à Coordenação 
de Almoxarifado e/ou Patrimônio, com vistas à sua reposição. 
No caso de livros, por exemplo (material bibliográfico), o número do 
tombamento (ou registro patrimonial) poderá ser inserido no bem mediante um 
carimbo. 
Existem ainda alguns itens que podem ser considerados como um material 
permanente, mas não precisam ser tombados: cortinas, tapetes, persianas, etc. 
Em relação ao tombamento, os bens móveis podem ser classificados como: 
controlados e relacionados. Os bens controlados são aqueles que estão 
sujeitos ao tombamento, ou seja, que demanda um controle mais rigoroso do 
uso e da responsabilidade pela sua guarda e conservação. 
Já os bens relacionados são os bens que dispensam o tombamento por 
causa do seu valor ínfimo, sendo controlados apenas de modo simplificado. 
Na Administração Pública, a regra geral é de todos os materiais permanentes 
serem tombados. Isso implica maior possibilidade de controle, mediante a 
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distribuição da carga patrimonial (=lista de bens permanentes sob a 
responsabilidade direta de determinado servidor) e de inventários. 
 
7.2 Inventário 
 
A existência e o uso contínuo dos bens refletidos pelo registro detalhado devem 
ser conferidos periodicamente por meio de um programa detalhado de 
inventários físicos. 
Este inventário pode se dar tanto sobre os materiais em estoque como sobre 
os bens patrimoniais da entidade. 
O inventário em si consiste no levantamento físico ou contagem dos materiais 
para que os dados obtidos sejam comparados ao registro efetuado pela 
instituição. Desta forma, inventariar os bens significa certificar-se de que as 
informações constantes no controle da instituição refletem a realidade.¾ Inventário Geral ou Periódico: Estes são feitos no final do exercício 
fiscal, e a contagem e verificação se faz de uma única vez para todos os 
itens do estoque ou patrimônio. Como você deve ser capaz de imaginar, 
isto levará um tempo considerável para ser feito, e desta forma, a 
execução do inventário geral normalmente paralisa as atividades da 
área inventariada. É o famoso fechado para balanço! Com certeza você 
já ouviu essa expressão, não é mesmo? Uma expressão popular utilizada 
quando as empresas paralisam as suas atividades para fazer o inventário, 
mas atenção: essa é apenas uma expressão popular que nada tem a ver 
com o balanço patrimonial da empresa. 
 
¾ Inventário Rotativo: haverá um cronograma periódico a se seguido, 
fazendo-se a contagem mês a mês de cada área pretendida, de maneira 
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que ao final do exercício, todas as áreas tenham sido inventariadas. A 
vantagem do método está justamente em não paralisar a atividade 
da instituição. 
O inventário rotativo tem mais uma vantagem. Caso a empresa combine 
algum método de classificação de materiais (por exemplo, a classificação ABC), 
poderá fazer com que alguns grupos de itens sejam verificados mais vezes do 
que outros. Na curva ABC, alguns poucos itens merecem 
mais atenção que outros muitos itens. 
¾ Grupo 1: itens correspondentes à Classe A, que por sua 
importância e valor significativo, merecem atenção redobrada, e, 
portanto, serão inventariados mais vezes durante o ano. 
 
¾ Grupo 2: itens correspondentes à Classe B, que tem importância 
intermediária, e assim, podem ser inventariados, menos vezes 
durante o ano. 
 
¾ Grupo 3: estes são os demais itens (Classe C), que existem em 
grande quantidade e pequeno valor total. E por representarem um 
valor menor do estoque (além de dar bem mais trabalho inventariá-
los), serão contados apenas uma vez por ano. 
 
Todo o bem patrimonial é 
suscetível de avaliação monetária, 
que compreende a aferição do 
valor monetário do bem. 
 
Bem, chegando ao fim do assunto controle vamos tratar de um termo que vêm 
aparecendo nas questões de concursos: Cut-Off. 
Cut-off é uma paralisação em toda movimentação de materiais da empresa (é 
recomendável que esta paralisação seja real, mas ela pode ser simplesmente 
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teórica, através de um registro apartado), a fim de que o material possa ser 
contado. É recomendável (não obrigatório) que a empresa não receba materiais 
na data do inventário, que as necessidades do processo produtivo sejam 
atendidas previamente, de maneira que quando realizado o Cut-off, nenhum 
material na empresa esteja sendo movimentado, ou se não for possível parar a 
movimentação, que esta seja feita em separado, com um controle a parte. 
 
Vamos ver como a legislação trata do assunto? 
 
Instrução Normativa SEDAP 205/88: 
http://www.daf.unb.br/images/DGM/inst_norma_205_88.pdf 
8. Inventário físico é o instrumento de controle para a verificação dos saldos de 
estoques nos almoxarifados e depósitos, e dos equipamentos e materiais 
permanentes, em uso no órgão ou entidade, que irá permitir, dentre outros: 
a) o ajuste dos dados escriturais de saldos e movimentações dos estoques com 
o saldo físico real nas instalações de armazenagem; 
b) a análise do desempenho das atividades do encarregado do almoxarifado 
através dos resultados obtidos no levantamento físico; 
c) o levantamento da situação dos materiais estocados no tocante ao 
saneamento dos estoques; 
d) o levantamento da situação dos equipamentos e materiais permanentes em 
uso e das suas necessidades de manutenção e reparos; e 
e) a constatação de que o bem móvel não é necessário naquela unidade. 
8.1. Os tipos de Inventários Físicos são: 
a) anual - destinado a comprovar a quantidade e o valor dos bens patrimoniais 
do acervo de cada unidade gestora, existente em 31 de dezembro de cada 
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exercício - constituído do inventário anterior e das variações patrimoniais 
ocorridas durante o exercício. 
b) inicial - realizado quando da criação de uma unidade gestora, para 
identificação e registro dos bens sob sua responsabilidade; 
c) de transferência de responsabilidade- realizado quando da mudança do 
dirigente de uma unidade gestora; 
d) de extinção ou transformação - realizado quando da extinção ou 
transformação da unidade gestora; 
e) eventual - realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da unidade 
gestora ou por iniciativa do órgão fiscalizador. 
 
As unidades do ativo imobilizado, desde que possível, devem ser numeradas 
quando instaladas para facilitar a sua identificação. Se porventura isso não foi 
feito desde o início das operações, pode ser feito à medida que os inventários 
físicos forem sendo programados. 
O controle na área do ativo imobilizado deve abranger também os seguintes 
pontos: 
x Existência, por escrito, de uma política de capitalização; 
x Existência, por escrito, de uma política de administração do ativo 
imobilizado; 
x Balanceamento dos registros individuais com as contas de controle do 
razão; 
x Definição de procedimentos para a transferência e baixa de bens; 
x Estabelecimento de levantamentos físicos periódicos, a fim de testar os 
controles individuais, bem como a sua localização; 
x Existência de controles analíticos; 
x Identificação dos bens pela colocação de chapas; 
x Controle de localização para a distribuição de débitos referentes à 
depreciação; 
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x Existência de um sistema orçamentário; 
x Adequação do sistema contábil. 
 
7.3 Depreciação, Amortização e Exaustão 
 
Os ativos em geral, como os imobilizados, por exemplo, têm reduções em seus 
valores ao longo do tempo (depreciação, amortização, exaustão). 
A depreciação de um bem tangível é a redução do seu valor, decorrente do uso, 
deterioração ou obsolescência tecnológica. A depreciação é o método pelo qual 
YDPRV�³UHWLUDQGR´�YDORU�GR�EHP�FRQWDELOPHQWH��(QWUHWDQWR��R�EHP�SRGH�DLQGD�
ter valor depois do prazo estimado para sua depreciação. Vamos imaginar que 
um automóvel teve a sua vida útil estimada em dez anos. Ao final desses dez 
anos, ele pode ainda estar funcionando normalmente. Ele portanto ainda tem 
um valor. Contabilmente, chamamos esse valor de ³YDORU�UHVLGXDO´� 
A forma de calcular essa perda define o critério de depreciação do bem. Como o 
critério de avaliação e a vida do bem impactam no resultado operacionalda 
empresa, ambos são regulados pela Receita Federal, através da Instrução 
Normativa SRF nº 162/1998, alterada pela Instrução Normativa nº 130/1999. 
Para o setor público, até bem recentemente os diversos órgãos usualmente 
recorriam às mesmas taxas estabelecidas pela Receita Federal, no entanto a 
Secretaria do Tesouro Nacional (STN) lançou o Manual de Regularizações 
Contábeis, definindo, entre outros assuntos, o mecanismo da depreciação no 
âmbito do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal 
(SIAFI). Para fins de concurso, o melhor é basear-se nos ditames da Secretaria 
da Receita Federal do Brasil. 
Para facilitar o entendimento vamos resumir os principais conceitos relativos à 
depreciação: 
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¾ Depreciação: redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de 
utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência. 
 
¾ Vida útil: período de tempo pelo durante o qual a entidade espera 
obter fluxos de benefícios futuros de um bem ($$). 
 
¾ Valor residual: montante líquido que a entidade espera obter por 
um bem no fim de sua vida útil, deduzidos os gastos esperados para 
a sua alienação. 
¾ Valor depreciável: valor depreciável = valor original ± valor 
residual. 
Vejamos agora os exemplos mais comuns da tabela de vida útil de bens, 
estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil: 
x Veículos: 5 anos ou 20% ao ano 
x Máquinas e Equipamentos: 10 anos ou 10% ao ano 
x Móveis ou Utensílios: 10 anos ou 10% ao ano 
x Imóveis: 25 anos ou 4% ao ano 
Existem vários métodos de cálculo da depreciação, mas o mais cobrado em 
provas de administração de recursos materiais é o método linear. 
Nesse modo de cálculo, as parcelas descontadas ano a ano são constantes, como 
podemos visualizar na fórmula abaixo: 
 
Parcela anual da depreciação = Valor original do bem ± Valor residual 
 Número de anos da vida útil 
 
 
A amortização é a redução do valor aplicado na aquisição de ativos 
intangíveis, de duração limitada ou de utilização por prazo legal ou 
contratualmente limitado. 
Alguns exemplos de ativos que sofrem Amortização: 
x Marcas e Patentes 
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x Softwares e Websites 
x Direitos Autorais 
x Know-How (no caso de transferência de propriedade intelectual, métodos 
produtivos, etc.) 
x Tecnologia 
Por fim, a Exaustão trata a redução do valor, decorrente da exploração 
dos recursos naturais esgotáveis. 
Alguns exemplos de bens que sofrem os efeitos da Exaustão: 
x Florestas 
x Jazidas de metais (ferro, ouro, alumínio, etc.); 
x Jazidas de rochas 
x Canaviais ou pastagens 
x Reservas de petróleo 
 
8. A Movimentação do Patrimônio 
 
A baixa ou desfazimento dos bens ocorre quando excluímos um bem do 
patrimônio da instituição. Esse bem pode ser retirado do patrimônio por motivo 
de alienação (venda, permuta ou doação) ou por outro motivo de baixa (o 
esgotamento pelo uso, perda, roubo, extravio, obsolescência, etc.). 
Alienação é a operação de transferência do direito de propriedade do bem, 
mediante venda, permuta ou doação. Alienar significa transferir a propriedade 
(ou domínio) de um bem para outra pessoa ou entidade. Dessa forma, não há 
mais razões para realizar o seu controle. Essa definição é trazida pelo Decreto 
99658/1990: 
Art. 3º Para fins deste decreto, considera-se: 
(...) 
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II - transferência - modalidade de movimentação de material, com troca de 
responsabilidade, de uma unidade organizacional para outra, geralmente dentro 
do mesmo órgão ou entidade; 
III - cessão - modalidade de movimentação de material do acervo, com 
transferência gratuita de posse e troca de responsabilidade, entre órgãos ou 
entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional do 
Poder Executivo ou entre estes e outros, integrantes de qualquer dos demais 
Poderes da União; 
 
IV - alienação - operação de transferência do direito de propriedade do material, 
mediante venda, permuta ou doação; 
 
V - outras formas de desfazimento - renúncia ao direito de propriedade do 
material, mediante inutilização ou abandono. 
 
Segundo Marco Aurélio P. Dias (2009) em qualquer uma das situações expostas, 
deve-se proceder à baixa definitiva dos bens do acervo do órgão. Sendo o bem 
considerado obsoleto ou não havendo interesse em utilizá-lo no órgão onde se 
encontra (se tratando de órgão público), mas estando em condições de uso, o 
dirigente do órgão deverá primeiramente colocá-lo em disponibilidade. 
 
O registro de baixa no sistema patrimonial será efetivado com base no Termo 
de Baixa de Bens, contendo os seguintes dados: 
 
 ‡�2�Q~PHUR�GR�WRPEDPHQWR� 
 ‡�'HVFULomR� 
 ‡�)RUPD�GH�EDL[D� 
 ‡�0RWLYR�GH�EDL[D� 
 ‡�'DWD�GH�EDL[D; 
 ‡�1~PHUR�GD�3RUWDULD�RX�7HUPR�GH�%DL[D� 
 
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Visando o correto processo de baixa de bens no Sistema Patrimonial, a Divisão 
de Patrimônio emitirá o Termo de Baixa dos bens e providenciará o 
encaminhamento do processo ao setor financeiro para os devidos registros. O 
número de patrimônio de um bem baixado não deverá ser utilizado em outro 
bem. 
Em se tratando de bens públicos, são condições necessárias à alienação de bens 
imóveis a autorização legislativa e de avaliação prévia (estimativa de seu valor). 
Os preceitos que regem a alienação de bens imóveis são estatuídos pelo inciso 
I do artigo 17 da Lei nº. 8.666/1993, cujos principais aspectos seguem 
transcritos abaixo: 
 
³$UW������$�DOLHQDomR�GH�EHQV�GD�$GPLQLVWUDomR�3~EOLFD��VXERUGLQDGD�j�H[LVWrQFLD�
de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e 
obedecerá às seguintes normas: 
 I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos 
da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, 
inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação 
na modalidade de concorrência, dispensada está nos seguintes casos: 
a) dação em pagamento; 
 
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da 
administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o 
disposto nas alíneas f, h e i; 
 
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do 
inciso X do art. 24 desta Lei; 
 
d) investidura; 
 
e) venda a outro órgão ou entidade da administração

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