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1 1 EXECUTIVE MBA GESTÃO EMPRESARIAL Finanças e Formação de Preços FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 2 Lawrence Machado: Economista, Mestre em Administração; Especialista em Finanças Corporativas; Perito em Finanças pelo CORECON/MG; Sócio fundador da Caule Consultoria Empresarial; Ex-Diretor Financeiro e de operações sinérgicas em empresas nos Estados de MG, DF e RJ; Sócio e Diretor Financeiro em Startup (App); Consultor nas áreas econômica e financeira em diversas empresas com mais de 17 anos de mercado inclusive no exterior; Consultor em Governança Corporativa; Estudos de Valuation; Consultor em Gestão de Custos, Preços e de Orçamentos; Analista de Balanços; Projetos Corporativos: Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Investimentos e de riscos; Gestão de BSC (Balanced Scorecard) e EVA (Economic Value Added); Ex-consultor credenciado pela Kreishandwerkerschaft Essen - Câmara de Artes e Ofícios de Essen - Alemanha; Consultor credenciado pelo SEBRAE nas áreas de Finanças e de Plano de Negócios; Professor em MBA e Pós Graduação. 2 3 INTRODUÇÃO • O acirramento da competição global tem levado a um movimento constante de aumento de produtividade e redução de custos. • Consumidores demandam produtos e serviços de alta qualidade, porém a baixo custo. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 4 • Neste contexto a Gestão de Custos e Medição de Performance passaram a ser fatores críticos de sobrevivência no mundo dos negócios. • E como a Contabilidade Gerencial pode contribuir? FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 3 5 DEFINIÇÃO DE CONTABILIDADE GERENCIAL “A Contabilidade Gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a varias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.” * * Sérgio de Iudícibus FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 6 “Contabilidade Gerencial é o processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação de informações financeiras utilizadas pela administração para planejamento, avaliação e controle dentro de uma organização e para assegurar e contabilizar o uso apropriado de seus recursos.”** ** Associação Nacional dos Contadores dos Estados Unidos FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 4 7 CONTABILIDADE FINANCEIRA SISTEMA ORÇAMENTÁRIO CONTABILIDADE GERENCIAL CONTABILIDADE DE CUSTOS SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 8 CONTABILIDADE GERENCIAL X CONTABILIDADE FINANCEIRA Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial Clientela Externa: acionistas, credores, autoridades tributárias Interna: funcionários, administradores, executivos Propósito Reportar o desempenho passado às partes externas; Bancos, Fornecedores, Acionistas, etc. Informar decisões internas tomadas pelos funcionários e gerentes; feedback e controle sobre desempenho operacional. Data Histórica, pode atrasar Atual, orientada para o futuro. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 5 9 Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial Restrições Regulamentada: dirigida por regras e princípios fundamentais da contabilidade e por autoridades governamentais. Desregulamentada: sistemas e informações determinadas pela administração para satisfazer necessidades estratégicas e operacionais. Tipos de informação Somente para mensuração financeira. Mensuração física e operacional dos processos, tecnologia, fornecedores e competidores. Natureza da Informação Objetiva, auditável, confiável, consistente, precisa. Mais subjetiva, e sujeita a juízo de valor, válida, relevante, acurada. Escopo Muito agregada; reporta toda a empresa. Desagregada; informa as decisões e ações locais. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 10 FLUXO DA CONTABILIDADE GERENCIAL • Registro dos Dados • Input de parâmetros e informações relevantes • Planejamento físico e financeiro Processamento Relatórios Análise Solução de Problemas Direção da Atenção FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 6 1. CONTABILIDADE DE CUSTOS 11 A Contabilidade de Custos nasceu da necessidade de mensuração monetária dos estoques e do resultado, e não a de fazer dela um instrumento de administração. Nas últimas décadas a Contabilidade de Custos evoluiu para o conceito de Contabilidade Gerencial incorporando duas funções relevantes: controle e ajuda às tomadas de decisões. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 12 No que se refere ao Controle ela é importante no estabelecimento de padrões que serão úteis em previsões, orçamentos, definições de preço e acompanhamento de desempenho previsto x desempenho real. Estes ítens, acompanhados de um banco de dados de informações relevantes, formarão a base para tomada de decisão nas empresas. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 7 13 Atualmente, embora em um nível bem restrito de empresas, a Contabilidade de Custos tem evoluído para um conceito de “Gestão Estratégica de Custos”, ou seja, custos relacionados com atividades e / ou processos em toda a cadeia de valor. Chegamos então numa fase onde não é importante olhar apenas os custos internos das empresas, mas também os custos dos fornecedores, parceiros e distribuidores. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 1.1 TERMINOLOGIA 14 CUSTO: Gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços; Ex.: O tecido representa um custo de matéria prima na produção de uma empresa de roupas; A depreciação da máquina de corte é também um custo nesta mesma empresa. DESPESA: Bem ou serviço consumidos direta ou indiretamente para obtenção de receitas. Ex.: pagamentos de juros (Despesa Financeira) ou despesas com propaganda. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 8 15 GASTO: É uma expressão mais genérica, significa aquisição de algo, compra. É o sacrifício financeiro despendido pela empresa na aquisição de um bem ou serviço. INVESTIMENTO: Significa a aquisição de um bem que normalmente é utilizado por longos períodos na produção ou manutenção da atividade da empresa. Na medida em que vai sendo utilizado a sua perda econômica vai sendo considerada como despesa ou custo, como por exemplo, a depreciação. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 16 DESEMBOLSO: É o pagamento resultante da aquisição de bens ou serviços. PERDA: é o bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária, não se confundindo com as despesas, embora ambas sejam lançadas diretamente na conta de resultados. Como exemplos de perdas podemos citar: materiais perdidos em função de incêndios e enchentes, salário em período de greve, obsolescência de materiais, etc. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 9 17 1.2. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOSDIRETOS São os custos que podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando haver uma medida de consumo. Ex.: Horas de um marceneiro em uma fábrica de móveis; m2 de tecido um uma confecção; Horas trabalhadas de sonda na exploração de petróleo. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 18 INDIRETOS São os custos de apoio ao processo produtivo e que normalmente não oferecem condição de uma medida objetiva por produto. EX.: Mão-de-obra de supervisão em uma fábrica; aluguel ou amortização das instalações de uma empresa; custo de manutenção do maquinário. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 10 19 CUSTOS DIRETOS CLASSIFICADOS COMO INDIRETOS A classificação de Custo Direto e Indireto não obedece apenas às regras já citadas, mas deve-se considerar também os seguintes aspectos: - relevância; - dificuldade de mensuração; - relação “custo x benefício” de se ter um sistema de apropriação direta; FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 20 Exemplos: O custo de energia elétrica pode ser muito relevante e também estar diretamente relacionado com a produção de uma fábrica, porém o custo para se instalar aparelhos que indiquem o consumo de energia na fabricação de cada produto pode ser inviável. Temos então um custo de natureza direta, porém classificado como indireto. Em uma empresa transportadora o custo da graxa utilizada na oficina poderia ser apropriado em cada caminhão e transformado em custo direto do Km rodado. Entretanto, dada a sua irrelevância este custo deve ser classificado como indireto. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 11 21 CUSTO INDIRETO ESPECÍFICO E CUSTO INDIRETO GERAL Embora não usado com muita frequência este conceito pode ser bem útil. Em uma mesma empresa existem Custos Indiretos que podem ser alocados em um grupo específico de produtos e Custos Indiretos que se referem ao apoio da produção como um todo. F IN AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 22 Como exemplo podemos citar o que ocorre em uma concessionária de veículos. A mão-de-obra do Chefe do Setor de Lanternagem é um Custo Indireto Específico de uma atividade que poderíamos chamar lanternagem e que, portanto deve ser apropriada naquele Centro de Custo. Já a mão de obra do Gerente Administrativo é um Custo Indireto Geral, pois refere-se a várias atividades: manutenção, vendas de veículos novos, venda de usados, etc. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 12 23 1.3. CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS Mais importante do que classificar custos em Diretos e Indiretos é classificá-los em Custos Fixos e Variáveis. É a classificação que leva em consideração a relação entre os custos e o volume de atividade numa unidade de tempo. Quando os custos variam numa relação direta com o volume de produção eles são considerados Custos Variáveis. Por outro lado, quando os custos, num determinado espaço de tempo, não tem relação com o volume produzido, eles são classificados como Custo Fixo. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 24 CUSTOS VARIÁVEIS – Ex.: - materiais utilizados diretamente na construção: cimento, aço, madeira; - mão-de-obra direta terceirizada (onde se paga por hora trabalhada); CUSTOS FIXOS – Ex.: - aluguel das instalações da fábrica; - mão-de-obra administrativa; - seguro das instalações; FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 13 25 CUSTOS SEMIVARIÁVEIS OU SEMIFIXOS Existem custos com parcelas fixas e variáveis. O consumo de água em uma siderúrgica tem uma parcela em função do volume de aço produzido, mas tem também uma parcela fixa de uso geral da empresa. O mesmo raciocínio vale para enérgica elétrica. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 26 . ANÁLISES DE CUSTOS Ao montar uma empresa comercial ou ao analisar a situação de uma empresa em funcionamento surgem algumas indagações cujas respostas subsidiam a definição do diagnóstico. Ao montar uma nova empresa, atente para as questões como: QUAL A PROJEÇÃO MENSAL DE VENDAS CONFORME MERCADO? QUAL O MONTANTE MENSAL PREVISTO DAS DESPESAS FIXAS? QUAL O ÍNDICE MENSAL PREVISTO DAS DESPESAS VARIÁVEIS? QUAL O MONTANTE DE VENDA MENSAL NECESSÁRIO PARA COBRIR OS GASTOS TOTAIS, REPRESENTANDO O PONTO DE EQUILÍBRIO? FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 14 27 .QUAL O ÍNDICE DE LUCRO LÍQUIDO DESEJADO? QUAL O MONTANTE DE VENDA MENSAL SUFICIENTE PARA GERAR O LUCRO LÍQUIDO DESEJADO? ESSE MONTANTE É COMPARÁVEL COM A PROJEÇÃO DO MERCADO? COMO DEFINIR OS PREÇOS DE VENDA DAS MERCADORIAS? QUAL O ÍNDICE DE MARCAÇÃO IDEAL DE PREÇOS PARA GERAR LUCRO DESEJADO? Ao analisar uma empresa em funcionamento, procure responder as questões do tipo: F IN AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 28 . QUAL A MÉDIA MENSAL DE VENDAS ATUAIS? QUAL O TOTAL MENSAL DAS DESPESAS FIXAS? QUAL O ÍNDICE MENSAL DAS DESPESAS VARIÁVEIS? QUAL O MONTANTE DE VENDAS QUE REPRESENTA O PONTO DE EQUILÍBRIO? A VENDA MENSAL ATUAL ESTÁ ACIMA OU ABAIXO DESSE MONTANTE? QUAL O RESULTADO LÍQUIDO ATUAL (LUCRO OU PREJUÍZO)? QUAL O ÍNDICE DE LUCRO LÍQUIDO DESEJADO? QUANTO A EMPRESA DEVERIA VENDER POR MÊS PARA CONSEGUIR O LUCRO LÍQUIDO DESEJADO? COMO ESTÃO SENDO CALCULADOS OS PREÇOS DE VENDA? QUE ÍNDICE DE MARCAÇÃO DEVERIA SER USADO? FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 15 29 Segundo alguns autores, a formulação do preço de venda é a essência de um empreendimento bem sucedido. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 30 ANTES Custo (+) Despesas (+) Margem (=) PV ATENÇÃO!!!!ATENÇÃO!!!! HOJE PV (-) Custo (-) Despesas (=) Quanto Sobra E se sobra!!!! F IN AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 16 31 Formação de Preços ►Estrutura de Custos 1. Preços com base no custo pleno 2. Preços com base no custo de transformação 3. Preço com base no custo marginal (adicional) 4. Preços com base no custo padrão 5. Custeio meta (target costing) ►Valor percebido pelo Cliente ►Mercado Re gi m es d e Tr ib ut aç ão Simples Lucro Presumido Lucro Real FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 32 Na formação do custo do produto comprado no mercado interno, temos a seguinte ordem: Fornecedor Empresa Cliente Preço do Fornecedor (+/-) ICMS (+) Substituição Tributária (ST) (+/-) IPI (-) Pis/Cofins (Lucro Real) (+) Frete (+/-) ICMS Frete (+) ST Frete (+) Embalagem (+) Outros (Seguro, Juros) (=) CUSTO CONTÁBIL (+) IOF (=) CUSTO GERENCIAL Opcional FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 17 33 Exemplo: Preço de Aquisição: R$100,00 IPI = 10,00% Valor Econômico: R$100,00 + R$10,00 (aquisição + IPI) % ICMS: 18,00% (Regime de tributação não cumulativa de ICMS) Origem: SP Fornecedor Destino: MG Revenda Preço de Referência 100,00 ICMS Interestadual 12,00% ICMS Revenda 18,00% Lucro Real Lucro Presumido Simples IPI 100,00 10,00% 10,00 10,00 10,00 ICMS 100,00 12,00% 12,00 12,00 - PIS 100,00 1,65% 1,65 - - COFINS 100,00 7,60% 7,60 - - 21,25 12,00 - 88,7598,00 110,00 6,00% 6,00 116,00 88,75 98,00 116,00 Exemplo: ICMS Base do Crédito Total de Crédito Custo da Mercadoria Complemento do ICMS p/ Simples Custo Corrigido Valor Unitário Qtde Vendida mês 1000 unid Overhead 150.000,00 12,00% Faturamento Médio 1.250.000,00 FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 34 Formando a Margem Bruta (+) ICMS (+) IPI (+) PIS (+) COFINS (+) IR (+) CSLL (+) Comissão CLT (+) Encargos sobre Comissão (+) Frete (Entrega) (+) Taxa Cartão (+) Encargos Financeiros sobre Venda a Prazo (+) Lucro (=) MARGEM BRUTA Impostos Indiretos FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 18 35 Formando o Preço de Venda Lado do Custo Lado da Venda Razão EmoçãoRazão Será a melhor alternativa? FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 36 Botton up ≠ Top down FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 19 37 Margem Bruta LP LR ICMS 18,00% 18,00% PIS 0,65% 1,65% COFINS 3,00% 7,60% IR 1,20% 15,00% CSLL 1,08% 9,00% COMISSÃO 2,50% 2,50% ENCARGOS 1,80% 1,80% TAXA CARTÃO 3,00% 3,00% LUCRO 10,00% 13,16% Total Margem Bruta 41,23% 47,71% Mark up divisor 0,5877 0,5229 PV (Botton up) 186,76 190,09 PV (Top down) 155,01 146,82 ∆% -17,00% ∆% -22,76% FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 38 $ % $ % Preço de Venda 186.761,95 100,00% 190.086,06 100,00% (-) Impostos Indiretos 40.433,96- -21,65% 51.798,45- -27,25% ICMS 33.617,15- -18,00% 34.215,49- -18,00% PIS 1.213,95- -0,65% 3.136,42- -1,65% COFINS 5.602,86- -3,00% 14.446,54- -7,60% Preço Líquido 146.327,99 78,35% 138.287,61 72,75% (-) CMV 98.000,00- -52,47% 88.750,00- -46,69% (=) Lucro Bruto 48.327,99 25,88% 49.537,61 26,06% (-) Despesas Variáveis 13.633,62- -7,30% 13.876,28- -7,30% Comissões 4.669,05- -2,50% 4.752,15- -2,50% Encargos Comissões 3.361,72- -1,80% 3.421,55- -1,80% Taxa Cartão 5.602,86- -3,00% 5.702,58- -3,00% (=) Margem Contribuição 34.694,37 18,58% 35.661,32 18,76% (-) Despesas Fixas 11.760,00- -6,30% 10.650,00- -5,60% (=) Lucro Tributável 22.934,37 12,28% 25.011,32 13,16% (-) IR 2.241,14- -1,20% 3.751,70- -15,00% (-) CSLL 2.017,03- -1,08% 2.251,02- -9,00% (=) Resultado 18.676,20 10,00% 19.008,61 10,00% L. Presumido L. RealDRPV (Botton up) FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 20 39 $ % $ % Preço de Venda 155.014,05 100,00% 146.821,65 100,00% (-) Impostos Indiretos 40.433,96- -26,08% 41.153,63- -28,03% ICMS 33.617,15- -18,00% 34.215,49- -18,00% PIS 1.213,95- -0,65% 1.235,56- -0,65% COFINS 5.602,86- -3,00% 5.702,58- -3,00% Preço Líquido 114.580,09 73,92% 105.668,02 71,97% (-) CMV 98.000,00- -63,22% 88.750,00- -60,45% (=) Lucro Bruto 16.580,09 10,70% 16.918,02 11,52% (-) Despesas Variáveis 13.633,62- -8,80% 13.876,28- -9,45% Comissões 4.669,05- -2,50% 4.752,15- -2,50% Encargos Comissões 3.361,72- -1,80% 3.421,55- -1,80% Taxa Cartão 5.602,86- -3,00% 5.702,58- -3,00% (=) Margem Contribuição 2.946,46 1,90% 3.041,73 2,07% (-) Despesas Fixas 11.760,00- -7,59% 10.650,00- -7,25% (=) Lucro Tributável 8.813,54- -5,69% 7.608,27- -5,18% (-) IR 1.860,17- -1,20% - 0,00% (-) CSLL 1.674,15- -1,08% - 0,00% (=) Resultado 12.347,86- -7,97% 7.608,27- -5,18% L. RealDRPV (Top down) L. Presumido FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 40 CMV Impostos Variáveis Despesas Variáveis Despesas Fixas Resultado PV ou Orçamento Existem outras formas de alocar as despesas fixas no preço? FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 21 41 Táticas de Precificação Tática pode ser definido como qualquer elemento componente de uma estratégia, com a finalidade de se atingir uma meta projetada. Estratégia é a forma que uma empresa escolhe para competir em seu segmento. 1. Dimensionar o ciclo de vida do item (mercadoria ou serviço) a ser precificado. Fases do ciclo: Fase Investimento Vendas Preços Introdução Alto Baixa Alto Crescimento Médio Média Médio Maturidade Baixo Alta Médio Declínio Nenhum Baixa Baixo FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 42 Técnicas costumeiras aplicadas 1. Preço alto-baixo: oferecer descontos e depois retornar ao preço inicial. 2. Alinhamento de preço: preços iguais para determinados centros de lucro. 3. Preço flexível: negociação com o cliente. 4. Preços variáveis: preços oscilam durante um período de tempo (ex.: feira livre) 5. Preço costumeiro: preços prolongados (ex.: cardápio de restaurante) 6. Preço de pacote: pacote de mercadorias ou serviços. 7. Preço psicológico: preço não arredondado com final ímpar. 8. Preço de referência: anúncio do preço normal ao lado do preço promocional. 9. Preço que cobre a concorrência. 10.Preço de commodity: preço por litro, quilograma, metro, etc. 11.Demarcações: minimizar prejuízos devido à não circulação da mercadoria. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 22 43 Contribution target pricing Destino do Lucro: CDG Próprio VPL EVA Preço Despesas Departamentais Contribuição Desejada Objetivo do Lucro Capital Investido Taxa de Retorno Exigida FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 44 Dúvidas no processo de precificação: 1. Qual a taxa que devo utilizar no cálculo do juros para financiamento da venda? 2. Qual o prazo devo alocar no cálculo do custo financeiro para financiar a venda? 3. O que é custo de capital? 4. Como calcular o custo de capital? 5. Qual o lucro devo alocar no preço de um produto? 6. Como medir o risco associado na precificação? 7. Rateio de despesas fixas é viável? Vale a pena? FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 23 45 Preço de Venda Despesas Variáveis e Fixas Custos Produtos Serviços Lucro Risco Prazo Volume Mix Produtos x Margem FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 46 Outras Visões Sobre Preço de Venda • Relacionamento entre Finanças x Marketing x Vendas = participação no mercado; • Comunicação adequada do valor do produto ao cliente; • Preço focado na concorrência; • Preços focados nos custos unitários e não na estrutura de custos; • Entender o que motiva um cliente a comprar; • Sensibilidade em função do risco; • Comportamento histórico dos preços; • Comparação com produtos similares; • Negociação de Preços x Barganha = queda de lucratividade FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 24 47 Considerações ► As normas tributárias constituem-se como diferencial na precificação. ► As estratégias agressivas são também resultado do momento mercadológico. ► A precificação baseada simplesmente no conceito de custo mais margem é uma perigosa ilusão. ► Diferencial é compreender o conceito de valor percebido. ► Preço é fortemente direcionado pelo mercado e “escala” é uma importantevariável na gestão. ► A precificação deve orientar não somente a lucratividade, mas também a geração de valor. ► Identificar fatores financeiros e econômicos envolvidos na formação do preço. ► Impacto na viabilidade econômica e financeira. ► Preço com base no investimento. ► Fatores de risco na precificação. ► Impactos de prazos e descontos no preço de venda. ► EBITDA no preço. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 48 2. TOMADA DE DECISÃO BASEADA EM CUSTOS CUSTEIO DIRETO X CUSTEIO POR ABSORÇÃO CUSTEIO POR ABSORÇÃO Nos anos 20 surgiu um sistema de custos conhecido como Sistema RKW, ou como é atualmente mais conhecido, custeio por absorção. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 25 49 Este sistema consiste em apropriar aos produtos todos os custos fixos e variáveis. Aloca- se aos produtos, independente de terem sido acabados no período, todos os custos diretos e indiretos de produção. É um sistema que atende a Contabilidade Tradicional, mas é falho para a Contabilidade Gerencial nos seguintes aspectos: custos indiretos somente levados a resultado na ocasião da venda do produto e não na ocorrência; mascarar a relação custo x volume x lucro; rateia custos fixos arbitrariamente; FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 50 CUSTEIO DIRETO Criado nos anos 50 é um método que apropria aos produtos apenas os custos variáveis de produção, quer diretos ou indiretos. Os custos fixos serão separados e considerados como despesa do período, ou seja, não fazem parte do valor do estoque. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 26 51 Suas principais vantagens são: demonstrar para cada produto a sua margem de contribuição; estabelece claramente a relação entre o custo / volume / lucro e preço de venda; elimina a possibilidade de rateios arbitrários; é um forte instrumento de apoio à tomada de decisão; FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 52 Sua principal desvantagem é não se enquadrar aos princípios de contabilidade geralmente aceitos e não ser aceito pela Legislação Fiscal. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 27 53 Para resolver este problema algumas empresas adotam o conceito de Margem de Contribuição, que pode ser traduzido na seguinte fórmula: RECEITA (-) CUSTO DIRETO VARIÁVEL (-) CUSTO INDIRETO VARIÁVEL = MARGEM DE CONTRUIBUIÇÃO FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 54 3. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E RETORNO SOBRE INVESTIMENTO Existe uma crença que a tomada de decisão baseada em Margem de Contribuição leva-nos a abandonar a influência dos Custos Fixos nos resultados. Isto não é correto pois o objetivo não é omitir os Custos Fixos, mas evitar que o rateio deles deturpem a análise do resultado por produto. Em algumas empresas é conveniente e viável dividirmos os Custos Fixos em Identificados (ou Específicos) e Não-Identificados (ou Gerais). FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 28 55 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E RETORNO SOBRE INVESTIMENTO O conceito de retorno sobre investimento varia tanto no meio acadêmico quanto no meio empresarial. As diferenças vão desde o conceito de Lucro até o conceito de Investimento. Consideramos aqui o seguinte conceito: Taxa de Retorno = Lucro Bruto Operacional Ativo Total Lucro Bruto Operacional = Lucro antes do Imposto de Renda e das Despesas Financeiras FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 56 Este retorno será utilizado para remunerar o capital de terceiros (Despesas Financeiras) e para remunerar o capital próprio (Lucro do Acionista). A dificuldade deste conceito está em estabelecer o valor do investimento por produto. Como no conceito de Custo Fixo devemos aqui definir o que é Investimento Identificado e o que é Investimento Global. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 29 57 RELAÇÃO CUSTO / VOLUME / LUCRO CUSTOS E DESPESAS FIXAS O conceito de Custo e Despesa Fixa é relativo, pois são fixos dentro de um intervalo de volume de produção da atividade a que se referem. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 58 Vamos imaginar uma fábrica em quatro situações bem diferentes: 1º - A fábrica está parada, sem atividade alguma. Mesmo nesta situação existem custos e despesas fixas tais como: depreciação, aluguel, segurança, manutenção do maquinário, e algumas despesas administrativas. 2º - A fábrica está operando com 50% de sua capacidade. Neste caso alguns custos e despesas fixas são os mesmos da situação anterior (depreciação, aluguel, etc.), outros são maiores (manutenção do maquinário, despesas administrativas) e alguns que não existiam passam a existir (Mão de obra de supervisão, controle de qualidade, etc.). FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 30 59 3º - A fábrica está operando com 100% de sua capacidade. Neste ponto os custos fixos tendem a ser um pouco maiores que na segunda situação, mas o percentual de incremento é bem inferior ao percentual de aumento na produção. 4º - Há necessidade de produção que ultrapassa em 20% a capacidade produtiva da fábrica. Este aumento de 20% na produção pode levar a um aumento de até 100% em alguns custos fixos, visto que pode ser necessária a compra de outro maquinário, ou aluguel de outro galpão. Portanto a melhor maneira de representar graficamente os Custos Fixos seria: FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 60 0 Custo Fixo $ 100% Utilização da Capacidade Produtiva FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 31 61 CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS Na maior parte das empresas os únicos custos que são totalmente variáveis são as matérias primas. O custo de Mão de Obra Direta tende a não variar na mesma proporção da variação da produção. Um trabalhador, dependendo da necessidade, empenho e grau de cobrança, pode produzir mais ou menos por hora trabalhada. Os Custos Variáveis poderiam ser representados da seguinte maneira: FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 62 Custo Variável Quantidade Produzida FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 32 63 CONCLUSÃO As observações anteriores não invalidam o conceito de Custo e Despesas Fixos e Variáveis, mas a análise deve ser feita dentro de limites normais de variação da produção. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 64 Gestão Estratégica de Custos Em relação ao posicionamento estratégico da empresa, as iniciativas de redução de custo podem: Reforçar o posicionamento estratégico, Não ter impacto sobre ele, Enfraquecer. F IN AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 33 65 • O ideal é formular programas de gestão de custos que reforçam o posicionamento estratégico da empresa. – Focar em atividades e processos que agregam valor ao Cliente. – Pensar em “Gestão Estratégica de Custos” e não apenas em “Redução de Custos”: Fornecedores Empresa Clientes Cadeia de Valor FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 66 É importante ter conhecimento adequado dos custos nas etapas pré e pós atividade principal da empresa. O custo de um produto tem que estar associado à qualidade, à confiabilidade e à entrega. Não se pode olhar apenas o “preço” do produto. Da mesma maneira ao apurara rentabilidade do mix de produtos tem que se levar em conta os custos do atendimento aos Clientes. FIN AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 34 67 • Problemas na apuração da rentabilidade gerada pelos clientes: - Tratar custo do atendimento ao cliente como despesas do exercício. - Considerar este custo como uma porcentagem fixa da receita de vendas. • Necessário então ter uma visão adequada da rentabilidade gerada por cada cliente. Custeio ABC pode ajudar. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 68 • Clientes Rentáveis: – Mais serviços para aumentar satisfação, – Reduzir preço para não perder para um concorrente. • Clientes Não Rentáveis: - Buscar maior eficácia operacional, - Aumentar o preço, - Reduzir ou eliminar vendas. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 35 69 • Redução de Custos com Fornecedores - Programação de compras, - Transferir conhecimento, - Melhorar qualidade, - Reduzir atraso. • Redução de Custos com Clientes - Programar pedidos, - Integrar sistema de dados, - Eliminar duplicidade de processos, - Verificar a questão tributária. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 70 • O que deve ser evitado? – Programas de redução de custo que enfraquecem o posicionamento estratégico da empresa. Na realidade tornam-se programas de redução de receitas. – Cortes lineares de custos. Visão de curto prazo que não traz eficácia a longo prazo, – Quebrar relação de confiança com funcionários e clientes, – Perder valores intangíveis. FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O 36 71 Programas de Redução de Custos Administrativos - Análise de Valor das Atividades - Reestruturações Organizacionais FI N AN Ç AS - LA W R EN C E M AC H AD O
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