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Relatório Compactação

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1. INTRODUÇÃO
Muitas vezes na prática da engenharia, o solo de um determinado local não apresenta as condições requeridas para determinada obra. Ele pode ser pouco resistente, muito compressível ou apresentar características que deixam a desejar do ponto de vista econômico. Uma das possibilidades é tentar melhorar as propriedades do solo local, a exemplo da compactação.
A compactação é um processo no qual se visa melhorar as propriedades do solo garantindo certa homogeneidade, procedendo-se a eliminação do ar. 
Pelo processo de compactação, a diminuição dos vazios do solo se dá por expulsão do ar contido nos seus vazios, de forma diferente do processo de adensamento, onde ocorre a expulsão de água dos interstícios do solo. As cargas aplicadas quando compactamos o solo são geralmente de natureza dinâmica e o efeito conseguido é imediato, enquanto que o processo de adensamento é deferido no tempo (pode levar muitos anos para que ocorra por completo, a depender do tipo de solo) e as cargas são normalmente estáticas. 
Quando se aumenta a densidade, significa que o contato dos grãos é maior, portanto, quando se compacta se espera um aumento na resistência ao cisalhamento do solo e uma redução de compressibilidade e permeabilidade.
2. OBJETIVOS
Proceder a realização do ensaio de compactação tipo Proctor Normal, para a obtenção da umidade ótima do solo e o peso especifico seco máximo, segundo a norma NBR 7168/86.
3. METODOLOGIA
3.1 Materiais Utilizados:
Balança;
Estufa para secagem;
Peneiras 4,8 mm e 19,1 mm;
Almofariz;
Cilindro proctor;
Soquete;
Cápsulas para a Determinação da Umidade;
Cilindro grande.
3.2 Metodologia
Inicialmente escolheu-se a forma de energia intermediaria para compactação do solo, com 5 camadas e 25 golpes para cada camada. Tomou-se certa quantidade de material seco ao ar e fez-se o destorroamento até que não houvesse torrões maiores que 4,8mm. Peneirou-se a amostra na peneira de 19,1 mm e em seguida foi colocada uma amostra na estufa para que pudesse determinar sua umidade higroscópica. 
Adiciona-se água à amostra até se verificar certa consistência. Deve-se atentar para uma perfeita homogeneização da amostra. Monta-se o conjunto de Próctor acoplando-se em sua base o cilindro e o colarinho, tomando o cuidado de colocar também um papel filtro qualitativo na base interna do cilindro. Compacta-se a amostra no molde cilíndrico em 5 camadas iguais, aplicando-se em cada uma delas 25 golpes distribuídos uniformemente sobre a superfície da camada, com o soquete caindo de 0,305m. 
Remove-se o colarinho e a base, aplaina-se a superfície do material à altura do molde e pesa-se o conjunto cilindro + solo úmido compactado. Retira-se a amostra do molde com auxílio do extrator de amostras, e partindo-a ao meio, coleta-se uma pequena quantidade para a determinação da umidade. 
Desmancha-se o material compactado com auxílio de utensílio até que possa ser passado pela peneira nº 4 (4,8mm), misturando-o em seguida ao restante da amostra inicial. Adiciona-se água à amostra homogeneizando-a (normalmente acrescenta-se água numa quantidade da ordem de 2% da massa original de solo, em peso). Repete-se o processo pelo menos por mais cinco vezes.
4. RESULTADOS
Os dados obtidos em laboratório encontram-se na tabela abaixo:
Tabela 1- Dados obtidos com o experimento.
	Ponto N°
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	Cápsula N°
	15
	33
	31
	12
	35
	22
	Peso da cápsula (g)
	13,87 
	21,07 
	13,83 
	14,15 
	14,27
	13,87
	Peso bruto úmido (g)
	63,0 
	75,59 
	59,09 
	88,22 
	90,79
	88,48
	Peso bruto seco (g)
	61,25 
	72,69 
	56,00 
	81,83 
	82,98
	79,52
	Peso Bruto úmido no molde (g)
	8230 
	8460 
	8675 
	8775 
	8805
	8660
	Peso úmido no molde (g)
	3881
	4111
	4326
	4426
	4456
	4311
	Inicialmente foi realizado o cálculo do teor de umidade do solo a ser compactado, esse calculo é realizado para cada amostra utilizada no ensaio, utilizando a equação abaixo:
Onde, Teor de umidade (%);
Massa do solo úmido (g) e
Massa do solo seco (g).
O teor de umidade encontrada para cada ponto encontra-se na tabela abaixo:
Tabela 2- Teor de umidade
	Ponto Nº
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	Teor de umidade (w)
	3,56 %
	5,32 %
	6,83 %
	8,63 %
	10,2 %
	12,0 %
Para o cálculo do peso específico seco, utilizou-se a equação abaixo:
	
	(2)
Onde:
 = peso específico seco;
 = peso específico natural, que é calculado segundo a equação: 
w = teor de umidade.
	Calculou-se o peso especifico natural pela equação (3), e em seguindo conhecendo o valor da umidade para cada ponto, calculou-se com a equação (2), o peso especifico seco. Todos os resultados encontram-se na tabela a seguir:
Tabela 3 – Resultados obtidos
	Ponto N°
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	Peso específico Natural (kN/)
	19,27
	20,41
	20,56
	21,03
	21,18
	20,49
	Peso específico seco (kN/)
	18,60 
	19,38 
	19,25 
	19,36 
	19,22
	18,29
Com a obtenção destes dados foi possível traçar a curva de compactação como mostrado no gráfico a baixo.
A partir da leitura do gráfico, foi possível a visualização da percentagem de umidade ótima, que no caso foi de , assim como peso especifico seco máximo, KN/m³.
5. CONCLUSÕES
O ensaio de compactação dos solos é um método que se dá por meio de transferência de energia mecânica à estabilização dos solos, no qual é possível conhecer a umidade ótima do solo, de acordo com a sua necessidade. Pode-se constatar que a adição de água a um solo seco facilita a sua compactação, ou seja, cada vez que se adiciona água a esse solo pouco úmido, a densidade do material compactado aumenta. Na verdade, o acréscimo de água tem um efeito benéfico enquanto não se alcança certo teor de umidade, que é a umidade ótima.
6. BIBLIOGRAFIA
DAS, B. M.: Fundamentos de Engenharia Geotécnica; Tradução da 7ª edição norte- mericana; Cengage Learning, 2010. 
PINTO, C.S.: Curso Básico de Mecânica dos Solos; 3ª Ed., São Paulo: Oficina de Textos, 2006.

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