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O Direito do Nascituro 
O nascituro tem seus direitos reconhecidos a partir da sua concepção, conforme teor do artigo 2º do nosso Código Civil Brasileiro de 2002: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”. Analisando o referido artigo, percebe-se que a primeira parte diz respeito a aquisição da personalidade civil por meio do nascimento com vida, e a segunda parte afirma que há direitos garantidos desde a concepção no ventre materno. No mesmo entendimento, o artigo 4º, item 1 do Pacto de San Jose da Costa Rica: “Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral desde o momento da concepção[...]”. O artigo 5º da CF diz que: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...”. O dispositivo constitucional confirmou que o nascituro já tem adquiridos todos os direitos garantidos desde a sua concepção, não se podendo fazer distinção entre o nascituro e o que nasceu com vida. Diniz (2001, p. 22) é categórica ao defender os direitos do nascituro, pois para ela desde a fecundação do óvulo a vida humana é amparada juridicamente e que todo ser humano tem o direito a vida, sem qualquer distinção. Da mesma maneira que o direito civil tutela o nascituro garantindo a este, certos direitos mesmo que condicional. O código penal também o faz, porem, de forma a punir aquele que usurpa certos direitos, como o direito a vida. Explica Rogerio Greco (2015, p. 234) que: “A vida tem inicio a partir da concepção ou fecundação, isto é, desde o momento em que o óvulo feminino é fecundado pelo espematozoide masculino. Contudo para fins de proteção por intermédio da lei penal, a vida só terá relevância após a nidação, que diz respeito à implantação do óvulo já fecundado no útero materno, o que ocorre 14 (catorze) dias após a fecundação. O artigo 8º do Estatuto da Criança e do Adolescente também assegura direitos ao nascituro desde o momento da fecundação: “É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal [...]”(grifo nosso). A Declaração Universal dos direitos da Criança também protege a mãe e a criança desde a concepção, conforme o principio 4º: “A criança deve gozar dos benefícios da previdência social. Terá direito a crescer e desenvolver-se em boa saúde; para essa finalidade deverão ser proporcionados, tanto a ela, quanto à sua mãe, cuidados especiais, incluindo-se a alimentação pré e pós-natal. [...]”. (grifo nosso). Diante de todo o exposto, percebemos que o nascituro é sujeito de direitos desde a sua concepção, confirmado pelas diversas legislações e dispositivos, tanto nacional como internacional.

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