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ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA BACIA DE DISSIPAÇÃO NO BAIRRO MEDICINA DA CIDADE DE ITAJUBÁ MG

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FEPI - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ITAJUBÁ 
Curso de Engenharia Civil 
 
 
Jennifer Cristina de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITAJUBÁ 
2017 
 
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA BACIA DE 
DISSIPAÇÃO NO BAIRRO MEDICINA DA CIDADE DE ITAJUBÁ – MG 
Jennifer Cristina de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA BACIA DE 
DISSIPAÇÃO NO BAIRRO MEDICINA DA CIDADE DE ITAJUBÁ – MG 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Curso de Engenharia Civil do Centro 
Universitário de Itajubá – FEPI como requisito 
parcial para obtenção do título de Bacharel em 
Engenharia Civil. 
 
Orientadora: Profª Ma. Pâmella Duarte dos 
Santos. 
 
 
 
 
 
ITAJUBÁ 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Oliveira, Jennifer Cristina 
 Estudo de Viabilidade Técnica para Implantação de uma Bacia de Dissipação no Bairro Medicina 
da Cidade de Itajubá – MG. Jennifer Cristina de Oliveira - Itajubá: Centro Universitário de Itajubá / 
Engenharia Civil, 2017. 
 71 p. 
 Orientadora: Pâmella Duarte dos Santos. 
 Trabalho de Conclusão de Curso. Engenharia Civil. Centro Universitário de Itajubá – FEPI. 
 
1. Urbanização. 2. Inundações. 3. Implantação. 4. Bacia de Dissipação. 
I. Duarte, Pâmella. II. Centro Universitário de Itajubá – FEPI. III. Estudo de Viabilidade Técnica para 
Implantação de uma Bacia de Dissipação no Bairro Medicina da Cidade de Itajubá – MG. Monografia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico aos meus pais e irmão. 
Ao meu noivo. 
À minha orientadora que se dispôs a sê-la e por toda ajuda. 
E à todos os meus amigos, colegas e àqueles que de alguma forma contribuíram para 
a conclusão deste curso. 
AGRADECIMENTOS 
 
Eternamente à Deus por me abençoar, por toda força concedida e por nunca 
ter desistido de mim, mesmo naqueles momentos em que me afastei Dele. A Ti 
Senhor, não cabem palavras, apenas o silêncio de um coração feliz. Obrigada por 
tudo. 
 Aos meus pais, que amo incondicionalmente, pela lição de vida, pois hoje devo 
à eles a mulher que me tornei, sem vocês nada disso seria possível. 
Ao meu irmão que amo tanto, sempre me proporcionando momentos de alegria 
nas horas de estresse e por toda ajuda. 
Ao meu noivo, à quem devo a maior parte do conhecimento que possuo. 
A minha orientadora Pâmella Duarte, pela orientação, confiança, ensinamentos 
e por todo tempo dedicado a me ajudar. 
A professora e doutora da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Ana Paula 
Moni Silva, pela disponibilidade de dados, sem os mesmos não seria possível a 
realização deste trabalho e por todo tempo e dedicação em me atender. 
Aos meus melhores amigos, os que convivem hoje comigo e àqueles que 
mesmo de longe torcem pelo meu sucesso, que ao lerem esse agradecimento 
saberão quem são, obrigada pelos momentos vividos, amo cada um de vocês. 
E aos que de uma forma ou de outra estiveram envolvidos nesta conquista, 
deixo aqui meus sinceros agradecimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Tu és o meu abrigo e o meu escudo; e na Tua Palavra deposito toda a minha 
esperança! Afastai-vos de mim, malfeitores! Quero obedecer aos 
mandamentos do meu Deus! Sustenta-me de acordo com a Tua promessa, e 
eu viverei, não permitas que as minhas esperanças sejam frustradas! Sou teu 
servo: dá-me discernimento, para que eu conheça as Tuas prescrições! Firma 
meus passos em tua promessa e não permitas que mal algum me domine! 
Livra-me da opressão dos homens, para que eu guarde Teus preceitos! Que 
Tua face se ilumine sobre o Teu servo, e ensina-me os Teus decretos! Meus 
olhos vertem torrentes de lágrimas por não se guardar a Tua Lei. Justo És, ó 
SENHOR, e corretas são todas as Tuas decisões!“ (SALMOS 119: 114 -116, 
125, 133 -137, KING JAMES ATUALIZADA) 
RESUMO 
 
A urbanização tem provocado muitos problemas, sendo um deles o aumento do 
escoamento superficial, comprometendo diretamente a qualidade de vida 
populacional e ambiental das cidades, provocando inúmeros impactos, como as 
enchentes e inundações. Afim de minimizar esses acontecimentos, existem os 
sistemas de micro e macrodrenagem, compostos por dispositivos de drenagem que 
mitigam os efeitos causados por tais eventos. Como o tema abordado teve foco na 
macrodrenagem, o elemento apresentado foi uma bacia de dissipação, popularmente 
conhecido como piscinão. Este trabalho objetiva um estudo de viabilidade técnica para 
construção de uma bacia de dissipação no bairro Medicina na cidade de Itajubá, visto 
que esse local sofre frequentemente com inundações, enxurradas e alagamentos. 
Todo o acervo de cálculo teve como base principal o Método Racional, muito utilizado 
para pequenas bacias (menor ou igual a 2 km²), que se enquadra no objeto de estudo, 
e com o auxílio de softwares foi possível obter todos os dados e valores necessários 
para determinação do volume do reservatório proposto, através de cinco métodos. 
Mesmo com todas variações dos resultados obtidos, pode-se observar que todos os 
métodos podem ser aplicados. Assim, com base bibliográfica, o Método Racional para 
o volume de um reservatório foi a melhor opção. Após uma análise mais efetiva sobre 
a área em estudo, o resultado esperado foi alcançado. Logo, pode-se afirmar que é 
tecnicamente viável a implantação de uma bacia de dissipação no local escolhido do 
bairro, reduzindo a vazão de pico e favorecendo a população do local e a jusante. 
 
Palavras-chave: Urbanização. Inundações. Implantação. Bacia de Dissipação. 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The urbanization has caused many problems, one of them is the increase of water 
surface runoff, directly compromising the popular and environmental quality of life in 
the cities, bringing on several impacts, such as floods and inundations. In order to 
minimize these events, there are the Micro and Macro Drainage Systems, composed 
of drainage devices that reduce the effects caused by such events. Once the subject 
of this paper focused on macro drainage, the element presented was a Dissipation 
Basin. This paper aims to develop a technical feasibility study to construct a dissipation 
basin in the Medicine district in the city of Itajubá, since this place suffers frequently 
with rains, floods and inundation. The calculation was based on the Rational Method, 
widely used for small basins (less than or equal to 2 km²), which is part of object of this 
study, and based on software it was possible to obtain all the necessary data and 
values for determination of the volume of the proposed reservoir, through five different 
methods. Even with all variations of the results obtained, it is possible to observe that 
all the methods can be applied. Thus, based on literature, the Rational Method was 
the best option for the volume of one reservoir. After a more effective analysis of the 
area of study, the expected result was achieved. Therefore, it is possible to state that 
it is technically feasible to install a dissipation basin in the chosen location of the 
neighborhood, reducing the peak flow and favoring the local population and 
downstream. 
 
Keywords: Urbanization. Inundations. Implantation. Dissipation Basin. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Ciclo Hidrológico ......................................................................................15 
Figura 2 – Esquema de bacia hidrográfica ................................................................ 16 
Figura 3 – Situação de enchente ............................................................................... 18 
Figura 4 – Situação de inundação em terrenos marginais ........................................ 19 
Figura 5 – Esquema do processo de enchente e inundação .................................... 19 
Figura 6 – Situação de alagamento ........................................................................... 20 
Figura 7 – Situação de enxurrada ............................................................................. 21 
Figura 8 – Representação de bocas-de-lobo, galerias e tubulações pluviais ............ 22 
Figura 9 – Esquema de microdrenagem ................................................................... 23 
Figura 10 – Estruturas de microdrenagem ................................................................ 23 
Figura 11 – Exemplo de macrodrenagem ................................................................. 23 
Figura 12 – Tipo de sistema de macrodrenagem ...................................................... 24 
Figura 13 – Sub-bacia não urbanizada ..................................................................... 25 
Figura 14 – Sub-bacia parcialmente urbanizada ....................................................... 25 
Figura 15 – Sub-bacia urbanizada ............................................................................ 26 
Figura 16 – Reservatório de detenção do tipo "on-line" ............................................ 27 
Figura 17 – Reservatório de detenção do tipo "off-line" ............................................ 27 
Figura 18 – Atributos que auxiliam na escolha do método de cálculo ....................... 29 
Figura 19 - Software Plúvio ....................................................................................... 30 
Figura 20 - Software Global Mapper ......................................................................... 31 
Figura 21 - Software Google Earth ............................................................................ 31 
Figura 22 – Localização da Rua Delfim Moreira vista em planta ............................... 32 
Figura 23 - Localização da Rua Delfim Moreira vista em imagem de satélite .......... 33 
Figura 24 – Microbacia Ribeirão Anhumas ............................................................... 33 
Figura 25 - Topografia da bacia que contribui para a rua em estudo ........................ 34 
Figura 26 – Topografia da bacia de contribuição sobreposta a uma imagem de 
satélite da região do bairro Medicina ......................................................................... 34 
Figura 27 - Delimitação da área da bacia .................................................................. 35 
Figura 28 – Localização da cota mais baixa na margem direita do Ribeirão Anhumas 
no bairro Medicina ..................................................................................................... 35 
Figura 29 – Ruas com cotas do terreno abaixo de 841,15 m .................................... 36 
Figura 30 – Antes do desassoreamento em 2013 ..................................................... 37 
Figura 31 – Durante o desassoreamento em 2013 ................................................... 37 
Figura 32 – Início da obra ......................................................................................... 38 
Figura 33 – Escavação em torno da aduela .............................................................. 38 
Figura 34 – Durante a obra ....................................................................................... 39 
Figura 35 – Esquematização da obra ........................................................................ 39 
Figura 36 – Obra em fase de finalização ................................................................... 39 
Figura 37 – Antes do desassoreamento em Março de 2015 ..................................... 40 
Figura 38 – Durante o desassoreamento em Março de 2015 ................................... 40 
Figura 39 – Durante o desassoreamento em Dezembro de 2015 ............................. 41 
Figura 40 – Caminhão que bombeia os dejetos ........................................................ 41 
Figura 41 – Desobstrução da boca de lobo ............................................................... 42 
Figura 42 – Boca de lobo parcialmente desobstruída ............................................... 42 
Figura 43 – Dejetos retirados da boca de lobo .......................................................... 42 
Figura 44 – Início da obra na rua Juarez Távora ....................................................... 43 
Figura 45 – Escavação da rua ................................................................................... 43 
Figura 46 – Início da colocação das manilhas........................................................... 44 
Figura 47 – Parte das manilhas colocadas em um trecho ......................................... 44 
Figura 48 – Remoção de mato do ribeirão ................................................................ 45 
Figura 49 – Remoção de barro do fundo do ribeirão ................................................. 45 
Figura 50 - Início das obras de drenagem ................................................................. 46 
Figura 51 - Escavação para colocação das manilhas ............................................... 46 
Figura 52 - Construção de poço de visita .................................................................. 46 
Figura 53 - Escavação da rua República do Peru ..................................................... 47 
Figura 54 - Execução da boca de lobo ...................................................................... 47 
Figura 55 - Manilhas em fase de finalização ............................................................. 48 
Figura 56 - Poço de visita e boca de lobo finalizadas ............................................... 48 
Figura 57 - Ligação entre manilha e boca de lobo .................................................... 48 
Figura 58 - Área para implantação do reservatório de detenção .............................. 49 
Figura 59 - Exutório da bacia contribuinte da Rua Delfim Moreira ............................ 49 
Figura 60 - Exemplo de reservatório de detenção a céu aberto ................................ 50 
Figura 61 – Exemplo de reservatório de detenção em São Bernardo do Campo na 
região do Alto Tamanduatei ...................................................................................... 51 
Figura 62 - Delimitação da área verde da bacia ........................................................ 54 
Figura 63 - Delimitação da área impermeável da bacia ............................................ 54 
Figura 64 - Dados obtidos pelo software Plúvio ........................................................ 55 
Figura 65 - Perfil de elevação do ponto mais alto ao mais baixo da bacia ................ 56 
Figura 66 - Tentativa com 3 metros de profundidade ................................................ 65 
Figura 67 - Resultado do volume para uma profundidade de 3 metros ..................... 65 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 13 
1.1. Justificativa ................................................................................................ 13 
 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................ 14 
2.1. Ciclo Hidrológico........................................................................................ 14 
2.2. Bacia Hidrográfica......................................................................................15 
2.3. Crescimento Urbano .................................................................................. 16 
2.4. Enchentes, Inundações, Alagamentos e Enxurradas ............................. 17 
2.5. Sistema de Drenagem Urbana .................................................................. 21 
2.5.1. Tipos de sistema de drenagem urbana ................................................. 22 
2.6. Controle de cheias ..................................................................................... 24 
2.7. Bacia de Dissipação ................................................................................... 26 
 
 
3. METODOLOGIA .............................................................................................. 28 
3.1. Método de cálculo ...................................................................................... 28 
3.2. Softwares utilizados ................................................................................... 30 
 
 
4. ESTUDO DE CASO ......................................................................................... 32 
4.1. Características do local ............................................................................. 32 
4.2. Caracterização dos problemas ................................................................. 35 
4.2.1. Ações e obras realizadas pela Prefeitura .............................................. 37 
4.3. Escolha do local para implantação do reservatório de detenção .......... 49 
4.4. Escolha do tipo de reservatório de detenção .......................................... 50 
 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................... 52 
5.1. Aplicação do Método Racional ................................................................. 52 
5.2. Dimensionamento do volume do reservatório de detenção .................. 57 
5.2.1. Vazão de pós-desenvolvimento ............................................................. 57 
5.2.2. Vazão de pré-desenvolvimento ............................................................. 58 
5.2.3. Método de Baker, 1979 usando o Método Racional .............................. 59 
5.2.4. Método de Abt e Grigg, 1978 usando o Método Racional ..................... 60 
5.2.5. Método de Kessler e Diskin, 1991 ......................................................... 61 
5.2.6. Método do Volume de Controle ............................................................. 62 
5.2.7. Método Racional .................................................................................... 63 
5.3. Comparação dos resultados ..................................................................... 64 
5.4. Dimensões do reservatório ....................................................................... 65 
 
 
6. RECOMENDAÇÕES E CONCLUSÃO ............................................................ 67 
 
 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 68 
 
13 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O ciclo hidrológico e as bacias hidrográficas vem sofrendo interferência devido 
a urbanização cada vez mais crescente e de maneira desordenada, provocando, em 
virtude disso, muitos problemas no meio urbano e meio ambiente, como enchentes e 
inundações. Afim de minimizar esses eventos existem os sistemas de micro e 
macrodrenagem, compostos por dispositivos de drenagem que mitigam os efeitos 
causados por tais eventos. Como o tema abordado teve foco na macrodrenagem, o 
elemento apresentado foi uma bacia de dissipação. 
O presente trabalho teve por objetivo abordar uma análise da viabilidade 
técnica para o dimensionamento de uma bacia de dissipação através de 
embasamentos teóricos, levantamento de informações dos métodos de cálculo, local 
de estudo, das inundações, alagamentos e enxurradas, ações e obras realizadas pela 
prefeitura e sugestões de pesquisadores. Com o resultado, espera-se que o mesmo 
possa minimizar os problemas mencionados do local de estudo. 
 
1.1. Justificativa 
 
A população cada vez mais sofre com eventos de cheia, devido a urbanização 
em locais não apropriados, como áreas de fundo de vale, ao aumento do escoamento 
superficial, provocado pela impermeabilização das ruas, entre outros. Alguns 
elementos de macrodrenagem pluvial podem ser construídos para aliviar os sistemas 
de microdrenagem com intuito de mitigar esses incidentes. Por isso a justificativa do 
trabalho foi fazer o dimensionamento de uma bacia de dissipação, pois o local de 
estudo sofre com inundações, alagamentos e enxurradas periodicamente em épocas 
de chuva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
Neste capítulo foram apresentadas informações técnicas que se fizeram 
importantes para a realização do trabalho. 
 
2.1. Ciclo Hidrológico 
 
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2007) “a distribuição e 
movimentação da água no planeta podem ser expressas através do Ciclo Hidrológico”. 
O ciclo hidrológico, também conhecido como ciclo da água, é a constante 
circulação da água, onde ocorre a evaporação da mesma situada nos oceanos, rios, 
lagos, na superfície dos solos e plantas. A partir do vapor produzido ocorre a formação 
das nuvens, e assim a condensação e a precipitação em forma de chuva, neve ou 
granizo. Em seguida acontece a infiltração de uma fração dessa água pelo solo, 
abastecendo os aquíferos e reservatórios de água subterrânea que, 
consequentemente, alimentarão rios e lagos. O restante da fração flui pela superfície, 
tendo como destino os cursos d’água ou a atmosfera através da evaporação 
(MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, s.d). 
 
O conceito de ciclo hidrológico está ligado ao movimento e à troca de água 
nos seus diferentes estados físicos, que ocorre na Hidrosfera, entre os 
oceanos, as calotes de gelo, as águas superficiais, as águas subterrâneas e 
a atmosfera (CARVALHO E SILVA, 2006). 
 
Por efeito do Sol e da gravidade é possível que tal movimento seja 
concretizado, já que os mesmos concedem energia para efetuar as etapas do ciclo 
hidrológico, que são: retirar a água da superfície do solo e conduzí-la à atmosfera 
mediante a evaporação, condensá-la fazendo com que essa água precipite, e desse 
modo percorra por meio de escoamento superficial até alcançar rios e oceanos ou 
infiltre, através do escoamento subterrâneo, nos poros, fissuras e fraturas dos solos e 
das rochas. Na etapa da precipitação nem toda água que cai consegue atingir a 
superfície, pois é impedida e retida pela vegetação, tornando novamente a evaporar-
se (CARVALHO E SILVA, 2006). 
A Figura 1 mostra a representação de um ciclo hidrológico. 
 
15 
 
 
Figura 1 – Ciclo Hidrológico 
 
Fonte: Ministério do Meio Ambiente (s.d) 
 
2.2. Bacia Hidrográfica 
 
Segundo Carvalho e Silva (2006), bacia hidrográfica é “uma área definida 
topograficamente, drenada por um curso d’água ou por um sistema conectado de 
cursos d’água, tal que toda a vazão efluente seja descarregada por uma simples 
saída”. 
Tucci (1993), citado por Schiavetti e Camargo (2002), define que “bacia 
hidrográfica é a área total de superfície de terreno de captação natural da água 
precipitada, na qual um aquífero ou um sistema fluvial recolhe sua água”. 
A seguir (Figura 2) é mostrado um esquema de bacia hidrográfica. 
 
16 
 
 
Figura 2 – Esquema de bacia hidrográfica 
 
Fonte: Young (2016) apud Soares (s.d) 
 
2.3. Crescimento Urbano 
 
No auge da Revolução Industrial, a partir do século XVIII, houve a expansão 
das atividades e serviços industriais, impulsionando a população cada vez mais a se 
agruparem nas cidades (SILVA, 2012). 
De acordo com Tucci (2008), a concentração da população em espaço 
reduzido, devido a urbanização acelerada na segunda metade do século XX, produziu 
um disputapor solo e água e teve como consequência a degradação de parte da 
biodiversidade natural. 
Múscari (2010) diz que os problemas sociais como o desemprego, habitação 
precária, desigualdade social, bem estar social, dentre outros e problemas ambientais, 
como desmatamento, poluição e assim por diante, acontecem devido ao crescimento 
desordenado das cidades, influenciando na vivência do ser humano, reduzindo a 
qualidade de vida e bem estar do mesmo. 
Segundo Silva (2012), a urbanização acelerada vem junta de problemas 
ambientais, sociais e de saúde, pois não acompanha os investimentos de 
infraestruturas, como energia, água e saneamento e ofertas de trabalho. 
 
17 
 
 
A urbanização é um dos processos que mais gera impactos sobre o meio 
natural começando pela poluição dos recursos hídricos, a degradação dos 
mananciais, o excesso do uso da água, a retirada de mata ciliar ao longo dos 
rios, a impermeabilização do solo, a canalização e a retificação dos rios 
(MÚSCARI, 2010). 
 
De acordo com Ministério das Cidades (2007) o descompasso entre o 
crescimento urbano e a drenagem urbana nas cidades tem acarretado problemas de 
alagamentos e enxurradas. 
O não ajuste das cidades para abrigar uma multidão de pessoas, deu início a 
uma série de complicações ambientais, sociais e na saúde, como a falta de 
infraestruturas, impermeabilização, ocupação ilegal, entre outros (BORGES, 2006). 
O desmatamento, assoreamento dos cursos d’água, decorrente da erosão das 
margens, a impermeabilização dos terrenos, a interferência estrutural nos cursos 
d’água e a ocupação irregular nos terrenos marginais, é um conjunto de ações que, 
devido à expansão urbana, modificam o ciclo hidrológico de uma dada região 
(MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2007). 
A expansão urbana em locais, na maioria dos casos, inadequados, deu-se 
através do crescimento acelerado das grandes cidades brasileiras. A população não 
levou em consideração as características geológicas, hidrográficas, pedológicas e 
topográficas da área ocupada, ficando submetida a catástrofes, como inundações, 
perdas de solo, deslizamentos de terra e outros (MÚSCARI, 2010). 
Com isso, ainda segundo a autora, a drenagem natural e as várzeas, que tem 
a função de receber as inundações, foram inutilizadas, dando espaço a drenagem 
artificial, como retificação e canalização de rios, afim de se adequar a urbanização. 
A combinação das problemáticas citadas acima provoca o aumento do 
escoamento superficial e da vazão, dando origem a enchentes, inundações, 
alagamentos e enxurradas, trazendo, principalmente à população menos favorecida, 
prejuízos e perdas físico-financeiras. 
 
2.4. Enchentes, Inundações, Alagamentos e Enxurradas 
 
A ocorrência de precipitação faz com que a vazão de um curso d’água aumente, 
elevando o nível d’água durante um determinado tempo. Esse evento é denominado 
cheia ou enchente (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2007). 
18 
 
 
Para Pinheiro (2005) as enchentes se dão pelo extravasamento do curso 
d’água no sentido do leito menor (calha principal onde percorre o curso d’água) para 
o leito maior (calha secundária). 
A Figura 3 exemplifica uma situação de enchente em um canal de drenagem. 
 
Figura 3 – Situação de enchente 
 
Fonte: Ministério das Cidades (2007) 
 
Segundo Ministério das Cidades (2007) as inundações só acontecem a partir 
das enchentes, quando as mesmas atingem a cota acima do nível máximo e as vazões 
assumem tamanho grau transbordando para áreas marginais, também conhecidas 
como planície de inundação, várzea ou leito maior, que comumente não são 
envolvidas por água, mas possuem a função de receber esse transbordamento, ou 
seja, a inundação. 
O transbordo da calha é causado pelo aumento do nível da água, ultrapassando 
a cota limite da seção, atingindo as áreas laterais, tendo como consequência a 
inundação (MMA, 2007). O autor diz ainda que a inundação tem um período de 
duração, ou seja, a água retorna ao seu curso natural. 
A Figura 4 demonstra um tipo de inundação de terrenos marginais e a Figura 5 
a esquematização dos processos de enchente e inundação. 
 
19 
 
 
Figura 4 – Situação de inundação em terrenos marginais 
 
Fonte: Ministério das Cidades (2007) 
 
Figura 5 – Esquema do processo de enchente e inundação 
 
Fonte: Ministério das cidades (2007) 
 
De acordo com Ministério das Cidades (2007) o alagamento é “o acúmulo 
momentâneo de águas em uma dada área por problemas no sistema de drenagem, 
podendo ter ou não relação com processos de natureza fluvial”. 
 
O fenômeno de alagamento também está relacionado com a redução da 
infiltração natural nos solos urbanos, a qual é provocada por: compactação e 
impermeabilização do solo; pavimentação de ruas e construção de calçadas, 
reduzindo a superfície de infiltração; construção adensada de edificações, 
que contribuem para reduzir o solo exposto e concentrar o escoamento das 
20 
 
 
águas; desmatamento de encostas e assoreamento dos rios que se 
desenvolvem no espaço urbano; acumulação de detritos em galerias pluviais, 
canais de drenagem e cursos d’água; insuficiência da rede de galerias 
pluviais (REIS, 2011). 
 
Reis (2011) acrescenta que em cidades mal projetadas ou com rápido 
desenvolvimento, os alagamentos são constantes, dificultando dessa forma a 
execução de empreendimentos hidráulicos, como drenagem e esgotamento de águas 
pluviais. Assim é nítida a percepção da desproporcionalidade entre o crescimento 
populacional e o crescimento de dispositivos de drenagem. 
A seguir é exposta uma situação de alagamento (Figura 6). 
 
Figura 6 – Situação de alagamento 
 
Fonte: Ministério das cidades (2007) 
 
Conforme MMA (2007), a combinação de pequenas bacias, possuindo pouca 
capacidade de contenção, escoamento superficial elevado ou declividade alta, com 
precipitações de alta intensidade geram as enxurradas, ocasionando erosão das 
margens do curso d’água, arrastamento de automóveis e devastação de casas e 
estradas devido à grande capacidade de transporte que a mesma possui. 
Para Ministério das Cidades (2007) a enxurrada é o “escoamento superficial 
concentrado e com alta energia de transporte, que pode ou não estar associado a 
áreas de domínio dos processos fluviais”. O autor ainda cita que em vias construídas 
sobre antigos cursos d’água com alto gradiente hidráulico e em terrenos com alta 
declividade natural a incidência de enxurradas é frequente. 
A Figura 7 apresenta um cenário de enxurrada. 
21 
 
 
Figura 7 – Situação de enxurrada 
 
Fonte: Ministério das cidades (2007) 
 
As enchentes e inundações são fenômenos que fazem parte do processo 
natural terrestre. Porém as intervenções do homem juntamente com chuvas fortes e 
intensas, que seria o pior caso, criam e intensificam, através desses fenômenos, mais 
duas situações, o alagamento e a enxurrada, sendo responsáveis por muitos 
desastres que martirizam toda população que passa por essas situações. 
 
2.5. Sistema de Drenagem Urbana 
 
O termo drenagem urbana, segundo TUCCI (1997) e PORTO e FILHO 
(2004), pode ser entendido como o conjunto de obras e medidas relativas ao 
escoamento gerado pelas águas pluviais que tenham por objetivo minimizar 
os riscos a que as populações estão sujeitas, diminuir os prejuízos causados 
por inundações e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmônica, 
articulada e sustentável (NAKAZONE, 2005). 
 
MMA (2007), diz que o sistema de drenagem urbana ou artificial se dá pela 
interferência do homem sobre o sistema de drenagem natural, ou seja, as depressões 
naturais do terreno que conduziam as águas pluviais até o canal principal do curso 
d’água deram lugar, devido à ação humana, a impermeabilização do solo, formação 
de canais artificiais, construção de reservatórios, entre outras execuçõespara fins 
hidráulicos. 
Para Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM (2006) “o sistema de 
drenagem deve ser entendido como o conjunto da infraestrutura existente em uma 
cidade para realizar a coleta, o transporte e o lançamento final das águas superficiais”. 
22 
 
 
2.5.1. Tipos de sistema de drenagem urbana 
 
Existem dois sistemas: o de macro e o de microdrenagem. Os mesmos 
possuem a finalidade de desviar imediatamente as águas de chuva da zona urbana, 
fazendo com que o sistema de transporte e serviços básicos da cidade não sofram 
interferências durante o evento (MMA, 2007). 
As Figuras 8, 9 e 10 representam algumas estruturas de microdrenagem e as 
Figuras 11 e 12 algumas de macrodrenagem. 
 
Figura 8 – Representação de bocas-de-lobo, galerias e tubulações pluviais 
 
Fonte: Prefeitura de Uberaba (2011) 
 
23 
 
 
Figura 9 – Esquema de microdrenagem 
 
Fonte: Figueiredo (2014) 
 
Figura 10 – Estruturas de microdrenagem 
 
Fonte: Giansante (s.d) 
 
Figura 11 – Exemplo de macrodrenagem 
 
Fonte: Prefeitura de Maricá (2014) 
24 
 
 
Figura 12 – Tipo de sistema de macrodrenagem 
 
Fonte: Copel (s.d) 
 
Segundo a FEAM (2006), a microdrenagem “são estruturas que conduzem as 
águas do escoamento superficial para as galerias ou canais urbanos”. Constitui-se de 
redes coletoras de águas pluviais, poços de visita, sarjetas, bocas-de-lobo e meios-
fios. Já a macrodrenagem “são dispositivos responsáveis pelo escoamento final das 
águas pluviais provenientes do sistema de microdrenagem urbana”. Constitui-se de 
principais talvegues, fundos de vales e cursos d’água. 
Conforme MMA (2007), a microdrenagem tem a “função de deixar as ruas e 
avenidas em condições de funcionalidade, livres do obstáculo “água”, ou melhor, dos 
alagamentos”. O sistema de macrodrenagem é constituído por cursos d’água naturais 
pelos córregos, ribeirões ou rios que cortam as cidades, “recolhendo as águas 
provenientes de todo o sistema de microdrenagem das bacias urbanas”. 
“O sistema de macrodrenagem é constituído, em geral, por estruturas de 
maiores dimensões, sendo elas, canais naturais ou construídos, reservatórios de 
detenção, reservatórios de retenção e de galerias de maiores dimensões” 
(SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO – SMDU, 2012). 
A macrodrenagem foi o sistema abordado neste trabalho. 
 
2.6. Controle de cheias 
 
O gerenciamento das águas pluviais é um desafio que o poder público enfrenta 
devido à ocupação de uma parcela da população em áreas consideradas de risco 
(MÚSCARI, 2010). 
25 
 
 
Segundo a FEAM (2006), as providências a serem implantadas, referentes ao 
controle de inundações, devem levar em consideração três condições de ocupação, 
são elas: sub-bacia não urbanizada (Figura 13), sub-bacia parcialmente urbanizada 
(Figura 14) e sub-bacia urbanizada (Figura 15). 
 
Figura 13 – Sub-bacia não urbanizada 
 
Fonte: FEAM (2006) 
 
A sub-bacia não urbanizada é a situação em que não houve a ocupação na 
planície de inundação do curso d’água. 
 
Figura 14 – Sub-bacia parcialmente urbanizada 
 
Fonte: FEAM (2006) 
 
A sub-bacia parcialmente urbanizada é a situação em que a ocupação começa 
a se consolidar ao longo do curso d’água. 
 
26 
 
 
Figura 15 – Sub-bacia urbanizada 
 
Fonte: FEAM (2006) 
 
A sub-bacia urbanizada é a situação em que a ocupação das margens - e 
mesmo da calha do rio - encontra-se consolidada. 
 
A sub-bacia do local de estudo se encontra parcialmente urbanizada, assim não 
foi discutida a ocupação sub-bacia não urbanizada e nem a sub-bacia urbanizada. 
Para o Ministério das Cidades (2006), “o controle da inundação é obtido por 
uma combinação de medidas estruturais e não-estruturais que permita à população 
ribeirinha minimizar suas perdas e manter uma convivência harmônica com o rio”. 
Para a Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP (s.d), a implantação 
de reservatórios de detenção que não incluam outras finalidades além do controle de 
cheias (como quadras de esportes, espaços para lazer e melhoria da qualidade das 
águas), pode não ser aceita pela população do entorno. 
O monitoramento das vazões com o intuito de evitar que áreas sejam tomadas 
pela água, é um recurso que pode ser adotado para o controle de cheias. Sendo 
assim, a opção por reservatórios de detenção ou retenção para o controle de cheias, 
tornou-se a mais adequada para as áreas urbanas já consolidadas, em que não existe 
a possibilidade de se obter tal controle de nenhuma outra maneira (RAIMUNDO, 
2007). 
 
2.7. Bacia de Dissipação 
 
Conhecido também como reservatório de detenção ou piscinão, é um 
instrumento de drenagem urbana com a finalidade de acumular um volume projetado 
27 
 
 
de águas pluviais, afim de reduzir os picos de cheias e retardar a taxa de resposta do 
escoamento superficial (TUCCI, 1997) e (WANIELISTA, 1990) citado por 
(NAKAZONE, 2005). 
Os reservatórios de detenção armazenam temporariamente as águas vindas 
das enchentes e permitem que haja uma diminuição nos picos de cheias e 
consequentemente evitam ou reduzem os danos que poderiam ser causados pelas 
inundações (NAKAYAMA e SILVEIRA, 2009). 
De acordo com Raimundo (2007), reservatórios de detenção são aqueles que 
permanecem frequentemente secos, mas que durante um evento chuvoso 
armazenam as águas pluviais que são gradualmente liberadas. Eles podem ser “on-
line” ou “em série” (localizado na linha principal do sistema de drenagem) ou “off-line 
ou “paralelo” (não estão conectados na linha principal do sistema de drenagem, assim 
o escoamento é desviado da linha principal para o armazenamento temporário), como 
mostram as Figuras 16 e 17, respectivamente. 
 
Figura 16 – Reservatório de detenção do tipo "on-line" 
 
Fonte: Raimundo (2007) 
 
Figura 17 – Reservatório de detenção do tipo "off-line" 
 
Fonte: Raimundo (2007) 
28 
 
 
3. METODOLOGIA 
 
O trabalho foi realizado através de embasamentos teóricos de vários autores, 
levantamento de informações do método de cálculo que foram necessários para o 
dimensionamento técnico, como área de influência, coeficiente de escoamento 
superficial, dentre outros, do local de estudo e sugestões de pesquisadores, afim de 
observar e alcançar a melhor opção para o empreendimento proposto e, por fim, dos 
dados que realmente foram utilizados para o dimensionamento, com o auxílio dos 
softwares Plúvio, Google Earth Pro e Global Mapper. 
Os resultados obtidos possibilitarão a avaliação técnica para a implantação de 
uma bacia de dissipação para minimizar os problemas. Com isso a proposta feita foi 
visando apenas uma solução técnica, visto que a parte financeira necessitaria de 
orçamento de todos os itens, materiais e serviços, e por ser uma proposta para o 
Órgão Público da cidade levaria à processos licitatórios, não sendo o foco para o tema 
abordado. 
 
3.1. Método de cálculo 
 
Porto et al. (2004) aponta os atributos (Figura 18) que auxiliam na escolha do 
método de cálculo e que devem estar presentes no mesmo. O Método Racional foi a 
equação preliminar para a inicialização dos cálculos. 
 
29 
 
 
Figura 18 – Atributos que auxiliam na escolha do método de cálculo 
 
Fonte: Porto et al. (2004) 
 
De acordo com Tucci (2004), o Método Racional é muito utilizado para 
determinar a vazão máxima de projeto para pequenas bacias (menor ou igual a 2 km²) 
e os parâmetros básicos a serem considerados são: 
a) Duração da precipitação intensa igual ao tempo de concentração. 
b) Adotar um coeficiente único de perdas (C) baseado nas características da 
bacia. 
c) Não avaliar o volume de cheia e distribuição temporal das vazões. 
A equação do Método Racional é (TUCCI, 2004): 
 
Q�á� � 0,278 � C � I �A (1) 
Onde: 
C � Coeficiente de perdas (adimensional). 
I � Intensidade da precipitação em mm/h. 
A � Área da bacia em km². 
Q�á� � Vazão máxima em m³/s. 
 
30 
 
 
Porto et al. (2004) cita que os critérios para o dimensionamento de reservatórios 
de detenção normalmente são: 
• Controlar a vazão máxima efluente, fixando-a em um valor menor ou igual a 
85% da vazão correspondente às condições antes do desenvolvimento da 
bacia. 
• Garantir segurança contra rompimento, dimensionando um extravasor para 
escoar as vazões extremas. 
• Garantir operação sem manutenção, evitando válvulas manuais ou 
automáticas e também lâmina de água muito rasa para o não surgimento de 
vegetação e camadas de lama. 
• Considerar eventos frequentes, garantindo que o reservatório seja eficaz para 
vazões de baixo período de retorno. 
 
3.2. Softwares utilizados 
 
A utilização do Plúvio, Global Mapper e Google Earth Pro (Figuras 19 a 21) foi 
essencial para a realização dos cálculos, pois através deles foi possível obter os dados 
como as constantes de ajuste locais (k, a, b, c) para a equação da intensidade de 
chuva, a localização e delimitação da bacia, traçado da rua em estudo, curvas de 
nível, entre outros. 
 
Figura 19 - Software Plúvio 
 
Fonte: GPRH (2006) 
 
31 
 
 
Figura 20 - Software Global Mapper 
 
Fonte: Blue Marble Geographics (2017) 
 
Figura 21 - Software Google Earth 
 
Fonte: Google Earth Pro (2017) 
 
 
 
 
 
32 
 
 
4. ESTUDO DE CASO 
 
Neste capítulo foram apresentadas informações sobre o local de estudo, bem 
como as inundações, alagamentos e enxurradas ocorridas, das ações e obras 
realizadas pela prefeitura, do tipo e local de implantação do reservatório. 
 
4.1. Características do local 
 
O local de estudo é a rua Delfim Moreira (Figura 22 e Figura 23) localizada no 
bairro Medicina da cidade de Itajubá. Tal bairro se encontra na sub-bacia do Ribeirão 
Anhumas (Figura 24) que pertence a Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí. 
 
Figura 22 – Localização da Rua Delfim Moreira vista em planta 
 
Fonte: Google Maps (2017) 
33 
 
 
 
Figura 23 - Localização da Rua Delfim Moreira vista em imagem de satélite 
 
Fonte: Google Earth Pro (2017) 
 
Figura 24 – Microbacia Ribeirão Anhumas 
 
Fonte: Reis et al. (2013) 
 
34 
 
 
A microbacia, pertencente a sub-bacia do Ribeirão Anhumas, que contribui 
somente para a rua em estudo foi delimitada em uma área rosa pelo software Global 
Mapper (Figuras 25 e 26). Essa área em rosa foi extraída e exportada para o Google 
Earth, onde foi possível mensurar sua dimensão, que possui em torno de 0,77 km² 
(Figura 27). 
 
Figura 25 - Topografia da bacia que contribui para a rua em estudo 
 
Fonte: Blue Marble Geographics (2017) 
 
Figura 26 – Topografia da bacia de contribuição sobreposta a uma imagem de 
satélite da região do bairro Medicina 
 
Fonte: Blue Marble Geographics (2017) 
35 
 
 
Figura 27 - Delimitação da área da bacia 
 
Fonte: Google Earth Pro (2017) 
 
4.2. Caracterização dos problemas 
 
Através de conceitos vistos anteriormente, percebe-se que a ocorrência de 
cheias na região do estudo se dá por três fatores, são eles: cheia pelo 
transbordamento do ribeirão (inundação), cheia por escoamento superficial 
(enxurrada) e ineficiência do sistema de drenagem (alagamento) (SILVA, 2015). 
A seguir (Figura 28 e Figura 29) são mostradas algumas áreas da região do 
estudo e também do local de estudo, onde ocorre pelo menos um dos fatores citados 
acima. 
 
Figura 28 – Localização da cota mais baixa na margem direita do Ribeirão Anhumas 
no bairro Medicina 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2016) 
36 
 
 
A inundação da área mostrada acima é frequente quando há chuvas intensas 
e de curta duração, pois o ribeirão se enche rapidamente, ocasionando o 
transbordamento dessas águas, atingindo a cota mais baixa da avenida (841,15 m) 
paralela a ele, a Avenida Eduardo José Storino. 
Com a cota de 841,15 m atingida, consequentemente haverá o alagamento de 
toda área que está a nível mais baixo desta. Sabe-se que o sistema de drenagem 
nessas áreas é ineficiente, assim toda água proveniente da inundação não consegue 
ser captada pelo sistema, por isso denomina-se alagamento. A Figura 29 mostra as 
ruas que possuem cota abaixo de 841,15 m. 
 
Figura 29 – Ruas com cotas do terreno abaixo de 841,15 m 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2016) 
 
O local de estudo, a rua Delfim Moreira, apresenta problemas de cheia por 
escoamento superficial, pois existe um loteamento nos morros pertencente a sub-
bacia, assim toda a água proveniente dessa área da bacia escoa para este 
loteamento, onde quase toda a água desse loteamento é direcionada para a Rua 
Delfim Moreira (SILVA, 2015). 
Não foi encontrado nenhum registro fotográfico de escoamento superficial do 
objeto de estudo, somente relatos de moradores da rua. 
Segundo Silva (2015), a rua Delfim Moreira é a que mais apresenta problemas 
de drenagem. Devido ser uma das ruas que possui pontos de cota mais baixos do que 
37 
 
 
a cota a margem do ribeirão, não existe declividade suficiente para que o sistema seja 
eficiente. 
 
4.2.1. Ações e obras realizadas pela Prefeitura 
 
A Prefeitura Municipal de Itajubá realizou algumas ações e obras com intuito 
de melhorar o funcionamento do sistema de drenagem da região de estudo. A seguir 
é apresentado um histórico das mesmas. 
 
• De Janeiro à Fevereiro de 2013: Desassoreamento (Figura 30 e Figura 31) e 
rebaixamento de quase 2 metros de profundidade da calha do Ribeirão 
Anhumas em todo seu comprimento. 
 
Figura 30 – Antes do desassoreamento em 2013 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2013) 
 
Figura 31 – Durante o desassoreamento em 2013 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2013) 
38 
 
 
Vale ressaltar que esse rebaixamento começou de jusante (foz do ribeirão) para 
montante, mas não funcionou, pois não levaram em consideração as lajes de piso das 
pontes a montante, ou seja, essas lajes continuaram acima do nível após o 
rebaixamento da calha. 
 
• De Outubro de 2013 à Fevereiro de 2014: Instalação de aduelas na foz do 
Ribeirão Anhumas (Figuras 32 a 36). 
 
A instalação de aduelas foi feita com a intenção de que todo o comprimento da 
calha do Ribeirão Anhumas fosse rebaixada, para só então o ribeirão conseguir 
declividade suficiente para que o sistema de microdrenagem desague nele de maneira 
eficiente, pois um sistema de microdrenagem já é descarregado no ribeirão, mas esse 
sistema é ineficiente, e direcione toda vazão para as aduelas. 
 
Figura 32 – Início da obra 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2013) 
 
Figura 33 – Escavação em torno da aduela 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2013) 
39 
 
 
Figura 34 – Durante a obra 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2013) 
 
Figura 35 – Esquematização da obra 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2013) 
 
Figura 36 – Obra em fase de finalização 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2014) 
40 
 
 
• Março de 2015: Desassoreamento do Ribeirão Anhumas (Figura 37 e Figura 
38). 
 
Nessa etapa foi retirado vários caminhões de barranco e braquiárias das 
margens do ribeirão, que, com o tempo, começam a dificultar o escoamento correto 
do curso d’água. 
 
Figura 37 – Antes do desassoreamento em Março de 2015 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2015) 
 
Figura 38 – Durante o desassoreamento em Março de 2015 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2015) 
 
• Dezembro de 2015: Desassoreamento do Ribeirão Anhumas (Figura 39). 
 
No mesmo ano foi realizadomais um desassoreamento, ou seja, a retirada de 
entulhos, barrancos ou qualquer outro tipo de material sedimentado no fundo e nas 
margens do ribeirão para que o mesmo comporte e escoe as águas corretamente. 
41 
 
 
Figura 39 – Durante o desassoreamento em Dezembro de 2015 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2015) 
 
• Fevereiro de 2016: Limpeza e desobstrução de boca de lobo na rua Delfim 
Moreira (Figuras 40 a 43). 
 
Nessa fase ocorreu a limpeza e desobstrução de bueiros e bocas de lobo da 
rua, onde grande quantidade de lixo, que contribui para entupimento e 
consequentemente para ocorrência de alagamentos, foi retirada. 
 
Figura 40 – Caminhão que bombeia os dejetos 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2016) 
 
42 
 
 
Figura 41 – Desobstrução da boca de lobo 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2016) 
 
Figura 42 – Boca de lobo parcialmente desobstruída 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2016) 
 
Figura 43 – Dejetos retirados da boca de lobo 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2016) 
 
43 
 
 
• Novembro de 2016: Instalação da tubulação de drenagem na rua Juarez 
Távora (Figuras 44 a 47) 
 
A implantação de manilhas, da rua Juarez Távora até a margem do ribeirão, foi 
feita para facilitar o escoamento da água da chuva. 
 
Figura 44 – Início da obra na rua Juarez Távora 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2016) 
 
Figura 45 – Escavação da rua 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2016) 
44 
 
 
Figura 46 – Início da colocação das manilhas 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2016) 
 
Figura 47 – Parte das manilhas colocadas em um trecho 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2016) 
 
• Fevereiro de 2017: Limpeza do Ribeirão Anhumas (Figura 48 e Figura 49) 
 
De acordo com a Prefeitura a limpeza da calha do Ribeirão Anhumas foi e vem 
sendo feita como uma ação preventiva para evitar a ocorrência de enchentes. 
Nessa etapa foram retirados barros e braquiárias ao longo do ribeirão. 
 
45 
 
 
Figura 48 – Remoção de mato do ribeirão 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2017) 
 
Figura 49 – Remoção de barro do fundo do ribeirão 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2017) 
 
• Maio de 2017: Início das obras de drenagem na rua Delfim Moreira (Figuras 50 
a 52) 
 
A captação das águas pluviais na rua será feita pelos dispositivos de drenagem 
que estão sendo implantados. Esses dispositivos são redes de drenagem pluvial, 
compostas por manilhas, poços de visita e bocas de lobo. 
 
46 
 
 
Figura 50 - Início das obras de drenagem 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2017) 
 
Figura 51 - Escavação para colocação das manilhas 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2017) 
 
Figura 52 - Construção de poço de visita 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2017) 
 
47 
 
 
• Junho de 2017: Obras de drenagem na rua República do Peru (Figuras 53 a 
57) 
 
Figura 53 - Escavação da rua República do Peru 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2017) 
 
Figura 54 - Execução da boca de lobo 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2017) 
 
48 
 
 
Figura 55 - Manilhas em fase de finalização 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2017) 
 
Figura 56 - Poço de visita e boca de lobo finalizadas 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2017) 
 
Figura 57 - Ligação entre manilha e boca de lobo 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Itajubá (2017) 
 
 
49 
 
 
4.3. Escolha do local para implantação do reservatório de detenção 
 
O local escolhido para a implantação do reservatório foi uma área paralela, de 
aproximadamente 0,01024 km² ou 10240 m², ao Ribeirão Anhumas, na qual envolve 
uma APP (Área de Preservação Permanente) (Figura 58), e bem próximo a essa área 
encontra-se o exutório da microbacia (Figura 59). Esse aspecto facilita a construção 
do reservatório, privilegiando o percurso natural e as condições geomorfológicas 
naturais, evitando grandes perturbações no meio, como movimentação de terra por 
exemplo, e com isso reduzindo os custos econômicos da obra. 
 
Figura 58 - Área para implantação do reservatório de detenção 
 
Fonte: Google Earth Pro (2017) 
 
Figura 59 - Exutório da bacia contribuinte da Rua Delfim Moreira 
 
Fonte: Blue Marble Geographics (2017) 
50 
 
 
4.4. Escolha do tipo de reservatório de detenção 
 
Já que ideia sugerida de local para se construir o reservatório foi uma área 
paralela ao Ribeirão Anhumas, a opção pelo reservatório do tipo “off-line” a céu aberto 
(Figura 60), foi a melhor escolha. Esse reservatório irá recolher toda água proveniente 
da bacia em estudo. 
 
Figura 60 - Exemplo de reservatório de detenção a céu aberto 
 
Fonte: Associação Brasileira de Cimento Portland et al. (s.d) apud Manual de Drenagem Urbana da 
Região Metropolitana de Curitiba – PR (s.d) 
 
“O planejamento e projeto de obras de detenção e retenção é muito mais do 
que um simples exercício de hidrologia e de hidráulica. Existem muitos aspectos 
técnicos que devem ser cuidadosamente considerados além da hidrologia e da 
hidráulica” (CANHOLI, 2014). Ainda segundo o autor deve-se considerar condições e 
necessidades de natureza não técnica, sendo algumas delas: 
• Análise das necessidades da comunidade local, inclusive as relativas à 
recreação de modo a inserir as possíveis obras de detenção e retenção num 
contexto de uso múltiplo; 
• Análise dos riscos que possam comprometer as condições de segurança e 
prevendo os meios para mitigá-los; 
• Procura por caminhos adequados, tendo em vista o financiamento de 
desapropriações, construção e manutenção das obras. 
 
51 
 
 
Dessa forma, o reservatório também será destinado à recreação, ou seja, a 
ideia é que, em épocas secas, o mesmo sirva como um campo gramado ou cimentado, 
independente da finalidade (parque, campo ou quadra de futebol, etc.), e que seja 
usufruído pela comunidade. A Figura 61 mostra um modelo de reservatório que será 
implantado. 
 
Figura 61 – Exemplo de reservatório de detenção em São Bernardo do Campo na 
região do Alto Tamanduatei 
 
Fonte: DAEE (2000) 
 
Como foi mencionado anteriormente, toda a área escolhida para a implantação 
do reservatório faz parte de uma APP, assim o órgão responsável pelo 
empreendimento conduzirá todo um procedimento legal, visando que será uma obra 
de uso comum e de utilidade pública, tomando todas as medidas cabíveis e 
necessárias, tanto para a preservação do local quanto para a bonificação e o bem 
estar da comunidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Aqui foram demonstrados todos os dados levantados necessários para a 
obtenção da vazão máxima e da dimensão do reservatório. 
 
5.1. Aplicação do Método Racional 
 
De acordo com a Equação (1) tem-se: 
C = Coeficiente de perdas. 
I = Intensidade da precipitação em mm/h. 
A = Área da bacia em km². 
 
• Coeficiente de perdas (C) e área de influência (A) 
Como a bacia em estudo possui área de influência verde e impermeabilizada, 
o resultado de C se obteve através de uma média ponderada, conforme equação: 
 
C� = ��	×	���	��	×	���	⋯	�	��	×	�����	��	�	⋯	�	�� 	 (2) 
Sendo: 
C�, C�, …	 , C� = Coeficientes de escoamento superficial para as áreas A�, A�, …	, A�, 
respectivamente. 
A�, A�, …	 , A� = Áreas que possuem coeficientes C�, C�, …	, C�, respectivamente. 
	C� = Coeficiente de escoamento superficial obtido pela média ponderada. 
 
Os valores de C para A� = 0,23	km² (Figura 61) e A� = 0,54	km² (Figura 62) 
foram retirados da Tabela 1 de acordo com o Tempo de Retorno escolhido, que foide 
100 anos. 
 
 
 
 
 
 
53 
 
 
Tabela 1 - Valores de C para várias superfícies, declividade e tempos de retorno. 
SUPERFÍCIE Tempo de Retorno (Anos) 2 5 10 25 50 100 500 
Asfalto 0,73 0,77 0,81 0,86 0,90 0,95 1,00 
Concreto/telhado 0,75 0,80 0,83 0,88 0,92 0,97 1,00 
Gramados (Cobrimento de 
 
50% da área) 
 
- Plano (0-2%) 0,32 0,34 0,37 0,40 0,44 0,47 0,58 
- Média (2-7%) 0,37 0,40 0,43 0,46 0,49 0,53 0,61 
- Inclinado (>7%) 0,40 0,43 0,45 0,49 0,52 0,55 0,62 
Gramados (Cobrimento de 
 
50 a 70% da área) 
 
- Plano (0-2%) 0,25 0,28 0,30 0,34 0,37 0,41 0,53 
- Média (2-7%) 0,33 0,36 0,38 0,42 0,45 0,49 0,58 
- Inclinado (>7%) 0,37 0,40 0,42 0,46 0,49 0,53 0,60 
Gramados (Cobrimento 
 
maior que 75% da área) 
 
- Plano (0-2%) 0,21 0,23 0,25 0,29 0,32 0,36 0,49 
- Média (2-7%) 0,29 0,32 0,35 0,39 0,42 0,46 0,56 
- Inclinado (>7%) 0,34 0,37 0,40 0,44 0,47 0,51 0,58 
Campos cultivados 
 
- Plano (0-2%) 0,31 0,34 0,36 0,40 0,43 0,47 0,57 
- Médio (2-7%) 0,35 0,38 0,41 0,44 0,48 0,51 0,60 
- Inclinado (>7%) 0,39 0,42 0,44 0,48 0,51 0,54 0,61 
Pastos 
 
- Plano (0-2%) 0,25 0,28 0,30 0,34 0,37 0,41 0,53 
- Médio (2-7%) 0,33 0,36 0,38 0,42 0,45 0,49 0,58 
- Inclinado (>7%) 0,37 0,40 0,42 0,46 0,49 0,53 0,60 
Florestas/Reflorestamentos 
 
- Plano (0-2%) 0,22 0,25 0,28 0,31 0,35 0,39 0,48 
- Médio (2-7%) 0,31 0,34 0,36 0,40 0,43 0,47 0,56 
- Inclinado (>7%) 0,35 0,39 0,41 0,45 0,48 0,52 0,58 
Fonte: Chow et al. (1988) apud Mello C. R. et al. (s.d) 
 
Na A� de acordo com a Figura 62, nota-se uma cobertura de gramado em sua 
maior parte, considerando cobrimento maior que 75% da área, assim foi necessário 
encontrar sua declividade para ver em qual item da tabela se encaixa: 
 
54 
 
 
Figura 62 - Delimitação da área verde da bacia 
 
Fonte: Google Earth Pro (2017) 
 
S�� = H$%&'( − H$*+'(L-(*./' =
1050	m − 900	m
699	m = 0,21
3
3 = 21% 
 
Se encaixando no item Inclinado (>7%), então: 
C� = 0,51 
 
Na A� (Figura 63), existem várias ruas pavimentadas com bloquetes de 
concreto e muitas casas, deduz-se então que a cobertura dessa área se encaixa no 
item Concreto/telhado da tabela, assim: 
C� = 0,97 
 
Figura 63 - Delimitação da área impermeável da bacia 
 
Fonte: Google Earth Pro (2017) 
55 
 
 
O valor de 5̅ foi: 
 
5̅ = 0,51	 × 	0,23 + 	0,97	 × 	0,540,23 + 	0,54 = 0,83 
 
• Intensidade de chuva (i) 
Equação de intensidade de chuva segundo Tucci (2004): 
 
i = %	×	9:(-<	�	.)>	 (3) 
Onde: 
a, b, c, d = Constantes de ajuste locais. 
T = Tempo de retorno (anos). 
tE = Duração da precipitação (min). 
i = Intensidade de chuva (mm/h). 
 
Os valores das constantes para a cidade de Itajubá/MG de acordo com o 
software Plúvio (Figura 64) são: 
 
Figura 64 - Dados obtidos pelo software Plúvio 
 
Fonte: GPRH (2006) 
 
56 
 
 
K = a = 1192,985 
a = b = 0,171 
b = c = 11,302 
c = d = 0,85 
 
De acordo com Silveira (2005), as fórmulas de tE de Kirpich, Carter, Schaake e 
Desbordes, são as recomendadas para bacias urbanas. Adotou-se então a equação 
de Kirpich para a realização do cálculo: 
 
tE = 0,0663 × LG,HH × SIG,JKL (4) 
 Onde: 
L = Comprimento linear do trecho considerando do ponto mais alto ao ponto 
mais baixo (m). 
S = Declividade (m/m). 
 
Para a declividade fez-se a diferença entre o valor do ponto mais alto da bacia 
que influencia na rua e do ponto mais baixo que é o seu exutório e dividiu pelo 
comprimento total desse trecho (Figura 65). 
 
Figura 65 - Perfil de elevação do ponto mais alto ao mais baixo da bacia 
 
Fonte: Blue Marble Geographics (2017) 
 
57 
 
 
S = H�M�NO −H�PQNOLROPESN =
1050	m − 842	m
1730	m = 0,12
m
m = 12% 
 
O tempo de concentração então foi: 
tE = 0,0663 × 1730G,HH × 0,12IG,JKL = 46,7	min ≅ 47	minutos 
 
Dessa maneira obteve-se uma intensidade de chuva igual a: 
i = 1192,985 × 100G,�H�(47 + 	11,302)G,KL = 82,76
mm
h 
 
• Vazão máxima (Q�á�) 
Com todos os valores encontrados, a vazão dessa microbacia foi: 
Q�á� = 0,278 × 0,83 × 82,76 × 0,77 = 14,70	mJ/s 
 
Para o dimensionamento foi utilizado o Método Racional, pois a bacia que 
influencia no local de estudo é pequena (0,77 km²), ou seja, está dentro do parâmetro 
desse método (menor ou igual a 2 km²), segundo Tucci (2004) já mencionado 
anteriormente. 
 
5.2. Dimensionamento do volume do reservatório de detenção 
 
Foram analisados cinco métodos, todos retirados das bibliografias de Tomaz 
(2002), (2010), (2012) e (2014) para efeito de comparação dos resultados dos 
mesmos. Esses métodos exigem uma vazão de pré e de pós-desenvolvimento 
explicadas abaixo. 
De acordo com Tomaz (2010), o termo pré-desenvolvimento, é quando a bacia 
é ocupada somente por matas ou similares, ou seja, sem desenvolvimento algum, e o 
pós-desenvolvimento, é quando a bacia já está ocupada por construções, etc., são 
muito utilizados nos Estados Unidos para o dimensionamento de um piscinão. 
 
5.2.1. Vazão de pós-desenvolvimento 
 
58 
 
 
A vazão de pós- desenvolvimento (Q[ó]) corresponde a vazão máxima (Q�á�) 
calculada anteriormente, já que foi estimada mediante a ocupação atual da bacia, que 
está desenvolvida. Dessa forma: 
Q[ó] = Q�á� = 14,70	mJ/s 
 
Lembrando que tE	[ó] =	 tE = 47	min. 
 
5.2.2. Vazão de pré-desenvolvimento 
 
A vazão de pré-desenvolvimento (Q[Oé) teve de ser calculada, dessa forma um 
novo coeficiente de escoamento superficial e intensidade de chuva foi dimensionado, 
uma vez que a ocupação da bacia deve ser considerada sem desenvolvimento, como 
antes citado. 
 
• Coeficiente de perdas (C) e área de influência (A) 
 
Supondo que a bacia em estudo possui cobertura de gramado em sua maior 
parte, considerando cobrimento maior que 75% da área e que cada plano, A� e A� 
(Figuras 61 e 62 respectivamente), dispõe de uma inclinação, obtém-se através da 
equação (2) o valor médio de C: 
 
S�� = 1050	m − 900	m699	m = 0,21
m
m = 21% 
 
Se encaixando no item Inclinado (>7%) da Tabela 1, então: 
C� = 0,51 
 
S�� = 900	m − 842	m1031	m = 0,06
m
m = 6% 
 
Se encaixando no item Médio (2-7%) da Tabela 1, então: 
C� = 0,46 
 
59 
 
 
C� = 0,51	 × 	0,23 + 	0,46	 × 	0,540,23 + 	0,54	 = 0,47 
 
• Intensidade de chuva (i) 
Ao contrário do t. encontrado pelo Método de Kirpich, optou-se por adotar um 
tempo de concentração para um novo resultado de intensidade de chuva, conforme 
apresenta algumas bibliografias, Tomaz (2010) e Tomaz (2012). Foi necessário seguir 
esse caminho pois a Q[Oé exige que o tempo de concentração seja superior ao da 
Q[ó]. 
Adotando tE	[Oé = 57	minutos, tem-se: 
i �
1192,985 × 100G,�H�
(57 + 	11,302)G,KL = 72,34
mm
h 
 
Esse é o valor da intensidade de chuva no pré-desenvolvimento. 
 
• Vazão máxima (Q[Oé) 
Com todos os valores encontrados, a suposta vazão dessa bacia pré-
desenvolvimento foi: 
Q[Oé = 0,278 × 0,47 × 72,34 × 0,77 = 7,28	mJ/s 
 
A partir desse momento tornou-se possível dimensionar o volume do 
reservatório através dos métodos. 
 
5.2.3. Método de Baker, 1979 usando o Método Racional 
 
“McCuen,1998 cita o método de Baker que em 1979 usou o método racional 
com hidrograma triangular para a entrada e para a saída, sendo que o pico da saída, 
fica na perna descendente do triângulo de entrada” (Tomaz, 2010). 
A fórmula do método se dá por: 
 
_`
_aó` = 1 − b (5) 
Onde: 
V] = Volume do piscinão (m³). 
60 
 
 
V[ó] = Volume do Runoff do escoamento (m³). 
α = efgéefóh 
V[ó] = Q[ó] × tE	[ó] 
 
α = 7,28	mJ/s14,70	mJ/s = 0,495 
 
V]V[ó] = 1 − 0,495	 ∴
V]V[ó] = 0,505 
 
V[ó] = 14,70mJ
s × 47	min × 60	s = 41454	mJ 
 
O volume que o reservatório armazenará é: 
 V] = 0,505 × 41454	m³ = 20934,27	mJ 
 
5.2.4. Método de Abt e Grigg, 1978 usando o Método Racional 
 
“McCuen,1998 cita o método de Abt e Grigg que usa o método racional com 
hidrograma triangular para a entrada e saída” (Tomaz, 2010). 
A equação do método é: 
 
_`
_aó` = (1 − b)² (6) 
Onde: 
V] = Volume do piscinão (m³). 
V[ó] = Volume do Runoff do escoamento (m³). 
α = efgéefóh 
V[ó] = Q[ó] × tE	[ó] 
 
α = 7,28	mJ/s14,70	mJ/s = 0,495 
 
61 
 
 
V]V[ó] = (1 − 0,495)²	 ∴
V]V[ó] = 0,255 
 
V[ó] = 14,70m
J
s × 47	min × 60	s = 41454	mJ 
 
O volume que o reservatório armazenará é: 
 V] = 0,255 × 41454	m³ = 10570,77	mJ 
 
5.2.5. Método de Kessler e Diskin, 1991 
 
“Mays,1999 cita o método de Kessler e Diskin,1991 no capítulo 14.85 do livro 
Hydraulic Design Handbook, que supõe que a área da superfície do reservatório seja 
constante. A grande vantagem é que o método tem aplicação para orifícios e para 
vertedores” (Tomaz, 2010). 
A fórmula do método para um único vertedor se dá por: 
 
_`
_aó` = 0,932 − (0,792 × b) (7) 
 
Sendo essa fórmula válida para	0,2 < b < 0,9. 
Onde: 
V] = Volume do piscinão (m³). 
V[ó] = Volume do Runoff do escoamento (m³). 
α = efgéefóh 
V[ó] = Q[ó] × tE	[ó] 
 
α = 7,28	mJ/s14,70	mJ/s = 0,495																	0,2 < 0,495 < 0,9 
 
V]V[ó] = 0,932 − (0,792 × 	0,495) ∴
V]V[ó] = 0,54 
 
62 
 
 
V[ó] = 14,70m
J
s × 47	min × 60	s = 41454	mJ 
 
O volume que o reservatório armazenará é: 
V] = 0,54 × 41454	m³ = 22385,16	mJ 
 
 
Já a fórmula do método para um único orifício se dá por: 
 
_`
_aó` = 0,872 − (0,861 × b) (8) 
 
Sendo essa fórmula válida para 0,2 < b < 0,9. 
 
Onde: 
V] = Volume do piscinão (m³). 
V[ó] = Volume do Runoff do escoamento (m³). 
α = efgéefóh 
V[ó] = Q[ó] × tE	[ó] 
 
α = 7,28	mJ/s14,70	mJ/s = 0,495																	0,2 < 0,495 < 0,9 
 
V]V[ó] = 0,872 − (0,861 × 	0,495) ∴
V]V[ó] = 0,45 
 
V[ó] = 14,70m
J
s × 47	min × 60	s = 41454	mJ 
 
O volume que o reservatório armazenará é: 
V] = 0,45 × 41454	m³ = 18654,30	mJ 
 
5.2.6. Método do Volume de Controle 
 
63 
 
 
Tucci (s.d), citado por Tomaz (2002), diz que é utilizado o volume de controle 
para pequenas áreas, isto é, < 1km² (100ha). 
A equação do método é a seguinte: 
 
V = (Ql − QQ) × t (9) 
Onde: 
V = volume (m³). 
Ql = vazão pós-desenvolvimento (m³/s). 
QQ = vazão pré-desenvolvimento (m³/s). 
t = duração do tempo de concentração do pós-desenvolvimento (min). 
 
O volume que o reservatório armazenará é: 
V = m14,70mJs − 7,28
	mJ
s 			n 	× 47	min × 60	s = 20924,40	mJ 
 
5.2.7. Método Racional 
 
McCuen (1998), citado por Tomaz (2010), afirma que o dimensionamento pelo 
Método Racional é o mais fácil de se utilizar, devido à popularidade do mesmo, usando 
o conceito de pré-desenvolvimento e pós-desenvolvimento. 
O método é dado pela seguinte equação: 
 
V] = 0,5 × (Q[ó] − Q[Oé) × to (10) 
Onde: 
V] = volume do piscinão (m³). 
Q[ó] = vazão de pico no pós-desenvolvimento (m³/s). 
Q[Oé = vazão de pico no pré-desenvolvimento (m³/s). 
tE = tempo de concentração (min). 
to = 3 × tE 
 
Considerou-se o tE do pós-desenvolvimento, pois o reservatório proposto tem 
o objetivo de armazenar todo volume de água proveniente da bacia atual, ou seja, já 
desenvolvida. Dessa forma, o volume que o piscinão irá armazenar é: 
64 
 
 
V] = 0,5 × m14,70m
J
s − 7,28
mJ
s n × 3 × 47	min × 60	s = 31386,60	m³ 
 
5.3. Comparação dos resultados 
 
Os resultados dos volumes pelos métodos estão expressos na Tabela 2. 
 
Tabela 2 - Resultados dos métodos 
Método Volume 
Baker V = 20934,27	mJ 
Abt e Grigg V = 10570,77	mJ 
Kessler e Diskin VEN�	pPORPqNO = 22385,16	mJ	e	VEN�	NO�síE�N = 18654,30	mJ 
Volume de Controle V = 20924,40	mJ 
Método Racional V = 31386,60	m³ 
Fonte: Próprio autor. 
 
Nota-se uma grande diferença do volume calculado entre o método de Abt e 
Grigg e Método Racional e os outros três métodos. Já os métodos de Baker, Kessler 
e Diskin e Volume de Controle não apresentaram diferenças significativas entre eles, 
comparando-os aos métodos de Abt e Grigg e Racional. 
“O grande problema que tem o projetista de reservatório de detenção é usar 
um método que seja aceito pela maioria dos especialistas no assunto” (TOMAZ, 
2010). O autor ainda comenta que não existe, no Brasil, uma recomendação de 
métodos, mas há uma liberdade de sugestão para se utilizar o Método Racional com 
to = 3 × tE para bacias com área de até 3km². 
Dessa maneira, deduz-se que nenhum dos métodos aplicados estão errados e 
que os resultados encontrados através deles estão corretos. Porém é difícil fazer 
qualquer escolha aleatória, sem base em nenhum parâmetro. Optou-se então por 
seguir a sugestão apontada pela bibliografia, assim o volume de armazenamento 
escolhido para o reservatório foi o valor obtido pelo Método Racional: 
V = 31386,60	m³ 
 
65 
 
 
5.4. Dimensões do reservatório 
 
Através do software Global Mapper foi possível encontrar a profundidade que 
o reservatório precisa dispor para ser capaz de armazenar o volume definido, já que 
o valor da área é conhecida. No entanto, essa profundidade foi obtida por tentativas. 
Tentou-se com 1 e 2 metros, não sendo suficiente o volume, mas somente na tentativa 
com 3 metros de profundidade o volume necessário foi atingido (Figuras 66 e 67). 
 
Figura 66 - Tentativa com 3 metros de profundidade 
 
Fonte: Blue Marble Geographics (2017) 
 
Figura 67 - Resultado do volume para uma profundidade de 3 metros 
 
Fonte: Blue Marble Geographics (2017) 
66 
 
 
A Figura 67 apresenta o resultado do volume da área definida, sendo de 
aproximadamente 32.297,51 m³. Assim essa área de 10.240 m² com 3 metros de 
profundidade conseguirá armazenar o volume solicitado. Essa consideração foi feita 
pensando num reservatório de paredes verticais, para facilitar a observação das 
dimensões, porém nada impede que o reservatório seja construído com paredes 
inclinadas, com ou sem arquibancadas, gramadas ou não, como mostrado no exemplo 
anterior (Figura 61), que é o modelo desejado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
67 
 
 
6. RECOMENDAÇÕES E CONCLUSÃO 
 
A tubulação atual que abrange toda área da bacia contribuinte seria inadequada 
para o funcionamento do reservatório, pois outrora foi mencionado os problemas 
atuais, como a ineficiência do sistema de drenagem. Quanto ao modo como ocorrerá 
a retirada dessa água, é indicado que seja por sistema de bombeamento, pois o nível 
da bacia de detenção se situará abaixo do nível do curso d’água. Sendo assim, caso 
exista o interesse de prosseguir com o desenvolvimento desse tema, sugere-se que 
seja realizado um dimensionamento de uma nova rede de tubulação, para atender a 
demanda atual, da vazão que será bombeada e inclusive do tipo de bomba que será 
utilizada, afim de se obter um escoamento pluvial conveniente para o funcionamento 
adequado do reservatório de detenção. 
Em relação a localização do reservatório se situar em uma APP, recomenda-
se que todos os trâmites sejam procedidos de forma a garantir que toda a população 
seja beneficiada, pois trata-se de uma obra de utilidade pública e de uso comum, e 
que haja a continuidade da preservação da área. 
Com base no estudo bibliográfico realizado e na demonstração de dados e 
cálculos para uma análise mais efetiva sobre a área em estudo, o resultado esperado 
foi alcançado. 
Desse modo, pode-se afirmar que é tecnicamente viável a implantação de uma 
bacia de dissipaçãono local escolhido do bairro, tornando-se uma alternativa para 
mitigar os efeitos causados pela ação de um evento de alta intensidade, bem como 
reduzir a vazão de pico e consequentemente favorecer a população que se reside no 
local e a jusante. Vale lembrar também que tal empreendimento amenizará somente 
um problema pontual e a jusante, sendo assim é sugerido que outras obras similares 
a esta sejam estudadas para outros locais do bairro. 
 
 
 
 
 
 
 
68 
 
 
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