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Myrcea Aparecida Pedra Hume (2)

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI 
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS - CEJURPS 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A TERCEIRIZAÇÃO NO DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
MYRCÉA APARECIDA PEDRA HUME 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itajaí, outubro de 2009
 
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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI 
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS - CEJURPS 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
A TERCEIRIZAÇÃO NO DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
MYRCÉA APARECIDA PEDRA HUME 
 
 
 
 
Monografia submetida à Universidade 
do Vale do Itajaí – UNIVALI, como 
requisito parcial à obtenção do grau de 
Bacharel em Direito. 
 
 
 
Orientador: Professora MSc. Mareli Calza Hermann 
 
 
 
 
 
 
Itajaí, outubro de 2009
 
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AGRADECIMENTO 
Agradeço primeiramente a Deus pela minha vida 
e por ter me guiado nessa longa jornada. 
Agradeço também aos meus pais, que sempre 
foram o meu porto seguro e me ensinaram a lutar 
pelos meus ideais e sempre ir em busca dos 
sonhos e que me incentivaram a não desistir nos 
momentos mais difíceis. Agradeço também aos 
meus irmãos Marcio e Marcelo que de alguma 
forma me ajudaram nessa trajetória desde a vida 
escolar até a vida acadêmica, em especial ao 
meu irmão Marcos que foi e é o meu espelho e 
me motivou a realizar esse sonho. Agradeço 
também a minha madrinha Liza, que sempre foi 
minha segunda mãe e sempre me apoiou e 
acreditou em mim. Agradeço também há um 
grande amigo Renato que esteve presente 
comigo em toda essa trajetória, me ajudando e 
me apoiando nos momentos de recaída. Por fim, 
agradeço a todos os meus familiares, colegas de 
turma e amigos por sempre estarem comigo em 
todos os momentos e me compreenderem nos 
momentos mais difíceis desses cinco anos e, 
agradeço também a minha orientadora Professora 
Mareli Calza Hermann pelo seu apoio e 
conhecimento.
 
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DEDICATÓRIA 
Dedico a presente monografia, com todo meu 
amor aos meus pais, irmãos, cunhadas, 
sobrinhos, a todos os meus familiares e amigos. 
Dedico também a todos os meus mestres em 
especial aos meus professores da Rede 
Metodista de Educação do Sul que, me ensinaram 
a amar a profissão que escolhi e me mostraram 
que só há ensino com qualidade se houver amor 
pelo que se faz. E, por fim dedico as minhas 
companheiras de jornada Elisa, Diana e Luciane. 
 
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TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE 
Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo 
aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do 
Vale do Itajaí, a coordenação do Curso de Direito, a Banca Examinadora e o 
Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do mesmo. 
 
Itajaí, outubro de 2009 
 
 
 
 
 
Myrcéa Aparecida Pedra Hume 
Graduanda 
 
 
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PÁGINA DE APROVAÇÃO 
A presente monografia de conclusão do Curso de Direito da Universidade do Vale 
do Itajaí – UNIVALI, elaborada pela graduanda Myrcéa Aparecida Pedra Hume, 
sob o título A TERCEIRIZAÇÃO NO DIREITO DO TRABALHO, foi submetida em 
[Data] à banca examinadora composta pelos seguintes professores: Profa. MSc. 
Mareli Calza Herman, Orientadora e Presidente da Banca e Professor MSc. Silvio 
Wolf] examinador, e aprovada com a nota ______ (______________________). 
 
Itajaí, outubro de 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
Profa. MSc. Mareli Calza Hermann 
Orientadora e Presidente da Banca 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. MSc. Antônio Augusto Lapa 
Coordenação da Monografia 
 
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ROL DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
Arts. Artigos 
CLT Consolidação das Leis do Trabalho 
CC/2002 Código Civil Brasileiro de 2002 
CTPS Carteira de Trabalho e Previdência Social 
CF/88 Constituição Federal de 1988 
CP Código Penal Brasileiro 
CEJURS Centro de Ciências Jurídicas Políticas e Sociais 
FGTS Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço 
INSS Instituto Nacional do Seguro Social 
OIT Organização Internacional do Trabalho 
TRT Tribunal Regional do Trabalho 
TST Tribunal Superior do Trabalho 
UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí 
 
 
 
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ROL DE CATEGORIAS 
Rol de categorias que a Autora considera estratégicas à 
compreensão do seu trabalho, com seus respectivos conceitos operacionais. 
Atividade-Fim: 
Atividades-fins, ao reverso, são as atividades nucleares e definitórias da essência 
da dinâmica empresarial do tomador de serviços. Delgado [2002, p. 374] 
Atividade-Meio: 
Atividades-Meio são as atividades periféricas à essência da dinâmica empresarial 
do tomador de serviços, ou seja, aquelas funções e tarefas empresariais e 
laborais que não se ajustam ao núcleo da dinâmica empresarial do tomador de 
serviços. Delgado [2002, p. 374] 
Contrato de Trabalho: 
É o negócio de jurídico entre empregado e empregador sobre condições de 
trabalho. Martins [2003, p. 82] 
Direito do Trabalho: 
É o ramo jurídico especializado, que regula certo tipo de relação laborativa na 
sociedade contemporânea. Delgado [2002, p. 47]. 
Empregado: 
Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não 
eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário. Conforme o 
Art. 3º da CLT. 
Empregador: 
Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os 
riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de 
serviço. É o que nos diz o Art. 2º da CLT. 
 
 
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Responsabilidade Subsidiária na Terceirização: 
A subsidiariedade no contrato deTerceirização ocorre quando a empresa 
prestadora de serviços ou fornecedora de produtos não cumpre suas obrigações, 
ficando a empresa tomadora, ou seja, a empresa contratante, responsável pelos 
débitos não cumpridos pela prestadora. Martins [2003, p.138] 
Responsabilidade Subsidiária na Terceirização: 
Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, 
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração 
de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade 
econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente 
responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas, assim dispõe, o 
art. 2º, § 2º da CLT. 
Terceirização: 
A Terceirização é uma estratégia econômica através da qual um terceiro, em 
condições de parceria, presta serviços ou produz bens para uma empresa que o 
contrata. Barros Júnior [1997, p.277] 
Tomador de Serviços: 
Tomador de serviços na Terceirização é aquele que contrata serviços 
determinados e o prestador terceirizado realiza. Campos [2006, p.58]. 
Vínculo Empregatício: 
Vínculo empregatício é toda a pessoa física, empregado, que prestar serviços de 
natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante 
salário, assim dispõe o art. 3º da CLT. 
 
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SUMÁRIO 
RESUMO........................................................................................... XI 
INTRODUÇÃO ................................................................................... 1 
CAPÍTULO 1 ...................................................................................... 3 
O DIREITO DO TRABALHO .............................................................. 3 
1.1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO...............................3 
1.2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL ..........8 
1.3. CONCEITO DE DIREITO DO TRABALHO ...................................................14 
1.4. NATUREZA JURÍDICA DO DIREITO DO TRABALHO ................................16 
1.5 RELAÇÕES DE EMPREGO E CONTRATO DE TRABALHO .......................18 
1.5.1 NATUREZA JURÍDICA DA RELAÇÃO DE EMPREGO..............................18 
1.5.2 NATUREZA JURÍDICA DO CONTRATO DE TRABALHO.........................20 
1.6 O CONTRATO DE TRABALHO .....................................................................22 
1.7 SUJEITOS DO CONTRATO DO TRABALHO ...............................................25 
1.7.1 EMPREGADOR ...........................................................................................25 
1.7.2 EMPREGADO..............................................................................................26 
CAPÍTULO 2 .................................................................................... 29 
A TERCEIRIZAÇÃO......................................................................... 29 
2.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA TERCEIRIZAÇÃO...........................................29 
2.2. CONCEITO DE TERCEIRIZAÇÃO................................................................32 
2.3 NATUREZA JURÍDICA DA TERCEIRIZAÇÃO ..............................................35 
2.4. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA TERCEIRIZAÇÃO ..........................36 
CAPÍTULO 3 .................................................................................... 42 
A TERCEIRIZAÇÃO E O PROCESSO DO TRABALHO.................. 42 
 
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3.1 O LITISCONSÓRCIO PASSIVO.....................................................................42 
3.2 TERCEIRIZAÇÃO LÍCITA E ILÍCITA .............................................................44 
3.2 TERCEIRIZAÇÃO E RESPONSABILIDADE .................................................46 
3.3 SÚMULA 331 TST ..........................................................................................47 
3.4 A RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO TOMADOR DE SERVIÇOS........51 
3.5 A RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO TOMADOR DE SERVIÇOS ....53 
CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................. 58 
REFERÊNCIA DAS FONTES CITADAS .......................................... 61 
 
 
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RESUMO 
O tema pesquisado versa sobre a Terceirização no Direito 
do Trabalho, trata-se de um estudo sobre este fenômeno, pois a Terceirização é 
um processo que gradativamente foi se incorporando ao dia-a-dia das empresas 
e, com isto foi se formando uma literatura especializada neste assunto. É a ação 
de uma empresa contratada para realizar a atividade-meio de uma empresa, para 
que esta possa se dedicar de forma integral a sua atividade-fim. No primeiro 
momento, trataremos sobre a evolução história do Direito do Trabalho, 
discorrendo sobre o motivo de seu surgimento e que surgiu por conseqüência da 
questão social, com a finalidade de garantir e preservar a dignidade do ser 
humano. Trataremos sobre os benefícios da sua implantação, demonstrando-se 
que este é um fenômeno jurídico que possui grande caráter Social e que se 
tornou em uma grande revolução, pois eliminou da ordem sócio-jurídica o ramo 
jus trabalhista, a escravidão. No segundo capítulo, trataremos sobre a 
Terceirização, seu conceito, as vantagens e desvantagens de se terceirizar e se 
os riscos que as empresas terão se optarem por esta forma de trabalho serão 
benéficos. No terceiro e último capítulo analisa-se o processo do trabalho através 
da súmula 331 do TST, definindo qual a responsabilidade solidária e subsidiária 
do tomador de serviços e qual o entendimento majoritário sobre essas definições. 
 
Palavras-chave: Direito do Trabalho, Terceirização, Vantagens, Desvantagens, 
Responsabilidade Solidária e Subsidiária, Tomador de Serviços. 
 
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INTRODUÇÃO 
A presente Monografia tem como objeto demonstrar as 
características e conseqüências da Terceirização no Direito do Trabalho. 
O objetivo é estudar a cerca da aplicabilidade da 
Terceirização nas empresas tomadoras de serviço através do Direito do Trabalho 
Brasileiro. 
Para tanto, principia–se, no Capítulo 1, versando sobre o 
Direito do Trabalho, apresentando a sua evolução histórica, desde o seu 
surgimento, seu conceito, autonomia, natureza jurídica, e também sobre a relação 
de emprego e o contrato de trabalho conceituando os sujeitos desta relação, 
Empregado e Empregador. 
No Capítulo 2, tratando sobre a Terceirização de forma pura, 
trabalhamos o seu conceito e qual as vantagens e desvantagens de terceirizar as 
atividades de uma empresa. 
No Capítulo 3, tratando da Terceirização em relação a 
responsabilidade solidaria e subsidiaria do tomador de serviços, aplicada no caso 
da Terceirização através da Súmula 331 do TST, definindo-se qual é a verdadeira 
responsabilidade do tomador de serviços. 
O presente Relatório de Pesquisa se encerracom as 
Considerações Finais, nas quais são apresentados pontos conclusivos 
destacados, seguidos da estimulação à continuidade dos estudos e das reflexões 
sobre a Terceirização no Direito do Trabalho. 
Para a presente monografia foram levantadas as seguintes 
hipóteses: 
 
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2 
1 - As formas de Terceirização utilizadas atualmente pelas 
empresas brasileiras são devidamente regulamentadas, ou apenas servem para 
reduzir custos e mascarar as relações de emprego? 
2- Na Terceirização o tomador de serviços se exime das 
responsabilidades trabalhistas? 
3 – O tomador de serviços possui responsabilidade solidária, 
subsidiária ou ambas? 
Quanto à Metodologia empregada, registra-se que, na Fase 
de Investigação foi utilizado o Método Indutivo, na Fase de Tratamento de Dados 
o Método Cartesiano, e, o Relatório dos Resultados expresso na presente 
Monografia é composto na base Lógica Indutiva. 
Nas diversas fases da Pesquisa, foram acionadas as 
Técnicas do Referente, da Categoria, do Conceito Operacional e da Pesquisa 
Bibliográfica.
 
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CAPÍTULO 1 
O DIREITO DO TRABALHO 
Para estudar sobre a Terceirização é necessário primeiro 
fazer uma breve explanação sobre o Direito do Trabalho, para tanto tratarei 
primeiro sobre a evolução histórica deste Direito. 
1.1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO 
O Direito do Trabalho surgiu como uma possibilidade de 
regular as atividades econômicas, em virtude da necessidade que a sociedade 
possuía em aperfeiçoar essas atividades. 
Nesse sentido Rubens Ferreira de Castro nos explica1: 
“O Direito do Trabalho surgiu da necessidade de regular a 
evolução da sociedade em face do aperfeiçoamento das 
atividades econômicas, sendo que os primeiros sinais de trabalho 
por conta de outrem surgiram com a organização das 
comunidades já na Idade Média, estando suas origens ligadas à 
escravidão e à servidão.” 
Para Amauri Mascaro Nascimento: 
“O Direito do Trabalho surgiu como conseqüência da questão 
social que foi precedida da Revolução Industrial do século XVIII e 
reação humanista que se propôs a garantir ou preservar a 
dignidade do ser humano ocupado no trabalho das indústrias, 
que, com o desenvolvimento da ciência, deram nova fisionomia ao 
 
1
 CASTRO, Rubens Ferreira de. A Terceirização no Direito do Trabalho. São Paulo: Malheiros 
Editores, 2000, p.15. 
 
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4 
processo de produção de bens na Europa e em outros 
continentes”2. 
Já Mauricio Godinho Delgado3 o define como: 
“um ramo jurídico especializado, que regula certo tipo de relação 
laborativa na sociedade contemporânea. Seu estudo deve iniciar-
se pela apresentação de suas características essenciais, 
permitindo ao analista uma imediata visualização de seus 
contornos próprios mais destacados.” 
Os primeiros sinais de trabalho prestado para o outro, foi o 
trabalho escravo. Os escravos que na Idade Média não eram reconhecidos como 
pessoa, mas como coisa, pois eram vendidos ou trocados e, não eram 
considerados sujeitos de direito e sim uma propriedade. 
É o que nos escreve Rubens Ferreira de Castro4: 
“O trabalho no princípio das sociedades organizadas em tribos era 
distribuído para os escravos, sendo que estes apenas gozavam 
do direito de se alimentar.” 
Outra forma inicial de trabalho foi a servidão, que ocorreu no 
período do feudalismo, onde os senhores feudais davam proteção política e militar 
aos seus servos, que assim como os escravos, não possuíam liberdade e 
dependiam da terra para sobreviver, uma espécie de escravo da terra. 
Na Idade Média o escravo então era tido como propriedade 
não como pessoa e o servo era considerado pessoa, mas a sua liberdade era 
restrita. Essas formas de trabalho não flexibilizaram a entrada do Direito do 
Trabalho ainda, pois não havia uma organização a respeito. 
 
2
 NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 
1998, p. 4 
3
 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2002. p. 47. 
4
 CASTRO, Rubens Ferreira de. A Terceirização no Direito do Trabalho. São Paulo: Malheiros 
Editores, 2000, p.15. 
 
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5 
Mas, foi com a Revolução Industrial, através das 
corporações que o Direito do Trabalho se prenunciou, no final do século XVIII5. 
Os operários trabalhavam sem a proteção de um sistema de leis, e estavam 
desprotegidos na sua atividade laborativa e, conseqüentemente na sua condição 
de vida, pois colocavam em risco suas vidas para trabalhar pelas Indústrias. 
Essa revolução marcou muito a história, foi o momento de 
invenção das máquinas e início da produção em série, e não mais da produção de 
forma artesanal. Nesta fase foi que surgiu o trabalho remunerado, surgindo assim 
o salário e também foi nessa época que o trabalho passou a ser exercido dentro 
das fábricas 
Entende Mauricio Godinho Delgado que: 
“O Direito do Trabalho é produto do capitalismo, atado à evolução 
histórica desse sistema, retificando-lhe distorções economico-
sociais e civilizando a importante relação de poder que sua 
dinâmica econômica cria no âmbito da sociedade civil, em 
especial no estabelecimento e na empresa.” 
Outra Revolução que influenciou o Direito do Trabalho foi a 
Revolução Francesa, onde as corporações de ofício foram extintas, por 
incompatibilidade com os ideais de liberdade e assim, surgiram três princípios que 
foram valorizados neste período: liberdade, igualdade e fraternidade. 
A liberdade conduziu as relações de trabalho para a plena 
autonomia contratual, onde eram impostas as condições de trabalho pelos 
capitalistas. E a igualdade foi valorizada pelo socialismo. A solidariedade foi 
inspiração para os sistemas de associações de socorro mútuos, que 
posteriormente se transformaram na seguridade social, um dos ramos do Direito 
que abrange a previdência social e a assistência social. 
 
5
 CASTRO, Rubens Ferreira de. A Terceirização no Direito do Trabalho. São Paulo: Malheiros 
Editores, 2000, p.16. 
 
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6 
Com o liberalismo, movimento que dava maior liberdade aos 
homens, a liberdade contratual afetou diretamente o Direito do Trabalho, pois, 
quem tinha maior potencial econômico poderia colocar no contrato de trabalho o 
que queria, por mais que isso fizesse com que o direito fosse ferido, praticando-seabusos, excessos. A igreja interferiu e exigiu que o Estado diligenciasse, 
regulando os contratos de trabalho e assim criaram-se os meios para dar inicio a 
fase de respeito ao trabalhador. 
A igreja desta forma reconheceu os abusos deste regime, 
exigindo que fosse criada uma legislação protetora, com salário justo, seguindo 
ensinamentos da igreja. 
Segundo Evaristo de Moraes Filho era do plano espiritual 
que surgiria um documento importante que iria contribuir para a Constituição do 
Direito do Trabalho, sob o pontificado do Papa Leão XIII, que publicou a Encíclica 
‘Rerum Novarum’ (Das coisas novas), datada de 15.5.18916. 
Sua santidade então assim se pronunciou: 
“O que é vergonhoso e desumano é usar os homens como vis 
instrumentos de lucro, e não estimá-los na proporção do vigor dos 
seus braços.7” 
Essa linha de pensamento é desenvolvida até os dias de 
hoje, com a ‘Laborem Exercens’ (Mediante o trabalho), onde o Papa João Paulo 
II, em seu ponto de vista, propagou a dignidade e o primado do trabalho, 
respeitando à liberdade e elevando a pessoa humana. 
A doutrina da Encíclica ‘Rerum Novarum’ determinava 
regras para a intervenção do Estado nas relações de trabalho, determinando que 
a relação entre empregado e empregador devesse ser de forma reta, pois se 
 
6
 FILHO, Evaristo de Moraes e Antonio Carlos Flores de Moraes. Introdução ao Direito do 
Trabalho. São Paulo: LTr, 2003 
7
 SANTOS, Josaphá Francisco dos. Iniciação ao Direito do Trabalho. Rio de Janeiro: América 
Jurídica, 2002, p.3 
 
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7 
fosse sinuosa seria irregular. A igreja na época propôs que se houvesse 
sinuosidade deveria se usar a força e o Estado teria o papel de impedir que o 
empregador desequilibrasse essa relação. Essa proposta resultou no 
Constitucionalismo Social. 
O Constitucionalismo Social é o movimento de inclusão nos 
textos constitucionais dos direitos e garantias fundamentais, inclusive a inclusão 
de leis trabalhistas nas Constituições de alguns países. 
A primeira Constituição de um país que tratou de Direito do 
Trabalho foi a do México, em 1917, o artigo 123 da referida norma, disciplinava a 
jornada de trabalho em oito horas diárias, o descanso semanal remunerado, a 
proteção à maternidade, o direito ao salário mínimo, a igualdade salarial, a 
proteção contra acidentes no trabalho, o direito de sindicalização, de greve, de 
conciliação e arbitragem dos conflitos, de indenização de dispensa e de seguros 
sociais. 
A segunda Constituição foi a da Alemanha, em 1919, que foi 
considerada a base das democracias sociais na Europa. Disciplinava a 
participação dos trabalhadores nas empresas, com a criação de um direito 
igualitário, com liberdade de defesa entre os trabalhadores e melhoria das 
condições de trabalho. Neste mesmo ano, foi criada através do Tratado de 
Versalhes, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão fiscalizador e 
negociador dos Direitos do Trabalho. 
Na Itália, em pleno fascismo, 1927, a questão trabalhista foi 
realçada com a Carta Del Lavoro, base dos sistemas políticos corporativos não só 
da Itália, mas da Espanha, Portugal e do Brasil, tendo como princípio a 
intervenção do Estado na ordem econômica, o controle do direito coletivo do 
trabalho e, também a concessão por lei, de direitos aos trabalhadores. 
Outro trunfo que também influenciou na formação de idéias 
de justiça social foi a Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948, que 
 
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8 
trouxe em um de seus parágrafos a ratificação do limite da jornada diária, o direito 
as férias anuais remuneradas e normas trabalhistas pertinentes com o lazer. 
Nesta fase, ocorreram inúmeras transformações que 
influenciaram no surgimento e confirmação do Direito do Trabalho onde a 
conjuntura internacional nos apresenta uma sociedade pós-capitalista que esta 
produzindo mais, mas com pouca mão de obra. 
Desta forma o Direito do Trabalho contemporâneo, mesmo 
que conservando a sua origem de tutelar o trabalhador, procura não bloquear o 
avanço da tecnologia, para não polemizar alguns institutos e, para não impedir 
uma forma de negociação coletiva, onde os interesses sejam respeitados, sem 
que seja necessária a intervenção do Estado. 
1.2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL 
No Brasil, as questões de trabalho eram tratadas em 
legislação escassa e esparsas, consideradas de Direito pátrio, que não possuía 
nenhum caráter de Direito Social. 
Acredita Mauricio Godinho Delgado que, a Lei Áurea de 
alguma forma foi o marco inicial de referencia da História do Direito do Trabalho 
no Brasil, pois cumpriu um papel relevante na união dos pressupostos que 
configuraram esse novo ramo jurídico especializado. 
Foi um momento histórico onde se eliminou da ordem sócio-
jurídica o ramo jus trabalhista (a escravidão), mas como conseqüência, se 
estimulou a pratica revolucionária da relação de emprego, tornado-se um marco 
significativo da primeira fase do Direito do Trabalho Brasileiro que se possa 
apontar nas quatro décadas seguintes ao diploma jurídico de 1888. 
O que não significa dizer que, antes de 1888, não houve 
qualquer experiência de relação de emprego, trata-se apenas de reconhecer que 
 
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9 
nesse período que se antecedeu, não havia espaço significativo para a evolução 
do ramo trabalhista. 
A Constituição de 1891 dispôs sobre o Direito do Trabalho, 
mas apenas em relação à liberdade de trabalho, fase em que se iniciou o período 
capitalista, mas que ainda não possuía a visão do Direito Social. 
A legislação social, portanto, teve origem no Brasil após a 
Revolução de 1930, quando foi criado o Ministério o Trabalho, Indústria e 
Comércio, sob o governo provisório de Getulio Vargas. Neste ano também foi 
valorizada a nacionalização do trabalho com medidas de proteção ao trabalhador 
nacional. 
O direito social em nossa história, esta dividido em períodos, 
denominados como “pré-históricos”, de 1500 à 1888, chamado de período 
capitalista; de 1888 à 1930, praticamente sem legislação social, chamado de 
período socialista; de 1930 à 1934, de notável desenvolvimento das leis sociais, 
chamado de período social-democrático; de 1934 à 1937, harmonização das 
tendências dos dois períodos imediatamente anteriores, com aspectos 
corporativistas, chamado de período corporativo; de 1937 à 1946, unidade 
sindical e controle dos sindicatos pelo Estado, que era baseado no modelo 
corporativo italiano, também chamado período progressista; de 1946 à 1964, 
aperfeiçoamento da legislação existente e, finalmente o período revisionista que 
iniciou em 1964 e vai até os dias de hoje, com grandes reformas na legislação 
social. 
Destacam-se alguns dos principais acontecimentos em 
relação ao Direito do Trabalho nesta época: 
! 1930 
Institucionalização (oficialização) do Direito do Trabalho, 
fase que se firmou a estrutura jurídica e institucional de um novo modelo finalista 
e perdurou até o final da ditadura Getulista, em 1945.pdfMachine - is a pdf writer that produces quality PDF files with ease! 
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10 
! 1931 
- Em 19/03/1931 foi criada a Lei de Sindicalização, a partir 
dela os Estatutos dos Sindicatos obrigatoriamente tinham que ser aprovados pelo 
Ministério do Trabalho. 
! 1932 
- O Decreto 21.417, de 1932 foi a primeira norma a tratar do 
trabalho das mulheres, que proibia o trabalho da mulher no período noturno. 
- No direito coletivo, foi o Decreto 21.761, de 23.08.1932 
teve uma grande evolução com a criação das convenções coletivas de trabalho 
que surgiu com o intuito de beneficiar os empregados, pois tem por objetivo 
registrar as decisões definidas entre empregados e empregadores, como forma 
de lei. 
- Criação da CTPS - Carteira de Trabalho e Previdência 
Social, instituída pelo decreto nº 21.175, de 21/03/1932 e foi posteriormente 
regulamentada pelo decreto nº 22.035, de 29/12/1932. 
- E o primeiro texto em relação ao menor também foi 
instituído em 1932, com o Decreto 22.042 que estabeleceu como 14 anos a idade 
mínima para o ingresso no mercado de trabalho. Esse limite foi mantido nas 
Constituições de 1934, 1937 e 1946. 
! 1934 
- Primeira Constituição Brasileira que tratou especificamente 
do Direito do Trabalho, em seu artigo 121 garantia a liberdade sindical, isonomia 
salarial, salário mínimo, jornada de oito horas de trabalho, proteção do trabalho 
das mulheres e menores, repouso semanal, férias anuais remuneradas. 
- O governo do então presidente Getúlio Vargas tornou a 
carteira de trabalho obrigatória para fins de consolidação dos direitos trabalhistas. 
 
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11 
! 1935 
- Proteção ao empregado quanto a rescisão do contrato de 
trabalho, Lei nº 62/1935 onde, o empregado poderia deixar o emprego ou 
rescindir o contrato se o empregador exigisse dele serviços superiores às suas 
forças. 
! 1936 
- Instituição do salário mínimo através da Lei nº 185 de 
janeiro de 1936 que tinha o intuito de garantir a dignidade do trabalhador. 
! 1939 
- Criação da Justiça do Trabalho em 01/05/1939 para dirimir 
controvérsias de interesses dos trabalhadores mediante a edição de normas no 
julgamento de dissídios coletivos. 
! 1943 
- Devido a necessidade de regulamentação do Direito 
Trabalhista em 01/05/1943 foi criada, através do Decreto Lei 5.452, a 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
! 1962 
- Como forma de gratificar os trabalhadores em 1962, a Lei 
4.090 instituiu a gratificação natalina ou décimo terceiro aos trabalhadores, este 
direito também é garantido pela Constituição Federal de 1988 no Art. 7º. 
! 1964 
- Em 1º de junho de 1964, o presidente Castello Branco 
sancionou um decreto que detalhou as regras para a realização de greve, e o que 
 
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12 
ocorreu na realidade foi que elas ficaram tão detalhadas que na prática ficaram 
proibidas. 
! 1966 
- FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço foi criado 
pela Lei 8.036/1966 com a finalidade principal de amparar os trabalhadores na 
hipótese de encerramento da relação de trabalho sendo também destinado a 
investimentos em habitação, saneamento e infra-estrutura. 
! 1988 
- Promulgação da CF - Constituição da Republica Federativa 
do Brasil, lei fundamental do País que serve de parâmetro para as demais 
espécies normativas situando-se no topo do Ordenamento Jurídico. 
- A Carta Constitucional de 1988 é repleta de normas que 
visam a proteger o cidadão contra atos discriminatórios de qualquer natureza. No 
tocante à relação de emprego, porém, o atual diploma constitucional representou 
um divisor de águas. 
- Ela surgiu como um documento jus político mais 
significativo já elaborado na história do país acerca de mecanismos vedatórios a 
discriminações no contexto da relação de emprego. 
! 1989 
- A lei 11.718 de 23/06/1989, chamada “nova lei sobre 
salário mínimo”, tem o intuito de aumentar a formalização no campo e de facilitar 
a aposentadoria rural esta lei busca abranger as pessoas que trabalham em 
pequenas propriedades rurais, com regime de economia familiar, pescadores e 
outras categorias que atuam hoje de forma informal. 
! 1990 
 
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13 
- Regulamentação da lei 8.069/1990 que institui o Estatuto 
da Criança e Adolescente que foi inspirado nas diretrizes da Constituição Federal, 
internalizando normativas internacionais. 
! 1995 
- Combate a todas as formas de discriminação e de limitação 
do acesso à relação de emprego ou a sua manutenção, observados no art. 3°, IV, 
da CF e na Lei nº 9.029/95. 
! 1998 
- Alteração do Art. 59 da CLT, que tratava sobre a duração 
da jornada de trabalho, criando um sistema de compensação de horas extras, que 
poderá ser estabelecido através da negociação entre empregados e 
empregadores. 
! 2000 
- Foi divulgado no diário oficial da União no dia 13/01/2000 a 
Lei 9.958/2000 que tem como objetivo o incentivo a solução extrajudicial dos 
conflitos trabalhistas, e assim diminuindo a litigiosidade, instituindo as comissões 
de conciliação prévia nas empresas. 
! 2003 
- A alteração realizada no artigo 149, do CP - Código Penal 
Brasileiro indica que o trabalho forçado ou em condições degradantes é 
considerada uma redução do homem à condição análoga de escravo. A alteração 
promulgada pela Lei 10.803/2003 estabelece pena ao empregador que submeter 
algum homem à estes trabalhos. 
 
 
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14 
! 2005 
- Entrada em vigor da Lei de Falência e Recuperação de 
Empresas Lei 11.101, de 09/02/2005, que prioriza a recuperação das empresas 
falidas, também tem como garantir aos trabalhadores os seus empregos. 
No Brasil, alguns fatores externos e internos contribuíram 
para a formação do Direito do Trabalho. Dentre os fatores externos que 
influenciaram nesta formação estão as transformações ocorridas na Europa, que 
incentivaram o Brasil a elaborar leis trabalhistas de proteção aos trabalhadores, o 
que já ocorria naqueles Países. 
Os fatores internos que mais influenciaram foi o movimento 
operário integrado por imigrantes com inspirações anarquistas no final de 1800 e 
início de 1900 e o surto industrial que elevou o número de fábricas, de operários e 
a política trabalhista de Getúlio Vargas. 
Todas as constituições Brasileiras desde a de 1934, 
passaram a ter normas de Direito do Trabalho e cada uma acrescentou alguma 
matéria relevante a este direito. 
Mas é a Consolidação das Leis do Trabalho que possui a 
sistematização das leis esparsas, sendo a primeira lei geral para todo empregado, 
sem distinção entre a naturezado trabalho técnico, manual ou intelectual. Ela não 
é um código, porque a sua principal função é a de reunir as leis existentes e não a 
criação de novas leis. Ressalte-se como importante obra jurídica e que vigora até 
os dias de hoje, apesar de já haver sido reformulada algumas vezes. 
1.3. CONCEITO DE DIREITO DO TRABALHO 
Segundo Josaphá Francisco dos Santos8: 
 
8
 SANTOS, Josaphá Francisco dos. Iniciação ao Direito do Trabalho. Rio de Janeiro: América 
Jurídica, 2002, p.6 
 
 
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15 
“Direito do Trabalho é o conjunto de normas jurídicas destinadas a 
regular as relações entre empregadores e empregados e, além 
disso, outros aspectos da vida desses últimos, mas precisamente 
em função de sua condição de trabalhador.” 
Na realidade, a sua denominação propicia idéias amplas em 
relação ao seu verdadeiro conteúdo, diante da amplitude do significado da palavra 
trabalho, no sentido mais restrito. Desta forma, o certo é que o Direito do Trabalho 
é um conjunto de normas e princípios sobre a atividade laboral de uma pessoa 
física. 
Analisemos então este conceito, para verificarmos se esta é 
a definição mais correta acerca do Direito do Trabalho. 
Entre os doutrinadores, os enunciados não são uniformes 
uns são subjetivistas, teoria subjetiva, alguns são objetivistas, teoria objetivista e 
outros são subjetivistas-objetivistas, teoria mista. 
Segundo os subjetivistas, o Direito do Trabalho se aplica à 
todos os trabalhadores, mas alguns doutrinadores objetivistas acham que nem 
todos os trabalhadores são abrangidos pelo Direito do Trabalho e que os 
beneficiados são apenas os que são denominados empregados. 
Os objetivistas não pensam nas pessoas sobre as quais o 
Direito do Trabalho se aplica e sim, na matéria a que se ocupa. Como os 
subjetivistas aqui também os doutrinadores possuem pensamentos divergentes, 
pois enquanto acreditam que o Direito do Trabalho disciplina todas as relações de 
trabalho outros, acreditam que ele legitima apenas os que são subordinados e 
não sobre o trabalho autônomo ou outras atividades prestadas pela pessoa física. 
E por último, os doutrinadores que são subjetivistas-
objetivistas, que adotam a teoria mista porque ela considera ambos os aspectos 
citados à cima, referindo-se o Direito do Trabalho tanto à pessoas como à matéria 
de Direito do Trabalho e, esta é a teoria utilizada por Josaphá Francisco dos 
Santos, em sua definição sobre o Direito do Trabalho. 
 
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1.4. NATUREZA JURÍDICA DO DIREITO DO TRABALHO 
Em relação à natureza jurídica do Direito do Trabalho 
existem diversas correntes doutrinárias que procuram estabelecer qual é a sua 
natureza e cada uma apresenta argumentos diferentes. 
O Direito do Trabalho é um ramo do direito público, uma vez 
que as relações jurídicas básicas na sua esfera são entre particulares, mais 
diretamente no contrato de trabalho entre dois particulares, a empresa e o 
trabalhador ou então nas relações coletivas de trabalho, entre os sindicatos que, 
apesar de pertencerem ao direito público no período do corporativismo hoje não 
pertencem mais. 
Essa afirmação é dada pela corrente Publicista, que o 
considera assim, pois acredita que possui normas de caráter imperativo e que 
possui semelhança com as normas aplicadas aos servidores. 
O Direito do Trabalho é um direito social, porque reúne todas 
as normas de proteção ao cidadão economicamente fraco, “hipossuficientes”. 
Sendo o direito social um terceiro gênero do direito, nem público, nem privado, 
seria um ramo que abrangeria não somente o Direito do Trabalho, mas também o 
direito de previdência social, de acidentes de trabalho e de assistência social. 
Segundo Cesarino Junior9: 
“Direito social é a ciência dos princípios e leis geralmente 
imperativas, cujo objetivo imediato é, tendo em vista o bem 
comum, auxiliar as pessoas físicas, dependentes do produto de 
seu trabalho para a subsistência própria e de suas famílias, a 
satisfazerem convenientemente suas necessidades....” 
Mas essa teoria recebe muita crítica, já que o direito social 
não poderia ser atribuído apenas à um dos seus setores, pois todos os ramos do 
 
9
 CESARINO JÚNIOR, A. F. Direito Social. São Paulo: LTr, 1980, p. 48 
 
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direito possuem um caráter social, apesar de o Direito do Trabalho dar maior 
destaque ao coletivo em favor do individual. 
Além destas, existe a corrente que acredita que o direito 
trabalho seja um direito misto, pois nele existem tanto normas de direito privado 
como de direito público que não possuem uma aplicação direta, ora predomina 
uma ora predomina a outra, dependendo do caso concreto. 
Mas há uma crítica muito grande em relação a esta corrente, 
pois se o Direito do Trabalho fosse um direito misto, híbrido de privado e de 
público ele acabaria por negar a sua própria autonomia cientifica e legislativa, pois 
quebraria a homogeneidade doutrinária do Direito do Trabalho. Acredita-se que 
não é pelo fato de existirem normas tanto do direito público quanto do direito 
privado que precisa ser considerado um direito misto. 
Essa corrente acredita então que seria um direito unitário, 
homogêneo, coerente, oriundo de ramos do direito público e do direito privado, 
fazendo uma fusão entre o público e o privado. Esta teoria foi criada por Evaristo 
de Morais Filho. 
A corrente majoritária em relação à esse assunto afirma que 
o Direito do Trabalho é um ramo do direito privado, devido à origem do contrato 
de trabalho, pois é derivado do contrato de locação que advêm do direito civil, por 
sua vez um ramo do direito privado. 
Para os seguidores desta corrente, a interferência do Estado 
não é preponderante sob as vontades das partes, já que o contrato de trabalho 
surge da vontade de dois particulares que agem por interesses próprios. 
Analisando, portanto a natureza jurídica do Direito do 
Trabalho podemos concluir que o Direito do Trabalho cuida essencialmente dos 
empregados, empregadores e sindicatos, sujeitos que não possuem parcela 
alguma do poder público e que nos leva a concluir que o direito é um ramo do 
 
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18 
direito privado, pois é uma categoria que trata da relação jurídica entre 
particulares. 
1.5 RELAÇÕES DE EMPREGO E CONTRATO DE TRABALHO 
A relação de emprego é uma das modalidades específicas 
de relação de trabalho juridicamente configuradas, tem a particularidade de 
constitui-se, do ponto de vista econômico social, na modalidade de prestação de 
trabalho, desde a sua instauração no capitalismo. 
1.5.1 NATUREZA JURÍDICA DA RELAÇÃO DE EMPREGO 
A materialização da relação de emprego se dá por 
intermédio de um contrato, escritoou não, podendo ser stricto ou lato sensu. 
O contrato de trabalho strictu sensu (ou contrato de 
emprego) é o negócio jurídico através do qual uma pessoa física, que é o 
empregado, se obriga, mediante o pagamento de uma contra prestação (salário), 
a efetuar trabalho não-eventual em proveito de uma pessoa (física ou jurídica) 
que é o empregador, a quem fica juridicamente subordinado. O contrato de 
trabalho lato sensu é qualquer acordo entre duas ou mais pessoas que transfere 
algum direito ou se sujeita a alguma obrigação de prestação de serviço entre si. 
As seguintes teorias são as que buscam explicar a natureza 
jurídica da relação de emprego: 
Teorias Contratualistas Tradicionais: 
a) Teoria do Arrendamento – contrato empregatício entre as 
espécies de contratos de locação ou de arrendamento é o contrato que 
corresponde ao contrato de locação de serviços, pelo qual uma das partes 
colocaria seu trabalho à disposição de outra. 
 
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19 
b) Teoria da Compra e Venda – o contrato de trabalho teria 
natureza de compra e venda, uma vez que o empregado “venderia” sua força de 
trabalho ao empregador, por preço correspondente ao salário. 
c) Teoria do Mandato – possui caráter fiduciário entre 
empregado e empregador assimilando o contrato empregatício ao contrato de 
mandato, atuando o empregado como um mandatário de seu empregador. 
d) Teoria da Sociedade – a relação empregatícia seria 
similar a um contrato de sociedade, ainda que sui generis, devido à existência de 
um suposto interesse comum em direção à produção. 
Teorias Não-contratualistas: 
a) Teoria da relação de trabalho – parte do princípio de que 
a vontade não cumpre papel significativo e necessário na constituição e 
desenvolvimento do vínculo de trabalho subordinado. A prestação material dos 
serviços e a prática de atos de emprego no mundo físico e social é que seria a 
fonte das relações jurídicas de trabalho. A relação empregatícia seria uma 
situação jurídica objetiva, cristalizada entre trabalhador e empregador, para a 
prestação de serviços subordinados, independentemente do ato ou causa de sua 
origem e detonação. 
b) Teoria Institucionalista – a relação de emprego 
configuraria um tipo de vínculo jurídico em que as idéias de liberdade e vontade 
não cumpririam papel relevante, seja em seu surgimento, seja em sua reprodução 
ao longo do tempo. 
Teoria Contratualista Moderna: 
A natureza jurídica contratual afirma-se por ser o elemento 
de vontade essencial à configuração da relação de emprego. Trata-se de relação 
contratual específica, que tem por objeto uma obrigação de fazer prestada 
continuamente, onerosamente, de modo subordinado e em caráter de 
pessoalidade (intuitu personae). Esta é a teoria mais correta e aceita. 
 
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20 
A subordinação jurídica é o elemento característico, por 
excelência, do contrato de trabalho strictu sensu. 
Nas palavras de Maurício Godinho Delgado10: 
“a prestação de trabalho por uma pessoa física a outrem pode 
concretizar-se segundo fórmulas relativamente diversas entre si. 
Mesmo no mundo econômico ocidental dos últimos duzentos 
anos, essa prestação não se circunscreve à exclusiva fórmula da 
relação empregatícia. Assim, a prestação de trabalho pode 
emergir como uma obrigação de fazer pessoal, mas sem 
subordinação (trabalho autônomo em geral); como uma obrigação 
de fazer sem pessoalidade nem subordinação (também trabalho 
autônomo); como uma obrigação de fazer pessoal e subordinada, 
mas episódica e esporádica (trabalho eventual). Em todos esses 
casos, não se configuram relação de emprego.” 
1.5.2 NATUREZA JURÍDICA DO CONTRATO DE TRABALHO 
Sua origem histórica esta condimentada na sociedade 
romana, que possuía a atividade produtiva baseada na prestação de serviços, 
mas naquela época por intermédio do trabalho escravo. 
Conforme relata Francisco Ferreira Jorge Neto11: 
“O contrato de trabalho é originário do Direito Romano na qual 
havia três formas básicas de locação: a locatio rei, onde uma das 
partes se obrigava a conceder o uso e gozo de uma coisa, em 
troca de certas retribuições (equipara-se ao contrato de locação); 
a locatio operarum, onde uma das partes se obrigava a executar 
determinado trabalho, sob determinada remuneração (figura 
análoga à locação de serviços); e a locatio operaris faciendi, onde 
uma das partes se obriga a realizar um objetivo, sob certa 
 
10
 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2002. p. 307. 
11
 NETO, Francisco Ferreira Jorge, Manual de Direito do Trabalho. Rio de Janeiro: Lúmen Juris, 
2003. p.208. 
 
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21 
remuneração (se assemelhando ao contrato de empreitada). O 
contrato de trabalho tem como fonte remota a locatio operarum, 
sendo que, com o avanço das relações sociais, houve a 
necessidade da criação de regras para disciplinar a figura do 
trabalho subordinado, levando a constituição do Direito do 
Trabalho”. 
O Direito Romano instituiu os contratos a fim de regular as 
relações jurídicas do trabalho daqueles que não eram escravos. 
Orlando Gomes e Elton Gottschalk, também destacam as 
três modalidades romanas de locação de trabalho, porem, justificando-as: 
“Roma foi uma sociedade cuja economia se baseava no trabalho 
escravo. A atividade produtiva não se realizava por meio de 
relações entre homens livres, como acontece atualmente. O 
trabalhador era propriedade viva de outro homem, sobre cujos 
ombros recaíam os encargos de produção da riqueza”. 
Esta metodologia de produção Romana gerou grandes 
seqüelas preconceituosas ao trabalho. A real relação dos domínios sobre a 
relação de trabalho, amparado de forma jurídica, que levaram os romanos a se 
equivocar quando o trabalho escravo foi disciplinado juridicamente, já que os 
grandes e poderosos achavam o trabalho desonroso. 
O mestre, Orlando Gomes12, entende que a natureza jurídica 
do contrato de trabalho é de adesão, onde o empregado adere às normas 
impostas pelo empregador, convenções, etc. E, ainda, correlaciona os preceitos 
históricos com os modelos atuais: 
“O Direito civil moderno acolheu as formas romanas de 
constituição da relação de trabalho, consagrando a distinção entre 
 
12
 GOMES, Orlando e GOTTSCHALK, Elson, Curso de Direito do Trabalho, 17 ed. Atual. Rio de 
Janeiro, Forense 2005, p.113. 
 
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22 
a locatio operarum e a locatio operis. Entre nós a primeira chama-
se prestação de serviços e a segunda, empreitada”. 
Apesar de estas modalidades contratuais para a prestação 
de serviços estarem previstas no Direito Romano, as primeiras lições sobre a 
natureza da relação jurídica entre empregado eempregador defendiam teorias 
anticontratualistas. Jurisprudencialmente a natureza desta relação é contratual, 
mas existem algumas teorias contrárias. 
Há três teorias que disputam a natureza jurídica do contrato 
de trabalho: a contratualista, a anticontratualista, também conhecida como teoria 
da relação de emprego e, finalmente, a teoria mista. 
No contratualismo, se busca destacar o elemento vontade. A 
vontade seria imprescindível para haver o contrato de trabalho. No 
anticontratualismo, a vontade do contratado é irrelevante, prescindível. O que 
importa é a realidade apresentada. 
O Brasil adota a teoria mista que não é defendida por 
nenhum doutrinador, mas é a teoria adotada pela CLT, em seu artigo 442. 
Inclusive equipara o contrato de trabalho à relação de emprego. 
“Artigo 442. Contrato individual do trabalho é o acordo tácito ou 
expresso, correspondente à relação de emprego” 
Ao se referir a “acordo” a CLT adota a linha de pensamento 
da corrente contratualista; e, quando admite a expressão “relação de emprego”, 
adota o pensamento anticontratualista, por isso é chamada de Teoria Mista. 
1.6 O CONTRATO DE TRABALHO 
Evaristo de Moraes Filho13 o conceitua como: 
 
13
 FILHO, Evaristo de Moraes, MORAES, Antonio Carlos Flores de. Introdução ao Direito do 
Trabalho. 8. ed. rev., atual. e ampl., São Paulo: LTr, 2000, p. 266. 
 
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23 
“o acordo pelo qual uma pessoa natural se compromete a 
prestar serviços não eventuais a outra pessoa natural ou 
jurídica, em seu proveito e sob suas origens, mediante 
salário”. 
Ele viabiliza a concretização da relação de emprego que 
está tipificada nos arts. 2º e 3º da CLT, mas assumindo modalidades distintas. 
Os Contratos de Trabalho podem ser de forma expressa ou 
tácita14, conforme a manifestação de vontade de cada sujeito da relação e são os 
sujeitos da relação que também definirão se o contrato será individual ou plúrimo, 
pois o que define essa forma é o número de empregados que compõe o pólo da 
relação jurídica. Podendo ser também por tempo determinado ou indeterminado, 
conforme a duração da relação contratual. 
“Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado 
tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo 
determinado ou indeterminado”. 
Mauricio Delgado Godinho15 afirma que: 
“O contrato de trabalho é, evidentemente, ato jurídico bilateral, à 
medida que duas partes comparecem para sua celebração e 
cumprimento. Não é desse modo, seguramente, ato jurídico 
unilateral. No entanto, o ramo jus trabalhista refere-se, 
classicamente, à noção de contrato individual de trabalho, 
valendo-se, pois, de expressão aparentemente contraditória. 
 
O contrato é chamado de individual, pois há apenas um 
empregado no pólo ativo da relação jurídica formada, diferente do contrato 
plúrimo, ou contrato coletivo de trabalho, que tem mais de um empregado no pólo 
ativo da relação. 
 
14
 CLT - Decreto-Lei 5.452 de 1º de maio de 1943, http://www.planalto.gov.br/ccivil/Decreto-
Lei/Del5452.htm. Acessado em 05/10/2009 
15
 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2002. p. 307 
 
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24 
O contrato coletivo de trabalho, se refere a figura do direito 
coletivo, aonde tanto os empregadores quanto os empregados pactuam sobre as 
cláusulas assecuratórias de direitos e obrigações entre si e fixam quais as normas 
jurídicas autônomas que serão aplicadas à base econômico-social. 
No tocante a expressão correta, contrato de trabalho ou 
contrato de emprego, Sergio Martins16 nos fala: 
“O termo mais correto a ser utilizado deveria ser contrato de 
emprego ou relação de emprego, porque não trataremos da 
relação que qualquer trabalhador, mas do pacto entre o 
trabalhador e o empregado, do trabalho subordinado. 
Amauri Mascaro Nascimento17 é claro ao expressar: 
“É preciso advertir que não há uniformidade na denominação que 
autores dão ao vínculo jurídico que tem como partes, de um lado o 
empregado, e, de outro lado, o empregador. Nem mesmo a nossa 
se definiu, nela sendo encontrada tanto a expressão contrato 
individual de trabalho como relação de emprego”. 
Já Carmem Camino18 entende por contrato de trabalho: 
“Relação jurídica de caráter consensual, intuitu personae em 
relação ao empregado, sinalagmático, cumutativo, de trato 
sucessível e oneroso pelo qual o empregado obriga-se a prestar 
trabalho pessoal, não eventual e subordinado ao empregador o 
qual, suportando os riscos de empreendimento econômico, 
comanda a prestação pessoal de trabalho, contraprestando-a 
através de salário. 
 
 
16
 MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 8 ed. São Paulo: Atlas, 1999. p. 86 
17
 NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 
1997, p. 151. 
18
 CAMINO, Carmen. Direito Individual do Trabalho. 4 ed. Porto Alegre: Síntese, 2004. p. 257. 
 
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25 
Podemos dizer, no entanto, que o contrato de trabalho é um 
contrato de realidade, pois o que o irá defini-lo é os fatos da relação jurídica em 
relação a sua existência e não a nomenclatura que terá. 
 
A relação jurídica a qual é baseada o contrato de trabalho é 
uma relação social que vincula empregado e empregador, sujeito ativo que é 
beneficiário principal da relação e o sujeito passivo que é o devedor da prestação. 
Sustenta Amauri Mascaro Nascimento19 que, “o vínculo 
entre empregado e empregador é, em primeiro lugar, uma relação jurídica, porque 
é efetivamente uma relação social, das mais importantes, regida pela norma 
jurídica, ligando dois sujeitos, o empregado e o empregador”. 
1.7 SUJEITOS DO CONTRATO DO TRABALHO 
1.7.1 EMPREGADOR 
Em se tratando da relação contratual há o outro sujeito desta 
relação, o Empregador, o qual os doutrinadores assim caracterizam: 
Orlando Gomes e Élson Gottschalk20: 
“Devedor da contraprestação salarial e outras acessórias, credor 
da prestação de trabalho e de sua utilidade, é ele a figura central 
da empresa, no seu dinamismo econômica, social e disciplinar”. 
Existem várias definições doutrinárias e legais sobre 
empregador, mas não são muito úteis uma vez que, o seu conceito é bastante 
 
19
 NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 22. ed. São Paulo: Saraiva, 
2007, p. 605. 
20
 GOMES, Orlando e GOTTSCHALK, Elson, Curso de Direito do Trabalho, 17 ed. Atual. Rio de 
Janeiro, Forense 2005, p.101. 
 
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26 
complexo, mesmo assim Amauri Mascaro Nascimento21 preceitua conceituar 
empregador: 
“Será empregadortodo ente para quem uma pessoa física prestar 
serviços continuados, subordinados e assalariados. É por meio da 
figura empregado que se chegará à do empregador, 
independentemente da estrutura jurídica que tiver.” 
Já Evaristo de Moraes Filho é mais sucinto em sua 
definição: [...] “Empregador é a pessoa natural ou jurídica que utiliza serviços de 
outrem em virtude de um contrato de trabalho [...] 
Para finalizar, segundo a CLT22 em seu art. 2º: 
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou 
coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, 
admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. 
1.7.2 EMPREGADO 
Trata-se de um dos sujeitos da relação jurídica contratual, 
que deve ter seu conceito estudado e compreendido. Conforme afirma Orlando 
Gomes23: 
“O conceito de empregado é de suma importância no Direito do 
Trabalho, porque ele é o destinatário das normas protetoras que 
constituem este Direito. 
O mesmo doutrinador conceitua empregado como sendo 
“toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador 
sob a dependência deste e mediante salário”. 
 
21
 NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 22. ed. São Paulo: Saraiva, 
2007, p. 671. 
22
 CLT - Decreto-Lei 5.452 de 1º de maio de 1943, http://www.planalto.gov.br/ccivil/Decreto-
Lei/Del5452.htm. Acessado em 05/10/2009 
23
 GOMES, Orlando e GOTTSCHALK, Elson, Curso de Direito do Trabalho, 17 ed. Atual. Rio de 
Janeiro, Forense 2005, p.79. 
 
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27 
E Sergio Pinto Martins24 define empregado como “a pessoa 
física que presta serviços de natureza continua a empregador, sob subordinação 
deste e mediante pagamento de salário”. 
Amauri Mascaro Nascimento25 define: “Empregado é a 
pessoa física que com ânimo de emprego trabalha subordinadamente e de modo 
não-eventual para outrem, de quem recebe salário”. 
Por fim, Délio Maranhão e Luiz Barbosa Carvalho26 falam a 
respeito de empregado: 
“Um dos sujeitos do contrato individual de trabalho – o empregado 
– há de ser, necessariamente, pessoa física. A principal obrigação 
assumida pelo empregado por força do contrato – a de prestar 
trabalho - é de natureza pessoal”. 
Desta forma, é assim, que a maioria dos doutrinadores 
define o conceito de empregado, de uma maneira mais uniforme, utilizando-se 
tanto da expressão “empregado” como “trabalhador”, onde se sabe que 
trabalhador é um gênero e empregado é uma espécie. 
A figura do empregado também esta elencada no art. 3º da 
CLT27 e através dos requisitos necessários para a caracterização da relação 
contratual será caracterizado como tal: 
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar 
serviços de natureza não eventual a empregador, sob a 
dependência deste e mediante salário. 
 
24
 MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 13 ed. rev. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2001, 
p.129. 
25
 NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 22. ed. São Paulo: Saraiva, 
2007, p. 644. 
26
 MARANHÃO, Délio, CARVALHO, Luiz Inácio Barbosa. Direito do Trabalho. 17 ed. rev. e atual. 
Editora Fundação Getulio Vargas, Rio de Janeiro, 1993. p. 62. 
27
 CLT - Decreto-Lei 5.452 de 1º de maio de 1943, http://www.planalto.gov.br/ccivil/Decreto-
Lei/Del5452.htm. Acessado em 05/10/2009 
 
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28 
Existem atualmente, várias modalidades de empregados e 
de empregadores, em uma relação direta ou de forma intermediária, que é o caso 
da Terceirização dos serviços. Que possui a característica de realizar as 
atividades acessórias de uma empresa. .
 
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CAPÍTULO 2 
A TERCEIRIZAÇÃO 
2.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA TERCEIRIZAÇÃO 
Segundo Mauricio Godinho Delgado28: 
“A expressão Terceirização resulta de neologismo oriundo da 
palavra terceiro, compreendido como intermediário, interveniente. 
Não se trata seguramente, de terceiro, no sentido jurídico, como 
aquele que é estranho a certa relação jurídica entre duas ou mais 
partes. O neologismo foi construído pela área de administração de 
empresas, fora da cultura do Direito, visando enfatizar a 
descentralização empresarial de atividades para outrem, um 
terceiro à empresa. 
A Terceirização, como técnica administrativa, teria sido 
criada nos Estados Unidos durante a II Guerra Mundial, como forma encontrada 
pela indústria de atender à grande demanda de material bélico, no entanto as 
raízes da Terceirização estão bem mais profundas na história. 
Anteriormente à II Guerra Mundial, já existiam atividades 
prestadas por terceiros, porem não se enquadram no conceito de Terceirização, 
visto que somente a partir da grande guerra é que se percebeu que a 
Terceirização interferia na sociedade e na economia, através do Direito Social.29 
 
28
 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2002. p. 417 
29
 CASTRO, Rubens Ferreira. A Terceirização no Direito do Trabalho. São Paulo: Malheiros, 
2000, p. 75. 
 
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30 
A Revolução Industrial não foi apenas um marco histórico 
para a sua época, mas foi muito importante na evolução material e cultural da 
humanidade, refletindo, ainda nos dias atuais. 
Com o surgimento da Revolução Industrial surgiram as 
normas trabalhistas e os movimentos sindicais, como resposta a exploração do 
ser humano, onde o trabalho passou a ser tratado cientificamente. A diferença 
social e a condição especial de pessoa humana não eram consideradas, tanto 
que nesta fase da história houve a exploração da mão-de-obra infantil em 
atividades absolutamente perigosas, como, por exemplo, a limpeza de chaminés 
das fábricas. 
Com os avanços alcançados pelo sistema produtivo do 
capitalismo moderno, houve algumas conseqüências desagradáveis à ordem 
social. 
Se analisarmos os ensinamentos de Amauri Mascaro 
Nascimento30, nos depararemos com a realidade do progresso do maquinismo 
que acompanhava o desenvolvimento da concentração onde o emprego da 
maquina, que era generalizado, acabou gerando problemas até então 
desconhecidos, principalmente os riscos de acidentes, a prevenção e a reparação 
destes acidentes constituíam parte importante nas regulamentações trabalhistas. 
E foi em meio a esta transformação mundial que surgiu a 
Terceirização31, nascendo a partir do momento em que o desemprego começou a 
crescer em diversos países, como uma tentativa de amenizar a crise, 
possibilitando aos ex-empregados a prestação de serviços. 
 
30
 NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 22. ed. São Paulo: Saraiva, 
2007, p.286. 
31
 Terceirização deriva do latim tertius, que seria o estranho a uma relação entre duas pessoas. 
Terceiro é o intermediário, o interveniente. No caso, a relação entre duas pessoas poderia ser 
entendida como a realizada entre o terceirizante e o seu cliente sendo que o terceirizado ficaria 
fora dessa relação, daí, portanto, ser terceiro. A Terceirização, entretanto, não fica restrita a 
serviços, podendo ser feita também em relação a bens ou produtos. (MARTINS, Sergio Pinto. A 
Terceirização e o Direito do Trabalho. 6. ed. rev. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2003. p. 19). 
 
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31 
No Brasil a Terceirização chegou por volta de 1950, mas 
ainda é considerado um fenômeno relativamente novo, e teria sido introduzida 
pelas multinacionais automobilísticas que tinham o pensamento de dedicar-se 
apenas a sua atividade-fim. Precisamente, todas as peças de um carro, são 
fabricadas por outras empresas e a empresa principal apenas realiza a montagem 
do veículo. 
A época da elaboração da Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT), na década de 1940, a Terceirização não constituía fenômeno 
com a abrangência assumida nos dias atuais, por esta razão a CLT fez a menção 
apenas de duas normas regulamentadoras de subcontratação de mão-de-obra: a 
empreitada e subempreitada (artigo 455 da CLT), incluindo também assim a figura 
da pequena empreitada (artigo 652, “a”, III da CLT). 
Apesar da legislação civil já regulamentar a empreitada e a 
prestação de serviços no Código Civil Brasileiro de 2002, não desapontaram 
outras alusões de destaque à Terceirização em textos legais trabalhistas nas 
primeiras décadas da evolução do ramo jus trabalhista no Brasil. Sobre a falta de 
norma regulamentadora, explica Maurício Godinho Delgado em sua obra “Curso 
de Direito do Trabalho”32: 
“Isto ocorre pela circunstancia de o fato social da Terceirização 
não ter tido, efetivamente, grande significado socioeconômico nos 
impulsos de industrialização experimentados pelo país nas 
distintas décadas que se seguiram à acentuação industrializante 
iniciada nos anos de 1930/40.” 
A Terceirização instalou-se em nossa legislação sobre a 
forma do trabalho temporário. Trazendo consigo as rudimentares concepções dos 
serviços prestados por terceiros, nas chamadas atividade-meio das empresas 
tomadoras de serviços, sendo estes serviços nas áreas de limpeza e segurança 
regulamentados pelas leis 6.019/74 e 7.102/83, respectivamente. 
 
32
 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 4 ed. São Paulo: LTr, 2005, p. 
429. 
 
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32 
Ao longo dos anos, o segmento privado da economia 
nacional passou a incorporar, crescentemente, práticas de Terceirização da força 
de trabalho. Na jurisprudência trabalhista muito se tem falado sobre este tema, 
principalmente nos anos 80 e 90, nesse contexto o Tribunal Superior do Trabalho 
editou duas súmulas para uniformização da jurisprudência, súmula 25633 de 1986 
e a súmula 33134 de 1993, sendo esta última uma revisão da anterior. Tem-se 
hoje a clara idéia de que o processo de Terceirização tem produzido 
transformações inquestionáveis no mercado de trabalho e na ordem jurídica 
trabalhista do país. 
2.2. CONCEITO DE TERCEIRIZAÇÃO 
O estudo da Terceirização, enquanto fenômeno jurídico tem 
especial dificuldade por não existir alguma conceituação legal, razão pela qual 
será investigada com base numa análise histórica, ontológica e também empírica 
dos dados reais e concretos existentes nas relações jurídicas, sociais e 
econômicas atinentes ao tema. 
A Terceirização não esta definida em lei e não possui uma 
norma jurídica que a regulamente, até o momento. A palavra “Terceirização” é 
 
33
 Súmula 256 de 1986: CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE 
(cancelada) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
 “Salvo os casos de trabalho temporário e de serviço de vigilância, previstos nas Leis nº 6.019, de 
03.01.1974, e 7.102, de 20.06.1983, é ilegal a contratação de trabalhadores por empresa 
interposta, formando-se o vínculo empregatício diretamente com o tomador dos serviços.” 
34
 Súmula 331 de 1993: CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (mantida) - 
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo 
diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 
03.01.1974). 
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não Ge-ra vínculo de 
emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou 
fundacional (art. 37, II, da CF/1988). 
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 
7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados 
ligados a atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação 
direta. 
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a 
responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive 
quanto aos órgãos da administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das empresas 
públicas e das sociedades de economia mista, desde que hajam participado da relação processual 
e constem também do título executivo judicial (art. 71 da Lei nº 8.666, de 21.06.1993). 
 
 
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33 
oriunda da Ciência da Administração e foi adotada sem ajuste científico pelo 
Direito. A expressão deriva da palavra “terceiro”, que para o interesse da 
Administração corresponde à delegação de execução de atividades acessórias a 
terceiros. 
Entretanto, sob o prisma jurídico a expressão não é 
adequada, pois por terceiro dever-se-ia entender alguém estranho à relação 
jurídica, o que não se aplica, pois o “terceiro” que executa as atividades 
acessórias não é elemento estranho a relação jurídica. Todavia, dado o largo 
emprego do vocábulo “Terceirização” no cotidiano prático é forçoso aceitá-lo e 
utilizá-lo com as ressalvas necessárias. 
Na Terceirização há uma relação jurídica que envolve os 
interesses de três partes. A parte que contrata os serviços de uma empresa 
especializada em determinado serviço, a chamada de tomadora e a empresa 
especializada nestes serviços, a chamada prestadora de serviços e o empregado 
contratado para realizar esta atividade. 
Sendo a Terceirização um fenômeno que tem berço na 
Ciência da Administração, não se pode abstrair uma definição autentica sem 
buscá-la na sua fonte primeira, ou seja, na Administração. Entretanto, interessa 
primordialmente os aspectos jurídicos desse fenômeno, por isso à referencia às 
definições atribuídas pelos juristas são também imprescindíveis para o presente 
estudo. 
Mesmo sem possuir a Terceirização um conceito jurídico, 
Sergio Pinto Martins35 a define desta forma: 
“Consiste a Terceirização na possibilidade de contratar terceiro 
para a realização de atividades

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