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DIREITO TRIBUTÁRIO resumo

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DIREITO TRIBUTÁRIO
Aula 1.1 – Professora
CONCEITO DE TRIBUTO
Art. 3º do CTN: é toda prestação pecuniária, compulsória, em moeda ou cujo valor possa se exprimir, que não constitua sansão de ato ilícito, que seja prevista em lei, cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada a Lei.
Prestação: porque se paga alguém.
Pecuniária: paga em dinheiro.
Compulsória: nós somos obrigados a pagar.
Que não constitua sanção por ato ilícito: porque o tributo é justamente porque está de acordo com a lei.
Proveniente de Lei: vai seguir exatamente o que está previsto em Lei.
Fato Gerador: é aquela situação eleita pelo Legislador para sofrer a incidência pecuniária.
O fato gerador tem que ser lícito, logo, um fato ilícito não pode ser fato gerador. Todavia, os frutos de um ato ilícito pode ser fato gerador.
Exemplo: a pessoa que paga imposto de renda, vai pagar baseado na sua renda, mesmo que ela provenha do tráfico de drogas, que é algo ilícito.
Pecunia on let – o dinheiro não tem cheiro.
Princípio da Isonomia: tratamento igual para as pessoas iguais e tratamento desigual para as pessoas desiguais.
Princípio da capacidade contributiva: a contribuição tem que se auferir baseada na capacidade econômica.
Espécies Tributárias
Imposto – está no CTN
Taxa – está no CTN
Contribuição de Melhoria – está no CTN
Contribuição – está previsto na CF
Empréstimo Compulsório – está previsto na CF
Competência Tributária
Conceito: é a outorga de poder conferida pela Constituição Federal aos entes federativos – União, Estados, DF e Municípios – para que eles criem e majorarem os tributos.
A CF não cria tributos, mas dá o poder para os entes federativos criarem, majorarem, diminuírem e excluírem tributos.
Competência para Legislar sobre Direito Tributário
Essa competência diz respeito a criação de normas para estabelecer as relações júri-tributárias oriundas dos tributos criados pelas entidades federativas.
É uma competência concorrente entre União, Estados e DF, porém, compete a União legislar sobre as normas gerais, e aos Estados e DF apenas suplementar naquilo que for preciso. Mas quando a União deixar de tratar de determinado assunto na norma geral, os Estados e DF terão competência plena para legislar sobre tal tema que é de competência da União.
Exemplo: o IPVA é de competência da União, mas esta não legislou sobre, o que acabou fazendo com que o estados e DF legislassem sobre, fazendo com que exista um IPVA sobre cada estado. Todavia, a União pode legislar sobre IPVA, e quando assim fizer, haverá a suspensão da eficácia das normas dos estados e DF sobre o assunto.
Características da Competência Tributária
Indelegável: é intransferível.
Facultatividade: não há obrigação de criar o tributo. Cria se quiser.
Todavia, se o ente não criar os tributos dos quais ele é obrigado, ele não poderá receber os repasses voluntários.
Incaducável: o ente não vai perder o direito de criar o tributo, pelo fato de ainda não ter o criado.
Inalterabilidade: a competência tributária é inalterável por lei infraconstitucional, mas por emenda constitucional ela pode ser alterada. Exemplo: se a lei diz que um tributo é criado pela União, uma lei infraconstitucional não pode alterar dizendo que a partir de agora ela será criada pelo município.
Irrenunciável: significa dizer que o ente federativo é obrigado a aceitar que ele é o responsável por criar o tributo.
Impostos de Competência das Entidades Federativas
União (PERITO)
IPI
IE
IR
II
IRT
IGF
Imposto residual
IEG
Estados
IPVA
ICMS
ITCMD
DF
IPVA
ICMS
ITCMD
Gratuito
Imóvel e móvel
ISS
IPTU
ITBI
Município
ISS
ITPU
ITBI
Oneroso
Imóvel
Outras Espécies de Tributos
União
Taxa
CM
CS prev servidor público
CS/CIDE/
Contribuição int cat prof econ
Empréstimo Compulsório
Estados
Taxa
CM
CS prev servidor público
Distrito Federal
Taxa
CM
CS prev servidor público
COSIP
Municípios
Taxa
CM
CS prev servidor público
COSIP
Capacidade Ativa Tributária
Consiste nos poderes de arrecadar tributos, fiscalizar e executar leis e decisões.
Esses poderes podem ser delegados para outras pessoas jurídicas de direito público.
Quando a União passa para os municípios a capacidade de fiscalizar e arrecadar tributos, passará também as garantias e privilégios processuais que aquele tributo lhe dá.
A atribuição da capacidade tributária pode ser revogada de forma unilateral.
Uma pessoa de direito privado pode arrecadar tributos. Exemplo: o empregador que recebe do empregado o tributo pra União.
Criação e Majoração dos Tributos
Via de regra por meio de Lei Ordinária.
Exceção, por Lei Complementar (CEGI)
Contribuição Social Residual
Empréstimo Compulsório
IGF
Imposto Residual
Medida Provisória pode criar tributo?
Pode, mas apenas Impostos.
No entanto, tem que observar dois requisitos:
Tem que ser imposto criado por Lei Ordinária.
A medida provisória tem que ser convertida em Lei até o final do ano em que ela foi editada. Caso ela seja convertida somente após o ano em que ela foi editada, ela só irá entrar em vigor no outro ano, e não no ano posterior a sua criação.
Exceção: IEF, II, IE, IOF e IPI, não precisam ser convertidos de Medida Provisória em Lei.
LIMITES DO PODER DE TRIBUTAR
Limites Gerais: CF e ACDT.
Limites Específicos: arts. 145, §1º, CF e Arts. 150 a 152, CF – Princípios e Imunidades Tributárias.
PRINCÍPIOS (LUCIIANA)
Legalidade: a criação ou majoração do tributo depende de Lei.
Princípio do Paralelismo: diz que, se é por lei que se cria, será por meio de lei que se fará alterações.
Somente a Lei pode estabelecer:
Instituição de tributos, ou a sua extinção.
Majoração de tributos, ou sua redução.
A definição do fato gerador da obrigação tributária principal.
Fixar alíquota e base de cálculo do tributo.
Penalidades é multa em direito tributário.
Exclusão, suspensão e extinção do crédito tributário.
A correção monetária pode ser feita por meio de decreto. Logo não há desrespeito do princípio da legalidade.
Art. 153, §1º da CF: o Poder Executivo poderá alterar alíquotas (para mais ou menos) de 4 tributos, que são os reguladores de mercado: 1) II; 2) IE; 3) IOF; e 4) IPI.
Art. 177, §4º, I, b, CF: o Poder Executivo poderá reduzir ou reestabelecer a CIDE combustível.
Art. 155, §4º, IV, C, CF: o Poder Executivo poderá reduzir ou reestabelecer 
Uniformidade Geográfica
É vedado a União estabelecer um tratamento diferenciado entre os demais entes federativos, salvo se houver concessão de incentivo fiscal. Isso significa que a União não pode cobrar um IPTU de 5% aqui nos estados nordeste e 10% nos estados da região sul.
Capacidade Contributiva
Sempre que possível os impostos devem respeitar a capacidade econômica do contribuinte.
Princípio da Isonomia e Princípio da Justiça.
É aplicado aos impostos, conforme a CF.
Na jurisprudência diz que qualquer tributo irá ser aplicado a capacidade contributivo.
Princípio da Progressividade: quanto maior for a base de cálculo, maior será a alíquota.
A maioria dos tributos são proporcionais.
Irretroatividade
A lei tributária ela só vale daqui pra frente, não podendo atingir o passado.
Exceção:
As Leis que forem expressamente interpretativa, desde que não culmine penalidade, poderá retroagir. Lei expressamente interpretativa é aquela que determina o alcance de uma lei anterior. 
A lei poderá retroagir quando se tratar de um ato ainda não definitivamente julgado e vier uma lei que exclui infrações ou reduzir penalidades (multa).
Quando se trata de lançamento tributária, a lei que cria novos métodos de fiscalizar ou arrecadar, poderão ser aplicadas a casos passados. 
Isonomia
Tratar os iguais como iguais e os desiguais como desiguais.
É vedado o tratamento por causa de cargos, etc.
Anterioridade do Exercício
Visa preparar o contribuinte. Um tributo criado ou majorado só poderá ser aplicado no próximo exercício.
Exceção: tributos em decorrência de guerra e os reguladores de mercados.
Empréstimo Compulsório
Guerra / Calamidade Pública
Não é válido: investimentopúblico de caráter urgente e de relevância nacional.
Reguladores de Mercados
II, IE, IOF.
Não-Confisco
Os tributos não poderão ter efeito confiscatório. Ou seja, ele não pode ser absurdamente caro.
Multas tributárias também segue o princípio do não-confisco.
Anterioridade Nonagesimal
Visa preparar o contribuinte.
O tributo só terá aplicação depois de transcorrido 90 dias da sua criação.
Exceção: tributos em decorrência de guerra.
IPI: tem que esperar 90 dias, mas não precisa ser na outra atividade do exercício.
Exceção: imposto de renda e base de cálculo.
Outros Princípios
Princípio da Vedação Heteronoma
Isenção: é quando a lei diz que eu não preciso pagar o tributo. Só pode isentar, quem pode tributar. Ou seja, os entes federativos são quem dão uma isenção e só podem isentar sobre seus tributos.
Exceção: a União, por meio de lei complementar, é autorizada a conceder isenção do ISS – serviço exterior. Este tributo é de competência do município.
Os tratados internacionais podem trazer isenção de tributos estaduais, distritais e municipais.
Princípio da Liberdade de Tráfico
É vedado aos entes federativos estabelecer tributos que possam inviabilizar o direito de ir e vir das pessoas.
Exceto: pedágio, quando a estrada é mantida pelo ente federativo.
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
Conceito:
É quando a Constituição diz para não pagar o tributo.
É um limite no poder de tributar.
É uma incompetência tributária dos entes federativos.
Qual a diferença entre Imunidade e Isenção
	IMUNIDADE
	ISENÇÃO
	Constituição Federal
	Lei
	Irrevogável
	Revogável a qualquer instante – exceto: prazo certo e certas condições.
	Todos os métodos de interpretação
	Método literal
Imunidade Específica e Imunidade Genérica
Imunidade Específica: diz respeito a um determinado tributo específico.
Exemplo: a CF diz que não vai pagar o tributo de ICMS quando ele se dirige ao exterior.
Imunidade Genérica: só vale para os impostos. Ou seja, quem tem imunidade genérica só não vai pagar impostos. Logo, vai ter que pagar todos as outras espécies tributárias.
Bisu: SORTE
Subjetiva
É uma imunidade de sujeitos.
São voltadas para 4 pessoas:
Entidades de Assistência sem fins lucrativos.
Entidades de Assistência Sem fins lucrativos.
Partidos políticos e suas fundações.
Sindicato dos trabalhadores.
Requisitos:
Não pode distribuir lucros
Não podem encaminhar valores pro exterior.
Devem manter seus livros contábeis em dia.
Requisito extra para os Partidos Políticos e suas fundações
Deveram estar devidamente registrados no TSE
Não podem atentar contra costumes e principios do nosso ordenamento jurídico.
Súmula 730: as empresas fechadas de previdência privada que não tenham participação dos seus beneficiários estarão imunes em decorrência do art. 130.
Empresa de Previdência Privada: geralmente a previdência privada é formada pela contribuição do empregado e do empregador. Neste caso não haverá imunidade tributária, mas, aquela que receber só do empregador, ou seja, deixando de fora, o beneficiário, haverá imunidade tributária, pois ela irá funcionar como se fosse uma entidade social sem fins lucrativos.
Entidades de Assistência Social sem fins lucrativos
Possui imunidade de impostos, mas, em razão de outro dispositivo, elas possuem imunidade de contribuição social.
Objetiva
Quem goza desta imunidade são os objetos.
São 4 objetos:
Livros
Jornais
Periódicos
Papéis destinados a sua impressão.
Todos os livros que possuem informações originais, intelectuais, etc. terão esta imunidade.
Os livros eletrônicos tem imunidade também.
As apostilas também gozam de imunidade.
Album de figurinhas também possuem imunidade, pois foi feito pedagogicamente para as crianças.
Os periódicos que apresentem opiniões de pensamentos terão imunidade. Todavia, os catálogos não terão imunidade tributária. Exceto: a lista telefônica.
Jornais terão imunidades que possuem transmissão de pensamentos, exceto aqueles que são só propaganda.
Insumos: só for papel ou semelhante ao papel.
Recíproca
Veda os entes federativos cobrar impostos um dos outros, com relação a renda (IR), patrimônio (IPTU, ITR, IPUA, ITBI e ITCMD) e serviços (ISS).
Exemplo: os municípios não podem cobrar IPTU da União. Todavia, vai ter que pagar as demais espécies tributárias.
As Autarquias e Fundações Públicas
Requisitos:
Cumprir suas finalidades essenciais.
Ser instituídas e mantidas pelo Poder Público.
Não cobrar Preço e nem tarifa.
Não entrar na concorrência privada.
Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.
Segundo a CF elas não gozam de imunidade.
Mas o STF tem reconhecido quando elas prestam serviço público de caráter obrigatório em forma de monopólio.
TEmplos de QQR Culto
Ela visa tutelar a liberdade religiosa. Ou seja, tudo o que estiver ligado a instituições religiosas e cumprir sua finalidade, terá imune de impostos.
Os bens da igreja, como carro, propriedades, não pagam impostos, mesmo que eles estejam alugados.
Se Marçonaria tem imunidade? Não tem imunidade tributária.
CDs e DVDs de artistas nacionais
Visando combater a pirataria, estas mídias terão imunidade para impostos.
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
Empréstimo Compulsório
Art. 1
Quem tem o Poder para criar o Empréstimo Compulsório: somente a União.
Pode ser criada por Lei Complementar.
Será criado para: 1) guerra externar; 2) casos de calamidade pública; 3) investimento público de caráter urgente e relevância nacional.
No caso guerra externa e casos de calamidade pública, não será necessário respeitar o princípio da anterioridade e o nonagesimal. Já no caso de investimento público seguirá a regra normal.
Contribuição de Melhoria
Arts. 145, III, CF; 
Que tem o Poder para criar a Contribuição de Melhoria: todos os entes federativos.
Será criada por Lei Ordinária.
Será criada nos casos de: 1) obra pública e que decorra em valorização mobiliária.
Exemplo: Asfalto.
A contribuição de melhoria quando criada tem que respeitar dois limites:
Limite Global (tatal): quanto foi gasto na obra.
Limite Individual: quanto valorizou para cada contribuinte.
Exemplo: pega o valor total e divide pelo numero de pessoas que se beneficiaram. Logo, o valor do tributo de melhoria tem que ser baseado neste valor.
Taxas
Base legal: art. 145, II, CF; Art 77 a 80 da CTN.
Quem pode criar taxa? Todos os entes federativos.
Pode ser criada por Lei Ordinária.
Quando pode ser criada? Em duas circunstancias:
Em razão do exercício do poder de polícia: toda vez que o contribuinte tiver que buscar a autorização de uma autoridade administrativa é porque ele tem que buscar a razão do poder de polícia.
Exemplo: uma pessoa que quer abrir um negócio em determinada lugar, tem que buscar a autoridade administrativa para poder colocar o negócio para funcionar. Exemplos: Taxa de alvará, TCFA, taxa de fiscalização de funcionamento e localização de estabelecimentos comerciais, a taxa de fiscalização de anúncios.
Utilização efetiva ou potencial de um serviço publico especifico e divisível.
Para que seja cobrada esta taxa, temos que estar frente a um serviço público especifico e divisível.
Serviço Público Específico: é aquele que você olha pra ele sabe que é um serviço público especefico.
Divísivel: é quando é possível mensurar quanto cada contribuinte poderá utilizar daquele serviço.
Taxa de Coleta de Lixo Individual: é caso constitucional.
Limpeza de rua e logradouro não pode ser cobrado taxas.
Segurança pública também não pode ser remunerada por taxa.
Custas Judiciais e elumentos cartorais: também são taxas de serviço público e indivisível.
Não importa se você está utilizando ou não o serviço, tem que pagar.
Utilização efetiva ou potencial.
Art. 145, §2º da CF: as taxas não podem ter base de calcula indentica ao de imposto.
Nem pode ser calculado de acordo com o capital (receita) da empresa.
Súmula Vinculante 29: as taxas podem ter um ou mais elementos da base de cálculo dos impostos, desde que não haja identidade integral dos impostos.
CONTRIBUIÇÕES
Contribuições SociasContribuições de Internveção no Domínio Econômico
Contribuições de Interesse de Categoria Profissional ou Economica
Contribuição para o Custeio de Iluminação Pública / COSIP / CIP
Contribuições Sociais
Art. 149, CF e Art. 195, CF
Quem pode criar? Em via de regra, a União.
Exceção: A Contribuição Social Previdenciária do Servidor Público será criada pelo ente competente. Exemplo: servidor público municipal, o município será o competente para criar a contribuição.
Será criada por Lei Ordinária.
Exceção: Contribuição Social Residual – ela é um resíduo da CF, não está presente na CF. Por este motivo, ela precisa de um quórum de aprovação maior, por este motivo, ela é criada por Lei Complementar.
Requisitos: 1) Criada pela União; 2) Criada por Lei Complementar; 3) Não cumulativa; 4) Fato Gerador e Base de Cálculo diferente das previstas na CF.
Será criada para sustentar a Seguridade Social.
Art. 149, §2º, I, CF: não incidem sobre receitas exportação. Mas incide nas importações.
Alíquotas
Ad valorem: ela irá variar de acordo com a receita, faturamento de uma pessoa jurídica. Por isso elas podem estar apresentadas em porcentagem.
Específicas: ela se baseia numa unidade de medida adotada. Exemplo: ter que pagar 5 reais por litro de gasolina.
Contribuição no Dominio Economico
Art. 149 da CF.
Quem pode criar? Somente a União.
Pode ser criada por Lei Ordinária.
Pode ser criada para intervir no domínio economico.
Elas coincidem em muitas caracterisicas das contribuições sociais.
Não incidirá as receitas de exportação, mas sim nas de importação.
Espécies
CIDE Combustível: é única que tem previsão constitucionalmente.
Possuem duas características
O Poder Executivo pode reduzir ou restabelecer suas alíquotas, por meio de Decreto.
No caso que houver esta redução ou restabelecimento, só precisará respeitar 90 dias, e não um ano inteiro.
Contribuição de Interesse e Categoria Profisisonal ou Economica
Previsão Legal: Art. 149, CF
Só pode ser instituita pela União
Através de Lei Ordinário
Será criada para o interesse de categoria de profissional.
São os casos dos CRs.
Médico, Dentista, etc.
Contribuição para o Custeio de Iluminação Pública – CIP
Previsão Legal: 149-A, CF
Quem pode criar? Apenas os Municipios e DF
Pode ser criada por Lei Ordinária.
Será criada para custear o serviço de iluminação pública.
Em razão do parágrafo único, esta contribuição poderá ser cobrada juntamente com a fatura de energia elétrica.
IMPOSTOS
Critério Material: é o fato gerador. Aquela situação eleita pelo legislador cabível de incidência tributária. Sempre estará na forma de verbo + complemento.
Critério Temporal: é o tempo eleito pelo Legislador em que ele considerar para ocorrer o fato gerador. Exemplo: 01/01 de cada ano.
Critério Espacial: é local eleito pelo Legislador para ser considerado como local do fato gerador. Exemplo: o estado em que estiver licenciado o veículo.
Critério Quantitativo: quanto terá que ser pago de imposto: base de cálculo + alíquota.
Critério Pessoal: os sujeitos da relação tributária: sujeito ativo (pagar o tributo) e sujeito passivo (receber o tributo).
IMPOSTOS MUNICIPAIS E DF
IPTU
ITBI
ISS
IPTU
Critério Material
Art. 156, I, CF: vai ter que pagar IPTU quem é proprietário de imóvel urbano.
Art. 32, CTN: vai dizer que pega IPTU quem é proprietário ou possuidor ou detentor de domínio útil do imóvel urbano.
Proprietário é todo aquele que exerce todos os poderes de gozar, usar, reaver e dispor do bem.
Já o possuidor é deter apenas um desses bens.
Então, porque o CTN ampliou o leque? É porque o CTN é de 1966, época da CF antiga. Desta forma, o que prevalece é a CF/88. Todavia, a CF recepcionou o texto da CTN, e disse que o possuidor de domínio útil que tiver animus domini, esse terá que pagar o IPTU.
Exemplo: promitente comprador de um imóvel tem que pagar o IPTU.
Urbano: a regra é pela localização, se for dentro da zona urbana é IPTU, se for na zona rural, é ITR.
Art. 32, §4º da CTN: a Lei Municipal vai dizer o que é zona urbana.
Tem que obter 2 melhoramentos:
Meio fio ou calçamento com canalização de água.
Abastecimento de água.
Sistema de esgotos.
Iluminação Pública.
Escola Primária ou Posto de Saúde a 3 km do imóvel.
Exceção: se tiver um imóvel dentro da zona urbana e que tenha destinação econômica rural, ele tem que recolher o ITR.
Critério Temoral: a legislação municipal tem determinado que é no dia primeiro de cada ano.
Critério Espacial: é no município que estiver localizado ou situado o imóvel.
Critério Pessoal: sujeito ativo coincide com o critério espacial, que é o município do imóvel, e o sujeito passivo é o proprietário do imóvel, ou possuidor detentor de domínio útil, desde que tenha animus dominus.
Critério Quantitativo: corresponde ao valor venal do imóvel (valor de mercado) + alíquota (determinado por cada municipal).
As alíquotas são progressivas em razão do tempo e da função social do imóvel.
Art. 156, §1º, II. CF: vai dizer que as alíquotas do IPTU podem ser diferenciadas em razão da localização e uso do imóvel.
Dependendo do uso que eu fizer do imóvel fará com a alíquota seja diferente. Se for pra uso residencial ou comercial, por exemplo.
Se for num bairro nobre ou se for num bairro normal.
ITBI
Previsão no art. 156, CF
Critério Material: incidirá em:
1º transmissão de bens imóveis por título oneroso. Exemplo: compra e venda de uma casa.
2º transmissão a título oneroso dos direitos reais sobre bens imóveis, exceto os de garantia.
3º cessão de direitos a sua aquisição. Exeção: dação de bens imóveis e arrematação de bens em hasta pública.
Imunidade Específica: é quando determinado tributo não incidirá. Não incidirá o ITBI sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.
Exemplo: existe uma sociedade empresarial da qual uma pessoa tem interesse de ingressar, para tanto, é necessário integralizar R$ 100.000,00 em contas, só que ao invés disso, a pessoa dá um imóvel em contrapartida da integração. Para isso, há uma transferência de bem imóvel por título oneroso, pois o imóvel vai sair do nome de uma pessoa e passará pra outra. Neste caso, não haverá a incidência do ITBI.
Atividade preponderante: quando a receita bruta ou operacional da pessoa ultrapassar 50% referente a compra e venda, locação e arrendamento de bens imóveis.
Critério Espacial: o município que estiver localizado o imóvel.
Critério Temporal: quando ocorrer a transmissão do bem imóvel, ou seja, quando houver o registro em cartório daquela transferência.
Critério Pessoal: sujeito passivo: município; sujeito passivo: a lei municipal vai determinar quem vai pagar o ITBI, que em regra, é o comprador do imóvel. Mas pode ser o vendedor também.
Critério Quantitativo: a base de cálculo é o valor venal do imóvel (valor de mercado) que muitas vezes difere do valor contratuado, mas não adianta, o município irá fazer as averiguações, a alíquota é determinada pelo Município.
É inconstitucional a progressão do ITBI.
ISS
Caráter Material: incidirá sobre os serviços que estão fundamentados em 3 pilares:
Prestar serviço (obrigação de fazer)
Não incide sobre serviços que estejam de competência do ICMS.
Existem dois serviços que estão baseados no ICMS
Serviços de transportes intermunicipais e interestaduais.
O serviço de transporte que ficar em apenas um único município é ISS.
Serviços de comunicação.
Previsão em Lei Complementar.
A locação de bens moveis não é uma obrigação de fazer, é uma obrigação de dar, por isso o STF determinou sua inconstitucionalidade.
Critério Temporal: o legislador determina que a cada prestação de serviço tem que recolher o ISS.
Critério Espacial: é município onde está o estabelecimentode serviço e não o da prestação do serviço. Ou seja, embora a sede esteja na cidade Y e o serviço seja prestado no X, o ISS será devido ao município Y.
Exceção: a construção civil, demolição, elaboração de palestras, administradores de cartão de crédito, etc. serão aonde será prestado o serviço.
Critério Pessoal: sujeito ativo: o prestador de serviço; e o sujeito passivo é o município onde se encontra a sede, ou nos casos de exceção, o lugar onde o serviço fora prestado.
Critério Quantitativo: a base de cálculo é o valor do serviço. Alíquota vai depender de município para município. Por outro lado, temos que a CF determina que cabe a Lei Complementar determinar as alíquotas máximas e mínimas do ISS – que é 2% a 5%.
IMPOSTOS ESTADUAIS/DF
ITCMD
ICMS
IPVA
ITCMD 
São dois impostos aqui dentro de uma sigla, porque é um imposto que incide na transferência de gratuita por causa mortis, de quaisquer bens e direitos, e também o transmissão por doação de quaisquer bens e direitos.
Critério Temporal
ITDoação: ocorre doação de um bem imóvel é quando ocorre o registro deste bem. Quando for bem móvel, basta somente entregar o bem.
ITCM: é na abertura da sucessão. Aplica-se a alíquota vigente no momento da abertura da sucessão. 
Critério Espacial: vai depender do bem transmitido.
Bem imóvel: não importa a que título ocorreu a transmissão, causa mortis ou doação, será utilizado o estado que se encontra o imóvel.
Bem móvel: será necessário analisar se foi por causa mortis ou doação. Porque se for por causa mortis, o estado competente será a do estado em que for processado o inventário. E se for por doação, será o estado de domicilio do doador.
Se for no exterior? Caberá Lei Complementar determinar qual o estado que ficará com ITCMD.
Critério Pessoal
Sujeito Passivo: cabe a Lei Estadual ou Distrital determinar quem vai recolher o ITCMD. 
Sujeito Ativo: coincide com o critério espacial.
Critério Quantitativo:
Base de Cálculo: valor dos bens transferidos.
Alíquota: cada estado tem sua alíquota.
Cabe a Resolução do Senado Federal definir qual é a maior alíquota do ITCMD – que será de 8%.
STF: diz que o ITCMD tem alíquota progressiva.
ICMS
Critério Material:
Sobre realizar operações de circulação de mercadorias.
Operação jurídica com transferência de titularidade.
Prestar serviços de transporte interestadual ou intermunicipal.
Saí de um estado pra outro, de um município pra outro.
Prestar serviços de comunicação.
Sobre energia elétrica.
Sobre a importação de bens.
Todo mundo que importar um bem terá que recolher o ICMS da importação.
Imunidades Especificas
É quando não incidirá o ICMS:
Mercadorias e serviços forem destinados ao exterior.
Quando outro estado comprar petróleo, combustível, energia elétrica, haverá imunidade do ICMS.
Não incide sobre ouro ativo financeiro.
Não incide sobre serviço de comunicação livre e gratuita – TV aberta.
Princípios
Não Cumulatividade: quando pode compensar o que eu paguei na cadeia anterior na cadeira posterior. O tributo é não cumulativo.
Seletivo: pode ser seletivo. Quanto mais essencial for o bem, menor será a tributação. Quanto menor a essencialidade, maior a tributação.
Resolução do Senado Federal fixar as alíquotas mínimas e máximas
IPVA
Critério Material: ser proprietário de veículo automotor terrestres.
Critério Espacial: estado que estiver licenciado o veículo.
Critério Temporal:
Carros usados: primeiro dia do ano.
Carros 0 km: data da aquisição.
Critério Pessoal:
Sujeito Ativo: proprietário do veículo.
Sujeito Passivo: critério espacial – estado onde estiver licenciado o veículo.
Critério Quantitativo
Base de Cálculo
Carro velho: valor da tabela.
Carro novo: valor da nota fiscal.
Alíquota
O Senado Federal irá fixar alíquota máxima e mínima.
O IPVA terá alíquotas diferenciadas em razão do tipo e da utilização do carro.
IMPOSTOS FEDERAIS
Art. 153 – PERITO
IPI
IE
IR
II
ITR
IOF
IGF
Art. 154
Imposto Residual
IEG
II / IE / IOF
Peculiaridades
Cabe ao Poder Executivo alterar (diminuir, majorar e restabelecer) as alíquotas destes impostos.
As alterações não precisam respeitar o princípio da alterioridade do exercicio, nem a nonagesimal.
IPI
Peculiardiades
O Poder Executivo pode alterar (diminuir, majorar e restabeler) por meio de decreto.
As alterações não precisam respeitar a anterioridade do exercício, todavia, precisaram respeitar os 90 dias.
Não incide sobre produtos destinados para o exterior.
Incide sobre produtos industrializados importados.
Hoje todo mundo quer importar, logo, vai ter que recolher o ICMS.
Princípios
Não cumulatividade
Seletividade: deve ser seletivo - essencialidade do bem.
ITR
É o imposto sobre a propriedade rural
É a lei que vai determinar o que é zona urbana
Tem que haver 2 melhoramentos.
Peculiaridades
Progressivo – extrafiscal, pois visa desestimular terras improdutivas.
Imunidade especifica – não incidirá ITR sobre pequenas glebas, desde que ele não tenha outro imóvel.
Municipio ficará com 100% da arrecadação, caso ele faça a arrecadação e a fiscalização. Caso não faça tudo isso, ele fica com 50%.
IR
Requisitos
Auferir renda ou provento de qualquer natureza.
Disponibilidade econômica ou jurídica.
Deve existir um acréscimo patrimonial.
Não incide renda sobre verbas indenizatórias.
Hora extra não verba indenizatória da reclamação trabalhista, mas verba remuneratória.
Danos morais não gera recolhimento do IR.
Princípio
Progressividade
Universalidade: todo mundo que aufere renda, tem que pagar IR.
Generalidade: toda renda auferida tem recolher o imposto.
IGF
É um imposto sobre grandes fortunas.
Não foi criado ainda.
É de competência da União.
Imposto Residual
É um imposto que não existe na Constituição Federal
Como ele não existe, ele tem que obedecer 4 requisitos
Só poderá ser criado pela União
Tem que ser criado por Lei Complementar
Não cumulativo
Tem que ter base de cálculo e fato gerador diferente dos impostos já existentes na CF.
Imposto Extraordinário Guerra
Ele será criado em estado de guerra ou em sua eminencia.
Não precisa de Lei Complementar, pode ser criado por Lei Ordinária.
Será cessado sua cobrança, conforme cessada o motivo de sua criação.
PROCESSO TRIBUTÁRIO
Obrigação Tributária
Principal: tem por objeto o pagamento de tributo ou pagamento de multa.
Acessória: ela não tem nada a ver com a obrigação principal. Ela consiste nas obrigações de fazer e não fazer para facilitar a arrecadação.
A acessória não acompanha a principal.
Todo mundo tem obrigação acessória.
A única pessoa que não tem obrigação acessória é a pessoa física isenta de IR.
Se a pessoa não cumprir a obrigação acessória ela terá que pagar uma multa, que é uma obrigação principal.
Fisco tem 5 anos para fazer o lançamento tributário. Caso contrário ocorre a decadência.
Prazo: 5 anos.
Prazo para cobrar: 5 anos. Caso contrário, ocorre a prescrição.
AÇÃO DE RESTITUIÇÃO / REPETIÇÃO DE INDEBITO TRIBUTÁRIO
Toda vez que o sujeito passivo pagar um tributo indevidamente ou a maior, ele pode pedir a devolução.
Previsão Legal: art. 165 a 169 do CTN.
Cabimento: está previsto no art. 65 do CTN.
Toda vez o sujeito passivo pagar um tributo indevidamente ou a maior, independentemente de prévio protesto, ele pode pedir a restituição.
Pagamento com alíquota errada.
Não importa se foi porque eu sabia ou não sabia.
Tributo Lançado por Homologação: a maioria dos tributos são lançados desta forma.
Legitimidade Ativa ad causa: quem pode pleitear a ação é o sujeito passivo.
Sujeito passivo: é aquele que tem o dever de pagar o tributo.
Contribuinte: é aquele que pratica o fato gerador.
Responsável: é aquele que tem uma relação indireta com a situação que constitui o fato gerador, a lei lhe impõe o dever de pagar o tributo.
Exemplo: os pais que pagam o tributo de um bem imóvel de um filho.
Exemplo: empregador em relação ao empregado – empregador detêm o valor do IR do empregado.
Intributo Indireto
Tem que ter dois requisitos:
Não ter feito
Só que podem cobrarreembolso é o contribuinte de direito. O contribuinte de fato só pode pedir o reembolso em um único caso.
ICMS e Energia Elétrica.
Prazo para ingressar com ação: art. 168 da CTN – 5 anos contados do pagamento indevido.
Pode entrar tanto na esfera:
Administrativa
Judiciária
Toda vez que se perde na esfera administrativa, pode tentar na esfera judiciária.
Ganhando mais 2 anos da decisão administrativa para entrar na via judiciária.
Como esses valores serão devolvidos:
São devolvidos na fila do precatório.
Juros: contados apenas da decisão transitada em julgado.
Correção monetória: desde o pagamento indevido.
Ação Declaratória
Quando eu vejo que um tributo é inconstitucional, eu posso entrar com uma ação declaratória.
Ela terá uma sentença que é meramente declaratória.
Só tem cabimento antes da constituição do crédito tributório.
Ação declaratória não destitui crédito.
Essa ação só tem cabimento antes do lançamento tributório.
Ação Anulatória
Entra com ação para anular qualquer ato administrativo derivado de inconstitucionalidade que possa cobrar tributo.
Quando se entra com ação judicial, exclui automaticamente a via administrativa.
Embargos da Execução Fiscal
Tem que ter garantia de juízo
Pode fazer defesa de toda a matéria
Prazo: 30 dias de acordo com a garantia
EPE
Não já garantia de juízo
Só pode 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
A matéria está inserida na temática da sujeição passiva tributária:
Art. 121, CTN – sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
Parágrafo Único – o sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador.
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
O responsável depende de previsão em lei:
Art. 97, CTN – somente a LEI pode estabelecer: (...)
III – a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do art. 52, e do seu sujeito passivo.
Principais Artigos 130 ao 135 do CTN – Casos práticos
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Exemplo: a história de a compra uma casa, o débito tributário relativo a aquele bem imóvel adquirido vai seguir com o bem. O bem segue para um novo adquirente e o débito tributário segue com aquele bem. Por isso é importante pedir uma certidão de ausência de tributos. No caso, se a pessoa não pagar o IPTU e quiser vender o imóvel, a pessoa que vai comprar tem que perguntar se tem tributos a serem pagos. Porque ele irá se responsabilizar.
Os tributos que podem ser transferidos com a venda do imóvel:
Taxas de Serviços
Impostos
Contribuições de Melhorias
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
Explicação: se uma pessoa participar do leilão e ofertar um lance e esse lance for vitorioso e você acaba adjudicando o bem, esse lance terá que atender os interesses do credor e do fisco de forma definitiva. Logo, se aparecer um tributo em relação aquele bem, a pessoa que arremeteu não deverá ser importunado.
A pessoa que compra um apartamento pode ser importunada. E quem arremete um apartamento não pode ser importunada.
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens (móveis) adquiridos ou remidos;
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação;
O fisco não deixa de cobrar o tributo por causa da morte da pessoa.
Espólio
Inventariante
Sucessor a qualquer título / cônjuge meeiro
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus ATÉ a data da abertura da sucessão.
Tudo que o falecido devia até morrer será de responsabilidade do espólio.
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Exemplo: tem uma empresa A que deve 10 milhões de tributos e uma empresa B que deve 5 milhões de tributos, que se fundem e geram a empresa C. O Poder Público vai pedir 15 milhões de tributos da empresa C.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
Exemplo: mesmo que uma empresa extingua a empresa, terá que ser pago os tributos.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
Responsabilidade de Terceiros
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório.
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
Aula 2
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
Temos que saber a posição do lançamento tributário na linha do tempo.
Linha do Tempo – Cobrança Administrativa
Hipótese de Incidência
Fato Gerador
Obrigação Tributária
Será quantificada e qualificada pelo LANÇAMENTO
A perda do direito de lançar chama-se Decadência
Crédito Tributário: OT lançada
Linha do Tempo – Cobrança Judicial
Inscrição
Dívida Ativa: é o Crédito Tributário inscrito
Será possível extrair a CDA
Execução Fiscal
Prescrição é a perda do direito de executar
Lançamento
Conceito: é o procedimento que, veiculando a exigibilidade, visa promover a cobrança administrativa do tributi/multa.
Segundo o CTN, o lançamento é ato que declara uma obrigação tributária preexistente, ao mesmo tempo que constitui o crédito tributário. Por fim, sabe-se que o lançamento é ato privativo do Fisco, em regra.
Por outro lado, o contribuintepode auxiliar o Fisco no ato de lançar? Sim!
É possível ocorrer, em seu processamento, um auxílio maior ou menor do contribuinte no ato de lançar. Tal cenário permite que identifiquemos as espécies de lançamento:
Direito (ou de ofício ou ex-ofício): aquele que não tem auxílio do contribuinte.
IPTU, IPVA e taxas de contribuições de melhorias.
Misto (ou por declaração): aquele que o fisco por auxílio do contribuinte, através de uma declaração, traz informações indispensáveis para o lançamento do tributo.
Imposto de Importação e Imposto de Exportação.
Homologação (ou autolançamento): o próprio contribuinte vai providenciar todo o cálculo para fazer o lançamento do tributo.
ICMS, ISS, IPI, IR, PIS, COFINS, etc.
Quando não se paga um tributo ou se paga a menor, o que era pra ser um lançamento por homologação, ele se torna automaticamente lançamento de ofício.
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO
Pontos em Comum
Causas de Extinção
São causas de Extinção do Crédito Tributário
Se extingue não faz as outras duas coisas que seria suspender ou excluir.
Institutos jurídicos: lindam com a questão complexa do tempo.
O Estado tem que cobrar dentro do prazo pois se não ele perde o direito.
Se o Estado cobrar mal lançando fora de hora, o advogado vai arguir decadência;
Se o Estado cobrar mal executando fora de hora, o advogado vai arguir pescrição.
Objetivam manter a estabilidade das relações jurídicas
Visam manter estabilidade, porque já imaginou um fiscal vir cobrar um tributo de 1970? Isso seria ilógico e inseguro.
Geram o direito à restituição do tributo (decaído ou prescrito).
A pessoa que pagar o tributo já atingido pela decadência ou prescrição, pode-se requerer a restituição.
Prazo
O prazo é de 5 anos.
O prazo não pode ser aumentado.
DECADÊNCIA
Conceito: é um instituto jurídico que demarca no tempo a perda do direito a constituição do crédito tributário pelo lançamento.
Termo de início de contagem: o art. 173, I, CTN prevê como marco inicial o primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; já o art. 150, § 4º, CTN prevê a data do fato gerador.
PRESCRIÇÃO
Conceito: é o instituto jurídico que demarca no tempo a perda do direito à prestação executória. Em outras palavras, ocorrerá a prescrição quando houver uma execução fiscal extemporânea ou “a destempo”.
A semelhança da decadência, a prescrição demarca prazo oponível ao Estado credor (Fazenda Pública, por meio das Procuradorias).
O Estado não pode cobrar quando ele perdeu o direito de cobrar.
Termo “a quo” da prescrição: para se falar nesse termo de início, devemos repisar que o prazo de prescrição é um prazo quinquenal (5 anos).
O art. 174, caput, CTN prevê o termo de início de contagem: data da constituição definitiva do crédito tributário.
Vai acontecer definitiva após o lançamento do crédito ou entrega de declaração reconhecendo o débito tributário.
Súmula 436 do STJ
Súmula 555 do STJ: quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário consta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.
Se a pessoa não entregou a declaração, o crédito tributário não está constituído, logo haverá o lançamento
Prescrição intercorrente
Art. 40, § § 2º e 4º, da Lei nº 6.830/80.
Diante de uma citação infrutífera no executivo fiscal...
O juiz suspenderá o curso do processo da execução; (prazo máximo de um ano);
Com a manutenção do impasse, os autos deverão ir para o arquivo;
Após 5 anos (prazo de prescrição intercorrente), o juiz, depois de ouvida a Fazenda, poderá, de ofício, decretar a prescrição.
CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS
Estudo do Crédito Tributário
O estudo do CT se divide em 3 vertentes:
Causas de Suspensão do CT (art. 151, CTN) – 6 incisos.
Causas de Suspensão do CT (art. 156, CTN) – 11 incisos.
Causas de Exclusão do CT (art. 175, CTN) – 2 incisos.
Cuidado: não confundir extinção com exclusão.
Portanto, o CT pode ser suspenso, extinto ou excluído.
Por exemplo: se o tributo é parcelado, haverá a suspensão do CT; se o tributo é pago, haverá a extinção do CT; por fim, se o tributo é isento, haverá a exclusão do CT.
Suspensão do Crédito Tributário
O art. 151 do CTN trata das causas suspensivas da exigibilidade do CT. Exemplos: Parcelamento, discussão administrativa ou judicial, entre outras adiante explicitadas.
Quando o CT está suspenso, há vantagens de ordem prática para o sujeito passivo da OT:
1ª Vantagem: obstar a cobrança judicial do tributo;
2ª Vantagem: obtenção de “Certidão Positiva com efeitos de negativa” (Certidão de regularidade fiscal). Ela está prevista no artigo 206 do CTN, permitindo que o devedor participe de licitações, obtenha empréstimos bancários, etc.
O empresário não pode está com sua situação fiscal irregular. Por isso, se ele tiver pagando as parcelas do tributo, ele tem uma certidão negativa de efeito positivo.
A suspensão da exigibilidade do CT impede a cobrança judicial do tributo. Portanto, se estou com o parcelamento em dia, não pode haver inscrição em DA e consequente execução fiscal. O mesmo raciocínio vale para o período de vigência de uma liminar ou tutela concedidas em uma ação judicial; ou, ainda, para o período de discussão administrativa pendente de julgamento.
Apresentação das causas suspensivas e do “macete” para memorização do tema: MO – DE – RE – RO – PA
Causas de suspensão do CT (6 causas):
MO: Moratório
DE: Depósito do montante integral
RE: Reclamação e Recursos administrativos
CO: Concessão (liminar ou tutela)
PA: Parcelamento
OBS: a escolha da área judicial, “pulando-se a órbita administrativa”, causa a chamada preclusão desta, conforme o art. 38, parágrafo único, da LEF (Lei 6.830/80):
Art. 38. (...) Parágrafo Único – A propositura, pelo contribuinte, da ação prevista neste artigo importa em renúncia ao poder de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso acaso interposto.
Súmula Vinculante 21: “é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo”.
Súmula Vinculante 28: “É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretende discutir a exigibilidade de crédito tributário”.
Depósito do Montante Integral
Durante uma discussão judicial pode restar para o autor da ação a saída onerosa do deposito, pois supomos que ele tenha se valido da impetração de uma mandado de segurança e não tenha obtido a liminar. Se a pessoa tiver o dinheiro, ela pode depositar em juízo e assim irá suspender. Depois, se a pessoa ganhar a ação, ela receberá o dinheiro de volta.
CAUSAS DE EXCLUSÃO DO CT
Temos duas causas que excluem o Crédito Tributário:
Isenção: artigos 176 a 179, CTN;
Anistia: artigos 180 a 182, CTN;
Pontos em comum entre Isenção e Anistia
A isenção e a anistia são institutos jurídicos de desoneração ($).
Ambas, a isenção e a anistia, dependem de lei. (...).
A lei, em tela, será a “específica” (art. 150, §6º, CF). (...)
Se atingem o ato de pagar, significa dizer que a isenção e a anistia afetam a OT principal, permanecendo inalteradas as OTs acessórias (art. 175, parágrafo único, CTN).
Exemplo: transporte de mercadoria isenta de ICMS: sem pagamento do ICMS, mas devendo estar acompanhada de Nota Fiscal (OT acessória). Veja que a máxima “o acessório segue o principal” não se aplica aqui.
Ambas, para o STF, inibem o lançamento:
HI – FG – OT |(isenção ou anistia) lançamento – CT (...)
Note que, na isenção/anistia, acaba se realizando o FG, fazendo-se surgir a OT, despontando-se o sujeito passivo, entretanto, não se vê constituído o crédito tributário pelo lançamento.
Isenção
Conceito: a isenção é o instituto desonerativo de tributo por questões sociopolíticas. Exemplo: isenção de ICMS para medicamentos; isenção de IR para aqueles que detêm enfermidades graves, etc.Não confunda Isenção com Imunidade: esta consta da CF, enquanto a Isenção na lei. A Imunidade é justificada por elevados valores (liberdade religiosa, liberdade política, liberdade de expressão, etc.), enquanto a isenção prende-se a valores de menor densidade axiológica.
Conceito de Imunidade Tributária: a norma constitucional de exoneração tributária, que, justificada no conjunto de caros valores proclamados na Carta Magna, inibe negativamente a atribuição de competência impositiva e credita ao beneficiário o direito público subjetivo de ‘não incomodação’ perante o ente tributante”.
Dispositivos na CF contendo “falsas” isenções (... e verdadeiras imunidades):
Art. 195, § 7º, CF: são isentas (imunes) de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Artigo
Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva:
Às taxas e às contribuições de melhoria;
Aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
Análise: salvo disposição em contrário, a isenção não é extensiva a duas situações. Note-as:
Taxas e contribuições de melhoria (Motivo: são tributos contraprestacionais ou bilaterais, e a isenção não se coaduna com tal característica);
Tributos cuja competência tributária não tenha ainda sido exercida (Motivo: o poder de isentar é correlato ao poder de criar. Exemplo: uma isenção de imposto s. grandes fortunas).
ANISTIA
Conceito: a anistia é o instituto desonerativo de multa, portanto visa retirar o rótulo de “impontual” do infrator. Lembre-se de que anistia não é para tributo. Será impropriedade afirmar que “o IPTU foi anistiado”.
Quanto à anistia, há um aspecto importante no plano da vigência da lei anistiadora. É que a lei de anistia, devendo afastar uma penalidade, só poderá conter vigência retrospectiva, alcançando situações que lhe são pretéritas. Assim, não pode haver uma lei de anistia para alcançar o futuro.
Dispositivos no CTN acerca da Anistia (art. 180 a 182, CTN):
Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando:
I – aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele.
II – salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Causas de Extinção do CT (art. 156, CTN) – 11 incisos
CaEx1) Decadência e Prescrição – inciso V:
Art. 156. “Extinguem o crédito tributário: (...)
V – a decadência e a prescrição (...)”.
CaEx2) Conversão do depósito em Renda – inciso VI:
Art. 156. “Extinguem o crédito tributário: (...)
VI – a conversão de depósito em renda (...)”.
O depósito ocorrido na órbita judicial, no âmbito de uma ação, poderá, ao término da lide, ser convertido em renda do Fisco (“contribuinte perdendo”).
CaEx3) Decisão administrativa irreformável – inciso IX:
Art. 156. “Extinguem o crédito tributário: (...)
IX – a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória (...)”.
Trata-se de uma decisão favorável ao contribuinte, e não contrária a ele. De fato, se a decisão ali for contrária ao contribuinte, este poderá leva-la para a órbita judicial. Veja que o Fisco, diante de uma decisão administrativa favorável ao contribuinte, de cuja elaboração ele efetivamente participou, não poderá tentar rever o que ele próprio chancelou.
CaEx4) Decisão Judicial transitada em julgado – inciso X:
Art. 156. “Extinguem o crédito tributário: (...)
X – a decisão judicial passada em julgado (...)”.
Veja que tal decisão é extintiva mesmo, independentemente de sua natureza, se favorável ao contribuinte, ou contrário a ele.
CaEx5) Pagamento antecipado e a homologação – inciso VII:
Art. 156. “Extinguem o crédito tributário: (...)
VII – o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus § § 1º e 4º (...)”.
CaEx6) Consignação em pagamento – inciso VIII:
Art. 156. “Extinguem o crédito tributário: (...)
VIII – a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; (...)”
A consignação ou pagamento, ao final dela (art. 164, §2º, CTN), ou ação consignatória (arts. 539 a 549 do CPC/15) pressupõe o deposito initio litis, e isso equivale a dizer que, ao final, com o julgamento dela, haverá a apropriação desse depósito pelo Estado, extinguindo-se o CT. Observa-se o dispositivo no CTN: (...)
Art. 164, CTN. “A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: (...)
§2º - julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis”.
CaEx7) Remissão – inciso IV
Art. 156. “Extinguem o crédito tributário: (...)
IV – remissão (...)”
A remissão é um beneficio fiscal que não se confunde com a insenção/anistia. Sabemos que essas duas são causas inibitórias de lançamento, excludentes do CT, conforme se estudou nesta aula. (...)
A remissão, por sua vez, sendo causa extintiva do CT, deve ocorrer após o lançamento, pressupondo uma notificação/auto de infração. A remissão é um instituto jurídico que significa perdão, vale dizer, perdão do tributo/multa lançados. (...)
Exemplo: João recebe notificação de IPTU. Sobrevém uma lei que afasta o tributo/multa. Qual é a natureza dessa desoneração?
Resposta: Remissão (não é isenção, tampouco anistia).
OBS: para complemento, ler o art. 172 do CTN.
Para ser isenção/anistia, o benefício teria que vir antes do lançamento.
A remissão indica que o Fisco, perdoando, irá remitir, sempre por meio de lei especifica (art. 172 do CTN c/c art. 150, §6º, da CF).
CaEx8) Dação em pagamento – inciso XI:
Art. 156. “Extinguem o crédito tributário: (...)
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei”.
CaEx9) Transação – inciso III:
Art. 156. “Extinguem o crédito tributário: (...)
III – a transação (...)”.
A transação é um instituto jurídico previsto no art. 171 do CTN, com o conceito naturalmente oriundo do Direito Civil.
CaEx10) Compensação – Inciso II:
Art. 156. “Extinguem o crédito tributário: (...)
II – a compensação”.
A compensação é mais um instituto do Direito Civil apropriado pelo Direito Tributário (art. 170, CTN). O conceito é o mesmo de sempre: instituto que permite um encontro de contas, reunindo-se na mesma pessoa as condições de credor e devedor. (...)
O contribuinte, se pagar algo a maior ou indevidamente, passará a ser credor do Fisco. Sendo credor, terá direito à restituição do indébito (a ser feito por meio de pedido administrativo ou judicial). Por outro lado, se ele, credor, também for devedor, a lei poderá autorizar o tal encontro de contas, por meio da chamada “compensação de tributos”. (...)
O procedimento pode ser pleiteado na órbita administrativa (por exemplo, por meio do PERDCOMP, na órbita federal) ou por meio de ações judiciais pertinentes, com o balizamento de duas Súmulas do STJ:
Súmula nº 212: “a compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória”.
Súmula nº 213: “o mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária”.
CaEx11) Pagamento – inciso I:
Art. 156. “Extinguem o crédito tributário: (...)
I – o pagamento (...)”
Neste ponto, afeto ao pagamento, o estudo de alguns artigos do CTN se faz necessário, com destaque para alguns deles:
Art. 158. “O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento:
I - quando parcial, das prestações em que se decomponha;
II – quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outrostributos”.
Para leitura do artigo 158, percebe-se que não se admite presunção de pagamento no Direito Tributário.
Art. 160. “Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento
Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições que estabeleça”.
GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (NOÇÕES)
Introdução
Matéria (Garantias e Privilégios): arts. 183 a 193 do CTN.
Temática: as “garantias” referem-se a medidas que asseguram ao Estado a satisfação do crédito tributário pelo devedor de tributos; os “privilégios” dizem com a primazia que um determinado crédito possui em relação a outro.
Portanto:
Garantia (“diz respeito ao CT que está garantido, assegurado”); Privilégio (“diz respeito ao CT que assume uma condição de superioridade com relação a outros créditos exigíveis”). GARANTIAS e PRIVILÉGIOS do CT prendem-se à “noção de verticalidade que marca a relação jurídico-tributária”.
GARANTIAS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Arts. 183 ao 185, CTN.
Análise do Art. 183 do CTN:
Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito tributário não exclui outras que sejam expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das características do tributo a que se refiram.
Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a natureza deste nem a da obrigação tributária a que corresponda.
Explicação
Art. 183, caput: outras garantias ao crédito, desde que previstas expressamente em Lei (reserva legal necessária), poderão vir somar-se ao rol previsto no CTN. Portanto, não se trata de uma enumeração exaustiva ou taxativa (numerus clausus), mas, sim, exemplificativa (numerus apertus).
Cuidado: adverbio “expressamente” (pegadinha de provas!)
Art. 183, parágrafo único: o particular que oferece uma hipoteca como forma de garantia do crédito tributário (CT) não desvirtua a natureza jurídica deste CT, nem o transforma em “crédito imobiliário”, subsistindo, portanto, sua aura tributária.
Análise do Art. 184 do CTN
Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou clausula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da clausula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.
Detalhamento
A regra é que todos os bens e rendas do contribuinte sejam alcançados para a satisfação do crédito tributário (ideia de ubiquidade da cobrança do CT), salvo as duas situações que aparecem no começo e no fim do dispositivo. Chamamos de ressalvas 1 e 2, as quais serão adiante explicitadas:
Ressalva 1 (parte inicial do dispositivo): certos privilégios especiais sobre determinado bens, que sejam previstos em lei.
Ressalva 2 (parte final do dispositivo): o bem ou renda declarados pela lei como absolutamente impenhoráveis.
Observação: a propósito, ver a lista de “bens impenhoráveis” (nova terminologia, pelo Novo CPC, art. 833) e, também, a impenhorabilidade do bem de família (arts. 1º e 3º da Lei 8.009/90), adiante explicitada:
Atenção com o seguinte tema:
A impenhorabilidade do bem de família e a ressalva para dívida tributária sobre o imóvel familiar:
Art. 3º, Lei 8.009/90. A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: (...)
IV – para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar.
Análise do art. 185 do CTN
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.
Detalhamento
Portanto, se o débito já está regularmente inscrito como dívida ativa, a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo pelo sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, será considerada fraudulenta. Trata-se de uma presunção que se abre para o campo da ponderação, como se verá adiante.
Importante: a reserva de bens...
A presunção da fraude só despontará diante daquela alienação que coloca o devedor em situação de insolvabilidade. Tudo vai depender se o devedor se revela solvente ou não, diante da alienação de bens...
PRIVILÉGIOS
Qual é o “status” que assume o CT quando ele se emparelha com outros créditos, a que faz jus o credor?
Privilegio = Preferência = ideia de prioridade de um crédito com relação a outro. Um ganha posição; outro perde posição.
Pergunta-se: o CT virá antes ou depois? Qual será a sua posição diante de uma coexistência de valores devidos (cobrança múltipla de créditos)?
Em resumo: os créditos trabalhistas e aqueles decorrentes de acidente de trabalho (acidentários) devem ser satisfeitos com prioridade, em primeiro lugar, reservando-se, primordialmente, valores à satisfação do pagamento de férias, décimo terceiro salário, aviso prévio, salários etc. Após o direcionamento de recursos a esses créditos, deverá ocorrer a satisfação do crédito tributário.
Por sua vez, o crédito tributário desfruta de preferência em relação aos demais créditos (de qualquer natureza), por exemplo, um crédito civil, independentemente da data de sua constituição, ou seja, não se cogita de limite cronológico para essa preeminência (visão do STJ). Exemplo: se há um crédito civil anterior e crédito tributário posterior: sempre, haverá a preferência do CT.
Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho.
Uma pergunta decisiva...
- E se a cobrança múltipla ocorrer no contexto de FALÊNCIA do devedor?
Desde já, devemos saber que a ordem de preferência dos créditos tributários não é a mesma em caso de falência ou fora de hipótese de falência.
Para a evolução no assunto, urge relembrarmos o conceito de falência e de massa falida:
Conforme nos ensina Fabio Ulhoa Coelho, “a falência é a execução concursal do devedor empresário. Quando o profissional exercente de atividade empresária é devedor de quantias superiores ao valor de seu patrimônio, o regime jurídico da execução concursal é diverso daquele que o direito prevê para o devedor civil, não empresário. O direito falimentar refere-se ao conjunto de regras jurídicas pertinentes à execução concursal do devedor empresário, as quais não são as mesmas que se aplicam ao devedor civil.”
Veja, agora o conceito de Massa Falida (colhido de ilustrativa ementa do STJ):
Ementa: (...) a massa falida nada mais é do que o conjunto de bens, diretos e obrigações da pessoa jurídica que teve contra si decretada a falência, uma universalidade de bens, a que se atribui capacidade processual exclusivamente, mas que não detém personalidade jurídica própria nos mesmos moldes da pessoa natural ou da pessoa jurídica. Todo esse acervo patrimonial não personificado nasce com o decreto de falência e sobre ele recai a responsabilidade patrimonial imputada, ou imputável, à empresa falida, apenas isso, mas não configura uma pessoa distinta.
Detalhe temporal importante: é importante demarcar que as obrigações surgidas antes da decretação da falência são da empresa (créditos concursais); por outro lado, aquelas obrigações surgidas após a decretação da falência são encargos da massa falida, recebendo o rótulo de créditos extraconcursais, como se verá adiante.
Análise do Inciso I do Parágrafo Únicodo art. 186 do CTN:
Art. 186. (...)
Parágrafo único – na falência:
I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado.
Note que há os “preferidinhos” na falência, ou seja, no juízo da falência, devem ser pagos os créditos preferenciais antes dos ordinários. Têm primazia:
Créditos extraconcursais: créditos surgidos após a decretação da quebra da empresa.
Importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar (exemplo: a empresa Beta, em regime pré-falimentar, efetua uma compra de mercadorias do fornecedor Alfa e, na semana seguinte, ocorre a decretação da falência de Beta. Este fornecedor Alfa terá um crédito passível de restituição pago preferencialmente aos créditos tributários).
Créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado.
FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO; INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA; FISCALIZAÇÃO
Art. 96. A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
Legislação Tributária:
Leis (fontes formais principais)
Tratados e Convenções Internacionais (fontes formais principais)
Decretos (fontes formais principais)
Normas complementares (fontes secundárias)
1 – atos normativos (portarias, INs, circulares);
2 – decisões administrativas (com eficácia normativa) – precedentes normativos.
3 – usos e costumes do fisco
4 – convênios (União, Estados, Municípios e DF).
Se você cumprir uma nova complementar, não vai ser necessário pagar:
Juros
Multa de mora
Correções monetárias
Art. 103 do CTN – QUANDO ENTRAM EM VIGOR AS NORMAS COMPLEMENTARES?
Salvo disposição em contrário, entram em vigor:
Os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100, na data da sua publicação.
As decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto a seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua publicação.
Os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, na data neles prevista.
INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
Suspensão ou exclusão do crédito tributário;
Outorga de isenção;
Dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
MÉTODOS INTEGRATIVOS
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
A analogia.
Os princípios gerais de direito tributário.
Os princípios gerais de direito público.
A equidade.
§ 1º - O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
§ 2º - O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.

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