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ANTIBIÓTICOS – MECANISMOS DE AÇÃO II - Polissomas: vários ribossomos funcionais produzindo diversas proteínas ao mesmo tempo; - Tetraciclinas, aminoglicosídeos e espectinomicina => inibem a síntese proteica na subunidade 30S do ribossomo; - Macrolídeos, cloranfenicol, lincosamida, estreptograminas e oxazolidinonas => inibem a síntese proteica na subunidade 50S do ribossomo; TETRACICLINAS - Fármacos bacteriostáticos; - São classificadas pelo tempo de ação; - Ativas contra Gram-positivas e Gram-negativas, incluindo as anaeróbicas; - Medicamento de escolha nas infecções por Mycoplasma pneumoniae, Clamidias e Riquétsias. - Mecanismo de Ação: liga-se à subunidade 30S e impede a ligação do RNAt ao sítio aceptor do complexo RNAm-ribossomo, o que impede a adição de aminoácidos ao peptídeo em formação; - Usos Clínicos: tratamento de acne, exacerbações da bronquite, pneumonias comunitárias, leptospirose e associação no tratamento da infecção por H. pylori; - Reações Adversas e Interações: Associação com diuréticos pode potencializar inflamação renal; Tetraciclinas possuem uma grande afinidade por compostos lácteos e, por isso, a associação entre os dois promove redução do efeito do medicamento (antagonismo químico); - Contraindicações: gestantes e crianças em fase de crescimento => os dentes podem sofrer escurecimento e o desenvolvimento ósseo pode ser inibido. MACROLÍDEOS: Eritromicina, Claritromicina e Azitromicina. - Fármacos bacteriostáticos ou bactericidas (dependerá da dose e do organismo); - Eritromicina: Maior espetro de ação entre os 3 fármacos; Eficaz contra Gram-positivos, pneumococos, estreptococos, estafilococos e corinebactérias; Micoplasmas, Legionela, Clamydia trachomatis, Helicobacter pylori; Usos Clínicos: medicamento de escolha nas infecções por corinebactérias (difteria e sepse); infecções respiratórias, neonatais, oculares e genitais por clamídia; pneumonias comunitárias (pneumococos, micoplasma e legionelas); Útil como substituta da penicilina nos indivíduos alérgicos. - Azitromicina: Maior tempo de meia-vida entre os 3 fármacos; Atividade contra Mycobacterium avium e Toxoplasma gondii; Mais ativa contra H. influenzae do que eritromicina e claritromicina; Bastante ativa contra espécies de Chlamydia. - Claritromicina: ativa contra Mycobacyterium avium, Mycobacterium leprae, Toxoplasma gondii e H. influenzae => menor intolerância gastrintestinal e menor frequência de dosagens; - Reações Adversas e Interações: aumentam as concentrações séricas de teofilina, anticoagulantes orais, anticoncepcionais orais e metilprednisolona (o que pode reduzir o efeito do antibiótico). Além disso, pode ocorrer inativação do medicamento na presença de Vitamina C e Complexo B. Pode causar febre, icterícia e comprometimento da função hepática. CLINDAMICINA: Lincomicina. - Espectro de ação: estreptococos, estafilococos e pneumococos; - Uso Clínico: infecções cutâneas e de tecidos moles. ESTREPTOGRAMINAS: Quinupristina-dalfopristina. - Mecanismo de Ação: impede a síntese proteica bacteriana ao se ligar à subunidade ribossomal 50S; - Espectro de Ação: gram-positivos e cepas de estreptococos resistentes a vários fármacos; - Uso Clínico: Infecções causadas por estafilococos ou por cepas de E. faecium resistentes à vancomicina. CLORANFENICOL: - Mecanismo de Ação: liga-se reversivelmente à subunidade 50S e inibe a formação de cadeia polipeptídica; - Bacteriostático de amplo espectro, ativo contra gram-positivos e gram-negativos aeróbios e anaeróbios; - Pode causar a Síndrome do Bebê Cinzento: como os neonatos não possuem um mecanismo de conjugação do ácido glicurônico efetivo para a degradação e destoxificação do cloranfenicol, o fármaco pode se acumular, provocando vômitos, flacidez, hipotermia, coloração acinzentada, choque e colapso vascular. OXAZOLIDINONAS: Linezolida. - Liga-se na porção 23S da subunidade 50S do ribossomo bacteriano; - Uso Clínico: pneumonia nosocomial e comunitária; - Reações Adversas: hematológicas => trombocitopenia, neutropenia, neuropatia óptica e acidose láctica. AMINOGLICOSÍDEOS - Mecanismo de Ação: Leitura incorreta do RNAm, que causa a incorporação de aminoácidos incorretos, gerando proteínas não funcionais ou tóxicas; Quebra de polissomos em monossomos não funcionantes; Bloqueio da continuação ou término prematuro da tradução. - Fármaco bactericida; - Espectro de Ação: Bactérias gram-negativas aeróbias, especialmente da família das enterobacterias; E. coli, Klebsiella; Estreptococos do grupo viridans e enterococos (em associação às penicilinas); S. aureus e S. epidermidis (em associação com beta-lactâmicos ou glicopeptideos); Mycobacterium tuberculosis (estreptomicina) e micobactérias atípicas. - Estreptomicina: Tuberculose resistente à Isoniazida e Rifampicina; Endocardite e sepse por Streptococcus do grupo viridans (em associação à Penicilina G); Peste: doses excessivas podem causar choque tóxico pela morte maciça de bactérias; Brucelose: em associação com tetraciclina (após resposta negativa à associação de tatraciclina com rifampicina). - Gentamicina: Endocardite por enterococo – em associação à Penicilina G e Ampicilina; Endocardite e sepse estafilocócica (em associação à Oxacilina ou Vancomicina); Queimaduras, quando é comum a infecção por Pseudomonas aeruginosa. - Todos são ototóxicos e nefrotóxicos; - Paralisia respiratória; - O uso concomitante com diuréticos de alça (furosemida) pode aumentar a nefrotoxicidade. - Sulfonamidas, Trimetroprima => alteração da via metabólica através da inibição do PABA, que é o precursor do ácido fólico (o ácido fólico constitui as purinas que formarão o DNA bacteriano); - Quinolonas => SULFONAMIDAS: - Mecanismo de Ação: competem com o PABA e promovem bloqueio da síntese do ácido fólico, o qual atua formando estruturas essenciais à montagem do DNA bacteriano; - Fármaco bacteriostático; - Espectro de Ação: inibem bactérias gram-positivas e gram-negativas e atingem bactérias entéricas (E. coli, Klebsiella, Salmonella, Shigella e Enterobacter); - Usos Clínicos: Sulfametoxazol: infecções urinarias; Sulfassalazina: não absorvida (colite ulcerativa); Sulfadiazina: uso tópico (prevenção da infecção de queimaduras). - Reações Adversas: Mais comuns: febre, exantema cutânea, dermatite esfoliativa, vômitos e diarreia; Incomuns: Síndrome de Stevens-Johnson (erupção cutânea e das mucosas graves); Outros: estomatite, conjuntivite, artrite e distúrbios hematopoiéticos (anemias e granulocitopenia). - Interações Medicamentosas: Aumenta o efeito dos anticoagulantes orais -> varfarina; Aumenta o efeito do metotrexato, hipoglicemiantes orais e fenitoína; Reduz o efeito dos anticoncepcionais orais e de ciclosporinas. TRIMETOPRIMA: - Mecanismo de Ação: - Não são utilizados em monoterapia mas, sim, associados às sulfonamidas; - Sulfonamida + Trimetroprima = ação bactericida; - Uso Clínico de Sulfametoxazol + Trimetropima: Pneumonia por Shigellose, infecções sistêmicas por salmonela, infecções do trato urinário e prostatite, eficaz contra cepas de S. aureus e infecções do trato respiratório (Haemophillus, Moraxella Catarrhalis e Klebsiella pneumoniae). - Reações Adversas: relacionadas com a falta de ácido fólico -> anemia megaloblástica, leucopenia e granulocitopenia. QUINOLONAS: - Mecanismo de Ação: inibidores da DNA-girase (topoisomerase II) e topoisomerase IV; - Podem ser bacteriostáticos ou bactericidas; - Representantes: ciprofloxacino, ofloxacino, norfloxacino, lomefloxacino, levofloxacino, gatilfloxacino, moxifloxacino e gemifloxacino; - Espectro de Ação: mais eficazes contra bactérias gram-negativas; - Usos Clínicos: - Reações Adversas e Interações Medicamentosas: arritmia, leucopenia e eosinofilia, hipoglicemia, cefaleia, insônia e alterações do humor; antiácidos e polivitaminas contendo ferro diminuem a atuação das quinolonas;
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