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Farmacologia | Sarah Fernandes – T7B ANTIMICOBACTERIANOS - Gênero Mycobacterium: M. tuberculosis e M. leprae; Intracelulares facultativos; Intrinsecamente resistentes; Crescimento lento; Parede celular rica em lipídeos; Proliferam-se em macrófagos; População de maior risco: presidiários, abrigos e asilos, etilistas e usuários de drogas, mendigos e imunodeprimidos. FÁRMACOS DE 1ª LINHA NO TRATAMENTO DE TUBERCULOSE - Isoniazida (que é o mais potente), Rifampicina, Pirazinamida, Etambutol e Estreptomicina; - As combinações de dois ou mais fármacos são necessárias para que se evite o surgimento da resistência durante o curso da terapia. ISONIAZIDA (INH ou H) - Fármaco mais ativo no tratamento da tuberculose causada por cepas sensíveis; - Eficaz contra organismos extracelulares e intracelulares; - Bactericida; - Mecanismo de Ação: Micobactérias expressam o Gene KatG, que produz a enzima catalase-peroxidase e o Gene inhA, que produz a enoil-ACP redutase NADH dependente (utilizada na formação do ácido micólico); Isoniazida, inicialmente, é uma pró-droga -> Para tornar-se ativa, utiliza-se a enzima catalase-peroxidase produzida pela micobactéria -> Forma ativada da Isoniazida -> Isoniazida ativada forma um complexo covalente com uma acil-proteína transportadora (AcpM) e com a KasA -> Inibição da atividade da enzima NADH dependente, que está envolvida no processo de formação do ácido micólico -> Bloqueio da síntese de ácido micólico -> Morte celular!!! - Reações Adversas: Febre, erupções cutâneas, lesão hepatocelular e necrose, hepatite (principal efeito tóxico -> risco maior em alcóolatras, durante a gravidez e no período pós-parto). RIFAMPICINA (RIF ou R) - Derivado semissintético da rifamicina; - Antibiótico produzido pelo Streptomyces mediterranei; - Bactericida. - Mecanismo de Ação: Liga-se à subunidade beta da RNA-polimerase dependente do DNA bacteriano e, assim, inibe a síntese do RNA. - Usos Clínicos: tuberculose ativa, algumas infecções por micobactérias atípicas, hanseníase, profilaxia nos contatos de crianças com doença por H. influenzae do tipo b, osteomielite e endocardite; - Reações Adversas: Exantemas, trombocitopenia e nefrite; Icterícia colestática; Síndrome semelhante à gripe; Necrose tubular aguda. - Interações Medicamentosas: Indução de enzimas do citocromo p450 quando administrada com metadona, anticoagulantes, ciclosporina, alguns anticonvulsivantes e inibidores da protease. ETAMBUTOL (EMB ou E): - Composto sintético, hidrossolúvel, termoestável; - Bacteriostático. - Mecanismo de Ação: Inibição da arabinosil-transferase das micobactérias, as quais são codificadas pelo óperon embCAB -> Inibição da formação do arabinogalactano. - Reações Adversas: Neurite retrobulbar (perda da acuidade visual); Cegueira para as cores vermelho e verde. PIRAZINAMIDA (PZA ou Z) - Estável e um pouco hidrossolúvel; - É inativa em ph neutro, mas, em ph de 5,5 inibe os bacilos da tuberculose; - Bacteriostático. - Mecanismo de Ação: Pirazinamida, inicialmente, é um pré-fármaco -> Ao encontrar a pirazinamidase micobacteriana (gene pncA), torna-se Ácido Pirazinoico -> O ácido Pirazinoico atua rompendo o metabolismo e as funções de transporte da membrana celular. - Reações Adversas: Hepatotoxicidade; Náuseas, vômito, febre medicamentosa; Hiperuricemia -> aumento das taxas de ácido úrico (pode causar gota). ESTREPTOMICINA FÁRMACOS DE 2ª LINHA NO TRATAMENTO DE TUBERCULOSE - No caso de resistência aos agentes de primeira linha; - Falência de resposta clínica à terapia convencional; - Reações medicamentosas adversas graves que restringem o tratamento. FÁRMACOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE HANSENÍASE - Poliquimioterapia: dapsona, rifampicina e clofazimina; - Dose diária + dose supervisionada. - Mycobacterium leprae: Bacilos finos, retos ou ligeiramente encurvados; Conhecido como bacilo de Hansen; Aeróbios estritos; Vivem dentro de células, agrupando-se em feixes paralelos, formando globias. RIFAMPICINA: altamente bactericida -> uma dose mensal elimina quase todos os bacilos. DAPSONA - Mecanismo de Ação: Inibe a síntese de folato. CLOFAZIMINA - Mecanismo de Ação: pode envolver a ligação com o DNA; - Reações Adversas: Alteração na coloração da pele; Intolerância gastrointestinal. Paciente Paucibacilar: Dapsona + Rifampicina; Paciente Multibacilar: Rifampicina + Dapsona + Clofazimina.
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