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Livro Eletrônico Aula 00 Termodinâmica, Transferência de Calor e Massa p/ PETROBRAS (Engenheiro de Petróleo Júnior) Professor: Victor Augusto Sousa e Silva 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 1 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 AULA 00 Sumário 1. Apresentação ....................................................................................................... 2 2. Termodinâmica .................................................................................................... 3 2.1. Conceitos introdutórios .......................................................................................... 3 2.1.1. Sistemas termodinâmicos ............................................................................................ 3 2.1.2. Propriedades ................................................................................................................ 4 2.1.3. Calor (Q) e trabalho (W) ............................................................................................... 5 2.1.3.1. Trabalho ............................................................................................................................. 5 2.1.3.2. Calor ................................................................................................................................... 7 2.2. Calor e temperatura na mudança de estado físico ................................................... 7 2.3. Equilíbrio térmico ................................................................................................. 12 2.4. Propriedades de uma substância pura ................................................................... 14 2.4.1. Estados de agregação da matéria ..............................................................................14 2.4.2. Diagramas de fase para substâncias puras ................................................................16 2.4.2.1. Pressão de vapor .............................................................................................................. 23 3. Resolução de questões ....................................................................................... 28 4. Lista de questões apresentadas na aula .............................................................. 35 5. Gabarito ............................................................................................................. 42 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 2 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 1. Apresentação Seja bem-vindo a este curso que irá te preparar para o cargo de ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR da PETROBRAS. As provas da Petrobras são aplicadas tradicionalmente pela banca CESGRANRIO há muitos anos, por isso teremos muitas questões dela neste curso montado 100% com base no edital. Vamos então às apresentações: Eu me chamo Victor Augusto Sousa e Silva e me graduei em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em 2014, tendo um ano de graduação sanduíche no INSA Toulouse, na França. Posteriormente, obtive mestrado na Universidade de Columbia (Nova Iorque, EUA) em 2015. Conquistei então aprovação no concurso da Polícia Científica de Pernambuco (CESPE/2016) para o cargo de Perito Criminal, sendo o primeiro lugar na área de química/engenharia química. Veremos aqui os tópicos relacionados a termodinâmica, transferência de calor e transferência de massa que serão abordados na prova. 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 3 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 2. Termodinâmica 2.1. Conceitos introdutórios 2.1.1. Sistemas termodinâmicos Nos problemas termodinâmicos é comum definirmos a região que temos o interesse de estudar como sistema e todo o resto do espaço ao redor dele como vizinhança. Estes dois estão separados pela fronteira do sistema, essa fronteira pode ser real ou imaginária. Podemos classificar os sistemas como: x Abertos: Ambos, massa e energia, são capazes de fluir através das fronteiras do sistema. x Fechados: aqueles em que a matéria não pode fluir pelas fronteiras, mas é possível o fluxo de energia. x Isolados: Quando nem massa nem energia podem fluir através das fronteiras. Vamos dar alguns exemplos: uma panela com água é um sistema aberto, já que podemos aquecer a água e assim fazê-la evaporar (saindo da panela); já água em uma garrafa fechada seria um sistema fechado, não há entrada ou de matéria, mas podemos aquecer ou resfriar essa água; por fim, um exemplo de sistema isolado seria uma garrafa térmica, pois ela resiste a variações de temperatura no ambiente externo. A figura a seguir também ilustra essas diferentes classificações: Aberto Fechado Isolado 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 4 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 2.1.2. Propriedades Uma substância contida em um sistema pode ser caracterizada por suas propriedades. Isso inclui as propriedades mensuráveis, que conhecemos muito bem: temperatura, pressão e volume. Durante um processo, pelo menos algumas das propriedades da substância em estudo mudam. Quando alguma dessas propriedades não muda podemos classificar o processo com base nessa peculiaridade: x Adiabático: ocorre sem transferência de calor (Q=0) x Isotérmico: a temperatura permanece constante durante o processo (T=constante). x Isobárico: pressão constante (P=constante). x Isocórico: volume constante (V=constante). Se nos sabemos os valores das propriedades da substância em nosso sistema podemos definir o seu estado termodinâmico. Tipicamente partimos das propriedades termodinâmicas mensuráveis para caracterizar o sistema. Estas podem ser obtidas por mensurações diretas em laboratório, como pressão, temperatura e volume: x Volume está relacionado ao tamanho do sistema. No dia a dia, vemos as unidades litro, metro cúbico e etc. Denotaremos a forma H[WHQVLYD�SRU�³ܸ´� x Temperatura: mede o grau de agitação das partículas. Comumente é apresentada na escala Celsius, porém nos cálculos termodinâmicos precisamos usar uma escala absoluta, isto é, que não apresente valores negativos, como a escala Kelvin. A relação entre essas duas escalas é dada por: ܶ�ܭ ൌ ݐ�Ԩ ? ? ?ǡ ? ? Ou seja, a temperatura em Kelvin é igual a temperatura em Celsius mais 273,15. 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 5 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 x Pressão: A pressão P exercida por um fluido sobre uma superfície é definida como a força normal (F) exercida pelo fluido por unidade de área da superfície (A): ܲ ൌ ܨܣ Esta grandeza évista como o resultado do choque das partículas contra as paredes do recipiente que os contêm. 2.1.3. Calor (Q) e trabalho (W) Ambos estes termos se referem a transferência de energia entre o sistema e a vizinhança. Em um sistema fechado, a transferência de energia na fronteira dele só pode ser feita através de calor e/ou trabalho. Calor é a transferência de energia causada por um gradiente de temperatura, enquanto os outros possíveis tipos de transferência de energia em um sistema fechado se dão através de trabalho. 2.1.3.1. Trabalho Existem muitas formas de trabalho, entre elas o trabalho mecânico (expansão/compressão, rotação de uma manivela), elétrico e a magnético. O caso mais comum nos problemas de engenharia e questões de concurso é a expansão ou compressão de um fluido. No caso clássico de um gás contido em um cilindro dotado de êPEROR�PyYHO��R�WUDEDOKR�³:´�UHDOL]DGR�p�GHILQLGR�SRU� ܹ ൌ െ න ܲ�ܸ݀ଶଵ � Onde P é a pressão externa exercida sobre o sistema V1 é o volume inicial e V2 o volume final. Perceba que se a pressão exercida é constante podemos integrar o volume para obter: ܹ ൌ െ�ܲ�Ǥ ?ܸ� Ou seja, pressão vezes variação de volume. 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 6 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 O sinal negativo é incluído como uma convenção. Se aplicamos uma força no êmbolo e comprimimos o gás existente, ? ܸé negativo e logo o trabalho é positivo. Veja que nesse caso estamos fornecendo energia para o sistema. Assim, ³0$,6´�HQHUJLD�SDUD�R�VLVWHPD Æ ³0$,6´� WUDEDOKR� �WUDEDOKR� SRVLWLYR�. Similarmente, se o gás expande o sistema está ³GDQGR´� VXD� HQHUJLD� SDUD� D� YL]LQKDQoD� H� SHUGHQGR� energia. O ? ܸ é positivo e o sinal do trabalho fica negativo: ³0ENOS´� HQHUJLD� SDUD� R� VLVWHPD� Æ ³MENOS´�WUDEDOKR��WUDEDOKo negativo). Veja que, por convenção, o sistema é o referencial para o sinal de trabalho: se ele perde energia o trabalho é negativo, se ele ganha o trabalho é positivo. QF1. (Exercício de fixação) Considere uma expansão a pressão constante como a ilustrada abaixo. Inicialmente o sistema tem 1 mol do gás A e 2 bar num volume de 10 litros. A expansão começa quando liberamos a trava do êmbolo. Assim o gás expande até que sua pressão se iguale a pressão externa, atingindo um volume de 15,2 litros. Qual o trabalho realizado pelo sistema? Resolução: Vamos aplicar a equação do trabalho: Processo 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 7 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 ܹ ൌ െ න ܲ�ܸ݀ଶଵ Como a pressão externa é constante, podemos tirá-la de dentro da integral: ܹ ൌ െܲ න �ܸ݀ଶଵ ൌ െ�ܲ�Ǥ ?ܸ ൌ െሺ ?�ܾܽݎሻǤ ሺ ? ?ǡ ?ܮ െ ? ?ܮሻ Vamos converter bar para Pascal e litro para m3, unidades do SI. ܹ ൌ െሺ ?�ܾܽݎሻ ቆ ? ?ହ�ܲܽ ?�ܾܽݎቇ Ǥ ሺ ? ?ǡ ?ܮ െ ? ?ܮሻ ቆ ? ?ିଷ�݉ଷ ?�ܮ ቇ ൌ െ ? ? ?�ܬ 2.1.3.2. Calor 2� FDORU� ³4´� UHIHUH-se à transferência de energia entre o sistema e a vizinhança cuja força motriz é o gradiente de temperatura. Espontaneamente, a energia flui da região de alta temperatura para a de baixa temperatura. Em alguns casos essa transferência é desejada, como, por exemplo, quando você usa o fogão para ferver água. Entretanto em muitos casos na termodinâmica esse calor flui como uma perda de energia dissipada, como quando o café esfria. Assim como para o trabalho o referencial para o sinal do calor é o sistema: se o calor flui da vizinhança para o sistema o calor é positivo (estamos aquecendo o sistema), já se o calor flui do sistema para a vizinhança o sinal é negativo (neste caso o sistema está perdendo energia e sendo resfriado). 2.2. Calor e temperatura na mudança de estado físico Vimos na aula anterior as diversas formas de uma substância mudar seu estado físico. Vejamos como a varia a temperatura de uma substância pura mediante aquecimento: 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 8 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 O gráfico começa em baixas temperaturas, quando a substância se encontra na fase sólida (S). Veja que com o tempo (e aquecimento) chega-se em na transição de fases, quando tanto sólido como o líquido coexistem (S+L). Essa mudança de fase acontece à temperatura constante. Por exemplo, se estamos aquecendo gelo ele chegará a temperatura de ?Ԩ, quando começa a fundir e se transformar em líquido. O calor que fornecemos durante a mudança GH�IDVH�QmR�DOWHUD�D�WHPSHUDWXUD��HOH�p�³XVDGR´�H[FOXVLYDPHQWH�SDUD�TXHEUDU� as ligações intermoleculares no gelo para permitir o surgimento da fase líquida. Quando tudo se transforma em líquido (L) a ?Ԩ, novamente o calor passa a elevar a temperatura da substância, pois aumenta o grau de agitação das moléculas. Uma nova transição de fases acontece (L+V) e então toda a água vira vapor (V). O calor usado para mudança de estado físico (como nos processos S+L e L+V) é denominado calor latente (L). Consiste na quantidade de calor por unidade de massa que precisa ser fornecido para levar uma substância de um estado para o outro. O calor total em uma mudança de fase é então: S + L L + V S L V ܳ ൌ ܮ�Ǥ ݉ 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 9 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 Por exemplo, o calor de fusão da água é igual a 333 kJ/kg. Qual a quantidade de calor necessária para levar 3 kg de gelo completamente até água líquida? ܳ ൌ ܮ݉ ൌ ൬ ? ? ?݇ ܬ݇݃൰ ሺ ?�݇ ݃ሻ ൌ ? ? ?�݇ܬ Precisaríamos de fornecer 999 kJ. O outro tipo de calor envolvido é aquele que provoca uma mudança de temperatura na substância, como nos aquecimentos S, L e V. Ele é definido como calor sensível. Matematicamente, temos: 2QGH��³ܿ´�p�R�calor específico da substância, que tem unidades no SI igual a �. O calor específico representa a energia necessária para elevar a temperatura de 1 quilograma (1 kg) do material em 1Ԩ ou 1K. Ou seja, quanto maior for o calor especifico de uma substância significa que mais energia ela demanda para que seja promovido o aumento de temperatura. ³ ?ܶ´ �p�D�GLIHUHQoD�HQWUH�D�WHPSHUDWXUD�ILQDO�H�D�LQLFLDO�GD�VXEVWkQFLD� ?ܶ ൌ ܶ െ ܶ 2� FDORU� ³4´� UHIHUH-se à transferência de energia entre o sistema e a vizinhança cuja força motriz é a diferença de temperatura. Espontaneamente, a energia flui da região de alta temperatura para a de baixa temperatura. Para diferenciar quando um material está perdendo ou recebendo calor, estabelecemos um referencial: se o material ganha calor usaremos o sinal positivo (+), já se o material perde calor o sinal é negativo (-), pois o sistema está perdendo energia e sendo resfriado). ܳ ൌ ݉�Ǥ ܿ�Ǥ ? ܶ 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 10 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRODE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 Q1. (CESGRANRIO 2014 ± Técnico de Inspeção de Equipamentos / Petrobras) Uma massa de água m=100 g está a uma temperatura inicial Ti = 30 oC. Essa massa é colocada em um refrigerador de modo que toda ela congela. Qual é, em J, a energia retirada para congelar os 100 g de água? (A) 4,2 x 103 ͒ (B) 4,6 x 104 ͒ (C) 8,0 x 104 ͒ (D) 4,2 x 105 ͒ (E) 4,6 x 106 ͒ Resolução: Primeiro, calculamos o calor que deve ser retirado para que a água sai dos ? ?�Ԩ iniciais até a temperatura que inicia o congelamento ( ?�Ԩ): ܳ௦௦À௩ ൌ ݉�Ǥ ܿ�Ǥ ? ܶܳ௦௦À௩ ൌ ሺ ? ? ?�݃ሻ ൬ ?ǡ ? ܬ݃�Ԩ൰ ሺ ?Ԩെ ? ?Ԩሻ ܳ௦௦À௩ ൌ െ ? ?Ǥ ? ? ?�ܬ Agora que a água atingiu seu ponto de congelamento, vamos calcular o calor retirado necessário para congelar os 100 gramas de água. ܳ௧௧ ൌ െܮ�Ǥ ݉ ܳ௧௧ ൌ െ ൬ ? ? ?݃ܬ ൰ ሺ ? ? ?�݃ሻ ൌ െ ? ?Ǥ ? ? ?�ܬ Usei o sinal negativo somente para indicar que o calor está sendo retirado da substância. Veja que foi fornecido o calor latente de fusão da água, ele diz que precisamos de 336 J para fundir 1 grama de água, isso significa que precisamos então retirar 336 J para congelar 1 grama de água. O calor total que precisa ser retirado é a soma desses dois valores, então: ܳ௧௧ ൌ െ� ? ?Ǥ ? ? ?�ܬ ൌ െ� ?ǡ ?�Ǥ ? ?ସܬ Dados: ܮ௨௦ ൌ ? ? ?�ܬȀ݃ ܿ௨ ൌ ?ǡ ?��ܬȀ݃�Ԩ 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 11 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 Como o enunciado já pergunta o calor retirado, basta assinalar o valor positivo de ?ǡ ?�Ǥ ? ?ସ�ܬ. GABARITO: B Q2. (CESGRANRIO 2014 ± Engenheiro de Petróleo Júnior / Petrobras) Uma amostra de 100 g do material M é utilizada como referência para uma medida de calor específico. Para tal, uma certa quantidade de calor Q é dada para o material M e verifica-se que há uma variação de temperatura de 2 K. Em seguida, uma nova amostra, também de 100 g, de um material N recebe uma quantidade de calor 2Q, o que provoca uma variação de temperatura de 0,5 K. Considerando que o calor específico da amostra M é de 128 J/(kg.K), qual é o calor específico, em J/(kg.K), da amostra N? (A) 256 (B) 512 (C) 128 (D) 512 (E) 1.024 Resolução: Vamos fazer uma tabela comparativa com os dois experimentos: M N Massa 100 g 100 g Calor fornecido Q 2Q 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 12 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 Variação de temperatura 2K 0,5 K Com o calor específico da amostra M foi fornecido, podemos calcular a quantidade de calor Q que foi fornecida: ܳ ൌ ݉�Ǥ ܿெ�Ǥ ? ܶܳ ൌ ሺ ?ǡ ?�݇ ݃ሻ�Ǥ ൬ ? ? ? ܬ݇݃�Ǥ ܭ൰� Ǥ ሺ ?�ܭሻ ܳ ൌ ? ?ǡ ?�ܬ Agora podemos determinar que: ?ܳ ൌ ? ?ǡ ?�ܬ E, enfim, calculamos o calor específico da amostra N: ?ܳ ൌ ݉�Ǥ ேܿ�Ǥ ? ܶܿே ൌ ? ?ǡ ?�ܬሺ ?ǡ ?�݇݃ሻ�ሺ ?ǡ ?�ܭሻ ܿே ൌ ? ? ? ? ܬ݇݃�Ǥ ܭ GABARITO: E 2.3. Equilíbrio térmico São comuns problemas em que materiais a diferentes temperaturas são misturados de forma que eles troquem calor entre si. Ao final do processo, espera-se que eles atinjam o chamado equilíbrio térmico, quando todos as substâncias ficam a uma mesma temperatura e não há mais troca de calor. Devido ao princípio da conservação da energia, toda a energia (calor) trocada entre as substâncias deve ser equivalente. Por exemplo, se um corpo 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 13 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 X perde 50 kJ de energia, outro corpo Y deve estar ganhando esses 50 kJ. Podemos escrever esse princípio matematicamente da seguinte forma: ܳଵ ܳଶ ڮ ܳ ൌ ? Ou seja, soma dos calores trocados deve ser nula. Isso deve ser verdade para que possamos garantir que o calor não seja nem criado nem destruído. Q3. (CESGRANRIO 2012 ± Técnico de Inspeção de Equipamentos / Petrobras) Uma certa massa M de água a 20 °C é despejada sobre 100 g de gelo a 0 °C, dentro de um calorímetro. Verifica-se que o produto final é constituído apenas por água no estado líquido a 0 °C. Dado que o calor específico da água é c = 1,0 cal/(g .°C) e que o calor latente de fusão da água é, aproximadamente, L = 80 cal/g, qual o valor de M? (A) 20 g (B) 80 g (C) 100 g (D) 180 g (E) 400 g Resolução: Como o produto final é água completamente no estado líquido, temos que todo o gelo foi derretido e a massa de água adicionada foi resfriada até 0°C, que é a temperatura de equilíbrio. Calor necessário para derreter (fundir) os 100 gramas de gelo: ܳଵ ൌ ܳ௧௧ ൌ ܮ�Ǥ ݉ ܳଵ ൌ ൬ ? ?ܿ ݈ܽ݃ ൰ ሺ ? ? ?�݃ሻ ൌ ?Ǥ ? ? ?�݈ܿܽ O calor usado para derreter o gelo vem da água que é despejada a 20°C, pois de acordo com a conservação da energia ܳଵ ܳଶ ൌ ? ?Ǥ ? ? ?�݈ܿܽ ܳଶ ൌ ? ܳଶ ൌ െ ?Ǥ ? ? ?�݈ܿܽ 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 14 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 Essa é a energia retirada da água, que inicialmente estava a 20°C e terminou o processo a 0°C. Logo: ?ܶ ൌ ܶ െ ܶ ൌ ሺ ? െ ? ?ሻԨ ?ܶ ൌ െ ? ?Ԩ Enfim, usamos a fórmula do calor sensível: ܳଶ ൌ ܳ௦௦À௩ ൌ ܯ�Ǥ ܿ�Ǥ ? ܶܯ ൌ െ� ?Ǥ ? ? ?�݈ܿܽ൬ ? ݈ܿܽ݃�Ԩ൰ ሺെ ? ?Ԩሻ ܯ ൌ ? ? ?�݃ A massa de água corresponde a 400 gramas. GABARITO: E 2.4. Propriedades de uma substância pura 2.4.1. Estados de agregação da matéria Gases, líquidos e sólidos são todos feitos de átomos, moléculas e/ou íons, mas o comportamento dessas partículas pode ser diferenciado nessas três diferentes fases. Veja uma figura bem simples que mostra as diferenças microscópicas entre esses estados: Perceba que as partículas de um: x Gás estão bem separadas com nenhum arranjo regular. 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 15 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 x Líquido estão bem próximas, mas ainda sem um arranjo regular. x Sólido estão bem mais comprimidas e geralmente seguem um padrão regular. Gases são formados por um número muito grande de moléculas e suas propriedades são consequência do comportamento dessas partículas. Quando, por exemplo, fazemos uso de uma bomba de bicicleta, podemos ver que o ar é compressível, isto é, que ele pode ser confinado em um volume menor do que o volume original. A observação de que os gases são mais compressíveis do que sólidos e líquidos sugere que existe muito espaço livre entre as moléculas dos gases. Os líquidos existem em consequência das forças intermoleculares. Essas forças também determinam as suas propriedades físicas. Quando imaginamos um líquido, podemos pensar em um conjunto de moléculas que trocam constantemente de lugar com suas vizinhas. Para finalizar vou por aqui uma tabela com as principaiscaracterísticas destas fases e a explicação microscópica para tais: Gás Líquido Sólido Assume a forma e volume do seu recipiente Partículas se movem umas pelas outras Assume parte da forma do recipiente o qual ocupa Partículas se movem/escorregam umas pelas outras Possui forma e volume fixos Partículas rígidas e geralmente presas dentro de um arranjo cristalino Compressível Muito espaço livre entre partículas Baixa compressibilidade Pequeno espaço livre entre partículas Baixíssima compressibilidade Pequeno espaço livre entre partículas Flui facilmente Partículas se movem umas pelas outras Flui facilmente Partículas se movem/escorregam umas pelas outras Não fluem Partículas rígidas que não se movem/escorregam umas pelas outras 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 16 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 2.4.2. Diagramas de fase para substâncias puras Usualmente uma substância pura no equilíbrio existe inteiramente como um sólido, um líquido ou um gás; mas a certas temperaturas e pressões, duas ou mesmo três fases podem coexistir. Por exemplo, água pura é um vapor a 20°C e 3 mmHg e um líquido a 20°C e 760 mmHg, mas a 100°C e 760 mmHg pode ser um vapor, um líquido ou uma mistura dos dois. Na particular temperatura de 0,0098°C e pressão de 4,58 mmHg temos o ponto triplo da água, no qual sólido, líquido e gás podem coexistir. Expressamos graficamente as fases que uma substância pode assumir a depender das variáveis do sistema através de diagramas de fase. O mais comum de todos e o que trabalharemos neste tópico introdutório é o gráfico pressão versus temperatura. Vejamos então o diagrama PT (pressão vs temperatura) da água: 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 17 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 Fonte: Felder, R.M. Elementary Principles of Chemical Process. 2016. As fronteiras (linhas) entre duas fases representam pressões e temperaturas nas quais duas fases podem existir. Por exemplo, a linha que vai do ³SRQWR�WULSOR´ até o ³SRQWR�FUtWLFR´ representa as condições nas quais o equilíbrio líquido-vapor existe, pois esta linha está exatamente entre as fases líquido e vapor. Vários termos familiares podem ser definidos em referência ao diagrama de fases: 1. Para cada coordenada (T, P) que se encontra sobre a curva de equilíbrio líquido-vapor para uma determinada substância, P é a pressão de vapor da substância a temperatura T, e T é o ponto de ebulição da substância a pressão P. 2. O ponto de ebulição normal da substância é o ponto de ebulição para P=1 atm. 3. O ponto de fusão ou ponto congelamento, à uma pressão P, é a temperatura T da coordenada (T,P) que cai sobre a curva do equilíbrio sólido-líquido. 4. O ponto de sublimação, à uma pressão P, é a temperatura T da coordenada (T,P) que cai sobre a curva do equilíbrio sólido-vapor. 5. O ponto triplo é aquele no qual as fases sólida, líquida e vapor podem coexistir. 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 18 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 6. O ponto crítico se localiza ao final da curva do equilíbrio líquido-vapor. Se a temperatura e pressão forem maiores do que nesse ponto a substância terá um comportamento denominado de supercrítico. Nele não temos duas fases, mas sim apenas uma única, com propriedades mistas entre líquido e gás. Q4. (FCC 2007 ± Analista: Engenheiro Químico/MPU) Considere as afirmativas e a figura abaixo, que representa o diagrama de fases para uma substância pura. I. As regiões A, D e E representam regiões em que a substância seria um sólido, um fluido supercrítico e um gás, respectivamente. II. A temperatura e a pressão do ponto triplo desta substância são T4 e P4. III. Se esta substância estiver inicialmente na temperatura e na pressão T1 e P3, ao elevar-se a temperatura até T2, mantendo a pressão constante, muda-se o estado de agregação da substância de sólido para líquido. IV. A pressão P1 é a pressão de liquefação na temperatura T1, para esta substância. 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 19 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 V. A temperatura T3 é a temperatura de ebulição desta substância na pressão P3. É correto o que se afirma APENAS em: (A) III, IV e V. (B) II, III e V. (C) I, II e IV. (D) I, III e V. (E) II e V. Resolução: (I) CORRETA: Exato. Na região A o estado de agregação é sólido. Na região D consiste em condições de temperatura e pressão além do ponto crítico, caracterizando o fluido supercrítico. Enquanto na região E corresponde a região de gás. (II) INCORRETA: A temperatura e a pressão do ponto triplo desta substância são T2 e P2! (III) CORRETA: A transição descrita corresponde a uma mudança da região A para a região C, ou seja, do sólido para o líquido. (IV) INCORRETA: A pressão P1 é a pressão de sublimação na temperatura T1, para esta substância. Pois essas condições encontram-se na porção do equilíbrio sólido-vapor do diagrama de fases. 00000000000 - DEMO 0 Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 20 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 (V) CORRETA: Perfeitamente. A porção da curva que divide as regiões B e C refere-se ao equilíbrio líquido-vapor. Ou seja, os pontos dessa curva correspondem ao ponto de ebulição da substância. GABARITO: D Existem outros diagramas termodinâmicos que trazem informações importantes sobre as substâncias puras. Vejamos a seguir o diagrama PV (Pressão vs Volume). Observe o diagrama abaixo onde ݒ representa o volume molar (L/mol). Fonte: Koretsky, M.D. Engineering and Chemical Thermodynamics. 2012. Em um diagrama PV, as fronteiras entre as fases tornam-se regiões nas quais duas fases coexistem em equilíbrio. Observe as regiões: líquido-vapor, sólido-vapor e sólido-líquido. Veja também que o ponto triplo agora é representado por uma linha, a linha tripla. Isotermas são curvas que representam o comportamento termodinâmico a temperatura constante. Vamos exibir algumas no diagrama PV abaixo, com destaque para as regiões de líquido, líquido-vapor e vapor: 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 21 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 Fonte: Koretsky, M.D. Engineering and Chemical Thermodynamics.2012. Tc representa a temperatura crítica, ela é fundamental para diferenciar o comportamento termodinâmico. Acima dela não existe mais vapor, líquido ou equilíbrio líquido vapor (a substância se comporta de forma intermediária). Observe que em temperaturas T>Tc a isoterma não cruza a fronteira entre fases, isso porque um fluido a uma temperatura e pressão maior que as do ponto crítico é dito supercrítico e nestes casos só é possível existir uma fase. Já quando T<Tc dizemos que a temperatura é subcrítica e observamos a existência do equilíbrio entre as fases líquido e vapor na região que se encontra abaixo da curva em forma de domo. Veja que a isoterma é completamente horizontal nesta região, isso por que uma substância pura evapora a temperatura constante. Observe o exemplo de processo: Fonte: Koretsky, M.D. Engineering and Chemical Thermodynamics. 2012. 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 22 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 Entre os pontos 2,3 e 4 temos um processo isotérmico (evaporação). No ponto 2 temos o chamado líquido saturado, ele está fervendo e na iminência de evaporar. A medida que fornecemos energia para o sistema vamos caminhando para o ponto 3, onde metade do líquido evaporou e formou uma fase vapor. Enquanto que o ponto 4 temos a completa transformação em vapor, referimos ao vapor nesse estado como vapor saturado. Observe a variação do volume molar neste caso. Como esperado o líquido ocupa um volume bem menor do que o vapor. No caso do ponto 3 (ou outros pontos intermediários entre 2 e 4) o volume molar exibido representa uma média ponderada entre o volume molar do líquido e do vapor. Portanto, quanto mais líquido estiver presente mais o volume molar se aproxima do valor do líquido saturado, enquanto quanto mais vapor mais este volume se aproxima do volume molar do vapor saturado. Se no ponto 2 diminuirmos a temperatura, a pressão constante, chegamos no ponto 1, que chamamos de líquido subresfriado. Por outro lado, se do ponto 4 aquecemos o vapor, chegamos no ponto 5, o vapor superaquecido. Por fim, vou pôr aqui o diagrama PT com 5 pontos assinalados que representam esses mesmos casos discutidos. Desta forma, você pode fazer uma comparação. Fonte: Koretsky, M.D. Engineering and Chemical Thermodynamics. 2012. 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 23 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 2.4.2.1. Pressão de vapor A pressão de vapor de uma espécie é definida como a contribuição que essa substância faz para a pressão total a uma dada temperatura. Ela pode ser entendida como uma medida da volatilidade1 de uma substância. Para uma dada temperatura T, quanto maior a pressão de vapor maior é a volatilidade da substância. Existem muitos processos na indústria que utilizam a diferença de volatilidade (ou pressão de vapor) das substâncias para separá-las. Um exemplo seria a destilação. Imaginamos então que é fundamental sabermos as pressões de vapor das substâncias. Como elas são obtidas na prática? As mais conhecidas têm valor tabelado, porém todas as outras precisam ser estimadas por meio de correlações empíricas2. Entretanto há uma relação analítica para substâncias puras, a equação de Clapeyron. Ela é capaz de relacionar כ, a pressão de vapor da substância i, com T, a temperatura absoluta: Onde ܸ e ܸ são os volumes molares específicos (volume/mol) do gás e do líquido, respectivamente. Já ?ܪ é o calor latente de vaporização, a energia necessária para vaporizar 1 mol de líquido. 1 A volatilidade de uma espécie é o grau no qual a espécie tende a sair do estado líquido para o vapor, ou seja, evaporar. 2 Isso acontece porque seria muito custoso obter esses dados experimentalmente. Correlações empíricas oferecem confiança satisfatória para cálculos de engenharia. Equação de Clapeyron: ݀כ݀ܶ ൌ ?ܪܶ�ሺ ܸ െ ܸሻ 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 24 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 Q5. (CESGRANRIO 2010 ± Engenheiro de Processamento Júnior/Petrobras) Em relação à pressão de vapor de um líquido, é INCORRETO afirmar que (A) A pressão de vapor de um líquido aumenta linearmente com o aumento da temperatura.͒ (B) a curva de pressão de vapor relaciona pressão a temperatura, sendo que, em qualquer ponto acima da curva, existem duas fases, líquido e vapor.͒ (C) a pressão de vapor pode ser estimada por meio de equações empíricas.͒ (D) a Equação de Clapeyron estabelece uma relação termodinâmica entre pressão de vapor e entalpia de vaporização de uma substância pura.͒ (E) um líquido puro entra em ebulição, em dada temperatura, quando sua pressão de vapor é igual à pressão à qual está submetido. Resolução: (A) INCORRETA: pela equação de Clapeyron constatamos que a dependência da pressão de vapor com a temperatura não é linear, logo a afirmativa está errada e foi o gabarito preliminar da questão. (B) INCORRETA: quando estudamos o digrama de fases vimos que na curva da pressão de vapor podem existir duas fases, mas acima dela temos SOMENTE a fase líquida: 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 25 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 (C) CORRETA: conforme afirmamos é comum o uso de equações empíricas para estimações. (D) CORRETA: perfeitamente! Foi como observamos na definição da equação. (E) CORRETA: exato. Digamos que temos água pura a 20°C e 1 atm (760 mmHg) e começamos a aumentar a temperatura, aumentando assim a sua pressão de vapor também. No momento em que essa pressão de vapor igualar a pressão externa teremos o início da ebulição, o que acontece a 100°C quando temos uma pressão de 1 atm (760 mmHg). No gráfico a seguir, isso seria equivalente a começar no ponto C e aquecer até o ponto D A questão foi posteriormente anulada, pois tanto (A) como (B) estão incorretas, logo: GABARITO: ANULADA Q6. (CESGRANRIO 2010.2 ± Engenheiro de Petróleo Júnior / Petrobras) A figura acima representa, em uma escala especial, a curva de pressão de vapor de duas substâncias A e B em função da temperatura. Nesse contexto, analise as afirmativas a seguir. 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 26 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 I - A substância A é mais volátil do que a substância B. II - A substância A será um líquido sub-resfriado, e a substância B um vapor superaquecido, se o ponto O representar a pressão e a temperatura do sistema. III - Os pontos P e Q representam, respectivamente, os pontos críticosdas substâncias A e B. Está correto o que se afirma em (A) III, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. Resolução: Trata-se do diagrama PT, em que se representa a pressão de vapor das substâncias para uma dada temperatura. Assim, está sendo representado somente o segmento do gráfico que representa a curva de 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 27 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 vaporização, que separa as regiões de líquido e de vapor. Ou seja, a curva que vai do ponto triplo até o ponto crítico no diagrama: (I) CORRETA: A curva da substância A mostra que ela apresenta pressão de vapor sempre superior em relação à substância B. Quanto maior a pressão de vapor, mais volátil é a substância. (II) INCORRETA: É exatamente o inverso. O ponto O está abaixo da curva GD� VXEVWkQFLD� $�� ORJR� ³$´� VHUi� XP� YDSRU� VXSHUDTXHFLGR�� HQTXDQWR� D� substância B será um líquido sub-resfriado. (III) CORRETA: Exatamente. Ao final da curva de pressão de vapor em um diagrama Pressão x Temperatura, encontra-se o ponto crítico da substância. GABARITO: C 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 28 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 3. Resolução de questões Q7. (CESGRANRIO 2014 ± Engenheiro de Petróleo Júnior / Petrobras) Um painel solar plano é utilizado para se montar um sistema de aquecimento de água em uma região da cidade onde a intensidade de luz solar é de 500 W/m2. Esse sistema, depois de instalado, é capaz de transformar apenas 10% da energia solar incidente em calor. Para medir essa eficiência, mediu-se o tempo necessário para se aquecerem 20 litros de água do sistema de 10 °C até 15 °C. Se o tempo medido foi de 2,0 horas, e o calor específico da água é 4,2 J/(g.K), a área do painel solar utilizado, em m2, é, aproximadamente, (A) 0,6 (B) 1,2 (C) 3,6 (D) 4,2 (E) 7,8 Resolução: Vamos calcular a quantidade de calor efetivamente absorvida pela água. Considerando a densidade da água como 1 g/ml teremos então uma massa de 20 kg. Quanto a variação de temperatura, ela é equivalente entre as escalas Kelvin e Celsius, ou seja: ?ܶ ൌ ?�Ԩ ൌ ?ܭ Agora partimos para a equação do calor sensível: 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 29 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 ܳ௦௦À௩ ൌ ݉�Ǥ ܿ�Ǥ ? ܶܳ௦௦À௩ ൌ ሺ ? ?�݇݃ሻ�Ǥ ൬ ?ǡ ? ܬ݃�Ǥ ܭ൰� Ǥ ሺ ?ܭሻ ܳ௦௦À௩ ൌ ? ? ?�݇ܬ Se o tempo necessário para essa absorção de calor foi de 2,0 horas, devemos ter uma potência absorvida pela água de: ܲ ൌ ܳݐ ൌ ? ? ?�݇ܬ ?ǡ ?�݄ ܲ ൌ ? ? ?�݇ܬ ?ǡ ?�݄ ൈ ?�݄ ? ? ? ?�ݏൌ ? ? ?�ܬ ?ǡ ?�ݏ؆ ? ?�ܹ Sabendo que apenas 10% da potência de 500 W/m2 é absorvida sob a forma de calor (ou seja, 50 W/m2) determinamos a área do painel usando uma simples análise dimensional: ܣ ൌ ? ?�ܹ ? ?�ܹȀ݉ଶ ܣ ൌ ?ǡ ? ?�݉ଶ ܣ ൎ ?ǡ ?� ଶ݉ GABARITO: B Obs: De acordo com sua preferência, você também pode usar uma regra de três no lugar da análise dimensional: 50 W -------- 1 m2 58 W -------- A ܣ ൎ ?ǡ ?� ଶ݉ Q8. (CESGRANRIO 2014.2 ± Técnico de Inspeção de Equipamentos / Petrobras) Com base na calorimetria, pode-se medir o calor específico de uma substância. Para tal, deve-se elevar a temperatura dessa substância, colocá- 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 30 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 la em um calorímetro contendo água com massa m a e temperatura T a conhecidas e depois medir a temperatura da combinação após o equilíbrio. Aplicando-se o princípio da conservação de energia, e considerando-se que m x é a massa da substância, c x é seu calor específico, T x é sua temperatura inicial, c a é o calor específico da água e T é a temperatura de equilíbrio final, tem-se para determinar o calor específico da substância c x a expressão: (A)�ܿݔ ൌ ݉ܽ�Ǥܿܽ�Ǥሺܶܶܽሻ݉ݔ�Ǥሺܶݔܶሻ (B)�ܿ௫ ൌ ೣ�Ǥሺ்ೣ ା்ሻೌ�Ǥೌ�Ǥሺ்ା்ೌ ሻ (C)�ܿ௫ ൌ ೌ�Ǥೌ�Ǥሺ்ା்ೌ ሻଶೣ�Ǥሺ்ೣ ି்ሻ (D) ܿ௫ ൌ ೌ�Ǥೌ�Ǥሺ்ି்ೌ ሻೣ�Ǥሺ்ೣ ି்ሻ (E) ܿ௫ ൌ ೣ�Ǥሺ்ೣ ି்ሻೌ�Ǥೌ�Ǥሺ்ି்ೌ ሻ Resolução: Podemos escrever que os calores envolvidos são: ܳ ൌ ݉�Ǥ ܿ�Ǥ ሺܶ െ ܶሻ ܳ௫ ൌ ݉௫�Ǥ ܿ௫�Ǥ ሺܶ െ ௫ܶሻ Veja que tanto a água quanto a substância x terminam a uma mesma WHPSHUDWXUD�GH�HTXLOtEULR�³ܶ´��3HOR�SULQFtSLR�GD�FRQVHUYação da energia, a soma dos calores trocados deve ser nula: ܳ ܳ௫ ൌ ? Então, isolamos ܿ௫: ݉�Ǥ ܿ�Ǥ ሺܶ െ ܶሻ ݉௫�Ǥ ܿ௫�Ǥ ሺܶ െ ௫ܶሻ ൌ ? ܿ௫ ൌ ݉�Ǥ ܿ�Ǥ ሺܶ െ ܶሻെ݉௫�Ǥ ሺܶ െ ௫ܶሻ 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 31 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 ܿ௫ ൌ ݉�Ǥ ܿ�Ǥ ሺܶ െ ܶሻ݉௫�Ǥ ሺ ௫ܶ െ ܶሻ GABARITO: D Q9. (CESPE 2016 ± Perito Criminal/PC-PE) Em relação à matéria e a mudanças de estado físico, assinale a opção correta. (A) Quando a amostra de uma substância sofre um processo de resfriamento, suas partículas passam a se mover mais livremente, com maior velocidade. (B) Os processos de fusão de um sólido e vaporização de um gás podem ser compreendidos em função da redução da liberdade de movimento das partículas componentes dessas substâncias. (C) O estado físico é uma condição específica de uma amostra da matéria que é descrita em termos de sua forma física, do volume, da pressão, da temperatura e da quantidade de substância presente. (D) As partículas de uma amostra de gás apresentam distância desprezível entre si e restrição de movimentos. (E) As partículas de substâncias sólidas interagem pouco entre si. Resolução: (A) INCORRETA: Pois quando a amostra de uma substância sofre um processo de resfriamento, suas partículas passam a se mover MENOS livremente, com MENOR velocidade. (B) INCORRETA: Tanto a fusão quanto a vaporização decorrem de um aumento na temperatura. Assim, as partículas passam a se mover mais livremente. 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 32 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 (C) CORRETA: De fato. O estado físico de uma substância depende exatamente das propriedades listadas. (D) INCORRETA: As partículas de uma amostra de gás apresentam grande distância entre si, isso é a atestado pela facilidade de se comprimir um gás. Além disso, não há restrição de movimentos, pelo contrário, as moléculas têm uma grande liberdade. (E) INCORRETA: Numa substância sólida as partículas estão muito próximas umas das outras e há pouco movimento,justamente devido as fortes interações que ocorre entre as moléculas. GABARITO: C Q10. (CESGRANRIO 2010 ± Técnico de Inspeção de Equipamentos / Petrobras) Dois recipientes possuem capacidade de 1 litro. Um deles está completamente cheio de café a 90 °C, e o outro completamente cheio de leite a 10 °C. Deseja-se obter 1 litro de café com leite a 30°C. Para isso, misturou-se certa quantidade de café de um dos recipientes a certa quantidade de leite do outro em um terceiro recipiente de volume interno maior que 1 litro. Suponha que o café e o leite tenham o mesmo valor de calor específico e a mesma densidade, e que, durante o processo, só tenha havido trocas de calor entre os líquidos supracitados. A quantidade de café, em mililitros, usada na mistura para que se obtivesse o resultado desejado foi (A) 100 (C) 333 (E) 750 (B) 250 (D) 666 Resolução: Ao final do processo, deve-se obter café com leite a temperatura de 30°C. Ou seja, essa é a temperatura de equilíbrio. ܳ± ൌ ݉±�Ǥ ܿ�Ǥ ൫ܶ െ ܶ±൯ ൌ ݉±�Ǥ ܿ�Ǥ ሺ ? ?Ԩെ ? ?Ԩሻ 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 33 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 ܳ௧ ൌ ݉௧�Ǥ ܿ�Ǥ ሺܶ െ ܶ௧ሻ ൌ ݉௧�Ǥ ܿ�Ǥ ሺ ? ?Ԩെ ? ?Ԩሻ Então: ܳ± ൌ ݉±�Ǥ ܿ�Ǥ ሺെ ? ?Ԩሻ ܳ௧ ൌ ݉௧ �Ǥ ܿ�Ǥ ሺ ? ?Ԩሻ Como só há trocas de calor entre os líquidos citados, temos que o calor cedido pelo café é equivalente ao calor absorvido pelo leite. Assim: ܳ± ܳ௧ ൌ ? ݉±�Ǥ ܿ�Ǥ ሺെ ? ?Ԩሻ ݉௧�Ǥ ܿ�Ǥ ሺ ? ?Ԩሻ ൌ ? Como possuem o mesmo calor específico: ݉±�Ǥ ሺ ? ?Ԩሻ ൌ ݉௧�Ǥ ሺ ? ?Ԩሻ ݉௧ ൌ ?�Ǥ ݉±� Agora, levando em conta que possuem a mesma densidade: ߩ� ܸ௧ ൌ ?�Ǥ ߩ� ܸ± ܸ௧ ൌ ?�Ǥ ܸ± Temos mais uma equação, com a informação de que o volume total é de 1 litro. ܸ±ା௧ ൌ � ܸ± ܸ௧ ൌ ?�ܮ� Enfim, resolvemos o sistema de equações: ܸ௧ ൌ ?�Ǥ ሺ ?ܮ െ ܸ௧ሻ ?�Ǥ ܸ௧ ൌ ?�ܮ ܸ௧ ൌ ?ǡ ? ?�ܮ Já o volume de café usado na mistura é: ܸ± ൌ ?ǡ ? ?�ܮ ൌ ? ? ?�݉ܮ GABARITO: B 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 34 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 Até a próxima aula! Abraço, Prof. Victor Augusto 00000000000 - DEMO ==0== Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 35 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 4. Lista de questões apresentadas na aula Q1. (CESGRANRIO 2014 ± Técnico de Inspeção de Equipamentos / Petrobras) Uma massa de água m=100 g está a uma temperatura inicial Ti = 30 oC. Essa massa é colocada em um refrigerador de modo que toda ela congela. Qual é, em J, a energia retirada para congelar os 100 g de água? (A) 4,2 x 103 ͒ (B) 4,6 x 104 ͒ (C) 8,0 x 104 ͒ (D) 4,2 x 105 ͒ (E) 4,6 x 106 ͒ Q2. (CESGRANRIO 2014 ± Engenheiro de Petróleo Júnior / Petrobras) Uma amostra de 100 g do material M é utilizada como referência para uma medida de calor específico. Para tal, uma certa quantidade de calor Q é dada para o material M e verifica-se que há uma variação de temperatura de 2 K. Em seguida, uma nova amostra, também de 100 g, de um material N recebe uma quantidade de calor 2Q, o que provoca uma variação de temperatura de 0,5 K. Considerando que o calor específico da amostra M é de 128 J/(kg.K), qual é o calor específico, em J/(kg.K), da amostra N? (A) 256 Dados: ܮ௨௦ ൌ ? ? ?�ܬȀ݃ ܿ௨ ൌ ?ǡ ?��ܬȀ݃�Ԩ 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 36 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 (B) 512 (C) 128 (D) 512 (E) 1.024 Q3. (CESGRANRIO 2012 ± Técnico de Inspeção de Equipamentos / Petrobras) Uma certa massa M de água a 20 °C é despejada sobre 100 g de gelo a 0 °C, dentro de um calorímetro. Verifica-se que o produto final é constituído apenas por água no estado líquido a 0 °C. Dado que o calor específico da água é c = 1,0 cal/(g .°C) e que o calor latente de fusão da água é, aproximadamente, L = 80 cal/g, qual o valor de M? (A) 20 g (B) 80 g (C) 100 g (D) 180 g (E) 400 g Q4. (FCC 2007 ± Analista: Engenheiro Químico/MPU) Considere as afirmativas e a figura abaixo, que representa o diagrama de fases para uma substância pura. 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 37 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 VI. As regiões A, D e E representam regiões em que a substância seria um sólido, um fluido supercrítico e um gás, respectivamente. VII. A temperatura e a pressão do ponto triplo desta substância são T4 e P4. VIII. Se esta substância estiver inicialmente na temperatura e na pressão T1 e P3, ao elevar-se a temperatura até T2, mantendo a pressão constante, muda-se o estado de agregação da substância de sólido para líquido. IX. A pressão P1 é a pressão de liquefação na temperatura T1, para esta substância. X. A temperatura T3 é a temperatura de ebulição desta substância na pressão P3. É correto o que se afirma APENAS em: (F) III, IV e V. (G) II, III e V. (H) I, II e IV. (I) I, III e V. (J) II e V. Q5. (CESGRANRIO 2010 ± Engenheiro de Processamento Júnior/Petrobras) Em relação à pressão de vapor de um líquido, é INCORRETO afirmar que (A) A pressão de vapor de um líquido aumenta linearmente com o aumento da temperatura.͒ (B) a curva de pressão de vapor relaciona pressão a temperatura, sendo que, em qualquer ponto acima da curva, existem duas fases, líquido e vapor.͒ (C) a pressão de vapor pode ser estimada por meio de equações empíricas.͒ 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 38 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 (D) a Equação de Clapeyron estabelece uma relação termodinâmica entre pressão de vapor e entalpia de vaporização de uma substância pura.͒ (E) um líquido puro entra em ebulição, em dada temperatura, quando sua pressão de vapor é igual à pressão à qual está submetido. Q6. (CESGRANRIO 2010.2 ± Engenheiro de Petróleo Júnior / Petrobras) A figura acima representa, em uma escala especial, a curva de pressão de vapor de duas substâncias A e B em função da temperatura. Nesse contexto, analise as afirmativas a seguir. I - A substância A é mais volátil do que a substância B. II - A substância A será um líquido sub-resfriado, e a substância B um vapor superaquecido, se o ponto O representar a pressão e a temperatura do sistema. III - Os pontos P e Q representam, respectivamente, os pontos críticos dassubstâncias A e B. Está correto o que se afirma em (A) III, apenas. 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 39 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. Q7. (CESGRANRIO 2014 ± Engenheiro de Petróleo Júnior / Petrobras) Um painel solar plano é utilizado para se montar um sistema de aquecimento de água em uma região da cidade onde a intensidade de luz solar é de 500 W/m2. Esse sistema, depois de instalado, é capaz de transformar apenas 10% da energia solar incidente em calor. Para medir essa eficiência, mediu-se o tempo necessário para se aquecerem 20 litros de água do sistema de 10 °C até 15 °C. Se o tempo medido foi de 2,0 horas, e o calor específico da água é 4,2 J/(g.K), a área do painel solar utilizado, em m2, é, aproximadamente, (A) 0,6 (B) 1,2 (C) 3,6 (D) 4,2 (E) 7,8 Q8. (CESGRANRIO 2014.2 ± Técnico de Inspeção de Equipamentos / Petrobras) Com base na calorimetria, pode-se medir o calor específico de uma substância. Para tal, deve-se elevar a temperatura dessa substância, colocá- la em um calorímetro contendo água com massa m a e temperatura T a conhecidas e depois medir a temperatura da combinação após o equilíbrio. 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 40 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 Aplicando-se o princípio da conservação de energia, e considerando-se que m x é a massa da substância, c x é seu calor específico, T x é sua temperatura inicial, c a é o calor específico da água e T é a temperatura de equilíbrio final, tem-se para determinar o calor específico da substância c x a expressão: (A)�ܿݔ ൌ ݉ܽ�Ǥܿܽ�Ǥሺܶܶܽሻ݉ݔ�Ǥሺܶݔܶሻ (B)�ܿ௫ ൌ ೣ�Ǥሺ்ೣ ା்ሻೌ�Ǥೌ�Ǥሺ்ା்ೌ ሻ (C)�ܿ௫ ൌ ೌ�Ǥೌ�Ǥሺ்ା்ೌ ሻଶೣ�Ǥሺ்ೣ ି்ሻ (D) ܿ௫ ൌ ೌ�Ǥೌ�Ǥሺ்ି்ೌ ሻೣ�Ǥሺ்ೣ ି்ሻ (E) ܿ௫ ൌ ೣ�Ǥሺ்ೣ ି்ሻೌ�Ǥೌ�Ǥሺ்ି்ೌ ሻ Q9. (CESPE 2016 ± Perito Criminal/PC-PE) Em relação à matéria e a mudanças de estado físico, assinale a opção correta. (A) Quando a amostra de uma substância sofre um processo de resfriamento, suas partículas passam a se mover mais livremente, com maior velocidade. (B) Os processos de fusão de um sólido e vaporização de um gás podem ser compreendidos em função da redução da liberdade de movimento das partículas componentes dessas substâncias. (C) O estado físico é uma condição específica de uma amostra da matéria que é descrita em termos de sua forma física, do volume, da pressão, da temperatura e da quantidade de substância presente. 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 41 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 (D) As partículas de uma amostra de gás apresentam distância desprezível entre si e restrição de movimentos. (E) As partículas de substâncias sólidas interagem pouco entre si. Q10. (CESGRANRIO 2010 ± Técnico de Inspeção de Equipamentos / Petrobras) Dois recipientes possuem capacidade de 1 litro. Um deles está completamente cheio de café a 90 °C, e o outro completamente cheio de leite a 10 °C. Deseja-se obter 1 litro de café com leite a 30°C. Para isso, misturou-se certa quantidade de café de um dos recipientes a certa quantidade de leite do outro em um terceiro recipiente de volume interno maior que 1 litro. Suponha que o café e o leite tenham o mesmo valor de calor específico e a mesma densidade, e que, durante o processo, só tenha havido trocas de calor entre os líquidos supracitados. A quantidade de café, em mililitros, usada na mistura para que se obtivesse o resultado desejado foi (A) 100 (C) 333 (E) 750 (B) 250 (D) 666 00000000000 - DEMO Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 42 TERMODINÂMICA, TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA P/ ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR DA PETROBRAS TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS Prof. Victor Augusto ± Aula 00 5. Gabarito 01 B 02 E 03 E 04 D 05 Anulada 06 C 07 B 08 D 09 C 10 B 00000000000 - DEMO
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