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FORMAÇÃO PROFISSIONAL E DEMOCRATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO.

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FORMAÇÃO PROFISSIONAL E DEMOCRATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO.
RESUMO
O presente artigo trata da formação do Pedagogo e sua atuação para a democratização do conhecimento científico e tecnológico, diante da necessidade de repensar as práticas pedagógicas que por muito tempo distanciaram a ciência do cotidiano, tornando-a um saber complexo, quase inatingível e para poucos. Sabe-se, porém, que o acesso ao conhecimento científico está diretamente relacionado à plena realização e integração social do ser humano já que no mundo contemporâneo tal acesso pode significar produtividade e cidadania de um povo. Sendo assim, é necessário repensar as práticas escolares para compreender a importância do desenvolvimento científico para um país na busca por promover melhorias na qualidade de vida estabelecendo novas relações do homem com o mundo que o cerca.
PALAVRAS–CHAVE: Pedagogia, Ciências, Tecnologia, Metodologias de Ensino.
Este artigo apresenta o trabalho desenvolvido a partir de estudos realizados com graduandos do curso de Pedagogia, iniciado em junho de 2009 e que deverá continuar a ser realizado nos próximos anos devido a sua importância para a formação dos futuros Pedagogos, bem como para a análise e reflexão da prática de professores da rede municipal e estadual no município de Itaberaba.
As leituras, discussões e análises de textos integraram o cronograma de atividades do componente curricular Metodologia do Ensino de Ciências da Natureza, oferecida ao 7º semestre 2009.1, de onde partiram os estudos teóricos a respeito do conhecimento e do ensino de ciências para a formação do Pedagogo. Daí o nascedouro da proposta que foi apresentada à comunidade de Itaberaba e região, uma vez que há uma crescente necessidade de disseminação de descobertas e estudos referentes ao conhecimento científico, para o desenvolvimento de teorias e práticas que tornem mais significativos os processos de ensino e aprendizagem tanto para alunos quanto para professores.
Isso possibilitou um aprofundamento dos estudos teóricos realizados pelos graduandos em Pedagogia e um diálogo mais próximo da prática, ratificando o pensamento de Bizzo (2007, p.9), quando afirma que “proporcionar aos professores elementos teóricos sobre a prática é um verdadeiro exercício dialógico e conseqüentemente de cidadania”. 
Ainda segundo Bizzo (2007, p.11), “o ponto principal é reconhecer a real possibilidade de entender o conhecimento científico e a sua importância na formação dos nossos alunos”. Assim sendo, ensinar ciências no mundo contemporâneo deve ser uma das prioridades de todas as escolas principalmente as públicas, pois, o ensino de ciências não serve apenas para que a população tenha acesso a conhecimentos científicos e tecnológicos, mas também para despertar vocações e dar plena realização ao ser humano e sua integração social. 
Conforme documento da Unesco intitulado O Ensino de Ciências: o futuro em risco, “investir para construir uma população cientificamente preparada é cultivar para receber de volta cidadania e produtividade, que melhoram as condições de vida de todo o povo” (UNESCO, 2005).
Neste sentido, o trabalho realizado com os estudantes de Pedagogia buscou promover um elo entre a Universidade, profissionais de educação e estudantes do ensino fundamental, oportunizando através de demonstrações, experiências científicas e acima de tudo, das diferentes relações estabelecidas nos múltiplos olhares e numa visão crítica do conhecimento científico e sua relação com o cotidiano.
Para tanto, foram desenvolvidas atividades organizadas com base nos estudos teóricos ocorridos em sala de aula, e nos debates e troca de experiências entre estudantes e professores. Utilizando uma metodologia pautada na reflexão da teoria e na análise da prática desenvolvida, a aproximação entre conceitos e experiências concretas foi fundamental para tornar significativos os processos de ensino e aprendizagem, a exemplo da utilização de um laboratório móvel de ciência e tecnologia que transformou conceitos abstratos em conhecimentos práticos.
Nessa perspectiva é importante destacar o papel do Pedagogo como um educador social, ao qual compete um apoio social e análise da realidade. Para tanto, a educação deve ter um caráter interdisciplinar procurando integrar em equipe, diversos profissionais discutindo os desafios e perspectivas para atuação profissional. 
1. Ensino de ciências e perspectivas para atuação profissional
Partindo das pesquisas atuais sobre didática e ensino de ciências, dentre outras que contribuem para a melhoria da educação, podemos descrever algumas dessas perspectivas para atuação profissional e principalmente do professor.
1.1. Compreender a prática no dia-a-dia
Registrar os avanços e as dificuldades que o professor encontra no dia-a-dia de sua atuação profissional, além fornecer elementos para avaliar o processo de ensino e aprendizagem, serve também para ser aprofundado seu estudo de forma que possa pesquisar novas significações, como afirma Bizzo (2007, p. 19). 
Esses dados podem ser analisados de forma mais aprofundada, procurando por elementos que revelem novos significados e formas alternativas de conceber o conhecimento ministrado na escola. (BIZZO, 2007, p. 19)
Para entender a prática do cotidiano é preciso compreender que nenhum conhecimento é mais importante que outro. Assim sendo o conhecimento cientifico é apenas uma verdade temporária que a escola trabalha, ou seja, o conhecimento cientifico é apenas uma das formas de interpretar o mundo dentre outros conhecimentos.
Para Moraes et alii, (2004), 
(...) parece reducionismo atribuir ao conhecimento cotidiano à utilidade e colocar na ciência exclusivamente a procura pela verdade, pois existe uma diversidade de conhecimento científicos e cotidianos. Isso nos permite falar não em dicotomia clara e polarização entre esses dois conhecimentos, mas de possíveis gradientes que aproximam e separam essas duas formas de conhecimento. (MORAES et alii, 2004, p. 85)
Apesar do conhecimento cientifico ter sua base na experimentação e seqüência lógica, isso não significa dizer que ele seja melhor que outros conhecimentos como o religioso e filosófico ou mesmo o conhecimento cotidiano. A experimentação e a base lógica não garantem a produção de conhecimentos eternamente verdadeiros e inquestionáveis. Por isso saber trabalhar o conhecimento na escola é uma tarefa difícil que requer muita dedicação e pesquisa, pois o conhecimento trabalhado no ambiente escolar ultrapassa as áreas dos conhecimentos científicos e cotidianos.
A educação deve proporcionar para a formação do individuo um comprometido com os problemas e anseios da sociedade onde vive e também com a problemática global. Nesse sentido o papel da escola estaria ultrapassando os limites de mera instituição de transmissão e reprodução de conhecimento para que essa formação aconteça. (MORAES et alii, 2004, p.44 )
Afirma:
No enriquecimento e na reflexão sobre o conhecimento cotidiano dos participantes, a fim de capacitá-los para decisões socialmente responsáveis na busca de uma sociedade mais igualitária, democrática e justa. (Moraes et al, 2004)
Articular os saberes cotidianos trazidos pelas vivências dos estudantes fora do ambiente escolar com os saberes e conteúdos de ciências tem uma importância de uma abordagem interdisciplinar, transdisciplinar e intercomplementar como bem concorda Moraes et al, (2004:44). Então socializar as idéias que os estudantes trazem para que se possa partir dos conhecimentos mais simples para os mais complexos implica numa evolução conceitual. Essa progressão para Bizzo pode ser percebida pela forma que os alunos explicam o mundo que os cerca.
Os alunos, à medida que progridem nos seus estudos, passam dos argumentos perceptivos aos conceituais, e essa passagem é mediada pela sua interação com o mundo e com outras crianças e adultos com os quais têm contato. (Bizzo 2007, p. 56).
Paraque essa mudança dos alunos ou progressão aconteça faz-se necessário uma atuação profissional comprometida e que possam ser utilizadas diversas estratégias para que se possa registrar e documentar a evolução dos assuntos estudados e os tipos de argumentação utilizados pelos estudantes. Ainda para Bizzo (2007:56) “Esses registros terão grande importância para avaliação do aprendizado, ao levar em consideração um amplo leque de aspecto do trabalho escolar e podem documentar o progresso conceitual dos alunos ao longo de sua escolaridade”. 
1. 2. Oportunizar a troca de idéias entre os alunos
Vivemos numa época em que os avanços da ciência e da tecnologia e o acesso à informação tornaram-se extremamente velozes. Os jovens precisam cada vez mais se interessar pelos avanços das tecnologias. Sendo assim, a escola não pode ficar de fora dessa realidade, repetindo modelos tradicionais de transmissão de conhecimento. É necessário que o professor seja o mediador no processo de construção de conhecimento, instigando a pesquisa e a troca de idéias entre professor-aluno e entre aluno-aluno. Nesse contexto um processo educacional mais dinâmico que procure interagir mais e mais, possibilitando ao aluno traçar seu próprio caminho de aprendizagem através da interação com outros estudantes.
Uma aprendizagem significativa parte de oportunidades como troca de idéias, trabalho em grupos, conversas, trabalhos cooperativos, exposição oral diante da turma e deve ser estimulada pelo professor durante todo percurso formativo do estudante. Para Bizzo (2007: 52) as crianças e adolescente podem dar explicações para os diversos fenômenos e processos que elas convivem e em muitas das vezes as próprias crianças/adolescentes não têm consciência do conhecimento que já possuem.
O professor deve planejar a construção de questões e respostas que os alunos já possuem do objeto em estudo propondo situações que os alunos reflitam sobre seu próprio conhecimento, oportunizando a comparáelosram-se s alunose idfessor: ntesa evidenciar fi]]vssionais de educç rede p��������������������������������������������������-los com os de outros colegas. Além disso, é evidente que o estudante vai aprendendo também a utilizar a terminologia científica de forma correta. Evidentemente que suas vivências socioculturais já detêm termos técnicos, mas com outro nome, que seriam igualmente válidos. Isso deve ser levado em consideração, porém, muito cuidado nesse momento deve ser tomado, pois a linguagem científica traz um código de compactação que procura juntar informação agregando significados. A terminologia científica não é apenas uma formalidade, mas uma maneira de compactar informação, de maneira precisa, que não se modifique com o tempo ou sofra influências regionais ou da moda de cada época como afirma Bizzo, (2007:24)
 
1.3. Utilização do livro didático de forma crítica 
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, o ensino de ciências deve preparar nossos alunos para a cidadania, caracterizando o conhecimento científico e tecnológico como atividades humanas, de caráter histórico e, portanto não neutras. Sendo assim, o livro didático pode vir a ser um instrumento de aprendizagem se bem escolhido e utilizado na sala de aula. Porém, alguns autores apresentam o livro didático como um dos principais obstáculos a ser vencido para melhorar a qualidade do ensino de ciências. 
(...) muitos de nossos professores, em muitas de nossas escolas, se apegam ferrenhamente a um único livro de texto, a tal ponto que a aula é uma simples repetição do que nele está escrito. (...). É comum o professor repetir literalmente na sala de aula o que está escrito no livro porque não domina o conteúdo (...). O livro como recurso didático adquire importância crescente em um sistema de ensino massificado para o qual é preciso assegurar um mínimo de qualidade. (...) seu uso de maneira ingênua, acrítico e não diversificada pode transferir a ele a autoridade que deveria estar no professor e nas convicções do professor bem como no produto de seu trabalho conjuntamente com os alunos. (Moreira & Axt, 1986, p. 34)
A realidade no Brasil é bastante diversificada, e qualquer afirmação generalizada e taxativa será retórica. Porém a formação dos professores do magistério e Pedagogia que atuam nos primeiros quatro anos na escola tem poucas oportunidades de aprofundar o conhecimento científico e de metodologia específica para o ensino de ciências. Isso não significa que o docente deva transferir suas funções, outorgando ao livro decisões que são suas, como por exemplo, a escolha dos conteúdos.
Fazer retificar ou propor uma abordagem diferente do livro didático, para Bizzo (2007:66) “em vez de realizar leituras e cópias, pode propor experimentos ou projetos de investigação e utilizar o livro como fonte de consulta naquela unidade específica”.
Uma pesquisa realizada por Mendes Sobrinho em 1998 demonstra que os livros didáticos e outros documentos escritos como veículos para propostas de ensino, são instrumentos necessários para o incremento da prática docente, porém todos esses materiais não são suficientes para propiciar uma real mudança na prática de professores que neles se referenciam quando a dimensão interativa com propostas ocorre com este material, desarticulado de uma atuação planejada que inclua, também, a interação com equipes de trabalho que se reforçam em volta da proposta.
A seleção de uma enorme variedade de textos e imagens com o trabalho científico adequado aos alunos, inclui textos informativos, figuras, imagens, texto didáticos, textos antigos e modernos além de tantos outros que podem ajudar o professor a apresentar aos estudantes uma idéia de ciência sem ter que usar textos áridos e cheios de nomes difíceis. É preciso que na seleção desses textos o profissional da educação selecione aqueles mais estimulantes e não obriguem os alunos a utilizarem leituras sem sentido.
Por outro Lado, o MEC (1997), insiste na defesa do livro didático, adicionando um detalhe crucial para uma qualidade que trará enorme diferença para o trabalho pedagógico na escola. Sendo assim o livro didático deverá ser apresentado com algumas características como:
 
Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive; identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução; saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida; valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a comunidade para a construção coletiva do conhecimento; compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem; (...) etc. (MEC, 1997, p. 39-40).
1.4. Utilizar experimentos e computadores nas aulas de ciência
A atividade experimental é, sem dúvida, quase sinônima de Ciência. No entanto, no ambiente da escola, esta é uma das atividades que menos é exercida e, quando o é, o é de forma inadequada e pouco produtiva. Para Bizzo (2007) o que acontece na escola pública brasileira é que pouquíssimas escolas possuem um laboratório e quando os possuem, em raro não estão em condições de uso ou até mesmo os professores não estão treinados para utilizá-los. 
Porém é necessário que o professor perceba que o ensino através de experimentos é extremamente necessário, mas não será suficiente para garantir um bom aprendizado dos alunos. Significa dizer que esses experimentos utilizados em sala de aula e mediados pelo professor podem ter outras explicações para os alunos diferentes dos resultados apresentados pelo docente, por isso o acompanhamento permanente do professor, que deverá pesquisar quais as explicações encontradas pelos alunos. 
Para González Eduardo, (1992, p.94) “ A atividade experimental visa aplicar uma teoriana resolução de problemas e dar significado à aprendizagem da ciência, constituindo-se como uma verdadeira atividade teórico-experimental”
Zanon e Freitas (2007, p.100) destacam que discutir, trabalhar e rever o trabalho investigativo envolve diferenciação metodológica entre o ensino habitualmente realizado pelas professoras em sala de aula e o ensino com atividades investigativas, o que pode ser verificado através do quadro de Diferenciação Metodológica apresentado pelas autoras: 
	ENSINO HABITUALMENTE REALIZADO EM SALA DE AULA PELAS PROFESSORAS
	ENSINO COM ATIVIDADES INVESTIGATIVAS
	Desenvolvimento do conteúdo programático segundo o livro didático
	Consideração de tudo o que o aluno comenta, indaga ou questiona nas aulas.
	Desenvolvimento do conteúdo programático segundo o livro didático
	Articulação da oralidade e da escrita dos alunos.
	O livro didático conclui pelo aluno.
	Prioriza-se o interesse do aluno nas questões desencadeadoras.
	Experimentação: comprovação de um conceito dado “pronto” para o aluno.
	Experimentação: constatação do resultado por meio da vivência completa e concreta.
	Levantamento de hipóteses: feito apenas
por meio de conversa.
	Levantamento de hipóteses: anotação de tudo.
	
	Os alunos e o professor são responsáveis pelo fechamento do assunto.
	
	Trabalho na maior parte do tempo em grupo.
	
	Durante o processo acontecem imprevistos, sendo necessário ampliar e aprofundar etapas e com isso replanejar outros passos.
	
	Entusiasmo do aluno a cada atividade apresentada
(Quadro Diferenciação Metodológica, Zanon e Freitas, 2007, p.100 )
Ainda para essas autoras “Nas atividades experimentais investigativas, o professor suscita o interesse dos alunos a partir de uma situação problematizadora em que a tentativa de resposta dessa questão leva à elaboração de suas hipóteses” (Zanon e Freitas, 2007, p.95). Esse trabalho investigativo dos alunos deve assumir, variadas formas e possibilidades que desencadeiem distintas ações cognitivas, tais como: manipulação de materiais, questionamento, direito ao tateamento e ao erro, observação, expressão e comunicação, verificação das hipóteses levantadas. 
Outro instrumento didático que pode ser muito útil é microcomputador. Desde que seja bem utilizado, são diversas as formas que se pode trabalhar com o equipamento na escola. Bizzo (2007) detalha cinco formas para a utilização dos computadores: a primeira na Busca de dados, ou seja, os alunos procuram acessar planilhas e bancos de dados para realizar uma pesquisa; a segunda, Estudos de Propriedades essa forma de utilização é a possibilidade de programar o computador para realizar funções específicas; a terceira forma, Realização de tarefas específicas (simulação); neste nível de utilização da máquina se refere ao uso de programas específicos, a internet pode ser um grande exemplo. A quarta forma se dá pela Realização de tarefas genéricas: essa forma genérica é muita utilizada para realização de tarefas de cálculos, processadores de textos etc. e a última forma, Transmissão de dados (telemática), essa forma é indispensável para transmissão de dados, como pesquisas realizadas, trocas de informações, e resultados de pesquisas realizadas em outros espaços.
1.5. Trabalhar com projetos
O desenvolvimento de projetos no ensino de ciências no contexto escolar, refere-se a uma oportunidade especial, interligado aos professores, funcionários, diretores, coordenadores, pais de alunos e a comunidade para se alcançar um produto final como por exemplo: construir um jornal, folder, panfleto, mural, uma excursão ou até mesmo outro tipo de resultado. Para Bizzo (2007:78)
A idéia de “projeto de ciências” situa-se a meio caminho entre a objetividade da planta de uma casa e a subjetividade das intenções de metas para a vida, e tem por objetivo central proporcionar aos alunos oportunidades de exercitar habilidades próprias do trabalho científico.
No entanto, o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem por projetos deve estar vinculado com a realidade social, econômica e política dos alunos, obedecendo aos princípios de seu tempo. Sendo assim, o desenvolvimento de projetos em ciências que estimulem a motivação dos alunos, os levará ao interesse pelas aulas de ciências aumentando sua participação nas aulas formais, que será mais efetiva e participativa.
As experiências em “projetos de Ciências” devem indicar algumas características segundo Bizzo (2007:82-83), quais sejam: Definir claramente os objetivos do projeto, os professores devem fazer a Pesquisa bibliográfica para que os alunos tenham suporte no desenvolvimento do projeto, a Comunicação periódica, ou seja, todas as etapas do projeto devem ser acompanhadas pelo professor, a fim de dirimir dúvidas; outra característica muito importante é a Socialização dos resultados, ou melhor dizendo, os estudantes devem apresentar, discutir os resultados, os métodos aplicados, as dificuldades surgidas e as conclusões construídas; e por fim A escola é o local-chave para sediar a execução do “projeto de Ciência”, que deve estar integrado ao projeto da escola e não apenas como uma apresentação desse ou daquele conteúdo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho com ensino de ciências é de tal importância para o desenvolvimento de um país, sua economia, indústria, educação, ciência e tecnologia, além de promover a promoção da cidadania e inclusão social o ensino de ciências e tecnologia busca soluções para os graves problemas sociais e a diminuição das desigualdades.
O que não dá para continuar a aceitar é que as crianças não tenham acesso à formação científica e tecnológica de qualidade, provocando a exclusão e atraso da nossa população em um mundo cada vez mais competitivo, automotivo e global. Por isso, é preciso chamar a atenção dos educadores e de toda a sociedade para cobrar dos políticos um investimento no ensino científico e tecnológico de qualidade, e preparar nossa população para ter sua cidadania garantida, melhorando suas condições de vida.
Para que o ensino de ciências de fato aconteça é preciso investir em melhores escolas com infra-estrutura propícia para aprendizagem, investimentos massivos na formação do profissional de educação, formação continuada na área, valorização dos salários dos professores além de outras ações que possam ser tomadas para elevar a auto-estima do professor, pois a medida que se ensina, se aprende também, então como ensinar se não temos condições de aprender melhor?
Sendo assim, os estudos realizados para a formação dos professores devem compreender também a análise crítica dos diversos discursos, identificando as ideologias presentes no dia-a-dia de sua formação. “Não se admite um professor... que não procure o outro lado do que está dito nas falas... ou nos seus próprios valores e crenças.” (Moreira 1995).
Mortimer (2004: 69) reitera a necessidade de um novo olhar no ensino e nas aulas das Ciências Naturais ao afirmar que a complexidade da sala de aula e as ações práticas dos professores demandam instrumentos que tornem visíveis aspectos importantes dessas ações, de modo a possibilitar a reflexão sobre um repertório de ações bem-sucedidas do ponto de vista da aprendizagem dos alunos. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BRAGA, Magda Friche; MOREIRA, Moacir Alves. Metodologia do ensino: Ciências Físicas e biológicas. BH:Lê 1997.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: ciências naturais. Brasília: MEC/SEF, 1997. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: temas transversais Meio Ambiente e Saúde. Brasília: MEC/SEF, 1997
CANIATO, Rodolpho. Com Ciência na Educação; ideário e prática de uma alternativa brasileira para o ensino da ciência. Campinas, SP: Papirus, 1987. 
DELIZOICOV,D. E ANGOTTI, J. A Metodologia do Ensino de Ciências. São Paulo:Cortez, 1990
DELIZOICOV,D. E ANGOTTI, J. A. Metodologia do Ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 1992.
FRACALANZA, H, AMARAL, Ivan Amorosino do. E GOUVEIA, Mariley Simões Floria, O ensino de Ciências no 1* grau. São Paulo, Atual, 1986
GONZÁLEZ, E.M. (1992) ¿Qué hay que renovar en los trabajos prácticos? Em: Enseñanza de las Ciencias (10): 206-11, Retirado em 05/10/2000, no World Wide Web: http://www.blues.uab.es/rev-ens-ciencias.
MENDES SOBRINHO, José Augusto de Carvalho. Evolução histórica do ensino de física no curso de formação de professores para as séries iniciais do primeiro grau. Comunicação em painel, apresentada no V Encontro de Pesquisadores em Ensino de Física. Águas de Lindóia, em setembro de 1996.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências naturais – Ensino de primeira a quarta série. Brasília: MEC / SEF, 1997.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino fundamental – ciências naturais. Brasília: MEC / SEF, 1997.
MORAES Roque e MANCUSO, Ronaldo (org). Educação em ciências: produção de currículos e formação de professores. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004. 
MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa. Currículos e programas no Brasil. Campinas: Papirus, 1990.
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MORTIMER, E.F. (2004). Utilizando uma ferramenta sociocultural para analisar e planejar o ensino na formação inicial de professores de química. Em: Anais do XII ENDIPE, Curitiba
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SERPA, Luiz Felipe Perret. Ciência e Historicidade. Edição do autor: 1991 
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