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NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015 
 
 
 
 
 
NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015 
 
Página 1 
 
 
 
Equipe Professor Rômulo Passos | 2015 
 
 
CURSO COMPLETO DE ENFERMAGEM 
P/ CONCURSO – 2015 
AULA Nº 25 –DOENÇAS 
TRANSMISSÍVEIS. 
 
sandra luiza - 565.067.591-00
NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015 
 
 
 
 
 
NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015 
 
Página 2 
 
Bem-vindo (a) a mais uma aula do nosso curso. 
É importante rememorar que a leitura e resolução de questões comentadas são as 
melhores ferramentas para alcançar a APROVAÇÃO desejada. 
Não há segredos, basta ter disciplina, foco, revisar e acreditar que você é capaz e 
vai conseguir. 
Desejamos uma ótima leitura e muita garra. 
 
 
Profº. Rômulo Passos 
Profº. Dimas Silva 
Profª. Raiane Bezerra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015 
 
Página 3 
1 - Febre Amarela 
 
A febre amarela é uma doença febril aguda, não contagiosa, de curta duração (no 
máximo 12 dias), que apresenta alta morbidade e letalidade. A infecção pelo vírus da 
febre amarela causa no homem desde formas leves com sintomatologia febril 
inespecífica até formas graves com icterícia, albuminúria, oligúria, manifestações 
hemorrágicas, delírio, obnubilação e choque. 
A febre amarela é causada por um arbovírus da família Flaviviridae, gênero 
Flavivirus. A transmissão da doença ocorre por meio da picada de mosquitos 
hematófagos infectados. Os mosquitos que participam da transmissão de febre amarela 
são, principalmente, aqueles da família Culicidae, dos gêneros Aedes, Haemagogus e 
Sabethes. Na transmissão urbana, o Aedesaegypti é o principalvetor. 
Atenção! Na transmissão urbana da febre amarela, o Aedesaegypti (o mesmo que 
transmite a dengue) é o principal vetor. 
Os mosquitos, além de serem transmissores, são os reservatórios do vírus, 
responsáveis pela manutenção da cadeia de transmissão, pois uma vez infectados 
permanecem transmitindo o vírus por toda a vida. 
O modo de transmissão ocorre a partir de mosquitos, fêmeas, que se infectam 
quando vão se alimentar de sangue de primata (macaco) ou do homem infectado com o 
vírus da febre amarela. Depois de infectado com o vírus, o mosquito pica uma pessoa 
saudável, não vacinada contra a febre amarela, e transmite a doença, sucessivamente 
durante todo seu período de vida. Não existe transmissão de uma pessoa para outra 
diretamente. 
Existem dois ciclos epidemiológicos distintos da febre amarela, um silvestre e 
outro urbano. Esse último não ocorre no Brasil desde 1942. Vejam a exemplificação 
desse ciclo na figura abaixo: 
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Figura 1- Ciclos da Febre Amarela (Fonte: Ministério da Saúde, 2009). 
Gravem isso: O ciclo epidemiológico urbano da febre amarela não ocorre no 
Brasil desde 1942. 
O ciclo de transmissão silvestre se processa entre o macaco infectado→mosquito 
silvestre →macaco sadio. Nesse ciclo, os primatas são os principais hospedeiros do 
vírus da febre amarela e o homem é considerado um hospedeiro acidental. 
No ciclo urbano a transmissão se faz entre o homem infectado→Aedes aegypti 
→homemsadio. Nesse ciclo, o homem é o único hospedeiro com importância 
epidemiológica. Geralmente, é o homem que introduz o vírus numa área urbana após se 
infectar no ambiente silvestre. O principal vetor é o mosquito Aedes aegypti. 
O quadro clínico típico é caracterizado por manifestações de insuficiência 
hepática e renal, tendo em geral apresentação bifásica, com um período inicial 
prodrômico (infecção) e um toxêmico, que surge após uma aparente remissão e, em 
muitos casos, evolui para óbito em aproximadamente uma semana. 
O diagnóstico específico de cada paciente com suspeita de febre amarela é da 
maior importância para a vigilância epidemiológica, tanto em casos isolados quanto em 
situações de surtos. Os principais exames são os de isolamento viral no sangue, 
detecção de antígenos virais e/ou ácidos nucléicos virais, histopatológico e testes 
sorológicos. 
 
 
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Não existe um tratamento específico no combate à febre amarela. Como os 
exames diagnósticos da febre amarela demoram em média até uma semana, o 
tratamento de apoio deve ser iniciado em caso de suspeita clínica dessa doença. O 
tratamento é apenas sintomático com cuidados a assistência ao paciente que, sob 
hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e perdas 
sanguíneas quando indicado. Os pacientes que apresentam quadros clínicos clássicos 
e/ou fulminantes devem ter atendimento em Unidade de Terapia Intensiva, de modo que 
as complicações sejam controladas e o perigo da morte eliminado. 
A vigilância e pidemiológica tem por objetivos manter erradicada a febre 
amarela urbana e controlar a forma silvestre. 
A febre amarela no Brasil apresenta uma ocorrência endêmica prioritariamente 
na região amazônica. No entanto, surtos da doença são registrados esporadicamente 
quando o vírus encontra um bolsão de susceptíveis. Na série histórica de 1982 a 2008 
(semana epidemiológica 34), foram registrados 675 casos com 334 óbitos, apresentando 
uma taxa de letalidade de 49%. 
Essa doença tem potencial de disseminação e transmissão bastante elevado, 
por isso é importante que a notificação de casos suspeitos seja feita o mais 
brevemente possível. A febre amarela compõe a lista de doenças de notificação 
compulsória, classificada entre as doenças de notificação imediata. 
A notificação imediata é importante, pois é a oportunidade do serviço de saúde 
poder avaliar a situação e adotar as medidas de vigilância, prevenção e controle, 
oportunamente. A febre amarela também está entre os agravos que devem ser 
informados aos organismos de saúde publica internacional. 
A principal medida de prevenção e controle da febre amarela é a vacina. 
Produzida no Brasil desde 1937, pelo Instituto de Tecnologia em ImunobiológicosBio-
Manguinhos. Tem sido usada amplamente no Brasil desde o início de sua produção, 
proporcionando a prevenção da doença, especialmente daqueles que vivem nas áreas de 
risco(detalharemos esse assunto em aula futura). 
O uso da vacina em campanhas e na rotina do calendário básico em grande 
parte do território brasileiro temsido a opção mais eficiente para manter sob controle a 
febre amarela de transmissão silvestre. 
 
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As atribuições comuns a todos os profissionais das equipes de Atenção 
Básica/Saúde da Família no controle da Febre Amarela são as seguintes: 
 Participar do planejamento, gerenciamento e avaliação das ações desenvolvidas 
pela equipe de atenção básica no enfrentamento da febre amarela; 
 Definir estratégias de ação de forma articulada com a vigilância epidemiológica; 
 Garantir o acompanhamento e continuidade da atenção, tanto nos casos suspeitos 
quanto nos que tenham confirmação diagnóstica de febre amarela; 
 Realizar busca ativa de casos suspeitos de febre amarela, utilizando abordagem 
sindrômica; 
 Planejar e desenvolverações educativas e de mobilização da comunidade em 
relação ao controle da febre amarela em sua área de abrangência articulada com a 
vigilância epidemiológica. 
 
1. (Prefeitura de Mogi das Cruzes-SP/CAIPIMES/2014) A Febre Amarela é uma 
doença febril aguda, de curta duração (no máximo 12 dias) e gravidade variável. Pode 
apresentar-se como infecção subclínica e/ ou leve, até formas mais graves. Complete 
com (V) verdadeiro ou (F) falso e assinale a alternativa correta. 
( ) É uma doença de notificação compulsória e sua investigação epidemiológica é 
obrigatória em todos os casos. 
( ) O objetivo das ações da vigilância epidemiológica é reduzir a incidência de Febre 
Amarela de transmissão silvestre; impedir a transmissão urbana; e detectar 
oportunamente a circulação viral para orientar as medidas de controle. 
( ) A vacinação é a mais importante medida de controle e deve ser realizada a partir dos 
nove meses de idade, com reforço a cada 20 anos. 
( ) Em situações de surto ou epidemia, vacinar a partir dos 2 anos de idade. 
 
a) F, V, V, F. 
b) V, V, F, F. 
c) V, V, V, F. 
d) F, F, F, V. 
 
 
 
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COMENTÁRIOS: 
A febre amarela é uma doença febril aguda, não contagiosa, de curta duração (no 
máximo 12 dias), que apresenta alta morbidade e letalidade. A infecção pelo vírus da 
febre amarela causa no homem desde formas leves com sintomatologia febril 
inespecífica até formas graves com icterícia, albuminúria, oligúria, manifestações 
hemorrágicas, delírio, obnubilação e choque. 
Essa doença tem potencial de disseminação e transmissão bastante elevado, por 
isso é importante que a notificação de casos suspeitos seja feita o mais brevemente 
possível. A febre amarela compõe a lista de doenças de notificação compulsória. 
A vigilância epidemiológica tem por objetivos manter erradicada a febre 
amarela urbana e controlar a forma silvestre. Todos os casos suspeitos da doença 
devem ser investigados, visando o mapeamento das áreas de transmissão e 
identificação de populações de risco para prevenção e controle. 
A ocorrência de suspeita de febre amarela deve ser notificada 
imediatamente e investigada o mais rapidamente possível, pois se trata de uma 
doença grave e de notificação compulsória. Todos os casos suspeitos devem ser 
informados às autoridades sanitárias, uma vez que um caso pode sinalizar o início de 
um surto, o que requer medidas de ação imediata de controle. 
A principal medida de prevenção e controle da febre amarela é a vacina. 
Produzida no Brasil desde 1937, pelo Instituto de Tecnologia em ImunobiológicosBio-
Manguinhos, é constituída por vírus vivos atenuados derivados de uma amostra 
africana do vírus amarílico selvagem denominada Asibi. Tem sido usada amplamente 
no Brasil desde o início de sua produção, proporcionando a prevenção da doença, 
especialmente daqueles que vivem nas áreas de risco. 
O uso da vacina em campanhas e na rotina do calendário básico em grande parte 
do território brasileiro tem sido a opção mais eficiente para manter sob controle a febre 
amarela de transmissão silvestre. 
A faixa etária inicial é a partir de nove meses, sem limite de idade. 
Em situações de epidemias, recomenda-se a vacinação a partir de seis meses, por via 
subcutânea, em dose única de 0,5 ml e reforço de 10 em 10 anos. 
 
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Vamos resolver a questão: 
 
Item I. Correto. É uma doença de notificação compulsória e sua investigação 
epidemiológica é obrigatória em todos os casos. 
Item II. Correto. O objetivo das ações da vigilância epidemiológica é reduzir a 
incidência de Febre Amarela de transmissão silvestre; impedir a transmissão urbana; e 
detectar oportunamente a circulação viral para orientar as medidas de controle. 
Item III. Incorreto. A vacinação é a mais importante medida de controle e deve ser 
realizada a partir dos nove meses de idade, com reforço a cada 10 anos. 
Item IV. Incorreto. Em situações de surto ou epidemia, vacinar a partir dos 6 meses 
de idade. 
 Constatamos que o gabarito da questão é a letra B. 
 
2. (HUWC UFC/EBSERH/MEAC/Instituto AOCP/2014) A febre amarela é uma 
doença característica de algumas regiões como América Central, América do Sul e 
África. Típica de locais quentes, que favorecem a proliferação dos 
mosquitos contaminados pelo flavivírus. Com relação à vacinação contra febre 
amarela, é correto afirmar que: 
a) deve ser administrada aos dez meses de idade e a cada dez anos. 
b) deve ser administrada aos nove meses de idade e aos dez anos, sendo periódica. 
c) deve ser administrada aos dez meses de idade e aos dez anos. 
d) deve ser administrada aos doze meses de idade e a cada dez anos, sendo periódica. 
e) deve ser administrada aos seis meses de idade e a cada dez anos. 
 
COMENTÁRIOS: 
A principal medida de prevenção e controle da febre amarela é a vacina. 
Produzida no Brasil desde 1937, pelo Instituto de Tecnologia em ImunobiológicosBio-
Manguinhos, é constituída por vírus vivos atenuados derivados de uma amostra 
africana do vírus amarílico selvagem denominada Asibi. Tem sido usada amplamente 
no Brasil desde o início de sua produção, proporcionando a prevenção da doença, 
especialmente daqueles que vivem nas áreas de risco. 
 
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O uso da vacina em campanhas e na rotina do calendário básico em grande parte 
do território brasileiro tem sido a opção mais eficiente para manter sob controle a febre 
amarela de transmissão silvestre. 
A faixa etária inicial é a partir de nove meses, sem limite de idade. Em 
situações de epidemias, recomenda-se a vacinação a partir de seis meses, por via 
subcutânea, em dose única de 0,5 ml e reforço de 10 em 10 anos. 
A alternativa B não deixa claro que esse reforço é a cada dez anos, uma vez que 
aborda apenas a necessidade da vacinação aos noves meses e aos 10 anos deixando a 
periodicidade a que se refere em aberto. As demais alternativas também estão 
incorretas. 
Dessa forma, a questão foi anulada pela banca. 
 
3. (Prefeitura de Sul Brasil-SC/ALTERNATIVE CONCURSOS/2014) É uma 
doença febril aguda, não contagiosa, de curta duração (no máximo 12 dias), que 
apresenta alta morbidade e letalidade. A infecção pelo vírus causa no homem desde 
formas leves com sintomatologia febril inespecífica até formas graves com 
icterícia, albuminúria, oligúria, manifestações hemorrágicas, delírio, obnubilação e 
choque. Aponte a alternativa abaixo que esta de acordo com o exposto: 
a) Febre maculosa. 
b) Tuberculose. 
c) Pancreatite. 
d) Febre amarela. 
e) Tétano. 
 
COMENTÁRIOS: 
Com base no Caderno de Atenção Básica n° 22, a febre amarela caracteriza-se 
como uma doença febril aguda, não contagiosa, de curta duração (no máximo 12 dias), 
que apresenta alta morbidade e letalidade. A infecção pelo vírus da febre amarela causa 
no homem desde formas leves com sintomatologia febril inespecífica até formas graves 
com icterícia, albuminúria, oligúria, manifestações hemorrágicas, delírio, obnubilação 
e choque. 
 
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A letalidade geral varia de 5% a 10%, considerandoos casos oligossintomáticos, 
entretanto, entre os casos graves que evoluem com icterícia e hemorragias, pode passar 
de 50%. Os indivíduos mais acometidos são geralmente jovens, do sexo masculino, 
realizando atividades agropecuárias, extrativistas, praticantes do turismo ecológico e 
rural das áreas de risco onde adentram áreas de matas sem vacinação preventiva. 
Portanto, gabarito letra D 
 
4. (Prefeitura de Floriano-PI/NUCEPE/2011/RP) São atribuições comuns a todos os 
profissionais da Atenção Básica, no controle da febre amarela. 
a) Atuar junto aos domicílios, informando os seus moradores sobre a doença – seus 
sintomas e riscos -, o agente transmissor e as medidas de prevenção. 
b) Diagnosticar precocemente as pessoas com suspeita de febre amarela. 
c) Planejar, coordenar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS. 
d) Planejar e desenvolver ações educativas e de mobilização da comunidade em relação 
ao controle da febre amarela em sua área de abrangência articulada com a vigilância 
epidemiológica. 
e) Identificar imigrantes de áreas indenes que chegam a sua área de atuação com o 
objetivo de vaciná-los contra a febre amarela. 
COMENTÁRIOS: 
Verificamos que a alternativa que descreve uma atribuição comum a todos os 
profissionais da Atenção Básica, no controle da febre amarela, é a letra D. 
As alternativas A e E descrevem atribuições dos ACS: atuar junto aos 
domicílios, informando os seus moradores sobre a doença – seus sintomas e riscos -, o 
agente transmissor e as medidas de prevenção; identificar imigrantes de áreas indenes 
que chegam a sua área de atuação com o objetivo de vaciná-los contra a febre amarela. 
A assertiva B apresenta uma atribuição do médico: diagnosticar precocemente 
as pessoas com suspeita de febre amarela. 
O item C cita uma atribuição do enfermeiro: planejar, coordenar, gerenciar e 
avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS. 
Essa questão é facilmente resolvida por eliminação, já que as atribuições acima 
são clássicas das respectivas profissões. 
Gabarito: D 
 
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2 – Varicela 
 
Varicela (catapora) é uma infecção viral primária, aguda, altamente contagiosa, 
caracterizada por surgimento de exantema de aspecto máculo-papular e distribuição 
centrípeta, que, após algumas horas, torna-se vesicular, evolui rapidamente para 
pústulas e, posteriormente, forma crostas, em 3 a 4 dias. Pode ocorrer febre moderada e 
sintomas sistêmicos. A principal característica clínica é o polimorfismo das lesões 
cutâneas, que se apresentam nas diversas formas evolutivas, acompanhadas de prurido. 
Em crianças, geralmente, é uma doença benigna e auto-limitada. Em adolescentes e 
adultos, em geral, o quadro clínico é mais exuberante. 
A transmissão é de pessoa a pessoa, através de contato direto ou de secreções 
respiratórias (disseminação aérea de partículas virais/aerossóis) e, raramente, através de 
contato com lesões de pele. Indiretamente é transmitida através de objetos contaminados 
com secreções de vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados. 
O período de incubação ocorre entre 14 a 16 dias, podendo variar entre 10 a 20 
dias após o contato. Pode ser mais curto em pacientes imunodeprimidos e mais longo 
após imunização passiva. 
 
O tratamento da varicela pode ser sintomático, tópico e específico. 
 Sintomático– antihistamínicos sistêmicos, para atenuar o prurido, e banhos de 
permanganato de potássio, na diluição de 1:40.000. Havendo infecção secundária, 
recomenda-se o uso de antibióticos sistêmicos. Varicela em crianças é uma 
doença benigna, que em geral não necessita de tratamento específico; 
 Tópico– compressas de permanganato de potássio (1:40.000) ou água boricada a 
2%, várias vezes ao dia. Deve-se ter o cuidado de proteger os olhos quando da 
aplicação do permanganato. 
 Específico – antivirais: aciclovir. 
 
A ocorrência de casos suspeitos de varicela não requer notificação e investigação 
por não se tratar de doença de notificação compulsória. Na situação de surto, a 
notificação deve ser realizada através do módulo de notificação de surtos do Sistema 
de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). 
 
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As vacinas contra a varicela são de vírus vivo atenuado. A sua administração é 
feita por via subcutânea, a partir dos 12 meses de idade. Recentemente a vacina contra a 
varicela foi incluída no calendário nacional de vacinação do, com a criação da tetra viral 
(contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela). Fiquem tranquilos, pois detalharemos esse 
assunto (vacina tetravalente) na aula nº 8 do nosso curso. 
 
5. (Prefeitura de São Carlos-SP/VUNESP/2011/RP) Em relação à varicela, doença 
que atinge principalmente as crianças, é correto afirmar que 
a) o período de incubação é de 7 a 30 dias. 
b) se trata de uma doença bacteriana benigna que se caracteriza por manchas vermelhas 
e coceira intensa. 
c) enquanto as lesões não evoluírem para crostas, é preciso manter o doente isolado. 
d) o tratamento consiste no uso de antibióticos. 
e) a vacinação é indicada no nascimento para prevenir a doença. 
 
COMENTÁRIOS: 
Vejamos cada item: 
Item A. Incorreto. O período de incubação é 14 a 16 dias, podendo variar entre 10 
a 20 dias após o contato. 
Item B. Incorreto. Trata-se de uma doença infecção viral primária, aguda, 
altamente contagiosa, caracterizada por surgimento de exantema de aspecto máculo-
papular e distribuição centrípeta, que, após algumas horas, torna-se vesicular, evolui 
rapidamente para pústulas e, posteriormente, forma crostas, em 3 a 4 dias. 
Item C. Correto. Enquanto as lesões não evoluírem para crostas, é preciso manter 
o doente isolado. 
Item D. Incorreto. O tratamento específico, quando indicado, consiste no uso de 
antivirais (aciclovir). 
Item E. Incorreto. A vacinação é indicada apartir dos 12meses de idade para 
prevenir a doença. 
Nesses termos, o gabarito é a letra C. 
 
 
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6. (Prefeitura de Ouro Preto-MG/FUMARC/2011/RP) A varicela é uma doença 
benigna, mas altamente contagiosa que ocorre principalmente em menores de 15 anos 
de idade. É mais frequente no final do inverno e início da primavera. Indivíduos 
imunocomprometidos, quando adquirem varicela primária ou recorrente, possuem maior 
risco de doença severa. Sobre este contexto, pode-se afirmar EXCETO: 
a) o período de transmissibilidade varia de 1 a 2 dias antes da erupção até 5 dias após o 
surgimento do primeiro grupo de vesículas. Enquanto houver vesículas, a infecção é 
possível. 
b) o único reservatório do agente etiológico é o homem. 
c) trata-se de uma doença de notificação compulsória. 
d) uma das medidas específicas na vigilância epidemiológica refere-se ao isolamento: 
crianças com varicela não complicada podem retornar à escola no 6º dia após o 
surgimento do rush cutâneo. Crianças imunodeprimidas ou que apresentam curso 
clínico prolongado só deverão retornar às atividades após o término da erupção 
vesicular. 
 
COMENTÁRIOS: 
A ocorrência de casos suspeitos de varicela não requer notificação e 
investigação por não se tratar de doença de notificaçãocompulsória. Na situação de 
surto, a notificação deve ser realizada através do módulo de notificação de surtos doSistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Por conseguinte, o gabarito 
da questão é a letra C. 
 
3 – Rubéola 
 
A Rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral, que apresenta 
altacontagiosidade, acometendo principalmente crianças. É doença de curso benigno, 
sua importância epidemiológica está relacionada ao risco de abortos, natimortos, e 
mal formações congênitas, como cardiopatias, catarata e surdez. É denominada 
síndrome da rubéola congênita (SRC), quando a infecção ocorre durante a gestação. 
 
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Página 14 
O modo de transmissão ocorre pelo contato com as secreções na sofaríngeas de 
pessoas infectadas. A infecção se produz por disseminação de gotículas ou através de 
contato direto com os pacientes. A transmissão indireta, mesmo sendo pouco frequente, 
ocorre mediante contato com objetos contaminados com secreções nasofaringeanas, 
sangue e urina. 
O período de transmissibilidade da doença é aproximadamente, de 5 a 7 dias 
antes do início do exantema e de 5 a 7 dias após. 
O quadro clínico é caracterizado por exantema máculo-papular e puntiforme 
difuso, iniciando-se na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se posteriormente 
para o tronco e membros. Além disso, apresenta febre baixa e linfadenopatia 
(alteração dos linfonodos) retro-auricular, occipital e cervicalposterior, geralmente 
antecedendo ao exantema no período de 5 a 10 dias, podendo perdurar por algumas 
semanas. Formas da doença inaparentes são frequentes, principalmente em crianças. 
Adolescentes e adultos podem apresentar um período prodrômico com febre baixa, 
cefaleia, dores generalizadas (artralgias e mialgias), conjuntivite, coriza e tosse. A 
leucopenia (deficiência) é comum e raramente ocorrem manifestações hemorrágicas. 
Apesar de raras, complicações podem ocorrer com maior frequência em adultos, 
destacando-se: artrite ou artralgia, encefalites (1 para 5 mil casos) e manifestações 
hemorrágicas (1 para 3 mil casos). 
O diagnóstico laboratorial é realizado mediante detecção de anticorpos IgM no 
sangue, na fase aguda da doença, desde os primeiros dias até 4 semanas após o 
aparecimento do exantema. Os anticorpos específicos da classe IgG podem 
eventualmente aparecer na fase aguda da doença e, geralmente, são detectados muitos 
anos após a infecção. Vejam que o IgM é detectável no sangue na fase aguda, 
enquanto o IgG após muitos anos da doença. 
As amostras de sangue dos casos suspeitos devem ser colhidas, sempre que 
possível, no primeiro atendimento ao paciente. 
São consideradas amostras oportunas (S1) as coletadas entre o 1º e 28º dias do 
aparecimento do exantema ou do início dos sintomas. As amostras coletadas após o 28º 
dia são consideradas tardias, mas, mesmo assim, devem ser enviadas ao laboratório. 
A realização da segunda coleta (S2) é obrigatória e imprescindível para a 
classificação final dos casos e deverá ser realizada entre 20 a 25 dias após a data da 
primeira coleta. 
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Amostras de sangue dos casos suspeitos de rubéola: 1ª amostra, coletada 
preferencialmente durante o primeiro atendimento; 2ª amostra, coletada 
preferencialmente entre 20 a 25 dias após a data da primeira coleta. 
Não há tratamento específico para a rubéola. Os sinais e sintomas apresentados 
devem ser tratados de acordo com a sintomatologia e terapêutica adequada. 
Em 2008 ocorreu a maior campanha de vacinação contra rubéola no mundo, com 
65,9 milhões de pessoas entre a faixa etária de 19 a 39 anos de idade vacinadas, nos 
estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e 
Maranhão. Nos outros estados, a faixa etária foi de 20 a 39 anos de idade. A cobertura 
vacinal geral foi de 94,06% da população meta. 
A principal ação de prevenção da rubéola é a administração da vacina tetra viral. 
 
7. (HC-UFPE/EBSERH/IDECAN/2014) Lactentes com síndrome da rubéola 
congênita podem eliminar o vírus, até um ano após o nascimento, através de, EXCETO: 
a) Urina 
b) Fezes 
c) Sangue 
d) Lágrimas 
e) Secreções nasofaríngeas 
 
COMENTÁRIOS: 
Um lactente portador da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), contudo, pode excretar 
o vírus nas secreções nasofaríngeas, sangue, urina e fezes por até cerca de 12-18 
meses de vida, funcionando como um reservatório (transmissibilidade de 80% no 
primeiro mês de vida; 62% do primeiro ao quarto mês; 33% entre o quinto e oitavo mês; 
11% entre nove e doze meses e 3% no segundo ano de vida). Logo, podemos concluir 
que a alternativa incorreta é a letra D. 
 
 
 
 
 
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8. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013/RP) Leia as frases abaixo e a seguir 
assinale a alternativa que corresponde à resposta correta. 
I- A Rubéola é uma doença exantemática viral aguda, caracterizada por febre baixa e 
exantema maculopapular, que se inicia na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-
se para tronco e membros. 
II- O Exantema na Rubéola é precedido, em 5 a 10 dias, por linfadenopatia 
generalizada, principalmente suboccipital, pós-auricular e cervical posterior. 
III- Em todos os casos suspeitos de Rubéola deve-se realizar o bloqueio vacinal apenas 
das pessoas que residam no mesmo domicílio. 
IV- Caso suspeito de Rubéola é todo paciente que apresente febre e exantema 
maculopapular, acompanhado de linfadenopatiaretroauricular, occipital e cervical, 
independente da idade e situação vacinal, ou todo indivíduo suspeito com história de 
viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou de contato, no mesmo período, com alguém 
que viajou ao exterior. 
a) Apenas as frases I, II e IV estão corretas. 
b) As frases I, II, III e IV estão corretas. 
c) Apenas as frases I e III estão corretas. 
d) Apenas as frases II e III estão corretas. 
 
COMENTÁRIOS: 
Vamos analisar os itens da questão: 
Item I. Correto. A Rubéola é uma doença exantemática viralaguda, 
caracterizada por febre baixa e exantemamaculopapular, que se inicia na face, couro 
cabeludo e pescoço, espalhando-se para tronco e membros. 
Item II. Correto. O Exantema na Rubéola é precedido, em 5 a 10dias, 
porlinfadenopatiageneralizada, principalmente suboccipital, pós-auricular e cervical 
posterior. 
Item III. Incorreto. A vacinação de bloqueio da Rubéola limita-se aos contatos 
do caso suspeito. 
A vacinação de bloqueio fundamenta-se no fato de que a vacina consegue 
imunizar o suscetível, em prazo menor, que o período de incubação da doença. Em 
função disso, a vacina deve ser administrada, de preferência, dentro de 72 horas após a 
exposição. 
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A vacinação de bloqueio deve abranger as pessoas do mesmo domicílio 
do caso suspeito, vizinhos próximos, creches, ou, quandofor o caso, as 
pessoasdamesmasala de aula, domesmoquarto de alojamentoou da sala de 
trabalho, etc. 
Na vacinação de bloqueio, utilizar a vacina trípliceviral para a faixa etária de 6 
meses a 39 anos de idade, de forma seletiva. 
A vacinação de bloqueio, portanto, deve ser realizada quando ocorre um ou mais 
casos suspeitos de rubéola. Para outras faixas, acima dos 40 anos de idade, a vacinasó é 
indicada com base na análise da situação epidemiológica. 
Item IV. Correto. Caso suspeito de Rubéola é todo paciente que apresente 
febre e exantema maculo papular, acompanhado de linfadenopatiaretroauricular, 
occipital e cervical, independente da idade e situação vacinal, ou todo indivíduo 
suspeito com história de viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou de contato, no 
mesmo período, com alguém que viajou ao exterior. 
Meus amigos, essa questão é facilmente resolvida por eliminação. Ora, o item III 
está claramente errado. Dessa forma, a única sequência possível, que traz o item 3 como 
incorreto, é a letra A. 
 
4 – Sarampo 
 
9. (Prefeitura de Vilhena-RO/IDECAN/2013) A vacina contra o sarampo é composta 
por 
a) fragmentos de vírus 
b) toxoides bacterianos 
c) vírus vivos atenuados 
d) fragmentos de bactérias. 
e) bactérias vivas atenuadas. 
COMENTÁRIOS: 
A vacina contra sarampo é composta de vírus vivos atenuados e cultivados em 
fibroblastos de embriões de galinha. É distribuída na forma liofilizada, acompanhada de 
diluente próprio. Portanto, o gabarito da questão é a letra C. 
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10. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013/RP) Sobre a prevenção do 
sarampo, é incorreto afirmar: 
a) O objetivo da vigilância epidemiológica na doença Sarampo é a identificação precoce 
de casos para adoção de medidas de prevenção e controle, bem como identificar e 
monitorar as demais condições de risco. 
b) O Sarampo é uma doença de notificação compulsória nacional e de investigação 
epidemiológica obrigatória imediata. 
c) São consideradas contraindicações para a vacina tríplice viral: alergia e intolerância, 
que não sejam de natureza anafilática, à ingestão de ovo; contato íntimo com pacientes 
imunodeprimidos; vacinação recente com a vacinação oral contra a Poliomielite e 
exposição recente ao Sarampo. 
d) A vacina tríplice viral é administrada por via subcutânea, de preferência na face 
externa da parte superior do braço (região deltoide). 
COMENTÁRIOS: 
A vacina sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) é administrada por via 
subcutânea (preferência na região deltoide). O volume correspondente a uma dose é de 
0,5 ml, podendo variar de acordo com o laboratório produtor. 
A vacina em questão está contraindicada nas ocorrências específicas listadas na 
sequência: 
 Registro de anafilaxiaapós recebimento de dose da vacina; 
 Presença de imunodeficiências congênitas ou adquiridas; 
Atenção! Indivíduos com infecção assintomática pelo HIV podem ser 
vacinados. 
 Uso de corticosteróides em doses imunossupressoras (nessa situação a pessoa deve 
ser vacinada, pelo menos, um mês depois da suspensão do uso da droga); 
 Vigência de quimioterapia imunossupressora; 
 Transplantados de medula óssea; 
 Pessoas que fazem uso de imunoglobulina, sangue total ou plasma, no momento 
da vacinação ou que farão uso em futuro próximo; 
 Na vigência de gravidez. 
 
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Portanto, são consideradas contraindicações para a vacina tríplice viral: alergia e 
intolerância, que sejamde natureza anafilática, à ingestão de ovo. Por outro lado,não 
são contraindicações desta vacina: contato íntimo com pacientes imunodeprimidos; 
vacinação recente com a vacinação oral contra a Poliomielite e exposição recente ao 
Sarampo. 
O gabarito, portanto, é a letra C. 
 
11. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011/RP) O Sarampo é uma 
doença infecciosa aguda, de natureza viral, transmissível e extremamente contagiosa. A 
viremia decorrente da infecção provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo 
aparecimento das diversas manifestações clínicas. Quando essa doença ocorre em uma 
criança em idade escolar: 
a) é necessária a realização de bloqueio vacinal, e deve abranger apenas as pessoas do 
mesmo domicílio do caso. 
b) não é necessária a realização de bloqueio vacinal. 
c) é necessária a realização de bloqueio vacinal, e deve ser feito de forma seletiva em 
todos os contatos do caso. 
d) não é necessária a realização de bloqueio vacinal, porém, devem ser vacinados 
apenas os casos detectados. 
 
COMENTÁRIOS: 
A principal medida de controle do sarampo é a vacinação dos suscetíveis, que 
inclui: vacinação de rotina na rede básica de saúde, bloqueio vacinal, intensificação e 
campanhas de vacinação de seguimento. Ressalta-se que, a cada caso suspeito 
notificado, a ação de bloqueio vacinal deve ser desencadeada imediatamente. Extensa 
busca ativa de novos casos suspeitos deve ser realizada. A faixa etária prioritária para 
ações de bloqueio vacinal é entre 6 meses de vida e 39 anos de idade. 
Porém, a redução ou ampliação dessa faixa para a realização do bloqueio vacinal 
deverá ser avaliada, de acordo com a situação epidemiológica apresentada na 
localidade. A investigação epidemiológica, principalmente através de busca ativa de 
casos, leva a um melhor controle da doença. 
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A vacinação de bloqueio fundamenta-se no fato de que a vacina consegue 
imunizar o suscetível, em prazo menor, que o período de incubação da doença. Em 
função disso, a vacina deve ser administrada, de preferência, dentro de 72 horas após a 
exposição. 
A vacinação de bloqueio deve abranger as pessoas do mesmo domicílio 
do caso suspeito, vizinhos próximos, creches, ou, quando for o caso, as 
pessoas da mesma sala de aula, do mesmo quarto de alojamento ou da 
sala de trabalho, etc. 
Na vacinação de bloqueio, utilizar a vacinatrípliceviral para a faixa etária de 6 
meses a 39 anos de idade, de forma seletiva. 
Atenção! O bloqueio vacinal do sarampo é praticamente igual ao da rubéola. 
Portanto, quando o sarampo ocorre em uma criança em idade escolar: 
Item A. Incorreto. É necessária a realização de bloqueio vacinal, e deve abranger 
pessoas do mesmo domicílio do caso suspeito, vizinhos próximos, creches, ou, 
quando for o caso, as pessoas da mesma sala de aula, do mesmo quarto de 
alojamento ou da sala de trabalho, etc. 
Itens B e D. Incorretos. É necessáriaa realização de bloqueio vacinal. 
Item C. Correto. É necessária a realização de bloqueio vacinal, e deve ser feito de 
forma seletiva em todos os contatos do caso. 
Dessa forma, o gabarito da questão é a letra C. 
 
5 – Coqueluche 
Coqueluche é uma doença infecciosa aguda, transmissível, de distribuição 
universal. Compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) 
e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. Ocorre sob as formas endêmica e 
epidêmica. Em lactentes, pode resultar em número elevado de complicações e até em 
morte. 
O agente etiológico (causador) é a bactéria Bordetellapertussis. A transmissão 
ocorre, principalmente, pelo contato direto de pessoa doente com pessoa suscetível, 
através de gotículas de secreção da orofaringe eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. 
O período de encubação é, em média, de 5 a 10 dias, podendo variar de 1 a 3 
semanas e, raramente, até 42 dias. 
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A principal forma de prevenção é a administração da vacina pentavalente 
(composta pela vacina adsorvidadifteria, tétano, pertussis, hepatite B recombinante e 
Haemophilusinfluenzaetipo b conjugada - DTP/HB/Hib). 
 
12. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013/RP) Leia as frases abaixo e a 
seguir assinale a alternativa que corresponde à resposta correta. 
I- A Coqueluche é uma doença infecciosa aguda, transmissível e de distribuição 
universal, que compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e 
brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. 
II - A fase catarral da Coqueluche, tem duração de 1 ou 2 semanas e inicia-se com 
manifestações respiratórias e sintomas leves, seguidos pela instalação gradual de surtos 
de tosse, cada vez mais intensos e frequentes, até que passam a ocorrer as crises de 
tosses paroxísticas. 
III - O homem, o cão e o pombo são considerados reservatórios da doença coqueluche. 
IV - É considerado caso suspeito todo indivíduo, independente da idade e estado 
vacinal, que apresentar tosse seca há 14 dias ou mais associada a um ou mais sintomas 
como tosse paroxística, guincho inspiratório e vômitos pós-tosse ou com história de 
contato com um caso confirmado de Coqueluche pelo critério clínico. 
a) As frases I, II, III e IV estão corretas. 
b) Apenas as frases I, II e IV estão corretas. 
c) Apenas as frases I e III estão corretas. 
d) Apenas as frases III e IV estão corretas. 
 
COMENTÁRIOS: 
Isto posto, vamos avaliar os itens da questão: 
Item I. Correto. A Coqueluche é uma doença infecciosa aguda, transmissível e de 
distribuição universal, que compromete especificamente o aparelho respiratório 
(traqueia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. 
Item II. Correto. A fase catarral da Coqueluche, tem duração de 1 ou 2 semanas e 
inicia-se com manifestações respiratórias e sintomas leves, seguidos pela instalação 
gradual de surtos de tosse, cada vez mais intensos e frequentes, até que passam a ocorrer 
as crises de tosses paroxísticas. 
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Item III. Incorreto. O homem é o único reservatório natural. Ainda não 
foi demonstrada a existência de portadores crônicos; entretanto, podem ocorrer casos 
oligossintomáticos, com pouca importância na disseminação da doença. Portanto, o cão 
e o pombo não são considerados reservatórios da doença coqueluche. 
Item IV. Correto. É considerado caso suspeito todo indivíduo, independente da 
idade e estado vacinal, que apresentar tosse seca há 14 dias ou mais associada a um ou 
mais sintomas como tosse paroxística, guincho inspiratório e vômitos pós-tosse ou com 
história de contato com um caso confirmado de Coqueluche pelo critério clínico. 
Nesses termos, o gabarito é a letra B. 
 
7 - Leishmaniose Tegumentar e Visceral 
 
Leishmaniose Tegumentar Americana é doença infecciosa, não contagiosa, 
causada por protozoários do gênero Leishmania, de transmissão vetorial, que acomete 
pele e mucosas. E primariamente uma infecção zoonótica que afeta outros animais que 
não o homem, o qual pode ser envolvido secundariamente. 
Essa doença pode apresentar-se nas formas cutânea e mucosa. 
A doença cutânea apresenta-se classicamente por pápulas, que evoluem para 
úlceras com fundo granuloso e bordas infiltradas em moldura, que podem ser únicas ou 
múltiplas, mas indolores. Também pode manifestar-se como placas verrucosas, 
papulosas, nodulares, localizadas ou difusas. 
A forma mucosa, secundária ou não a cutânea, caracteriza-se por infiltração, 
ulceração e destruição dos tecidos da cavidade nasal, faringe ou laringe. Quando a 
destruição dos tecidos é importante, podem ocorrer perfurações do septo nasal e/ou 
palato. 
Há várias espécies de leishmanias envolvidas na transmissão. Nas Américas, são 
atualmente reconhecidas 11 espécies dermotrópicas de Leishmaniacausadoras de doença 
humana e 8 espécies descritas, somente em animais. No Brasil, já foram identificadas 7 
espécies, sendo 6 do subgênero Vianniae 1 do subgênero Leishmania. As mais 
importantes são Leishmania (Viannia) braziliensis, L. (L.) amazonensise L. (V.) 
guyanensis. 
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Os vetores são insetos denominados flebotomíneos, conhecidos popularmente, 
dependendo da localização geográfica, como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre 
outros. 
O modo de transmissão ocorre pela picada de flebotomíneos fêmeas que 
adquirem o parasito ao picar reservatórios (várias espécies de animais silvestres, 
sinantrópicos e domésticos - canídeos, felídeos e equídeos), transmitindo-o ao homem. Não 
há transmissão de pessoa a pessoa. 
Na forma mucosa grave, pode apresentar como complicações: disfagia, disfonia, 
insuficiência respiratória por edema de glote, pneumonia por aspiração e morte. 
O diagnóstico é feito pela suspeita clínico-epidemiológica associada à 
intradermorreação de Montenegro (IDRM) positiva e/ou demonstração do parasito no 
exame parasitológico direto em esfregaço de raspado da borda da lesão, ou no 
imprintfeito com o fragmento da biopsia; em histopatologia ou isolamento em cultura. 
A imunofluorescência não deve ser utilizada como critério isolado para diagnostico de 
LTA. Entretanto, pode ser considerada como critério adicional no diagnóstico 
diferencial com outras doenças, especialmente nos casos sem demonstração de qualquer 
agente etiológico. 
O tratamento de primeira escolha é a droga o antimonial pentavalente. Não 
havendo resposta satisfatória com o tratamento pelo antimonial pentavalente, as drogas 
de segunda escolha são a Anfotericina B e o Isotionato de Pentamidina. 
 
13. (HGA-SP/CETRO/2013/RP) Sobre a Leishmaniose Tegumentar, analise as 
assertivas abaixo. 
I. A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por 
diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas. 
II. Os vetores da Leishmaniose Tegumentar são caramujos gastrópodes aquáticos, 
pertencentes à família Planorbidaee ao gênero Biomphalaria, que habitam coleções de 
água doce, com pouca correnteza ou parada. 
III. A úlcera típica da Leishmaniose Tegumentar é extremamente dolorosa e secretiva; 
costuma localizar-se em regiões de dobras cutâneas, apresentando formato arredondado 
ou ovalado, com bordas rasas e com ausência de granulações. 
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IV. A Leishmaniose Tegumentar é considerada, pela Organização Mundial da Saúde 
(OMS), como uma das seis mais importantes doenças infecciosas, devido ao alto 
coeficiente de detecção e capacidade de produzir deformidades. 
É correto o que se afirma em 
a) I, II e III, apenas. 
b) II e IV, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) I e IV, apenas. 
e) II, III e IV, apenas. 
COMENTÁRIOS: 
Vamos analisar afirmativas da questão: 
Item I. Correto. A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, não 
contagiosa, causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, que 
acomete pele e mucosas. 
Item II. Incorreto. Os vetores Leishmaniose Tegumentar Americana são insetos 
denominados flebotomíneos, conhecidos popularmente, dependendo da 
localização geográfica, como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros. 
Item III. Incorreto. A úlcera típica de leishmaniose cutânea (LC) é indolor e 
costuma localizar-se em áreas expostas da pele; com formato arredondado ou ovalado; 
mede de alguns milímetrosaté alguns centímetros; base eritematosa, infiltrada e de 
consistência firme; bordas bem-delimitadas e elevadas; fundo avermelhado e com 
granulações grosseiras. Todavia, a infecção bacteriana associada pode causar dor local e 
produzir exsudato seropurulento que, ao dessecar-se em crostas, recobre total ou 
parcialmente o fundo da ulcera. Adicionalmente, a infecção secundaria e o uso de 
produtos tópicos podem causar eczema na pele ao redor da ulcera, modificando seu 
aspecto (forma ectimóide). 
Por conseguinte, a úlcera típica da Leishmaniose Tegumentar é indolor e não é 
secretiva; costuma localizar-se em regiões de dobras cutâneas, apresentando formato 
arredondado ou ovalado, com bordas bem-delimitadas e elevadas e com presença 
de granulações. 
 
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Item IV. Correto. De acordo com o Ministério da Saúde (disponível em: 
http://goo.gl/WVnn2e), a Leishmaniose Tegumentar é considerada, pela OMS, como 
uma das seis mais importantes doenças infecciosas, devido ao alto coeficiente de 
detecção e capacidade de produzir deformidades. 
Disto isto, o gabarito é a letra D. 
 
14. (Prefeitura de Belo Horizonte-MG/FUMARC/2011/RP) Leia as informações para 
responder à questão: 
 
Imagem extraída de http://www.brasilescola.com em 21/09/2011. 
“Modo de transmissão: Pela picada da fêmea de insetos flebotomíneos das diferentes espécies de 
importância médico-sanitária do gênero Lutzomyia. São conhecidos popularmente como mosquito palha, 
tatuquira, birigui, entre outro”. 
Baseando-se nas informações acima, marque a alternativa que corresponde à doença 
infecto contagiosa. 
a) Linfogranuloma Venéreo. 
b) Leishmaniose Tegumentar Americana. 
c) Oncocercose. 
d) Paracoccidioidomicose. 
 
COMENTÁRIOS: 
Conforme comentários da questão anterior, verificamos claramente que o gabarito 
da questão é a letra B. 
 
 
 
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15. (Prefeitura do Rio-RJ/2013/IABAS-BIORIO/RP) A leishmaniose visceral (LV) 
ou Calazar é uma zoonose que afeta o homem, além de outros animais. Apresenta-se 
sob a forma de doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, 
perda de peso, astenia, adinamia, entre outras manifestações. Em relação a essa 
patologia NÃO é correto afirmar que: 
a) a leishmaniose é uma doença grave que, se não for tratada, pode levar à morte até 
90% dos casos humanos; 
b) os sinais e os sintomas da doença no homem são: febre irregular de longa duração, 
falta de apetite, emagrecimento, fraqueza e barriga inchada, pelo aumento do fígado e 
do baço; 
c) os sinais e os sintomas da doença nos cães são: apatia, lesões na pele, queda de pelos, 
inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas, emagrecimento, lacrimejamento e 
crescimento anormal das unhas; 
d) a prática da eutanásia canina é recomendada para todos os animais infectados, pois 
eles continuam transmitindo a doença mesmo depois de tratados; 
e) a transmissão da doença pode ocorrer diretamente de pessoa para pessoa. 
 
COMENTÁRIOS: 
A leishmaniose visceral (LV) é uma protozoose cujo espectro clínico pode variar 
desde manifestações clínicas discretas até as graves, que, se não tratadas, podem levar a 
óbito. Essa doença, primariamente, era uma zoonose caracterizada como doença de 
caráter eminentemente rural. Mas recentemente, vem se expandindo para áreas urbanas 
de médio e grande porte e se tornou crescente problema de saúde pública no país e em 
outras áreas do continente americano, sendo uma endemia em franca expansão 
geográfica. 
É uma doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda 
de peso, astenia, adinamia e anemia, dentre outras manifestações. Quando não tratada, 
pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. Muitos infectados apresentam a 
forma inaparente ou assintomática da doença. Suas manifestações clínicas refletem o 
desequilíbrio entre a multiplicação dos parasitos nas células do sistema fagocítico 
mononuclear (SFM), a resposta imunitária do indivíduo e o processo inflamatório 
subjacente. 
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O agente etiológico é um protozoário tripanosomatideos do gênero Leishmania, 
espécie Leishmaniachagasi. 
O modo de transmissão, no Brasil, ocorre da seguinte forma: através da fêmea de 
insetos flebotomineos das espécies Lutzomyialongipalpise L. cruzi, infectados. A 
transmissão ocorre enquanto houver o parasitismo na pele ou no sangue periférico do 
hospedeiro (na área urbana é o cão; no ambiente silvestre são as raposas e os e os 
marsupiais). 
As complicações são as seguintes: as mais frequentes são de natureza infecciosa 
bacteriana. Dentre elas, destacam-se: otite media aguda, otites, piodermites e afecções 
pleuropulmonares, geralmente precedidas de bronquites, traqueobronquites agudas, 
infecção urinária, complicações intestinais; hemorragias e anemia aguda. Caso essas 
infecções não sejam tratadas com antimicrobianos, o paciente poderá desenvolver um 
quadro séptico com evolução fatal. As hemorragias são geralmente secundarias a 
plaquetopenia, sendo a epistaxe e a gengivorragiaas mais comumente encontradas. A 
hemorragia digestiva e a icterícia, quando presentes, indicam gravidade do caso. 
O diagnóstico é feito da seguinte forma:clínico-epidemiológico e laboratorial. 
Esse último, na rede básica de saúde, baseia-se, principalmente em exames 
imunológicos e parasitológicos. 
• Exame sorológico é o de detecção mais fácil para o diagnóstico da LV 
(imunofluorescência e Elisa, esse último não disponível na rede). 
• Exame parasitológico - É o diagnóstico de certeza feito pelo encontro de formas 
amastigotas do parasito, em material biológico obtido preferencialmente da medula óssea, por 
ser um procedimento mais seguro, do linfonodo ou do baço. 
O tratamento consiste, no Brasil, nos medicamentos Antimonial Pentavalente e a 
Anfotericina B. 
A partir dos comentários, verificamos claramente que o gabarito da questão é a 
letra E. 
 
 
 
 
 
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16. (Prefeitura de Teresina-PI/NUCEPE/2011/RP) Febre, hepatomegalia, icterícia e 
ascite são sinais associados à (ao): 
a) botulismo; 
b) tétano acidental; 
c) malária; 
d) febre tifóide; 
e) leishmaniose visceral. 
 
COMENTÁRIOS: 
Ossinais e os sintomas da leishmaniose visceral (LV) no homem são: febre 
irregular de longa duração, falta de apetite, emagrecimento, icterícia, fraqueza 
eascite(barriga inchada), pelo aumento do fígado(hepatomegalia) e do baço 
(espenomegalia). Por isso, o gabarito é a letra E. 
 
8 - Esquistossomose Mansoni 
 
A Esquistossomose Mansonié uma doença infecciosa parasitária provocada por 
vermes do gênero Schistosoma, inicialmente assintomática, que pode evoluir até as 
formas clínicas extremamente graves. 
É doença de veiculação hídrica, cuja transmissão ocorre quando o indivíduo 
suscetível entra em contato com águas superficiais onde existam caramujos, 
hospedeirosintermediários, liberando cercarias. 
Fonte de infecção: o homem infectado elimina ovos viáveis de S. mansoni por 
meio das fezes.Quando esses ovos entram em contato com a água, rompem-see 
permitem a saída da forma larvária ciliada, denominada miracídio. 
Os miracídios penetram no caramujo, onde se multiplicam e, entre quatro a seis 
semanas depois, começam a abandoná-lo em grande número, principalmente quando 
estão sob a ação de calor e luminosidade. A forma infectante larvária que sai do 
caramujo tem o nome de cercária. 
As cercarias penetram no homem (hospedeiro definitivo) pormeio da pele 
e/oumucosas e, mais frequentemente, pelos pés e pernas, por serem áreas do corpo 
queficam em maior contato com águas contaminadas. Após atravessarem a pele ou 
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mucosa,as cercárias perdem a cauda e se transformam em esquistossômulos. Esses 
caem na circulação venosa e alcançam o coração e pulmões, onde permanecem por 
algum tempo. 
Retornam posteriormente ao coração, de onde são lançados, por meio das artérias, 
aospontos mais diversos do organismo, sendo o fígado o órgão preferencial de 
localização do parasito. No fígado, as formas jovens se diferenciam sexualmente e 
crescemalimentando-se de sangue, migram para as veias do intestino, onde alcançam a 
forma adulta, acasalam-se e iniciam a postura de ovos, recomeçando o ciclo. 
 
Figura 2- Ciclo de transmissão da esquistossomose mansônica (Fonte: Amaral, R. S, 2006 apud Brasil, 2008). 
 
Manifestação da Doença 
 Fase inicial (dermatite cercariana e esquistossomose aguda): 
A fase inicial da esquistossomose coincide com a penetração da cercária na pele, 
que pode ser assintomática ou apresentar intensa manifestação pruriginosa - dermatite 
cercariana- caracterizada por micropápulas “avermelhadas” semelhantes a picadas de 
insetos. Essas manifestações duram, em geral, de 24 a 72 horas, podendo chegar até 15 
dias. 
Cerca de um a dois meses após, aparecem os sintomas inespecíficos, como febre, 
cefaleia, anorexia, náusea, astenia, mialgia, tosse e diarreia, caracterizando a 
esquistossomose na forma aguda. 
O fígado e o baço aumentam discretamente de volume e o indivíduo apresenta 
sensível comprometimento do seu estado geral, podendo, em alguns casos, chegar ao 
óbito. 
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 Fase crônica (intestinal, hepatointestinal e hepatoesplênica): 
A esquistossomose na fase crônica pode apresentar distintas manifestações. 
Nessafase, o fígado é o órgão mais frequentemente comprometido. Dependendo da 
maior ou menor suscetibilidade do indivíduo e da intensidade da infecção, na fase 
crônica, pode ocorrer a evolução da doença para diversas formas clínicas: 
a) Intestinal - é a mais comumente encontrada. Pode ser assintomática ou 
caracterizada por diarreias repetidas, do tipo muco sanguinolenta ou não. O fígado e o 
baço não são palpáveis, embora exista, frequentemente, queixa de dor abdominal no 
hipocôndrio direito. 
b) Hepatointestinal- na forma hepatointestinal, os sintomas intestinais são 
semelhantes aos descritos para a forma intestinal, sendo, porém, mais frequentes os 
casos com diarreia e epigastralgia. O fígado encontra-se aumentado de volume e, na 
palpação, pode ser percebida a presença de nodulações grosseiras de tamanhos 
variáveis, causadas por áreas de fibrose do tecido hepático. O baço não é palpável. 
c) Hepatoesplênica - a forma hepatoesplênica pode apresentar-se em três 
estágios: compensada,descompensadae complicada. O estado geral do paciente fica 
comprometido. O fígado e baço são palpáveis, o que caracteriza essa fase da doença. 
As lesões peculiares intra-hepáticas são, em número e extensão, suficientes para causar 
transtorno na circulação da veia porta. Há manifestação de algum grau de hipertensão, 
tanto que aesplenomegalia deve-se mais à congestão do baço que às lesões 
esquistossomóticas propriamente ditas. Pode haver indícios da formação de circulação 
colateral e varizesesofagianas. 
No diagnóstico clínico, deve-se levar em conta a fase da doença (aguda ou 
crônica).Além disso, é de fundamental importância a análise detalhada do local de 
residência do paciente, principalmente para saber se ele vive ou viveu em região 
endêmica. 
O diagnóstico definitivo da esquistossomose mansoni depende sempre de uma 
confirmação laboratorial. 
O tratamento quimioterápico da esquistossomose por meio de medicamentos de 
baixa toxicidade, como o praziquantele a oxamniquina, deve ser preconizadopara a 
maioria dos pacientes com presença de ovos viáveis nas fezes ou mucosaretal. Contudo, 
existem condições que contraindicam seu uso e que devem serrespeitadas. 
 
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17. (Prefeitura de Vacarias-RS/FUNDATEC/2014) Leia o trecho a seguir: “Trata-se 
de uma doença de veiculação hídrica, cuja transmissão ocorre quando o indivíduo 
suscetível entra em contato com águas superficiais onde existam caramujos, hospedeiros 
intermediários, liberando cercárias.” Esta descrição refere-se a qual das 
seguintes doenças: 
Parte superior do formulário 
a) Malária. 
b) Febre Amarela. 
c) Doença de Chagas. 
d) Esquistossomose. 
e) Raiva. 
 
COMENTÁRIOS: 
A esquistossomose é uma doença infecciosa parasitária provocada por vermes do 
gênero Schistosoma, inicialmente assintomática, que pode evoluir até as formas clínicas 
extremamente graves. 
É também conhecida como, “xistose”, “xistosa” “xistosomose”, “doença dos 
caramujos”, “barriga d’água” e “doença de Manson-Pirajá da Silva”. 
É doença de veiculação hídrica, cuja transmissão ocorre quando o indivíduo 
suscetível entra em contato com águas superficiais onde existam 
caramujos,hospedeiros intermediários, liberando cercarias. 
A suscetibilidade ao verme é geral. Qualquer pessoa independente de sexo, cor 
(raça), idade, uma vez entrando em contato com as cercarias, pode vir a contrair a 
doença. 
 A partir do exposto, o gabarito é a letra D. 
 
 
 
 
 
 
 
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18. (Prefeitura de Wenceslau Braz-PR/FUNTEF-PR/2013/RP) A Esquistossomose 
Mansoni é uma infecção produzida por parasito trematódeo digenético, cuja 
sintomatologia clínica depende de seu estágio de evolução no homem. Após seis meses 
de infecção, há risco de o quadro clínico evoluir para a fase crônica. Todas as 
alternativas abaixo refletem as suas formas clínicas, EXCETO 
a) hepatointestinal. 
b) hepática. 
c) anemia hemolítica. 
d) hepatoesplênica compensada. 
e) hepatoesplênica descompensada. 
COMENTÁRIOS: 
A esquistossomose na fase crônica pode apresentar distintas manifestações. 
Nessafase, o fígado é o órgão mais frequentemente comprometido. Dependendo da 
maiorou menor suscetibilidade do indivíduo e da intensidade da infecção, na fase 
crônica,pode ocorrer a evolução da doença para diversas formas clínicas: 
a) Intestinal - é a mais comumente encontrada. Pode ser assintomática ou 
caracterizada por diarreias repetidas, do tipo mucosanguinolentaou não. O fígado e o 
baçonão são palpáveis, emboraexista, frequentemente, queixa de dor abdominal no 
hipocôndrio direito. 
b) Hepatointestinal- na forma hepatointestinal, os sintomas intestinais são 
semelhantes aos descritospara a forma intestinal, sendo, porém, mais frequentes os 
casos com diarreia e epigastralgia. O fígado encontra-seaumentado de volume e, na 
palpação, pode ser percebida a presença de nodulações grosseiras de tamanhos 
variáveis, causadas por áreas de fibrose do tecido hepático. O baço não é palpável. 
c) Hepatoesplênica - a forma hepatoesplênica pode apresentar-se em três 
estágios: compensada, descompensada e complicada. O estado geral do paciente fica 
comprometido. O fígado e baço são palpáveis, o que caracteriza essa fase da doença. 
As lesões peculiares intra-hepáticas são, em número e extensão, suficientes para causar 
transtorno na circulação da veia porta. Há manifestação de algum grau de hipertensão, 
tanto que aesplenomegalia deve-se mais à congestão do baço que às lesões 
esquistossomóticas propriamente ditas. Pode haver indícios da formação de circulação 
colateral e varizesesofagianas. 
Gabarito letra C. 
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9 - Escarlatina 
A Escarlatina é causada pelas toxinas do Streptococcus beta-hemolítico do grupo 
A. Tem período de incubação de dois a cinco dias e a transmissão pode ocorrer desde o 
início dos primeiros sintomas até 24 a 48 horas da introdução da antibioticoterapia. 
A transmissão da escarlatina faz-se de pessoa para pessoa, através de gotículas de 
saliva ou secreções infectadas, provenientes de doentes ou de portadores sadios, que são 
aquelas pessoas saudáveis que transportam a bactéria na garganta ou no nariz sem 
apresentar em sintomas (portadores sãos ou saudáveis). 
Evolui com febre alta, mal-estar, adenomegalia cervical e submandibular, logo 
após surge exantema difuso, papular, áspero, deixando a pele, à palpação, com aspecto 
de lixa, centrífugo. Pode-se observar, na face, palidez perioral (sinal de Filatov) e linhas 
marcadas nas dobras flexoras (sinal de Pastia). Na língua, papilas edemaciadas e 
eritematosas sobressaem (língua em framboesa). O exantema desaparece em cinco a 
sete dias, iniciando a descamação até as extremidades. 
Eritema e exsudato amigdaliano e petéquias no palato são frequentemente 
observados. O quadro clínico geralmente possibilita o diagnóstico. 
 
Figura 3 - Sintomas da Escarlatina (SINAL DE PASTIA apud Brasil, 2012). 
O diagnóstico laboratorial é a cultura de secreção de orofaringe com isolamento 
do Streptococcus pode auxiliar no diagnóstico. 
O tratamento da escarlatina é a antibioticoterapia, como a penicilina e 
eritomicina. A profilaxia com antibióticos em contactantes é controversa. 
Quando a doença não é tratada corretamente, podem surgir complicações muito 
importantes, como a febre reumática (que pode surgir em média cerca de 18 dias após a 
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escarlatina) e a glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica (que pode ocorrer em média 
10 dias depois)1. 
 
19. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011/RP) A escarlatina é 
uma doença infecciosa aguda causada pelo Estreptococo B hemolítico do grupo A, 
produtor de toxina pirogênica (eritrogênica), pode raramente ser devida à infecção pelo 
estreptococo dos grupos C e G. A escarlatina ocorre mais frequentemente associada à 
faringite e, ocasionalmente, aos impetigos. Atualmente, a forma toxêmica grave é pouco 
comum. Sobre a escarlatina é correto afirmar que: 
a) sua distribuição é universal, com menor incidência no final do inverno e início da 
primavera. 
b) o cachorro é o hospedeiro natural do estreptococo do grupo A. 
c) a conduta nas creches, escolas e domicílios onde apareça a doença escarlatina é tratar 
todos os comunicantes sejam eles sintomáticos ou assintomáticos. 
d) pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais frequente em idade escolar, entre 5 e 18 
anos. 
COMENTÁRIOS: 
Vamos corrigir os itens errados a respeito da escarlatina: 
Item A. Incorreto. Sua distribuição é universal, com maior frequência no 
outono, no inverno e na primavera, e não menor incidência no final do inverno e 
início da primavera. 
Item B. Incorreto. O próprio homem é o hospedeiro natural do estreptococo do 
grupo A. 
Item C. Correto. A conduta nas creches, escolas e domicílios onde apareça a 
doença escarlatina é tratar todos os comunicantes sejam eles sintomáticos ou 
assintomáticos. 
Item D. Incorreto. É uma doença que afeta principalmente crianças em idade 
escolar, entre 3 e 15 anos. 
O gabarito da questão, portanto, é a letra C. 
 
 
 
1 Escarlatina, disponível em: http://goo.gl/B3aQ8c. 
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10 - Raiva Humana 
 
A raiva é uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefalite progressiva 
aguda e letal. Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva e, portanto, podem 
transmiti-la. A doença apresenta dois principais ciclos de transmissão: urbano e 
silvestre, sendo o urbano passível de eliminação, por se dispor de medidas eficientes de 
prevenção, tanto em relação ao ser humano, quanto à fonte de infecção. 
Em relação à fonte de infecção, didaticamente, pode-se subdividir a transmissão 
urbana e rural em quatro ciclos epidemiológicos: 
 ciclo aéreo, que envolve os morcegos; 
 ciclo rural, representado pelos animais de produção; 
 ciclo urbano, relacionado aos cães e gatos; 
 ciclo silvestre terrestre, que engloba os saguis, cachorros do mato, 
raposas, guaxinim, entre outros animais selvagens. 
 
Figura 4 - Ciclos epidemiológicos de transmissão da raiva 
(Fonte: Ministério da Saúde, 2010). 
A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus contido na saliva do 
animal infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela 
arranhadura e lambedura de mucosas. O vírus penetra no organismo, multiplica-se 
no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema 
nervoso central. A partir dai, dissemina-se para vários órgãos e glândulas salivares, 
onde também se replica e é eliminado pela saliva das pessoas ou animais enfermos. 
Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva (período de 
transmissibilidade) ocorre de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos, 
persistindo durante toda a evolução da doença. A morte do animal acontece, em média, 
entre 5 a 7 dias após a apresentação dos sintomas. Em relação aos animais silvestres, há 
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poucos estudos sobre o período de transmissibilidade, que pode variar de acordo com a 
espécie. Por exemplo, especificamente os quirópteros podem albergar o vírus por longo 
período, sem sintomatologia aparente. 
Após um período variável de incubação, aparecem os pródromos2 iniciais, que 
duram de 2 a 4 dias e são inespecíficos, com o paciente apresentando mal-estar geral, 
pequeno aumento de temperatura corpórea, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, 
entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angustia. Podem ocorrer 
hiperestesia e parestesia nos trajetos de nervos periféricos, próximos ao local da 
mordedura, e alterações de comportamento. A infecção progride, surgindo 
manifestações de ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos 
musculares involuntários generalizados e/ou convulsões. Ocorrem espasmos dos 
músculos da laringe, faringe e língua, quandoo paciente vê ou tenta ingerir liquido, 
apresentando sialorreia intensa. Os espasmos musculares evoluem para quadro de 
paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinaria e obstipação 
intestinal. O paciente se mantém consciente, com período de alucinações, até a 
instalação do quadro comatoso e evolução para óbito. São, ainda, observadas disfagia, 
aerofobia, hiperacusia, fotofobia. O período de evolução do quadro clínico, após 
instalados os sinais e sintomas até o óbito, varia, em média, de 5 a 7 dias. A 
característica mais determinante da evolução clínica da doença e a forma furiosa e/ou 
paralítica. 
Em 2004, foi registrado nos Estados Unidos o primeiro relato de tratamento de 
Raiva humana em paciente que não recebeu vacina ou soro antirrábico e evoluiu para 
cura. No Brasil, em 2008, foi confirmada Raiva em um paciente mordido por um 
morcego hematófago e que após suspeita clínica, foi iniciado tratamento dos Estados 
Unidos, adaptado a realidade brasileira, resultando no primeiro registro de cura de Raiva 
humana, no país. 
A prevenção da Raiva transmitida em áreas urbanas ou rurais, por animais 
domésticos, é feita mediante a manutenção de altas coberturas vacinais nesses animais, 
por meio de estratégias de rotina e campanhas; controle de foco e bloqueio vacinal; 
captura e eliminação de cães de rua; envio de amostras para exame laboratorial, para 
monitoramento da circulação viral. A profilaxia da Raiva humana é feita com o uso 
 
2Pródromo é um sinal ou grupo de sintomas que pode indicar o início de uma doença antes que sintomas 
específicos surjam 
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de vacinas e soro, quando os indivíduos são expostos ao vírus rábico pela mordedura, 
lambedura de mucosas ou arranhadura provocada por animais transmissores da Raiva. 
A vacinação antirrábica não tem contraindicação, devendo ser iniciada o mais 
breve possível e garantir o completo esquema de vacinação preconizado. 
 
R
a
iv
a
 
Prevenção da Raiva 
transmitida em áreas 
urbanas ou rurais, 
por animais 
domésticos. 
 Manutenção de altas coberturas vacinais nesses animais, por 
meio de estratégias de rotina e campanhas; 
 Controle de foco e bloqueio vacinal; captura e eliminação de cães 
de rua; 
 Envio de amostras para exame laboratorial, para monitoramento 
da circulação viral. 
Profilaxia da Raiva 
 É feita com o uso de vacinas e soro, quando os indivíduos são 
expostos ao vírus rábico pela mordedura, lambedura de mucosas 
ou arranhadura provocada por animais transmissores da Raiva. 
 A vacina sempre faz parte do esquema de profilaxia; 
 A indicação do soro ocorre quando se trata de um acidente de 
alto risco para desenvolvimento da doença. 
 
Nobres concurseiros, vejam que os instrumentos disponíveis para prevenção e 
controle da raiva humana são a vacina e o soro. 
As vacinas humanas(cultivo celular) são mais potentes, seguras e isentas de 
risco. São produzidas em cultura de células (diploides humanas, células Vero, células de 
embrião de galinha, etc.), com cepas de vírus Pasteur (PV) ou Pittman-Moore (PM) 
inativados pela betapropiolactona. 
As vias de aplicação são a intramuscular (mais utilizada) e intradérmica 
(utilizada em casos específicos). 
 Via intramuscular- são apresentadas na dose 0,5ml e 1ml, dependendo do 
fabricante (verificar embalagem e/ou lote). A dose indicada pelo fabricante 
NAO DEPENDE da idade ou do peso do paciente. A aplicação 
intramuscular deve ser profunda, na região do deltoide ou vasto lateral da 
coxa. Em crianças até 2 anos de idade, está indicado o vasto lateral da 
coxa. 
 Via intradérmica -a dose da via intradérmica e de 0,1ml. Deve ser 
aplicada em locais de drenagem linfática, geralmente nos braços, na 
inserção do músculo deltoide. 
Importante! A vacina antirrábica não deve ser aplicada na região 
glútea. 
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A vacina contra raiva não tem contraindicação (gravidez, mulheres lactantes, 
doença intercorrente ou outros tratamentos), devido à gravidade da doença que 
apresenta letalidade de aproximadamente 100%. 
As vacinas contra a raiva produzidas em meios de cultura são seguras. De 
acordo com os trabalhos publicados na literatura, causam poucos eventos adversos e, 
na quase totalidade dos casos, de pouca gravidade. O soro para uso humano (soro 
heterólogo) é uma solução concentrada e purificada de anticorpos, preparada em 
equídeos imunizados contra o vírus da raiva. 
A dose indicada e de 40UI/kg de peso do paciente. Deve-se infiltrar nas lesões a 
maior quantidade possível da dose do soro (vejam que o soro é aplicado diretamente ao 
redor das lesões do animal agressor). Quando a lesão for extensa e múltipla, a dose do soro 
a ser infiltrada, pode ser diluída, em soro fisiológico, para que todas as lesões sejam 
infiltradas. Caso a região anatômica não permita a infiltração de toda a dose, a 
quantidade restante, a menor possível, deve ser aplicada por via intramuscular, na região 
glútea. 
No quadro a seguir, encontra-se o esquema para tratamento profilático antirrábico 
humano. 
Tipo de exposição 
Condições do animal agressor 
Cão ou gato sem 
suspeita de Raiva no 
momento da agressão 
Cão ou gato clinicamente 
suspeito de Raiva no momento 
da agressão 
Cão ou gato raivoso 
desaparecido ou morto 
Animais silvestres5 
(inclusive os domiciliados) 
Animais domésticos de 
interesse econômico ou de 
produção 
Contato indireto 
• Lavar com água e sabão; 
• Não tratar. 
• Lavar com água e sabão; 
• Não tratar; 
• Lavar com água e sabão; 
• Não tratar; 
Acidentes leves 
• Ferimentossuperficiais, 
poucoextensos, geralmente 
únicos, em tronco e 
membros (exceto mãos, 
polpas digitais e planta dos 
pés); podem acontecer em 
decorrência de mordeduras 
ou arranhaduras causadas 
por unha ou dente; 
• Lambedura de pele com 
lesõessuperficiais; 
• Lavar com água e sabão 
• Observar o 
animaldurante10 dias após 
exposição1; 
• Se o animal permanecer 
sadio no período de 
observação, encerrar o caso; 
• Se o animalmorrer, 
desaparecer ou se 
tornarraivoso, 
administrar5doses de vacina 
(dias 0, 3, 7, 14 e 28). 
• Lavar com água e sabão 
• Iniciartratamentoprofilático com 
2doses, uma no dia 0 e outra no dia 3. 
• Observar o animal durante 10 dias 
após exposição1; 
• Se a suspeita de Raiva for 
descartada após o 10° dia de 
observação, suspender o 
tratamentoprofilático e encerrar o 
caso; 
• Se o animalmorrer, desaparecer 
ou se tornar raivoso, completar o 
esquema até 5doses, aplicar uma 
dose entre o 7° e o 10° dias e uma 
dose nos dias 14 e 28. 
• Lavar com água e sabão; 
• Iniciarimediatamente o 
esquema profilático com 
5doses de vacina administradas 
nos dias 0, 3, 7, 14 e 28. 
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Tipo de exposição 
Condições do animal agressor 
Cão ou gato sem 
suspeita de Raiva no 
momento da agressão 
Cão ou gato clinicamente 
suspeito de Raiva no momento 
da agressão 
Cão ou gato raivoso 
desaparecido ou morto 
Animais silvestres5 
(inclusive os domiciliados) 
Animais domésticos de 
interesse econômico ou de 
produção 
Acidentes graves

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