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03/23/2017 1 Certificação Florestal Forest Stewardship Council (FSC) Prof. Luís Antônio Coimbra Borges GEF 127 – Planejamento e Gestão de recursos naturais 2017 HISTÓRICO: • ANOS 80: Na década de 80, as florestas do mundo vinham sendo destruídas a um ritmo acelerado e as iniciativas governamentais para reverter este processo não haviam surtido efeito. Em alguns países surgiram iniciativas de boicotar o consumo de produtos tropicais como forma de desestimular a depredação das florestas. O maior consumo de produtos tropicais acontece dentro dos próprios países produtores. No caso do Brasil, mais de 80% de madeiras da Amazônia são consumidas no país. 03/23/2017 2 • ANOS 80/90: “The Good Wood List“ - fornecedores de madeira que praticam o bom manejo. • ANOS 90: Inicia-se uma grande proliferação de selos e um grupo de instituições começou a debater a criação de uma instituição que pudesse harmonizar critérios para os selos e credenciar certificadores para garantir a credibilidade da certificação. • 1993: Surge o FSC (Forest Stewardship Council). Sistemas de Certificação Florestal 1. FSC – Forest Stewardship Council • Criado em 1993-94. • Sede em Oaxaca – México; 2. PEFC – Programme for the Endorsement of Forest Certification – Fundada em 1999 3. No Brasil: CERFLOR • Iniciado em 1996, pela Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS), sob a coordenação da ABNT/INMETRO – lançado em 2002 4. Vários sistemas nacionais (Suécia, Finlândia, Noruega, Alemanha, Inglaterra, EUA, Canadá, África do Sul, Indonésia, Malásia, Nova Zelândia, Chile, Áustria, Gana, Bélgica) 03/23/2017 3 Certificadoras que atuam no Brasil Bureau Veritas Certification (França) – representante SP; IMO - Institut Für Marktökologie - Instituto de Mercado Ecológico (Suíça) – representante em SP; SCS - Scientific Certification System, Inc. Programa Forest Conservation (EUA) – representante no PR; SGS South Africa (Pty) Ltd. - Programa SGS Qualifor (África do Sul) – representante em SP; Control Union Certifications - Skal International (Holanda) – representante em SP; Rainforest Alliance – Smart Wood (EUA) – representante Imaflora - Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola, em SP. Certificação Florestal • Garantia do produto oriundo de florestas manejadas; • Evitar a exploração predatória de produtos florestais; • Seguir o modelo: Ecologicamente correto Socialmente justo Economicamente viável 03/23/2017 4 Modalidades da Certificação FSC: Certificação do Manejo Florestal - padrões de manejo florestal Certificado de Cadeia de Custódia – garantia de origem. MADEIRA CONTROLADA - Lei 11.284 de 2006 – Lei Gestão de Florestas Públicas Artigo 3º ... VI - manejo florestal sustentável: administração da floresta para a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo e considerando- se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras, de múltiplos produtos e subprodutos não madeireiros, bem como a utilização de outros bens e serviços de natureza florestal; 03/23/2017 5 Certificação do Manejo Florestal – padrão de manejo aplicado a Florestas Nativas e Florestas Plantadas. • tripé da sustentabilidade; • certificação individual ou em grupo; • certificação para pequenos, médios e grandes produtores, ou ainda, associações comunitárias; • certificação por tipo de produto: madeireiros, como toras ou pranchas; ou não madeireiros, como óleos, sementes e castanhas; • manejo florestal responsável – princípios e critérios do FSC. Princípios e Critérios do FSC Princípio 1: Obediência às Leis do país Respeitar todas as leis aplicáveis aos países onde opera, os tratados internacionais e acordos assinados. Princípio 2: Responsabilidades e direitos de posse e uso da terra Direitos de uso da terra e dos recursos florestais claramente definidos, documentados e legalmente estabelecidos. Princípio 3: Direitos dos Povos Indígenas Reconhecer e respeitar os direitos indígenas. Princípio 4: Relações Comunitárias e Direitos dos Trabalhadores Promover o bem-estar econômico e social dos trabalhadores florestais e das comunidades locais. Princípio 5: Benefícios da Floresta Incentivar o uso eficiente dos múltiplos produtos e serviços florestais. Princípio 6: Impacto Ambiental Garantir a integridade dos ecossistemas florestais. 03/23/2017 6 Princípios e Critérios do FSC Princípio 7: Plano de Manejo Planos de exploração de longo prazo. Princípio 8: Monitoramento e Avaliação Rendimento dos produtos florestais produzidos. Monitoramento dos impactos sociais e ambientais. Princípio 9: Manutenção de florestas de alto valor de conservação Definir áreas prioritárias para a conservação. Princípio 10: Plantações Proporcionar benefícios sociais e econômicos; fornecer matéria-prima florestal para satisfazer o mercado; reduzir as pressões sobre as florestas naturais. Certificado de Cadeia de Custódia • Garantia de origem da matéria-prima florestal. • Rastreabilidade da matéria-prima da floresta em todas as etapas de transformação do produto até o consumidor final. • É aplicável para as unidades de processamento, como serrarias, fábricas e outros. • Garantem a não contaminação de produtos certificados com não certificados. 03/23/2017 7 Aspectos Positivos e Negativos da Certificação Florestal Positivos 1. Econômicos • Aumenta o rendimento da floresta; • Gera vantagem competitiva; • Facilita o acesso a novos mercados; • Possibilita a introdução de novas espécies; • Desenvolve e melhora a imagem pública da empresa e o espírito de equipe de seus empregados. 2. Ambientais • Contribui para a conservação da biodiversidade e seus valores associados: recursos hídricos, solos, paisagens,...; • Mantém as funções ecológicas e a integridade das florestas; • Protege as espécies ameaçadas ou em perigo de extinção e seus habitat; • Combate a madeira ilegal. 03/23/2017 8 3. Sociais • Promove a legalização da atividade; • Promove o respeito aos direitos dos trabalhadores, povos indígenas e comunidades locais; • Contribui para a redução de acidentes de trabalho; • Aumenta a arrecadação de impostos e outras contribuições legais; • Melhora as condições de trabalho; • Cria um novo espaço de participação para os trabalhadores e povos da floresta na definição dos padrões e no monitoramento das operações do manejo florestal; • Elimina o trabalho forçado e a mão-de-obra infantil; • Promove a qualificação da mão-de-obra gerando a estabilidade. Negativos • Alto custo; • Dificuldade de certificação pelos pequenos produtores; • Difícil relação entre os prestadores de serviço, muita das vezes oportunistas, e critérios não adequados a situação brasileira; • Exposição publica de aspectos negativos da empresa; • Perda do Certificado: os projetos e programas exigidos possuem custo elevado, o que acarreta em acréscimo de custo administrativo; • Lisura das certificadoras. 03/23/2017 9 Certificado de Madeira Controlada As empresas certificadas devem demonstrar que o material controlado evitou fontes das seguintes categorias: • Madeira extraída ilegalmente; • Madeira extraída em Infração aos Direitos civis e Tradicionais; • Madeira extraída de florestas em que os Altos Valores de Conservação estão ameaçados pelas atividades de manejo; • Madeiraextraída de Áreas Convertidas de Florestas para plantações e outros usos não-florestais; • Madeira de florestas com Árvores Geneticamente Modificadas. CUSTOS DA CERTIFICAÇÃO FLORESTAL • Os custos estão relacionados à forma de gestão do empreendimento. - Uma operação regular, que segue os procedimentos legais, utiliza técnicas de manejo adequadas, dentre outros ações que caracterizam um bom gerenciamento, estará bem próxima de receber um certificado de origem. - Por outro lado, quanto mais distante a operação estiver em relação a esses aspectos, maiores serão os custos para se adequar à uma certificação. (FSC BRASIL, 2013) 03/23/2017 10 Custos diretos da certificação: • auditorias de campo (pré-avaliação e avaliação completa); • Custos do monitoramento anual; • Taxa anual de certificação, variável de acordo com o tamanho da unidade produtiva. Custos indiretos da certificação: • Manejo florestal: gastos com pessoal, treinamento, inventários, monitoramento da floresta, planejamento, ou mudanças no método do cultivo; • Cadeia de custódia: gastos com a separação dos produtos certificados dos não-certificados, capacitação do pessoal da unidade de processamento para se adequar às normas de cadeia de custódia. Obs. A certificação exige o cumprimento das leis nacionais vigentes, o pagamento de impostos, regularização da situação funcional dos trabalhadores, dentre outros requisitos da legislação. Assim, esses ajustes, quando inexistentes, também farão parte dos custos da certificação. 03/23/2017 11 Empresas Certificadas no Brasil Empresas Certificadas no Brasil 03/23/2017 12 Empresas Certificadas no Brasil Empresas Certificadas no Brasil 03/23/2017 13 Empresas Certificadas no Brasil 03/23/2017 14 Considerações Finais • O mercado de madeira certificada no Brasil vem crescendo, porém ainda está aquém das potencialidades considerando o crescimento do consumo. • O Brasil é hoje o país com maior área de florestas e o maior número de produtos certificados pelo FSC. • exportação; mercados exigentes. • Fonte de dados: http://info.fsc.org/ http://br.fsc.org/
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