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Resumo Direito Admistrativo 01 - conceito, regime jurídico, fontes

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Elaborado por Irene Patrícia Nohara 
Para mais informações, acesse: www.direitoadm.com.br|blog.direitoadm.com.br 
 
1 
 
 
 
Introdução ao Direito Administrativo 
Ramo do Direito 
Público 
 O Direito Administrativo faz parte do direito público. 
 É clássica a distinção de Ulpianus que, desde o Direito Romano, 
separava da “árvore jurídica” (metáfora do Direito, considerado 
“uno”) dois ramos importantes: o direito público e o direito 
privado. 
 Enquanto o direito público trata da relação do Estado com os 
cidadãos, numa perspectiva vertical e que pode ser 
impositiva, o direito privado diz respeito às relações de 
utilidade dos particulares e posiciona seus atores de forma 
horizontal ou igualitária. 
 
Direito Público – supremacia do interesse público: 
ex: Direito Administrativo 
Direito Privado – horizontalidade, ex. Direito Civil 
Conceito de 
Direito 
Administrativo 
 
 O Direito Administrativo é o ramo do direito público que 
trata de princípios e regras que disciplinam a função 
administrativa e que abrange entes, órgãos, agentes e 
atividades desempenhadas pela Administração Pública na 
consecução do interesse público. 
 Função administrativa relaciona-se com a aplicação do 
Direito, sob a clássica ideia propagada por Miguel Seabra 
Fagundes, segundo a qual “administrar é aplicar a lei de 
ofício”. No mesmo sentido, enfatiza Renato Alessi que a 
 
Elaborado por Irene Patrícia Nohara 
Para mais informações, acesse: www.direitoadm.com.br|blog.direitoadm.com.br 
 
2 
Administração Pública é “serva da lei”. 
 Segundo Di Pietro, A expressão Administração Pública tem dois 
sentidos técnicos: 
a) sentido subjetivo, que indica o conjunto de órgãos e pessoas 
jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função 
administrativa do Estado, caso em que o termo Administração 
Pública é grafado com letras maiúsculas; e 
b) sentido objetivo, usado no contexto de função 
administrativa ou de atividade desempenhada sob o regime de 
direito público para a consecução de interesses coletivos, caso 
em que o termo administração pública é grafado com letras 
minúsculas. 
 
Administração Pública: sentido subjetivo – pessoas e órgãos 
administrativos 
administração pública: sentido objetivo – desempenho de 
função administrativa (atividade) 
Regime jurídico 
administrativo 
 
 Também chamado de regime jurídico público, é conceito que 
envolve a disciplina jurídica peculiar ao Direito Administrativo, 
que se caracteriza por objetivar equilíbrio entre a satisfação 
dos interesses coletivos e a proteção das liberdades individuais. 
 Quando se fala em regime jurídico administrativo, é importante 
também ter em mente que as ideias de prerrogativas ou 
poderes administrativos estão associadas às noções de 
restrições ou deveres (PODERES/DEVERES) 
 Como contraponto da supremacia do interesse público, existe a 
indisponibilidade do interesse público, que implica uma série 
de deveres por parte dos gestores da coisa pública (res 
pública). 
 Para Celso Antônio Bandeira de Mello (2008, p. 46), exerce 
função aquele que está investido no dever de satisfazer dadas 
 
Elaborado por Irene Patrícia Nohara 
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finalidades em prol do interesse de outrem. Todo e qualquer 
poder decorrente do regime jurídico administrativo é, portanto, 
instrumental ao alcance das finalidades coletivas. 
 
PODERES/PRERROGATIVAS DEVERES/SUJEIÇÕES 
Supremacia do Interesse Público Indisponibilidade do 
Interesse Público 
Ex. presunção de legimidade dos 
atos, autoexecutivoriedade, 
prazos dilatados em juízo etc. 
Ex. dever de prestar contas, 
licitação, concursos 
públicos, obediência aos 
princípios etc. 
 
 
 
Fontes do 
Direito 
Administrativo 
 
 
 O Direito Administrativo, assim como a maior parte das 
disciplinas jurídicas, é inspirado em diversas fontes, sendo as 
principais: 
 os preceitos normativos do ordenamento jurídico; 
 a jurisprudência; 
 a doutrina; e 
 os costumes. 
 A fonte primária do Direito Administrativo decorre da aplicação 
dos preceitos normativos do ordenamento jurídico, sejam eles 
regras ou princípios, contidos na Constituição, em leis ou em 
atos normativos primários editados pelo Poder Executivo. 
 Também inspira o conteúdo da matéria a jurisprudência, isto é, 
a reunião de diversos julgados num mesmo sentido. A 
jurisprudência é fonte secundária, exceto no caso de Súmula 
Vinculante. 
 Costumes são usos e práticas reiteradas que geram a 
convicção generalizada de obrigatoriedade (cogência), 
atuando como fontes secundárias e inspiradoras na criação 
 
Elaborado por Irene Patrícia Nohara 
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jurídica. Note-se que, para ser considerado fonte de produção 
de Direito, o costume deve obedecer à moralidade e ter 
observância contínua e uniforme. 
Origem 
 O Direito Administrativo como disciplina autônoma, assim 
como a maioria das matérias de direito público, apenas surgiu 
no período posterior à implantação do Estado de Direito, que se 
deu logo após a Revolução Francesa. 
 Na França, considerada o berço de inúmeros institutos de 
Direito Administrativo, os quais tiveram origem nas 
construções jurisprudenciais do Conselho de Estado, ocorreu, 
depois da Revolução, o desenvolvimento da jurisdição 
administrativa separada da jurisdição comum (dualidade de 
jurisdição). 
 O Brasil, no entanto, adotou o sistema da unidade de jurisdição 
a partir de 1891. Atualmente, o art. 5o, XXXV, da Constituição 
Federal de 1988 determina que: “a lei não excluirá da 
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito” 
(INAFASTABILIDADE DA TUTELA JURISDICIONAL). 
 Mesmo que haja tribunais criados em âmbito administrativo, 
suas decisões podem ser revistas pelo Poder Judiciário, único 
que produz decisões insuscetíveis de questionamento pelos 
demais poderes. 
Separação de 
poderes e 
função 
administrativa 
 
 
 A separação dos poderes foi uma elaboração utilizada para 
refrear o arbítrio e desrespeito aos direitos fundamentais por 
parte do Estado. Tem origens na obra Política, de Aristóteles, e 
foi tida por Montesquieu como uma forma de “o poder reter o 
poder”. 
 Montesquieu era contrário à concentração, na mesma pessoa 
ou no mesmo corpo social, dos poderes de fazer leis, executar 
as resoluções públicas e julgar crimes ou divergências entre 
 
Elaborado por Irene Patrícia Nohara 
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5 
 
 
 
 
 
 
 
Separação de 
poderes e 
função 
administrativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
indivíduos. 
 Atualmente, considera-se que o poder é uno e as funções 
estatais – legislativa, administrativa e jurisdicional – não são, 
via de regra, exercidas com exclusividade pelos órgãos do 
Legislativo, do Executivo e do Judiciário. 
 A Constituição Federal menciona a separação de poderes no 
rol das cláusulas pétreas, mas simultaneamente estabelece em 
seu art. 2o que “são Poderes da União, independentes e 
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”, 
isto é, apesar de o texto constitucional aludir à expressão 
separação no art. 60, § 4o, III, ele não consagra verdadeira 
cisão, mas sim independência e harmonia entre poderes, aos 
quais são atribuídas predominantemente as funções de 
legislar e fiscalizar, de administrar e de julgar, além de outrasfunções atípicas. 
Poder Legislativo: 
 Possui as funções típicas: 
1) de produzir atos normativos; e 
2) fiscalizar o Poder Executivo. 
 A própria Constituição estabelece o procedimento de 
elaboração das espécies legislativas (art. 59), sejam elas de 
feitura do Poder Legislativo ou não. 
 A fiscalização do Poder Executivo pelo Legislativo dá-se pela 
possibilidade de criação de Comissões Parlamentares de 
Inquérito para apuração de fato determinado e por prazo certo, 
sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao 
Ministério Público para promoção da responsabilidade civil ou 
criminal dos infratores e pelo controle externo e fiscalização 
contábil, operacional e patrimonial da Administração Pública, 
feito com o auxílio do Tribunal de Contas. 
 
Elaborado por Irene Patrícia Nohara 
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Separação de 
poderes e 
função 
administrativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 São funções atípicas do Poder Legislativo: 
1) processar e julgar o Presidente da República e as altas 
autoridades especificadas na Constituição nos crimes de 
responsabilidade; e 
2) administrar seus próprios quadros, o que envolve 
também a prática de atos administrativos. 
Poder Executivo: 
 Possui como função típica: função administrativa, objeto 
principal do estudo do Direito Administrativo, sujeita ao regime 
jurídico de direito público. Compreende a edição de atos na 
aplicação concreta da lei, em busca da realização do bem 
comum. 
 Funções atípicas: 
1) editar atos normativos como decretos e medidas 
provisórias, e 
2) julgar, sem substitutividade e definitividade, em 
Tribunais Administrativos em sentido lato. 
 São exemplos de tribunais que julgam recursos 
administrativos: o Tribunal de Impostos e Taxas (TIT) da 
Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo ou a Junta 
Administrativa de Recursos de Infrações (Jari) do 
Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV), órgão 
situado no Departamento Estadual de Trânsito (Detran), da 
Secretaria do Estado de Segurança Pública. 
Poder Judiciário: 
 Função típica: jurisdicional, ou seja, trata-se do encargo de 
aplicar a lei ou, num enfoque menos legalista, a vontade do 
Direito, mediante provocação, ao conflito de interesses do caso 
 
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Separação de 
poderes e 
função 
administrativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
concreto. 
 Existem algumas peculiaridades da função jurisdicional que 
merecem destaque, pois, em contraposição com a função 
administrativa, o Judiciário aplica o direito ao caso concreto 
resultante de um conflito de interesses: 
 SUBSTITUVIDADE: o juiz não é parte da relação 
controvertida – para que exista imparcialidade; 
 INÉRCIA: enquanto a Administração age de ofício, por 
exemplo, na apreensão de mercadorias, o juiz deve ser 
provocado (ne procedat judex ex officio), pois haveria 
desconfiança se o magistrado exercesse 
espontaneamente a atividade jurisdicional, isto é, se 
tomasse a iniciativa de processar alguém e ao mesmo 
tempo julgasse esta mesma pessoa; e 
 DEFINITIVIDADE: somente o Judiciário dá a última e 
definitiva palavra sobre os casos que lhe são 
submetidos, ou seja, apenas os efeitos da sentença 
jurisdicional são imutáveis e, principalmente, 
insuscetíveis de questionamento por outro poder. 
 Como dito antes, o Brasil adota o sistema de jurisdição una por 
influência norte-americana, em que o Poder Judiciário detém o 
monopólio da função jurisdicional. Trata-se de sistema 
contraposto à dualidade de jurisdição, adotado na França e na 
Itália, em que há o contencioso administrativo, encabeçado pelo 
Conselho de Estado, órgão especializado no julgamento de 
causas em que a Administração Pública figura como parte 
interessada. 
 São funções atípicas exercidas pelo Poder Judiciário: 
1) a elaboração de seus regimentos internos, conforme 
determina o art. 96, I, a, da Constituição Federal, a 
iniciativa de leis que dizem respeito a sua estrutura e 
 
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Separação de 
poderes e 
função 
administrativa 
 
funcionamento; e 
2) a administração de seus quadros, que demanda a 
prática de uma plêiade de atos administrativos, 
objetivando desde a gestão dos serviços, por meio da 
realização de licitações públicas, do provimento de 
cargos pelos concursos, da concessão de licença e férias 
a seus membros, especificada no art. 96, I, f, da 
Constituição, até a prática de atos correicionais ou 
disciplinares. 
 Quanto a este último aspecto, ressalte-se que a partir da 
Emenda Constitucional no 45/04 o Poder Judiciário conta com o 
auxílio do Conselho Nacional de Justiça – CNJ (cf. art. 92, I, a), 
composto de magistrados, membros do Ministério Público, 
advogados e dois cidadãos indicados pelo Poder Legislativo. 
 Ao CNJ compete o controle da atuação administrativa e 
financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres 
funcionais, isto é, de questões disciplinares envolvendo 
magistrados em geral. O Conselho é competente para receber e 
conhecer reclamações contra membros ou órgãos do Poder 
Judiciário, podendo inclusive aplicar sanções administrativas 
disciplinares, como remoção, disponibilidade ou aposentadoria, 
desde que seja assegurada a ampla defesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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