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Patologias Construtivas: Conceito, Origens e Método de Tratamento.

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Patologias Construtivas: Conceito, Origens e Método de Tratamento Dezembro/2016 
1 
 
ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016 
 
 Patologias Construtivas: Conceito, Origens e Método de 
Tratamento. 
 
Nome completo – Matheus Assis Vieira 
e-mail: engmatheusassis@gmail.com 
Curso: MBA Gerenciamento de Obras, Tecnologia e Qualidade da Construção. 
Instituto de Pós-Graduação - IPOG 
Cidade: Uberlândia – MG 
26/01/2016 
 
Resumo 
Uma edificação é o resultado da combinação de materiais diversos e heterogêneos, com mão 
de obra geralmente não especializada e de grande rotatividade que, junto com a 
agressividade ambiental presente, a má utilização e a falta de conservação, contribuem para 
a antecipação dos fenômenos patológicos que tendem a comprometer a funcionalidade, e a 
segurança do imóvel. Essas manifestações patológicas podem afetar as obras de engenharia, 
em diferentes etapas construtivas, podendo ocasionar, males congênitos e adquiridos, sendo 
vulneráveis a acidentes e à deterioração proposta pelo passar do tempo. Como qualquer 
intervenção que venha afetar o bom desempenho, funcionalidade e segurança de uma 
estrutura de uma edificação, deve se levar em conta, como primeiro método de tratamento 
para o problema a identificação das origens da doença. Ou seja, é se conhecendo a origem 
do problema, que pode se diagnosticar de forma correta o método de tratamento e correção 
para patologia presente à edificação, e assim, obter um resultando satisfatório e direto para 
a doença, e ainda, se conhecer o principal “culpado” pela falha como, por exemplo: se o 
problema for originado na fase de projetos, os projetistas falharam; quando a origem estiver 
na qualidade do material, o erro é dos fabricantes; se o erro estiver na etapa de construção, 
trata-se de falhas que envolvem mão de obra e fiscalização, ou omissão do construtor; e por 
fim, se o problema estiver na etapa de uso, as falhas podem ser decorrentes da operação e 
manutenção do empreendimento. 
 
Palavras-chave: Manifestações Patologicas; Edificação; Estruturas; Engenharia; 
Segurança; 
 
1. Introdução 
Comparando os itens que sustentam uma edificação com os elementos que sustentam o 
corpo humano, pode-se dizer que os edifícios foram criados a imagem e semelhança dos seres 
humanos. 
 Considerando que, assim como o ser humano tem esqueleto, musculatura, pele e 
sistema circulatório, as construções apresentam as estruturas, alvenaria, revestimento e 
instalações hidráulicas e elétricas. 
A estrutura de uma edificação é o principal componente de uma construção. Esse 
elemento é responsável por garantir a estabilidade da construção submetida a diferentes tipos 
de esforços, o que permite a fundação se manter em pé garantido sua funcionalidade. 
 
Patologias Construtivas: Conceito, Origens e Método de Tratamento Dezembro/2016 
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ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016 
 
Até pouco tempo atrás se acreditava que as estruturas de concreto duravam 
infinitamente, mito esse que já foi comprovado não ser real. Esse mito surgiu em razão do 
superdimensionamento, ao quais as estruturas estavam submetidas durante sua execução, 
podendo assim resistir a anos de agressões, sem colocar em risco a durabilidade da edificação. 
Porém, assim como os seres humanos, não estão livres das doenças que afetam sua 
vida ao longo do tempo, as obras de engenharia também não, podendo sofrer os efeitos dos 
males congênitos e adquiridos, sendo vulneráveis a acidentes e à deterioração proposta pelo 
passar do tempo. 
Embora, as edificações têm dado um verdadeiro exemplo de grande durabilidade, sob 
condições totalmente adversas, as estruturas de concreto não são eternas, pois se deterioram 
com o passar do tempo e não alcançam sua vida útil, comprovando, que tudo isso trata-se de 
uma crença. 
Tanto na medicina quanto na engenharia, o estudo dessas doenças é feito pela ciência 
experimental denominada “Patologia”. No entanto, na engenharia, essa ciência é denominada 
pelo o termo “Patologia das Construções” que tem por finalidade estudar as origens, causas, 
mecanismos de ocorrência, manifestações e consequências dos problemas que podem vim 
afentar a vida útil de uma edificação. 
 Moreira e Ripeer (1998) no livro PATOLOGIA, RECUPERAÇÃO E REFORÇO DE 
ESTRUTURA DE CONCRETO, conceitua o termo “Patologia das Construções” como 
sendo: 
 
Designa-se por Patologia das Estruturas esse novo campo da Engenharia das 
Construções que se ocupada do estudo das origens, formas de manifestações, 
consequências e mecanismos de ocorrências das falhas e dos sistemas de degradação 
das estruturas. 
 
Mostrando a importância dessa ciência, deve se levar em conta, que assim como na 
medicina, a identificação das origens das doenças, é o primeiro e principal passo para se obter 
um tratamento adequado ao problema, pois permite ao construtor aplicar um método corretivo 
adequado as manifestações patológicas, propondo um resultado satisfatório na funcionalidade 
da estrutura, além de auxiliar peritos na determinação de laudos para fins judiciais, 
permitindo, apontar corretamente a causa e o culpado pela falha. 
Por exemplo: se o problema for originado na fase de projetos, os projetistas falharam; 
quando a origem estiver na qualidade do material, o erro é dos fabricantes; se o erro estiver na 
etapa de construção, trata-se de falhas que envolvem mão de obra e fiscalização, ou omissão 
do construtor; se o problema estiver na etapa de uso, as falhas podem ser decorrentes da 
operação e manutenção do empreendimento. 
Uma vez que toda edificação está sujeita a essas anomalias, podendo ocorrer em 
qualquer tipo de estrutura, tanto na fase de construção como no período de pós entrega do 
empreendimento, esses danos são problemas sérios os quais merecem uma atenção minuciosa. 
Enfim, o projeto de uma estrutura deve garantir de forma adequada a segurança de 
seus proprietários, e o estudo das origins e conhecimento das doenças patológicas devendo 
prevenir a edificação contra as anomalias provocadas por diferentes fatores que possam 
comprometer sua funcionalidade, adotando providências que visam garantir a sua 
durabilidade. 
 
 
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ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 12ª Edição nº 012 Vol.01/2016 Dezembro/2016 
 
2. Referencial Teórico 
Estudo sobre a aplicação do termo patologia na engenharia, abordando de forma 
sucinta suas causas, origens, sintomas e diagnósticos. Este trabalho traz como principais 
referências os seguintes autores: 
AZEVEDO. Minos Trocoli. et al. Concreto: Ciência e Tecnologia. São Paulo: Ibracon, 
2011. 1902p, v.2. que descreve: 
 
A aplicação do termo patologia na engenharia, particularmente no caso das estruturas de 
concreto, tem origem no tratamento dos problemas com o sentido de reabilitar as 
estruturas, o que corresponde a um processo terapêutico na medicina (...). 
 
SOUZA. Vicente Custódio e RIPPER. Thomaz. Patologia, Recuperação e Reforço de 
Estruturas de Concreto. São Paulo: PINI, 1998. 262p, descreve: 
 
A patologia das estruturas não é apenas um novo campo de aspecto da identificação e 
conhecimento das anomalias, mas também no que se refere a concepção e ao projeto das 
estruturas, e, mais amplamente a própria formação do engenheiro civil.(...) 
 
E, por fim, este trabalho terá como referencial a ABNT – Associação Brasileira de 
Normas Técnicas. NBR 6118:2007 - Projeto de Estrutura de Concreto - Apresentação. Rio de 
Janeiro: ABNT, 2003, a qual traz como informação, segundo o item 25.4 Manual de 
utilização, inspeção e manutenção: 
 
Dependendo do porte da construçãoe da agressividade do meio e de posse das 
informações dos projetos, dos materiais e dos produtos utilizados e da execução da obra, 
deve ser produzido por profissional habilitado, devidamente contratado pelo o 
contratante, um manual de utilização, inspeção e manutenção. Esse manual deve ser 
especificar de forma clara e sucinta, os requisitos básicos para a utilização e manutenção 
preventiva, necessárias para garantir a vida útil prevista para a estrutura, conforme 
indicado na ABNT NBR 5674. (...) 
 
2.1. Conceitos Fundamentais do Termo Patologia 
 
O conjunto precoce de deterioração ao qual uma edificação está exposta gera 
diferentes tipos de anomalias nas edificações. Essas anomalias podem ter diversas causas, 
como envelhecimento natural da edificação, acidentes e irresponsabilidades profissionais - 
que optam pela utilização de materiais duvidosos, entre outras causas. 
Preocupados com essa deterioração precoce das edificações houve a necessidade de 
desenvolver um novo campo dentro da engenharia, com o objetivo de estudar esse problema 
de maneira cientifica, abordando seu comportamento, suas origens, seus sintomas e seus 
agentes causadores. Esse novo campo dentro da engenharia ficou designado como patologia 
das edificações. 
Azevedo (2011), em Concreto: Ciência e Tecnologia, v.2, conceitua patologia de 
forma precisa, mostrando que o termo tem maior empregabilidade na medicina e pode ser 
interpretada como a ciência que estuda e faz diagnósticos das doenças, investigando suas 
origens, seus sintomas, seus agentes causadores e seu mecanismo de ocorrência. 
 
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Entretanto, utilizando o termo patologia dento da engenharia, compreende-se que esse 
termo não se difere do que propõe a medicina, pois também tem origem no tratamento dos 
problemas das edificações com o sentido de estudar as origens, formas de manifestações, 
consequências e mecanismos de ocorrência das falhas e dos sistemas de degradação das 
estruturas. 
Dentro da engenharia a patologia envolve a análise dos sintomas evidenciados pelos 
defeitos que se manifestam nas estruturas, pesquisa sua origem e as prováveis causas e 
mecanismos de ação dos agentes envolvidos (SOUZA; RIPPER, 1998, p. 17). 
Essas patologias em edificações - ou vícios aparentes, de acordo com o código do 
consumidor - são extremamente importantes, visto que podem assinalar um estado de perigo 
potencial para a estrutura ou a necessidade de manutenção para evitar comprometimentos 
futuros ou ainda provocar inseguranças e revoltas aos moradores. 
Em estudo realizado sobre o tema patologia do concreto, Azevedo (2011), ressalta que 
o grande número de problemas patológicos e a crescente complexidade de avaliação com 
comprometimento do desempenho esperado por parte dos responsáveis e usuários compõem 
um rol extenso de reclamações e, em muitos casos, geram até ações judiciais. Como 
componentes desse extenso rol, o autor reverencia os problemas patológicos como 
responsáveis por grande parte dessas reclamações, as quais comprometer as condições de 
estabilidade e segurança das edificações se não corrigidas a tempo. 
Grande parte dessas anomalias patológicas apresenta sintomas característicos que 
permitem aos especialistas determinarem as suas origens, as causas que conduziram ao seu 
aparecimento e as consequências que poderão advir à construção, caso não sejam 
devidamente corrigidas. 
Um exemplo muito comum são as patologias denominadas fissuras, que podem ser 
derivadas de elementos estruturais ou em paredes. A análise da sua distribuição permite, em 
muitos casos, estabelecer o diagnóstico satisfatório, após identificar com maior ou menor 
precisão as origens e seus mecanismos causadores. 
 
2.2. Origens das Manifestações Patólogicas 
 
No trabalho de pesquisa realizado por Azevedo (2011), presente no livro Concreto: 
Ciência e Tecnologia, v.2, o autor explica que a construção de um empreendimento, de 
qualquer que seja o tipo, envolve diferentes tipos de fases. Dividindo uma construção em 
fases, o autor referencia a primeira fase como sendo a FASE DE PROJETO ou 
CONCEPÇÃO, que tem por objetivo definir os critérios gerais a serem seguidos no 
desenvolvimento do empreendimento. 
Dando continuidade no sistema construtivo citado por Azevedo (2011), o autor 
denomina a segunda fase como sendo a FASE DE CONSTRUÇÃO ou EXECUÇÃO, onde 
podem ser destacadas as atividades de execução das fundações e a escolha e utilização dos 
materiais, os quais podem influenciar no desempenho da estrutura. E, por fim, o autor 
apresenta a FASE DE UTILIZAÇÃO E MANUNTEÇÃO, onde a obra é concluída e entregue 
ao proprietário, o qual fará o uso do empreendimento, cabendo a ele cuidar para que as 
características da estrutura sejam mantidas. 
Apesar da ABNT NBR 6118: 2007 promover um aumento significativo na vida útil 
das estruturas, retardando o surgimento de manifestações patológicas. A durabilidade de uma 
 
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edificação dependerá muito da execução de cada uma dessas fases, pois são por meio do 
desempenho de cada fase que terão origem as anomalias construtivas, afetando a durabilidade 
de um empreendimento. 
As manifestações patológicas, aos quais as edificações estão expostas podem ocorrer 
em qualquer fase, considerando que a cada fase haverá um responsável. 
Como por exemplo, se caso ocorra por inadequação do projeto, cabe ao projetista 
responder por essas falhas. Se os problemas aparecem por falhas construtivas, relacionadas à 
execução ou à escolha de materiais, a responsabilidade será do construtor ou engenheiro de 
execução. E por fim, se os problemas derivarem da falta de manutenção da estrutura ou 
utilização inadequada, a responsabilidade será do usuário. 
A ocorrência de fenômenos naturais imprevisíveis também podem ser causas de 
manifestações patológicas. Caso isso ocorra, a responsabilidade será das apólices de seguros, 
se a edificação for assegurada (AZEVEDO, 2011, v.2, p. 1098). 
Muitas pesquisas sobre a incidência de problemas patológicos nas obras de construção 
civil já foram realizadas, demonstrando que o maior número de incidência dessas 
manifestações se dá na fase de projetos, conforme indicado no quadro abaixo publicado por 
Propster (1981), presente no livro Concreto: Ciência e Tecnologia Vol:II (2011). 
 
Tabela 1 – INCIDÊNCIAS DE PROBLEMAS SEGMENTADAS CONFORME A ORIGEM 
PRINCIPAL, EM PESQUISA DESENVOLVIDA EM PAÍSES EUROPEUS – (PROPSTER 
1981). 
FASE ALEMANHA BÉLGICA DINAMARCA ROMÊNIA 
PROJETO 40,1% 49,0% 36,6% 34,0% 
MATERIAIS 29,3% 22,0% 22,2% 24,2% 
EXECUÇÃO 14,5% 15,0% 25,0% 21,6% 
USO 9,0% 9,0% 8,7% 12,2% 
OUTRO 7,1% 5,0% 7,5% 8,0% 
 
 Os dados da tabela acima são resultados de pesquisas realizadas em países europeus, 
onde a qualificação de mão de obra e a aplicação de metodologias construtivas são bem mais 
avançadas que no Brasil. Consequentemente, é de se esperar que a incidência de problemas 
construtivos na fase de execução seja bem maior que o indicado. Contudo, os dados citados 
têm como proposito alertar as empresas para a fase de projeto, que demonstra necessitar de 
uma maior atenção para que se tenha um resultado mais eficiente. 
A Lei de Sitter demonstra que os investimentos realizados na fase de projeto e 
planejamento prévio traduzem-se em custos significativamente menores para obter o mesmo 
padrão de durabilidade esperada para a estrutura (AZEVEDO, 2011, v.2, p. 1098). 
Desde modo, conclui-se que os processos patológicos podem terorigens decorrentes 
em uma ou mais etapas do processo construtivo de uma edificação, as quais são divididas em 
três etapas básicas denominadas concepção, execução e utilização. 
Sendo assim, um importante processo para obter um resultado satisfatório no 
tratamento de problemas patológicos é descobrir qual a origem da doença, afinal, a 
identificação e tratamento dessas anomalias nem sempre é fácil em razão de diversos fatores 
que contribuem para a destruição das estruturas, contudo, descobrir a origem do problema, 
pode o primeiro passo na busca pela “cura”. 
 
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2.2.1 Fase de projeto (Concepção) 
 
A ABNT NBR 6118:2007, com grande exatidão, define os critérios gerais que devem 
ser seguidos no desenvolvimento de projetos de estruturas de concreto armado e protendido, 
incluindo os requisitos relacionados com a qualidade da estrutura, os quais estão classificados 
em três grupos distintos, denominados: capacidade resistente, desempenho em serviço e 
durabilidade. 
Segundo M. T. Azevedo (2011), em Concreto: Ciência e Tecnologia, v.2, o projetista 
deve indicar, principalmente nos projetos estruturais, de forma clara as especificações dos 
materiais e as características que possam interferir no comportamento dos elementos 
estruturais, como a resistência característica do concreto, seja na idade padrão ou em outras 
idades, o modulo de deformação longitudinal, coeficiente de Poisson. Lembrando que tais 
dados devem ser conferidos durante a execução, por meio de ensaios com as amostras dos 
materiais empregados. 
O projeto estrutural, ainda deve indicar o procedimento de manutenção, conforme 
indicado na norma 6118:2007, item 7.8 Inspeção e Manutenção Preventiva, que diz: 
 
7.8.1 Todo projeto estrutural deve levar em conta as estratégias que facilitem a inspeção 
e manutenção preventiva da estrutura de concreto. 
7.8.2 Um manual de uso, inspeção e manutenção deve ser elaborado de acordo com 
25.4. 
 
Ainda na norma ABNT NBR 6118:2007, item 25.4 Manual de Uso, inspeção e 
manutenção diz: 
 
Deve ser elaborado por profissional competente contratado pelo proprietário. Esse 
manual deve conter todas as informações, dados e memorias do projeto, dos materiais, 
dos produtos e da execução da estrutura. Esse manual deve especificar de forma clara e 
objetiva os requisitos básicos de uso e manutenção preventiva que assegurem a vida útil 
prevista e estar conforme com a ABNT NBR 5674 Manutenção de Edificações. 
Procedimento. 
 
Enfim, cabe ao projetista detalhar toda a estrutura do projeto, informando em cada tipo 
de projeto os dados necessários para uma boa execução do empreendimento. E, para a criação 
de um projeto completo, com qualidade, inicialmente, o projetista deve conhecer e avaliar as 
condições ambientais, as quais o empreendimento estará sujeita. 
Para isso, a NBR 6118:2007, SEÇÃO 6, classifica o meio ambiente em quatro classes 
de agressividade, conforme sua localização e características, limitando fatores água/cimento e 
indicando valores de resistência característica da compressão a ser adotados no projeto, e 
descreve cobrimentos mais espessos para as armaduras internas, à medida que aumenta o grau 
de agressividade ambiental. 
No livro Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto, Souza e Ripper 
(1998) ressaltam as possíveis causas e falhas que podem ocorrer durante esta etapa de projeto, 
sendo essas causas ou falhas originadas de um estudo preliminar deficiente, ou anteprojetos 
equivocados. Os principais erros em projetos citados pelo autor que consequentemente pode 
trazer danos patológicos a edificação, são: 
 
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 Divergências entre projetos; 
 Especificação inadequada de materiais; 
 Detalhamento insuficiente ou inadequado; 
 Detalhes construtivos inexequíveis; 
 Erro de dimensionamento; 
 Falta de padronização das convenções; 
 Sobrecargas não previstas; 
 Não consideração de efeitos térmicos; 
 Especificação de concreto ineficiente e cobrimento inadequado; 
 
Azevedo (2011), em analise apresentada sobre o tem a proposto, ressalta que 
atualmente, medidas estão sendo criadas a fim de minimizar problemas patológicos derivados 
de projetos, como o desenvolvimento de projetos onde ainda na fase de concepção onde é 
discutida e avaliada a interação de todos os sistemas inter-relacionados no processo de 
construção, como: arquitetura, estrutura, fundações, instalações elétricas, hidrossanitárias, de 
ar-condicionado, impermeabilização, vedações, revestimentos de pisos e paredes internas e de 
fachada, de forma compatibilizada, com a intenção de racionalizar a construção, com o 
proposito de reduzir custos e evitar retrabalhos. 
 
2.2.2 Fase de construção (execução): 
 
 Seguindo a sequência lógica do processo de construção civil, deve-se iniciar a 
execução após o término da concepção, com conclusão de todos os estudos e projetos. 
(SOUZA; RIPPER, 1998, p. 24). 
 A fase de execução, se não tiver o conhecimento preciso, pode contribuir para o 
surgimento de diferentes tipos de patologias. Diante disso, o construtor não pode se descuidar 
quanto a escolha de soluções técnicas adequadas e o controle contínuo das diversas operações 
envolvidas no processo de construção. 
 Souza e Ripper (1998), no estudo realizado sobre Patologia alerta para a fase de 
execução de uma obra, onde o construtor deve ficar atento para cada escolha. Os materiais 
empregados devem atender às especificações de projeto e aos requisitos de qualidade 
prescritos nas Normas Brasileiras. Esses requisitos devem ser verificados antes do início da 
obra e controlados durante o processo de construção. 
 O construtor deve ficar atento a cada fase concluída, pois um erro pode ser 
responsável por grandes problemas futuros. Como na etapa de execução das fundações, que 
são responsáveis pela sustentação da estrutura e se executadas com falhas, podem ser 
responsáveis por problemas relacionados a recalques, que contribuem para o aparecimento de 
fissuras nas peças componentes da estrutura, sendo mais evidentes nas paredes e 
revestimentos. 
De acordo com o artigo Patologia em Edificações, publicado por G. Olivari (2003), os 
grandes defeitos que podem surgir durante a fase de execução, sendo responsáveis por futuras 
manifestações patológicas, dentre esses defeitos temos: 
 
 Erro de interpretação dos projetos; 
 
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 Falta de controle tecnológico; 
 Uso de concreto vencido; 
 Falta de limpeza ou estanqueidade das formas; 
 Falta de saturação das formas; 
 Armadura mal posicionada; 
 Falta de espaçadores e pastilhas para garantir o cobrimento; 
 Falta de cuidado com os ferros superiores das lajes, permitindo o seu 
rebaixamento; 
 Segregação do concreto por erro de lançamento; 
 Falta de cura ou cura mal executada; 
 Cimbramentos mal executados e desformas antes do tempo determinado; 
 Erros de vibração; 
 Juntas de concretagem mal posicionadas ou mal executadas; 
 Falta de fiscalização; 
 Erro no dimensionamento ou no posicionamento das formas; 
 
V. C. Souza e T. Ripper (2011), no livro Patologia, Recuperação e Reforço de 
Concreto, ressalta que a grande maioria das falhas ocorridas nas estruturas durante o período 
de execução está relacionada à baixa qualificaçãoda mão de obra utilizada, na qual apresenta 
ser um agravante considerável para o surgimento de patologias nas edificações, demonstrando 
a necessidade das obras em serem devidamente acompanhadas por um responsável técnico 
competente, pois erros presentes durante essa fase prejudica muito a durabilidade da 
edificação. 
Contudo, grande parte das falhas que ocorrem na fase de execução dos 
empreendimentos, é identificada no próprio canteiro de obra, ainda durante essa fase ou 
imediatamente após sua conclusão, podendo ser corrigida ainda nessa mesma etapa. Mas, 
infelizmente nem sempre o reparo usado segue um procedimento adequado para restaurar a 
integridade da edificação, comprometendo assim sua vida útil. 
Como exemplo aparente desse fato, pode-se citar o método errôneo utilizado por 
muitos construtores que fazem aplicação de argamassa de cimento e areia como medida para 
correção de defeitos derivados da fase de execução. (SOUZA; RIPPER, 1998, p.25). 
 
 
2.2.3 Fase de utilização e manutenção: 
 
Mesmo que as etapas de concepção tenham sido de qualidade adequada, as estruturas 
podem apresentar problemas patológicos originados da utilização errônea ou da falta de um 
programa de manutenção adequado. (SOUZA; RIPPER, 1998, p. 27) 
 A utilização da edificação é feita pelo proprietário, cabendo a ele cuidar para que as 
características das estruturas sejam mantidas durante o prazo previsto de vida útil da estrutura. 
Devendo funcionar do mesmo modo que as obras públicas, as quais possuem planos de 
inspeção e manutenção periódica para que sejam programados meios de correção caso ocorra 
danos provenientes do uso, da ação agressiva do meio ambiente e de eventuais impactos 
acidentais. 
 
Patologias Construtivas: Conceito, Origens e Método de Tratamento Dezembro/2016 
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A ABNT NBR 14037:2011 e a ABNT NBR 5674:1999 definem as responsabilidades 
dos proprietários ou profissionais por esses delegados para a gestão da manutenção dos 
imóveis, sua abrangência e periodicidade, dentre outros requisitos. 
Em estudo apresentado sobre Patologias em Edificações, G. Olivari (2003) evidencia 
que os problemas patológicos ocasionados por manutenção inadequada, ou pela ausência total 
de manutenção têm a origem ligada no desconhecimento técnico, na incompetência e em 
problemas econômicos, ressaltando como principais causas de patologias provenientes da fase 
de utilização as: 
 
 Sobrecarga não prevista em projeto; 
 Danificação de elementos estruturais por impactos; 
 Falta de programa de manutenção adequado; 
 Carbonatação e corrosão química ou eletroquímica; 
 Ataque de agentes agressivos; 
 Erosão por abrasão; 
 
De acordo com M. T. Azevedo (2011), em Concreto: Ciência e Tecnologia, v.2, o 
número de acidentes derivados de uso inadequado ou falta de manutenção, inclusive com 
perda de vidas humanas, apresentam um percentual alto. O autor ainda alerta para as 
principais causas desses acidentes, que decorrem principalmente do excesso de carga aplicada 
à estrutura. Evidenciando também outro fator que contribui muito para o aumento da taxa de 
acidentes na fase de utilização e manutenção que são as reformas sem acompanhamento 
técnico, que é quando proprietários e responsáveis pela edificação optam por fazer 
modificação ou utilizar a construção de forma diferente ao planejando, gerando graves 
consequências para a estabilidade do empreendimento. 
Fatos decorrentes do mau uso e má manutenção do empreendimento não são raros. 
Pelo contrario, atualmente demonstram ser bastante preocupantes. Contudo, a manutenção 
periódica pode evitar problemas patológicos desse tipo e em, alguns casos, evitar a própria 
ruína da estrutura. 
Afinal, assim como a saúde humana necessita de cuidados e acompanhamentos, o 
mesmo ocorre com as edificações que necessitam de vistorias periódicas para um bom 
funcionamento. 
 
2.3 Principais Sintomas das Manifestações Patológicas: 
 
Olivari (2003), em seu artigo Patologia em Edificações, evidencia que as 
manifestações patológicas podem ter diversas origens e resultarem de diferentes ações, 
podendo ser de caráter físico, químico ou mecânico. O autor também ressalta que a maioria 
das anomalias patológicas são visíveis e que pelas as suas características é possível 
determinar sua origem, podendo ainda determinar suas causas, sintomas e até mesmo 
diagnostica-las com finalidade de revertê-las. Sendo os sintomas mais comuns presentes nas 
edificações: 
 
 Esmagamento do Concreto; 
 Carbonatação; 
 
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 Corrosão da Armadura; 
 Fissuras ou trincas em elementos estruturais e alvenarias; 
 Desagregação do concreto; 
 Disgregação do concreto (ruptura do concreto); 
 Percolação de água; 
 Manchas, trincas e descolamento de revestimento em fachadas; 
 
2.4. Principais Causas das Manifestações Patológicas: 
 
No estudo apresentado por Olivari (2003), alerta para algumas das principais causas de 
manifestações patológicas, que pode ser classificadas como: 
 
 Recalque das fundações; 
 Movimentação térmica; 
 Excesso de deformação das peças estruturais; 
 Sobrecargas ou acumulo de tensões; 
 Retração do cimento; 
 Carbonatação; 
 Expansão de armadura (corrosão); 
 Reações químicas; 
 
3. Diagnósticos para Manifestações Patológicas: 
 
Segundo Marques (2009, citado por LICHTENSTEIN, 1986), o diagnóstico de 
manifestações patológicas é o entendimento dos fenômenos em termos da identificação das 
múltiplas relações de causa e efeito que normalmente caracterizam uma anomalia patológica 
na edificação. 
Segundo Lichtenstein (1985), o objetivo desta etapa, é prescrever o trabalho a ser 
executado para resolver o problema, incluindo a definição sobre os meios (material, mão-de-
obra e equipamentos) e a previsão das conseqüências em termos do desempenho final. 
O diagnóstico de casos de patologia nas construções pode ser definido como a 
identificação da natureza, da causa e da origem dos desgastes. Para diagnosticar, é preciso 
reunir o maior número de informações e depois separar o essencial do acessório. 
Sendo assim, para se diagnosticar uma manifestação patológica e obter resultados 
significativos, primeiramente é necessário conhecer o problema, e como foi apresentado 
acima, o problema pode ter origens amplas, que aponta para um estudo aprofundado sobre o 
problema, pois do mesmo jeito que algumas causas dessa doenças exigem tratamentos mais 
simples, outras podem exigir tratamentos mais específicos. 
Para obter informações pode-se utilizar o exame visual do desgaste e de seu 
meio ambiente; ensaios locais, rápidos e simples; estudos de laboratório; consulta com os 
autores do projeto e com os usuários da edificação; estudo dos projetos, dos cadernos de 
encargos, das anotações de canteiro, atas de reuniões de obra, documentos 
diversos e correspondências disponíveis. 
 
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A metodologia para o trabalho de diagnostico de problemas construtivos apresenta três 
fases distintas, a saber: 
 
 Pré – Diagnóstico: Inspeção visual com o objetivo de realizar um método 
atuação para correção do problema. 
 Estudos Prévios: recolhimento e levantamento de informaçãoes para 
conhecimento completo do problema. 
 Diagnóstico: Determinação do estado que em se encontra a edificaçaõ, a partir 
dos dados levantados nas fases anterioresdessa metodologia. 
 
Enfim para um tratamento adequado do problema é preciso fazer um grande 
levantamento de dados a respeito dessas manifestações, sendo todas essa informação colida, 
altamente importantes para um resultado satisfatórios no tratamento. Ainda recomenda-se que 
todas as informações sejam colhidas ordenamente, para que possível chegar a um diagnóstico, 
pois a coleta desordenada e excessiva de dados pode dificultar o serviço do patologista, 
podendo confundi-lo e até mesmo desvia-lo do caminho certo para tratamento da doença. 
 
3.1. Prognósticos para Manifestações Patológicas: 
Segundo Lapa (2008), em seu trabalho Patologia, Recuperação e Reparo das 
Estruturas de Concreto,diz queapós obter um diagnóstico satisfatório e antes de realizar a 
escolha pelo o melhor tipo de tratamento, o especialista da área deve levantar a hipótese sobre 
a evolução futura do problema, o qual é denominado Prognóstico. 
Essa fase tem por definição, objetivar o patologista, ajudando o profissional a definir 
qual a melhor metodologia a seguir, que pode ser: 
 
 Erradicar a enfermidade; 
 Impedir ou controlar sua evolução; 
 Não intervir; 
 Estimar o tempo de vida da estrutura; 
 Limitar sua utilização; 
 Indicar sua demolição; 
 
 
4. Método de Tratamento para Manifestações Patológicas: 
 
Como apresentado ao longo desse trabalho as Manifestações Patologias podem 
originar em diferentes etapas construtivas e mostrar diferentes sintomas e causas, 
complicando cada vez mais os métodos corretivos. 
Lapa (2008), no artigo Patologiadas Estruturas de Concreto, afirma que após concluir 
a fase de diagnóstico e prognóstico, o especialista passará para a fase de escolha das possíveis 
intervenções ao problema. Essas intervenções podem ser concluídas sob três diferentes 
causas: 
 
 Reparo: consiste em corrigir pequenos danos da estrutura; 
 
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 Recuperação: visa devolver a estrutura o desempenho original perdido; 
 Reforço: tem por finalidade aumentar o desempenho da estrutura; 
 
Um dos maiores erros de profissionais da construção civil, que diante das doenças 
patológicas, que vão surgindo nas construções, atentam para qualquer método de tratamentos, 
sem conhecer a verdadeira origem do problema. Esses métodos corretivos na maioria das 
vezes mostram-se satisfatório por certo período, contudo, “mais cedo” ou “mais tarde”, o 
mesmo problema volta a aparecer, ocasionando prejuízos cada vez maiores, deixando uma 
interrogação tanto no cliente como construtor. Sendo assim, qual a melhor solução, afim de 
obter um resultado significativo na cura dessas doenças? 
O problema para ser corretamente tratado, precisa primeiramente ser identificado de 
modo geral a partir de laudos fornecidos por profissionais competentes da área, os quais 
deverão realizar um estudo aprofundado das origens, causas e sintomas das manifestações 
patológicas, que se traduzem por modificações estruturais e ou funcionais no edifício ou na 
parte afetada, representando os sinais de aviso dos defeitos surgidos. 
Esse Laudo de Patologias e Danos Construtivos executados por profissionais 
competentes devem considera as especificações técnicas dos projetos e memoriais descritivos, 
o uso, operação e a manutenção, à data e hora da vistoria, além do meio em que a edificação 
está inserida. Apresentado a análise e avaliação de desgastes, falhas e anomalias, classificação 
dessas irregularidades quanto a origem, podendo contar ainda com as orientações técnicas 
para os reparos necessários e os respectivos custos. Devendo apresentar também uma farta 
ilustração fotográfica, contendo os tópicos necessários para bem fundamentar e atender aos 
objetivos propostos. 
Para o levantamento de tópicos de um bom laudo de patologias, deve o profissional 
englobar alguns estudos a segui discutidos, afim de proporcionar uma melhor compreensão do 
problema. 
 
 Levantamento de Subsidios: o qual se fundamenta no levantamento das 
informações necessárias para que se possa compreender o problema ocorrido, 
devendo apresentar um quadro geral das manifestações presentes, devendo ser 
desenvolvido a partir da vistoria ao local do problema, levantamento histórico do 
empreendimento, investigação do método de utilização, analise de documentos 
fornecidos e exames complementares (ensaio em laboratórios e ensaios locais). 
 
Uma vez, que as manifestações, forem conhecidas e corretamente interpretadas, irá 
conduzir ao entendimento do problema, possibilitando a sua resolução a partir de uma 
intervenção, cujo nível estará vinculado, principalmente, à relação entre o desempenho 
estabelecido para o produto e o desempenho constatado. 
 
5. Conclusão 
 
De acordo com a pesquisa realizada, é possível concluir que assim como as doenças 
humanas, as Manifestações Patológicas (Doenças Construtivas), também necessitam de uma 
 
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série de estudos, antes de realizar um diagnostico para o problema, afim, de obter um 
resultado satisfatório. 
As recuperações dessas patologias, muitas vezes, executadas às pressas para evitar o 
agravo de processos judiciais, aumento dos problemas e satisfação do cliente, são sempre 
difíceis, porque são feitas em edificações habitadas, sem condições de canteiro e procurando 
causar o menor desconforto possível aos moradores. 
Esse método de recuperação as pressas sem estudo aprofundado do problema, com 
uma aplicação incorreta ou pouco onerosa de um sistema construtivo, poderá inicialmente 
resolve a questão, entretanto com o passar do tempo, o problema irá volta, podendo ser mais 
agravante e acarretando uma série de danos cada vez maior. 
 Enfim, assim como os seres humanos não estão as livres de doenças, as edificações 
também não, entretanto, são possíveis remediar esses problemas e melhorar o resultado final 
da edificação, para isso é preciso que os construtores invistam no treinamento dos operários, 
propiciando melhores condições de trabalho e também no aprimoramento dos profissionais, 
especialmente na área das patologias. 
E como “mais cedo” ou “mais tarde” um empreendimento será afetado por esses males 
congênitos, é necessário que as empresas, invistam em métodos corretivos eficazes com 
profissionais competentes que deverão fazer todo o estudo do problema, antes da aplicação de 
qualquer tipo de correção, evitando o agravamento do problema. 
 
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