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Direito Processual civil 3

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Sexta-feira
27/02/2015 – 06/03/2015
Processo civil 
Efeitos da Citação
Prevenção (tornar valida o prevento juízo)
	Trata-se do fenômeno através do qual ocorre a prorrogação da competência do juiz, ou seja, o juiz que era competente para uma coisa agora é competente para uma coisa maior ainda.
	Para chegar na prevenção, primeiro vamos lembrar dos elementos da ação:
Partes
Pedido
Causa do Pedir
	São esses os elementos que diferenciam os processos, se esses elementos forem todos iguais, estaremos diante de ações iguais.
	O que é importante para nós é a conexão, que dá-se quando duas ações são diferentes mas tem seu pedido e/ou causa de pedir idênticas, ou seja, são conexas. Para entender, vamos observar a seguinte situação hipotética:
	Lembram-se que em 2007 aconteceu um acidente em decorrência das obras do metrô, que causou uma serie de danos? (se não lembra pode obter informações AQUI)
	Imagine duas ações correndo:
	Vara cível
	3ª Vara cível 
	7ª Vara cível
	Partes
	“Carlos” VS Metrô
	“Celso” VS Metrô
	Pedido
	R$ 50 000,00
	R$ 50 000,00
	Causa do pedir
	Acidente “buraco o metrô”
	Acidente “buraco do metrô”
	Distribuição
	12/01/2015
	17/01/2015
	citação
	20/01/2015
	19/01/2015
	Observe que trata-se de casos conexos, para evitar a tomada de decisões diferentes, junta-se os casos em um só juiz, isso é feito de forma a evitar gastos excessivos do poder judiciário. Mas qual juiz julgara?
	O código diz que o juiz que vai julgar as duas causas é o juiz prevento. Assim, a prevenção é o evento que faz com que a competência do juiz seja prorrogada. As ações não somem, apenas se deslocam. Exemplo: Imagine duas ações conexas, a primeira impetrada no dia 12 de janeiro de 2015 e a segunda impetrada no dia 17 do mesmo mês, observe que a data da propositura é irrelevante, o que importa é a data da citação, imagine que a citação da primeira ação ocorra no dia 20/01/2015 e a citação da segunda ação ocorra no dia 19/01/2015, observe que o juiz apto será o da segunda ação, uma vez que a sua citação o tornou prevento primeiro.
	O código de processo civil diz no art. 106: Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma competência territorial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro lugar. Já no art. 219 ele diz: A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.
Então? Qual artigo será usado? A doutrina afirma que ambos estão corretos. O art. 106 será usado quando a competência territorial é a mesma para os dois juízes. O art. 219 vale para quando a competência territorial for distinta.
Para entender a prevenção devemos analisar os elementos da ação, analisar se há conexões.
Indução da Litispendência
	Quando duas ações totalmente iguais estiverem simultaneamente em curso, estamos diante do fenômeno da litispendência. Conseqüentemente, a ação que tiver a citação anterior anulará a segunda ação.
Litigiosidade da coisa
	É a discussão sobre determinada coisa estar correndo diante do judiciário. Exemplo: Eu tenho um imóvel, posso vender-lo a hora que eu quiser, desde que não penda sobre esse bem nenhuma discussão no judiciário sobre o mesmo.
	Qual a importância da litigiosidade da coisa? Imagine que B venda para C um Imóvel, pouco depois da venda A ingresse ação contra B, observe que na venda o imóvel não era litigioso, assim c não será atingido pela sentença. Agora imagine que antes da venda o imóvel já era litigioso e ainda assim C o comprou, saindo sentença favorável a A, C, um terceiro não relacionado, será atingido pela decisão.
	Observação: C, a partir do momento que compra o imóvel, pode substituir B no pólo passivo da ação, desde que haja autorização de A. Sem a autorização de A, C pode, no Maximo, figurar como assistente de B.
Art. 42 do CPC.
Mora
	Mora é o atraso no cumprimento de uma obrigação, a pessoa em mora é considerado inadimplente.
	A Mora não é importante em si, importantes são seus efeitos danosos e perniciosos. A pessoa em Mora tem de arcar com:
O principal
Multa
Correção monetária
Juros
Despesas
Honorários advocatícios
Como saber se está em mora?
Existem duas formas de incidência em mora:
Mora “Ex Re”
	Trata-se da mora automática, aquela em que existe já o termo, a data do vencimento. Exemplo: Realiza a compra de um sofá em crediário, com prestações de 12 vezes de 75 reais a cada dia 15 do mês, paga-se no dia ou acarreta em mora.
Mora “Ex Persona”
	Ocorre quando o credor deva tomar certas providências necessárias para constituir o devedor em mora (notificação, interpelação, etc.)
A partir da citação inicia-se a contagem da Mora
Interrompimento da Prescrição
	Prescrição trata-se de matéria de cunho cível, prevista no código civil. O art. 219 diz que a citação valida, ainda que feita por juiz incompetente, interrompe a prescrição.
	Interromper a prescrição é anular o prazo prescricional, pará-lo, removendo-se o que interrompe a prescrição, o prazo prescricional retrocede ao zero.
	Observe que existe diferença entre a interrupção do prazo e a suspensão do mesmo:
Interrupção – Terminada a interrupção, o prazo volta a ser contado do zero.
Suspensão – Terminada a suspensão, o prazo continua de onde parou.
	O código de processo civil diz que o que interrompe a prescrição é a citação, o código civil (art. 202, Inciso I) diz que o que interrompe a prescrição é o despacho.
	A doutrina e a jurisprudência já pacificaram o entendimento que deverá ser aplicado o definido no código civil.
	No final das contas isso perde a importância uma vez que, bem, imagine que o prazo prescricional seja de 3 anos, vamos dizer que a ação tenha sido ingressada em 2 anos e 6 meses após o fato, e o juiz só tenha despachado a mesma após 3 anos e 2 meses após o fato, e a citação só tenha ocorrido 4 anos após o fato, observe qu0e houve a prescrição do direito, uma vez que o despacho passou da data do prazo, mas, na verdade, isso perde a importância, porque o código diz que, uma vez despachado, o autor tem o prazo de 10 dias para realizara citação do réu, caso ele não consiga, o juiz prorroga esse prazo por mais 90 dias, o código diz que, caso a citação ocorra nesse prazo a eficácia da citação retrocederá até o dia da petição inicial, ou seja, considerar-se-á como se a citação tivesse sido feita no dia da Petição Inicial, ou seja, dentro do prazo.
	Isso ocorre porque o código resguarda o autor da lentidão do Poder Judiciario, observe-se que deve ser mostrado a culpa do poder judiciário, se essa culpa não for mostrada prescreve a ação. Art. 219, § 1º.
Finda-se os Efeitos da Citação
Titulo: Intimação
	É o meio através do qual se dá ciência as partes sobre uma ato antecedente para que a mesma pratique um ato conseqüente.
	Tudo inicia-se com uma petição inicial e termina com a sentença. A citação é única, há muitas intimações.
	A intimação, por via de exceção, é feita pessoalmente as partes. Exemplo: Intimação para comparecer a audiência e realizar o depoimento pessoal.
	A regra é que todas, ou que quase todas, as intimações das partes sejam feitas através de seus respectivos advogados, essa intimações são dadas ao Advogado, por exceção, em sua casa ou em seu escritório através de carta ou oficial de justiça. A regra é que o Advogado receba a Intimação través de publicação no Diário Oficial de Justiça.
Observação: Intimação Eletrônica
	Desde 2006 já existe a Intimação Eletrônica, ela é feita através da Rede mundial de computadores (internet), para que seja feita, o processo precisa ser digital, não pode ser um processo papel.
	Para receber a Intimação Eletrônica, deve o Advogado estar inscrito na OAB com seu certificado de Assinatura Digital e assim receber uma senha de acesso.
Como funciona?
	É realizada uma publicação no D.O.J e, simultaneamente, é enviado ao advogado uma mensagem em sua caixa de mensagens pessoal, avisando-o da publicação, a partir da abertura da mensagem dá-sea intimação, ou seja, inicia-se o prazo.
Como está sendo Efetuada essa transformação do papel para o digital?
	Está sendo paulatina, não é o advogado que decide se o processo será digital ou não.
Título: Carta Precatória
	Nos sabemos que nosso pais é dividido em comarcas, e cada juiz só tem competência sobre sua comarca. Havendo necessidade de citar em outra comarca, o juiz faz o pedido para que o juiz da comarca onde o réu está faça a citação por ele, esse pedido é feito pela carta precatória.
	Carta precatória é o documento necessário para que sejam realizados atos em outras comarcas.
	O juiz que cria a carta precatória é chamado deprecante. O juiz que recebe a carta é chamado de deprecado.
	A carta precatória serve para qualquer ato que não seja da competência do juiz. Exemplo: Juiz de São Paulo quer avaliar imóvel no Paraná.
Título: Carta Rogatória
	Vamos dizer que o ato não seja em outra comarca e sim em outro país, nesse caso o juiz usara de uma carta rogatória. O código define dois requisitos básicos na carta rogatória:
Tem de haver a tradução da mesma
O procedimento deve ser executado através das embaixadas.
Título: Carta de Ordem
	Trata-se de um documento expedido por Instancia Superior determinando a Instancia Inferior executar determinado ato. (citação d eminha autoria: Quem pode manda, obedece quem tem juízo)
Fim das comunicações dos Atos
***
Título: Nulidades
	A doutrina criou três elementos importantíssimos no mundo das nulidades:
Anulabilidade – Ato Anulável (vicio de ordem privada)
Nulidade – Ato nulo (vicio de ordem pública)
Inexistência – Ato Inexistente (vicio de ausência dos elementos constitutivos dos atos).
	O Ato anulável é aquele que fere normas de direito privado, ao ato nulo fere normas de direito publico e o ato Inexistente é aquele que não tem nem sequer os elementos constitutivos necessários.
	Em sede de direito civil não existe anulabilidade e nem inexistência, ou seja, o código de processo civil só prevê casos de nulidade, uma vez que o direito processual civil trata-se de ordem pública. Art. 243 ao 250 do CPC
Ficamos por aqui, continuamos na próxima aula
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